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Autor: Perez
Válvula de Controle 1
Aula VII: Válvulas de Controle
Válvula de Controle 2
Válvulas de Controle
Objetivo:
- Dimensionamento adequado
- Seleção e especificação
- Instalação
Válvula de Controle 3
Válvulas de Controle
Definição
Dispositivo capaz de regular a vazão de um fluido (líquido, gás
ou vapor) que escoa através de um conduto fechado, por meio
do posicionamento relativo de uma peça móvel que obtura a
área livre de passagem do fluido;
O deslocamento da peça móvel é promovido por um atuador
motorizado, pneumático ou hidráulico. Esse atuador responde a
um sinal externo de comando, permitindo abrir ou fechar
totalmente a válvula ou mantê-la em qualquer posição de seu
curso, proporcionalmente ao sinal de comando.
Válvula de Controle 4
Normas e Referências Bibliográficas
Válvula de Controle 5
Principais Fabricantes
Fisher-Rosemount (EUA)
Masoneilan (EUA)
Valtek (EUA)
Hiter (Brasil)
Neles (Finlândia)
Válvula de Controle 6
Tipos de Válvulas e Características
Válvula de Controle 7
Tipos de Válvulas e Características
Válvula de Controle 8
Tipos de Válvulas e Características
Deslocamento rotativo
(borboleta, esfera, esfera
segmental, camflex)
Válvula de Controle 9
Componentes
Corpo:
É a parte da válvula em contato com o
fluido de processo.
Corpo:
Internos:
Nome em inglês: trim
Conjunto dos elementos interiores ao corpo da válvula, que fazem
contato direto com o fluido de processo.
Constituído por:
• Obturador (ou plug)
• Anel da sede
• Haste do obturador
• Gaiola
Internos:
Obturador (“plug”) – Elemento vedante com formato de disco, cilindro
ou com contorno caracterizado, que se move no interior do corpo,
obturando o orifício de passagem de modo a formar uma restrição
variável ao fluxo.
Anel da sede – Anel circular montado no interior do corpo, formando,
junto com o obturador, o orifício de passagem do fluxo. Esse anel tem
contato com o obturador, formando o assento deste na posição de
fechamento da válvula.
Sede: área do corpo da válvula que recebe o anel da sede.
Orifício: área interna da sede que dá passagem ao fluxo.
Haste do obturador
Internos
Gaiola (apenas para válvulas globo): – Peça cilíndrica oca no interior
da qual se move o obturador e que serve de retenção para o anel da
sede. A parede da gaiola contém orifícios ordenados que fornecem
passagem ao fluxo e determinam a característica de vazão da válvula
além de minimizar problemas de cavitação e de ruído. Pode ou não
existir em uma válvula.
Castelo
Peça vazada, com base flangeada e
parafusada ao corpo da válvula,
contendo a caixa de gaxetas;
Caixa de gaxetas: Sistema de
engaxetamento contido no interior
do castelo destinado a vedar
vazamentos ao longo da haste do
obturador;
Castelo
Construções especiais incluem
Castelo Aletado (Aletas de radiação) - reduzem a transferência
de calor entre o corpo da válvula e a caixa de gaxetas;
o Usado em temperaturas acima de 180oC.
Castelo
Construções especiais incluem
Castelo com extensão – Castelo dotado de extensão entre a
caixa de gaxetas e o flange de fixação ao corpo da válvula –
serviços de baixa temperatura (abaixo de -5oC).
Castelo
Construções especiais incluem
Lubrificador – Acessório opcional do castelo, utilizado para
promover a lubrificação forçada do engaxetamento. A
lubrificação pode ser necessária para evitar o atrito entre a
gaxeta e a haste do obturador. Normalmente entre o
lubrificador e a caixa de gaxetas existe uma válvula de
bloqueio;
Atuador
É a parte da válvula de controle que fornece a força com que a
válvula realiza seu trabalho, movimentando o obturador e
variando sua área de passagem ao fluido.
O atuador mais comumente utilizado no acionamento de válvulas
de controle consiste numa câmara bipartida que contém um
diafragma flexível.
Numa das partes dessa câmara, o atuador recebe o sinal de
controle em forma de pressão (3 a 15 psig ou 6 a 30 psig), e na
outra parte o diafragma é fixado a um prato onde se apóiam a
haste do obturador e uma mola.
Atuador
Quando se aplica em um dos lados ar proveniente do controlador,
através de um conversor I/P, a força produzida se opõe à força
gerada pela mola, a qual limita o curso e regula a posição da haste.
A mola tem a função de se opor à força desenvolvida pela pressão
de ar que age no diafragma, de modo a posicionar a haste do
atuador para cada sinal recebido do controlador (equilíbrio de
forças).
A mola costuma também definir a posição de falha da válvula:
normal aberta ou normal fechada (NA ou NF, ou ainda, em inglês,
NO ou NC).
Atuador
O atuador pode ser:
Pneumático
Hidráulico
Eletro-hidráulico
Elétrico
Atuador de válvulas “on-off” com deslocamento linear
deverá ser instalado com a haste e o atuador na posição
vertical.
Dimensionamento do Atuador
O atuador de uma válvula de controle deve ser
dimensionado com uma área suficiente para permitir o
deslocamento do obturador quando a válvula estiver
submetida ao máximo diferencial possível pelo
processo.
A mola deve ter elasticidade suficiente para posicionar
o obturador da válvula em resposta ao sinal definido
pelo controlador;
Fluido Incompressível
Equação de Bernoulli e balanço de massa:
P1 v12 Pvc vvc2
gz1 gzvc
1 2 vc 2
W W A .v A .v
1 2 1 1 1 vc vc vc
1 estamos
Como vc supondo o fluido incompressível:
Então:
P v2 P v 2
1 1 vc
vc
2 2
W W A .v A .v
1 vc 1 1 vc vc
P P v 2
v 2
1 vc vc 1
2 2
Avc .vvc
v1 A
1
A 2 P1 P2
Q vc
FL Avc 2 .
1 2
A1
A0 C 2.P1 P2
Q .
FL A 2
.1 0
A1
2
A0C
2
A0C 2. P1 P2 FL P1 P2
Q .
FL A 2
A 2
. 1 0 1 0
A1 A1
Coeficiente de vazão Av
P
Q Av
- Equação expressa em SI
- Av é o coeficiente de vazão para o sistema internacional (ou K V),
cuja dimensão é [L2]
- Para o sistema inglês, utilizamos o coeficiente CV
Definição de CV:
É a capacidade de vazão de água em GPM, a uma
temperatura de 60oF, que passará pela válvula quando a
mesma estiver submetida a 1 psig.
Trata-se de um índice que traduz a capacidade de vazão de
uma válvula de controle, conduz ao diâmetro da mesma e é
utilizado pelos usuários e publicado pelos fabricantes de
válvulas com base em testes de bancada.
P 1 psi
QGPM Cv
H 2O @ normais
P
Q Av Cv
1 psig
Q Av Cv
H O @ normais
2
6
Av 24.10 .Cv
6 P
Q Q 24.10 .Cv.
Cv 6
.
24.10 P
Q. (SI)
Cv 41666,67.
P
(SI)
W
Cv 41666,67.
P.
1,16Q m / h.
3
dTop / T60 F (Sistema métrico)
Cv
Pbar
W
Cv 41666,67. (SI)
Y . P.
W . Z .T (SI)
Cv 456,96.
Y .P1. X .PM
P1 P2
P1 P2 FL P1 Pvc
2
FL
max
P PP
P P 1 F Pvc
crit L
2
1 V
Pvc Pv
P1 P2 FL P1 Pv
2
Danos de cavitação
Caso Líquido
Se PV 0,5 P1 PS P1 PV
2
Pcrit C f PS
Pv
Se PV 0,5 P1 PS P1 0,96 0, 28 PV
P
C
2
Pcrit C f PS
FF
PV
PC
Válvula de Controle 84
Escoamento Crítico ou Subcrítico
Líquido
1,16Q m / h.
3
dTop / T60 F (Sistema métrico)
Cv
Pbar
Líquidos (Fluxo Crítico):
3 (Sistema métrico)
1,16Q m / h . d Top / T60 F
Cv
C f PS ΔPcritico
Q m / h.
3 (Sistema métrico)
GT
Cv G: densidade relativa
295 Pbar P1 P2 do gás (ar = 1)
Gases e Vapores (Fluxo Crítico):
3 (Sistema métrico)
Q m / h . GT
Cv G: densidade relativa
257C f P1 do gás (ar = 1)
ΔPcritico
Cv
72,4 1 0,00126Tsh W (Sistema métrico)
W: ton/h
Pbar P1 P2
2
Q (Sistema métrico)
Cv 0,0723 μ: viscosidade em cP
P
Pcavit k C P1 PV
onde kC é o coeficiente de início de cavitação; Os valores de
kC estão disponíveis nos manuais dos fabricantes Masoneilan
e Fisher que também propõe essa equação;
Sem redução
1 1
Q 0 Q 0
CV CV
N1 FL P1 FF PV Com redução N1 FLP P1 FF PV
Sem redução
ReV 1
Cvi FL N 2 D 4
F
1,4
x
Y 1 Q PM T1 z
3F xT CV
N 9 P1Y x
Q Gg T1 z
PM: Peso Molecular CV
N 7 P1Y x
x: ΔP/P1
F
1,4
x Q PM T1 z
Y 1 CV
3F xT N 9 FP P1Y x
Q Gg T1 z
CV
PM: Peso Molecular N 7 FP P1Y x
x: ΔP/P1
Válvula de Controle 110
γ: razão de calor específico (Cp/CV)
Equações de Dimensionamento de Válvula – Método ISA
Fluidos Compressíveis
F
1,4
Q PM T1 z
CV
PM: Peso Molecular 0,667 N 9 P1 F xT
Q Gg T1 z
Gg: Densidade do gás CV
0,667 N 7 P1 F xT
x: ΔP/P1
x: ΔP/P1
Q PM T1
CV
N 22 FR P P1 P2
CV/d2
Y 1
X 0,67 Y 1 F
3.F . X T 1,4
P
X
P1
Velocidade de escoamento
- Líquidos: 7m/s (recomendada), 10 m/s (aceitável)
- Gás e vapor: 0,3 Mach (recomendada), 0,5 Mach (aceitável)
Nível de ruído
- 85 dB @ 1 metro de distância
- 90 dB @ 1 metro de distância se tubulação possuirá revestimento
térmico
Para linhas de diâmetro até 1”, a menor válvula é de ¾”.
Para linhas acima de 1”, a menor válvula é equivalente a metade
do diâmetro da tubulação.
Válvula de Controle 120
Dados de Processo para Dimensionamento de
Válvulas de Controle
Folha de Dados
Globo Tipo Y;
Globo gaiola:
Caso particular da válvula globo
com internos tipo gaiola;
Facilidade de remoção de
internos, mais leve;
Maior capacidade de vazão que
a globo sede simples ou sede
dupla;
A geometria das passagens dos
fluidos pelas gaiolas é que
determina não só as
características de vazão como
minimizam os problemas de
cavitação;
Válvula de diafragma:
Válvula de deslocamento linear, corpo de duas vias com elemento
vedante constituído por um diafragma flexível que promove a
restrição variável à passagem do fluxo
Patente Saunders;
Alta capacidade e baixo custo;
Boa para fluidos com sólidos em suspensão;
Pode até manipular fluidos corrosivos devido à grande
diversidade de materiais do diafragma;
Não apresenta uma boa característica para controle;
Curta durabilidade do diafragma e temperaturas de operação
limitadas pelas características do diafragma (menores que 180 oC) ;
Baixa velocidade de resposta;
Baixos diferenciais de pressão
Borboleta:
Válvula de deslocamento rotativo e
elemento vedante constituído por um disco
acionado por eixo de rotação excêntrico;
Menor peso;
Espaço necessário para instalação
reduzido;
Baixo custo especialmente em grandes
diâmetros;
Montagem tipo wafer (entre flanges);
Alta capacidade de vazão (Cv);
Boa recuperação de pressão – baixa perda
de pressão através da válvula;
Aplicada em fluidos sujos;
Borboleta:
Disponível em grandes diâmetros;
Alto torque operacional exigido em caso de Δp
elevado.
O desenvolvimento de novas geometrias
levando em consideração aspectos de
hidrodinâmica, reduziram esse torque
operacional (FISHER TAIL);
Vedação estanque depende muito do
revestimento resiliente (neoprene, buna N e
viton), o que limita a temperatura de operação;
Curso Operacional limitado para aplicações
de controle em 0 a 60o. No dimensionamento
desta válvula, a vazão máxima é considerada
para uma abertura de 60o .
Esfera:
Válvula de deslocamento rotativo
e elemento vedante constituído por
uma calota ou segmento esférico
acionado por eixo de rotação axial
Maior Cv se comparada a outras
válvulas do mesmo tamanho
Fluidos viscosos
Maior vedação
Esfera:
Boa característica de controle;
Custo razoável;
Não tem bom desempenho em altas
quedas de pressão (quando trabalhar
em controle e na condição muito
fechada seu desempenho fica
comprometido);
Não recomendada para fluidos com
sólidos em suspensão devido a ação de
erosão sobre a esfera;
Válvula Excêntrica:
Válvula de deslocamento rotativo
com elemento vedante constituído por
um disco ou lâmina de formato
circular acionado por eixo de rotação
axial.
Válvulas Auto-Reguladas
Operadas pela própria energia do fluido;
Identificação no fluxograma: PCV ou TCV;
Válvulas Auto-Reguladas
Vantagens:
Não necessidade de alimentação (pneumática, por exemplo)
torna seu uso interessante em locais remotos e inacessíveis;
Mais seguras porque não estão sujeitas à falhas de
alimentação;
Muito utilizadas em unidades desassistidas (Ex.:
“citygates” de transportadoras de gás)
Válvulas Auto-Reguladas
Desvantagens:
O ponto de ajuste é provido manualmente;
Não é possível o ajuste remoto;
Pouco preciso;
Não possui indicação da variável controlada;
QC A P
A vazão através da válvula é proporcional à área de abertura da
válvula (A) e à raiz quadrada da queda de pressão (Δp);
Característica de Vazão:
Relação de correspondência entre a vazão que
escoa através da válvula e a variação percentual do
curso, à medida que este varia de 0 a 100%.
As curvas características são obtidas através da
forma dada ao plug e a sede da válvula;
Y k log Q
Pvalv @ norm
- Linear 0,6
Psist @ norm Pvalv @ norm
Pvalv @ norm
0,4 0,6
- Parabólica modificada Psist @ norm Pvalv @ norm
Pvalv @ norm
0,25 0,4
- Igual porcentagem Psist @ norm Pvalv @ norm
Rangeabilidade
Quando a rangeabilidade exigida pelo processo for maior que a da
válvula (10:1), deve-se usar duas ou mais válvulas em paralelo, na
configuração de split range.
Diâmetro da Válvula
O diâmetro da válvula não deve ser igual ou menor a metade do
diâmetro nominal da tubulação (boa prática de engenharia);
D
d valv
2
Posicionador
Dispositivo que transmite a pressão de carga ao atuador,
permitindo posicionar a haste da válvula no valor exato
determinado pelo sinal de controle;
Posicionador
O posicionador compara o sinal que recebe do controlador com a
posição da haste da válvula através do seu braço de realimentação.
Se a haste não estiver corretamente posicionada, então, ele manda
para o atuador mais ar (ou retira mais ar) até que acuse a correta
posição da haste;
Compensa atritos da haste da válvula;
Permitir operação em split range;
Inverter a ação da válvula;
Posicionador
Modificar a característica de vazão da
válvula
A maioria dos posicionadores são lineares,
isto é, eles mudam a posição da haste da
válvula linearmente em relação à pressão
de saída do controlador.
Contudo, alguns posicionadores possuem
meios de mudar essa relação linear,
através de excêntricos, e, portanto, alterar
a característica de vazão da válvula;
Não são utilizados em válvulas ON-OFF
Posicionador Pneumático
Posicionador Eletropneumático
Posicionador
Posicionador - Instalação
Posicionador
Inteligente, com transmissor de posição, controle PID, comunicação
digital (Hart, Fieldbus), recursos de diagnóstico e interface em LCD
Válvulas solenóides
Controle biestável (on-off);
Instalada em série com o posicionador para serviços de
emergência;
Válvulas solenóides
Duas ou três vias
Volantes Manuais
Trata-se de um acessório amplamente utilizado na linha de
válvulas de deslocamento linear da haste.
O volante manual só deve ser utilizado quando a válvula de
controla não tiver válvulas de bloqueio e by-pass para manutenção;
Condições de teste:
Classes II à IV: água ou ar @ 10 a 520C e 3~4 bar de diferencial
Classe V: água @ 10 a 520C e pressão de projeto
Classe VI
API 598
Teste nas condições de projeto, aplicáveis também para válvulas de
assentamento metal-metal
Subdimensionamento ou superdimensionamento
Emperramento da haste em válvulas
Emperramento do obturador na sede
Condensado no sistema de suprimento de ar
Projeto de componentes com dificuldade de realização de
manutenção