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Guia para Seleção de Válvula de

Controle
Cada vez mais as indústrias buscam melhores resultados exigindo o
aprimoramento das instalações para isso os controles devem ser cada vez
mais rígidos. Com isso um elemento é fundamental para garantir o sistema
estável respondendo as necessidades de controles evitando os desvios
assegurando a garantia do processo final.

Neste post estaremos falando de um dos elementos que desempenham


um papel fundamental que são as válvulas de controle, sendo esses os
elementos finais de uma malha de controle devem desempenhar
excelentes performance porque elas são as responsáveis em aumentar a
lucratividade da planta de processo e conservar energia.
Desta forma a correta seleção da válvula determina um resultado
significativo sobre os custos geral de seu projeto sendo assertivo no
controle do processo em questão podendo assim assegurar um
significativo resultado financeiro. Por essa razão devemos dar o máximo de
atenção a “SELEÇÃO DA VÁLVULA” para o processo.

“Para restringir as opções, o engenheiro deve compreender como as


características gerais de cada tipo de válvula correspondem aos requisitos de
projeto das válvulas.”

Entendendo o funcionamento em uma malha de


controle
Como já comentado em um processo nossa maior intenção é conhecer
(medindo) e controlando as variáveis que existem em nosso processo, para
isso precisamos usar instrumentos e ou dispositivos que nos permita sentir
a variável física ou química que queremos conhecer esse instrumento
“sensor”. Como nosso na maioria das situações nosso interesse é realizar o
controle dessa variável iremos precisar de um dispositivo que monitore
continuamente os valores “sentidos” pelo sensor e compare com o valor
que se deseja manter sobre controle, para isso precisamos controlar as
energias que estão envolvida nesses sistemas, neste caso estaremos
apresentando o último elemento chamado de elemento final do controle.
Em nosso estudo esse elemento é a válvula de controle que recebe o sinal
do elemento “secundário” Controlador e manda um sinal para a válvula
manipular a variável que muda o estado da variável que se deseja
controlar.

Esse processo de sentir a varável comparar esse sinal com valor de ajuste e,
em seguida fazer as correções necessárias através de um sinal enviado a
uma válvula de controle. uma vez realizado o ajuste no elemento final o
sinal volta a ser lindo através do sensor completado o loop. Esse conjunto
de elementos trabalhando em sintonia é chamado de” Malha de Controle
Fechada”

Na figura abaixo, o transdutor I / P transforma um sinal eletrônico em um


pneumático. Uma válvula de controle deve reagir instantaneamente a
qualquer mudança no sinal.

CONDIÇÃO BASICAS PARA UMA VÁLVULA DE ALTA PERFORMANCE

• TER BOA RENGEABILIADE PERMITINDO TRABALHAR COM VAZÕES


VARIÁVEIS
• RESPONDER COM PRECISÃO E REPETIBILIDADE EM VÁRIA FAIXAS DE
OPERAÇÃO;
• RESPONDER MAIS RAPIDAMENTE AO PROCESSO (MENOR TEMPO
MORTO POSSÍVEL)
• ATENDER AS RESOLUÇÕES DOS VALORES ENVIADOS PELO
CONTROLADOR.
• TER RESPOSTA ADEQUADA AO PROCESSO CONFORME ATENDENDO
AS CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE.

Obs: Uma resposta que não atenda ao processo pode trazer danos
significativos ao processo podendo gerar riscos de acidentes.

Por exemplo, uma redução rápida ou repentina no diâmetro de


uma válvula em uma tubulação pode ser prejudicial, causando uma onda
de choque (golpes de aríete, martelo hidráulico), como em uma linha de
injeção de água em um posso de petróleo. Devemos então quando
especificamos válvula que a capacidade de uma válvula de controlar o fluxo
depende não apenas das características dos internos da válvula mais
também de seus periféricos como atuadores e posicionadores e todos
acessórios que forem utilizados na válvula.

Entre os acessórios mais comuns em válvula de controle podemos destacar


o posicionador, esse componente permite o posicionamento correto na
posição de válvula permitindo assim o controle mais rígido, melhorando
consideravelmente o desempenho da válvula na malha de controle
assegurando o posicionamento perfeito da válvula de forma a obter
respostas mais precisas. Com uso do posicionador é possível evitar que
efeitos como atrito existentes ao abrir e fechar a válvula possa prejudicar o
funcionamento da válvula (abertura e fechamento), atualmente como
desenvolvimento da tecnologia cada vez mais podemos obter informação
produtivas do funcionamento da válvula com o uso de posicionadores
inteligentes.

O que de define a qualidade em uma válvula de


controle?
Sobre algumas circunstancias identificamos alguns fatores que podem
influenciar no resultado do funcionamento da válvula. Nos dispositivos de
controle é de fundamental importância avaliar a qualidade do dispositivo
porque influencia diretamente no controle do processo os desvios
apresentando em malhas podem ser identificados e quantificada em
termos de ganho, constante de tempo e intervalo de tempo morto.
Em válvulas e controle dentre esses o fator de maior importância é o
ganho. O ganho é a proporção da mudança percentual em uma variável de
processo para a mudança percentual do curso da válvula.

IMPORTANTE A O GANHO NÃO DEPENDE APENAS DAS CARACTERÍSTICAS DA


VÁLVULA DEPENDE TAMBÉM DAS CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO.

DADOS PARA PROJETOS DA VÁLVULA

• Antes de iniciarmos o processo de especificação de uma válvula


precisamos conhecer as propriedades do processo somente assim
será capas de selecionar adequadamente uma válvula de controle.
• Então quais são os dados básicos para especificação adequada de
uma válvula? Vejamos:
• Características (químicas e físicas do processo);
• Corrosividade do fluido;
• Estado do fluido (vapor, líquido ou bifásico);
• Pressão de vapor;
• A vazão (mínima, normal, máxima) a montante(entrada) e
jusante(saída);
• As pressões (mínima, normal, máxima) a montante(entrada) e
jusante (saída);
• As temperaturas (mínima, normal, máxima) montante(entrada) e
jusante (saída);
• Curva característica inerente do processo;
• Densidade;
• Peso molecular(gás);
• Viscosidade;
• Calor específico;
• Temperatura critica;
• Pressão critica;
• Projeto de instalação (Como será instalada no sistema);
• Dimensionamento das linhas;
• Características dos materiais (tipo de ligas ou plásticos) de
construção adequado para aplicação;
• Posição de segurança em caso de falha da válvula;
• Ambiente que será instado (se tem risco de incêndio);
• Pressão máxima para fechamento;
• Fatores de ruido na válvula (Flash, cavitação)

A válvula para ser operada precisa de um tipo de energia (elétrica,


pneumática, Hidráulica), deve-se então saber que a resposta da válvula em
caso de perda de sinal e ou energia de acionamento (posição segura de
falha). Em cerca de 80% das aplicações, as válvulas de controle são
especificadas para fecharem em caso de falha. No entanto, às vezes, a
válvula deve abrir, travar (posição de travamento de falha) ou desviar
(lentamente, para fechar ou abrir).

Embora a maioria dos processos a condição de falhas seja para o


fechamento das válvulas existem condição que para garantir a segurança a
condição da válvula seja aberta como é o caso das válvulas de sistema de
dilúvio, válvulas de alimentação de água em caldeias válvulas BDV
(blowdow valve). Nestes tipos de válvulas as molas instaladas no atuador e
ou no castelo conforme o tipo de válvula direcionam a válvula para
condição de falha segura para processo. Existem casos que em que para
evitar falhas em posição desfavorável como travamento ou desvio de falha,
uma fonte de alimentação auxiliar (por exemplo, um cilindro de ar) pode
ser necessária.
Códigos e preocupações de segurança e requisitos de processo
determinarão a posição da falha.

Coeficiente de Vazão (Fluxo)

De forma muito simples, o que se espera de uma válvula e fazer o controle


fluxo que por ela passa o que nos leva a pensar que o parâmetro de válvula
mais importante a ser calculado em uma válvula é o “Coeficiente de vazão”
pois através desse parâmetro definimos o tamanho e características dos
componentes internos de uma válvula “CV”.

Um dos parâmetros mais importantes para definirmos o CV é a


característica do fluido, isto é, se o fluxo é incompressível, compressível ou
de fase mista. Para cada tipo de fluido existem equações próprias para
definir Cv.

Guarnição e Internos

Interno: refere-se às partes internas removíveis da válvula que estão em


contato com o fluido, além dos internos existem as peças que são
consideradas como acabamento que incluem: a gaxeta, castelo, flange
inferior e gaxetas.
O conjunto de internos definem a relação entre a capacidade de vazão da
válvula e o deslocamento do plugue obturador da válvula, garantindo a
controlabiliade adequada da válvula.

A sede da válvula associada ao obturador são os principais responsáveis


pela vedação da válvula. O posicionamento correto e o fechamento podem
ser afetados também por outras partes da válvula, como o formato do
corpo, o projeto do atuador e o tipo de gaxeta da haste da válvula. O que
define o tipo de vedação da válvula está relacionado ao tipo de serviço para
aplicação da válvula. A classe de vedação da válvula e definido pela
quantidade de fluido que passa através da válvula quando essa está
totalmente fechada. A classe de vedação da válvula é definida por padrões
e normas específicas por tipo de serviço da válvula.
Uma das normas mais comuns que definem as classes de vazamento
é “Vazamento da sede da válvula de controle”, ANSI / FCI 70-2-1998 (3). As
classes variam de um fechamento fraco (Classe II) a quase zero vazamento
(Classe VI). (Classe I não tem nenhum padrão ou taxa de vazamento
associado a ela.) Dependendo dos requisitos, o usuário então define o
requisito de fechamento hermético (TSO) como uma das classes de
fechamento (normalmente IV, V ou VI).

A definição dos internos de uma válvula está diretamente relacionada às


condições operacionais do fluido no processo, em particular considerando
as características dos internos da válvula deve ser uma reação entre a
característica inerente da válvula em relação à sua fabricação e as
características do fluido em operação nas condições normais de operação.
A relação entre esses parâmetros permite prever a característica de vazão
instalada para cada interno, que é usada como base para a seleção do
interno.

O interno de capacidade reduzida ajuda a obter controle preciso em fluxos


baixos, enquanto abre espaço para fluxos maiores no futuro. Tal guarnição
é projetada de forma que o fluxo através da porta seja diminuído, mas a
precisão do controle de fluxo é aumentada por causa de uma distância de
levantamento reduzido do obturador

Não existe uma regra geral que determina a redução dos internos, essa
característica deve ser utilizada abaixa de uma certa abertura. No entanto,
o interno reduzido pode ser uma solução quando um controle preciso é
necessário em 20–25% da capacidade da válvula.

As gaiolas são comuns em acabamento e servem a vários propósitos:

• Uma gaiola serve de guia para o plugue, garantindo que ele esteja
corretamente posicionado e faça o contato correto com a sede.
Uma gaiola caracterizada pode ser usada para alterar as
características de fluxo instaladas da válvula. A forma dos orifícios
cortados na gaiola determina se uma válvula é de porcentagem igual,
linear ou de ação rápida.
• A gaiola pode ser projetada para garantir uma distribuição
equilibrada das forças do líquido no obturador e na haste, resultando
no que é conhecido como interno balanceado guiado pela gaiola.

O obturador e a haste em uma válvula de haste deslizante sofrem forças


que afetam o controle do obturador do atuador e resultam em movimentos
espasmódicos e imprecisos da haste e altas bandas mortas.
O fluido ao redor da haste pode empurrá-la para cima, para baixo ou para
os lados e até mesmo transmitir forças de torção sobre ela. Existem designs
de guarnição que neutralizam e equilibram essas forças. Um interno
balanceado usa modificações mecânicas no plugue ou um interno de gaiola
para espalhar e uniformizar as forças.

Castelo

Uma consideração especial também deve ser dada ao castelo, que envolve
o atuador e a gaxeta da válvula. Os castelos costumam ser projetadas para
atender a certas faixas de temperatura.

Para serviço com temperatura alta (por exemplo, 400ºC) e abaixo de zero,
um castelo de extensão é usado. Este topo de tampa especial isola a gaxeta
de temperaturas extremas.

No serviço criogênico, a extensão separa o engaxetamento da haste da


válvula do fluido sub-zero, evitando que o engaxetamento se torne
quebradiço. Um castelo com aletas externas às vezes é usado para altas
temperaturas. As aletas promovem a perda de calor para o ar ambiente.

Ruído:

As válvulas de controle geram ruído devido a vibrações mecânicas,


cavitação ou efeitos aerodinâmicos. Altas velocidades, oscilações de
pressão e fluxo instável criam vibrações que geralmente são abaixo de 100
decibéis (dB), a intensidade do som no nível máximo dos fones de ouvido
de um rádio portátil. (A conversa normal é de cerca de 60 dB, e o limiar de
dor do tímpano é de cerca de 130 dB).

O ruído gerado pela cavitação depende de seu grau. Aumentar a queda de


pressão em uma válvula aumentará o ruído. Durante a cavitação total, uma
válvula de controle faz um barulho estridente.

No entanto, o ruído costuma ser inferior a 100 db. O ruído gerado pela
aerodinâmica resulta da mistura de fluidos turbulentos com fluidos
laminares. Esta é a pior e mais comum fonte de ruído – os níveis podem
chegar a mais de 100 db. As limitações de ruído para o processo precisam
ser especificadas para o fornecedor da válvula

Selecionando o tipo de válvula


Os fabricantes de válvulas fornecerão a capacidade real de fluxo da válvula,
expressa em termos de Cv, para seus vários tamanhos e tipos de
válvula. Uma vez que um tipo de válvula e característica de fluxo são
estabelecidos, um tamanho preliminar pode ser determinado computando
o curso da válvula para cada caso de fluxo de projeto.

O curso é a relação entre o Cv calculado e o Cv real de uma válvula


específica. Escolha uma válvula que possa operar entre 10–80% do curso da
válvula em toda a faixa de operação esperada, ou seja, as taxas de fluxo
mínima, normal e máxima.

Regras básicas para dimensionamento e seleção

O seguinte deve ser usado como um guia, mas não como um critério de
design:

• Em um circuito bombeado, a queda de pressão alocada à válvula de


controle deve ser igual a 33% das perdas dinâmicas no sistema na
vazão nominal, ou 15 psi, o que for maior.
• A queda de pressão alocada a uma válvula de controle na linha de
sucção ou descarga de um compressor centrífugo deve ser de 5% da
pressão de sucção absoluta, ou 50% das perdas dinâmicas do
sistema, o que for maior.
• Em um sistema onde a pressão estática move o líquido de um vaso
de pressão para outro, a queda de pressão alocada à válvula deve ser
de 10% da pressão do vaso terminal inferior ou 50% das perdas
dinâmicas do sistema, o que for maior.
• As quedas de pressão nas válvulas nas linhas de vapor para turbinas,
reboilers e vasos de pressão devem ser de 10% da pressão absoluta
do projeto do sistema de vapor, ou 5 psi, o que for maior.
• O ganho em uma válvula de controle nunca deve ser inferior a 0,5.
• Evite usar os 10% inferiores e os 20% superiores do curso da
válvula. A válvula é muito mais fácil de controlar na faixa de 10–80%.
• Geralmente, os corpos das válvulas de controle têm um tamanho
menor que o tamanho da linha. Se isso fizer que o corpo da válvula
seja significativamente menor do que o tamanho da linha, o que
reduziria o Cv efetivo da válvula. então não aplique esta
generalização.

Seleção da característica de fluxo


Aqui estão algumas diretrizes que são úteis para decidir qual tipo de
característica de fluxo é mais adequada para uma aplicação específica.

Estas são apenas diretrizes e não devem ser tomadas como


recomendações absolutas:

Igual porcentagem:

• quando a maior parte da queda de pressão do sistema de controle


não é através da válvula
• para loops de controle de temperatura e pressão Linear:
• em nível de líquido ou serviço de controle de fluxo
• onde a queda de pressão através da válvula deve permanecer
razoavelmente constante
• onde a maior parte da queda de pressão do sistema de controle é
através da válvula.

Abertura rápida:

• para serviço liga / desliga frequente, como em lote ou processos


semicontínuos, ou onde um grande fluxo “instantâneo” é necessário,
ou seja, para sistemas de segurança ou dilúvio.

Materiais de Construção
A seleção de materiais inclui a especificação do corpo rígido, acabamento
tipo de gaxetas de vedação e materiais de proteção.
Como requisito mínimo, o corpo e os materiais de acabamento devem
corresponder ao material da tubulação reforçando que essa é uma
condição mínima em uma especificação a qual não temos os dados reais do
processo, uma vez que devemos sempre que possível buscar os dados mais
reais e preciso de nosso processo.

Dizendo a bem da verdade muitos outros fatores influenciam na escolha e


ou aceitação de uma válvula proposta para utilização esses fatores muitas
das vezes estão relacionados a condição de custo da válvula, natureza do
fluido e aceitação do cliente, porem sempre apresentar ao cliente as reais
condições de necessidade em relação a condição de aplicação porque
precisamos nesse momento da especificação não levamos por fabricantes
ou custo, principalmente quando estivermos lidando com fluidos corrosivos
e erosivos porque podem vir a afetar a segurança de pessoas no processo.
Em caso onde o fluido for muito erosivo podemos buscar revestimentos e
ou materiais que sejam compatíveis a condição do fluido de forma a evitar
o desgaste dos internos e ou retardar. Muitos são os produtos que
podemos utilizar para serem utilizados em processos que possuam fluidos
erosivos como exemplo temos: ligas de níquel ou cobalto-cromo, stellite 6,
cerâmica ( Zircônia) e muitas outras ligas que podemos ser desenvolvida
por encomenda conforme a necessidade.
Em fluidos erosivos precisamos nos atentar a condição do processo como
já comentado ao longo do texto porem precisamos dar atenção especial a
variável temperatura elevada ( acima de 400ºC e ou temperaturas abaixo de
0(Zero))

Vejamos algumas aplicações que a temperatura pode influenciar a


controlabilidade da válvula:

1 – Em temperaturas muito baixas como é o caso de linha de


hidrocarbonetos em forma gasosa a temperatura pode ser muito baixa
chegando a valores abaixo de zero graus, nesse caso pode ocorre o
estrangulamento (redução) nos internos da válvula e vir a causar o
travamento da válvula ou não ocorrer a vedação em função da
descaracterização dos internos.

2- Em temperaturas muito elevadas, os internos das válvulas estão sujeitos


a expandirem de forma a não acontecer o encaixe adequado entre o
obturador(plug) e a sede da válvula, reduzindo assim a vedação da válvula.

Quando da especificação da válvula é recomendado realizar o calcula de


válvula considerando as piores condições de operações e ou simular uma
situação de flash para verificar a temperatura de saída na pressão mais
baixa. Essa mesma prática deve ser observada quando tiver uma aplicação
em condições de baixa temperatura, como com líquidos criogênicos
(temperatura abaixo de zero), a umidade atmosférica pode fazer com que
os componentes móveis da válvula, como a haste, congelem, travando a
válvula em uma posição, vindo a trazer grandes problemas em nosso
sistema de controle.

Quando nos depararmos com situações como apresentadas acima é


preciso avaliar condições para evitar que essas assumam uma das
condições apresentada para a segurança de nosso processo, porque os
efeitos dependendo da aplicação podem ser catastróficas por isso muita
atenção ao especificar uma válvula para condições severas. Os principais
elementos a serem considerados são o corpo da válvula em caso de
aplicações criogênicas e mantê-los aquecidos, assim como as gaxetas de
vedação devem ficar afastadas do fluido evitando que venham a se
congelar. Atenção redobrada a pressão de trabalho em relação ao corpo da
válvula e a gaxeta devendo essas suportas as pressões altas (pressões de
projeto).

Em aplicações de alta pressão (> 1.000 psi), o grafite é usado para reforçar
as vedações macias para evitar a extrusão através de pequenos orifícios.

Em muitos casos precisamos reduzir a passagem interna da válvula em


relação ao tamanho normal, porque a primeira cria uma queda de pressão
para atingir o Cv correto. Além disso, a redução da passagem reduz o valor
da válvula porque pode ser usada em vária aplicações. Porém sempre bom
especificar valores e tamanhos padrões sempre que possível considerando
os padrões, por exemplo, 1,25, 2,5, 3,5, 5 e 22 pol. Esses tamanhos menos
comuns são difíceis de encontrar e custam mais do que os tamanhos
padrão.

As válvulas podem ser equipadas com diferentes conexões de


extremidade. O RF (face ranhuras (elevada)) é comumente usada; a RTJ
(junta tipo anel (pressões acima da classe 600#) é encontrada em algumas
das classes de alta pressão. As válvulas podem ser soldadas no lugar,
fornecendo uma conexão sem vazamentos. Isso elimina o custo e o peso
dos flanges, mas pode ser problemático se a válvula tiver que ser removida
para manutenção.

Manutenção
Todo e qualquer equipamento em algum momento precisará passar por
um processo manutenção porém cuidados quando realizamos o projeto de
uma válvula e essencial para que possamos evitar manutenções precoce no
caso das válvulas em particular precisamos dar uma atenção maior esse
instrumento quando mal dimensionado pode afetar diretamente no tempo
de manutenção acarretando em parada de processo. devendo neste caso a
especificações e mais adequadamente nas condições de serviço.
Os problemas comuns são o desgaste do corpo da válvula, diafragma do
atuador, sede e vedação. Cada um deles pode ser reduzido selecionando o
estilo adequado de válvula e seus materiais de construção.

Por exemplo, uma válvula que manipula sólidos arrastados deve ser
limpa com mais frequência para remover detritos. Neste caso,
selecionar uma válvula globo pode não ser aconselhável, pois os
detritos podem ser puxados através da vedação da haste, danificando-
a e restringindo o controle. Uma válvula rotativa pode ser uma escolha
melhor.

O desgaste da gaxeta é causado pelo atrito entre a gaxeta e a haste da


válvula. Uma válvula de haste deslizante muitas vezes pode resultar em
mais desgaste do que uma com haste rotativa, uma vez que a haste
deslizante pode acumular depósitos e pode arrastá-los através da gaxeta. O
desgaste da gaxeta é amplificado em válvulas com acabamento superficial
da haste pobre, devido ao alto atrito entre a haste áspera e a gaxeta.

A seleção de uma válvula com uma superfície de haste mais lisa pode
ajudar. A sede da válvula pode sofrer danos de duas fontes: passagem
demasiada de fluido por desgaste prematuro do obturador e o próprio
plugue. Uma sede macia, às vezes necessária para um fechamento
hermético, pode sofrer erosão se for exposta a um fluido com sólidos em
suspensão.

Uma sede de metal é recomendada para esse serviço, caso contrário, a


vedação suave deve ser colocada de forma que fique protegida do caminho
do fluxo principal. Se o obturador e a sede não estiverem em bom contato,
polir a sede pode ser uma boa opção. Polimento, que se aplica apenas a
sedes de metal, um processo em que o obturador e a sede são retificados
manualmente juntos para que tenham um acabamento de superfície
correspondente e, portanto, um encaixe mais apertado. Selecionar válvulas
com alguns recursos de diagnóstico pode ajudar a reduzir a manutenção.

Válvulas e posicionadores inteligentes transmitem os parâmetros de


assinatura da válvula (pressão do atuador, deslocamento da haste etc.)
para o software, que os usa para calcular indicadores de desempenho,
como fricção e torque da haste de gaxeta.

O monitoramento da assinatura pode ajudar a prever os requisitos de


manutenção. Para estar no lado seguro, consulte o pessoal de manutenção
e operações durante a seleção e o projeto da válvula.

Um cuidado final: dimensionar a válvula corretamente é importante para a


eficiência econômica e do processo. Um problema generalizado da
indústria é o superdimensionamento das válvulas de controle, o que leva a
um controle deficiente e redução da vida útil.

Adaptado de: https://www.dicasdeinstrumentacao.com/guia-para-selecao-de-valvula-de-controle/

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