Você está na página 1de 80

UNIVERSIDADE VILA VELHA

CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

BÁRBARA ALEXANDRA ANTUNES DA CAMARA

CAMILA SANTOS MAPA

PROPOSTA DE UMA COLUNA DE PRODUÇÃO (COP) COM


APLICAÇÃO DE COMPLETAÇÃO INTELIGENTE EM UM POÇO
TÍPICO DO PRÉ-SAL

VILA VELHA
2018
BÁRBARA ALEXANDRA ANTUNES DA CAMARA

CAMILA SANTOS MAPA

PROPOSTA DE UMA COLUNA DE PRODUÇÃO (COP) COM


APLICAÇÃO DE COMPLETAÇÃO INTELIGENTE EM UM POÇO
TÍPICO DO PRÉ-SAL

Projeto Final de Curso apresentado ao Curso de


Engenharia de Petróleo da Universidade Vila Velha,
como requisito parcial para a obtenção do Grau de
Bacharel em Engenharia de Petróleo.

Orientador: Prof. M. Sc. Marcelo Veronez

VILA VELHA
2018
BÁRBARA ALEXANDRA ANTUNES DA CAMARA

CAMILA SANTOS MAPA

PROPOSTA DE UMA COLUNA DE PRODUÇÃO (COP) COM


APLICAÇÃO DE COMPLETAÇÃO INTELIGENTE EM UM POÇO
TÍPICO DO PRÉ-SAL
RESUMO

A medida que aumenta a lâmina de água torna-se maior os custos para a extração
dos hidrocarbonetos tendo como consequência a necessidade de melhorar os
equipamentos. A completação inteligente é uma solução adequada a este propósito,
pois esta possui sistema de controle das zonas do poço de forma isolada e permite o
monitoramento de parâmetros de pressão e temperatura de forma remota e em
tempo real. O Pré-Sal por dispor de áreas de difícil acesso de alta profundidade, alta
temperatura, alta pressão, elevado teor de contaminastes, além da presença de uma
camada de sal, torna-se um problema principalmente porque o seu investimento é
maior devido a qualidade e quantidade de óleo que esta área dispõe.
A medida que se minimiza os problemas de instalação em águas profundas, ou seja,
depois da instalação da completação inteligente, tem-se acesso ao óleo para
posterior produção através de uma coluna de produção que deve ser dimensionada
de forma a otimizar a produção/injeção e tornar a completação mais permanente
possível minimizando a necessidade de futuras intervenções para realizar
manutenções. Partindo deste aspecto surge a proposta de uma coluna de produção
que será aplicada com a completação inteligente que deverá atender os requisitos
de um poço típico do Pré-sal, ou seja, com mecanismos atuantes de forma remota
suficientes para superar alguns desafios apresentados pelo Pré-sal, sendo esta
coluna capaz de reduzir a necessidade de intervenção, melhorar o gerenciamento
do reservatório e aumentar o fator de recuperação de óleo e gás.

Palavras-chave: Completação inteligente, Coluna de Produção, Pré-sal,


Intervenções.
ABSTRACT
As the water quality increases, it becomes the largest for the extraction of
hydrocarbons, resulting in the need to improve the equipment. The Pre-salt area has
a remote data control system and a remote control since access, high depth, high
temperature, high pressure, presence of contaminants and among others, becomes
a bigger problem because its investment is bigger due to the quality and quantity of
water that this area has.
As the problems of installation in the depths are minimized, that is to say, after the
installation of the intelligent production, at the same time the production through a
production structure that has to be dimensioned in order to optimize the production /
injection and make their conclusion more complete, minimizing the need for future
interventions to perform maintenance. Starting from this aspect comes a proposal of
a series of reports that will be applied with an intelligent conclusion that can be such
a precious requirement for the pre-salt, that is, with the rules acting in a salt form,
being the color the most likely to reduce the power of the oil and gas.

Keywords: Intelligent Completion, Production column, Pre-salt, intervention.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Elementos de Composição de um Poço Inteligente. ................................ 13


Figura 2 – Esquema de revestimento de poços de petróleo. .................................... 16
Figura 3 – Divisão da completação com a configuração da coluna de produção. ..... 18
Figura 4 – Completação Poço Aberto versus Completação Poço Revestido. ........... 19
Figura 5 – Completação Poço Revestido e Cimentado. ............................................ 20
Figura 6 – Completação Convencional Simples. ....................................................... 21
Figura 7 – Completação Dupla – Múltipla. ................................................................ 22
Figura 8 – Completação Seletiva. ............................................................................. 23
Figura 9 – Típico Tubo de Produção. ........................................................................ 24
Figura 10 – Niples de Assentamento modelo “F”, Modelo "R". ................................. 25
Figura 11 – Obturador ou Packer de Completação. .................................................. 26
Figura 12 – Poço com várias zonas produtoras. ....................................................... 28
Figura 13 – Linha de controle em destaque em coluna de produção. ....................... 31
Figura 14 – Modelo de grampos de ancoragem ........................................................ 32
Figura 15 – SureFLO 298 medidor de fluxo. ............................................................. 33
Figura 16 – Camisa Deslizante -Válvula Controladora de Fluxo. .............................. 33
Figura 17 – Packer de Produção com Passagem para Linhas de Controle e Cabos
Elétricos..................................................................................................................... 34
Figura 18 – Sistema de controle de supervisão e aquisição de dados (SCADA). ..... 35
Figura 19 – Subs de Emenda. ................................................................................... 36
Figura 20 – Válvula de controle de fluxo (a), válvula de fluxo parcialmente aberto (b),
válvula totalmente aberta (c). .................................................................................... 37
Figura 21 – Estratificação de elementos utilizados na coluna de produção. ............. 44
Figura 22 – Típico Poço de Completação Inteligente - Zona Superior. ..................... 45
Figura 23 – Típico Poço de Completação Inteligente - Zona Inferior. ....................... 45
Figura 24 – Método de injeção de água e gás (WAG). ............................................. 46
Figura 25 – Configurações de poços típico de Pré-Sal. ............................................ 48
Figura 26 – Sequência da metodologia utilizada. ...................................................... 49
Figura 27 – Configuração do poço candidato. ........................................................... 50
Figura 28- Desenho mecânico da completação do poço. ......................................... 59
Figura 29 – Shear out. ............................................................................................... 65
Figura 30 – Hydro-Trip. ............................................................................................. 66
Figura 31 – Mandril de Gás Lift. ................................................................................ 66
Figura 32 – Sliding Sleeve de acionamento mecânico. ............................................. 67
Figura 33 – Junta Telescópica (TSR). ....................................................................... 67
Figura 34 – Válvula DHSV – Tubing Mounted. .......................................................... 68
Figura 35 – Válvula DHSV – Insertáveis. .................................................................. 69
Figura 36 – Válvula de Isolamento de Formação e seus componentes. ................... 69
Figura 37 – Vista e localização do sensor na coluna (a), vista de frente do sensor
acoplado ao mandril (b). ............................................................................................ 70
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Resumo dos principais elementos e dispositivos utilizados na CI. ........... 38


Quadro 2- Premissas de Reservatório Utilizado nesta Pesquisa. ............................. 51
Quadro 3- Premissas do Poço Utilizado nesta Pesquisa. ......................................... 53
Quadro 4- Premissas do Produção Utilizado nesta Pesquisa. .................................. 55
Quadro 5- Especificação dos equipamentos de coluna. ........................................... 57
LISTA DE SÍMBOLOS

ANM – Árvore de Natal Molhada.

ANP – Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível.

CAPEX – Capital Expenditure.

CI – Completação Inteligente.

COP – Coluna De Produção.

DHSV – Válvula De Segurança De Subsuperfície.

GL – Gás Lift.

GLC – Gás Lift Contínuo.

ICV – Válvula de controle de fluxo.

IQAI – Injeção Quimica Anular Inferior.

IQAS – Injeção Quimica Anular Superior.

MGL – Mandril de Gás lift.

LC – Linha de controle.

LDA – Lâminas De Água.

OPEX – Operational Expenditure.

PDG – Permanent Downhole Gauge.

SCADA – Sistema de Controle de Supervisão e Aquisição de Dados.

SSD – Sliding Sleeve de acionamento mecânico.

SHE – Safety, Health and Environment.

TH – Tubing Hanger.

TRS – Junta telescópica.

VHIF – Válvula Hidráulica De Isolamento De Formação.


VIF – Válvula De Isolamento De Formação
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12
1.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 14
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................... 14
1.3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 16
2.1 COLUNA DE PRODUÇÃO (COP) .............................................................. 16
2.1.1 TIPOS DE COMPLETAÇÃO ...................................................................... 18
2.1.1.1 Completação Inferior em Poço Aberto x Poço Revestido ........................... 19
2.1.1.2 Número de Zonas Produtoras/Injetoras ...................................................... 21
2.1.2 PRINCIPAIS ELEMENTOS DA COLUNA DE PRODUÇÃO (COP) .......... 23
2.1.2.1 Tubos de Produção ..................................................................................... 24
2.1.2.2 Niples de Assentamento ............................................................................. 25
2.1.2.3 Obturador ou Packer de Completação ........................................................ 26
3 COMPLETAÇÃO INTELIGENTE (CI) ....................................................... 27
3.1.1 Benefícios da Completação Inteligente .................................................. 28
3.1.2 Aplicação da Completação Inteligente ................................................... 30
3.1.3 Principais Elementos e Dispositivos Utilizados .................................... 30
3.1.3.1 Linhas de Controle e Grampos de Ancoragem ........................................... 31
3.1.3.2 Medidores de Fluxo .................................................................................... 32
3.1.3.3 Válvula de Camisa Deslizante - Controladora de Fluxo .............................. 33
3.1.3.4 Packer de Produção com Passagem para Linhas de Controle e Cabos
Elétricos ...................................................................................................... 34
3.1.3.5 Sistema de Controle de Superfície ............................................................. 35
3.1.3.6 Subs de Emenda ........................................................................................ 36
3.1.3.7 Válvula Hidráulica de Controle de Fluxo de fundo de poço......................... 37
3.1.4 Aplicação dos Elementos e Dispositivos de Completação Inteligente
na Coluna de Produção .......................................................................................... 38
3.2 PREMISSAS UTILIZADAS NA COMPLETAÇÃO DE POÇOS ................... 40
3.2.1 Premissas de Reservatório...................................................................... 40
3.2.2 Premissas de Poço ................................................................................... 41
3.2.3 Premissas de Produção ........................................................................... 42
3.2.4 Esquemas Mecânicos Típicos ................................................................. 43
4 METODOLOGIA ........................................................................................ 47
3.1 IDENTIFICAÇÃO DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO...................... 47
3.2 PREMISSAS DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO ............................ 48
3.3 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA COMPLETAÇÃO INTELIGENTE ......... 49
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 50
5.1 IDENTIFICAÇÃO DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO...................... 50
5.2 PREMISSAS DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO ............................ 51
5.3 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA COMPLETAÇÃO INTELIGENTE ......... 57
6 CONCLUSÃO ............................................................................................ 63
6.1 TRABALHOS FUTUROS............................................................................ 64
7 ANEXO ....................................................................................................... 65
7.1 SHEAR OUT............................................................................................... 65
7.2 HYDRO-TRIP ............................................................................................. 65
7.3 MANDRIL DE GÁS LIFT............................................................................. 66
7.4 SLIDING SLEEVE DE ACIONAMENTO MECÂNICO ................................ 67
7.5 JUNTA TELESCÓPICA (TRS) ................................................................... 67
7.6 VÁLVULA DE SEGURANÇA DE SUB-SUPERFICIE ................................. 68
7.7 VÁLVULA DE ISOLAMENTO DE FORMAÇÃO ......................................... 69
7.8 MEDIDOR DE FUNDO DE POÇO – PDG (PERMANENT DOWNHOLE
GAUGE) ..................................................................................................... 70
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 71
12

1 INTRODUÇÃO

No Pré-Sal do Brasil encontram-se alguns dentre os mais importantes reservatórios


de petróleo em todo o mundo ao se comparar as descobertas de reservatórios da
última década. Os reservatórios brasileiros receberam tal classificação pela
qualidade do óleo encontrado, caracterizado como “leve”, e por isso, de elevado
valor comercial (PETROBRAS, 2017a). De acordo com Seabra et al. (2011), a
maioria dos reservatórios do Pré-Sal brasileiro encontram-se em profundidades que
ultrapassam os 2.000 m de Lâmina de Água (LDA), classificada como ultra profunda,
e ficam confinados abaixo de uma camada extensa de sal bem abaixo do solo
submarino.

Vale salientar, como apresentado pela ANP (2017a) e ANP (2017b) ao final de
Setembro de 2017 ocorreu a 14ª rodada de licitação de blocos da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a qual teve arremate de 37
blocos do Pós-Sal onde 7 empresas das 17 que arremataram os direitos de
exploração são estrangeiras, ademais ocorreram também em 27 de Outubro de
2017 a 2ª e 3ª rodadas de licitação dos blocos da ANP referentes ao Pré-Sal, onde
foram 6 blocos arrematados. Espera-se assim uma subsequente campanha
exploratória nestes campos.

Além disso, as indústrias petrolíferas apresentaram vários desenvolvimentos de


novas tecnologias em prol da perfuração e completação para atuar em águas ultra
profundas no decorrer da última década, uma delas destaca-se a tecnologia de
Completação Inteligente (CI), que desde que tem sido utilizada vem apresentando
grande eficácia. Ressalta-se assim, sua aplicação de forma intensiva nos campos de
Pré-Sal no presente trabalho (PETROBRAS, 2017b).

O uso da tecnologia da completação inteligente é característica intrínseca quando o


assunto é construção de poços de petróleo típicos de Pré-sal, uma vez tal demanda
de utilização surge em base na otimização da produção e consequentemente no
gerenciamento dos reservatórios os quais estão submetidos ao uso da CI
(BELLARBY, 2009; PINHEIRO et al., 2015; SCHNITZLER et al., 2015).
13

A CI é o resultado de medidas adotadas para o controle e monitoramento em tempo


real do fluxo, temperatura, pressão e outros, por meio de sensores eletrônicos
instalados ao longo do poço (KONOPCZYNSKI E AJAYI, 2007). A figura 1 ilustra os
elementos necessários para desempenhar um bom gerenciamento de reservatório
nos quais devem ser integrados entre si:

Figura 1 – Elementos de Composição de um Poço Inteligente.

Fonte: Adaptado de KONOPCZYNSKI e AJAYI, 2007

Considerando os custos de longo prazo que uma completação convencional


apresenta em poços de petróleo e suas limitações, e a crescente expectativa da
produção de um poço típico do Pré-Sal, pressupõem o uso maior da completação
inteligente nesse tipo de exploração para otimização do mesmo, reduzindo os riscos
e viabilizando a produção.
14

1.1 OBJETIVO GERAL

Propor a aplicação da completação inteligente na coluna de produção (COP) de um


poço de petróleo submarino em águas ultra profundas, levando-se em consideração
premissas de reservatório, de poço e de produção típicas do Pré-Sal.

1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Identificar um poço de petróleo típico do Pré-Sal, que seja candidato a


receber o uso da completação inteligente;
 Especificar as premissas de reservatório, de poço, e de produção para o poço
de petróleo do estudo;
 Projetar a aplicação da completação inteligente na coluna de produção do
poço de petróleo segundo as premissas de poço, de reservatório e de
produção estabelecidas.

1.3 JUSTIFICATIVA

O Pré-Sal possui grandes acumulações de óleo leve, de excelente qualidade e de


alto valor comercial, o que gera crescimento da demanda de exploração em níveis
de perfuração submarina para a obtenção de petróleo em elevadas profundidades
(PETROBRAS, 2018b). Acresce o fato de que o número de permissões para
exploração nos campos do Pré-Sal vem aumentando, bem como o crescente
investimento em segmentos que atendam às necessidades tanto no que se refere a
ferramentas e metodologias, quanto a tecnologias que supram as especificações
deste tipo específico de exploração.

A temática abordada neste trabalho se torna benéfico de maneira como o uso da


completação inteligente quando instaladas com uma coluna bem dimensionada
podem otimizar os custos e operações dos campos de petróleo e atender suas
necessidades de modo a diminuir a quantidade de poços necessários para drenar
reservas, reduzir os custos de intervenção já que se pode fazer necessário um
menor uso de workover, e assim é possível economizar equipamentos na superfície,
15

aumentar o fator de recuperação final das reservas e melhorar a capacidade de


permitir o monitoramento em tempo real (SAKOWSKY e FURUI, 2005).

Esse processo colabora em reduzir o tempo de produção sem abrir mão das práticas
mundiais de segurança operacional, o que torna viável a preferência em utilizar esse
tipo de completação em poços do Pré-Sal (BELLARBY, 2009).
16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 COLUNA DE PRODUÇÃO (COP)

A COP é uma tubulação de aço de pequeno diâmetro que conecta o poço com a
superfície permitindo o transporte dos fluidos do reservatório, que na qual é
equipada de forma não linear, ou seja, dispõe de uma série de equipamentos
específicos para cada poço de petróleo, avaliando caso a caso. Se faz necessária a
devida introdução das fases que antecedem a instalação da coluna, para melhor
compreensão (BELLARBY, 2009). A coluna de produção também serve para realizar
a circulação de fluidos de amortecimento do poço durante processo de intervenção,
protege o revestimento contra a ação de pressões elevadas e de ataque de fluidos
provenientes do fluido produzido do reservatório, com o objetivo de preservar a
integridade do poço.

A Figura 2 apresenta uma típica coluna de produção instalada no interior de um


poço de petróleo, no interior dos revestimentos intermediários e de produção.

Figura 2 – Esquema de revestimento de poços de petróleo.

Fonte: PERRIN, 1999


17

Ao se realizar a leitura da imagem de cima para baixo observa-se que a primeira


fase responsável pelo revestimento do poço é o revestimento condutor que serve
para sustentar os sedimentos superficiais que por sua vez não se encontram
consolidados ao redor do poço; em sequência da leitura, se encontra o revestimento
de superfície o qual possui como função a prevenção do desmoronamento de
possíveis formações não consolidadas além de servir como base para apoio dos
equipamentos de segurança de cabeça de poço; chega-se ao revestimento de
produção, o qual possui o objetivo primário de permitir a produção do poço de
maneira segura por meio da coluna de produção, pois além de suportar as paredes
este possibilita o isolamento entre os vários intervalos produtores (MITCHELL e
MISKA, 2017). No final do poço observa-se um Liner de produção, utilizado em
alguns projetos de poço, este que vem sendo adicionado de maneira crescente em
detrimento de seu impacto positivo no âmbito econômico ao longo do somatório de
custos do processo produtivo como um todo, além de possuir grande versatilidade e
rapidez operacional, podendo vir a substituir um revestimento intermediário ou ainda
o próprio revestimento de produção (BOURGOYNE, et al. 1986). A partir deste
ponto, a estrutura do poço está construída e o mesmo pode ser equipado para
produzir.

A completação de um poço pode ser dividida em três partes: superior, intermediária


e inferior conforme melhor ilustrado na Figura 3. A existência de tais divisões se
justifica pois em caso necessários, não seja preciso retirar toda a completação do
interior do poço, apenas uma delas, para substituição e ou manutenção.
18

Figura 3 – Divisão da completação com a configuração da coluna de produção.

Fonte: Adaptado de GARCIA e PAULA, 1997

2.1.1 TIPOS DE COMPLETAÇÃO

Um poço de petróleo pode ser classificado como produtor ou injetor, como interface
do reservatório ele pode ser cimentado ou não, além da opção de conter tubos de
revestimento ou não a frente das paredes do reservatório; tudo isso depende do seu
objetivo. Neste caso se faz necessário analisar cada premissa do poço, por
exemplo, se o reservatório possui necessidade de produzir seletivamente por haver
contato entre os fluidos ou se não há necessidade desse tipo de produção, se o
reservatório é capaz de manter o fluxo de produção ou injeção sem colapsar, ou que
produza qualquer tipo de sólido que irá atrapalhar posteriormente de alguma forma
seu desempenho, dentre outros pontos que se fazem necessário para determinar o
19

tipo de atividade a ser realizado. Nesse subcapitulo serão apresentadas as


características das principais formas de completação dos poços.

2.1.1.1 Completação Inferior em Poço Aberto x Poço Revestido

Segundo Perrin (1999), existem dois tipos de conexão entre a zona produtora e o
fundo do poço que são representados como poço aberto e poço revestido. Na figura
4 observa-se um poço para ser completado com completação em poço aberto,
representado a esquerda, e um poço para ser completado em poço revestido, a
direita.

Figura 4 – Completação Poço Aberto versus Completação Poço Revestido.

Fonte: Adaptado de PERRIN, 1999

A Completação em poço aberto caracteriza-se pela grande área aberta ao fluxo do


fluido contido no reservatório para o poço, e destaca-se que as paredes do poço
serão a própria rocha-reservatório, podendo ser configurado com um liner para
proteção a um possível desmoronamento. Esse tipo de completação pode acarretar
problemas relacionados a produção de areia, dependendo do grau das partículas
que formam a sua rocha-reservatório e assim, limitando sua produção. Além disso, a
20

completação por poço aberto não possui seletividade da produção, ou seja, todos
fluidos serão produzidos (PERRIN, 1999).

Outro tipo de completação apresentado por Perrin (1999), é o poço revestido. Nesse
tipo de configuração o poço é revestido afim de conter as formações do reservatório
impedindo o possível colapso e o seu interior pode ser isolado do reservatório
através da cimentação. A Figura 5 apresenta um poço de petróleo com o
reservatório revestido pronto para receber uma completação de poço revestido.

Figura 5 – Completação Poço Revestido e Cimentado.

Fonte: Adaptado de PERRIN, 1999

Como pode-se observar na Figura 5, a uma profundidade conveniente são


construídas perfurações laterais chamadas de Canhoneio, com objetivo de permitir a
movimentação de óleo em profundidades determinadas, evitando assim a produção
onde há presença de água ou de gás. A completação a poço revestido é instalada
após o revestimento de produção que pode ter sido cimentado ou não nas paredes
do reservatório.
21

2.1.1.2 Número de Zonas Produtoras/Injetoras

De acordo com Perrin (1999) a completação de um poço segundo o número de


zonas produtoras é classificada conforme :

2.1.1.2.1 Completação simples

É guiada por uma única coluna de produção (COP) até uma zona exposta e pode
conter packer em sua extremidade inferior, fornecendo vedação entre o revestimento
e a coluna localizados acima dele, desta forma promovendo isolamento e proteção a
coluna de revestimento como representado na Figura 6.

Figura 6 – Completação Convencional Simples.

Fonte: Adaptado de PERRIN, 1999

Este tipo de completação é adequado para poços que não possuem uma alta vazão
de fluido. Os fluidos são então produzidos através do tubo de produção e/ou pelo
anular, como ilustrado na Figura 6. Nesta situação, ainda, os fluidos produzidos
devem ser certificados que não tendem a atacar as paredes do revestimento de
produção.
22

2.1.1.2.2 Completação dupla

Esta completação permite a produção de dois ou mais intervalos ao mesmo tempo,


porém isolados entre si. Esse tipo de completação também é denominada como
múltipla, como ilustrado na Figura 7.

Figura 7 – Completação Dupla – Múltipla.

Fonte: BELLARBY, 2009

Basicamente essa técnica de completação permite o desenvolvimento de vários


níveis de produção através de uma coluna própria pertencente para cada fluido e é,
portanto, considerada mais rápida. Em contraste os custos de manutenção e
workover são altos quando comparados a completação simples (BELLARBY, 2009).
23

2.1.1.2.3 Completação seletiva

A ideia é produzir vários intervalos de um mesmo poço, um após o outro através de


uma mesma coluna. Essa metodologia requer equipamentos extras para o poço
como uma válvula de camisa deslizante, que tem a função de abrir ou obstruir a
comunicação entre o anular e o interior da COP, e um niple permitindo a instalação
de um plug no seu interior, como representados pela Figura 8.

Figura 8 – Completação Seletiva.

Fonte: Adaptado de PERRIN, 1999

Vale ressaltar ainda, que, atualmente, ao invés da utilização do plug pode-se optar
pela utilização de uma shear out posicionada na extremidade da coluna de
produção.

2.1.2 PRINCIPAIS ELEMENTOS DA COLUNA DE PRODUÇÃO (COP)

Segundo Bellarby (2009), os principais elementos de uma coluna de produção são:

1. Tubos de Produção;
2. Niples de Assentamento;
24

3. Obturador ou Packer de Completação.

2.1.2.1 Tubos de Produção

Os tubos utilizados na produção de petróleo são de aço inoxidável e antes de irem


para o setor de utilização (as plataformas) são revestidos de camadas de polímeros
entre outras para diminuir o desgaste (BELLARBY, 2009). S o os equipamentos
sicos de uma coluna de produ o e representam o maior custo dentre os
equipamentos de subsuperfície. A seleção do tipo de tubulação a ser utilizada leva
em consideração alguns parâmetros, como: o diâmetro interno (ID) do revestimento
de produção, os esforços a que serão submetidos, o tipo e as características do
fluido a ser produzido e a vazão esperada de produção (BYROM, 2014).

Sendo assim tais tubos serão o meio utilizado para a condução do petróleo contido
na formação até a superfície, logo, estes por sua vez podem ser produzidos de três
maneiras: através da laminação (para tubos de grandes diâmetros), extrusão (para
tubos com pequenos diâmetros) e através do processo de fundição, isso tudo
visando uma melhor passagem do fluido em seu interior (PERRIN, 1999). A Figura 9
apresenta um típico tubo de produção.

Figura 9 – Típico Tubo de Produção.

Fonte: TENARIS, 2018a


25

As tubulações são classificadas por seus diâmetros e tipos de ambientes as quais as


mesmas serão expostas, uma vez que os materiais para os acabamentos que
agregaram as especificas resistências necessárias variam de áreas para áreas de
exploração. Ou seja, classifica-se como: tubulações para ambientes ácidos,
ambientes ácidos e alto colapso, serviços críticos, alto colapso, poços profundos e
serviços em baixa temperatura (TENARIS, 2018). Cada uma das classificações
citadas possui características de tubulações distintas, visando sempre atender a
necessidade da aplicação.

2.1.2.2 Niples de Assentamento

Niple de assentamento é uma tubulação de pequena extensão com parte interna


polida enroscada na coluna de produção sob uma profundidade que atenda as
condições operacionais, permitindo assim o assentamento de diversos
equipamentos, como válvula, plug e entre outros, provendo a estanqueidade
necessária para o funcionamento. A Figura 10 apresenta os típicos niples de
assentamento.

Figura 10 – Niples de Assentamento modelo “F”, Modelo "R".

Fonte: MINDIAMART, 2013


26

O niple seletivo (Tipo „‟F‟‟) utiliza a pr pria rea polida como atente localizador,
portanto, n o possui atente (no-go). iversos niples seletivos de um mesmo
tamanho podem ser instalados na mesma coluna e, nesse caso, o posicionamento
dos equipamentos feito pela ferramenta de descida ou pelo tipo de trava do
equipamento a ser instalado (MINDIAMART, 2013a).

O niple n o-seletivo (Tipo „‟R‟‟) possui atente na parte inferior (no-go) com di metro
interno menor que o di metro da rea polida. eralmente utilizado quando a
coluna necessita de apenas um niple ou quando este o ltimo niple (mais
profundo) de uma serie de niples do mesmo tamanho (MINDIAMART, 2013b).

2.1.2.3 Obturador ou Packer de Completação

Obturador ou Packer de completação é o equipamento responsável pela vedação


completa do espaço anular que existe entre o revestimento do poço e a coluna de
produção. Promove também uma proteção do revestimento contra possíveis fluídos
corrosivos além das pressões da formação, também pode tornar possível a
produção de maneira controlada de mais de uma zona produtiva além de possuir em
sua estrutura passagens para linhas de controle quando se utilizar dois Packer na
COP. A Figura 11 ilustra um típico packer de completação.

Figura 11 – Obturador ou Packer de Completação.

Fonte: TENARIS, 2018b


27

Segundo Baker Hughes (2017a), tal equipamento pode ser permanente ou


recuperável, caso em que pode ser reaproveitado em outros poços mediante o
prévio retiro e inspeção de seu estado operacional.

Existem outros elementos que compõe a coluna de produção, logo, segue a baixo
uma listagem com os mesmos, os quais estão em anexo no trabalho:

1. Shear-Out;
2. Hydro-trip;
3. Mandril de Gas-Lift;
4. Camisa Deslizante;
5. Junta Telescópica;
6. Válvula de Segurança de Superfície;
7. Válvulas de Isolamento de Formação;
8. Sensor de Monitoramento Permanente;
9. Linhas de Controle.

Estes equipamentos possuem um menor interesse nesta pesquisa, motivo pelo qual
estão apenas apresentados no capítulo de Anexo deste trabalho, caso seja
necessária alguma avaliação complementar.

3 COMPLETAÇÃO INTELIGENTE (CI)

A CI um sistema capaz de controlar a produ o inje o de fluidos remotamente,


constitu da por sensores de fundo capazes de medir Press o Temperatura (P ),
medidores de vaz o (flowmeter) e v lvulas de controle de fluxo ( V). stes
sistemas s o capazes de coletar, transmitir e analisar dados da produ o do po o e
do reservat rio em tempo real, otimizando o gerenciamento do processo de
produ o ( ARRY, ). A junção destes equipamentos de medição, fornecem
uma gama de informações que geram vasta possibilidade de ações sobre a
formação que variam desde o simples monitoramento, avaliações e intervenções
sobre a produção do poço e do reservatório, enviando assim em tempo real todos
estes dados para o operador, facilitando assim o gerenciamento do processo
produtivo (SHAFIQ & ARROUR, 2015).
28

Schnitzler et al. (2015), cita que ocorreu um crescimento da utilização de colunas de


produção com CI no Brasil, tendo como o maior enfoque a área do Pré-Sal de
Santos, e ressaltou que estes campos os quais as colunas com CI vem sendo
utilizadas são de águas ultra profundas, a uma profundidade estimada entre 1.900 e
2.400 m de Lâmina de Água (LDA) e uma distância da costa de cerca de 290 km.

3.1.1 Benefícios da Completação Inteligente

Conforme dito por Montaron (2007), a CI vem sendo utilizada com sucesso para um
melhor gerenciamento de incertezas de reservatórios, fato é que na atual conjuntura
do mercado petroquímico tal tecnologia se encontra bem consolidada uma vez que
operadoras como Statoil, Shell e Saudi Aramco usam esta tecnologia em qualquer
poço que venha a ser projetado para produzir a partir de múltiplas zonas, conforme
melhor ilustrado na Figura 12.

Figura 12 – Poço com várias zonas produtoras.

Fonte: RODRIGUES e SILVA, 2014

a) Otimização no gerenciamento de reservatório

Collins e Neubauer (2012), abordam alguns pontos sobre os quais a CI apresenta


uma otimização no gerenciamento de reservatório. Sendo estes:
29

 Atraso no declínio da produção, pois uma vez devidamente monitorado a


pressão, vazão em tempo real, sabe-se quanto inserir de água e gás por meio de
válvulas hidráulicas de controle de fundo de poço, visando se manter uma vazão
ótima da formação;

 Tendo como base as informações do poço, torna-se pratico a elaboração de uma


dinâmica do reservatório e certamente previsível o comportamento dos fluídos
em seu interior, facilitando assim a tomada de decisões sobre qual a melhor e
mais econômica estratégia a ser adotada na exploração do mesmo, incluindo a
minimização indesejada da produção de água;

 Aumento no fator de recuperação de hidrocarbonetos.

b) Redução de CAPEX (Capital Expenditure) e OPEX (Operational Expenditure)


Contribui para a redu o de AP X por meio do desenvolvimento de ativos com
menos po os e menos infraestruturas de superf cie, tam m contri ui para reduzir o
OPEX atrav s da diminui o do n mero de interven es em po os, redu o na
produ o de gua e redu o da exposi o aos riscos operacionais (ROBINSON,
2007; COLLINS e NEUBAUER, 2012).

c) Produção de reservatórios marginais

Reservatórios marginais são aqueles os quais a produção não é atrativa de maneira


econômica por motivos, tais como: acessibilidade, quantidade total a ser explorada,
baixa rentabilidade. Logo, com o uso da completação inteligente, campos com tais
configurações podem ser explorados com maior facilidade.

d) Identificação de mudanças em tempo real

Nielsen e Tips (2002), abordaram que o controle em tempo real e a possibilidade de


atuar de maneira remota economiza tempo na identificação de problemas e de
resposta ao mesmo.
30

e) Redução de riscos operacionais

Segundo Rodrigues e Figueroa (2010) acrescidos em explicitações e de Collins e


Neubauer (2012), os dados fornecidos ao operador quanto ao desempenho da
produção e de reservatórios, auxilia de maneira direta na prevenção de acidentes,
vazamentos de gás e/ou óleo, isso se deve ao fato de que quando poços possuem
esta a tecnologia a quantidade de intervenções se reduzem de maneira significativa
e podem gerar indicadores positivos em SHE (Safety, Health and Environment).

A completação inteligente possui por desvantagem custos elevados para instalação,


que estão diretamente relacionados a quantidade de cabos, válvulas, sensores e
softwares, acresce-se assim a este custo a elevada possibilidade de válvulas e
sensores não funcionarem e/ou quebrarem ou seja falhas mecânicas e hidráulicas
gerando assim a necessidade de substituição e todo o planejamento logístico e
financeiro para a substituição (Almeida, 2007).

3.1.2 Aplicação da Completação Inteligente

De acordo com Nielsen e Tips (2002), para a aplicação do método deve-se fazer
uma análise completa do reservatório, poço e produção, ou seja, analise de
caraterísticas como sobreposição das camadas, heterogeneidade, número de zonas
de produção, trajetória do poço, mecanismo de recuperação, LDA entre outras.

Em caso do uso da completação inteligente devem ser analisados fatores como: o


volume a ser retirado da formação quando comparada a exploração sem o uso da
mesma, será mais que suficiente para custear a implementação da CI no processo
produtivo exploratório, garantindo assim uma boa produção, com lucratividade
elevada e segurança operacional (NIELSEN e TIPS, 2002).

3.1.3 Principais Elementos e Dispositivos Utilizados

Na completação inteligente assim como na convencional se utilizam equipamentos


que fazem parte da coluna de produção e/ou injeção. A depender do tipo de
31

completação, e do interesse do operador sua configuração irá mudar. Alguns dos


equipamentos de completação convencional, como: Medidor de Fundo de Poço –
Permanent Downhole Gauge (PDG), Sliding Sleeve de acionamento mecânico estão
contidos em anexo para maiores informações, levando em consideração que o
nosso foco são os principais componentes utilizados na completação inteligente.

Os principais dispositivos e ferramentas que compõem o modelo de completação


inteligente são:

a) Linhas de controle (LC) e Grampos de Ancoragem;


b) Medidores de Fluxo;
c) Válvula de Camisa Deslizante – Controladora de Fluxo;
d) Packer de Produção com Passagem para LC e Cabos Elétricos;
e) Sistema de Controle de Superfície;
f) Subs de Emenda;
g) Válvula Hidráulica de Controle de Fluxo de Fundo de Poço.

3.1.3.1 Linhas de Controle e Grampos de Ancoragem

Rodrigues e Figueroa (2010) ressaltam que todos os equipamentos utilizados no


sistema de completação inteligente estão conectados a linhas de controle, e estes
transmitem pulsos hidráulicos podendo trazer ou não em seu interior cabeamento
elétrico ou de fibra ótica, garantindo assim uma rápida intervenção em caso de
necessidade. A Figura 13 apresenta o modelo de linha de controle instalada em uma
coluna de produção.

Figura 13 – Linha de controle em destaque em coluna de produção.

Fonte: BAKER HUGHES, 2017b


32

As linhas de controle são atreladas a coluna por meio de estruturas conhecidas


como grampos de ancoragem ou clamps, conforme a Figura 14 .

Figura 14 – Modelo de grampos de ancoragem

Fonte: TUBETEC, 2018

Os grampos de ancoragem também são responsáveis por evitar torção das linhas de
controle e evitam danos durante a instalação, garantindo a proteção das linhas de
controle mantendo a segurança operacional.

3.1.3.2 Medidores de Fluxo

Segundo Smith (2008), s o medidores permanentes de vaz o de fundo de po o,


capazes de monitorar em tempo real as varia es de vaz o do reservat rio, bem
como dados de produção e do fluido produzido. A evolu o da tecnologia de fi ra
tica destes medidores, permitem que os sensores de vaz o possam ser
implantados com sistemas el tricos ou de fi ra tica. Sendo assim, segue abaixo o
modelo SureFLO 298, medidor de fluxo com destaque em coloração diferenciada na
Figura 15.
33

Figura 15 – SureFLO 298 medidor de fluxo.

Fonte: BAKER HUGHES, 2017c

3.1.3.3 Válvula de Camisa Deslizante - Controladora de Fluxo

As válvulas de camisa deslizante também chamadas de controladoras de fluxo são


operadas por meio de acionamento remoto de linhas de controle hidráulicas na
superfície. Seu funcionamento é realizado através do movimento da camisa interna
acionada por um pistão balanceado, deixando o acesso parcial ou total aos orifícios
da válvula (HODGES e OLIN, 2000). Representada a seguir na Figura 16.

Figura 16 – Camisa Deslizante -Válvula Controladora de Fluxo.

Fonte: MINDIAMART, 2013c


34

3.1.3.4 Packer de Produção com Passagem para Linhas de Controle e Cabos


Elétricos

Bourgoyne et al. (2006), descreve que a função principal de um packer de produção


é promover a vedação completa do espaço anular que existe entre o revestimento
do poço e a coluna de produção, no qual sua instalação correta promove proteção
do revestimento contra possíveis fluídos corrosivos e de elevadas pressões das
formações, possibilitando a cimentação secundária e produção controlada de mais
de uma zona produtiva.

O packer utilizado na CI possui poucas diferenças quando comparado com o


utilizado na completação tradicional. O packer feed through da CI possui em sua
estrutura passagens para linhas de controle responsáveis pela transmissão de
impulsos hidráulicos elétricos e ópticos em tempo real, necess rias para transmitir
informa es do po o at a superf cie, e em conjunto com a função de isolamento da
zona produtiva. S o assentados hidraulicamente e possuem um mecanismo interno
que possibilita que o packer apresentado na Figura 17, possa ser recuperado
(BAKER HUGHES, 2017d).

Figura 17 – Packer de Produção com Passagem para Linhas de Controle e Cabos


Elétricos.

Fonte: DOTS, 2014


35

É necessário a utilização de packers para a sessão de diferentes zonas de


produção, visando sempre um melhor isolamento entre as zonas produtoras
(ANDERSON, 2005).

3.1.3.5 Sistema de Controle de Superfície

De acordo a Baker Hughes (2017e), o sistema de controle é crucial na completação


inteligente, uma vez que sua adequada implementação permite a integração de
todos os componentes de uma completa o inteligente, ou seja, a recepção dos
dados dos sensores é traduzido e ainda envia comandos para atua o de
ferramenta a ele conectada. O sistema de controle de superfície é apresentado na
Figura 18.

Figura 18 – Sistema de controle de supervisão e aquisição de dados (SCADA).

Fonte: MATHIAS, 2013


36

O SCADA tem a capacidade de interpretar os dados oriundos das ferramentas


instaladas ao longo do poço e traduzir os mesmos a modo de que o operacional
possa entender o que está acontecendo em tempo real, viabilizando assim a
otimização do processo produtivo. Ressalta-se que todo o sistema pode ser operado
de modo manual ou após a estipulação de parâmetros operacionais a
automaticidade pode ser aplicada, entretanto em ambas operações tais correções
e/ou programações são feitas pelo operacional (BAKER HUGHES, 2017e).

Complementa-se que três pontos positivos vistos como vantagens do uso do


sistema SCADA são (BAKER HUGHES, 2017e):

 Elevada qualidade das informações coletadas pelos equipamentos e


sensores;
 Decréscimo dos custos operacionais;
 Subsequente elevação do desempenho de produção.

3.1.3.6 Subs de Emenda

São responsáveis por segurar e proteger as conexões com a coluna, acomodar e


proteger as conex es hidr ulicas e el tricas entre as linhas de controle instaladas
nos modulos da CI e garantir a transmissão dos impulsos ópticos, elétricos e ou
hidráulicos até a superfície, ilustrados na Figura 19.

Figura 19 – Subs de Emenda.

Fonte: BAKER HUGHES, 2017f.


37

Ainda segundo Baker Hughes (2017f), o uso das emendas e das subemendas
evitam as possibilidades de torção e tensão das linhas de controle, uma vez que
este segmento gira facilitando o alinhamento das linhas de controle da superfície até
o fundo do poço, e ainda facilitam os reparos nas linhas de controle promovendo
maior confiabilidade e durabilidade ao sistema.

3.1.3.7 Válvula Hidráulica de Controle de Fluxo de fundo de poço

São válvulas responsáveis pelo controle de fluxo de fluidos produzidos por quaisquer
zonas produtivas dos reservatórios, e é controlada de maneira remota, ou seja, pode
operar tanto em vazão máxima de fluido ou nenhuma, bem como possibilitar vazões
parciais conforme será ilustrado na Figura 20. Possui também um propósito de
reduzir a quantidade de intervenções justamente por poder permitir passagens de
fluidos de maneira controlada.

Figura 20 – Válvula de controle de fluxo (a), válvula de fluxo parcialmente aberto (b),
válvula totalmente aberta (c).

Fonte: SCHLUMBERGER, 2018.

Estas válvulas podem ser acionadas por sistemas hidráulico, elétrico e elétrico-
hidráulico, sendo os hidráulicos com simples operacionalidade e funcionalidade;
38

Enquanto o deslocamento do mecanismo de controle do el trico feito pela atua o


de um motor el trico e o el trico-hidráulico tem seu acionamento primário por meio
de impulsos elétricos, porém a abertura da válvula se dá pela parte hidráulica
(BAKER HUGHES, 2017g).

3.1.4 Aplicação dos Elementos e Dispositivos de Completação Inteligente na


Coluna de Produção

Colocando em pauta a utilização de cada equipamento utilizado na completação


inteligente, seção 2.2.3, segue abaixo o quadro 1 como modelo comparativo desses
equipamentos e suas funções em cada tipo de completação, convencional e
inteligente.

Quadro 1- Resumo dos principais elementos e dispositivos utilizados na CI.


Utilização
Elemento/Dispositivo Utilização na CI
Convencional

Transmissão dos dados Conexão entre os equipamentos


de todos PDG e de uma C.I e os equipamentos de
acionamento da DHSV. superfície e transmitem pulsos
hidráulicos para atuar as válvulas,
Fixação das linhas de
Linhas de Controle e acomodam cabos elétricos ou fibra
controle na COP
Grampos de ótica que permitem a transmissão
evitando torções e
Ancoragem de dados em tempo real.
enroscamento
fixação das linhas de controle na
garantindo a proteção
COP evitando torções e
das linhas.
enroscamento garantindo a
proteção das linhas

Monitoramento em tempo real das


Medidores de Fluxo Não se utiliza
variações de vazão no reservatório

Fonte: Elaborado pelos autores.


39

Continuação quadro 2- Resumo dos principais elementos e dispositivos utilizados na


CI.
Utilização
Elemento/Dispositivo Utilização na CI
Convencional

Permite a comunicação da coluna


Controlador de Fluxo e do anular entre o tubo de
Válvula de Camisa
com acionamento revestimento e o de produção e
Deslizante –
remoto, com estrutura servem para impedir, parcialmente
Controladora de Fluxo
de controle hidráulico ou completamente o influxo para o
interior do mesmo

Transmitir as informações do poço


Paker de Produção ate a superfície através de
com Passagem para impulsos hidráulicos elétricos ou
Não se utiliza
Linhas de Controle e óticos ao mesmo tempo em que
Cabos Elétricos mantem a sua função de
isolamento da zona de produção

Sistema de controle e Supervisão


Sistema de Controle
Não se utiliza de dados (SCADA), Abrir e fechar
de Superfície
válvulas e leitura de sensores,

Protege as Conexões, Realizam a


emenda das linhas de controle e
Subs de Emenda Não se utiliza
cabos elétricos garantindo a
transmissão.

Controlar o fluxo dos fluidos


Válvula Hidraúlica de
produzidos por cada uma das
Controle de Fluxo de Não se utiliza
zonas dos reservatórios de
Fundo de Poço
petróleo

Fonte: Elaborado pelos autores.


40

Continuação quadro 3- Resumo dos principais elementos e dispositivos utilizados na


CI.

Utilização
Elemento/Dispositivo Utilização na CI
Convencional

Condução de energia para


Cabo elétrico Não se utiliza sistemas de controle e
monitoramento

Fonte: Elaborado pelos autores.

3.2 PREMISSAS UTILIZADAS NA COMPLETAÇÃO DE POÇOS

Para a proposta de uma COP, devem ser identificadas as premissas de reservatório,


poço e produção que, são as necessidades especiais que definem qual o tipo de
completação, especialmente, os equipamentos e dispositivos da COP. A seguir
serão definidas algumas premissas observadas de forma geral durante as
completação de poço.

3.2.1 Premissas de Reservatório

Galvão (2015), descreve que a classificação de um reservatório somente se torna


possível após a realização de estudos para a aquisição de dados como, condições
de pressão, temperatura e composição química dos fluidos para a definição do tipo
de reservatório.
Renpu (2011), definiu algumas das premissas de reservatório da seguinte forma:

 Ponto de vazão, Densidade e Viscosidade: Para o desenvolvimento de um


campo petrolífero de alto ponto de vazamento é necessário que a
temperatura de fluxo do petróleo bruto esteja acima do ponto de vazão. A
41

soma da Densidade e Viscosidade resulta na reologia que é um fator que


determina o quanto de pressão e que tipo de fluido deve ser inserido na
formação para manter a produção eficiente. Na formação pode se encontrar
água, diversos tipos de gases, entre outros componentes que podem alterar a
composição, reologia, pH e a salinidade do fluido por meio de interações
intermoleculares, e consequentemente interfere na definição dos elementos
necessários a serem acoplados na COP.

 Porosidade e Permeabilidade: Entende-se que a porosidade de uma rocha é


a relação entre o volume de espaços vazios de uma rocha e o volume total da
mesma. Estes espaços podem ser preenchidos por água, óleo e/ou gases.
Para as rochas sedimentares detriticas, a porosidade está intimamente
relacionada com a permeabilidade, logo a porosidade está diretamente ligada
ao tamanho do grão, fato é que tais fatores estão diretamente ligados ao tipo
de broca que será utilizado bem como os aditivos químicos a serem inseridos
para facilitar o processo de perfuração e produção.

3.2.2 Premissas de Poço

Para Perrin (1999), algumas premissas de poço podem ser descritas como:

 Tipo de equipamento de perfuração: Embora os poços sejam às vezes


completados com uma plataforma específica que substitui a sonda de
perfuração, a mesma sonda é frequentemente usada para perfuração e
completação. Os seguintes pontos devem ser levados em consideração: as
características da sonda, o tipo de equipamento fornecido, quaisquer
unidades adicionais (cimentação). O melhor é escolher o equipamento de
perfuração desde o início, com a devida consideração aos requisitos
específicos para a completação.
 Perfil do poço: O desvio pode limitar ou mesmo excluir a escolha de algum
equipamento ou técnica usada para trabalhar no poço.

 Programa de perfuração e revestimento: Para um poço em desenvolvimento,


o mais importante ter um diâmetro de poço grande o suficiente para
acomodar os equipamentos que nele serão instalados. Em contrapartida,
42

quando o diâmetro de perfuração do intervalo do reservatório é aumentado


além do que é exigido para o equipamento de produção, ele reduz a
capacidade de fluxo do poço. Portanto, o diâmetro interno é efetivamente
utilizável no poço, uma vez que todas as fases de perfuração e revestimento
tenham sido concluídas.

 Perfuração do reservatório e fluido de perfuração: Quando a broca atinge o


topo do reservatório as suas condições são perturbadas por causa disso,
problemas podem surgir ao colocar o poço em funcionamento. Em particular,
o intervalo do reservatório pode ser danificado pelos fluidos usados no poço
reduzindo a produtividade e exigindo tratamento dispendioso em termos de
tempo de sonda e do próprio tratamento. Dano de formação além de serem
corrigidos devem ser prevenidos, especialmente zona mais sensíveis. Como
resultado, a escolha do fluido utilizado para perfurar estes intervalos é crítica.

 Cimentação do revestimento: Uma boa vedação proporcionada pela bainha


de cimento entre a formação e o revestimento é um parâmetro muito
importante, principalmente por causa do desempenho do reservatório, no
entanto, é necessário examinar a forma como esta operação é realizada e
testada.

3.2.3 Premissas de Produção

As premissas de produção estão relacionadas as ferramentas e sensores


adequados para a realização das operações. Ou seja, Para Renpu (2011) e Perrin
(1999), algumas premissas de produção podem ser descritas como:

 Segurança: É um fator determinado para atendimento dos regulamentos


nacionais e internacionais, bem como as normas e regulamentações da
própria companhia exploratória. A quantidade de válvulas, packers, entre
outros equipamentos e o seu devido posicionamento ao longo do poço
acrescem o fator de segurança.

 Elevação natural e/ou Elevação artificial: Interferem na escolha do diâmetro


da tubulação a ser utilizada, uma vez que a definição de tubulação deve visar
sempre a menor perda de pressão positiva (quando a pressão da formação já
43

é suficiente para que ocorra a extração). Visando assim uma condição


operacional excelente.

 Profundidade e Metalurgia: A profundidade também define diretamente o


diâmetro da tubulação a ser utilizada bem como o tipo de liga metálica, pois, o
ambiente ácido que se forma durante a produção gera a necessidade de
utilização de aditivos químicos para reduzir possíveis formações de corrosão.

 Operações de medição e manutenção: Auxiliam na definição do tipo de


completação a ser utilizada, pois esta definirá o quanto se deverá atuar em
manutenções preventivas e ou intervenções para manter a produção, porém
tudo isto está diretamente relacionado ao quanto de pressão se obtém da
formação.

3.2.4 Esquemas Mecânicos Típicos

No presente tópico serão apresentados alguns modelos de esquemas mecânicos


típicos com o uso da completação inteligente, conforme pode ser visto no trabalho
apresentado por Jackson, V.B. em seu estudo de caso titulado: ”First ntelligent
ompletion System nstalled in the ulf of Mexico“ onde nas p ginas , 8 e 9 o
mesmo mostra de maneira estratificada os elementos utilizados no processo
exploratório localizada no golfo do México, conforme melhor ilustrado pela Figura 21:
44

Figura 21 – Estratificação de elementos utilizados na coluna de produção.

Fonte: Adaptado de JACKSON e TIPS, 2000

Pode-se identificar que o poço apresenta um packer hidráulico, que tem por objetivo
selar o anular impedindo a passagem do fluido pelo meio. Além desse equipamento,
tem-se duas camisas deslizantes - controladora de fluxo importante para o poço já
que permite o fluxo pelo diferencial de pressão.
De acordo com Pinheiro, et. al. (2015), na apresentação do trabalho titulado de” Well
Construction Challenges in the Pre-Salt evelopment Projects” trazem na p gina 5 a
seguinte estrutura de poço típico de Pré-Sal, como visto nas Figuras 22 e 23.
45

Figura 22 – Típico Poço de Completação Inteligente - Zona Superior.

Fonte: Adaptado de MARQUES et al., 2015

Figura 23 – Típico Poço de Completação Inteligente - Zona Inferior.

Fonte: Adaptado de MARQUES et al., 2015


Nas figuras representa-se uma zona de gás injetor do poço de Lula no qual foi
projetado com a ferramenta de completação inteligente, nele se faz presente alguns
equipamentos já enunciados nesse trabalho, como, packer de produção com
passagem para linhas de controle e cabos elétricos, camisa deslizante - controladora
46

de fluxo, assim como equipamentos presentes na completação convencional, como,


válvula de isolamento de formação, niple e medidor de fundo de poço (PDG).

Por último, mas não menos importante na apresentação de Pinto e Naveiro (2009),
sobre o “Pré-Sal nova o tecnol gicas” na página 23 traz o esquema de injeção de
água e gás (WAG) apresentado na Figura 24.

Figura 24 – Método de injeção de água e gás (WAG).

Fonte: Adaptado de PINTO e NAVEIRO, 2009

Pode-se perceber a utilização do packer, conforme utilizados nos demais exemplos


mecânicos enaltecendo sua utilidade em um sistema inteligente. Além desse
equipamento, identifica-se a válvula de controle de vazão e o medidor de fundo de
poço (PDG), que é um equipamento de completação convencional utilizado para
obter desde variações de pressão á temperatura dos fluidos no interior da coluna.
47

4 METODOLOGIA

Este trabalho tem por finalidade propor a utilização da completação inteligente na


coluna de produção (COP) de um poço de petróleo submarino em água
ultraprofunda nas condições típica do Pré-Sal. Como apontado na justificativa do
trabalho, o uso da coluna equipada com completação inteligente é uma opção
crescente em campos de petróleo do Pré-Sal uma vez que esse tipo de completação
permite o melhor gerenciamento da produção do poço de petróleo, em tempo real,
além de controlar a produção do petróleo em diferentes zonas otimizando o mesmo
a depender das necessidades do projeto.

Tendo em vista que há um crescimento dos números de poços previstos para


produzir em mais de uma zona, especialmente em águas ultraprofundas, devido a
possível antecipação da produção. Um exemplo recente deste tipo de oportunidade
foi divulgado pelo portal Word Oil, onde a empresa Shell anunciou a descoberta de
águas ultra profundas com um poço localizado na locação chamada Dover,
localizado no Golfo do México dos Estados Unidos. Dado isto, estão apresentados
nesse capitulo os métodos que foram utilizados para alcançar os objetivos dessa
pesquisa, sendo descrito como cada um deles foi obtido.

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO

A definição das características do poço de petróleo foi realizada com base nas
informações disponibilizadas na literatura por operadoras de campo de petróleo do
Brasil que atuem em campo de Pré-Sal que possuem em sua composição uma
coluna de produção inteligente (COP). Diversos autores, como Marques et al. (2015)
e Pinto e Naveiro (2009), dentre outros, apresentaram informações de poços de
petróleo.

Dos poços de petróleo apresentados na revisão de literatura deste trabalho, foram


encontrados dois dos quais se aplica bem a completação inteligente em águas ultra
profundas, o que serviu como base de comparação para um poço candidato. As
configurações dos mesmos são apresentadas na Figura 25.
48

Figura 25 – Configurações de poços típico de Pré-Sal.

Fonte: Adaptado de MARQUES et al., 2015

A figura 25 ilustra dois poços de petróleo típico do Pré-Sal foram escolhidos para
alimentar as características do poço de petróleo desta pesquisa, Sapinhoá e Lula.
Onde o primeiro Sapinho um po o direcional com l mina d‟ gua de 38 metros
cujo reservatório está localizado abaixo da camada de sal com temperaturas
superiores a 110 ºC, já o poço de Lula foi perfurado penetrando uma camada de
quase 2 000 metros de sal.

3.2 PREMISSAS DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO

Baseando-se nas premissas encontradas na literatura e estudadas na revisão


bibliográfica deste trabalho, foi estabelecido um conjunto de requisitos para o poço
de petróleo candidato, o qual foi utilizado para as definições das características e
propriedades dos elementos constituintes da coluna de produção (COP) do poço.
49

Os Quadros 2, 3 e 4 (págs. 51 a 56) descrito na apresentação dos resultados,


apresentam formato das premissas do poço de petróleo candidato, classificando
cada uma delas nas atividades de reservatório, de poço ou de produção, e
categorizando de acordo com as funções ou variáveis que as mesmas influenciam
na coluna de produção (COP) e, eventualmente, no poço de petróleo. Descrevem
também os requisitos que cada uma das premissas adotadas estabelece para a
coluna de produção (COP) do poço. Cada um destes requisitos foram (isolado ou
em conjunto com outros) cruzados com as indicações de utilização dos principais
elementos de completação inteligente, apresentadas no Quadro 1 (pág. 31) deste
trabalho.

3.3 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA COMPLETAÇÃO INTELIGENTE

A implantação da completação inteligente possibilita precisão na aquisição de dados


e parâmetros do poço e melhora a administração do fluxo, devido a isso quantificar
sua implementação de modo que os riscos do poço sejam minimizados, cuja a
sequência será simplificada pela Figura 26.

Figura 26 – Sequência da metodologia utilizada.

Fonte: Elaborado pelos autores.

De acordo com a sequência apresentam na pela Figura 26 foi feito:

1. Por meio dos dados obtidos citados nos tópicos 3.1 e 3.2 foi definido o
escopo de completação da fase analisada;

2. O próximo passo, foi determinar quais equipamentos da coluna de produção


(COP) inteligente seriam utilizados para melhorar o gerenciamento do poço, e
a sequência de instalação do mesmo, como apresentado no Quadro 5 dos
resultados(pág. 57);
50

3. Obtendo todas as informações necessárias, foi definido os equipamentos da


coluna de produção (COP), que são indispensáveis na proposta da
implementação da completação inteligente (CI) de um poço conforme
proferido no tópico 3.1.3 desse trabalho (pág.29).

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 IDENTIFICAÇÃO DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO

Este projeto foi elaborado levando-se em consideração aos exemplos de esquemas


mecânicos em poços típicos do Pré-sal como apresentado por Jackson (2000),
Marques et al. (2015), Pinto e Naveiro (2009), para formação de uma coluna de
produção fictícia, representado na Figura 27.

Figura 27 – Configuração do poço candidato.

Fonte: Elaborado pelos autores.


51

A figura 27 demonstra o projeto de um poço vertical constituído por quatro fases


onde foi desenvolvida a proposta de uma coluna de produção inteligente nas seções
a seguir: A primeira fase desse poço situa-se a profundidade de 2200 metros, a
segunda fase em 3000 metros onde se inicia a formação da camada de sal com a
coluna de revestimento ancorada na cabeça do poço juntamente com a terceira fase
revestida em ‟‟. Na quarta fase desse po o se encontra no Pr -sal em 4770
metros, onde há presença de dois reservatórios entre as profundidades 4780 metros
a 4810 metros, e outro entre 4880 metros a 4910 metros, com duas zonas
canhoneadas á 100 metros entre si.

5.2 PREMISSAS DO POÇO DE PETRÓLEO CANDIDATO

Os Quadros 2, 3 e 4 apresentam as premissas de reservatório, de poço e de


produção utilizadas para o projeto de coluna de produção para o poço candidato
desta pesquisa. Estas premissas foram utilizadas para a definição das
características e das propriedades dos elementos especificados para as diferentes
posições da coluna de produção.

Baseando-se nas premissas apresentadas na revisão bibliográfica e tomando como


base os trabalhos de Jackson (2000), Marques et al. (2015), Pinto e Naveiro (2009),
pôde-se definir um conjunto de premissas a serem utilizadas em um típico projeto de
coluna de produção de um poço de petróleo do Pré-Sal no Brasil.

Quadro 4- Premissas de Reservatório Utilizado nesta Pesquisa.


Premissas Premissa Requisito

Poço Produtor por intervalo superior


a 10 anos, podendo ser convertido
1 Objetivo do Poço
para Poço Injetor de Água com a
troca da Completação Superior
Reservatório
Vazão Bruta de Produção de 40 mil
2 Vazão de Produção
bpd

3 Tipo de Óleo (ºAPI) Óleo leve (ºAPI > 30)


52

Continuação Quadro 5- Premissas de Reservatório Utilizado nesta Pesquisa.


Sem produção de Água: aquíferos
4 Corte de Água
totalmente isolados

Alta produção de Gás Associado,


5 Produção de Gás Associado Óleo com Alta Razão de
Solubilidade

Alto teor de CO2 e baixo teor de


6 Presença de Gases Doce
H2S

Formação de Incrustação Presença de Carbonato de Cálcio


7
Inorgânica (CaCO3)

Baixa ou nenhuma presença de


Formação de Incrustação hidrocarbonetos Alcanos de Cadeia
8
Orgânica Longa ou que possuem grupos
Aromáticos

Pressão Estática no Reservatório de Alta Pressão, com


9
Reservatório Pressão Estática superior a 10 kpsi.

Reservatórios com diferentes


Diferencial de Pressão entre
10 Pressões Estáticas (+ de 500 psi de
Zonas Produtoras
diferencial de pressão)

Reservatório de Alta Temperatura,


11 Temperatura do Reservatório
com Temperatura > 150ºC

Reservatórios muito permeáveis


12 Porosidade e Permeabilidade
(com alta mobilidade do Óleo)

Produção Não Seletiva (produção


13 Seletividade da Produção
concomitante)

Sem Produção de Areia, com baixo


14 Produção de Areia
Teor de Sólidos
Fonte: Elaborado pelos autores.
53

As premissas de reservatório orientam o projeto de um poço produtor passível de


conversão de objetivo com uma operação de troca de coluna (premissa 1), com alta
concentração de gás associado e gás doce (premissa 5 e 6), com uma vazão bruta
de 40 mil bpd de um óleo leve, podemos então constatar que o petróleo desse poço
é rico e de boa qualidade.

Os aquíferos desse poço são totalmente isolados, não havendo passagem de água
por nenhum lugar (premissa 4). Seu reservatório de produção concomitante, ou seja,
não seletiva, com baixo teor de sólidos e alta pressão apresenta diferentes pressões
estáticas com temperatura superior á 150 ºC e alta mobilidade do óleo, essa área é
onde fica o acumulo de petróleo para a extração que pode conter uma grande
pressão, que é muito útil no processo de produção, maior porosidade equivale a um
alto teor de mobilidade.

As formações como, as de Incrustação Inorgânica, (premissa 7) podemos observar a


presença de carbonato de cálcio (CaCO3), nessa área do poço contem pouca ou
nenhuma presença de hidrocarboneto (Alcanos de Cadeia Longa), Incrustação
Orgânica, nessa parte são encontrados grupos Aromáticos, o que permite identificar
extração em óleo de boa qualidade.

Quadro 6- Premissas do Poço Utilizado nesta Pesquisa.


Premissas Premissa Requisito

Poço Submarino com Completação


1 Tipo de Completação
Molhada

Manutenção de dois Envelopes de


2 Integridade do Poço
Segurança

Posição do Revestimento de Entre a Base do Sal e abaixo da


Poço 3
Produção Base do último Reservatório

Vertical na Completação Superior e


4 Trajetória Direcional de Baixo Ângulo (<40º)
na Completação Inferior

5 Interface Poço x Reservatório Poço Revestido e Canhoneado


54

Continuação Quadro 7- Premissas do Poço Utilizado nesta Pesquisa.


Cauda com Tubos cegos e
6 Tipo de Coluna de Produção
extremidade tamponada

Isolamento de Zonas Por empacotamento com Packer de


7
Produtoras Completação

Isolamento de Zonas Não


8 Por Bainha de Cimento
Produtoras

Construção Seriada: 1ª parte -


instalação da COP Inferior, 2ª parte
9 Construção do Poço – instalação da COP Superior até o
TH, 3ª parte – instalação Rigless da
ANM

Sem a utilização de Tampões de


10 Abandono Temporário
Cimento

Operações diversas de LWO: com


11 unidades de arame, cabo e
flexitubo

Operações de LWO Rigless na


12
Completação Superior

Troca de ANM com operação LWO


13 Manutenção ou Workover
Rigless

Desassentamento do Packer de
14 Completação sem necessidade de
unidade de flexitubo

Mecanismo de Abertura Forçada


15
(Override) nas Válvulas

Possibilitar o Abandono Through


16 Abandono
Tubing (TT)
Fonte: Elaborado pelos autores.
55

Define-se o tipo de completação molhada por linhas de comandos eletro-hidráulicas


já que o poço se localiza em águas ultra profundas, onde possui uma trajetória
vertical na sua parte superior , logo em seguida passa a ter a configuração direcional
de baixo ângulo em sua completação inferior (premissa 4) situada entre a base do
Sal e abaixo do último reservatório, no qual há presença do revestimento de
produção com o tipo de Coluna de Produção com caudas, cegos e a extremidade
tamponada.

A coluna de produção inferior desse poço é revestida e canhoneada (premissas 5),


evitando assim um colapso e suas zonas possuem isolamentos com uma camada
de cimento e é determinada por empacotamento com Packer de Completação, isso
protege o poço enquanto estiver sem funcionamento ou fechado por algum tempo,
pois há possibilidade de abandono de Through Tubing (TT) sem a utilização de
tampões de cimento (premissas 10). Foi determinado para construção do poço se
formaria primeiro pela instalação da COP Inferior, tendo a mesma definida o próximo
passo é a instalação da COP Superior até o TH, e por fim instalação Rigless da
ANM., lembrando que as manutenções podem ocorrer na forma de Workover,
levando em conta as pesquisas, encontramos operações diversas de LOW, com
unidade arames, cabos e fluidos nessa montagem, localizado na Completação
superior o LOW Rigless. O registro desse sistema mostra quando à troca de ANM,
com operação LWO Rigless e o desassentamento do Packer de Completação em
necessidade de unidade de flexitubo. O envolvimento do Mecanismo de Abertura
Forçada como o nome de (Override) que ficam nas válvulas, resulta no abandono do
poço com Through Tubing (TT).

Quadro 8- Premissas do Produção Utilizado nesta Pesquisa.


Premissas Premissa Requisito

Realizada pela UEP com auxílio


1 Partida do Poço de injeção de GL descarregando o
espaço anular do poço
Produção Inicialmente: Elevação Natural
como método primário e GLC
2 Método de Elevação
como método Secundário. Após
cerca de 2 anos, apenas GLC
56

Continuação Quadro 9- Premissas do Produção Utilizado nesta Pesquisa.

3 Prevenção de Hidrato Injeção de Produtos Químicos

4 Prevenção de H2S Injeção de Sequestrante de H2S

Possibilitar operações seletivas


5 Teste de Produção (TP)
pela UEP

Controle da Pressão de Fluxo (Pwf)


6 Drawdown de Produção
em cada Zona Produtora

Pressão e Temperatura na frente


7 dos Reservatórios e na Cabeça do
Poço (interior e exterior da COP)

Monitoramento Vazão Bruta em cada Zona


8
Produtora

Corte de Água em cada Zona


9
Produtora
Fonte: Elaborado pelos autores.

A proposta de partida do poço será realizada pela UEP com injeção de GL


descarregando o espaço anular do poço. Inicialmente o método de elevação do poço
é natural e GLC como Secundário, esses registros após 2 anos, com o objetivo de
aumentar a produção.

As observações durante a pesquisa de trabalho para extração do petróleo tiveram


uma apresentação de Prevenção de Hidrato (premissa 3), em relato do trabalho e
envolvimento na injeção de produção químicos desse poço com presença de injeção
sequestrante de H2S, acumulo agregado de produto preso entre as cavidades ou de
outras formas nas reservas petrolíferas. O que levou a resultante equilíbrio de teste
de produção (TP), assim operar de forma seletiva e controlada para instalação de
poços de petróleo pela UEP, podendo ter o uso do Drawdown de Produção
(premissa 6).

O final dessa etapa é o monitoramento (premissa 7), o que resume em controle de


pressão do fluxo (Pwf) em cada zona de produção petrolífera, controle de vazão
57

Bruta na produção e Controle de Água em cada Zona Produtora, e a pressão e


temperatura devem ser controladas na frente dos reservatórios e na cabeça do poço
(interior e exterior da COP).

5.3 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA COMPLETAÇÃO INTELIGENTE

O Quadro 5 apresenta os equipamentos da coluna de produção inteligente,


propostos para melhor gerenciamento do poço, atendendo as premissas de
reservatório, poço e produção descritas no item anterior para o poço candidato.

Quadro 10- Especificação dos equipamentos de coluna.


PREMISSA
ELEMENTO POSIÇÃO NA COP OBSERVAÇÃO
ATENDIDA
Suportar todas
Acoplada na Base
conexões para
Tubing Hanger adaptadora de 2ª do Poço
receber todas
produção
linhas de controle
Instalação da ANM
Imediatamente 1ª de Reservatório e funciona com
DHSV
abaixo do TH 2ª e 9ª do Poço barreira de
segurança.
Permite a
5ª do Reservatório recuperação da
Abaixo da DHSV e
MGL e 1ª e 2ª da pressão do poço e
Acima do Niple
Produção responsável pela
partida do poço
Funciona como
Acima do Subs de
SSD 2ª do Poço barreira de
Emenda
Segurança.
Acima do Packer Emenda das linhas
Subs de Emenda 9ª do Poço
Feed Through de controle
58

Continuação Quadro 11- Especificação dos equipamentos de coluna.


Permite a
10ª do produção em
Packer Feed
Acima do PDG Reservatório e 7ª diferentes zonas e
Through
do Poço a vedação das
mesmas.
Permite o
9ª e 11ª do
monitoramento de
PDG Acima do ICV Reservatório e 7ª
temperatura e
de Produção
pressão
Permite o controle
de fluxo de
9ª,10ª e 13ª do diferentes zonas
ICV Acima do IQA
Reservatório produtoras e são
atuadas totalmente
abertas.
Permite o controle
6ª e 7ª do
Acima do Niple e da corrosão, H2S e
IQA Reservatório, 3ª e
Acima do SSD alto índice de
4ª da Produção
hidratos.
Barreira de
Acima da Shear
Niple 2ª do Poço Segurança caso a
Out
Shear Out falhe.
Permite o
Extremidade 6ª,10ª e 16ª do
Shear Out tamponamento
Inferior Poço
temporário
Fonte: Elaborado pelos autores.

Após o desenho mecânico da proposta da coluna apresentado na Figura 28 e sua


respectiva descrição, serão explicados a utilização de cada um dos equipamentos
para melhor compressão.
59

Figura 28- Desenho mecânico da completação do poço.

Fonte: Elaborado pelos autores.


60

Visando reduzir os custos de interven o de po o e a exposi o a riscos


operacionais, os reservat rios superior e inferior ser o equipados com v lvulas de
controle de fluxo de atua o hidr ulica remota ( V) capazes de controlar a rea
exposta ao fluxo por meio de mecanismos do tipo choke. Al m disso, ser o
instalados sensores de press o e temperatura (P ) com aquisi o em tempo real,
v lvulas de inje o qu mica que permitam posicionar produtos qu micos em cada
reservat rio para prevenir forma o de hidrato e para evitar a corros o dos
equipamentos da COP (sequestrantes de H2S) e packers que possibilitem a
passagem de linhas de controle hidr ulicas e el trica em sua estrutura, sem
comprometer a veda o entre os reservat rios (packers feed through).

Para a proposta de completação, do reservatório superior, inicialmente o poço vai


produzir por Eleva o Natural como m todo prim rio, ap s cerca de anos de
produ o ser necess rio o m todo de eleva o secundario o as ift ontinuo e
produzindo a capa de gas, foi projetado para acomodar na ase do reservat rio uma
v lvula de inje o qu mica ( QAS), uma v lvula de controle de fluxo de acionamento
hidr ulico remoto ( V) com capacidade de choke e dois sensores de press o e
temperatura (um P anular e um P coluna). no topo do reservat rio, foi
instalada uma v lvula de controle de fluxo de acionamento mec nico (SS ) como
mecanismo ackup caso a v lvula V venha a falhar.

Para a proposta de completação, do reservatório inferior, foi projetado para


acomodar na base do reservatório uma shear out dupla, para realizar o
tamponamento tempor rio e prover a veda o da extremidade da OP durante a
pressuriza o para assentamento dos packers e um niple como mecanismo backup
em caso de rompimento da shear out. Já no topo do reservatório, foi instalada uma
válvula de injeção química (IQAI), uma válvula de controle de fluxo de acionamento
hidráulico remoto (ICV) e dois sensores de pressão e temperatura (um PDG anular e
um PDG coluna), um packer feed through e por fim um sub de emenda.

Os demais equipamentos utilizados na proposta de completa o do po o possuem


fun es espec ficas e indispens veis para o projeto. importante citar que todos os
equipamentos da OP s o de metalurgia no re e resistente a concentra es de 2S
61

e CO2 existentes no campo. A seguir serão descritas as suas funções de acordo


com as premissas:

 Tubing Hanger: Neste projeto, o T foi dimensionado para comportar em sua


ase conex es suficientes para rece er todas as linhas de controle. Al m
disso, o T prover a veda o entre o anular do po o e a ase adaptadora
de produção.

 DHSV: A v lvula de seguran a de su superficie foi proposta para a


completa o como arreira mec nica de seguran a para evitar fluxo
descontrolados do po o durante o per odo de desconex o do OP e
instala o da ANM e tam m, em caso de falhas dos equipamentos de
seguran a de superf cie.

 MGL: O mandril de g s lift foi inclu do na OP, pois foi levado em


considera o que o reservat rio ir perder press o ap s um per odo de
produ o e necessitar de aux lio da inje o de g s lift para auxiliar na
produ o de leo futura.

 SSD: Foi selecionada para a proposta de completação como mecanismo


backup caso a valuvula ICV venha a falhar.

 Subs de emenda: Foram instalados para acomodar e proteger as conexões


hidráulicas e elétricas entre as linhas de controle instaladas nos módulos da
CI e os flatpacks.

 Packer feed through: Foram selecionados para a proposta da completa o


pois estes equipamentos permitem a passagem de linhas de controle el trica
e hidr ulicas em sua estrutura, sem comprometer a veda o entre a OP e o
anular de cada reservat rio, para suportar a press o de fluidos de cada
reservat rio e a produ o em diferentes zonas atrav s de uma nica coluna.
Seu assentamento realizado pressurizando o interior da OP at atingir o
diferencial de press o requerido para assenta-los.

 PDG: Foram instalados na COP no poço (PDGS e PDGI) para monitoramento


de pressão e temperatura na frente dos reservatórios e o comportamento dos
mesmos em tempo real.
62

 ICV: As válvulas de controle de fluxo de atuação hidráulica remota a serem


instaladas em cada reservatório (ICVS e ICVI) foram instaladas na COP para
controle de diferencial de pressão entre as zonas produtoras com produção
concomitante, para manter a conformidade do fluxo e para impedir fluxos
indesejados.

 IQA: As v lvulas de inje o qu mica a serem instaladas no anular de cada


reservat rio produtor ( QA e QAS) foram instaladas na OP para auxiliar na
preven o de hidrato e 2S e no controle de corros o da OP.

 Niple: O niple um equipamento que possui um perfil interno que permite


alojar em sua sede um plug ou uma v lvula reten o capaz de vedar a
passagem de fluidos de aixo para cima e de cima para aixo. Para esta
proposta, o niple, que est localizado pr ximo a extremidade da OP, serve
como mecanismo backup para assentamento dos packers em caso do
rompimento prematuro das duas sedes da Shear Out.

 Shear out: utilizada para fazer o tamponamento temporário, está localizada


na extremidade da COP, e foi desenvolvida com duas sedes de vedação,
dimensionadas para suportar valores de pressão maiores que a pressão de
assentamento dos packers feed through que est o instalados no topo de cada
reservat rio. Sua sede principal uma sede tamponada desenvolvida para
vedar a passagem de fluidos de baixo para cima e de cima para baixo. Caso
a sede principal se rompa prematuramente durante o assentamento dos
packers, uma esfera poder ser lan ada no interior da OP para ser alojada
na sede secund ria da Shear Out a fim de prover a veda o da extremidade
da OP durante a pressuriza o para assentamento dos packers.
63

6 CONCLUSÃO
Como apresentado no decorrer desse trabalho, torna-se viável a aplicação da
completação inteligente em poços submarinos típicos do Pré-sal em águas
ultraprofundas, levando em conta sua complexidade e seus custos.

Os equipamentos inteligentes quando instalados com uma coluna de produção são


capazes de reduzir custos de intervenção, uma vez que reduz-se a quantidade de
operações de workover, sendo assim é possível economizar equipamentos na
superfície, além da injeção de fluidos através de um melhor gerenciamento do
reservatório de forma a aumentar o fator de recuperação final das reservas, sem
contar que a capacidade de medir e controlar o reservatório em tempo real auxilia na
produção do reservatório.

Em uma analise geral da temática do trabalho, pode-se observar maior exploração


de poços em águas ultraprofundas com o uso da tecnologia inteligente, já que são
inviáveis o uso da completação convencional para atender as necessidades desse
tipo de poço.

Para a elaboração da proposta do campo fictício desse trabalho, foi levado em conta
premissas de reservatório, poço e produção onde a coluna inteligente apresentou
uma boa estratégica evidenciando a redução dos custos de intervenção, a extração
de hidrocarbonetos em águas ultra profundas típico do Pré-sal, nesse tipo de
ocasião sendo necessário que haja a maior recuperação possível do volume de óleo
e de forma a maximizar o valor agregado do projeto. A completação inteligente foi
uma saída adequada já que tem o objetivo em otimizar a produção e automatizar os
poços.

Outro ponto em questão, é que a completação convencional é pouco eficiente em


reservatórios que possuem duas ou mais zonas produtoras, e o poço fictício desse
trabalho é constituído por duas zonas produtoras. A presença de gases doces (muito
teor de CO2) foi um ponto crucial na seleção de equipamento, pois faz necessária a
instalação de válvula de injeção química em pontos da COP para auxiliar na
corrosão.

Conclui-se que a utilização de completação inteligente é uma realidade em poços de


petróleo típico de pré-sal. Os sistemas inteligentes devem ser adequados aos
64

requerimentos de confiabilidade e flexibilidade, dessa forma para o melhor


gerenciamento do reservatório de petróleo. A tecnologia deve ser aplicada em poços
em que seja possível um aumento considerável do volume de petróleo recuperado,
compenso o uso do mesmo.

6.1 TRABALHOS FUTUROS

O presente trabalho propôs uma coluna de produção que atende as características


especificas de um poço típico do Pré sal, que considerou algumas premissas para
tornar a implantação do projeto viável. Por isso, fica como sugestões:

a) Realizar estudos de viabilidade técnica e econômica para a aplicação da


completação inteligente e comparar com a completação convencional para o
mesmo projeto;

b) Realizar levantamento dos custos envolvidos com operações de workover em


projetos que não contemplam a utilização de TSR.
65

7 ANEXO
Nesse tópico estão apresentados os demais equipamentos utilizados em uma típica
coluna de produção de uma completação convencional.

7.1 Shear out

Shear out é uma válvula utilizada para fazer tamponamentos temporários, pode ser
válvula dupla ou tripla. Pode ser instalada na extremidade inferior da Coluna de
Produção (COP) ou Injeção (COI), bloqueando a passagem do fluido com o
assentamento de uma esfera em uma sede, que pode ser rompida e aberta ao fluxo
sobre pressão (BELLARBY, 2009). Pode-se analisar melhor o exemplo da válvula
exibida na Figura 29 a seguir.

Figura 29 – Shear out.

Fonte: FAMETRO, 2017

7.2 Hydro-Trip

A apostila da Fametro (2017), define que seu funcionamento serve para um


temporário tamponamento da coluna de produção, apresentando a desvantagem de
não possibilitar a passagem de fluidos sem impedimentos pelo interior da coluna de
produção, conforme ilustrado na Figura 30.
66

Figura 30 – Hydro-Trip.

Fonte: FAMETRO, 2017

7.3 Mandril de Gás Lift

São componentes instalados na coluna de produção que possibilitam alojar válvulas


de gás lift assentadas na bolsa lateral do mandril, conforme mostrado na Figura 31.
O mesmo permite a comunicação entre o espaço anular da coluna de produção e
revestimento, que irão promover a injeção de gás lift para elevação do óleo
(BELLARBY, 2009).

Figura 31 – Mandril de Gás Lift.

FONTE: BELLARBY, 2009


67

7.4 Sliding Sleeve de acionamento mecânico

É uma válvula constituída por uma camisa deslizante interna que pode ser fechada
ou aberta controlando a entrada de fluido no espaço anular do poço, possibilitando o
controle seletivo da produção ou injeção de fluidos (LARRY, 2007). O que é melhor
ilustrado pela Figura 32 abaixo.

Figura 32 – Sliding Sleeve de acionamento mecânico.

FONTE: HALLIBURTON, 2018

7.5 Junta Telescópica (TRS)

Segundo Garcia (1997), este equipamento possui duas partes independentes sendo
uma a camisa externa e outra o mandril, e que a vedação entre as partes é feita por
um conjunto de unidades selantes sobre o mandril devidamente polido e o
travamento se dá por meio do encaixe J-slot de uma sapata guia seguido do J-pino
do mandril, como mostrado na Figura 33.

Figura 33 – Junta Telescópica (TSR).

Fonte: FAMETRO, 2017.


68

7.6 Válvula de Segurança de Sub-superficie

Aral e Duarte (2010), explicam que a válvula de segurança de sub- superfície é um


elemento de segurança instalado há 30 metros abaixo do fundo do mar, com
finalidade de fechamento emergencial da produção em caso de necessidade.
Apresenta-se assim as Figuras a seguir, 34 e 35, que ilustra os dois tipos deste
elemento de segurança. A mesma contém uma mola que é a responsável pelo
fechamento, uma vez que é mantida aberta por meio de uma linha de controle
pressurizada permanentemente. As figuras apresentam dois tipos de válvulas DHSV
sendo em ordem de apresentação primeiramente a (Tubing mounted) enroscadas e
conectadas diretamente na coluna de produção e a Insertáveis (Wireline retrievable)
são instaladas á cabo.

Figura 34 – Válvula DHSV – Tubing Mounted.

Fonte: FAMETRO, 2017.


69

Figura 35 – Válvula DHSV – Insertáveis.

Fonte: FAMETRO, 2017.

7.7 Válvula de Isolamento de Formação

A Válvula de isolamento de formação (VIF) permite o fluxo de fluido da formação


para dentro do poço e vice-versa por meio de uma válvula tipo esfera, sendo esta
robusta e resistente as altas pressões. Sua operação pode ser mecânica ou
hidráulica (ANDRADE, 2008).

O funcionamento da VIF operada mecanicamente se inicia a partir de um


determinado número de pulsos de pressão aplicado no interior da coluna de
produção (COP) promovendo sua abertura, a mesma é fechada com o auxílio de
uma unidade arame. Segue abaixo a Figura 36 como exemplo ilustrativo da válvula
de isolamento.

Figura 36 – Válvula de Isolamento de Formação e seus componentes.

Fonte: CAMOTA, 2009

Já a válvula hidráulica de isolamento de formação (VHIF) é acionada por meio de


duas linhas hidráulicas na superfície, além disso representa uma barreira de
70

segurança para poço uma vez que a mesma permanece na posição independente
se houver alguma falha ou perda de pressão nas linhas hidráulicas.
Segundo Camota (2009), o equipamento apresenta grande importância e vantagens
quando aplicado na completação do poço, uma vez que a válvula permite completar
sem a necessidade de matar o poço (Kill Well) durante as operações de
completação e workovers, a presença do VHIF permite a não necessidade de uso de
um fluido pesado para efetuar o controle da pressão, evitando assim
consequentemente quaisquer danos a formação e acarretando uma melhor
produtividade do poço.

7.8 Medidor de Fundo de Poço – PDG (Permanent Downhole Gauge)

Segundo Masoudi et al. (2012), o PDG é ser utilizado para realizar leituras de
pressão e temperatura no interior da coluna em tempo real, com a finalidade de
otimizar a produtividade e consequentemente o gerenciamento do reservatório. É
projetado para suportar elevadas pressões e temperaturas, requer baixa
necessidade de manutenções, podendo ser aplicáveis em poços de uma ou mais
zonas além do fato de operar tanto em poços de produção quanto de injeção. Segue
abaixo Figura 37 com ponto de localização do sensor que compõe o medidor e sua
vista frontal acoplado no mandril (parte projetada para receber o acoplamento do
mesmo).

Figura 37 – Vista e localização do sensor na coluna (a), vista de frente do sensor


acoplado ao mandril (b).

Fonte: RAHMAN et al., 2012 (a), MATHIAS ,2013 (b).


71

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AL-ENEZI, K.; DAS, O. P.; ASLAM, M.; ZIYAB, K.; EL-GEZEERI, T. Successful Case
Histories of Smart Multilateral Well with Inflow Control Device and Inflow Control
Valve for Life-cycle Proactive Reservoir Management in High Mobility Reservoir. In:
Abu Dhabi International Petroleum Exhibition and Conference. Abu Dhabi, UAE.
Proceedings… Society of Petroleum ngineers, 1 .

ALMEIDA, L. F. Poços Inteligentes no Desenvolvimento de Campos


Petrolíferos. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:<http://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/10863/10863_3.PDF>. Acesso em: 10 de Abril de 2018.

ALMEIDA, L. F.. Sistema Híbrido de Otimização de Estratégias de Controle de


Válvulas de Poços Inteligentes sob Incertezas. 2007. Tese (Doutorado em
Engenharia Elétrica) – Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2007. Disponível em:<
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10863/10863_5.PDF >. Acesso em: 10 de Abril
de 2018.

ALSYED, S.; YATEEM, K. Testing Methodology for Smart Well Completion toward
Attaining Optimal Production Rate Setting for Maximum Hydrocarbon Recovery. In:
SP ntelligent nergy nternational. Utrecht, Netherlands. Proceedings… Society of
Petroleum Engineers, 2012.

ANDERSON, A. Integration of Intelligent Wells With Multi-Laterals, Sand Control, and


Electric Submersible Pumps. In: International Petroleum Technology Conference.
oha, Qatar. Proceedings… nternational Petroleum Technology onference, 5.

ANDRADE, M. O. O Desenvolvimento do Modulo II do Campo de Espadarte: da


concepção ao primeiro óleo. Boletim técnico da Produção de Petróleo, Rio de
Janeiro – volume 3, n° 2, p. 305-325, 2008
72

ANP. 14ª Rodada da ANP tem maior arrecadação da história. 2017. Disponível em:
<http://www.anp.gov.br/wwwanp/noticias/anp-e-p/4051-14-rodada-da-anp-tem-
maiorarrecadacao-da-historia>. Acesso em: 10 Março de 2018a.

ANP. Rodadas do Pré-Sal consolidam retomada do setor de petróleo e gás no


Brasil. 2017. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/wwwanp/noticias/anp-e-p/4114-
rodadas-do-pre-sal-consolidam-retomada-do-setor-de-petroleo-e-gas-no-brasil>.
Acesso em: 10 Março de 2018b.

ARAL. A. & DUARTE. L. R. Estudo da Formação de Incrustações Carbonáticas.


Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de janeiro. Rio de janeiro. 2010.
Disponível em:<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000123.pdf>.
Acesso em: 15 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017a. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/completions/well-completions/liner-systems-and-wellbore-
isolation/reactive-element-re-packers>. Acesso em: 21 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017b. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/production/intelligent-production-systems/well-monitoring-
services/electronic-well-monitoring-solutions/flow-measurement-systems>. Acesso
em: 21 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017c. Disponível em:<https://assets.www.bakerhughes.com/


system/09/7d73302bf011e5b16c256f5bc78e1b/42915-SureFLO298-OV-HR.pdf>.
Acesso em: 21 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017d. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/production/intelligent-production-systems/intelligent-well-systems>.
Acesso em: 21 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017e. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/production/intelligent-production-systems/intelligent-well-
systems/surface-control-systems>. Acesso em: 21 Maio de 2018.
73

BAKER HUGHES, 2017f. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/production/intelligent-production-systems/intelligent-well-
systems/accessories>. Acesso em: 21 Maio de 2018.

BAKER HUGHES, 2017g. Disponível em:<https://www.bakerhughes.com/products-


and-services/production/intelligent-production-systems/intelligent-well-
systems/hydraulic-flow-control-devices>. Acesso em: 21 Maio de 2018.

BELLARBY, J. Well Completion Design: Developments in Petroleum Science.


Oxford, UK., Elsevier Science, 2009. (vol. 56).

BOURGOYNE Jr, A.T.; MILLHEIM, K.K.; CHENEVERT, M.E. e YOUNG Jr., F.S.
Applied drilling engineering. SPE Textbook Series Vol. 2. 502p. 1986.

BYROM T. G. Casing and Liners for Drilling and Completion: Design and Application.
Waltham, MA, USA. Gulf Professional Publishing, 2014. (2 ed.).

CAMPOS, N. T., SARTORI, V. Modelo de Valoração de Blocos Exploratórios. In: Rio


Oil & Gas Expo and Conference. Rio de Janeiro, Brasil. 2008.

CAMOTA A. M. L. C. Desafios Na Completação De Poços No Offshore De


Angola. Monografia realizada no âmbito de obtenção de licenciatura realizada na
Schlumberger Completions Angola – SMS. 2009.

COLLINS, J. R.; NEUBAUER, E. B. The Agbami Intelligent Well: Examples of Active


Reservoir Management. In: SPE International Production and Operations Conference
and Exhibition. Doha, Qatar. Proceedings… Society of Petroleum ngineers, 1 .

DOTS, 2014. Casing & Tubing. Disponível em:<http://dotsegypt.com/casing-tubing/>.


Acesso em: 21 Maio de 2018.

FAMETRO, 2017. Disponível em:<https://www.passeidireto.com/arquivo/6292909/


ferramentas-da-coluna-de-producao>. Acesso em: 21 Maio de 2018.
74

GALVÃO. Q., 2015. Disponível em:<http://www.qgep.com.br/static/ptb/tipos-de-


reservatorio.asp?idioma=ptb>. Acesso em: 22 Maio de 2018.

GARCIA, J.E.L., e Paula, J.L. Colunas de produção. Universidade Petrobras


Campus Salvador/Taquipe.1997.

HALLIBURTON, 2018. Disponível em:<http://www.halliburton.com/en-


US/ps/completions/well-completions/subsurface-flow-controls/Dura-Sleeve-Sliding-
Side-Door.page>. Acesso em: 22 Maio de 2018.

HODGES, S; Olin, G. Hydraulic – actuated intelligent completions: development and


aplications. In: OTC OFFSHORE TECHNOLOGY CONFERENCE, Houston, Texas,
2000.

JACKSON, V.B. & TIPS, T.R. Case Study: First Intelligent Completion System
Installed in the Gulf of Mexico. 2000.

KONOPCZYNSKI, M.R.; AJAYI, A.A. Control of multiple zone intelligent well to meet
production- optimization requirements. In: SPE PRODUCTION AND OPERATIONS
SYMPOSIUM, Oklahoma City, Oklahoma, U.S.A, 2007. Artigos... SPE, 2007, n.
106879.

LARRY, W.L. Petroleum engineering handbook. Emerging and Peripheral


Technologies, vol.6, SPE. Richardson, TX, USA, 2007.

MASOUDI, R.; JIEW, D. C. H.; KARKOOTI, H.; OTHMAN, M. B.; CHAN, K. S.;
FINLEY, D. Intelligent Well Type and Optimum Completion Designs for Complex,
MultiStacked, Compartmentalized, Oil-Rim Reservoirs. In SPE Asia Pacific Oil and
as onference and xhi ition. Perth, Australia. Proceedings… Society of
Petroleum Engineers, 2012.
75

MARQUES M., SANTOS A.R., SCHNITZLER E., SIGNORINI D., PINHEIRO R.S.,
AND TOMITA R.A. Well Construction Challenges in the Pre-Salt Development
Projects. Petrobras. 2015.

MINDIAMART, 2013a. Disponível em:<https://www.indiamart.com/proddetail/f-nipple-


4852063633.html>. Acesso em: 25 Maio de 2018.

MINDIAMART, 2013b. Disponível em:<https://www.indiamart.com/proddetail/r-nipple-


4852064912.html>. Acesso em: 25 Maio de 2018.

MINDIAMART, 2013c. Disponível em:<https://www.indiamart.com/proddetail/sliding-


sleeve-4795911197.html>. Acesso em: 22 Maio de 2018.

MITCHELL, Robert F.; MISKA, Stefan Z. Fundamentals of drilling engineering.


Society of Petroleum Engineers, 2017.

MORAIS, J. M. Petrobras na exploração e produção offshore. Brasília, DF, IPEA:


Petrobras, 2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/
PDFs/livros/livros/liv ro_petrobras_aguas_profundas.pdf>. Acesso em: 10 março de
2018.

MOREIRA, M. R., Avaliação da Resistência à Corrosão dos Aços Inoxidáveis


13Cr e 13Cr-5Ni-2Mo em Meios Úmidos de CO2 e H2S
Presentes em Colunas de Produção de Petróleo. Florianópolis, Santa Catarina
em 10 de Fevereiro de 2004.

MONTARON, Bernad; VASPER, Adam. Intelligent Completions. 2007. Disponível


em:<http://www.slb.com/services/completions/intelligent.aspx> Acesso em: 10 Março
de 2018.

NASCIMENTO, C. A; MORO, L. F. Petróleo energia do presente, matéria-prima


do futuro. Revista USP [online], São Paulo, n.89, p. 90-97, 2011.
76

NIELSEN, J.; TIPS, T. R. Case Study: First Intelligent Completion System


Installed in the Gulf of Mexico. In: SPE Offshore Europe Conference. Aberdeen,
Scotland. Proceedings… Society of Petroleum ngineer, .

OILANDGASTECHNOLOGIES, 2014. Disponível em:<https://oilandgastechnologies.


wordpress.com/2014/08/04/packers-design-and-setting-methods/>. Acesso em: 25
Maio de 2018.

OLIVEIRA.I.P.G. & LUZ.T.S. Estudo do processo de fabricação de tubos


flexíveis de aço inoxidável duplex UNS 32304 utilizados na indústria de
petróleo e gás. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de
Engenharia Mecânica, Vitória, ES, Brasil, 2013. Disponível
em:<http://www.scielo.br/pdf/si/v18n1/02.pdf >Acesso em 14 Maio de 2018.

PERRIN, D. Well Completion and Servicing: Oil and Gas Field Development
Techniques. Paris, FR.: Institut Français Du Pétrole: Editions Technip, 1999.

PETROBRAS, Desafios e ganhos no gerenciamento de reservatórios offshore.


Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/desafios-e-ganhos-no-
gerenciamento-de-reservatorios-offshore.htm>. Acesso em 10 Março de 2018a.

PETROBRAS. Pré-Sal. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/nossasativi


dades/areas-de-atuacao/exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas/pre-sal/>. Acesso
em: 11 Março de 2018b.

PINHEIRO, R. S., et al.,Construction Challenges in the Pre-Salt Development


Projects. In: OFFSHORE TECHNOLOGY CONFERENCE, Houston, TX., USA, 2015.

PINTO A.C.C. & NAVEIRO J.T. 1º Encontro Brasileiro de Jovens Lideranças na


Indústria do Petróleo. 2009.

PORTAL MET@LICA, 2010. Disponível


em:<http://wwwo.metalica.com.br/fabricacao-de-tubos-industriais>. Acesso em: 22
Maio de 2018.
77

RAHMAN, J.; ALLEN, C.; BHAT, G. Second-Generation Interval Control Valve (ICV)
Improves Operational Efficiency and Inflow Performance in Intelligent Completions.
In: North Africa Technical Conference and xhi ition. airo, gypt. Proceedings…
Society of Petroleum Engineers, 2012.

RENPU, W. Advanced Well Completion Engineering. Ed: 3ª. 2011.

RODRIGUEZ, J. C.; FIGUEROA, A. R. Intelligent Completions and Horizontal Wells


Increase Production and Reduce Free-Gas and Water in Mature Fields. In: SPE Latin
American and Caribbean Petroleum Engineering Conference. Lima, Peru.
Proceedings… Society of Petroleum nginners, 1 .

RODRIGUES, A.B.; SILVA, A.C. Estudo da Aplicação de Completação Inteligente


em Poços Offshore: Sensor PDG. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense. Campus: Campos-Centro, Campos dos Goytacazes, Rio de
Janeiro. 2014.

SAKOWSKI, S. A.; FURUI, K. Impact of Intelligent Well System on Total Economics


of Field Development. In: SPE HYDROCARBON ECONMICS AND EVALUATION
SYMPOSIUM, Dallas, Texas, 2005.

SCHNITZLER, E., et al., Road to Success and Lessons Learned in Intelligent


Completion Installations at the Santos Basin Pre-salt Cluster. Society of Petroleum
Engineers, set. 2015.

SEABRA, A. A.; FREITAS, G. P.; POLETTE M.; CASILLAS T. A. V. A promissora


província petrolífera do Pré-Sal. Revista Direito GV, São Paulo, p. 57-64, jan./jun.
2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
24322011000100004>. Acesso em: 11 Março de 2018.

SHAFIQ, M.; ARRAOUR, A.A. Case studies of formation isolation valves for ESP and
inteligente completions in multi-lateral wells and horizontal wells. In: SPE NORTH
AFRICA TECHNICAL CONFERENCE AND EXHIBITION, Cairo, Egypt, 2015.
78

SCHLUMBERGER. 2018. Catálogo de Equipamentos. Disponível


em:<http://www.slb.com/services/completions/intelligent/flow_control_valves/dual_lin
e_flow_control_valves.aspx>. Acesso em: 22 Maio de 2018

SMITH, R.G. et al. Field-wide deployment of in-well optical flowmeters and


pressure/temperature gauges at buzzard field. In: SPE INTELLIGENT ENERGY
CONFERENCE AND EXHIBITION, Amsterdam, Holanda, 2008. Artigos... SPE,
2008, n. 112127.

TAMINTL, 2017. Catálogo de Equipamentos. Disponível em:<http://www.tamintl


.com/>. Acesso em: 22 Maio de 2018.

TENARIS, 2018. Catálogo de Equipamentos. Disponível em:<http://www.tenaris


.com/pt-BR/Products/OCTG /DrillPipe.aspx>. Acesso em: 22 Maio de 2018a.

TENARIS, 2004. Catálogo de Equipamentos. Disponível em:<http://www.tenaris


.com/pt-BR/Products/OCTG/ OilAndGasTools.aspx>. Acesso em: 22 Maio de 2018b.

TUBETEC, 2018. Catálogo de Equipamentos. Disponível


em:<http://www.tubetec.co .uk/downhole.htm>. Acesso em: 22 Maio de 2018.

WILLHITE, G.P.. Waterflooding, SPE Textbook, v.3. EUA, 1986.

YADAV, V.; SURYA, N. Evaluating the Performance of Intelligent Completions. In:


SPE Intelligent Energy International. Utrecht, Netherlands. Proceedings. Society of
Petroleum Engineers, 2012.

Você também pode gostar