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FENILALANINA ÁGAR

Finalidade:
Meio de cultura utilizado para diferenciação de bacilos entéricos quanto a capacidade de
produzir ácido fenilpirúvico a partir da fenilalanina por ação enzimática, principalmente na
diferenciação de espécies do gênero Proteus spp. e Providencia spp.
Registro ANVISA:
10097010-135
Apresentação: LB 172213
510170 - FENILALANINA AGAR 3mL TB 13X100 CX10TB Rev 01 – 06/2018

1. INTRODUÇÃO desde que isento de contaminação de qualquer natureza. O uso de


Ágar Fenilalanina é usado para a diferenciação de bacilos entéricos refrigerador tipo frost-free não é recomendado para meios de cultura
com base na sua capacidade de produzir ácido fenilpirúvico por devido ao efeito desidratante deste tipo de equipamento.
desaminação oxidativa. O reagente Cloreto Férrico é usado para
visualizar a reação de desaminação da fenilalanina. Considerando que este produto é gelatinoso e sua composição
Henrickson demonstrou inicialmente que as espécies de Proteus pode apresentar até 80% de água, ao sofrer variações de
eram capazes de transformar fenilalanina em ácido fenilpirúvico. temperatura (quente-frio ou frio-quente) todo meio de cultura pode
Singer e Volcani, Hamida e LeMinor e outros estudaram a reação e gerar condensação, de pouca a muita, acumulando água na placa.
enfatizaram sua utilidade na taxonomia do Enterobacteriaceae. Recomenda-se guardar as placas com os meios de cultura virados
Buttiaux et al. desenvolveu um meio de cultura contendo fenilalanina para cima e, quando necessário, desprezar a água acumulada e
em seu estudo das características bioquímicas características dos deixar o meio de cultura estabilizar a temperatura antes de sua
gêneros Proteus e Providencia. utilização.
Este meio foi concebido para diferenciar os membros da Proteeae Conforme descrito em literatura, o laboratório deve retirar da
de outros membros da Enterobacteriaceae pela capacidade dos refrigeração apenas a quantidade de produto que deverá ser
microrganismos nos gêneros dentro do Proteeae em desaminar utilizada em sua rotina e deixar estabilizar a temperatura, ou secar a
fenilalanina em ácido fenilpirrúvico pela atividade enzimática. água condensada, antes de sua utilização, em temperatura
As espécies Proteus, Providencia e Morganella possuem essa ambiente, podendo utilizar a incubação em estufa (± 37ºC) para
capacidade. redução do tempo de secagem ou estabilização. A repetição do
processo de refrigeração/estabilização não é recomendada, a
constante troca de temperatura pode levar a desidratação do meio,
2. COMPOSIÇÃO expor o produto a contaminações ou gerar um acúmulo de água
Formulação Concentração/L excessivo.
A água acumulada por condensação, ocasionada por alguma
DL-Fenilalamina 2,0g
variação de temperatura, não influência no desempenho do produto,
Extrato de leveduras 3,0g desde que este não apresente ressecamento ou diminuição de
Cloreto de Sódio 5,0g espessura.
Fosfato Dipotássico 1,0g Devido a presença de substratos sensíveis, recomenda-se manter o
Agar 12,0g produto protegido de incidência direta de luz (natural ou artificial) e
Àgua purificada 1000 mL evitar grandes variações de temperatura até a utilização.
pH 7,3± 0,2 a 25ºC
c- Precauções e cuidados especiais
A fórmula pode ser ajustada e/ou suplementada, conforme - O produto é destinado apenas para o uso diagnóstico in vitro;
necessário, para cumprir os critérios de desempenho. - Uso restrito por profissionais;
- Mesmo se tratando de produto livre de agentes infecciosos,
recomenda-se tratar este produto como potencialmente infeccioso,
3. AMOSTRAS observando o uso de equipamentos de proteção individual e
a- Tipos de amostras coletivo;
- O fenilalanina ágar pode ser inoculado com uma diversidade de - Não inalar ou ingerir;
materiais clínicos. - Não utilizar placas com sinais de contaminação, ressecamento ou
- O laboratório deve estabelecer critérios de coleta, rejeição e com alterações de cor ou espessura;
conservação das amostras, conforme sua política da qualidade. - Não usar materiais com o prazo de validade expirado, ou que
- Sempre considerar as necessidades específicas dos apresentem selo de qualidade rompido ou violado;
microrganismos alvos das análises, microrganismos com - Recomenda-se a leitura da diretriz aprovada para “Proteção de
necessidades especiais (suplementos específicos ou ambiente Trabalhadores de Laboratório e Infecções Obtidas no Trabalho -
controlados) podem não apresentar crescimento adequado se CLSI® M29-A” para o manuseio seguro;
semeados em meio de cultura que não apresente os requisitos - Para acondicionamento e descarte do material usado, autoclavar a
mínimos. 121ºC por 20 minutos. Recomendamos o uso dos sacos Detrilab;
- Os procedimentos de manuseio referentes ao processamento e
manuseio para o descarte deverá estar de acordo com a RDC 222,
4. INFORMAÇÕES GERAIS DO PRODUTO DE 28 DE MARÇO DE 2018 que dispõe sobre o Regulamento
a- Princípio Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
A fenilalanina serve como substrato para enzimas que são capazes
de desaminá-la para formar ácido fenilpirúvico. A adição de 3 a 5
gotas de uma solução aquosa a 10% de cloreto férrico (ou uma 5. MATERIAL NECESSÁRIO (porém não fornecido)
solução aquosa de cloreto férrico a 12%, acidificada com 2,5 mL de - Estufa bacteriológica;
HCl concentrado por 100 mL de reagente) às culturas - Bico de Bunsen;
- Alças bacteriológicas.
b- Armazenamento e estabilidade
Para fins de transporte, o produto pode permanecer em temperatura 6. PROCEDIMENTO TÉCNICO
ambiente por até 72h. No laboratório as placas devem ser a- Inocular tubo inclinados de ágar fenilalanina com cultura de
armazenadas em temperatura de 2 a 12ºC, condições em que se crescimento de 18 a 24 horas.
mantém estáveis até a data de vencimento expressa em rótulo,

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FENILALANINA ÁGAR LB 172213
Rev. 01 – 06/2018

b- Incubar os tubos aerobicamente a 35 ± 2 °C durante 4 horas ou - Periodicidade


18 a 24 horas. Testar a cada novo lote recebido ou em periodicidade estabelecida
OBS: Se o inóculo for suficiente, um período de incubação de 4 pelo próprio laboratório.
horas deve ser adequado.
c- Após o período de incubação, adicione 3 a 5 gotas do reagente - Análise dos resultados
de cloreto férrico aos tubos. Gire suavemente o tubo para soltar o As cepas inoculadas no material devem apresentar características
crescimento. de crescimento esperados. Caso se constate algum problema ou
diferença, os resultados de amostras clínicas não devem ser
liberados até que as causas tenham sido apuradas devidamente e
7. RESULTADOS os problemas constatados sanados.
Após a incubação e adição do cloreto férrico, o aparecimento de
uma cor verde clara a profunda (reação positiva) ou ausência de
alteração de cor (reação negativa). Em uma reação positiva, 10. GARANTIA DA QUALIDADE
qualquer ácido fenilpirúvico presente reagirá com o sal férrico no A Laborclin obedece ao disposto na Lei 8.078/90 - Código de
reagente para dar uma cor verde. Defesa do Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor
Observar a produção de uma cor verde (reação positiva) dentro de 1 desempenho, é necessário:
a 5 minutos. Membros dos gêneros Proteus, Morganella e - que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente
Providencia produzem resultados positivos. A maioria dos outros procedimento técnico;
gêneros dentro das Enterobacteriaceae são negativos para a - que os materiais estejam sendo armazenados em condições
produção de ácido fenilpirúrico. adequadas;
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam
em boas condições de uso, manutenção e limpeza.
8. LIMITAÇÕES DO MÉTODO Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido
(Riscos Residuais Identificados conforme RDC 36/2015) a testes específicos, que são repetidos periodicamente até a data
Os resultados falsamente positivos ou negativos podem ocorrer, de vencimento expressa em rótulo. Os certificados de análise de
com maior frequência, nas seguintes situações: cada lote podem ser obtidos junto ao site www.laborclin.com.br. Em
- Tempo longo entre a semeadura da amostra e análise. Ao utilizar caso de dúvidas ou outras informações, contatar o SAC - Serviço de
colônias isoladas em um período superior a 24 horas, o Assessoria ao Cliente através do telefone 0800-410027 ou pelo e-
metabolismo bacteriano pode ficar comprometido e a leitura de mail sac@laborclin.com.br. Quaisquer problemas que inviabilizem
alguns parâmetros podem consequentemente ficar defasados ou uma boa resposta do produto, que tenham ocorrido
até mesmo não ocorrer. Em colônias recentes (inferior ao período comprovadamente por falha da Laborclin serão resolvidos sem ônus
de 18 horas) não se encontram com o metabolismo bem definido, e ao cliente, conforme o disposto em lei.
algumas provas podem não ocorrer.
- Incubação em temperatura inadequada.
- Sobrecarga ou falta de inóculo. Inóculos mais carregados 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
fornecem resultados falsamente positivos e inóculos mais fracos 1. COSTA, G. A. & Hofer. Isolamento e identificação de
fornecem resultados falsamente negativos. enterobactérias. Instituto Oswaldo Cruz-RJ, 1972.
- Interpretação equivocada de resultados. 2. Difco Manual, 2th edition 2009.
- Técnica de assepsia inadequada. 3. FORBES, Sahm and Weissfeld. Bailey & Scott’s diagnostic
- Tempo excessivo ou insuficiente de incubação. Tempo excessivo microbiology, 12th ed. Mosby, Inc., St. Louis, Mo, 2007.
de incubação fornece resultados falsamente positivos e tempo 4. HOLT, Krieg, Sneath, Staley and Williams (ed.). Bergey’s
insuficiente fornece resultados falsamente negativos. Manual™ of determinative bacteriology, 9th ed. Williams & Wilkins,
- Utilização de material vencido, contaminado ou em condições Baltimore, 1994.
inadequadas. 5. KONEMAN, A.; Sommers, J.R. Diagnóstico microbiológico. 2. ed.
- Contaminação cruzada por uso de acessórios não esterilizados São Paulo: Panamericana, 1989.
corretamente ou ambiente não asséptico. 6. MACFADDIN, J. F. Media for Isolation-Cultivation-Identification-
-Utilização de meios de cultura com aparência alterada. Maintenance of Medical bacteria. Vol. 1. Williams & Wilkins,
- Não aguardar para que os materiais atinjam a temperatura Baltimore, MD, 1985.
ambiente no momento do uso. 7. MURRAY, P. R. et al. Manual of clinical microbiology. 9th ed.
- Erro na conservação do produto pode ocasionar desidratação do Washington, DC: ASM Press, 2007.
meio e alteração das propriedades dos componentes 8. OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos básicos em microbiologia
clínica. 3. ed. São Paulo, 2010.

9. CONTROLE DE QUALIDADE
- Materiais necessários
Cepas padrão: ATCC® (American Type Culture Collection) ou
derivadas).
Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda
CNPJ 76.619.113/0001-31
- Controle de qualidade recomendado:
Insc. Estadual 1370012926
Parâmetro Resultado esperado
Rua Casimiro de Abreu, 521
Escherichia col Pinhais/PR CEP 83.321-210
Reação Negativa (Inalterado) Telefone 041 36619000
ATCC® 25922
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Responsável Técnico:
Proteus mirabilis
Reação Positiva (Verde) Elisa Hizuru Uemura – CRF/PR-4311
ATCC® 25933
Serviço de Assessoria ao Cliente
SAC 0800-4100
Meio sólido inclinado, âmbar claro, sac@laborclin.com.br
Meio não inoculado
ligeiramente opalescente.

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