Quimica

Quimica
Cooperativa
Frente - Pauling
MÓDULO 01: Modelo Atômico
infinidade de acertos sobre o compartamento da
matéria na natureza e seus fenômenos, deixando de
lado uma série de explicações místicas utilizadas pelo
homem até então.
Neste capítulo compreenderemos a estrutura da
Modelo atômico de John Dalton
matéria através da evolução do modelo atômico.
Em 1807, John Dalton retomou o conceito de átomo
Neste contexto, entenderemos o porquê de várias
proposto pelos filósofos gregos na tentativa de
cores quando se explode fogos de artifícios. Também
explicar o trabalho experimental do cientista Lavoisier
estudaremos a representação de um elemento químico,
intitulado a Lei da Conservação de Massa (ou Lei de
isto é, o significado dos números que acompanham
Lavoisier), proposta e observada nas transformações
os símbolos químicos, além, das semelhanças entre
químicas. Essa lei, publicada em 1774, dizia:
átomos entendendo a nomenclatura isótopos, isóbaros
e isótonos. E por fim, aprenderemos como a relação
“Numa reação química a massa se conserva porque
de cargas em um átomo pode gerar novas espécies
não ocorre criação nem destruição de átomos. Os
químicas como os cátions e os ânions.
átomos são conservados, eles apenas se rearranjam.
Os agregados atômicos dos reagentes são desfeitos e
Modelos Atômicos
novos agregados atômicos são formados.”
A Química é a ciência que estuda os materiais que
formam o universo, isto é, o que denominamos de
Ao contrário dos filósofos gregos, Dalton pautou
matéria. Esta é definida como qualquer material que
suas conclusões a respeito da composição da matéria
possui massa e ocupa lugar no espaço e o estudo de
em métodos científicos de resoluções de problemas,
sua composição se faz necessário para entendermos
introduzidos por Lavoisier, o pai da Química. Como
alguns fenômenos, como, por exemplo, por que os
exemplo, Lavoisier mostrou que a massa perdida
fogos de artifício emitem várias cores diferentes ou
pela queima da madeira (massa sólida) é, na verdade
porque alguns materiais enferrujam e outros não.
transformada em massa gasosa, contrariando os que

Química
Mas afinal, do que é formada a matéria?
achavam que a massa fosse uma propriedade variável.
A matéria é formada por átomos e o estudo de sua
A partir deste e de outros experimentos de Lavoisier,
composição se faz pelo uso de modelos teóricos que
Dalton concluiu que a matéria é constituída de
são uma maneira de imaginar como deve ser o mundo
unidades elementares que possuem massas definidas
microscópico para melhor explicar as manifestações
e que deveriam ser indestrutíveis.
macroscópicas.
Assim, Dalton propôs seu modelo do que acreditava
As primeiras ideias sobre o átomo surgiram na Grécia
ser composta a matéria:
antiga por volta de 400 a.C. com os filósofos Leucipo
e Demócrito, na tentativa de explicar do que as
•Os átomos são a menor porção da matéria, logo
coisas são feitas a partir, provavelmente, da seguinte
indivisíveis e indestrutíveis;
situação: ao quebrar uma pedra, alguém pensou: “e se
•Representados por esferas maciças;
eu continuar quebrando a pedra em pedaços cada vez
•Os elementos químicos eram formados por átomos
menores?”. Para responder a essa pergunta, Leucipo e
idênticos em todos os seus aspectos, principalmente
Demócrito propuseram que a matéria não poderia ser
em massa;
dividida infinitamente, mas partindo-a várias vezes,
•As moléculas representam a identidade química das
chegaríamos a uma partícula muito pequena: uma
substâncias, sendo formadas por combinações em
esfera indivisível, impenetrável e invisível, que eles
proporções numéricas simples, ou seja, 1:1, 1:2...;
chamaram de átomo (do grego ‘’a’’ = não / ‘’tomo’’
= divisão).
Essas previsões que os filósofos gregos fizeram
a respeito da composição da matéria se basearam
apenas em observações, sendo assim, eles nunca
chegaram a ver as partículas indivisíveis, os átomos.
Assim, o conjunto de informações que possibilitavam
as previsões, baseadas nas observações da natureza, a
ciência denominou de modelo.
Os modelos resultaram em um grande avanço para a
humanidade, pois através deles foi possível uma
01 Cooperativa
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FRENTE
 As ideias de Dalton, no entanto, somente explicavam
os fenômenos relativos as proporções em massas
nas reações químicas, não explicando a natureza
elétrica observada na matéria, portanto, seu modelo
considerava o átomo neutro.

Modelo Atômico de Thomson

Figura 1: Alguns dos símbolos atômicos de
Dalton para os elementos químicos e
seus compostos.
•Em uma reação química ocorre o rearranjo atômico
para a formação de novas substâncias;
A natureza elétrica da matéria era conhecida desde o
século VI a.C. pelo filósofo grego Tales de mileto que
havia percebido este fenômeno atritando um bastão
de resina de âmbar com a pele de um animal. Porém,
este fenômeno da matéria não era explicado pelo
modelo atômico de Dalton, o que gerou uma série
de experimentos para explicar a natureza elétrica da
matéria.
O fenômeno elétrico pode ser observado quando

Saiba
atritamos um material em outro porque toda a
matéria contém partículas de cargas elétricas que
se neutralizam. Quando ocorre o atrito algumas
partículas tendem a migrar de um corpo para outro,
um pouco mais tornando-os eletrizados.
John Dalton foi um
Químico, Físico
e professor inglês
(6/9/1766-27/7/1844).
Química

Responsável pela
elaboração da
moderna teoria
atômica da matéria.
Nasce em Eaglesfield
e estuda na Quaker''s Figura2: Bastão de vidro atritado
School de Eaglesfield. atraindo uma bolinha de isopor
Dedica a vida ao ensino e à pesquisa, dando aula
em Kendal e Manchester. Desenvolve trabalhos Tentando explicar este fenômeno, J.J.Thomson
significativos nas áreas de meteorologia, física, realizou um experimento com vários gases rarefeitos,
gramática e lingüística, além da química. Apesar isto é, a baixas pressões com o intuito de verificar
de conhecida entre os cientistas da época a idéia de
as descargas elétricas em gases. O experimento
que a matéria se compõe de átomos, é Dalton quem
foi realizado em uma ampola de vidro chamada de
estabelece seu modelo definitivo.
Ampola de Crookes, que contém dois eletrodos:
Apresenta sua Teoria Atômica em uma série de
conferências realizadas na Royal Institution de o cátodo (eletrodo negativo) e o ânodo (eletrodo
Londres entre 1803 e 1807. Seu nome entra para a positivo), como na figura abaixo:
história da ciência também por causa da descoberta
e descrição do daltonismo, deficiência visual para
diferenciar as cores, da qual é portador.
Percebe o problema ainda jovem e, ao pesquisar o
fenômeno em outras pessoas, observa que algumas
sofrem de daltonismo apenas em circunstâncias
especiais e que a cegueira cromática é mais acentuada
no campo do vermelho (protanopsia) ou do verde
(deuteranopsia). Fonte: http://www.algosobre.com.br/
biografias/john-dalton.html

Figura 3: Ampola de Crookes

Cooperativa 02
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VERSO
Thomson observou que quando produziu uma
descarga elétrica no interior do tubo houve a formação
de uma intensa luminosidade vinda do cátodo, que foi
chamada de raios catódicos, em direção do ânodo.

Com estes experimentos Thomson pode determinar

a relação entre a massa (m) e a carga (q) dos raios
catódicos, verificando que a razão q/m é a mesma para
Figura 4: Luminosidade dos raios
qualquer gás utilizado nos experimentos, concluindo
catódicos incidindo na parede do tubo.
que os raios catódicos eram oriundos do que ele
Com uma série de experimentos complementares no chamou de elétron vindo do átomo. Assim, o átomo
tubo de Crookes, Thomson pode verificar a natureza seria divisível e dotado de carga elétrica.
dos raios catódicos chegando às seguintes conclusões: Em 1903 Thomson propôs um novo modelo para o
- Os raios catódicos propagam em linha reta, pois ao átomo, baseado nas observações de seus experimentos,
incidirem em um anteparo produzem uma sombra na concluiu que o átomo seria uma massa esférica de
parede oposta. carga positiva tendo partículas negativas, os elétrons,
“presos”. Porém, o átomo seria neutro, pois o número
de cargas positivas e negativas seria igual.

Química
- Ao incidirem em uma ventoinha os raios catódicos
provocam seu movimento, podendo concluir que os
mesmos possuem massa.

Figura5: Representação do
modelo atômico de Thomson

- Os raios catódicos possuem carga elétrica

negativa, pois sofrem desvios para a placa carregada
positivamente:

03 Cooperativa
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FRENTE
 Saiba
Modelo Atômico de Rutherford
Rutherford foi um dos alunos de Thomson no
laboratório Cavendish tendo como assunto de pesquisa
a radioatividade. Seus trabalhos se concentravam
um pouco mais no estudo da dispersão das partículas alfa que são
emitidas espontaneamente por núcleos radioativos.
Físico britânico
Em 1898, Rutherford verificou que quando submetida
(18/12/1856-
30/8/1940). Prêmio a um campo elétrico a radiação sofre desvio, sendo que
Nobel de Física de as partículas alfas desviadas para a placa carregada
1906. Sua descoberta negativamente, concluindo que as mesmas possuíam
do elétron como carga positiva e que são pesadas por sofrerem um
partícula integrante desvio não tão acentuado.
do átomo, carregada Conhecendo a natureza das partículas alfas Rutherford
eletricamente, as utilizou em um experimento, onde as mesmas eram
acelera os achados dispersas em folhas de átomo de ouro.
subseqüentes sobre O experimento consistia na emissão de partículas alfa
a estrutura do núcleo por um núcleo radioativo, o polônio, sob uma folha
atômico.
de ouro finíssima. Para verificar o que ocorria com as
Nasce em Cheetham Hill, perto de Manchester,
partículas alfas foi colocada uma tela fluorescente a
e estuda no Owens College e na Universidade
qual apresentava brilho quando ocorresse a incidência
de Cambridge - nesta ensina matemática e física
experimental. Em 1884 é nomeado diretor do destas partículas.
Laboratório Cavendish, em Cambridge, onde começa
a pesquisar os raios catódicos. Três anos depois, vai
Química

além de demonstrar que eles são partículas de rápido

movimento.
Ao medir sua velocidade e carga específica, deduz
que esses corpúsculos, chamados elétrons, são cerca
de 2 mil vezes menores que o átomo de hidrogênio, a
menor partícula até então conhecida. Prova também
que a interação entre elétrons e matéria produz raios
X, que, ao interagir com a matéria, geram elétrons.
Em 1908 recebe o título de sir.
Entre 1905 e 1918, leciona filosofia natural no Figura 6: Representação do ex-
Instituto Real da Grã-Bretanha. Deixa a instituição perimento de Rutherford
para assumir o cargo de diretor do Trinity College,
que ocupa até morrer, em Cambridge. Sabia-se que as partículas alfa são capazes de
Em um primeiro momento Thomson achou que a atravessar sólidos pouco espessos, assim esperava-
descoberta do elétron não seria de grande importância se, de acordo com o modelo de átomo proposto por
declarando em entrevista: Thomson, que a totalidade de partículas atravessasse
“Poderia alguma coisa à primeira vista parecer a folha de ouro sofrendo poucos desvios e em linha
menos prática que um corpo que só existiria em reta. Porém, o que foi observado foi a presença de
vasos nos quais extraímos quase todo o ar, exceto
um grande número de desvios em relação ao que
uma fração diminuta; o qual é tão pequeno que sua
se esperava com angulação significativa e o retorno
massa é um fragmento insignificante da massa de
um átomo de hidrogênio, o qual por sua vez é tão de uma parcela destas partículas que nem chegaram
pequeno que uma grande quantidade destes átomos, a atravessar a folha de ouro, além da maiorias das
igual em número à população de todo mundo, seria partículas alfa terem atravessado em linha reta a folha
tão pequena para ser detectada por qualquer método de ouro.
conhecido da Ciência?” Fonte: http://www.algosobre.com.br/ Com esses resultados Rutherford, em 1911, propôs
biografias/joseph-thomson.html um novo modelo para o átomo baseado em suas
observações experimentais:

Cooperativa 04
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VERSO
1)Se a maioria das partículas alfa atravessaram a folha
de ouro sem sofrer qualquer desvio, significa que a
folha de ouro não é constituída por átomos maciços
e sim por átomos com grandes espaços vazios. Tais
Fique - Atento
Valores aproximados de massa e carga das partículas
espaços vazios foram chamados de eletrosfera. subatômicas.
2)Se as partículas alfa possuem carga positiva ao
passarem próximo de algo também de carga positiva
as mesmas serão repelidas sofrendo fortes desvios
e se as mesmas se chocarem diretamente com algo
maciço e positivo elas serão repelidas para trás. Estão
pequena porção do átomo de carga positiva e maciço
foi chamado de núcleo.
3)Se o núcleo é positivo e o átomo é eletricamente
neutro, Rutherford propôs em seu modelo que ao
redor do núcleo estariam girando os elétrons, que
sendo negativo neutralizaria as cargas positivas.
Logo, os elétrons ocupariam a eletrosfera e por serem
muito pequenos não interfeririam na trajetória das
partículas alfa.
4)Se o átomo é constituído de um grande vazio, o

Saiba
núcleo é pequeno em relação ao átomo, concentrando
toda a massa do mesmo. Já a massa do elétron em
relação a massa da carga positiva contida no núcleo é
insignificante.
um pouco mais

Química
Ernest Rutherford foi
um Físico neozelandês
(30/8/1871-
19/10/1937). Prêmio
Nobel de Química
Figura 7: Representação do de 1908. Precursor
modelo atômico de Rutherford das descobertas em
física atômica com
A partícula de carga positiva contida no núcleo do suas pesquisas sobre a
átomo foi denominada de próton, sendo a mesma radioatividade. Nasce
descoberta somente em 1886 pelo físico alemão em Nelson, cidade
Eugen Goldstein. portuária da ilha sul da
Mas a partir das conclusões de Rutherford surge uma Nova Zelândia, onde inicia o curso de física. Em
pergunta, se os prótons possuem carga positiva e 1895 muda-se para a Inglaterra e completa os estudos
estão confinados em um pequeno volume de espaço, na Universidade de Cambridge.
o núcleo, porque essas partículas não se repelem. A De 1898 a 1907 é professor de física da Universidade
resposta a essa questão foi desvendada somente em McGill, em Montreal, no Canadá. Revela o fenômeno
1932 pelo cientista James Chadwick que descobriu da radioatividade com base em pesquisas com o tório,
outra partícula constituinte do núcleo atômico, o feitas em colaboração com o químico Fredericky
nêutron, que não possui carga elétrica, mas possui Soddy, da universidade.
Em 1902, ambos conseguem provar que a
massa praticamente igual à de um próton.
radioatividade é um fenômeno que resulta da
desintegração espontânea de elementos químicos dos
átomos em outros completamente distintos e também
radioativos. Apesar de ser um físico, recebe o Prêmio
Nobel de Química em 1908, pelas pesquisas sobre a
radioatividade.

Figura 8: Representação do núcleo do

átomo de hélio: 2 prótons (+) e 2 nêutrons
05 Cooperativa
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FRENTE
 e) não têm carga, por isso são repelidas pelo núcleo.

De volta a Cambridge em 1919, desenvolve a 4) (FUVEST) Thomson determinou, pela primeira

moderna concepção do átomo como um núcleo em vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que
torno do qual elétrons giram em órbitas elípticas. No pode ser considerado como a descoberta do elétron. É
mesmo ano, realiza a primeira transmutação induzida,
reconhecida como uma contribuição de Thomson ao
também conhecida como reação nuclear: bombardeia
modelo atômico,
com partículas alfa um núcleo de nitrogênio e o
transforma em oxigênio. a) o átomo ser indivisível
Suas experiências levam à descoberta dos meios para b) a existência de partículas subatômicas
a obtenção de energia nuclear. Em 1931 é agraciado c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia
com o título de lorde de Nelson pela Coroa britânica. d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor
Morre em Cambridge. do núcleo
Em sua homenagem, o elemento químico 104 foi e) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e
chamado de rutherfórdio (Rf). È considerado o pai uma eletrosfera
da Física nuclear. Fonte: http://www.algosobre.com.br/
biografias/ernest-rutherford.html
5) (PUC-MG) A teoria atômica de Dalton só está
claramente expressa em :

Divertimentos
a)A formação dos materiais dá-se através de diferentes
associações entre átomos iguais ou não.
b)O átomo possui um núcleo positivo envolto por
órbitas eletrônicas.
com o professor c)O número de átomos diferentes existentes na
1) (UEL) O átomo contém um núcleo positivo, natureza é pequeno.
muito pequeno e denso, com todos os prótons, que d)Os átomos são partículas que não podem se dividir.
concentra praticamente toda a massa. Os “elétrons e)Toda matéria é formada por partículas extremamente
devem estar distribuídos em algum lugar do volume pequenas.
Química

Divertimentos
restante do átomo.”
Esta afirmação é devida a:
a)Rutherford
b)Milikan
c)Thomson necessários
d)Bohr
e)Faraday 6) (UNB) A interpretação do experimento de
identificação da presença de vitamina C pressupõe
2) (UFRGS) A experiência de Rutherford, que foi, a utilização de um modelo explicativo. Dalton
na verdade, realizada por dois de seus orientados, (1766-1844), por exemplo, propôs um modelo que
Hans Geiger e Ernest Marsden, serviu para refutar considerava que os elementos químicos são formados
especialmente o modelo atômico por partículas indivisíveis, denominadas átomos.
a) de Bohr. A respeito desse assunto e considerando a equação
b) de Thomson. química (H2 + I2 → 2 HI), julgue os itens que se
c) planetário. seguem.
d) quântico.
e) de Dalton. 1) Segundo o modelo proposto por Dalton, em uma
reação como a representada no texto , nenhum átomo
3) (UFPRS) O bombardeamento da folha de ouro (Au) de qualquer elemento desaparece ou é transformado
com partículas alfa, no experimento de Rutherford, em átomo de outro elemento.
mostra que algumas dessas partículas sofrem desvio 2) Para Dalton, os átomos de iodo, hidrogênio,
acentuado de seu trajeto, o que é devido ao fato de carbono e oxigênio poderiam ser reconhecidos por
que as partículas alfa possuírem partículas subatômicas diferentes.
a) colidem com as moléculas de ouro. 3) Utilizando-se o modelo de Dalton para simbolizar
b) têm carga negativa e são repelidas pelo núcleo. uma das moléculas de ácido iodídrico produzidas na
c) não têm força para atravessar a lâmina de ouro. reação química representada no texto , obtém-se, por
d) têm carga positiva e são repelidas pelo núcleo. exemplo, o desenho abaixo.

Cooperativa 06
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VERSO
7) (ITA) Considerando a experiência de Rutherford,
assinale a alternativa falsa:
a) A experiência consistiu em bombardear películas
metálicas delgadas com partículas alfa.
b) Algumas partículas alfa foram desviadas do seu
trajeto devido à repulsão exercida pelo núcleo positivo
do metal. No tubo de vidro "A", observa-se que o fluxo de
elétrons (raios catódicos) colide com um anteparo e
c) Observando o espalhamento das partículas alfa, projeta sua sombra na parede oposta do tubo.
Rutherford concluiu que o átomo tem densidade No tubo de vidro "B", observa-se que o fluxo de
uniforme. elétrons (raios catódicos) movimenta um cata-vento
d) Essa experiência permitiu descobrir o núcleo de mica.
atômico e seu tamanho relativo. No tubo de vidro "C", observa-se que o fluxo de elétrons
e) Rutherford sabia antecipadamente que as partículas (raios catódicos) sofre uma deflexão para o lado onde
alfa eram carregadas positivamente. foi colocada uma placa carregada positivamente.
Observando os fenômenos que ocorrem nos tubos,
8) (UFMG) Na experiência de espalhamento de assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições
partículas alfa, conhecida como “experiência adiante.
de Rutherford”, um feixe de partículas alfa foi
dirigido contra uma lâmina finíssima de ouro, e os ( ) gases são bons condutores da corrente elétrica.
experimentadores (Geiger e Marsden) observaram ( ) os elétrons possuem massa - são corpusculares.

Química
que um grande número dessas partículas atravessava ( ) os elétrons possuem carga elétrica negativa.
a lâmina sem sofrer desvios, mas que um pequeno ( ) os elétrons partem do cátodo.
número sofria desvios muito acentuados. Esse ( ) os elétrons se propagam em linha reta.
resultado levou Rutherford a modificar o modelo ( ) o cata-vento entrou em rotação devido ao impacto
atômico de Thomson, propondo a existência de um dos elétrons na sua superfície.
núcleo de carga positiva, de tamanho reduzido e com,
praticamente, toda a massa do átomo. 10) (UFMG ) Os diversos modelos para o átomo
Assinale a alternativa que apresenta o resultado que diferem quanto às suas potencialidades para explicar
era previsto para o experimento de acordo com o fenômenos e resultados experimentais.
modelo de Thomson. Em todas as alternativas, o modelo atômico está
corretamente associado a um resultado experimental
a) A maioria das partículas atravessaria a lâmina que ele pode explicar, EXCETO em
de ouro sem sofrer desvios e um pequeno número
sofreria desvios muito pequenos. a) O modelo de Rutherford explica por que algumas
b) A maioria das partículas sofreria grandes desvios partículas alfa não conseguem atravessar uma lâmina
ao atravessar a lâmina. metálica fina e sofrem fortes desvios.
c) A totalidade das partículas atravessaria a lâmina de b) O modelo de Thomson explica por que a dissolução
ouro sem sofrer nenhum desvio. de cloreto de sódio em água produz uma solução que
d) A totalidade das partículas ricochetearia ao se conduz eletricidade.
chocar contra a lâmina de ouro, sem conseguir c) O modelo de Dalton explica por que um gás,
atravessá-la. submetido a uma grande diferença de potencial
elétrico, se torna condutor de eletricidade.
9) (UFSC) Uma das principais partículas atômicas é o d) O modelo de Dalton explica por que a proporção
elétron. Sua descoberta foi efetuada por J. J. Thomson em massa dos elementos de um composto é definida.
em uma sala do Laboratório Cavendish, na Inglaterra,
ao provocar descargas de elevada voltagem em gases
bastante rarefeitos, contidos no interior de um tubo
de vidro:
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FRENTE
Cooperativa

08
Frente - Pauling
MÓDULO 02: Modelo Atômico de Bohr

A partir do modelo de átomo proposto por Rutherford

surgiram alguns questionamentos levantados pela
Física Clássica. Segundo seu modelo atômico os 4) Cada nível de energia possui um número
elétrons, partículas de carga negativa, estavam em determinado de elétrons.
constante movimento de rotação ao redor do núcleo
que possui carga positiva devido aos prótons. Logo, A partir dos postulados surgiu um novo modelo
é de se esperar que os elétrons sejam atraídos pelo atômico intitulado Rutherford-Bohr, no qual deu
núcleo atômico até a colisão, porém na prática isso origem a um novo termo utilizado pelos cientistas:
não ocorre. “quantum” que tem significa quantidade determinada
Para responder a essa pergunta Rutherford teve a de energia (ou “pacote” de energia), que explica o
colaboração de um dos seus alunos, o físico Niels porquê de não ocorrer colisão do elétron no núcleo
Bohr que a partir de experimentos realizados por devido à força de atração existente entre eles.
Max Planck propôs postulados que complementasse Essa quantização de energia se dá através da trajetória
as ideias de Rutherford sobre a estrutura atômica: circular do elétron ao redor do núcleo em camadas,
níveis ou órbitas de energia que comportam um
1)Os elétrons se movem ao redor do núcleo em número determinado de elétrons. Ao todo são 7
trajetórias bem definidas, chamadas de níveis níveis de energia que são denominados por letras do
de energia, determinadas por pacotes de energia alfabeto: K, L, M, N, O, P e Q ou por números que
quantizados; vão de 1 a 7.
2)Os elétrons tendem a ocupar os níveis de energia
menos energéticos;

Química
3)Os elétrons podem absorver energia externa para
ocupar níveis de energia mais externos, estado
excitado, porém, a mesma quantidade de energia
absorvida para se “excitarem” é liberada na forma de
radiação eletromagnética (luz visível, energia U.V. ou
raios X) ao retornar ao nível menos energético, estado
fundamental

Figura 2: Representação do
átomo de Bohr

Figura 1:
a) Absorção de energia externa pelo elétron- excitação;
b) Emissão da energia absorvida pelo elétron- retorno
ao estado fundamental

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FRENTE
 Viajando
com a Química
Os elétrons estão distribuídos ao redor do núcleo em níveis ou camadas de energia. Cada camada comporta um
número característico de elétrons, assim distribuídos:

Porém, estudos do cientista Linus Pauling mostraram que as camadas eletrônicas apresentam subdivisões, ou
melhor, subníveis, criando assim uma nova distribuição eletrônica baseada no seguinte diagrama de energia:
Química

Onde cada camada (K, L, M, N, O, P, Q) corresponde a um nível energético denominado, respectivamente, por
números (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7). Cada nível é constituído por subníveis que são representados pelas letras s, p, d, f
que comportam, respectivamente, um número máximo de elétrons, 2, 6, 10 e 14.
Combinando a distribuição em níveis e subníveis a distribuição de elétrons assume a seguinte configuração:

Cooperativa 10
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VERSO
Os elétrons não podem vencer a barreira que existe
entre a primeira camada e o núcleo, sendo proibida a
passagem da eletrosfera ao núcleo. Porém, ao receber
uma quantidade de energia externa exata (quantum de
Saiba um pouco mais
energia) para ir de uma camada menos energética para
outra mais externa o elétron será promovido (excitado)
pela absorção desta energia. Quando ele retorna a seu
estado fundamental, isto é, para uma camada de menor
energia (camada em que ele se encontrava antes de
absorver a energia) ele emite a energia absorvida na
forma de radiação eletromagnética, como luz visível.
Este fenômeno é observado nos fogos de artifícios,
pois os elétrons absorvem energia da explosão da
pólvora e são excitados a camadas eletrônicas mais
externas, no retorno ao estado fundamental liberam
esta energia na forma de luz que visualizamos pelas
diversas cores oriundas de elétrons diferentes que
dependerá da distância do elétron de sua camada de
origem.
Figura 3: Três possíveis saltos do elétron
para o elemento hidrogênio
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FRENTE
Niels Bohr, físico
dinamarquês
(7/10/1885-
18/11/1962). Prêmio
Nobel de Física
de 1922. Autor da
descoberta da estrutura
do átomo e da posição
dos elétrons dentro
dele. Niels Henrik
David Bohr nasce em
Copenhague e se
interessa pela pesquisa científica desde muito jovem.
Ganha a medalha de ouro oferecida pela Sociedade
Científica Dinamarquesa aos 22 anos, na Universidade
de Copenhague, onde conclui o doutorado em 1911.
Segue para a Inglaterra para fazer o pós-doutorado
em Cambridge com J.J. Thomson.
Em 1912 muda-se para Manchester para trabalhar
com o físico inglês Ernest Rutherford, que acabava
de propor um modelo para a estrutura do átomo.
Com base nele, Bohr identifica a posição dos
Química
elétrons no núcleo atômico, estabelecendo que ele se
desloca sempre em determinadas órbitas estáveis ou
quânticas.
Pela descoberta, recebe o Prêmio Nobel de Física
de 1922. Volta para a Dinamarca em 1920 e dirige
o Instituto de Física Teórica de Copenhague. Na
década de 30, sua teoria sobre a mecânica quântica
contribui para o sucesso das primeiras tentativas de
fissão nuclear.
Durante a II Guerra Mundial, vai para os Estados
Unidos e colabora com as pesquisas que levam à
fabricação da bomba atômica. Em 1944 abandona o
projeto e passa a trabalhar pela utilização pacífica da
energia nuclear. Retorna a seu país no ano seguinte.
Morre em Copenhague. Fonte: http://www.algosobre.com.br/
biografias/niels-bohr.html
Caracterização dos
Elementos Químicos
Os elementos químicos são representados por meio de
símbolos que são acompanhados por dois números: o
número de massa (A) e o número atômico (Z).
O número atômico corresponde à quantidade de
prótons contida no núcleo e representa a identidade
química do elemento.
O número de massa representa a quantidade de
partículas (prótons e nêutrons) contidas no núcleo de
Cooperativa
 um átomo. É dado pela seguinte relação: A = Z + N, portanto possuem números atômicos distintos, mas
onde N corresponde a quantidade de nêutrons. com o mesmo número de massa:
Isóbaros dos elementos potássio e cálcio: 19K40 e
40
20Ca (A= 40)
Isótonos: átomos de elementos químicos diferentes,
portanto possuem números atômicos distintos, mas
com o mesmo número de nêutrons:
Isótonos dos elementos magnésio e silício: 12Mg26 e
28
14Si (N = A-Z = 14)

Íons
O átomo é considerado uma espécie química neutra,
pois o número de prótons (carga positiva) é anulado
Assim, podemos concluir que o elemento carbono por uma mesma quantidade de elétrons (carga
representado pelo símbolo C possui: negativa). Porém, um átomo pode ganhar ou perder
elétrons da eletrosfera alterando a neutralidade de
•Z = 6 o que corresponde a 6 prótons; cargas e formando íons, que são espécies químicas
•A = 14 o que corresponde a 6 prótons e 8 nêutrons que possuem carga positiva ou negativa.
no núcleo atômico (para achar o número de nêutrons Os íons de carga positiva são chamados de cátions e
basta fazer a seguinte subtração: N = A – Z ). são formados quando um átomo perde elétrons. Veja
o exemplo:
Para escrever corretamente os símbolos químicos
dos elementos é necessário se atentar as duas regras
básicas:

1.Escrever a primeira letra do símbolo de um elemento

Química

químico com letra maiúscula e de fôrma.

2.Se houver uma segunda letra, esta deve ser escrita
com letra minúscula de fôrma. Os íons de carga negativa são chamados de ânions e
são formados quando um átomo ganha elétrons. Veja
o exemplo:

Tabela1: Representação de

Divertimentos
alguns elementos químicos

Semelhanças entre Átomos

A partir dos números atômico (Z), de massa (A) e de com o professor
nêutrons (N) é possível caracterizar um determinado
átomo, além de poder classificá-los de acordo com 1)(PUC-MG) Numere a segunda coluna de acordo
suas semelhanças em relação a estes números em com a primeira, relacionando os nomes dos cientistas
isótopos, isóbaros e isótonos. com os modelos atômicos.
Isótopos: átomos do mesmo elemento químico que 1. Dalton
possuem a mesma quantidade de prótons (número 2. Rutheford
atômico), mas que possuem número de massa 3. Niels Bohr
diferente: 4. J.J.Thomson
Isótopos do elemento oxigênio: 8O16 8O
17
8O
18
( ) Descoberta do átomo e seu tamanho relativo.
(Z = 8) ( ) Átomos esféricos, maciços, indivisíveis.
Isóbaros: átomos de elementos químicos diferentes, ( ) Modelo semelhante a um “pudim de passas” com

Cooperativa 12
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VERSO
cargas positivas e negativas em igual número. 5) (UEL-PR) Quantos prótons há na espécie química
( )Os elétrons giram em torno do núcleo em (28Ni60 )2+
determinadas órbitas. a) 2
b) 28
Assinale a sequência CORRETA encontrada: c) 30
a)1-2-4-3 d) 32
b)1-4-3-2 e) 60

Divertimentos
c)2-1-4-3
d)3-4-2-1
e)4-1-2-3

2)(UFMG) Ao resumir as características de cada um necessários

dos sucessivos modelos do átomo 6) (UFV) O sal de cozinha (NaCl) emite luz de
de hidrogênio, um estudante elaborou o seguinte coloração amarela quando colocado numa chama.
resumo: Baseando-se na teoria atômica, é CORRETO afirmar
MODELO ATÔMICO: Dalton que:
CARACTERÍSTICAS: átomos maciços e indivisíveis.
a) Os elétrons do cátion Na+, ao receberem energia da
MODELO ATÔMICO: Thomson chama, saltam de uma camada mais interna para uma
CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, mais externa, ao perderem a energia ganha, emitem-
incrustado em uma esfera de carga positiva. A carga na sob a forma de luz amarela.
positiva está distribuída, homogeneamente, por toda b) A luz amarela emitida nada tem a ver sob o sal de
a esfera. cozinha, pois ele não é amarelo.
c) A emissão da luz amarela se deve a átomos de
MODELO ATÔMICO: Rutherford oxigênio.
CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, d) Os elétrons do cátion Na+, ao receberem energia

Química
em órbita em torno de um núcleo central, de carga da chama, saltam de uma camada mais externa para
positiva. Não há restrição quanto aos valores dos uma mais interna, emitindo luz amarela.
raios das órbitas e das energias do elétron. e) Qualquer outro sal também produziria a mesma
O número de ERROS cometidos pelo estudante é: coloração.
a) 0
b) 1 7) (VUNESP) O elemento químico B possui 20
c) 2 nêutrons, é isótopo do elemento químico A, que
d) 3 possui 18 prótons, é isóbaro do elemento químico C,
que tem 16 nêutrons. Com base nessas informações,
3) (UFSC) Dados os átomos: pode-se afirmar que os elementos químicos, A, B e
(I) 35Br80 , (II) 36Kr80 , (III) 35Br81 , (IV) 36Kr81 C apresentam, respectivamente, números atômicos
Assinale as proposições VERDADEIRAS. iguais a:
01. I e III são isótopos. a)16, 16 e 20
02. II e IV possuem o mesmo número de massa. b)16, 18 e 20
04. I e IV têm igual número de nêutrons. c)16, 20 e 21
08. I e II possuem o mesmo número de massa. d)18, 16 e 22
16. II e III são isótopos. e)18, 18 e 22
Soma ( )
8) (PUC-RS) O isótopo 51 do cromo pode ser usado
2+
4) (PUC-RS) O átomo, na visão de Thomson, é na medicina para o estudo das hemácias. Os íons Cr
constituído de e Cr3+ provenientes desse isótopo diferem quanto ao
a) níveis e subníveis de energia. número
b) cargas positivas e negativas. a) atômico
c) núcleo e eletrosfera. b) de massa
d) grandes espaços vazios. c) de nêutrons
e) orbitais. d) de elétrons
e) de prótons

13 Cooperativa
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FRENTE
 9) (UFRGS) Uma moda atual entre as crianças é
colecionar figurinhas que brilham no escuro. Essas
figuras apresentam em sua constituição a substância
sulfeto de zinco. O fenômeno ocorre porque alguns
Fique - Atento
Neste capítulo você aprendeu o que é um modelo e
elétrons que compõem os átomos dessa substância como ele é útil na ciência, em especial na Química,
absorvem energia luminosa e saltam para níveis de pois entendeu que o modelo analisa o mundo
energia mais externos. No escuro, esses elétrons microscópico para entendermos o macroscópico.
retornam aos seus níveis de origem, liberando Aplicando o conceito de modelo científico você
energia luminosa e fazendo a figurinha brilhar. Essa estudou a evolução dos modelos atômicos e a
característica pode ser explicada considerando o composição da matéria.
Estudou que o Modelo de Dalton é importante a
modelo atômico proposto por:
relação fixa de massa e a ligação entre átomos. Já
a) Dalton.
o Modelo de Thomson explicou a natureza elétrica
b) Thomson. da matéria com a descoberta do elétron, partícula
c) Lavoisier. negativa menor que o átomo, sendo o mesmo
d) Rutherford. então divisível. O Modelo de Rutherford trouxe
e) Bohr. a ideia que o átomo é formado por um núcleo no
qual esta concentrada toda a massa atômica e que é
10) ( UFPI) O sulfeto de zinco (ZnS) tem a propriedade constituído por prótons, partículas de carga negativa.
denominada fosforescência, capaz de emitir um Além disso, verificou que o átomo é formado por
brilho amarelo-esverdeado depois de exposto à luz. um grande vazio e que ao redor do núcleo giram
Analise as afirmativas abaixo, todas relativas ao ZnS, os elétrons na região denominada de eletrosfera.
Finalmente, o Modelo de Bohr trouxe algumas
e marque a opção correta:
modificações ao modelo anterior, introduzindo o
a) salto de núcleos provoca fosforescência.
conceito de quantização de energia na eletrosfera,
b) salto de nêutrons provoca fosforescência. o que permite que os elétrons ocupem camadas
c) salto de elétrons provoca fosforescência. ou níveis de energia e que ao absorverem energia
d) elétrons que absorvem fótons aproximam-se do
Química

externa, os elétrons transitam de uma camada menos

núcleo. energética para uma mais externa, e portanto, mais
e) ao apagar a luz, os elétrons adquirem maior energética, o que explica melhor as manifestações
conteúdo energético. de natureza eletromagnética da matéria.

11) (UFL) As afirmações que se seguem dizem

respeito a dois elementos A e B.
I. B possui massa atômica igual a 39
II. O número atômico de A é igual a 20
III. B é isoeletrônico com A+
IV. A e B são isótonos

Podemos afirmar que:

a)A e B+ são isoeletrônicos
b)O número de massa de A é igual a 40
c)O número de elétrons de B é igual a 20
d)O número de nêutrons de A é igual a 17
e)A e B são isóbaros

12) (FGV) O isótopo de urânio 92U238 apresenta:

a) 92 prótons, 92 elétrons, 146 nêutrons
b) 146 prótons, 92 elétrons, número de massa = 238
c) 92 prótons, número atômico = 238, número de
nêutrons = 146
d) 92 prótons, 92 elétrons, 92 nêutrons, número de
massa = 238
e) 92 nêutrons, número atômico = 92, número de
massa = 238

Cooperativa 14
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VERSO
Frente - Pauling
MÓDULO 03: Tabela Periódica
Neste capítulo aprenderemos a utilizar uma importante
ferramenta da Química: a Tabela Periódica. Esta tabela
possui muitas informações a respeito dos elementos
químicos e como tal deve ser consultada para se obter
as informações desejadas. Para isso, é necessário
aprendermos o significado das informações, estudando
o raciocínio de sua organização. Sendo assim, a ordem
em que os elementos estão dispostos na tabela possui
um porque e é isso que estudaremos nos módulos
seguintes, já que grande parte dos conceitos de
química pode partir de alguma informação contida na
posição dos elementos químicos na tabela periódica.
O que é Periodicidade?
Segundo o dicionário Houaiss, periodicidade significa:
Substantivo feminino:
1.Qualidade, propriedade ou característica do que é
periódico
E periódico significa:
Adjetivo
1.Relativo a período
2.Que aparece em intervalos regulares
3.Que apresenta certas manifestações ou sintomas
em horas ou dias certos (quando relativo a doença)
4.Que apresenta regularidade (diz-se de processo
físico); cíclico
Assim, podemos concluir que na Tabela Periódica
encontramos informações sobre os elementos
químicos que se repetem em um determinado
intervalo, mas como assim?
Assim como a Tabela Periódica, em nosso cotidiano
estamos diariamente consultando tabelas onde as
informações se repetem em intervalos de tempo
definidos, como exemplo, podemos destacar o
calendário. Em um calendário os dias são agrupados
de 7 em 7, sendo denominado de semana; portanto se
você possuir um compromisso na quarta-feira, como
por exemplo, aula de violão.
Tabela 1: Calendário
15
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FRENTE
Assim, segundo o calendário acima, as aulas de violão
acontecerão nos dias 7, 14, 21 e 28, isto é, a cada 7
dias, e portanto, em um intervalo periódico.
Outro exemplo de um evento periódico é a data de
aniversário de uma pessoa, pois a mesma se repete a
cada 12 meses.
Assim como a data de aniversário ou os dias da
semana, algumas propriedades dos elementos, tais
como eletronegatividade, raio atômico e outras
observadas na tabela também se repetem em um
intervalo. A partir desta periodicidade foi possível,
em 1869, a organização dos elementos em uma tabela
pelo químico Mendeleev. Na época eram conhecidos
apenas 63 elementos químicos que foram organizados
por Mendeleev em uma tabela onde os agrupava por
semelhanças em suas propriedades, porém, como
muitos elementos não haviam sido descobertos
havia muitos espaços vazios a serem preenchidos e
graças à periodicidade, ele pôde prever a existência
de elementos como o eka-alumínio e o eka-silício.
Esses dois elementos só foram descobertos em 1875
e 1886, respectivamente, sendo chamados de gálio e
germânio confirmando as previsões de Mendeleev a
respeito de suas respectivas propriedades, como pode
Química
ser observado nas tabelas a seguir:
Tabela 2: Características do
elemento eka-alumínio (gálio)
Tabela 3: Características do el-
emento eka-silício (germânio)
Como é muito grande o número de informações
fornecidas pela tabela periódica é necessário que a
mesma possua uma legenda. Geralmente, a legenda
corresponde a um “quadradinho” onde é mostrada
a disposição das informações, tais como, nome do
elemento, símbolo, massa atômica, número atômico
entre outras.
Cooperativa
 Os elementos na tabela periódica são divididos em três
grupos: os elementos representativos, os elementos de
transição interna e os elementos de transição externa.
Os elementos representativos de acordo com a
nomenclatura antiga são os pertencentes às famílias
do grupo A que possuem como característica o
número de elétrons da última camada eletrônica ser
igual ao número que classifica a família, por exemplo,
Como cada tabela periódica possui uma legenda um elemento que pertence a família VA, possui 5
própria é importante observá-la para não confundir as elétrons na última camada. Outra característica, é
informações. que algumas famílias do grupo A apresentam alguns
nomes característicos, como observado abaixo:
Organização da Tabela Periódica
A tabela periódica é organizada em linhas e colunas
que recebem nomes especiais de acordo com as
características que representam.
As linhas recebem o nome de PERÍODOS e
Química

representam o número de camadas eletrônicas que o

elemento químico possui. Portanto, se um elemento
estiver localizado no 5º período significa que o mesmo
possui 5 camadas eletrônicas. Ao todo, a tabela possui Tabela 4: Nome de algumas
7 períodos. famílias da tabela periódica
As colunas recebem o nome de FAMÍLIAS ou
GRUPOS e representam os elementos que possuem Os elementos de transição externa são todos metais
propriedades químicas semelhantes. Ao todo são e pertencem as famílias do grupo B. Já os elementos
encontradas na tabela periódica 18 famílias que de transição interna também são metais e pertence às
recebem nomes ou símbolos que as identificam. séries dos lantanídeos, pois o primeiro elemento é o
Segundo a IUPAC, oficialmente as famílias são Lantânio e dos actinídeos, pois o primeiro elemento
numeradas de 1 a 18. é o Actínio.

Os elementos na Tabela Periódica também podem ser

classificados em:

Além da numeração oficial da IUPAC as famílias

periódicas eram antigamente nomeadas com
algarismo romano seguido das letras A ou B: Figura 1: Classificação dos el-
ementos na Tabela Periódica

Cooperativa 16
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VERSO
- Metais: são bons condutores de corrente elétrica e
calor, apresentam brilho, correspondendo a maioria
dos elementos da tabela. A temperatura ambiente,são
sólidos com exceção do mercúrio que é líquido;
- Não-Metais: são os elementos mais abundantes na
natureza, mas ao contrário dos metais não são bons
condutores de calor e eletricidade, não apresentam
brilho e são encontrados no três estados físicos da
matéria;
- Gases Nobres: possuem inércia química
Peculiaridades dos Elementos
na Tabela Periódica
elementos é função periódica do peso atômico deles.
Elabora, com base nisso, a classificação dos
elementos, agrupando-os em uma tabela em ordem
crescente de acordo com o peso atômico. Ao notar
que as propriedades se repetem periodicamente,
encontra lacunas na tabela, o que o leva a prever a
existência de três novos elementos.
Eles são observados e, pouco tempo depois,
classificados como gálio (1875), escândio (1879)
e germânio (1886). Em 1890, enquanto trabalhava
para as Forças Armadas russas, dedica-se a estudar
a nitrocelulose e contribui para a preparação de uma
pólvora sem fumaça. Em 1905 é premiado pela Royal
Society, de Londres, com a medalha Copley. Morre
em São Petersburgo. Fonte: http://www.algosobre.com.br/
biografias/dmitri-ivanovitch-mendeleev.html

Divertimentos
Para diferenciar os elementos na tabela são utilizados
recursos de grafia e cor. Por exemplo, para diferenciar
o estado físico no qual os elementos são encontrados
a 25ºC e 1 atm (atmosfera) de pressão os mesmos são
representados com cores diferentes, assim como para com o professor
diferenciar os metais, os ametais e os gases nobres
1) (UERJ) Um dos elementos químicos que tem se
o fundo do quadrado onde estão representados são
mostrado muito eficiente no combate ao câncer de
de cores diferentes. Os elementos artificiais são
próstata é o Selênio (Se). Com base na tabela de
diferenciados dos naturais pela maneira como são
classificação periódica dos elementos, os símbolos de
grafados, geralmente, na forma

Química
elementos com propriedades químicas semelhantes

Saiba
ao Selênio são:
a) Cl, Br, I.
b) Te, S, Po.
c) P, As, Sb.
um pouco mais d) As, Br, Kr.
e) He, Ne, O.
Dmitri Mendeleev
foi um químico russo
2) (FUVEST) Um astronauta foi capturado por
(8/2/1834-2/2/1907).
Responsável pela habitantes de um planeta hostil e aprisionado numa
classificação dos cela, sem seu capacete espacial. Logo começou a
elementos químicos sentir falta de ar. Ao mesmo tempo, notou um painel
na tabela periódica, como o da figura em que cada quadrado era uma
que permite o tecla. Apertou duas delas, voltando a respirar bem.
desenvolvimento da As teclas apertadas foram:
física e da química
modernas. Nasce em
Tobolsk, na Sibéria,
sendo o mais jovem de 14 irmãos. Estuda ciências
em Odessa, São Petersburgo, e em Heidelberg, na
Alemanha, formando-se em química em 1856.
Trabalha no Laboratório Wurtz, em Paris, e faz
pesquisas sobre petróleo na Pensilvânia, Estados
Unidos (EUA), e no Cáucaso, Rússia. Em 1863
assume a cátedra de química do Instituto Tecnológico
de São Petersburgo e realiza estudos que resultam na
descoberta de que a propriedade física e química dos

17 Cooperativa
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FRENTE
 3)(FATEC) A figura a seguir mostra um fragmento
da Tabela Periódica, no qual estão indicados alguns
elementos, suas respectivas massas atômicas e a
fórmula do óxido comumente formado pelo elemento.
Com base nesses dados, assinale a alternativa que
contém, respectivamente, um valor plausível para
a massa atômica e a provável fórmula do óxido do
elemento indicado como X:
a)37,9; XO
b)41,0; XO
Química
c)54,4; X2O
d)55,9; X2O
e)72,6; X2O3
3)(UFES) Na tabela a seguir são dadas informações
sobre os núcleos de 4 átomos neutros.
Associe os pares de átomos que possuem propriedades
químicas semelhantes. Justifique.
Divertimentos
necessários
4)(UERJ) Dois dos elementos, então representados
pelos espaços em branco, hoje são conhecidos como
gálio (Ga) e germânio (Ge). Mendeleev havia previsto,
em seu trabalho original, que tais elementos teriam
propriedades químicas semelhantes, respectivamente
a:
Cooperativa
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VERSO
a)Estanho (Sn) e índio (In)
b)Alumínio (Al) e silício (Si)
c)Cobre (Cu) e selênio (Se)
d)Zinco (Zn) e arsênio (As)
5)(UNIVALE-SC) O bromato de potássio, produto
de aplicação controvertida na fabricação de pães, tem
por fórmula KBrO3. Os elementos que o constituem,
na ordem indicada na fórmula, são das famílias dos:
a)Alcalinos, halogênios e calcogênios
b)Halogênios, calcogênios e alcalinos
c)Calcogênios, halogênios e alcalinos
d)Alcalino-terrosos, calcogênios e halogênios
e)Alcalino-terrosos, halogênios e calcogênios.
6)(UFSC) Recentemente foi divulgada pela imprensa
a seguinte notícia: “Uma equipe de cientistas
americanos e europeus acaba de acrescentar dois
novos componentes da matéria à tabela periódica de
Berkeley (Califórnia). Estes dois recém chegados,
batizados elementos 118 e 116, foram criados
em abril num acelerador de partículas, através do
bombardeamento de objetos de chumbo com projéteis
de criptônio, precisou o comunicado do laboratório,
do Departamento Americano de Energia. A equipe
que “criou” os dois novos elementos é composta de
cientistas europeus e americanos”.
Diário Catarinense-13/06/99
Com bases neste texto, assinale a(s) proposição (ões)
VERDADEIRA(S) de acordo com a classificação
periódica atual.
01.O elemento de número 116 será classificado como
pertencente à família dos halogênios.
02.O elemento de número 118 será classificado como
um gás nobre.
03.Os dois novos elementos pertencerão ao período
número 7.
04.O elemento chumbo utilizado na experiência é
representado pelo símbolo Pb.
05.O novo elemento de número 118 tem 8 elétrons no
último nível, quando na sua configuração fundamental.
06.Esses dois novos elementos são caracterizados
como elementos artificiais, uma vez que não existem
na natureza.
7)(FUVEST) Cinco amigos resolveram usar a tabela
periódica como tabuleiro para um jogo. Regras do
jogo: Para todos os jogadores, sorteia-se o nome de
um objeto, cujo constituinte principal é determinado
elemento químico. Cada um joga quatro vezes um
dado e, a cada jogada, move sua peça somente ao
longo de um grupo ou de um período, de acordo com
o número de pontos obtidos no dado. O início
18
da contagem é pelo elemento de número atômico
1. Numa partida, o objeto sorteado foi “latinha de
refrigerante” e os pontos obtidos com os dados foram:
Ana (3,2,6,5), Bruno (5,4,3,5), Célia (2,3,5,5), Décio
(3,1,5,1) e Elza (4,6,6,1).
(2) O silício e o fósforo são usados na fabricação dos
chips porque pertencem à mesma família na tabela
periódica.
(3) A utilização do germânio, em vez do silício, para
a confecção de chips, pode ser entendida a partir de
uma análise da tabela periódica.

10) (UNB) Em geral, a composição média de uma

planta é de, aproximadamente, 90% de água e 10% de
matéria seca. Carbono, oxigênio e hidrogênio são os
elementos químicos que constituem a maior parte de
uma planta. Além desses, existem outros elementos
considerados essenciais às plantas, que, em função da
quantidade exigida, são classificados em:
Assim, quem conseguiu alcançar o elemento . Elementos macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S;
procurado foi: . Elementos micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo
a) Ana e Zn.
b) Bruno Com relação à estrutura atômica desses elementos e
c) Célia às informações constantes da tabela periódica, julgue
d) Décio os itens que se seguem.
e) Elza (1) Elementos químicos de um mesmo período da
tabela periódica possuem propriedades químicas
8)(UNB) Para produzir a grande quantidade de semelhantes.
materiais de que necessita, o homem tem ao seu (2) Uma vez que o potássio se localiza na coluna1 da
dispor cerca de 90 diferentes tipos de átomos, sem tabela periódica, seu íon mais comum é o K+
contar com os elementos artificiais que não são (3) Todos os átomos de cloro possuem 17 prótons.

Química
utilizados pela indústria. Para melhor organizar as
informações sobre os elementos químicos, o cientista
russo Mendeleyev propôs a utilização de uma tabela
periódica similar à que se utiliza hoje. Na indústria de
computadores, dois elementos importantíssimos são
o silício (elemento que constitui aproximadamente
27,2% da massa da crosta terrestre) e o germânio,
que são utilizados para a confecção dos chips. Estes,
cada vez menores, mais complexos e eficientes, já
são feitos também a partir de diamantes (sintéticos),
que são uma forma alotrópica do carbono. No caso
da memória de um computador, os chips possuem a
seguinte estrutura:

Com o auxílio das informações contidas no enunciado

e na tabela fornecida nesta prova, julgue os itens que
se seguem.
(0) Os símbolos químicos do silício e do fósforo são,
respectivamente, S e F.
(1) Alguns elementos que constam da tabela periódica
recebem o nome de gases nobres porque não reagem
com nenhuma substância.
19 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
Cooperativa

20
Frente - Pauling
MÓDULO 04: Propriedades Periódicas
A variação do raio atômico varia de acordo com dois
parâmetros: o número de camadas de um elemento
químico e a quantidade de prótons e elétrons que cada
elemento possui.
O número de camadas eletrônicas é usado quando se
Como vimos no início do módulo anterior compara o raio de elementos químicos que pertencem
periodicidade é algo que se repete em um determinado a uma mesma família. Neste caso, quanto maior for
intervalo, assim como os elos de uma corrente que o número de camadas eletrônicas que o elemento
caracteriza um objeto com perfil periódico: possui maior será seu tamanho, consequentemente
maior é seu raio atômico. Logo, em uma família o
raio aumenta com o aumento do número atômico.
Já a quantidade de prótons e elétrons que um elemento
possui é usada quando se compara elementos que
pertencem a um mesmo período. Neste caso, os
elementos localizados em um mesmo período
possuem o mesmo número de camadas eletrônicas,
variando somente o número de prótons e de elétrons
que estes elementos possuem. Assim, quanto maior
Gráfico 1: Periodicidade do número for a carga nuclear, isto é, a quantidade de prótons
de elétrons na última camada maior será a força de atração entre prótons e elétrons,
consequentemente, menor será o raio atômico. Logo,
Na tabela periódica organizada por Mendeleev os em um período o raio aumenta com a diminuição do
elementos foram dispostos de maneira periódica, isto número atômico.
é, a partir das propriedades dos elementos químicos Resumindo:
que se repetem periodicamente, tais como raio
atômico, eletronegatividade e potencial de ionização.

Química
Essas propriedades se repetem em função do número
atômico dos elementos, por isso, os elementos
químicos estão colocados em ordem crescente de
número atômico.

Raio Atômico
O raio atômico pode ser considerado a propriedade
relacionada com o tamanho do átomo. É definido
como a distância do centro do núcleo atômico até a Figura 3: Variação do raio
camada eletrônica mais externa do átomo. atômico na Tabela Periódica
É uma propriedade periódica, pois seus valores
variam periodicamente de acordo com a variação Potencial de Ionização
do número atômico dos elementos químicos, como O potencial ou energia de ionização corresponde
mostrado abaixo: a energia mínima necessária para se “arrancar” um
elétron da eletrosfera de um átomo no estado físico
gasoso e no seu estado fundamental, sendo medido
em elétrons-volts (eV) ou em quilojoules por mol
(Kj/mol). Se a energia for suficientemente alta para
“arrancar” o elétron o átomo é transformado em um
cátion (íon de carga positiva).

X(g) + E.I. → X+ (g) + 1e-

Também é uma propriedade periódica que varia de

acordo com a variação do número atômico, logo
depende do raio atômico, pois quanto maior for o raio
do átomo, menor será a força de atração entre o elétron
a ser arrancado e o núcleo atômico, consequentemente
Figura 2: Raios atômicos
21 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 menor será a energia fornecida para ejetar o elétron.
A energia de ionização (E.I.) do átomo de sódio pode
ser verificada abaixo:

Na(g) + 5,1eV → Na+ (g) + 1e-

É possível retirar mais de um elétron de um átomo

fornecendo uma segunda, terceira....e assim por diante
energia de ionização, contudo, a primeira energia de
ionização é sempre menor que as demais, pois ao
perder um primeiro elétron, ocorre a diminuição do
raio atômico, aumentando a força de atração entre
os elétrons restantes e o núcleo o que dificulta as
remoções posteriores de elétrons.Veja o exemplo
abaixo para o alumínio:
Figura 5: Escala de Eletronegatividade
proposta por Linus Pauling
A partir dos valores fornecidos é possível verificar que
a eletronegatividade varia inversamente em relação
ao raio atômico, isto é, quanto menor o raio atômico
maior será o valor da eletronegatividade, pois o raio
influencia na capacidade de atrair elétrons em uma
ligação química covalente, já que a distância entre
o núcleo de um átomo e os elétrons compartilhados
Resumindo: em outro átomo será de grande importância na
atração destes. Logo, verifica-se que na família a
Química

eletronegatividade aumenta com a diminuição do

número atômico, enquanto que no período aumenta
com o aumento do número atômico.
A partir destes valores foi criada uma fila de
eletronegatividade com alguns elementos químicos
que aparecem com maior frequência:

Figura 4: Variação da energia de

ionização na Tabela Periódica
Resumindo:
Eletronegatividade
A eletronegatividade é uma propriedade periódica,
pois varia regularmente com o aumento do número
atômico dos elementos. Esta associada com a força
de atração existente entre elétrons e núcleo atômico
em uma ligação química, portanto, não se costuma
atribuir valores de eletronegatividade aos gases
nobres, pois os mesmos possuem baixa reatividade
química.
Formalmente é definida como a tendência que um
átomo possui em atrair elétrons em uma ligação Figura 5: Variação da eletronegativi-
química. dade na Tabela Periódica
Seus valores foram introduzidos pela escala criada
pelo químico Linus Pauling, podendo ser observada
abaixo:

Cooperativa 22
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
Saiba
um pouco mais
Químico norte-
americano (28/2/1901-
19/8/1994).
Mundialmente famoso
como a segunda
pessoa depois de
Marie Curie a receber
dois prêmios Nobel:
o de Química de 1954
e o da Paz de 1962.
Linus Carl Pauling
nasce em Portland,
estado de Oregon, filho de farmacêutico.
Forma-se em engenharia química em 1922, na
Universidade Estadual do Oregon, e especializa-
se em físico-química no Instituto de Tecnologia da
Califórnia (Caltech), em Pasadena, em 1925. Durante
os anos 30, estuda as distâncias entre os átomos e dá
uma contribuição fundamental para o conhecimento
das forças de ligação entre as moléculas.
Em A Natureza das Ligações Químicas e a Estrutura
de Moléculas e Cristais (1939), demonstra as leis que
regem a estabilidade do átomo por meio da Teoria da
Valência. A investigação sobre a estrutura molecular
por meio de raios X revoluciona tanto a Química
inorgânica quanto a Bioquímica.
Ganha o Prêmio Nobel da Paz por combater
sistematicamente a proliferação de armas nucleares e
os testes nucleares e por lutar pela redução do arsenal
nuclear. Morre em Big Sur, Califórnia
A contribuição de Linus Pauling para o
desenvolvimento científico no século XX é de
especial importância. Pauling integrou uma lista
com os vinte maiores cientistas de todos os tempos,
segundo a revista britânica New Scientist. Pauling
é, a par de Albert Einstein, a única personalidade
do século XX a aparecer na dita lista. Gautam R.
Desiraju, autor de Ensaio do Milénio, na revista
Nature (PMID 11100703), descreveu Pauling como
um dos maiores pensadores e visionários do milénio,
juntamente com Galileu, Newton e Einstein.[21]
Outro aspecto de relevo em Pauling é a diversidade
de suas investigações. Pauling moveu-se em
diversas áreas, fazendo contribuições importantes
em Mecânica Quântica, Química Quântica, Química
Inorgânica, Química Orgânica, Bioquímica, Biologia
Molecular e Medicina, trazendo contribuições
especialmente significativas nas fronteiras entre as
ditas áreas. As suas investigações sobre a natureza
das ligações químicas marcaram o início da Química
23
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FRENTE
Quântica, e muitos conceitos inovadores,
como a hibridização de orbitais atómicas e a
electronegatividade, fazem parte das bases da
Química moderna, ainda que a teoria da hibridização
fosse substituída pela teoria de orbitais moleculares
de Robert Mulliken. Ainda que a teoria de Pauling
falhasse ao não descrever quantitativamente algumas
das características moleculares, como a natureza
paramagnética do oxigénio, ou a cor dos compostos
organometálicos, a sua simplicidade fez com que
perdurasse nos livros de química. O trabalho de
Pauling sobre a estrutura cristalina contribuiu para o
avanço na predição e entendimento das estruturas dos
minerais. As suas descobertas sobre a alfa-hélice e a
folha-beta estabeleceram a base para a compreensão
e estudo da estrutura das proteínas. Na sua época,
Pauling era comumente chamado de pai da Biologia
Molecular. Desde a altura em que Pauling entendeu
que a anemia falciforme era uma enfermidade com
bases moleculares, abriram-se as portas para o exame
das mutações genéticas a um nível molecular.
Ainda que grande parte da comunidade científica
não comungasse com as conclusões de Pauling nas
suas investigações médicas a respeito do consumo
de vitaminas, a participação de Pauling na polémica
levou o público a sensibilizar-se para a importância
do consumo de vitaminas e minerais na prevenção
Química
de doenças. A firme posição de Pauling nesta
controvérsia, ajudou também a redobrar os esforços
que outros investigadores dedicaram a este campo,
incluindo os que laboram no Instituto Linus Pauling,
onde uma dezena de investigadores e académicos
exploram a importância dos micronutrientes na
saúde humana. Fonte: http://www.algosobre.com.br/biografias/linus-
pauling.html e http://pt.wikipedia.org/wiki/ Linus_
Pauling
Divertimentos
com o professor
1)(VUNESP) Nesta tabela periódica, os algarismos
romanos substituem os símbolos dos elementos.
Sobre tais elementos, é correto afirmar que:
a)I e II são líquidos em temperatura ambiente.
b)III é um gás nobre.
Cooperativa
 c)VII é um halogênio. que o átomo de potássio.
d)O raio atômico de IV é maior que o de V e menor e)Cálcio apresenta um valor de potencial de ionização
que o de IX. menor que o átomo de bário, pois tem menor número
e)VI e X apresentam o mesmo número de camadas de elétrons em sua eletrosfera.
eletrônicas.
5)(ITA) Nas expressões abaixo, E representa a energia
2)(UFF-RJ) Considere a tabela abaixo, onde estão necessária para produzir as respectivas ionizações,
apresentados valores de energia de ionização (E.I.). em que M representa o mesmo elemento.
M(g) →M+ (g) + e- ] EI1
M +(g) →M2+ (g) + e- ] EI2
M 2+ (g) →M3+ (g) + e- ] EI3

Com base nessas expressões, assinale a afirmativa

correta:
a)E1 = E2 = E3
b)E1 = E2 > E3
c)E1 < E2 < E3
Responda: d)E1 > E2 = E3
a) Por que a 1ª E.I. do Na é menor do que a 1ª E.I. do e)A ordenação dos valores de E depende da natureza
Mg? de M

Divertimentos
b) Por que a 2ª E.I. do Na é maior do que a 2ª E.I. do
Mg?
3) (FGV) A figura apresenta uma parte da tabela
periódica:
necessários
Química

6)(UFMG) As letras w, x,y e z designam quatro

elementos escolhidos entre aqueles das colunas 1,
2 e 13 da tabela periódica (antigas colunas IA, IIA
e IIIA). Seus átomos tem as energias de ionização
mostradas na tabela.

Dentre os elementos considerados, aquele que

apresenta átomo com maior raio atômico e aquele que
apresenta a primeira energia de ionização mais alta
são, respectivamente,
a)Ge e O Os valores das sucessivas energias de ionização de
b)Ge e Br um átomo podem dar uma indicação de seu número
c)Br e Se de elétrons de valência.
d)P e O Analisando as informações contidas na tabela,
e)O e Se conclui-se que a associação correta entre um elemento
e a coluna que ele pertence na tabela periódica é:
4)(UFRS) Considerando-se os elementos potássio (Z a)W-coluna 1 (IA)
= 19), cálcio (Z = 20) e bário (Z = 56) e suas posições b)X- coluna 2 (IIA)
na tabela periódica, pode-se concluir que o átomo de c)Y- coluna 1 (IA)
a)Bário apresenta maior eletronegatividade que o d)Z-coluna 13 (IIIA)
átomo de cálcio
b)Potássio apresenta um maior número de níveis de 7)(UFRN) Sejam os elementos Li, Be, C, N e O. A
energia que o átomo de bário sequência correta da eletronegatividade é:
c)Cálcio tem propriedades semelhantes ao átomo de a)Li>Be>C>N>O
potássio, pois ambos estão na mesma família. b)O>Li>N>Be>C
d)Bário apresenta mais elétrons na camada de valência c)Li>O>N>Be>C
Cooperativa 24
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VERSO
d)O>N>C>Be>Li d) a primeira energia de ionização do argônio é menor
e)N>O>Be>Li>C que a do cloro.
e) o raio do íon Al3+ é maior que o do íon Se2- .
8)(UFSM) O sal de cozinha (NaCl) contém iodeto
de potássio (KI) em concentrações muito pequenas, 11)(PUC) O hidrogênio é mais eletronegativo e menos
pois traços do íon iodeto na dieta ajudam a prevenir o eletronegativo que os não-metais. Apresenta-se mais
alargamento da glândula da tireóide. eletronegativo, se estiver ligado ao elemento:
Em relação aos íons presentes nesses sais (Na+ , K+ , a)Sódio (NaH)
Cl- , I- ), pode(m)-se afirmar: b)Nitrogênio (NH3)
I.Os íons Na+ e K+ , pertencem ao mesmo período da c)Boro (BH3)
tabela periódica. d)Silício (SiH4)
II.O íon I- tem raio iônico maior que o íon Cl- , pois e)Flúor (HF)
I- tem um maior número de camadas
III.O íon K+ tem potencial de ionização maior que 12)(UNIFESP) O gráfico apresenta as primeiras e
o do íon I- , pois os elétrons do íon K+ se encontram segundas energias de ionização (1 EI e 2 EI) para os
mais afastados do núcleo. elementos sódio, magnésio e cálcio, indicados como
I, II e III, não necessariamente nessa ordem.
Está(ão) correta(s)
a)Apenas I
b)Apenas II
c)Apenas III
d)Apenas I e II
e)I, II e III

9)(UFV)Eletronegatividade é uma propriedade

periódica importante. Em relação a esta propriedade, Dentre esses elementos, aqueles que apresentam os

Química
assinale a afirmativa CORRETA: maiores valores para a primeira e para a segunda
a)O potássio (K) é mais eletronegativo que o cálcio energia de ionização são, respectivamente,
(Ca).
b)O carbono (C) é mais eletronegativo que o silício a)cálcio e magnésio.
(Si). b)cálcio e sódio.
c)O sódio (Na) é o mais eletronegativo de todos os c)magnésio e cálcio.
elementos. d)magnésio e sódio.
d)O flúor (F) é o menos eletronegativo de todos os e)sódio e magnésio.
elementos
e)O frâncio (Fr) é o mais eletronegativo de todos os 13)(UFMG) Este gráfico apresenta as quatro primeiras
elementos. energias de ionização de átomos de um metal
pertencente ao terceiro período da tabela periódica:
10)(UNIFESP) Na tabela a seguir, é reproduzido um
trecho da classificação periódica dos elementos.

A partir da análise das propriedades dos elementos,

está correto afirmar que:
a) a eletronegatividade do neônio é maior que a do
flúor.
b) o fósforo apresenta maior condutividade elétrica
que o alumínio.
c) o nitrogênio é mais eletronegativo que o fósforo.

25 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 Fique
Com base nessas informações, é INCORRETO
afirmar que os átomos desse metal apresentam:
a) raio atômico maior que o de qualquer dos não-
metais do mesmo período.
b) afinidade eletrônica menor que a de qualquer dos
não-metais do mesmo período.
c) 2 e 8 elétrons nos dois primeiros níveis de energia.
d) 4 elétrons no último nível de energia
14)(UFMG) As sucessivas energias de ionização do
nitrogênio estão representadas no gráfico:
Química
- Atento
Neste capítulo você aprendeu a utilizar uma
importante ferramenta química a Tabela Periódica.
A tabela pode e deve ser consultada sempre que
quisermos obter informações dos elementos
químicos como símbolo, sua classificação e suas
propriedades. Na tabela periódica os elementos
estão organizados em ordem crescente de número
atômico, pois as propriedades dos elementos
periodicamente se repetem de acordo com este
parâmetro; além disso, você aprendeu a distinguir
as variações de importantes propriedades, tais como
raio atômico que está relacionado com o tamanho
do átomo; potencial de ionização que consiste na
energia necessária para ejetar um elétron da camada
eletrônica mais externa e eletronegatividade que
consiste na capacidade de um átomo em atrair
elétrons em uma ligação química.

a) EXPLIQUE a variação observada nos valores de

energia de ionização entre o
primeiro e o quinto elétron.
b) EXPLIQUE por que o valor da energia de ionização
do sexto elétron é muito maior do que a do quinto.
Dados: N (Z = 7)

15) (VUNESP) Considerando-se as propriedades

dos elementos químicos e a tabela periódica, é
INCORRETA a afirmação:
a)Um metal é uma substância que conduz a corrente
elétrica, é dúctil e maleável.
b)Um não-metal é uma substância que não conduz a
corrente elétrica, não é dúctil e maleável.
c)A maioria dos elementos químicos é constituída de
não-metais.
d)Os gases nobres são monoatômicos.
e)O hidrogênio é o único elemento da tabela periódica
que possui características próprias.

Cooperativa 26
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VERSO
Frente - Lavoisier
MÓDULO 01: Matéria e suas propriedades

A Química é uma ciência empírica e como tal

esta baseada na experimentação e observação dos
fenômenos que ocorrem com a matéria, por isso
neste capítulo aprenderemos um pouco mais sobre
a constituição do Universo estudando algumas
propriedades físico-químicas, como a densidade e
as temperaturas de ebulição e fusão, que permitem
o entendimento das possíveis transformações da
matéria. Assim, neste capítulo seremos apresentados
uma série de fenômenos que nos guiará a uma viagem
dentro do conhecimento humano a respeito da
constituição, interações e natureza dos materiais que
nos rodeiam e que facilitam nossa vida diária.

Matéria
Ao analisarmos os materiais que nos cercam podemos
nos perguntar; do que eles são constituídos? Do Figura 1: Representação dos
que são feitos o papel, o prego, o sangue e o ar? A estados físicos da matéria
resposta a estas perguntas foram dadas por volta de
400 a.C. pelos filósofos gregos Leucipo e Demócrito Pode-se observar que a diferença dos três estados
que tentavam identificar a menor porção da matéria, físicos está na distância entre as partículas que compões

que denominaram de átomo, pois acreditavam que a
matéria não poderia ser dividida infinitamente, mas
partindo-a várias vezes, chegaríam a uma partícula
muito pequena: uma esfera indivisível, impenetrável
e invisível, que eles chamaram de átomo (do grego
‘’a’’ = não / ‘’tomo’’ = divisão).
Assim, para esses pensadores tudo ao nosso redor é
formado por pequenas partículas que não podem ser
mais divididas, o átomo. Apesar deste modelo atômico
apresentar algumas falhas, atualmente continuamos
acreditando que tudo que existe no universo é formado
por átomos, isto é, a matéria é formada por átomos.
Se analisarmos o papel, o prego, o sangue e o ar
veremos que todos eles ocupam um lugar no espaço;
mesmo aquilo que não enxergamos como o ar que
respiramos, também ocupa lugar no espaço e por isso,
denominamos de matéria, o que nos leva a concluir
que:
Química
a matéria. No estado físico sólido as partículas estão
bem próximas uma das outras o que confere baixa
energia cinética, isto é, de agitação. Já no estado
físico líquido, as partículas estão mais afastadas o
que resulta em um aumento na energia de agitação.
E por fim, no estado físico gasoso, as partículas estão
muito afastadas, resultando em uma elevada energia
de agitação que promove um alto grau de liberdade de
movimento entre as partículas.
Como as diferenças entre os estados físicos se baseiam
em diferentes estados de agregação que resultam
em níveis de energia cinética distintos, a matéria
pode migrar de um estado físico para outro através
do fornecimento ou retirada de energia na forma de
calor. Se tomarmos a água como exemplo teremos o
seguinte diagrama para as transformações de estado
físico:

Matéria é tudo que ocupa lugar no

espaço e possui massa

A matéria pode se apresentar em diferentes estados

físicos, sendo os mais comuns o sólido, líquido
e gasoso. Se pudéssemos olhar a disposição dos
átomos que formam a matéria em um microscópio,
representaríamos os estados físicos da matéria da
seguinte maneira: Figura 2: Mudanças de
estado físico
27 Cooperativa
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FRENTE
 O processo de vaporização que corresponde a
mudança do estado líquido para o estado gasoso pode
ser caracterizado de três formas diferentes:
Fique - Atento
Alotropia é um fenômeno que ocorre quando para
-Ebulição: um mesmo elemento químico há a ocorrência de
é a vaporização rápida e tumultuada que ocorre mais de uma substância simples, como por exemplo:
somente a uma dada temperatura (ponto de ebulição) - Alotropia do carbono (C)
e em toda extensão do líquido, sendo caracterizado
pela formação de bolhas. Como exemplo, podemos
citar o processo de fervura da água.
Grafite
-Evaporação:
é a vaporização lenta que ocorre a qualquer
temperatura e somente na superfície do líquido.
Podemos observar a evaporação quando colocamos
roupas no varal para secagem. Diamante
-Calefação:
é a vaporização mais rápida e tumultuada que ocorre
quando uma pequena quantidade do líquido entra
em contato com uma grande quantidade de calor.
É praticamente imediata podendo ser observada Fulereno C60
quando a água entra em contato com uma superfície
quente, por exemplo, o ferro de passar roupa.

Substâncias
Química

Ao observarmos uma pessoa bebendo um copo com

água temos o hábito de dizer que a substância contida Fulereno C540
no copo é água, mas será que isso é verdade? Não, pois
usamos o termo substância para designar qualquer
tipo de matéria, porém, a água que bebemos (potável)
é formada por um conjunto de substâncias diferentes
(sais minerais e gases dissolvidos). Quimicamente,
a expressão substância é utilizada para designar Nanotubo
uma forma pura da matéria e não uma mistura de
substâncias diferentes.
Uma substância pura possui propriedades específicas
(pontos de ebulição e fusão, densidade, entre outras)
constantes em toda a sua extensão, podendo ser
classificada em: Carbono Amorfo

- Substância Simples: é aquela que é formada por um

único elemento químico, como por exemplo, os gases
oxigênio (O2) e ozônio (O3), grafite (C) e o ouro (Au),
-Alotropia do oxigênio (O)
logo todos os átomos que a constituem são iguais.

- Substância Composta: é aquela que é formada por

dois ou mais elementos químicos, como por exemplo,
a água (H2O), ácido clorídrico (HCl) e o gás monóxido
de carbono (CO), logo em sua constituição possui
mais de um tipo de átomos.
Gás oxigênio (O2) Gás ozônio (O3)

Cooperativa 28
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VERSO
Misturas
Os materiais encontrados na natureza dificilmente
se encontram na forma pura, sendo encontrados na
forma de misturas que correspondem a junção de duas
ou mais substâncias podendo ser classificadas como:
•Mistura Homogênea: é aquela que apresenta um
único aspecto visual em toda sua extensão, ou seja, Densidade
uma única fase. Exemplo: água, álcool; água e sal A densidade é uma propriedade que relaciona a massa
totalmente dissolvido, ar atmosférico
•Mistura Heterogênea: é aquela que apresenta mais
de uma fase, ou seja, duas, ou mais extensões com
características químicas diferentes. Exemplo: água e
óleo, água e areia,
Figura 3: Mistura homogênea e
Fique
heterogênea
- Atento
Para distinguirmos uma mistura homogênea de uma
heterogênea com rigor científico é necessário utilizar
um microscópio, onde as partículas de uma mistura
podem ser melhor observadas e consequentemente
diferenciadas. Por isso, é necessário tomar cuidado
com alguns exemplos que a olho nu parecem ser
exemplos de misturas homogêneas, mas que na
realidade não são:
Leite: é uma mistura homogênea a olho nu, mas com
o auxílio de um microscópio é possível perceber
gotículas de gordura em suspensão, e quando
aquecemos o leite elas se unem formando a nata
(mistura heterogênea: fase líquida e sólida)
Sangue: é uma mistura de plasma (fase líquida) com
células brancas, plaquetas e hemácias (fase sólida),
que são visualizadas quando deixamos uma amostra
de sangue em repouso.
Outro fator é que toda mistura de sólidos é
heterogênea.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Em relação a suas propriedades físico-químicas
as misturas se distinguem das substâncias por não
apresentarem densidade, ponto de fusão e de ebulição
constantes. Estes parâmetros são os utilizados pelos
químicos para distinguir uma substância de uma
mistura.
(m) de um corpo e o volume (V) que ele ocupa.
Matematicamente é expressa por:
d = m/V
Como a massa normalmente é medida em gramas (g)
e o volume em centímetros cúbico (cm3 ) a unidade
de medida da densidade é g/cm3 . É comum também
encontrarmos como unidade de medida g/mL, pois 1
mL = 1 cm3 .
Com este conceito podemos explicar o porquê do óleo
ficar sobre a água, isto ocorre porque o óleo é menos
denso que a água.
A água pura a 25ºC possui densidade de 1,0 g/cm3
, enquanto que a água salgada possui um valor de
densidade maior que da água pura e seu valor depende
da quantidade de sal dissolvido, porém é possível
Química
usar a densidade como parâmetro de identificação.
Qualitativamente, é possível fazer esta distinção
colocando um ovo dentro de um copo com água pura
e outro com água salgada:
Pode-se concluir que o ovo é menos denso que a água
salgada, pois o mesmo flutua nesta solução, enquanto
que no copo com água “doce” o mesmo afunda porque
é mais denso, logo conclui-se que a água salgada é
mais densa que a água “doce”.
Pontos de Fusão e Ebulição
Os pontos de fusão e ebulição são, respectivamente,
as temperaturas em que ocorrem as mudanças de
estado físico fusão (mudança do estado sólido para o
líquido) e ebulição (mudança do estado líquido para
o gasoso).
Essas duas temperaturas são utilizadas pelos químicos
para distinguir se uma amostra é uma substância ou
uma mistura.
29 Cooperativa
FRENTE
 Quando aquecemos uma substância pura, como
por exemplo, a água ao construirmos uma curva
de aquecimento verifica-se a existência de dois Logo, as mudanças de estados físicos para uma
patamares que correspondem às mudanças de estados substância acontecem a temperaturas constantes,
físicos fusão e ebulição: enquanto que para as misturas as mudanças ocorrem
com temperaturas que variam durante a transformação
física.
Porém, existem dois casos especiais de misturas que
se comportam como substância pura, são elas:

Mistura Azeotrópica:
Corresponde a uma mistura que se comporta como
substância pura no processo de ebulição, isto é,
apresenta temperatura constante de ebulição.
Vejamos o exemplo:

Gráfico 1: Curva de aquecimento da

substância água
No caso da água, experimentalmente, verifica-se que
a água funde a 0ºC e entra em ebulição a 100ºC, o que
corresponde, respectivamente, aos pontos de fusão
(PF) e de ebulição (PE).
Mas quando aquecemos uma mistura de substâncias
as temperaturas de fusão e ebulição não se mantêm
constantes:
Química

Gráfico 3: Curva de aquecimento da mistura azeo-

trópica de álcool comercial (96% etanol + 4% água)

Mistura Eutética:
Corresponde a uma mistura que se comporta como
substância pura no processo de fusão, isto é, apresenta
temperatura constante de fusão.
Vejamos o exemplo:

Gráfico 4: Curva de aquecimento da mistura eutética de

solda eletrônica (63% de estanho + 37% de chumbo)
Gráfico 2: Curva de resfriamento e
aquecimento de misturas

Cooperativa 30
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
Divertimentos
3)(MACKENZIE) As fases de agregação para
as substâncias abaixo, quando expostas a uma
temperatura de 30ºC, são, respectivamente:

com o professor
1)(UFPE) Para identificar três líquidos – de densidades
0,8, 1,0 e 1,2 – o analista dispõe de uma pequena
bola de densidade igual a 1,0. Conforme a posição
das bolas apresentadas no desenho abaixo, podemos
afirmar que:

a)Sólido, líquido, gasoso e líquido

b)Líquido, sólido, líquido e gasoso
c)Líquido, gasoso, líquido e sólido
d)Gasoso, líquido, gasoso e sólido
e)Sólido, gasoso, líquido e gasoso
a)Os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apresentam
4)(FUVEST) Deseja-se preparar e recolher os gases
densidades 0,8, 1,0 e 1,2.
metano, amônia e cloro. As figuras I, II e III mostram
b)Os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apresentam
dispositivos de recolhimento de gases em tubos de
densidades 1,2, 0,8 e 1,0 .
ensaio.
c)Os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apresentam
densidades 1,0, 0,8 e 1,2.

Química
d)Os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apresentam
densidades 1,2, 1,0 e 0,8.
e)Os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apresentam
densidades 1,0, 1,2 e 0,8.

2)(PUC-MG) De acordo com a tabela, assinale a

afirmativa INCORRETA:

Considerando os dados da tabela abaixo,

a)O estado de agregação da substância D, à temperatura

ambiente é gasoso.
b)Se misturarmos a substância B com a substância
D, à temperatura ambiente, torna-se uma mistura
escolha, dentre os dispositivos apresentados, os mais
homogênea.
adequados para recolher, nas condições ambientes,
c)A substância mais volátil (que se evapora
metano, amônia e cloro. Esses dispositivos são,
facilmente), à temperatura ambiente, é a A.
respectivamente,
d)Se misturarmos as substâncias A, C e água forma-se
a) II, II e III.
um sistema bifásico.
b) III, I e II
e)O processo mais adequado para separarmos uma
c) II, III e I.
mistura da substância C com a água, à temperatura
d) II, I e III.
ambiente, é a destilação simples.
e) III, III e I.

31 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 Divertimentos
a)Que mudanças de estado ocorrem com a água,
dentro do “aparelho”?
b)Onde, dentro do “aparelho”, ocorrem essas
mudanças?
necessários c)Qual dessas mudanças absorve energia e de onde
essa energia provém?
5)(UNICAMP) As “margarinas”, muito usadas como
substitutos da manteiga, contêm gorduras vegetais
7)(UNICAMP) Três frascos de vidro transparente,
hidrogenadas. A diferença fundamental entre uma
fechados, de formas e dimensões iguais, contêm cada
margarina “light” e outra “normal” está no conteúdo
um a mesma massa de líquidos diferentes. Um contém
de gordura e de água. Colocou-se em um tubo de
água, o outro, clorofórmio e o terceiro, etanol. Os três
ensaio uma certa quantidade de margarina “normal”
líquidos são incolores e não preenchem totalmente
e, num outro tubo de ensaio, idêntico ao primeiro,
os frascos, os quais não tem nenhuma identificação.
colocou-se a mesma quantidade de margarina “light”.
Sem abrir os frascos, como você faria para identificar
Aqueceu-se em banho-maria os dois tubos contendo
as substâncias? A densidade (d) de cada um dos
as margarinas até que aparecessem duas fases, como
líquidos, à temperatura ambiente, é: d(água) = 1,0 g/
esquematizado na figura.
cm3 , d(clorofórmio) = 1,4 g/cm3 e d(etanol) = 0,8 g/
cm3 .

8)(FUVEST) Se os materiais a seguir: ar, gás

carbônico, naftaleno, iodo, latão, ouro 18 quilates,
forem classificados em substancias e misturas,
pertencerão ao grupo das substancias:
a) ar, gás carbônico e latão.
b) iodo, ouro 18 quilates e naftaleno.
c) gás carbônico, latão e iodo.
Química

d) ar, ouro 18 quilates e naftaleno.

e) gás carbônico, iodo e naftaleno
Reproduza, na resposta, a figura do tubo correspondente
à margarina “light”, identificando as fases lipídicas e
9) (FUVEST) Em uma indústria um funcionário
aquosas.
misturou, inadvertidamente um operário misturou
b) Admitindo que as duas margarinas tenham o mesmo
polietileno (PE), policloreto de vinila (PVC) e
preço e considerando que este preço diz respeito,
poliestireno (OS), limpos e moídos. Para recuperar
apenas, ao teor da gordura de cada uma, em qual delas
cada um desses polímeros, utilizou o seguinte
a gordura custa mais e quantas vezes (multiplicação)
método de separação: jogou a mistura em um tanque
este preço é maior do que na outra?
contendo água (d=1,0 g/cm3 ), separando a fração que
flutuou (fração A) daquela que foi ao fundo (fração
6)(UNICAMP) A figura mostra o esquema de um
B). A seguir, recolheu a fração B, secou-se a em
processo usado para obtenção de água potável a
outro tanque contendo solução salina (d=1,10g/cm3 ),
partir de água salobra (que contém alta concentração
separando o material que flutuou (fração C) daquele
de sais). Este “aparelho” improvisado é usado em
que afundou (fração D).
regiões desérticas da Austrália.
Dados:

Cooperativa 32
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VERSO
As frações A, C e D eram, respectivamente: 11)(FUVEST) Propriedades de algumas substâncias:
a) PE, PS E PVC.
b) PS, PE e PVC
c)PVC, PS, PE.
d) PS, PVC e PE.
e)PE, PVC e PS

9)(UNICAMP - adaptada) Dois frascos idênticos

estão esquematizados ao lado. Um deles contém certa
massa de água e o outro a mesma massa de etanol.
A 25ºC, 3,00 g de iodo, 70 cm3 de água e 50 cm³ de
CCl4 são colocados em um funil de separação. Após
agitação e repouso, qual dos esquemas abaixo deve
representar a situação final?

Dado: Usando-se uma bolinha de densidade adequada

fez-se o seguinte experimento:

Química
Qual das substâncias está no frasco A e qual está no
frasco B? Justifique.

10)(FATEC) Uma barra de certo metal, de massa

igual a 37,8g, foi introduzida num cilindro graduado
contendo água. O nível da água contida no cilindro,
antes (1) e após (2) a imersão da barra metálica é
mostrado na figura.

Analisando-se a figura, pode-se afirmar que o metal

da barra metálica é provavelmente o
a) Ag, d = 10,50 g/cm3
b) Al, d = 2,70 g/cm3 12)(UGF-RJ) O aquecimento global já apresenta
c) Fe, d = 7,87 g/m3 sinais visíveis em alguns pontos do planeta. Numa
3
d) Mg, d = 1,74 g/m ilha do Alasca, na aldeia de Shishmaret, por exemplo,
e) Pb, d = 11,30 g/cm3 as geleiras já demoram mais a congelar, no inverno;
descongelam mais rápido, na primavera; e há mais

33 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 icebergs. Desde 1971, a temperatura aumentou, em
média, 2 °C.
A mudança de estados descritas no texto, são
respectivamente: c)I e II somente
a) solidificação e fusão d)I, somente
b) solidificação e condensação e)II e III somente
c) sublimação e solidificação
d) solidificação e ebulição 15)(CESGRANRIO) Determinou-se o ponto de
e) fusão e condensação fusão de uma substância X, e encontrou-se um valor
menor que o tabelado para esta substância. Isto pode
13)(MACKENZIE) significar que:
a) A quantidade de substância utilizada na
determinação foi menor do que o necessário.
b)A quantidade de substância utilizada na
determinação foi maior do que o necessário.
c)Uma parte da substância não fundiu.
d)A substância contém impurezas.
e)A substância está 100% pura.

I II LEITURA COMPLEMENTAR

Nanotubos de Carbono
Pesquisadora da USP estuda novos compostos de
carbono que podem ser aplicados em vários setores
tecnológicos.
Química

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade

III
Observando-se os modelos acima, onde as esferas
representam átomos, é correto afirmar que o sistema
a)I contém uma mistura
b)III contém uma substância pura composta
c)II contém apenas substâncias puras compostas
d)I contém uma substância pura composta
e)II contém apenas duas substâncias simples
14)(MACKENZIE)
I)Carbono diamante e carbono grafite
II)Dióxido de nitrogênio (NO2) e monóxido de
nitrogênio (NO)
III)Enxofre rômbico e enxofre monoclínico
Alotropia é o fenômeno observado quando um
elemento químico forma substâncias simples
diferentes. Nos conjuntos acima, são observadas
variedades alotrópicas em:
de São Paulo (USP) estão analisando uma nova classe
de compostos de carbono, os nanotubos, que podem
ser usados em diversas áreas, desde ponta de prova
(parte do microscópio que entra em contato com a
superfície a ser analisada) em microscópios de força
atômica até como condutores em microcircuitos.
Visíveis somente com microscópios eletrônicos
-- seu comprimento é da ordem de micrômetros e
seu diâmetro, de nanômetros, medidas próximas
das de um átomo --, os nanotubos são obtidos pela
vaporização do grafite.
“Existem duas maneiras de sintetizar os nanotubos.
Uma é vaporizando o grafite com pulsos de laser de
alta energia, usando átomos de níquel ou cobalto como
catalisadores. Outra, mais econômica, é vaporizar
o grafite através de uma corrente elétrica, usando
ferro ou níquel como catalisadores”, diz Paola Corio,
coordenadora da pesquisa. Após ser vaporizado, o
composto de carbono se condensa, fazendo com que
surja uma grande quantidade de nanotubos. “Em
termos físicos, seu formato é de um cilindro muito
longo, formado por uma folha de grafite enrolada, e
sua cor é preta”, explica Corio.

a)I, II e III
b)I e III somente

Cooperativa 34
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VERSO

Quatro formas cristalinas do carbono: diamante,
grafita, C60 e uma pequena porção de um nanotubo
de carbono (10,10)
Outra característica interessante dos nanotubos é
que eles podem ser semicondutores ou metálicos. "O
comportamento metálico significa que as propriedades
de condução de eletricidade do nanotubo se comparam
às dos metais. Já nos semicondutores, as condições
para o transporte de energia dependem de alguns
parâmetros, que podem ser controlados", conta Corio.
Esses fatores estão ligados à relação comprimento/
diâmetro dos nanotubos. Por terem um comprimento
muito maior que o seu diâmetro, sua condução elétrica
acontece ao longo de seu eixo principal. Os nanotubos
que têm diâmetro menor apresentam características
semicondutoras, e os com maior diâmetro, metálicas.
"Não é necessário que haja diferença nas ligações
químicas entre os átomos de carbono nos diferentes
nanotubos, é só uma questão de simetria. Especula-se
a possibilidade de definir uma característica desejada
para o nanotubo, usando apenas átomos de carbono
com estruturas geométricas definidas", revela a
pesquisadora.
35
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FRENTE
Modelos esquemáticos para nanotubos de carbono
de parede única. A figura mostra também os
fulerenos que dão origem aos nanotubos - formam
as suas extremidades. E interessante observar que
existem nanotubos de diferentes
diâmetros e helicidades.
Segundo Corio, os nanotubos podem ser aplicados
em diversas áreas de nanotecnologia. "Já estão sendo
empregados materiais à base de nanotubos de carbono
como pontas de prova em microscópios de força
atômica, obtendo imagens de sistemas biológicos com
alta resolução", diz. Foram sugeridos também outros
usos, como condutores em microcircuitos, fibras para
usos diversos -- eles têm uma estrutura mais leve e
mais resistente do que as fibras de carbono tradicionais
-- e na fabricação de materiais para absorção de
gases, pois eles conseguem absorver uma grande
quantidade de hidrogênio. "A princípio, podemos
sintetizar um nanotubo com propriedades metálicas
ou semicondutoras para cada tipo de aplicação".
As pesquisas com o material começaram em 1991,
quando se observou que o mesmo processo que
formava os fulerenos fazia com que surgissem
pequenos tubos de carbono. Os fulerenos são a
terceira forma pura de carbono descoberta, depois
Química
do diamante e do grafite, composta por 60 átomos de
carbono. Seu formato se assemelha ao de uma bola de
futebol, onde os vértices dos pentágonos e hexágonos
são os átomos de carbono. Os estudos com nanotubos
vêm sendo feitos no Instituto de Química da USP
desde meados do ano passado.
Leonardo Zanelli
Ciência Hoje On-Line
Aplicações
Existem três importantes campos de pesquisa com
nanotubos de carbono: o estudo químico das estruturas
nanométricas, suas aplicações biomédicas e seu
emprego na área de eletrônica. No que diz respeito
ao primeiro campo, os estudos se voltam para a
produção de materiais constituídos de plástico, resina
ou cerâmica associados a nanotubos de carbono. Os
pesquisadores procuram desenvolver técnicas para
alterar propriedades da superfície do carbono, de
modo a permitir que moléculas de outros materiais
possam aderir às paredes dos nanotubos.
Cooperativa
 As fibrilas das patas das lagartixas permitem
intensa adesão, suficiente para que o animal
caminhe de cabeça para baixo, sustentando o peso
de seu corpo. Com base nessas estruturas, temos
nanotubos de carbono com grande capacidade de
adesão superficial (no detalhe, imagem obtida por
microscopia eletrônica de varredura).

No âmbito das aplicações biomédicas, o emprego

de nanotubos de carbono permite estudar processos
que ocorrem no interior de células, a partir da injeção
de material no citoplasma. Nessa área, pretende-se
viabilizar a liberação controlada de fármacos por
meio dessas estruturas.
A terceira grande promessa da tecnologia dos
nanotubos de carbono, talvez a mais conhecida, está
no campo da física. Dizem que essa é a área em que
os estudos estão menos avançados, mas na qual as
aplicações são as mais promissoras. “Em eletrônica,
os nanotubos servem de material condutor, podendo,
portanto, constituir componentes como transistores e
diodos de proporções nanométricas”, afirmou.
Além da eletrônica, duas outras áreas podem se
beneficiar do novo material. Na fotônica, o uso de
nanotubos permite transformar energia elétrica em
Química

luz e vice-versa, onde trabalhos já são desenvolvidos

nesse campo, sobre o comportamento de elétrons após
a emissão de luz em material nanométrico. Outra área
da física bastante interessada nos nanotubos de carbono
é a spintrônica, que investiga a aplicação eletrônica
dos compostos associada a propriedades magnéticas.
Seu principal uso que surge daí é o desenvolvimento
de novos dispositivos de armazenamento de dados.

Cooperativa 36
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VERSO
Frente - Lavoisier
MÓDULO 02: Separação de Misturas

Na natureza os materiais, em sua grande maioria, são

encontrados como misturas de várias substâncias,
assim, é importante que as indústrias e laboratórios
químicos separem os componentes destes materiais
homogêneos ou heterogêneos até que as substâncias
puras sejam obtidas para posterior uso.
Os componentes de uma mistura podem ser separados Figura 2: Filtração sob pressão reduzida
de acordo com o tipo de mistura (Homogênea ou
Heterogênea) e com as diferenças nas propriedades 3)Decantação: consiste na separação de componentes
específicas das substâncias componentes. de misturas heterogêneas do tipo sólido-líquido
ou líquido-líquido que não se dissolvem entre si
1)Catação: é um método de separação manual de (imiscíveis). Este método se baseia na diferença de
misturas heterogêneas do tipo sólido-sólido que se densidades dos materiais:
baseia na diferença de tamanho das partículas dos
sólidos componentes da mistura. Um exemplo seria o
ato de “escolher” feijão ou arroz.

2)Filtração: consiste na separação de componentes

de misturas heterogêneas do tipo sólido- líquido (água
e areia) ou sólido-gás (poeira e ar):

Figura 1: Filtração comum
Nos laboratórios utiliza-se a filtração comum para
separar misturas heterogêneas sólido-líquido, no qual
consiste na retenção do material sólido em um papel
de filtro. No caso da mistura tipo sólido-gás, podemos
utilizar como filtro o aspirador de pó que retém as
partículas sólidas de poeira separando-as do ar.
De um modo geral, a mistura percorre um elemento
filtrante (papel, tecido, algodão, areia, etc.) que retém
a fase sólida, mas permite a passagem da fase líquida
ou gasosa.
Em alguns casos, a filtração pode se tornar um
processo lento, para apressá-la é utilizada a técnica de
pressão à vácuo ou sob pressão reduzida. Neste caso,
com o auxílio de uma trompa ou bomba de sucção a
mistura é submetida a uma diferença de pressão que
força a sua passagem através do elemento filtrante,
tornando o processo mais rápido.
37
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Química
Figura 3: Decantação líquido-líquido (a)
e sólido-líquido (b)
Na decantação tipo líquido-líquido é necessário
utilizar um funil de decantação onde inicialmente à
mistura dos líquidos imiscíveis, por exemplo, água
e óleo são colocados. O líquido que possuir maior
densidade, no caso a água, fica na parte inferior do
funil e será primeiro recolhido em um frasco quando
a torneira for aberta enquanto que o óleo, líquido de
menor densidade fica na parte superior, podendo ser
recolhido em um frasco diferente.
A decantação do tipo sólido-líquido é utilizada nas
estações de tratamento de água. A separação consiste
no repouso da mistura dentro de um tanque onde
ocorrerá a deposição das partículas sólidas no fundo
do tanque pela ação da ação da gravidade. Em seguida,
o líquido será removido sem agitação, restando no
tanque apenas o líquido.
Em alguns casos a separação do tipo sólido-líquido
por decantação se torna bastante lento, como no caso
de análises de sangue, onde é necessário separar o
plasma (fase líquida) de plaquetas e hemácias (fase
sólida), neste caso utiliza-se o processo de
Cooperativa

FRENTE
 centrifugação que consiste na rotação rápida do Porém, quando as temperaturas de ebulição forem
recipiente que contém a mistura ocorrendo a rápida próximas realiza-se o processo de destilação
sedimentação do sólido. fracionada em misturas homogêneas do tipo
líquido-líquido (petróleo), neste caso é necessária a
4)Flotação: se baseia na diferença de densidade adaptação da aparelhagem representada na figura 5
entre os componentes da mistura heterogênea do tipo com a introdução de uma coluna de fracionamento
sólido-sólido (serragem e areia). A mistura sólida é ou de destilação que é um tubo de vidro acoplado
adicionada um líquido de densidade intermediária, ao balão que será aquecido. Contém no seu interior
por exemplo, água: cacos de porcelana ou de vidro que correspondem
a obstáculos que permitem que o componente com
menor ponto de ebulição (mais volátil) chegue mais
rapidamente ao condensador e destile primeiro e
assim sucessivamente.

Figura 4: Flotação
No exemplo, a água possui densidade intermediária
Química

entre a serragem e a areia. A serragem possui a menor

densidade, por isso flutua sobre o líquido adicionado,
enquanto a areia, por ser mais densa, permanece no
fundo do recipiente.
Figura 6: Destilação fracionada
5)Destilação: é utilizada na separação de componentes
em misturas homogêneas do tipo sólido-líquido Esta técnica é utilizada na separação dos componentes
(sal e água), considerando uma diferença razoável do petróleo.
nas temperaturas de ebulição dos componentes,
para isso é necessário aparelhagem semelhante a da
figura conhecida como destilador, que consiste em
um recipiente de vidro (balão) onde é colocada a
mistura que será aquecida. O solvente (água) entrará
em ebulição e percorrerá a aparelhagem até chegar
ao condensador, onde retornará a fase líquida sendo
recolhido em um recipiente de coleta.

Figura 7: Destilação fracionada:

torre de fracionamento do
Figura 5: Destilação petróleo
Cooperativa 38
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO

LEITURA COMPLEMENTAR
Destilação do ar líquido
O ar é formado predominantemente por nitrogênio
e oxigênio, além de pequenas quantidades de gases
nobres. Esses gases são retirados do ar por destilação
fracionada. Isso é conseguido submetendo-se o ar a
sucessivas compressões e resfriamento até que ele
chegue ao estado líquido, o que ocorre a cerca de
200ºC abaixo de zero. A seguir, destila-se o ar líquido.
Inicialmente ferve o nitrogênio (-195,8ºC) e a seguir
o oxigênio (-183ºC). Esquematicamente:
6)Separação Magnética: este método é utilizado
quando um dos componentes da mistura heterogênea
tipo sólido-sólido possui propriedades magnéticas
como o ferro, que será separado dos demais
componentes sólidos por meio de um imã ou eletroímã.
Figura 8: Separação
Magnética
7)Sublimação: é utilizado para separar misturas
heterogêneas do tipo sólido-sólido no qual um dos
componentes da mistura é sublimável. Lembre-se
que sublimação consiste na mudança do estado físico
sólido para o gasoso.

Atualmente o nitrogênio é muito usado:

Química
-sob a forma gasosa (vendido em cilindros de aço),
para ser usado como atmosfera inerte na fabricação de
produtos eletrônicos, no “enchimento” de lâmpadas
incandescentes, no empacotamento de alimentos,
para encher pneus e etc;
-sob a forma líquida (que garantes temperaturas
de cerca de 190ºC abaixo de zero), para ser usado
como meio de resfriamento no transporte de órgãos
para transplante, na conservação de alimentos, na
conservação de sêmen para inseminação artificial;
-na produção de substâncias nitrogenadas,
principalmente amoníaco e ácido nítrico.

E o oxigênio é muito usado:

- na produção do aço e de outros metais;
-no branqueamento da celulose para a fabricação de
papel;
-em maçaricos especiais para corte de solda de metais,
como, por exemplo, o maçarico oxídrico e o maçarico
oxiacetilênico;
-como comburentes em foguetes
-nos hospitais, quando o paciente precisa respirar
um “ar mais rico”, em função de uma cirurgia ou
recuperação;
- nos cilindros de mergulhadores e de alpinistas.
Divertimentos
com o professor
1) (UNICAMP) Tem-se as seguintes misturas:
I) Areia e água
II) Álcool (etanol) e água
III) Sal de cozinha (NaCl) e água, neste caso, uma
mistura homogênea
Cada uma dessas misturas foi submetida a uma
filtração em funil com papel e, em seguida, o líquido
resultante (filtrado) foi aquecido até sua total

39 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 evaporação. Pergunta-se:
a)Qual mistura deixou um resíduo sólido no papel
após a filtração? O que era esse resíduo?
b)Em qual caso apareceu um resíduo sólido após a
evaporação do líquido? O que era esse resíduo?
e do processo de purificação envolvido, à seguinte
operação de laboratório:
a) sublimação d) dissolução
b) filtração e) destilação
c) decantação

2)(UNIFESP) Para se isolar a cafeína (sólido, em
condições ambientes) de uma bebida que a contenha
(exemplos: café, chá, refrigerante e etc.) pode-se usar
o procedimento simplificado seguinte:
“Agita-se certo volume da bebida com diclorometano
e deixa-se em repouso algum tempo. Separa-se, então,
a parte orgânica, contendo a cafeína, da aquosa. Em
seguida, destila-se o solvente e submete-se o resíduo
da destilação a um aquecimento, recebendo-se os
seus vapores em uma superfície fria, onde a cafeína
deve cristalizar.”
Além da destilação e da decantação, quais operações
são utilizadas no isolamento da cafeína?
Divertimentos
necessários
5)(UFMS) Indique a alternativa que apresenta os
termos corretos na seqüência I, II, III, IV, V e VI, que
preenchem as lacunas da seguinte afirmativa:
“Os ........ (I) ........ nitrogênio, oxigênio e ........ (II)
........, principais ........ (III) ........ do ........ (IV) ........
seco, são obtidos industrialmente por meio da ........
(V) ........ fracionada do ar ........ (VI) ........”.

a)Flotação e ebulição
b)Flotação e sublimação
c)Extração e ebulição
d)Extração e sublimação
e)Levigação e condensação 6) (PUCCAMP) Determinada indústria trata,
preliminarmente seus efluentes com sulfato de
Química

3)(FUVEST) A obtenção de água doce de boa alumínio e cal. A formação do hidróxido de alumínio
qualidade está se tornando cada vez mais difícil permite que haja a eliminação de materiais:
devido ao adensamento populacional, às mudanças
climáticas, à expansão da atividade industrial e a) em solução por meio de destilação simples
à poluição. A água, uma vez captada, precisa ser b) em suspensão, por meio de decantação e filtração
purificada, o que é feito nas estações de tratamento. c) sólidos, utilizando cristalização fracionada
Um esquema do processo de purificação é: d) sólidos, por meio de fusão e filtração
e) líquidos, utilizando a sifonação e a evaporação

7) (UNICAMP) Os gases nitrogênio, oxigênio e

argônio, principais componentes do ar, são obtidos
Em que as etapas B, D e F são: industrialmente através da destilação fracionada do
B- adição de sulfato de alumínio e óxido de cálcio ar liquefeito. Indique a seqüência de obtenção dessas
D- filtração em areia substâncias neste processo de destilação fracionada.
F- fluoretação Justifique sua resposta.
Assim sendo, as etapas A, C e E devem ser,
respectivamente: Dados: temperaturas de ebulição a 1,0 atm
a) filtração grosseira, decantação e cloração. Argônio = -186°C
b) decantação, cloração e filtração grosseira. Nitrogênio = -196°C
c) cloração, neutralização e filtração grosseira. Oxigênio = -183°C
d) filtração grosseira, neutralização e decantação.
e) neutralização, cloração e decantação. 8) (FUVEST) O processo de recristalização, usado na
purificação de sólidos, consiste no seguinte:
4)(FUVEST) O ciclo da água na natureza, relativo à
formação de nuvens, seguida de precipitação da água 1) Dissolve-se o sólido em água quente, até a
na forma de chuva, pode ser comparado, em termos saturação.
das mudanças de estado físico que ocorrem 2) Resfria-se a solução até que o sólido se cristalize.

Cooperativa 40
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
Os gráficos a seguir mostram a variação, com a (1) preparar um refresco de cajá a partir do suco
temperatura, da solubilidade de alguns compostos em concentrado
água. (2) adoçar o leite
(3) preparar chá de canela
(4) usar naftalina na gaveta
(5) coar a nata do leite

( ) sublimação
( ) diluição
( ) filtração
( ) extração
( ) dissolução

Os números da segunda coluna, lidos de cima para

baixo, são:
a) 3, 2, 5, 4, 1
b) 1, 3, 4, 5, 2
c) 4, 3, 2, 1, 5
d) 3, 2, 4, 5, 1
O método de purificação descrito acima é mais e) 4, 1, 5, 3, 2
eficiente e menos eficiente, respectivamente, para:
a) NaCl e KNO3 11) (UNESP) Em nosso planeta, a maior parte da
b) KBr e NaCl água encontra-se nos oceanos (água salgada) e é
c) KNO3 e KBr imprópria para consumo humano. Um processo para
d) NaCl e KBr tornar a água do mar potável seria: “Promover a
e) KNO3 e NaCl ..................... por ..................... ou osmose reversa e,

Química
em seguida, retificá-la, ..................... sais .....................
9)(UFMG) Um sistema heterogêneo, constituído por adequadas”.
uma solução colorida e um sólido esbranquiçado, foi
submetido ao seguinte processo de separação. Assinale a alternativa que permite preencher, na
Com relação a esse processo, a afirmativa FALSA é: seqüência, as lacunas de forma correta.
a) purificação ... destilação ... removendo ... em
proporções
b) dessalinização ... destilação ... adicionando ... em
proporções
c) dessalinização ... destilação ... removendo ... por
técnicas
d) desinfecção ... cloração ... adicionando ... em
proporções
e) clarificação ... decantação ... adicionando ... em
proporções

12) (UNITAU) Uma maneira rápida e correta de

a) a operação X é uma filtração. separar uma mistura com ferro, sal de cozinha e arroz,
b) o líquido B é uma solução. é, na seqüência:
c) o líquido D é o solvente da solução contida no a) filtrar, aproximar um imã, adicionar água e destilar.
sistema original. b) adicionar água e destilar.
d) o sólido A contém grande quantidade de impurezas. c) aproximar um imã, adicionar água, filtrar e destilar.
e) uma destilação produz o efeito da operação Y. d) destilar, adicionar água, aproximar um imã.
e) impossível de separá-la.
.10) (UFPE) Associe as atividades diárias contidas
na primeira coluna com as operações básicas de 13) (ITA) Um copo contém uma mistura de água,
laboratório e fenômenos contidos na segunda coluna. acetona, cloreto de sódio e cloreto de prata. A água, a

41 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 acetona e o cloreto de sódio estão numa mesma fase
líquida, enquanto que o cloreto de prata se encontra
numa fase sólida. Descreva como podemos realizar,
em um laboratório de química, a separação dos
componentes desta mistura. De sua descrição devem
constar as etapas que você empregaria para realizar
esta separação, justificando o(s) procedimento(s)

Fique
utilizado(s).

- Atento
Neste capítulo aprendemos a diferença de
substância (que são aquelas formadas por um único
tipo de moléculas) e misturas (que são formadas por
duas ou mais tipos de substâncias diferentes). Você
também estudou as propriedades que caracterizam
a matéria: densidade, ponto de fusão e ebulição e
seus respectivos usos nas técnicas de separação dos
componentes de uma mistura. Aprendeu a identificar
as misturas homogêneas e as heterogêneas e
observá-las no seu dia-a-dia, como por exemplo os
produtos de limpeza ou a água que bebemos e que
o uso dos métodos de separação de misturas está
bastante presente em atividades cotidianas como no
preparo do café.
Química

Cooperativa 42
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VERSO
Frente - Lavoisier
MÓDULO 03: Radioatividade

Em 1896, o químico francês Henri Becquerel estudando

fenômenos de fosforescência e fluorescência usou
uma amostra de um sal de urânio (sulfato duplo de
Figura 2: Experimento de
potássio de uranila-K2(UO2)(SO4)2 ) verificou que es-
Rutherford
sa substância ao ser guardada com chapas
fotográficas emitia espontaneamente radiações
A partir deste experimento, Rutherford fez a radiação
que impressionavam a chapa, mesmo quando esta
emitida por polônio passar por um campo magnético
substância estava envolvida em um papel preto.
verificando que a radiação que sofria desvio para a
placa carregada negativamente apresentava caráter
positivo, sendo denominada de partícula alfa. Já a
radiação que sofria desvio para a placa carregada
positivamente apresentava caráter negativo, sendo
denominada de partícula beta, enquanto que aquela
que não sofria desvio apresentava caráter neutro,
sendo denominada de radiação gama.

Fique - Atento
A radioatividade é um fenômeno de desintegração
espontânea de núcleos atômicos por meio da

Química
emissão de partículas alfa (α) e betas (β) e por
radiação eletromagnética do tipo gama (ᵞ).
Figura 1: Chapa fotográfica de
Becquerel escurecida

Becquerel logo deduziu que os raios que

impressionavam a chapa só poderiam ser emitidos
pelo sal de urânio. Essas emissões inicialmente foram
denominadas de raios de Becquerel e posteriormente
de emissões radioativas ou radioatividade.
Esse fenômeno despertou o interesse do casal Marie
e Pierre Curie que decidiu estudar os sais de urânio.
Eles verificaram que o urânio era responsável
pela emissão de chapas fotográficas e, além disso,
descobriram em 1898 um novo elemento químico
o polônio cerca de 400 vezes mais radioativo que o
urânio e posteriormente o rádio cerca de 900 vezes
mais radioativo que o urânio. a) Emissão Alfa (2α4 ): possui carga positiva, portanto
é formada por 2 prótons e 2 nêutrons, possuindo assim
Natureza das Emissões Radioativas 4 unidades de massa. Pode-se dizer que a partícula
Apesar das descobertas de Becquerel e do casal alfa 4
é um núcleo de hélio eletricamente carregado
+2
Curie, não se sabia a real origem da radioatividade, ( 2He ). Sua emissão ocorre com a diminuição de
que começou a ser desvendada pelo experimento quatro unidades de massa e 2 unidades de carga do
realizado por Ernest Rutherford em 1898 com núcleo emissor:
substâncias radioativas.
Através de seu experimento, Rutherford elucidou a 92 U235 → 90Th231 + 2α4
natureza das emissões radioativas as quais ele chamou
de alfa (α), beta (β) e gama (ᵞ).
43 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 b) Emissão Beta: (-1β0 ) possui massa desprezível e
carga negativa igual a -1. Pode-se dizer que a partícula
beta é um elétron em alta velocidade emitido por um
núcleo. É formada pela desintegração de um nêutron
que resulta na formação de um próton (que permanece
no núcleo) e do elétron que é expelido, juntamente

Fique
com um neutrino (partícula eletricamente neutra e de
massa desprezível).

- Atento
As equações nucleares são também chamadas de
transmutação, pois a emissão de partículas alfa e beta
altera a identidade nuclear do elemento químico.
As transmutações também podem ser artificiais
e ocorrem pelo bombardeamento de um núcleo
atômico por partículas.
Sejam naturais ou artificiais as transmutações
obedecem ao balanço de cargas e massa, isto é,
a soma dos números de massa antes e depois da
Assim, a emissão de uma partícula beta ocorre com
reação deve ser iguais, o mesmo ocorrendo para a
o aumento de uma unidade de carga, pois, o próton
soma de cargas:
formado na desintegração do neutro permanece no
núcleo atômico, e com conservação do número de
massa:
Química

83 Bi210 → 84Po210 + -1β0

Saiba
c) Emissão Gama (0ϒ0 ): é radiação eletromagnética,
e portanto, neutra e sem massa. Sua emissão ocorre
apenas com liberação de energia, não ocorrendo
transmutação:
um pouco mais
27 Co60 → 27Co60 + 0ϒ0 Marya Sklodowka
Curie, vencedora do
11° Prêmio Nobel de
Poder de penetração
Química, nasceu em 7
Muito dos efeitos causados pela radiação estão de setembro de 1867,
relacionados com o poder de penetração da matéria em Varsóvia, Polônia,
que essas radiações possuem. tendo sobrevivido
A figura abaixo nos mostra que a radiação alfa é a numa época na qual a
que possui menor poder de penetração podendo ser Revolução Industrial,
barrada pela pele humana ou por uma folha de papel. iniciada na Inglaterra,
Já a radiação beta possui um poder de penetração no século XVIII,
moderado, podendo ser barrada por folha de alumínio, ganhara novo impulso
roupas grossas ou madeira. Já a radiação gama só com a utilização do aço, petróleo e eletricidade. Ao
pode ser barrada por uma grossa camada de chumbo mesmo tempo, o avanço científico progredia para
ou concreto, sendo a mais nociva para o organismo novas dimensões um tanto impressionantes: eram as
humano. correntes do Cientificismo, dos ideais do Positivismo
de Auguste Comte, do socialismo de K. Marx e F.
Engels e do Evolucionismo de Charles

Cooperativa 44
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VERSO
Darwin tomando conta da Europa e que, aliadas às
conturbadas manifestações de ordem sócio-político-
econômica, culminaria, mais tarde, em 1914, na
explosão da 1ª Guerra Mundial.
Pouco depois de a Academia de Ciências da
França ter-lhe negado uma cadeira como membro
simplesmente por ser mulher, Madame Curie ganhou
seu prêmio em 10 de dezembro de 1911 por suas
contribuições relevantes sobre a radioatividade
quando da publicação, em 1910, do “Tratado de
Radioatividade”, passando a ser a única pessoa do
mundo (até então) a ganhá-lo duas vezes (a 1ª foi em
1903, com o Nobel de Física pelas descobertas, em
parceria com seu esposo Pierre Curie (1859-1906),
dos elementos polônio e, especialmente, rádio;
ambos dividiram metade desse prêmio com Henri
Becquerel (1852-1908) ).
Marie Curie era a caçula de cinco filhos de um
professor de Física, dotada de uma memória
excepcional, inteligência invulgar, voluntariosa,
bonita, tenaz e, sobretudo, precoce: aos 4 anos já
sabia ler e, implacavelmente, era sempre a primeira
em todas as matérias na escola.
Para viver, trabalhou como preceptora, só indo
inscrever-se na Faculdade de Ciências da Sorbonne,
em Paris, no mês de julho de 1896, aos 28 anos,
ficando em 1° lugar nos exames. Lá obteve os graus
de bacharel em Física e Matemática.
Em novembro de 1903, obteve seu doutorado em
Ciências Físicas, pela mesma universidade, por
“Pesquisas de Substâncias Radioativas”, onde
afirmara que a uma certa quantidade de urânio
corresponde uma igual intensidade de radiação e
que esta última não é influenciada nem pelo estado
de combinação química nem por circunstâncias
externas. Noutros termos, a radiação se deve tão-
somente a uma propriedade atômica do núcleo. Mas
quando a radiação emitida pela pechblenda (minério
de óxido de urânio) se revelou mais forte do que
pudesse prever, especulou-se a existência de um
novo elemento químico mais ativo que o urânio nesse
mesmo minério, em quantidades infinitesimais (só
para se ter uma idéia, é necessário duas toneladas de
pechblenda para obter apenas um décimo de grama
de rádio e que, por isso mesmo, pode-se imaginar o
tamanho de trabalho árduo que o casal Curie tiveram
que fazer, através de um grande número de separações
por cristalização fracionada entremeadas de reações
químicas), o que foi comprovado pelos mesmos.
A radioatividade abriu uma corrida na Era
Nuclear, com as pesquisas em Química e Física se
intensificando mais nessa área, suscitando polêmicas
quanto aos seus malefícios e benefícios. Trouxe
maiores esperanças de tratamento para vários tipos
de câncer; em Química Analítica encontra aplicações
45
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FRENTE
na análise por diluição isotópica e na análise por
ativação com nêutrons bem como serve para a
determinação de estrutura de substâncias, dentre
outros usos.
Em 1895 casou-se com Pierre Curie, cientista francês
famoso principalmente por suas pesquisas no campo
da Cristalografia, e dessa união nasceram duas filhas,
Irene (que mais tarde também ganharia o Nobel de
Química, em 1935) e Eve.
Faleceu aos 66 anos na primavera de Paris, em 4 de
julho de 1934, aniquilada por perniciosa anemia, o
mal que contraíra manejando o terrível elemento que
descobrira.
“ Se as conquistas úteis à humanidade vos comovem;
se ficais pasmados diante da telegrafia elétrica, da
fotografia, da anestesia, e de tantas outras descobertas;
se estais orgulhosos e conscientes da parte que cabe
ao vosso país na conquista dessas maravilhas, tomai
interesse, eu vos conjuro, por esses recintos sagrados
que chamamos de laboratórios. Façais o possível
para que eles se multipliquem. Eles representam
os templos do futuro, da riqueza e do bem-estar
social. É por intermédio deles que a humanidade
melhora e cresce. É neles que o homem aprende a
ler os segredos da natureza e da harmonia universal,
enquanto as obras do homem são quase sempre obras
Química
de barbárie, de fanatismo e de destruição...”
(Madame Curie, em seu discurso quando da inauguração do
Instituto de Radium, em Paris, julho de 1914, início da 1ª Guerra
Mundial).
Fonte: http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/
material_didatico/e-museu_quimica_01.htm
Divertimentos
com o professor
1)(FUVEST) Radônio transfere a radioatividade de
solos que contém urânio para a atmosfera, através
da série de eventos representados na figura adiante.
Tanto o 222 Rn quanto o elemento Ea emitem partículas
alfa. O elemento Ec, final da série, é estável e provém
do elemento Eb, de mesmo número atômico, por
sucessivas desintegrações.
Cooperativa
 a) Quais os elementos Ea, Eb e Ec? Justifique. as áreas do organismo com metabolismo intenso
b) Explique porque o 222 Rn é facilmente transferido
de glicose, como o cérebro, o coração e os tumores
do solo para a atmosfera. ainda em estágio muito inicial. Quando um átomo de
Dados: parte da Classificação periódica dos Elementos
flúor-18 emite um pósitron, o átomo resultante será
na figura anterior. um isótopo do elemento químico
a) cloro.
2)(FUVEST) Em 1995, o elemento de número atômico b) flúor.
111 foi sintetizado pela transformação nuclear: c) neônio.
d) oxigênio.
e) nitrogênio.

Esse novo elemento, representado por Rg, é instável. 5)(UFSCAR) O aumento no volume das exportações
Sofre o decaimento: no Brasil, em 2004, tem sido apontado como um dos
responsáveis pela retomada do crescimento econômico
do país. O Brasil exporta muitos tipos de minérios,
sendo que alguns apresentam radioatividade natural.
Certos países compradores exigem um certificado
apresentando os valores de atividade de átomos que
Nesse decaimento, liberam-se apenas emitem radiação gama. O potássio-40, radioisótopo
natural, é um dos emissores dessa radiação. No
a) nêutrons. decaimento radiativo do potássio-40, em geral, há a
b) prótons. emissão de uma partícula beta negativa.
c) partículas α e partículas β.
d) partículas β. Neste caso, resulta um elemento com número atômico
e) partículas α. igual a
a) 40.
Química

3) (VUNESP-SP) A natureza das radiações emitidas b) 39.

pela desintegração espontânea do U (A = 234, Z=92) c) 21
pode ser estudada pelo arranjo experimental mostrado d) 20
na figura adiante. e) 19

Divertimentos
A abertura do bloco de chumbo dirige o feixe de
radiação para passar entre duas placas eletricamente
carregadas, verificando-se a separação em três novos
feixes, que atingem o detector nos pontos 1, 2 e 3.
necessários
6) (UNESP) Quando um átomo do isótopo 228 do
tório libera uma partícula alfa (núcleo de hélio com 2
prótons e número de massa 4), transforma-se em um
átomo de rádio, de acordo com a equação a seguir:

Os valores de X e Y são, respectivamente:

a) Qual o tipo de radiação que o detector no ponto 3 a) 88 e 228
? Justifique b) 89 e 226
b) Representando por X o novo núcleo formado, c) 90 e 224
escreva a equação balanceada da reação nuclear d) 91 e 227
responsável pela radiação detectada no ponto 3. e) 92 e 230

4)(UNIFESP) O flúor-18 é um radioisótopo produzido 7) (UNB) Ao acessar a rede Internet, procurando

num acelerador cíclotron. Associado à deoxiglucose, algum texto a respeito do tema radioatividade no
esse radioisótopo revela, pela emissão de pósitrons,
Cooperativa 46
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VERSO
“Cadê?”(http://www.cade.com.br), um jovem a)núcleo de hélio.
deparou-se com a seguinte figura, representativa do b)átomo de hidrogênio.
poder de penetração de diferentes tipos de radiação. c)próton.
d)nêutron.
e)elétron.

11)(VUNESP) O alumínio pode ser transformado em

fósforo pelo bombardeamento com núcleos de hélio,
de acordo com a equação:

Com o auxílio da figura, julgue os itens que se seguem.

( ) A radiação esquematizada em II representa o poder a)Determine os valores de x e y.
de penetração das partículas beta. b)Explique o que representam x e y no átomo de
( ) A radiação esquematizada em III representa o fósforo.
poder de penetração das partículas alfa.
( ) As partículas alfa e beta são neutras. 12)(CESGRANRIO) Após algumas desintegrações
sucessivas, o 90Th232 , muito encontrado na orla
( ) Quando um núcleo radioativo emite uma radiação
do tipo I, o numero atômico fica inalterado. marítima de Guarapari (ES), se transforma no 82Pb.208
O número de partículas alfa e beta emitidas nessa
8)(VUNESP) Escrever as equações das reações transformação foram, respectivamente, de:
nucleares: a)6 e 4
a) rádio (Ra, Z=88, A=223) transmutando-se em b)6 e 5
radônio (Rn), pela emissão de c)5 e 6
uma partícula alfa. d)4 e 6

Química
b) chumbo (Pb, Z=82, A=212) transmutando-se em e)3 e 3
bismuto (Bi) pela emissão de
uma partícula beta.

9)(UFSCAR) Uma das aplicações nobres da energia

nuclear é a síntese de radioisótopos que são aplicados
na medicina, no diagnóstico e tratamento de
doenças.O Brasil é um país que se destaca na pesquisa
e fabricação de radioisótopos. O fósforo-32 é utilizado
na medicina nuclear para tratamento de problemas
vasculares. No decaimento deste radioisótopo, é
formado enxofre-32, ocorrendo emissão de:
a) partículas alfa.
b) partículas beta.
c) raios gama.
d) nêutrons.
e) raios X.

10)(VUNESP) Em 1902, Rutherford e Soddy

descobriram a ocorrência da transmutação radioativa
investigando o processo espontâneo:

A partícula X corresponde a um:

47 Cooperativa
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FRENTE
Cooperativa

48
Frente - Lavoisier
MÓDULO 04: Desintegrações Radioativas
O iodo-131 (131 I) é um radioisótopo utilizado no
tratamento de câncer da tireóide e outras patologias
desta glândula, para isso possui um tempo de meia-
vida relativamente pequeno, que segundo o gráfico
corresponde a um período de 8 dias.
Os radioisótopos (núcleos radioativos) se desintegram
em períodos de tempo diferentes. Por exemplo, o
radônio-220 possui um tempo de desintegração
relativamente curto, 55,6 segundos; enquanto
que o urânio-238 4,5 bilhões de anos. Na prática é
importante saber quanto tempo um radioisótopo leva
para perder sua atividade, isto é, se desintegra para
poder ser usado. Um exemplo é o uso na medicina,
pois quando um radioisótopo é injetado em uma
pessoa para se realizar um exame é necessário saber
por quanto tempo haverá radioatividade no organismo
do paciente.
A forma utilizada pelos cientistas para medir o tempo
das emissões radioativas é chamada de tempo ou
período de meia-vida.
Pela análise do gráfico percebe-se que a quantidade
Período de Meia Vida (t1/2): é o tempo necessário inicial deste radioisótopo vai diminuindo à metade
para que a metade dos núcleos radioativos de um toda vez que se passam 8 dias, assim, se considerarmos
isótopo se desintegre, isto é, que uma amostra uma massa inicial de 16 g de 131 I (o que corresponde
radioativa se reduza à metade. a 100% da amostra) passado 3 períodos de meia vida,
De uma forma geral, o gráfico que representa as

Química
isto é, 24 dias restarão da amostra radioativa apenas
desintegrações radioativas esta representado abaixo: 2 g.

Isto significa que o iodo-131 perde massa? A resposta

é não, o que ocorre é a transmutação do iodo-131 a
outro núcleo pela emissão de partículas beta:

Gráfico 1: Período de meia-vida O período de meia-vida é variável e depende única e

exclusivamente da identidade química do radioisótopo,
como se pode observar na tabela abaixo. Logo, ele
independe da pressão, da temperatura e do composto
químico no qual o radioisótopo esta presente.

Tabela 1: Período de meia-vida de

alguns radioisótopos
Datação com Carbono-14:
Técnica utilizada para determinar a idade de materiais
fósseis a partir do decaimento radioativo do isótopo
14 do carbono, que está presente na natureza em

49 Cooperativa
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FRENTE
 Fissão Nuclear:
porcentagem muito pequena. Em 1939 os químicos, de nacionalidade alemã, Otto
O carbono-14, incorporado ao CO2 presente na Hahn e Fritz Strassmann bombardearam o núcleo
atmosfera, pode ser encontrado em organismos vivos de urânio com nêutrons com o intuito de verificar a
que fazem troca de carbono com o ambiente através origem da radioatividade produzida no experimento
da fotossíntese: de Enrico Fermi em 1934. Eles constataram que um
dos produtos obtidas dessa reação foi o núcleo do
6 CO2 + 6 H2O = C6H12O6 + 6 O2 elemento bário que possui número atômico menor
que do urânio (Z = 92) igual a 56. No mesmo ano,
Ou, através da respiração celular: a física austríaca Lise Meitner conseguiu explicar o
fenômeno propondo que o núcleo do átomo de urânio
C6H12O6 + 6 O2 = 6 CO2 + 6 H2O teria sido “quebrado” em núcleos mais leves de
acordo com a equação:
Já os demais seres vivos incorporam carbono-14 por
meio da cadeia alimentar, porém quando estes organ-
ismos morrem a troca de carbono-14 com o ambiente
cessa e este sofre decaimento segundo a equação: Essa reação ficou conhecida como fissão nuclear.
Fissão Nuclear: corresponde ao bombardeamento
14 0 14
C6 → -1β + N7 de núcleos radioativos pesados, quebrando-os em
dois ou mais núcleos menores e liberando grande
Assim, todo organismo vivo possui 100% de carbo- quantidade de energia.
no-14, porém quando morre, essa quantidade começa O processo de fissão do urânio-235 pode ser
a diminuir através do decaimento radioativo, possi- representado pelo esquema abaixo:
bilitando a determinação da idade do fóssil, por meio
do período de meia-vida deste isótopo que é de 5730
anos.
Química

A fissão de um átomo de urânio-235, como ilustrado

acima, produz aproximadamente 3 nêutrons que
darão origem ao processo de reação em cadeia pela
fissão de outros átomos de urânio vizinhos e assim
sucessivamente. A reação em cadeia uma vez iniciada
segue espontaneamente gerando uma explosão que
libera grande quantidade de energia. O processo em
cadeia é o princípio de funcionamento da bomba
atômica e dos reatores nucleares.

Fusão Nuclear:
O processo de fusão é contrário da fissão. Corresponde
a fusão (junção) de núcleos atômicos pequenos
Figura 4: Ciclo do carbono-14 gerando núcleos mais pesados.

Cooperativa 50
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
 permitindo ao médico observar o funcionamento
daqueles órgãos. Os radiofármacos são utilizados no
diagnóstico de diversas patologias (figura 1). Têm
meia vida curta – da ordem de dias ou horas – e, em
um curto período de tempo, diminuem sua atividade
para níveis desprezíveis, minimizando a possibilidade
de dano ao paciente.

A quantidade de energia liberada na fusão é muito

maior que a liberada na fissão. Para se ter uma ideia,
Figura 1. Radiofármacos produzidos pela

Química
as reações que ocorrem no Sol e nas estrelas são deste
CNEN. Entre parênteses, está o nome do
tipo, o que explica a quantidade de energia liberada
radioisótopo em cada radiofármaco.
por esses astros.
Como a quantidade de energia produzida é muito
grande, cerca de dez vezes maior que na fissão de O principal material empregado em medicina nuclear
1 grama de urânio-235 se comparado com 1 grama é o tecnécio-99m, que tem meia-vida de seis horas,
de deutério (2 H), esta não pode ser aproveitada em ou seja, a cada seis horas a radiação emitida cai pela
usinas na geração de energia elétrica, já que ainda metade. Outros radiofármacos são o tálio-201 (meia-
não foi desenvolvida tecnologia que resista as altas vida de três dias), gálio-67 (meia-vida de três dias),
temperaturas que requer o processo de fusão para ser iodo-131 (meia vida de oito dias) e flúor-18 (meia-
iniciado, portanto a fusão gera apenas bomba, mais vida de duas horas).
especificamente, a bomba de hidrogênio. Uma técnica nova e importante na medicina nuclear é
a PET (sigla, em inglês, para tomografia por emissão
LEITURA COMPLEMENTAR de pósitrons e elétrons), que utiliza radioisótopos de
meia-vida muito curta e que têm como característica
Aplicação da Energia Nuclear: Na saúde o decaimento com a liberação de pósitrons, sendo
Uma ferramenta importante no tratamento e considerada por muitos especialistas a melhor e
diagnóstico de doenças são os radiofármacos, que mais precisa forma de radiodiagnóstico por imagem
são obtidos a partir de radioisótopos produzidos em disponível hoje. Esses radioisótopos são produzidos
reatores nucleares ou em aceleradores de partículas. em aceleradores de partículas específicos (ciclotrons),
Esses radioisótopos são, em geral, associados a sendo o principal produto o flúor-18, injetado no
substâncias químicas (fármacos) que se associam a sangue do paciente na forma de fluorodeoxiglicose
órgãos ou tecidos específicos do corpo humano. (FDG).
Na medicina nuclear, os radiofármacos são injetados O Brasil produz esses radioisótopos no Instituto de
no paciente, concentrando-se no local a ser examinado Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São
e emitindo radiação, que, por sua vez, é detectada no Paulo, e no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN),
exterior do corpo por um detector apropriado, que no Rio de Janeiro, ambos da Comissão Nacional de
pode transformar essa informação em imagens, Energia Nuclear (CNEN). Devido à meia vida

51 Cooperativa
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FRENTE
 muito curta, os radiofármacos para PET devem ser
produzidos próximos ao local de uso. 2) (FUVEST) O decaimento radioativo de uma
As radiações nucleares são utilizadas também em amostra de Sr-90 está representado no gráfico a
diversas terapias, principalmente no tratamento seguir. Partindo-se de uma amostra de 40,0g, após
de câncer. Nesse caso, a irradiação das células quantos anos, aproximadamente, restarão apenas 5,0g
cancerosas tem o objetivo de matá-las e impedir de Sr-90?
sua multiplicação. Uma das formas de aplicação da
radiação consiste em se colocar uma fonte externa
ao paciente, a certa distância do tumor a ser tratado
(teleterapia). Tradicionalmente, utiliza-se uma fonte
de cobalto-60 nesse tratamento, mas esse processo
vem sendo substituído por aceleradores lineares, que
produzem feixes de elétrons que, ao incidir em um
alvo, geram fótons, que irão interagir com o tecido.
Outra forma de aplicação consiste em se colocar
pequenas fontes em contato direto com a área do tecido
a ser irradiada (braquiterapia). Essas fontes podem
ser aplicadas por um determinado período de tempo
e depois retiradas – como é feito, por exemplo, em
tratamentos de câncer de útero – ou ser implantadas
no corpo do paciente, como no tratamento de câncer a)15.
de próstata. b)54.
Outro uso da radiação em medicina é a irradiação c)84.
de sangue com raios gama. Esse método é usado d)100.
no sangue a ser ministrado em pacientes que têm e)120.
deficiência imunológica. Entre outras coisas, o
Química

tratamento com a radiação diminui a quantidade de 3) (FUVEST) Considere os seguintes materiais:

linfócitos T (células de defesa) no sangue doado, o I) Artefato de bronze (confeccionado pela civilização
que reduz em muito no paciente o risco de rejeição doinca)
órgão ou do tecido transplantados. II) Mangueira centenária (que ainda produz frutos nas

Divertimentos
ruas de Belém do Pará)
III) Corpo humano mumificado (encontrados em
tumbas do antigo Egito)
O processo de datação com carbono-14, é adequado
com o professor para estimar a idade apenas
a)Do material I
1) (UFSCAR) Em 1999, foi estudada a ossada do b)Do material II
habitante considerado mais antigo do Brasil, uma c)Do material III
mulher que a equipe responsável pela pesquisa d)Dos materiais I e II
convencionou chamar Luzia. A idade da ossada foi e)Dos materiais II e III
determinada como sendo igual a 11.500 anos. Suponha
que, nesta determinação, foi empregado o método de 4) (UNIFESP)60 anos após as explosões das bombas
dosagem do isótopo radioativo carbono-14, cujo tempo atômicas em Hiroshima e Nagasaki, oito nações,
de meia-vida é de 5.730 anos. Pode-se afirmar que a pelo menos, possuem armas nucleares. Esse fato,
quantidade de carbono-14 encontrada atualmente na associado a ações terroristas, representa uma ameaça
ossada, comparada com a contida no corpo de Luzia ao mundo. Na cidade de Hiroshima foi lançada
por ocasião de sua morte,é aproximadamente igual a: uma bomba de urânio-235 e em Nagasaki uma de
a) 100% do valor original. plutônio-239, resultando em mais de cem mil mortes
b) 50% do valor original. imediatas e outras milhares como conseqüência
c) 25% do valor original. da radioatividade. As possíveis reações nucleares
d) 10% do valor original. que ocorreram nas explosões de cada bomba são
e) 5% do valor original representadas nas equações:

Cooperativa 52
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VERSO

Nas equações, Z, X, A e o tipo de reação nuclear são, árvore cortada no período do Antigo Egito (3.200 a.C.
respectivamente,
a)52, Te, 140 e fissão nuclear.
b)54, Xe, 140 e fissão nuclear.
c)56, Ba, 140 e fusão nuclear.
d)56, Ba, 138 e fissão nuclear.
e)56, Ba, 138 e fusão nuclear.
a) Qual o nome do processo natural pelo qual os
vegetais incorporam o carbono?
b) Poderia um artefato de madeira, cujo teor
determinado de 14 C corresponde a 25% daquele
presente nos organismos vivos, ser oriundo de uma
a 2.300 a.C.)? Justifique.
c) Se o 14 C e o 14 N são elementos diferentes que
possuem o mesmo número de massa, aponte uma
característica que os distingue.
7) (UFRJ) O tecnécio meta-estável é utilizado como
reagente de diagnóstico radiológico, pois emite

Divertimentos
exclusivamente radiação gama. Além disso, o tecnécio
pode ser utilizado na forma do íon pertecnetato
(TcO-4), que se comporta no corpo de forma
semelhante aos íons cloreto e iodeto, e é facilmente
necessários eliminado pelos rins.
Um laboratório de análises preparou 2 gramas de
5) (FUVEST) Mediu-se a radioatividade de uma tecnécio meta-estável às 18 h de segunda-feira para
amostra arqueológica de madeira, verificando-se que realizar um exame marcado para as 12 h do dia seguinte.
o nível de sua radioatividade devida ao carbono-14 Sabendo que a meia-vida deste radioisótopo é de 6
era 1/16 do apresentado por uma amostra de madeira horas, calcule a quantidade de tecnécio metaestável
recente. Sabendo-se que a meia-vida do isótopo 6C14 que estará disponível no horário do exame.
é 5,73 x 103 anos, a idade, em anos, dessa amostra é:
8) (VUNESP) A tomografia PET permite obter

Química
a) 3,58 x 102 . imagens do corpo humano com maiores detalhes,
b) 1,43 x 103 . e menor exposição à radiação, do que as técnicas
c) 5,73 x 103 . tomográficas atualmente em uso. A técnica PET
d) 2,29 x 104 . utiliza compostos marcados com 6C11 . Este isótopo
e) 9,17 x 104 . emite um pósitron +1β0 , formando um novo núcleo,
em um processo com tempo de meia-vida de 20,4
6) (UNICAMP-SP) O homem, na tentativa de melhor minutos. O pósitron emitido captura rapidamente um
compreender os mistérios da vida, sempre lançou mão elétron, -1β0 , e se aniquila, emitindo energia na forma
de seus conhecimentos científicos e/ou religiosos. A de radiação gama.
datação a) Escreva a equação nuclear balanceada que
por carbono quatorze é um belo exemplo da representa a reação que leva à emissão do pósitron. O
preocupação do homem em atribuir idade aos objetos núcleo formado no processo é do elemento B (Z = 5),
e datar os acontecimentos. Em 1946 a Química C (Z= 6), N (Z = 7) ou O (Z = 8)?
forneceu as bases científicas para a datação de artefatos b) Determine por quanto tempo uma amostra de
arqueológicos, usando o 14 C. Esse isótopo é produzido 6C
11
pode ser usada, até que sua atividade radioativa
na atmosfera pela ação da radiação cósmica sobre o se reduza a 25% do seu valor inicial.
nitrogênio, sendo posteriormente transformado em
dióxido de carbono. Os vegetais absorvem o dióxido 9) (UFRJ) Estima-se que, no Brasil, a qualidade
de carbono e, através da cadeia alimentar, a proporção de alimentos desperdiçados seria suficiente para
de 14 C nos organismos vivos mantém-se constante. alimentar 35 milhões de pessoas. Uma das maneiras
Quando o organismo morre, a proporção de 14 C nele de diminuir esse desperdício é melhorar a conservação
presente diminui, já que, em função do tempo, se dos alimentos. Um dos métodos disponíveis para tal
transforma novamente em 14 N. Sabe-se que, a cada fim é submeter os alimentos a radiações ionizantes,
período de 5.730 anos, a quantidade de 14 C reduz-se reduzindo, assim, a população de microorganismos
à metade. responsáveis por sua degradação.

53 Cooperativa
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FRENTE
 A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, observa-se
que, após 39 horas, formaram-se 17,5 mg de Zn-64.
Sendo assim, o tempo necessário para que metade da
Uma das tecnologias existentes emprega o isótopo de massa inicial de Cu-64 sofra decaimento é cerca de
número de massa 60 do Cobalto como fonte radioativa.
Esse isótopo decai pela emissão de raios gama e de Observação:
uma partícula β e é produzido pelo bombeamento
de átomos de Cobalto de número de massa 59 com
nêutrons.
a)Escreva a reação de produção do Cobalto-60 a partir 64 = número de massa
do Cobalto-59 e a reação de decaimento radioativo do 29 = número atômico
Cobalto-60.
b)Um aparelho utilizado na irradiação de alimentos a)6 horas.
emprega uma fonte que contém, inicialmente, 100 b)13 horas.
gramas de Cobalto-60. c)19 horas.
Admitindo que o tempo de meia-vida do Cobalto-60 d)26 horas.
seja de cinco anos, calcule a massa desse isótopo e)52 horas.
presente após quinze anos de utilização do aparelho.
13)(UNESP)O radioisótopo 226 Ra pode ser
10) (UNESP) Um radioisótopo, para ser adequado transformado em bismuto, conforme a seqüência
para fins terapêuticos, deve possuir algumas
qualidades, tais como: emitir radiação gama (alto
poder de penetração) e meia-vida apropriada. Um dos
Química

isótopos usados é o tecnécio-99, que emite este tipo

de radiação e apresenta meia-vida de 6 horas. Qual
o tempo necessário para diminuir a emissão dessa em que -α e -β representam decaimento radioativo
radiação para 3,125% da intensidade inicial? com emissão de partículas alfa e beta, respectivamente.
a)12 horas. Os valores abaixo das setas representam a meia-vida
b)18 horas. do processo e estão expressos em: a = anos; d = dias;
c)24 horas. min = minutos e s = segundos.
d)30 horas. É correto afirmar que:
e)36 horas. a)após 1 600 anos, 1 kg de 226 Ra resultará em 0,5 kg
de 226 Ra e 0,5 kg de 222 Rn.
11) (UNESP) Os radioisótopos são isótopos b)a etapa lenta no processo de decaimento é .
radioativos usados no tratamento de doenças. Várias c)ao final do processo de decaimento, 210 Bi é
espécies de terapias para câncer utilizam radiação para transformado em 226 Ra, fechando o ciclo.
destruir células malignas. O decaimento radioativo é d)em recipiente de chumbo, o processo de decaimento
discutido, normalmente, em termos de meia-vida, t1/2, radioativo seria evitado.
o tempo necessário para que metade do número inicial e)é impossível preservar uma amostra composta
dos nuclídeos se desintegre. Partindo-se de 32,0 g do apenas por 226 Ra por mais de um dia.
131
isótopo 53I e sabendo que seu tempo de meia-vida é 8
dias, 14)(UNIFESP) Quando se fala em isótopos
a)determine quantas meias-vidas são necessárias radioativos, geralmente a opinião pública os associa a
para que a massa original de iodo se reduza a 8,0 g, elementos perigosos, liberados por reatores nucleares.
e quantos gramas de iodo terão sofrido desintegração No entanto, existem isótopos de elementos naturais
após 24 dias; que estão presentes no nosso dia-a-dia. O gráfico
b)qual o tempo transcorrido para que a massa original mostra a cinética de desintegração do rádio-226, que
de iodo seja reduzida a 1,0 g. pode estar presente em materiais de construção, em
geral em concentrações muito baixas para que se
12) (FUVEST) O isótopo radioativo Cu-64 sofre possa comprovar qualquer relação com danos à
decaimento β, conforme representado:

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VERSO
 Fique
saúde. As coordenadas de um ponto do gráfico são
indicadas na figura.
- Atento
Neste capítulo você aprendeu que a radioatividade
é um fenômeno nuclear onde ocorre a emissão
espontânea das partículas alfa e beta e da radiação
eletromagnética gama gerando as transmutações
atômicas. Também aprendeu as aplicações da
energia nuclear como a fissão, fusão e datação com
carbono-14.

A meia-vida desse isótopo, em anos, é igual a

a)1400.
b)1500.
c)1600.
d)1700.
e)1800.

Química
15)(FUVEST) Para diagnósticos de anomalias
de glândulas tireóide, por cintilografia, deve ser
introduzido no paciente, iodeto de sódio, em que o
ânion iodeto é proveniente de um radioisótopo do
iodo (número atômico 53 e número de massa 131). A
meia-vida efetiva desse isótopo (tempo que decorre
para que metade da quantidade do isótopo deixe de
estar presente na glândula) é de aproximadamente 5
dias.

a. O radioisótopo em questão emite radiação β. O

elemento formado nessa emissão é 52Te, 127 I ou 54Xe?
Justifique.
b. Suponha que a quantidade inicial do isótopo na
glândula (no tempo zero) seja de 1,000g e se reduza,
após certo tempo, para 0,125mg. Com base nessas
informações, trace a curva que dá a quantidade
do radioisótopo na glândula em função do tempo,
colocando os valores nas coordenadas adequadamente
escolhidas

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FRENTE
 Gabaritos
Divertimentos Necessários

5)B
6)A
7)F, V, V, V, V, V
FRENTE: Pauling
8)E
MÓDULO 01: Modelos Atômicos
9)F, F, F, V
10)F, V, V
Divertimentos com o Professor
MÓDULO 04: Propriedades Periódicas
1)A
2)B
Divertimentos com o Professor
3)D
4)B
1)D
5)D
2)
a) Do sódio para o magnésio ocorre o aumento da
Divertimentos Necessários
carga nuclear, maior atração nuclear pelos elétrons de
valência logo, maior energia de ionização.
6)V, F, F
b) Ocorre mudança para o nível mais interno..
7)C
3) A
8)A
4) D
9)F, V, V, V, V, V
5) C
10)C
Divertimentos Necessários
MÓDULO 02: Modelo de Bohr
6)C
Química

Divertimentos com o Professor

7)D
8)B
1)C
9)B
2)A
10)C
3)01+04+08 = 13
11)A
4)B
12)D
5)B
13)D
Divertimentos Necessários
14)
a) A energia necessária para arrancar o segundo
6) A
elétron é maior do que a necessária para arrancar o
7) E
primeiro e assim sucessivamente.
8) D
b) Ocorre mudança para o nível mais interno.
9) E
10) C
11) B FRENTE: Lavoisier
12) A MÓDULO 01: Matéria e suas Propriedades

MÓDULO 03: Tabela Periódica Divertimentos com o Professor

Divertimentos com o Professor 11)A

1)B 12)C
2)D 13)C
3)B 14)B
4)Pares A-C e B-D , pertencem a mesma família.
Divertimentos Necessários

5) a)

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VERSO
 Divertimentos Necessários

5) A
6) B
7) N2, Ar e O2
8) E
9) C
10) E
11) B
12) C

13) Primeira etapa: filtração para separar o cloreto

de prata (fase sólida) dos outros componentes;
b) A margarina light tem metade do teor de gordura Segunda etapa: destilação fracionada para a obtenção
“normal”, portanto a gordura da margarina light custa da acetona a partir da coluna de fracionamento e do
duas vezes mais. condensador; Terceira etapa: destilação simples para
separar a água do cloreto de sódio que restará no balão
6) de destilação.
a) Evaporação e condensação
b) Evaporação: superfície da água salobra; MÓDULO 03: Radioatividade
Condensação: superfície do plástico transparente.
c) A evaporação absorve energia proveniente do Sol. Divertimentos com o Professor

7) Pelo volume. Como a densidade é inversamente 11)a) Po, Pb e Pb

proporcional ao volume, quanto maior o volume b) Por ser um gás nobre se encontra no estado gasoso.
12)E

Química
menor será a densidade, uma vez que os líquidos
possuem massas iguais, portanto, Vetanol > Vágua > 13)a) Alfa
Vclorofórmio. b) 92U234 → 2α4 + 90X230
4) D
8) E 5) E
9) A
Divertimentos Necessários
10) O frasco B contém água porque apresenta maior
densidade que o álcool, e o frasco A contém álcool. 6) C
7) V, F, F, F
11) B 8) a) 88Ra223 → 2α4 + 86Rn219
12) B b) 82Pb212 → 2α4 + 80Bi208
13) A 9) B
14) D 10) A
15) B 11) a) x = 15 e y = 30
16) D b) x = número atômico e y = número de massa
12) A
MÓDULO 02: Separação de Misturas
MÓDULO 04: Desintegrações Radioativas
Divertimentos com o Professor
Divertimentos com o Professor
1)
a) I, areia 3)C
b) III, sal de cozinha (NaCl) 4)C
5)C
2) D 6)D
3) A
4) E

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FRENTE
 Divertimentos Necessários.

7)D

8)
a) Fotossíntese
b)Não, pois o artefato de madeira com teor de
carbono-14 igual a 25% do presente nos organismos
vivos deve ter sido produzido há 11460 anos, ou seja,
desde sua produção transcorreram duas meias vidas,
portanto, esse objeto foi produzido por volta do ano
9460 a.C., ou seja, numa época anterior ao antigo
Egito.
c)Número de prótons

9)0,25 g

8)
a) 6C11 → -1β0 + 5B11
b) 40,8 minutos

9)
a) 27Co59 + 0n1 → 27Co60 / 27Co
60
→ -1β0 + 28X60
b) 12,5 g

10) D
Química

11) a) São necessário duas meias vidas; 28 g

b) 40 dias
12) B
13) E
14) C
15)a) Xenônio
b)

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VERSO
Biologia
Biologia

Frente
Cooperativa

Verso
 Frente - Kerr
MÓDULO 01: A Origem da Vida
“No início tudo eram Trevas...”.
Parece bíblico, mas as respostas para as perguntas:
- “DE ONDE EU VIM?”- ou
- “PARA ONDE EU VOU?”- que você certamente já se fez, são pertinentes ao ato de pensar e presentes desde
que o Homem é Homem.
Para te ajudar a buscar essas respostas, devemos consultar as Teorias de alguns cientistas que trataram de rela-
cionar provas científicas sobre as origens do Universo e da Vida.
Neste capítulo você vai conhecer as idéias sobre a origem da vida, bem como as moléculas orgânicas e inorgâni-
cas ligadas diretamente a essa origem e à sua manutenção. Vai conhecer as células, que compõem todos os seres
vivos, e as estruturas que estão em seus interiores.
Ao final deste capítulo você deverá:
- Conhecer as teorias da origem da vida;
- Conhecer as moléculas que formam os seres vivos e suas funções;
- Entender a membrana celular como parte atuante das células;
- Conhecer as organelas celulares e suas funções;
- Entender as funções do núcleo celular.
As Origens da Vida (Big-Bang)
George Gamow propôs, em 1947, a Teoria da Grande
Explosão, segundo a qual o Universo teria surgido a
partir de uma gigantesca explosão denominada Big-
Bang, há cerca de 15 bilhões de anos. Essa explosão
teria dado origem a todo tempo, espaço, energia e
matéria presentes até os dias de hoje. Esse momento
foi batizado de Singularidade, pois só teria acontecido
essa única vez.
Você poderia se perguntar: -Mas quem estava lá para
ver a tal explosão?
Existem indícios dessa explosão ainda hoje, tais
como a expansão do Universo e a presença de grande
massa de átomos simples, como o Hidrogênio,

dispersos pelo espaço. Essas partículas se
aglomerariam como reza a Lei da Gravitação de
Newton e terminariam por se fundir em meio a
grandes massas e altas temperaturas. Com a fusão
nuclear (que você estudará na Física e na Química) e
a formação de novos átomos, teríamos as moléculas
atuais e uma fonte de energia constante para a
manutenção da vida na Terra: o Sol.
Os Primeiros Seres Vivos
Há 4,6 bilhões de anos, nosso planeta era uma esfera
incandescente de rocha líquida, onde a vida não era
possível da maneira como a conhecemos. Entretanto,
após cerca de 700 milhões de anos, o resfriamento
da crosta possibilitaria a formação de água no estado
líquido - nosso Elixir da Vida.
Junto com a crosta foi formada também a atmosfera
primária com muito metano (CH4), vapor de água
(H2O), amônia (NH3), monóxido de carbono (CO),
dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2), hidrogênio
(H2) e de ácido sulfídrico (H2S) (fig 1). Essas
01
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Biologia
Fig. 1 - Representação da Terra primitiva
moléculas se combinaram para formar os primeiros
compostos orgânicos simples como a uréia, os
nucleotídeos, os aminoácidos e os monossacarídeos.
O aparecimento dos microorganismos foi possível
graças à combinação daquelas moléculas que vimos
na atmosfera primária e que seriam base para formar
aminoácidos, nucleotídeos e carboidratos que se
aglomeraram em coacervados (bolhas de matéria
orgânica).
Em um certo momento, que alguns chamam de
milagre, outros de acaso, toda a história da Terra se
modificou. Uma das bolhas se reproduziu e passou a
se multiplicar e sofrer ação de processos evolutivos,
Cooperativa

FRENTE
 que estudaremos posteriormente.
O gás oxigênio (O2) só apareceu milhões de anos
depois, pela ação de microorganismos que tinham a
capacidade de realizar a fotossíntese - um processo
que vamos estudar mais tarde.
Teóricos e Teorias
Certamente as primeiras idéias sobre a origem da vida
tiveram um cunho religioso até chegar em teorias
cientificamente comprovadas, ou seja, baseadas
em fatos. A teoria religiosa para o início da vida é
chamada de Teoria Criacionista. Segundo esta teoria,
uma intervenção divina propiciou o aparecimento dos
seres vivos.
Aristóteles, o Grego, que se aventurava no mundo
das idéias como ninguém, em 375 a.C., observou o
fato de sapos emergirem das poças de água e vermes
saírem das carnes podres.
Criou então a Teoria da Abiogênese. De acordo com
essa teoria, os seres surgiriam a todo instante a partir
das matérias inorgânicas, como: a água, a terra, o fogo
e o ar, se somados a um princípio bioativo.
A famosa receita de ratos de Jean Baptiste van
Helmont que data do séc. XVI, é uma prova de que
essa teoria vigorou por muitos anos.
Receita para Formar Ratos:
Ingredientes:
- Um bom naco de carne;
- Um pão velho e seco ou cevada;
- Uma camisa de mulher suada.
Biologia
Modo de preparo:
Deixar os ingredientes juntos em um porão silencioso
por uma ou duas semanas na escuridão e sem muita
umidade é o bastante para obtermos a produção de
pequenos ratos.
Você pode estar pensando:- “Esse cara é louco ou
bobo? Claro que ele terá ratos, pois eles vão procriar
no porão logo que uma rata grávida for atraída para
esse ambiente”.
Acontece que a ciência do século XVI era baseada na
observação de fatos e nos ensinamentos de Aristóteles,
que acreditava na força vital que as mulheres gerariam
em seu interior para fazer vingar a semente (esperma)
que o homem poria em seu ventre. Grandes cientistas
da época, como Newton e Descartes, apoiavam essas
idéias que só foram perder sua força no século XIX
(se você vivesse nesse tempo também acreditaria,
provavelmente).
Nos idos de 1860, um pesquisador chamado Louis
Pasteur começou a trabalhar com frascos de vidro
Cooperativa
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VERSO
com pescoços longos e curvos que chamou de pescoço
de cisne (fig. 2). Neles Pasteur colocava soluções
nutritivas contendo sangue e outras substâncias que
certamente fariam crescer bactérias se estivessem
expostas ao ar.
Fig. 2 - Frasco pescoço de
cisne com substância nutritiva.
Ao ferver essa solução, Pasteur matava os possíveis
microorganismos presentes e a substância não
entrava em decomposição, contrariando os cientistas
da época que diziam que a vida se formaria apenas
dos elementos presentes no frasco. Ora, se isso fosse
possível, os micróbios se formariam mesmo que o
frasco tivesse sido fervido.
Acontece que o pescoço em S do frasco servia como
filtro para as bactérias do ar e assim que fosse fervido
(esterilizado) ficaria preservado por muito tempo.
Como os cientistas Abiogenistas teimavam em afirmar
que a vida se formaria no frasco se Pasteur não tivesse
“matado o princípio vital” com o aquecimento, ele
mostrou que bastaria quebrar o gargalo curvo do
frasco que o líquido se degradava em poucas horas.
Você já tomou leite pasteurizado?
O princípio para obtê-lo é muito parecido com o
descrito por Pasteur, e é por isso que você pode
beber o leite sem medo de estar ingerindo bactérias
patogênicas.
Com esses experimentos Pasteur comprovou que
todos os seres vivos são originados APENAS de outros
seres vivos e que a vida somente surge de outra vida
prévia.
Essa teoria ficou conhecida como Teoria da Biogênese
e foi defendida por Spalanzanni (com seus tubos de
ensaio esterilizados) e Francesco Redi (que envolvia
os frascos com carne com uma tela, impedindo o
acesso das moscas que punham ovos).
“-Mas se um ser vivo só se origina de outro ser vivo,
como foi que apareceu o primeiro ser vivente?” -você
pode estar se perguntando.
Para responder a essa sua pergunta devemos consultar
o livro A Origem da Vida do pesquisador russo
Ivanovich Oparin, que sequencia os passos que vimos
no início deste módulo.
Segundo Oparin, tempestades elétricas e radiações
ultravioleta promoveram a transformação das
moléculas da atmosfera primária em moléculas
orgânicas simples, como aminoácidos e
monossacarídeos, formando a Sopa Primordial. Ele
reforçou a idéia de que moléculas orgânicas poderiam
02
ser produzidas fora do corpo dos seres vivos graças
aos trabalhos do químico alemão Friedrich Wohler,
que produziu uréia a partir de amônia em seu
laboratório, em 1828.
Em 1953, Stanley Lloyd Miller e seu professor
Harold Cleyton Urey realizaram experimentos que
simulavam as condições da Terra primitiva descritas
por Oparin em um aparelho (fig. 3) e, com isso,
conseguiram produzir aminoácidos e compostos
orgânicos simples.
Com o passar de milhões de anos, o alimento teria se
tornado escasso e outra forma de obtenção de energia
se fez necessária. Graças a algumas mutações, alguns
microorganismos, há 2,3 bilhões de anos, passaram a
realizar a Fotossíntese:
A proliferação desses seres pelos mares da Terra
aumentou em apenas 300 milhões de anos a
concentração de oxigênio da atmosfera para cerca
de 1%. Desde então, a quantidade desse gás vital
aumentou muito e chega hoje a quase 21% do ar que
você respira, perdendo em quantidade apenas para o
nitrogênio.
Os seres aeróbicos surgiram então oxidando os
compostos orgânicos, o que produzia muito mais
energia com o consumo da mesma quantidade de
nutrientes que os anaeróbicos. E não só isso. O
gás carbônico era devolvido integralmente para a
atmosfera, criando uma certa dependência entre os
seres aeróbios e os fotossintetizantes pela ação da
Respiração Celular:

Você pode estar confuso, mas não se preocupe, pois

até os cientistas ficam assim. Ainda hoje se discute
Fig. 3 - Representação do experimento sobre as origens da vida e a natureza dos primeiros
de Urey e Miller. seres vivos, principalmente se considerarmos a ação
Em seu experimento, Miller verificou a formação de organismos
de pequenos glóbulos de matéria orgânica que quimiossintetizantes ( ou quimiolitoautotróficos )
comprovavam a formação de coacervados na Terra que obtêm sua matéria orgânica usando a energia das
primitiva. Esses coacervados seriam um importante reações decompostos inorgânicos como as sulfono-

Biologia
passo para a origem das primeiras células. No bactérias e as ferrobactérias.
instante em que estes coacervados passaram a se Essas bactérias vivem em condições semelhantes às
reproduzir, a vida deu seu primeiro passo “no lodo e da Terra primitiva, próximas a fontes vulcânicas, no
no barro”. fundo do mar, transformando gás carbônico (CO2)
A forma de nutrição desses primeiros seres vivos e ácido sulfídrico (H2S) em alimento, como na
passou então a ser o principal foco de discussões. equação abaixo:
A primeira idéia era que se os primeiros seres vivos
fossem fotossintetizantes, fabricariam alimento e
oxigênio para os seres heterótrofos que surgiriam Alguns poliquetas gigantes (anelídeos marinhos),
depois. Essa idéia foi batizada de Teoria Autotrófica, com até 2 metros de comprimento possuem essas
mas foi rebatida quando se verificou o grau de bactérias em seu interior (em mutualismo). Esses
complexidade da fotossíntese em comparação a outros poliquetas servem de alimento para outros peixes,
processos como a fermentação e a quimiossíntese. formando um bizarro ecossistema marinho que pode
Segundo a Teoria Heterotrófica que surgiu logo em ser uma réplica do que aconteceu há milhões de anos.
seguida, os primeiros seres provavelmente seriam Essas idéias formam a Teoria Autotrófica Atual (ou
heterótrofos fermentadores, pois a fermentação é a Teoria Quimioautotrófica) da formação da vida e
forma mais simples de se obter energia das moléculas têm ganhado muitos adeptos.
orgânicas sem a necessidade do oxigênio (que ainda Os argumentos que reforçam essa teoria dizem que o
não existia na atmosfera). DNA e o RNA ficariam muito expostos se estivessem
em contato direto com o ar e a radiação ultravioleta do
Sol, obrigando os seres vivos originais a sobreviverem
nas profundezas escuras dos oceanos.
03 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 Outra teoria com muitos adeptos (incluindo o cientista
Carl Sagan) é a teoria chamada Panspermia Cósmica.
Por essa teoria, moléculas orgânicas estariam
presentes por todo Universo e através de cometas e
meteoritos chegariam até nosso planeta, podendo dar
início a toda uma linhagem de coacervados e, quem
sabe, aos primeiros seres vivos.
O interessante é que um cometa viajando a milhares
de quilômetros por hora que caísse em seu jardim não
seria um ponto de origem de novas formas de vida,
mas sim da destruição total de sua casa, sua cidade e
quem sabe até de toda vida na Terra.
O corpo que pode trazer vida e diversidade para
os planetas também pode arrasar com toda ela,
dependendo do tamanho deste cometa.
Leitura
complementar
Do que somos feitos?
Após tantas teorias você pode estar se perguntando:
“E como chegamos aos dias de hoje com
tantos tipos de seres vivos?”.
Para responder isso devemos lembrar que não
existe ninguém igual a você na face da Terra e que essa
diversidade acontece com todas as espécies.
Chamamos a isso de Biodiversidade. Esta
é importantíssima para que espécies (como a nossa)
não sejam extintas por doenças e pragas.
A Biodiversidade surge a partir de mutações e
recombinações que são selecionadas pelo ambiente,
num processo que estudaremos mais tarde,
Biologia
no capítulo EVOLUÇÃO.
O interessante por enquanto é você saber que esse
processo teria “escolhido” os seres “melhores”
e permitido que estes se reproduzissem.
Inicialmente, os seres seriam semelhantes às
Arqueobactérias ou bactérias antigas (archeo = antigo),
que vivem em ambientes inóspitos, como o lodo do
pântano e o fundo do mar.
As bactérias são chamadas de Procariontes porque
elas não apresentam o envoltório nuclear ou qualquer
outra estrutura interna (com exceção dos ribossomos)
que vamos chamar a partir de agora de organelas. Essa
característica se mantém nas Eubactérias, que vivem
em ambientes mais comuns, sendo heterótrofas
(precisam se alimentar de outras fontes) ou
autótrofas (produzem seu próprio alimento),
como as Cianobactérias.
Essas bactérias se associariam entre si, se ajudando
mutuamente, até ficarem indivisíveis em alguns casos.
Segundo a pesquisadora Lynn Margulis, as
associações de mutualismo entre bactérias especiais,
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VERSO
deram origem às organelas celulares como as
mitocôndrias, cloroplastos e os flagelos. Essas organelas
aumentaram muito o poder adaptativo dos seres primitivos
e a partir da seleção positiva deles teríamos então as
células Eucariontes, que têm esse nome por
possuírem núcleo verdadeiro.
Os primeiros estudos com células foram feitos a
partir da invenção do microscópio, no início do séc. XVI,
pelos holandeses Jansen. Mas só a partir dos trabalhos
de Antonie van Leewenhoek (1632-1723), nos meados
do séc. XVII, é que a Citologia tomou ares de Ciência.
Com seus estudos sobre a vida dos micróbios,
Leewenhoek fez descobertas fascinantes como a
presença do espermatozóide no sêmen e os
protozoários da água. Graças a esses estudos,
Leewenhoek ficou conhecido como
pai da Microbiologia e estimulou os trabalhos de Robert
Hooke (1635-1703).
Hooke construiu um microscópio composto com uma
lente ocular e uma objetiva, em um padrão que é usado
até hoje. Com esse aparelho Hooke visualizou a casca
de uma árvore (cortiça) com bolhas microscópicas que
ele batizou como células (cell), nome usado até por você
nos dias de hoje.
No início do séc. XIX já se sabia que a célula possuía
três partes fundamentais: membrana, citoplasma e
núcleo, mas só alguns anos depois é que se aceitou a
Teoria Celular, que diz:
- “A CÉLULA É A UNIDADE
FISIOMORFOLÓGICA DE TODOS
OS SERES VIVOS” ;
e que:
- “TODOS OS SERES VIVOS SÃO
COMPOSTOS POR CÉLULAS”.
Hoje, nós temos que dividir as células em três
grupos diferentes para podermos estudá-las melhor:
- Células Procariontes: possuem parede celular e
membrana celular que limita o citoplasma. Nesse
citoplasma podemos observar apenas os ribossomos e o
material genético disperso.
- Células Eucariontes Animais: neste tipo celular
vemos ao microscópio eletrônico a presença de várias
organelas (como o retículo endoplasmático e o centríolo)
mergulhadas no citoplasma, que é limitado apenas pela
membrana plasmática. Em meio à célula, é possível
distinguir o material genético separado do citoplasma
por uma membrana: a carioteca ou envoltório nuclear.
- Células Eucariontes Vegetais: este tipo celular possui
um vacúolo central bem evidente, bem como a presença
dos cloroplastos e as mitocôndrias envoltas pelo
citoplasma, que é limitado pela membrana plasmática e
a parede celular característica. Nestas células não temos
o centríolo, mas o material genético também é limitado
pelo envoltório nuclear.
04
Divertimentos
3) (UNESP) Segundo a teoria de Oparin, a vida na
Terra poderia ter sido originada a partir de substâncias
orgânicas formadas pela combinação de moléculas,
como metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água,
com o professor que compunham a atmosfera primitiva da Terra.
A esse processo seguiram-se a síntese protéica nos
1) (PUCRS) Recentes descobertas sobre Marte, feitas mares primitivos, a formação dos coacervados e o
pela NASA, sugerem que o Planeta Vermelho pode surgimento das primeiras células. Considerando os
ter tido vida no passado. Esta hipótese está baseada processos de formação e as formas de utilização dos
em indícios: gases oxigênio e dióxido de carbono, a seqüência
mais provável dos primeiros seres vivos na Terra foi:
a) da existência de esporos no subsolo marciano.
b) da presença de uma grande quantidade de oxigênio a) autotróficos, heterotróficos anaeróbicos e
em sua atmosfera. heterotróficos aeróbicos.
c) de marcas deixadas na areia por seres vivos. d) da b) heterotróficos anaeróbicos, heterotróficos
existência de água líquida no passado. e) de sinais de aeróbicos e autotróficos.
rádio oriundos do planeta. c) autotróficos, heterotróficos aeróbicos e
heterotróficos anaeróbicos.
2)(UNICAMP) Em 1953, Miller e Urey realizaram d) heterotróficos anaeróbicos, autotróficos e
experimentos simulando as condições da Terra heterotróficos aeróbicos.
primitiva: e) heterotróficos aeróbicos, autotróficos e
supostamente altas temperaturas e atmosfera heterotróficos anaeróbicos.
composta pelos gases metano, amônia, hidrogênio e
vapor d’água, sujeita a descargas elétricas intensas. 4) (ENEM) Na solução aquosa das substâncias
A figura a seguir representa o aparato utilizado por orgânicas prebióticas (antes da vida), a catálise
Miller e Urey em seus experimentos. produziu a síntese de moléculas complexas de toda
classe, inclusive proteínas e ácidos nucléicos. A
natureza dos catalisadores primitivos que agiam
antes não é conhecida. É quase certo que as argilas
desempenharam papel importante: cadeias de
aminoácidos podem ser produzidas no tubo de ensaio
mediante a presença de certos tipos de argila. (...)

Biologia
Mas o avanço verdadeiramente criativo - que pode,
na realidade, ter ocorrido apenas uma vez - ocorreu
quando uma molécula de ácido nucléico “aprendeu”
a orientar a reunião de uma proteína, que, por sua vez,
ajudou a copiar o próprio ácido nucléico. Em outros
termos, um ácido nucléico serviu como modelo para
a reunião de uma enzima que poderia então auxiliar
na produção de mais ácido nucléico. Com este
2)(UNICAMP) Em 1953, Miller e Urey realizaram desenvolvimento apareceu o primeiro mecanismo
experimentos simulando as condições da Terra potente de realização. A vida tinha começado.
Adaptado de: LURIA, S.E. “Vida: experiência inacabada”.
primitiva: supostamente altas temperaturas e atmosfera
Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1979.
composta pelos gases metano, amônia, hidrogênio e Considere o esquema abaixo:
vapor d’água, sujeita a descargas elétricas intensas.
A figura a seguir representa o aparato utilizado por
Miller e Urey em seus experimentos.

a) Qual a hipótese testada por Miller e Urey neste

experimento?
b) Cite um produto obtido que confirmou a hipótese.
c) Como se explica que o O2 tenha surgido
posteriormente na atmosfera?

05 Cooperativa
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FRENTE
 O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto “O processo metabólico no qual os seres empregam
deve ter ocorrido no período (em bilhões de anos) energia luminosa na produção de compostos
compreendido aproximadamente entre orgânicos exige um grau elevado de complexidade
estrutural e funcional. Isso implica que os primeiros
a) 5,0 e 4,5. seres vivos possuíam um sistema enzimático bastante
b) 4,5 e 3,5. desenvolvido”.
c) 3,5 e 2,0. Marque a alternativa que associa corretamente o texto
d) 2,0 e 1,5. à teoria sobre a origem da vida.
e) 1,0 e 0,5.

Divertimentos
a) Abiogênese
b) Panspermia dirigida
c) Hipótese autotrófica
d) Biogênese
necessários e) Associação endossimbiótica

5) (UFRS) Existem teorias sobre a origem da vida
na Terra que relacionam a constituição química de
componentes celulares dos seres vivos da atualidade
com evidências geológicas. A presença de átomos
de hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio nas
moléculas dos seres vivos pode estar relacionada com
a abundância, na atmosfera primitiva da Terra, das
seguintes substâncias:
a) gás nitrogênio, gás oxigênio, gás carbônico e vapor
d’água.
b) nitrato de potássio, mercúrio, ácido clorídrico e
metano.
c) cloro-flúor-carbono, nitratos, gás oxigênio e cloreto
de sódio.
d) vapor d’água, gás hidrogênio, gás metano e amônia.
e) gás metano, ácido cianídrico, cloro-flúor-carbono a) A presença de oxigênio na atmosfera primitiva é
e vapor d’água.
Biologia
8) (UERJ) A procura de formas de vida em nosso
sistema solar tem dirigido o interesse de cientistas
para Io, um dos satélites de Júpiter, que é coberto
por grandes oceanos congelados. As condições na
superfície são extremamente agressivas, mas supõe-
se que, em grandes profundidades, a água esteja em
estado líquido e a atividade vulcânica submarina seja
freqüente.
Considerando que tais condições são similares às do
bioma abissal da Terra, aponte o tipo de bactéria que
poderia ter se desenvolvido em Io, e indique como
esse tipo de bactéria obtém energia para a síntese de
matéria orgânica.
9) (FATEC) Sobre a origem da vida é correto afirmar:
uma evidência de que o processo de fotossíntese foi

utilizado pelas primeiras formas de vida.

6) (UFP) A atmosfera da Terra primitiva era composta b) Os primeiros seres vivos eram heterótrofos e
por gases simples, como vapor d’água, hidrogênio, obtinham energia por meio da fermentação.
metano e amônia. Esses gases continham os c) Moléculas orgânicas complexas existentes nos
ingredientes básicos necessários para a vida. Em cada mares primitivos indicam ter sido a respiração
um dos gráficos a seguir, o eixo vertical representa aeróbica o primeiro processo de obtenção de energia
quantidades e o horizontal, o tempo. Supondo que utilizado pelos seres vivos.
a quantidade de aminoácidos, numa seção do mar d) Os primeiros seres vivos eram autótrofos e
primitivo, aumentou ao longo de um determinado obtinham energia por meio da fermentação ou da
tempo, qual dos gráficos a seguir pode representar respiração aeróbica.
melhor a quantidade de amônia no mesmo período de e) Os primeiros seres eram heterótrofos e obtinham
tempo? energia por meio da respiração aeróbica.

10) (PUCRS)
O aparelho cuja montagem é representada abaixo permitiu
verificar a possibilidade da origem de aminoácidos a partir

a) da atmosfera rica em oxigênio que existiu no início do

nosso planeta.
7) (UFPI) O texto a seguir faz referência à origem da b) de descargas elétricas em um meio muito rico em
vida na Terra. compostos orgânicos.

Cooperativa 06
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VERSO
c) da atmosfera atual que envolve o nosso planeta.
d) da chamada atmosfera primitiva que envolvia o nosso
planeta em seus primórdios.
e) de descargas elétricas em um meio rico em gás carbônico
e etano.

11) Uma das hipóteses sobre a origem da vida admite

as seguintes ocorrências:

I. aquisição do processo de fotossíntese

II. formação de coacervados
III. aquisição do processo de respiração aeróbica IV.
utilização do alimento ambiental
V. aquisição do processo de fermentação A ordem
dessas ocorrências é:

a) II, I, V, IV, III.

b) II, IV; III, I, V.
c) II, V, IV, III, I.
d) II, IV, I, V, III.
e) II, IV, V, I, III.

Biologia

07 Cooperativa
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FRENTE
Cooperativa

08

Verso
 Frente - Kerr
MÓDULO 02: Bioquímica Celular
Principais Vitaminas do Nosso Corpo
Nosso corpo, como todos os corpos de todos os
seres vivos do planeta Terra, é composto por átomos
que se organizam em substâncias orgânicas (com
átomos de carbono) e inorgânicas (sem átomos de
carbono). Possuir substâncias orgânicas complexas
é um dos preceitos para se considerar um ser como
vivo. Portanto, desde a bactéria que habita a mais
escura profundeza do oceano até você, aluno, que
está estudando este módulo, todos possuem essas
moléculas:
- Vitaminas;
- Glicídios;
- Lipídios;
- Ácidos nucléicos;
- Proteínas.
Além desses compostos, também possuímos sais
minerais e água em abundância, pois este é o
verdadeiro elixir da vida.

As Vitaminas
Em 1911, o químico polonês Casimir Funk,
trabalhando no Instituto Lister de Londres, constatou
que uma substância do grupo das aminas era essencial
para a vida, além de atuar como fator de prevenção
para uma doença conhecida como beribéri. Diante
desses fatos, Funk batizou essa substância de vitamina
(amina vital). Essa denominação estendeu-se a todos

Biologia
os compostos orgânicos, do grupo das aminas ou
não, que são essenciais para a vida (apesar de serem
encontrados em pequenas quantidades).
Entre as numerosas substâncias descobertas até hoje
e que se enquadram como vitaminas, encontram-se,
além das aminas, álcoois, hidrocarbonetos e ácidos.
O nome, entretanto, manteve-se devido à importância
vital dessas substâncias.
Diferentemente dos outros compostos orgânicos que
você conhece (lipídios, glicídios, protídeos etc.), as
vitaminas não têm função energética, estrutural ou de
transporte. Em muitos casos atuam como auxiliares da
função das enzimas (mas não são feitas de proteínas)
e, portanto, são chamadas de co-enzimas. Pode-se
dizer que, sem elas, as enzimas (e todo metabolismo)
não funcionariam e por isso chamaremos as vitaminas
de reguladoras. * Vitaminas produzidas naturalmente pela nossa flora intestinal
As principais vitaminas são classificadas, conforme
sua solubilidade, em hidrossolúveis (vitamina C e
Complexo B) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K).

09 Cooperativa
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FRENTE
 O açúcar usado pelos confeiteiros para fazer aquelas
deliciosas receitas de doces, chocolates e bolos que
nós tanto gostamos é, na verdade, um tipo de glicídio
ou carboidrato.
Os doces saborosos que comemos podem, entretanto,
aumentar a taxa de açúcar do sangue e até levar ao
diabetes se você tiver predisposição.
Com a quebra das moléculas de açúcar pelo seu
metabolismo, suas células recebem energia suficiente
para exercer suas funções no corpo.
Em geral, as plantas têm grande parte de sua massa
formada por glicídios, enquanto os animais possuem
apenas uma pequena porcentagem (0,1 a 0,6%),
variando de tecido para tecido.
Os glicídios são divididos em três grupos:
• Monossacarídeos: são os açúcares mais simples,
formados por uma única molécula, que recebe o nome
de acordo com o número de átomos de carbono que a
compõe, como as pentoses (5 carbonos) e as hexoses
(6 carbonos). Como exemplos de monossacarídeos
temos a glicose (fig. 2), a frutose e a galactose, que
têm função energética. Outros exemplos são a ribose
e a desoxirribose, que têm função hereditária.
OH
HCH
HC O gerando um éster. O termo lipídio vem do grego lipós
HO CH HC OH
Biologia
• Amido: é o carboidrato de reserva dos vegetais e
está presente na raiz, caule e sementes. Quando uma
plantinha sua necessita de uma quantidade de energia
que não consegue suprir com a fotossíntese (como em
uma semente germinando), o amido será quebrado
em glicose, fornecendo os nutrientes necessários.
• Glicogênio: é a reserva energética preferencial dos
animais, que se armazena no fígado e nos músculos
a partir das moléculas de açúcar que você ingere. Se
você ficar muito tempo sem se alimentar, esse açúcar
fica disponível ao ser quebrado o glicogênio pela ação
de hormônios (que você estudará na frente Chagas).
• Celulose: é o polissacarídeo mais abundante na
natureza, pois é o componente estrutural das plantas
e vegetais. Insolúvel na água, esse carboidrato não
pode ser digerido pelo seu corpo, mas é muito útil
na formação do bolo fecal. Os mamíferos ruminantes
e muitos grupos de insetos possuem bactérias em
mutualismo nos seus tubos digestivos, que produzem
uma enzima chamada de celulase. Esta enzima permite
que esses animais aproveitem a celulose como fonte
de nutrientes.
• Quitina: esse açúcar insolúvel é a base do esqueleto
dos artrópodes e de alguns fungos e atua tanto na
estrutura quanto na proteção do corpo desses seres.
Os Lipídios
Os lipídios são compostos orgânicos que derivam
de uma reação entre um ácido graxo e um álcool,
que significa “gordura”. Entretanto, esse é apenas um
dos tipos de lipídios, que estão divididos em simples
e complexos.

HC CH • Lipídios Simples: são aqueles formados apenas por

carbono, hidrogênio e oxigênio em sua estrutura e se
OH OH
Fig. 2 - Molécula de glicose. diferenciam entre si pelo tipo de álcool que forma o
composto.
Oligossacarídeos: são os açúcares formados por um
número reduzido de moléculas de monossacarídeos.
1 - Glicerídeos: formados por ácidos graxos e pelo
Os dissacarídeos são os mais comuns em sua
glicerol, estão em maior quantidade no seu corpo sob
alimentação.
a forma de triglicérides. Existem importantes funções
para os glicerídeos como proteção, isolamento térmico
e reserva energética. A diferença entre os glicerídeos
que formam óleos ou gorduras é que os óleos possuem
ácidos graxos insaturados e ficam no estado líquido
em temperatura ambiente, enquanto as gorduras
possuem ácidos graxos saturados e ficam no estado
sólido na temperatura ambiente. Outra diferença é
Polissacarídeos: são os carboidratos com uma
que os óleos estão presentes em maior quantidade nos
grande quantidade de monossacarídeos reunidos. Os
tecidos vegetais, enquanto as gorduras constituem o
principais polissacarídeos existentes são formados da
tecido adiposo dos animais.
junção de glicoses, mas diferem entre si pelo tipo de
2 - Cerídeos: compostos por ácidos graxos e álcoois
ligação existente entre as moléculas.

Cooperativa 10
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VERSO
de cadeia mais longa que o glicerol. São encontrados
principalmente na superfície de folhas dos vegetais
(como a cera da carnaúba), diminuindo a evaporação.
3 - Esteróides: além dos ácidos graxos, possuem
um álcool de cadeia fechada. O mais conhecido é
o colesterol (fig. 3). Presente apenas nos animais, o
colesterol participa da composição de membranas
celulares, sendo muito abundante nas estruturas
cerebrais; compõe os sais biliares, útil na absorção
de triglicérides e algumas vitaminas lipossolúveis; é
precursor dos hormônios esteróides, como os sexuais
(testosterona, progesterona e estrogênios) e adrenais
(cortisol e aldosterona). É utilizado também para
síntese da vitamina D pela pele.
Fig. 3 - Molécula de colesterol.
• Lipídios Complexos: além dos elementos dos
lipídios simples, os lipídios complexos possuem
elementos como o fósforo (P), o enxofre (S) e o
nitrogênio (N) para auxiliar nas suas funções. Devido
a essa composição, os lipídios complexos apresentam
uma porção hidrofílica (que você viu que interage
bem com a água) e outra região hidrofóbica. Seu corpo
possui muitos lipídios compostos na estrutura da
membrana celular. Os fosfolipídios são os principais
exemplos de lipídios complexos.
Leitura
complementar
É pela boca que se morre.
Os alimentos podem ser nossa fonte de vida,
mas também podem levar as pessoas à morte.
O excesso de alimentos como o açúcar leva as
pessoas predispostas à diabete melito bem como
à obesidade mórbida, pressão alta, certos tipos de
câncer e à hipercolesterolemia(!), ou seja , alto
nível de colesterol.
Existe muita confusão acerca desse tema, pois
com certeza vocês já ouviram falar do colesterol
bom, colesterol ruim e doenças coronarianas... O
colesterol é único. Sendo uma molécula
11
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FRENTE
hidrofóbica, para ser levada pela corrente
sanguínea precisa estar ligada a moléculas
transportadoras. Estas moléculas que carreiam
o colesterol são chamadas de lipoproteínas, e
são produzidas no fígado e intestino. O LDL
(ou proteína de baixa diluição – Low Diluition
Lipoprotein) e o VLDL são lipoproteínas
responsáveis por transportar o colesterol para
todo o corpo, enquanto que o HDL (ou proteína
de alta diluição – High Diluition Lipoprotein)
tem a função de recolher e eliminar o excesso do
lipídio. O problema está no fato de que algumas
pessoas têm excesso de LDL, o que indica muito
colesterol no sangue. Esse excesso acaba sendo
capturado por células da parede das artérias,
determinando uma inflamação local. Se o paciente
não controla seu nível de colesterol plasmático, o
processo se perpetua com a formação de acúmulos
de gordura (as famosas placas de ateroma) e,
conseqüentemente, a destruição da estrutura do
vaso. Essa placa pode crescer até obstruir o vaso
ou se desprender, lesando a parede interna do
vaso. O desprendimento é mais comum e resulta
no entupimento arterial se a placa desprendida
for parar em um vaso de calibre menor ou se
formar um coágulo no local da lesão. Neste
momento teremos o infarto do miocárdio (acidente
cardiovascular), se o vaso envolvido estiver
irrigando o músculo do coração, ou um derrame
(acidente vascocerebral), se o local a
cometido for o cérebro.
Pessoas com elevados níveis de LDL têm maior
chance de desenvolver a doença e por isso esta
proteína é chamada de “colesterol ruim”. Como o
Biologia
HDL age diminuindo a concentração de colesterol
no sangue, é chamado de “colesterol
bom”. Ele deve estar em altos níveis
para proteger as suas artérias.
Este é um tema muito debatido atualmente e você
pode até ter visto algo sobre isto nos últimos
vestibulares, visto que ocorre uma pandemia
mundial de obesidade, presente até mesmo no
Brasil. Dietas hipercalóricas, rica em produtos
de origem animal, cigarro, vida estressante,
sedentarismo, além da predisposição genética, são
fatores que determinam o desenvolvimento
deste distúrbio.
Os Ácidos Nucléicos
Você certamente já ouviu seus pais ou tios dizerem
que você teria puxado mais para seu pai ou para sua
mãe, ou ainda “-É a cara da vó Juventina”.
Os principais responsáveis por essas semelhanças
são os ácidos nucléicos, que são macromoléculas
formadas por subunidades chamadas de nucleotídeos
(Fig. 1).
Cooperativa
 Fig.1: Representação de um nucleotídeo
Os nucleotídeos são moléculas formadas de uma
pentose, uma base nitrogenada e um fosfato.
• A pentose pode ser uma ribose ou uma desoxirribose,
o que vai determinar se o ácido nucléico é um DNA
ou um RNA.
• Os fosfatos têm a propriedade de fazer ligações
químicas fortes, sendo o principal elemento da ligação
entre os nucleotídeos adjacentes que formarão as fitas
duplas do DNA ou simples do RNA.
• Os fosfatos têm a propriedade de fazer ligações
químicas fortes, sendo o principal elemento da ligação
entre os nucleotídeos adjacentes que formarão as fitas
duplas do DNA ou simples do RNA.
• As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois
grupos: as purinas (A, G) e as pirimidinas (T, U, C).
Elas são as responsáveis pelo código genético dos
seres vivos.
Derivados dos nucleotídeos desempenham os mais
diversos papéis na célula. Vamos ver os principais:
• ATP (adenosina trifosfato): esta molécula é capaz
de acumular grande quantidade de energia em suas
ligações químicas entre os fosfatos e liberá-la para
Biologia
quase todas as funções celulares que necessitem
de energia. A ligação entre os fosfatos é altamente
energética, liberando cerca de 8000 calorias por mol
de ATP dissociados em ADP (adenosina difosfato)
mais um fosfato inorgânico.
ATP → ADP + Pi + 8000cal
• NAD (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo), NADP
(nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato) FAD
(flavina-adenina-dinucleotídeo) e CoA (coenzima-A):
são coenzimas no processo de fotossíntese e de
respiração celular, o que significa dizer que sem esses
compostos você não teria nem alimento e nem energia
para sobreviver. Em comum essas moléculas possuem
a adenosina monofosfato (AMP) em sua estrutura.
• DNA (ácido desoxirribonucléico­­): o DNA (fig. 2)
é a molécula responsável pelo metabolismo geral
dacélula,
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VERSO
Fig. 2: Representação de uma molécula
de DNA.
o que determina as características físicas e as
habilidades de cada um de nós. Como essa molécula é
passada pelos gametas de nossos pais (espermatozóide
e óvulo) para nós, isso justifica aquelas frases de
reunião de família:- “Os olhos são iguais aos da mãe,
mas o nariz é igual ao do pai”.
Os nucleotídeos de um DNA têm como pentose
constituinte a desoxirribose e as bases nitrogenadas
que compõem suas moléculas são a adenina (A),
guanina (G), citosina (C) e a timina (T). Estes
nucleotídeos se unem pela ligação que ocorre entre
o fosfato de um e a pentose do outro nucleotídeo,
originando uma fita.
Essa fita se associa por complementaridade com
outra, originando uma fita dupla que se enrola sobre
si, formando uma dupla hélice. Essa associação é
mantida pelas pontes de hidrogênio (ligações de
hidrogênio) que ocorrem entre as bases nitrogenadas.
Fig. 3: Representação da dupla hélice.
A interação por complementaridade ocorre entre a
timina e adenina e entre a citosina e a guanina. Isso
é possível, porque a adenina e a guanina são púricas,
enquanto a timina e a citosina são pirimidinas. É
bom você saber dessa complementaridade, pois a
quantidade de adenina será idêntica as de timina se
estiverem tratando com o DNA. Da mesma forma, a
quantidade de guanina será igual à de citosina.
12
 As Proteínas
A =T ou C = G dessa forma A + G = T + C
Se você pretende se alimentar bem, não pode
se esquecer das proteínas, que são os principais
• RNA (ácido ribonucléico): o RNA (Fig. 4) é a
constituintes do seu corpo e estão presentes nas
molécula que permite a expressão do código genético
carnes, nos ovos e no leite, além da soja, feijão e
que é guardado pelo DNA. Para você entender
outras sementes.
melhor: é como se o DNA fosse a receita do bolo e o
RNA agisse como o cozinheiro que vai fazer a receita.
Composição
O RNA atua principalmente no citoplasma celular, no
A nossa espécie possui cerca de 32.000 tipos de
processo conhecido como Síntese das Proteínas, que
proteínas diferentes, sendo que cada uma delas possui
estudaremos em breve.
entre 50 e 3000 aminoácidos. Os aminoácidos são
O RNA tem diferenças em relação ao DNA quanto
moléculas orgânicas simples, que possuem em sua
à estrutura, pois é uma fita simples, de tamanho
estrutura um carbono central que se prende a uma
menor. No nucleotídeo, a pentose é a ribose e as
amina, a um ácido carbônico, a um hidrogênio e a um
bases nitrogenadas são a citosina, guanina, adenina e
radical (R)(fig. 5). Este radical pode ser um átomo ou
a uracila. Por ser simples, a fita de RNA pode sofrer
um grupo de átomos e fornece a diferença entre os 20
dobras sobre si e não há a proporção definida de bases
tipos diferentes de aminoácidos que constituem o seu
como acontece no DNA.
corpo, bem como de todos os animais da natureza e de
todos os seres do mundo.

Fig. 5: Fórmula de um aminoácido.

Antes que você se desespere, não é necessário saber o

Fig. 4: Representação de uma molécula
nome e a estrutura dos 20 tipos de aminoácidos, mas
de RNA. apenas que 8 deles são chamados de essenciais e os 12
restantes são chamados de naturais, pois nosso corpo
O RNA pode ser classificado em três tipos, conforme
tem capacidade de produzi-los a partir dos essenciais.
sua função:

Biologia
Os aminoácidos essenciais têm esse nome porque
devem ser ingeridos obrigatoriamente durante sua
• RNA ribossômico (RNA r): pode corresponder
alimentação (valina, leucina, isoleucina, fenilalanina,
a 80% do RNA total de uma célula. Associado a
metionina, treonina, lisina e triptofano).
proteínas, esse RNA forma os ribossomos de nossas
Mas como será que esses aminoácidos se ligam para
células.
formar suas proteínas?
• RNA transportador (RNA t): é a menor molécula
A resposta é que os aminoácidos se unem através das
de RNA e encontra-se dobrado sobre si, permitindo
Ligações Peptídicas (Fig.6).
que ele carreie aminoácidos até os ribossomos para a
produção de proteínas.
• RNA mensageiro (RNA m): é um molde do DNA.
Atua no ribossomo, determinando a seqüência dos
aminoácidos das proteínas a serem fabricadas.

Fig. 6: Representação de
uma ligação peptídica.
O grupo carboxílico de um aminoácido se liga ao
grupo amina do outro, liberando uma molécula de
água. Assim, uma proteína com n aminoácidos terá
n-1 ligações peptídicas.
13 Cooperativa
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FRENTE
 Estrutura
Você, neste instante, deve estar sentado em uma
cadeira para ler este material e pode perceber que ela
nada mais é do que algumas tábuas presas entre si por complementar
alguns tubos de metal. Se, por acaso, essas ligações
fossem desfeitas ou se os tubos de metal entortassem,
ficaria muito difícil de você estar se sentando nela.
Basicamente, uma proteína funciona como uma
cadeira, onde a forma é que vai dar a função para a
molécula.
A forma de cada proteína é definida por estruturas
primária, secundária, terciária e quaternária.
Você vai chamar a seqüência de aminoácidos que
estão ligados para formar a proteína de estrutura
primária.
Cada tipo de proteína possui uma diferente seqüência
de aminoácidos que a torna espacialmente diferente das
outras e, portanto, com diferentes funções. Contudo,
as proteínas não são filamentos de aminoácidos como
um colar de contas. A cadeia sofre um enovelamento
tridimensional que dá origem à estrutura secundária
(Fig 7). Essa estrutura secundária pode ser em Funções das proteínas
α-hélice (alfa–hélice = uma espiral) ou β-pregueada Com certeza você já percebeu que as proteínas são
(como folhas pregueadas).
Leitura
Quando duas ou mais cadeias protéicas se
associam entre si ou com outros elementos, como
o ferro (no caso da hemoglobina), você pode falar
em estrutura quaternária.
Como você viu no início do texto, a função
de uma proteína depende de sua configuração
espacial e se alterarmos qualquer uma das
estruturas estaremos condenando a forma e a
função da proteína. Assim, se houver a troca de
um simples aminoácido da estrutura primária,
uma ponte de hidrogênio pode estar deixando de
ser feita e você aparece com “um olho a mais na
testa”. É assim que ocorrem as mutações. Mas
não se preocupe, pois a maioria das mutações é
silenciosa, ou seja, não nos trazem efeito algum.
importantes. Mas você sabe mesmo o quanto as
proteínas influenciam a sua vida?
Podemos dividir as proteínas em vários grupos, de
acordo com suas funções:

• Estruturais: são as proteínas que ajudam na formação

Fig. 7 - Representação da alfa-hélice. da estrutura de nossos corpos, como a queratina que
forma a estrutura dos pêlos, pele e unhas, ou a actina
A maioria das proteínas, após a conformação que forma a estrutura de nossos músculos juntamente
secundária, dobra-se sobre si mesma e adquire com a miosina.
Biologia

a estrutura terciária (fig. 8), graças às interações • Carreadoras: são as proteínas que levam substâncias
que existem entre os aminoácidos, como pontes de através de nosso organismo, como a hemoglobina, que
hidrogênio (H-H) e pontes dissulfeto (S=S). Esta leva o oxigênio do pulmão para todos os órgãos.
estrutura corresponde ao formato tridimensional • Hormônios protéicos: são proteínas que atuam como
(geralmente arredondado) que a proteína possui. sinalizadores químicos que agem à distância do local
de produção, como a insulina, que é produzida pelo
pâncreas e lançada na corrente sangüínea, promovendo
a entrada da glicose nas células. A falta de insulina no
sangue determina a diabete melito. Outros exemplos
de hormônios protéicos são o glucagon, o hormônio
do crescimento (GH), o hormônio luteinizante
Fig. 8 - Representação da estrutura
(LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH), que,
terciária da proteína. posteriormente, estudaremos junto com o Sistema
As proteínas podem perder sua configuração pela Endócrino.
mudança da temperatura ou do pH do meio onde ela se • Anticorpos: quando seu corpo é invadido por
encontra. Diremos então que ela sofreu desnaturação e partículas estranhas, chamadas de antígenos, os seus
sua função fica comprometida. É por isso que a clara do linfócitos B passam a produzir anticorpos específicos,
ovo fica branca quando você aquece a panela e a carne que nada mais são que um tipo de proteína chamada
fica macia quando você acrescenta suco de abacaxi: as imunoglobulina.
proteínas foram desnaturadas.

Cooperativa 14
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VERSO
• Enzimas: seu corpo sofre centenas de reações As enzimas do seu corpo agem em temperatura de
químicas por segundo e que devem ser rápidas e 37°C, enquanto as enzimas de peixes pecilotérmicos
com pouco gasto energético. Para reduzir os gastos e agem em maior espectro, mas com menor eficiência.
aumentar a velocidade, os seres vivos desenvolveram Em algumas bactérias termófilas, essa temperatura
ao longo da evolução um conjunto de biocatalisadores pode chegar aos 60°C, permitindo sua vida em fontes
chamados de enzimas. termais.
As enzimas também são bastante exigentes quanto ao
As enzimas pH, que varia de 0 a 14, sendo que o pH 7 é chamado de
Você vai aprender, em química, que os catalisadores neutro. Acima desse valor, o pH é considerado básico
são substâncias que reduzem a energia necessária para e, abaixo disso, ele é ácido.
se iniciar uma reação química (energia de ativação). A pepsina, enzima encontrada no estômago, atua
Pense em um litro de gasolina, que só entra em melhor em pH próximo a 2. Ao chegar no intestino
combustão se você acender um fósforo. A chama do delgado, onde o pH fica entre 8 e 9, essa enzima é
fósforo fornece a energia de ativação suficiente para desativada (fig. 11).
iniciar a combustão da gasolina.
As enzimas são proteínas que agem como catalisadores
e reduzem o tempo de reações que demorariam anos
para apenas alguns segundos. Sendo catalisadores,
as enzimas não são consumidas ao final da reação
química. Outra característica das enzimas é que elas
são extremamente específicas, ou seja, cada tipo de pH
reação química possui um tipo de enzima. Assim, a
glicose-oxidase oxida a glicose, mas não a galactose.
Essa especificidade se deve ao sítio ativo, uma região Fig. 11 - Velocidade da reação da pepsina
da enzima que se liga ao substrato até o fim da reação, estomacal pelo pH.
quando os produtos são liberados, dando lugar para Outro fator que pode influenciar a atividade enzimática
novos reagentes. Este tipo de modelo é conhecido como é a concentração das substâncias envolvidas, sejam os
chave-fechadura, pois cada substrato (chave) encaixa- reagentes, os produtos ou as enzimas.
se no sítio ativo de sua enzima (fechadura), que fará o A presença de uma substância semelhante ao substrato
processo mais rapidamente (fig. 9). é ainda outra forma de inibir a ação de uma enzima,
Sacarose o que é conhecido como inibição competitiva. Um
exemplo comum desse tipo de inibição ocorre em
Complexo
Enzima

Biologia
Substrato
Enzima
Sacarase
bactérias que sintetizam o ácido fólico (vit. B11) a
Glicose Frutose
partir do ácido para-aminobenzóico (PABA). Se elas
receberem tratamento com sulfa, esta passa a competir
pelo sítio do PABA e inibe a formação do ácido fólico,
que é uma das vitaminas produzidas pela nossa flora
Fig. 9 - Representação da ação da
intestinal. Neste caso, a bactéria termina por morrer.

Divertimentos
enzima sacarase.

Como toda proteína, as enzimas também sofrem

modificações com variações do pH e da temperatura. A
temperatura e pH com os quais a enzima age com maior
eficiência são chamados de ponto de ótimo (fig. 10). com o professor
1) (FCMSC) Pode-se dizer corretamente que o teor de
água nos tecidos animais superiores:

a) é maior quanto maior o seu metabolismo e diminui

com o aumento da idade.
b) é maior quanto maior o seu metabolismo e aumenta
com o aumento da idade.
Fig. 10 - Velocidade da reação da c) é maior quanto menor o seu metabolismo e diminui
sacarase humana pela temperatura. com o aumento da idade.

15 Cooperativa
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FRENTE
 d) é maior quanto menor o seu metabolismo e aumenta 4) O esquema ao lado representa um ácido nucléico.
com o aumento da idade. Quais os nomes, respectivamente, das partes contidas
e) apresenta variações diferentes das citadas nas no retângulo e no círculo pontilhado?
alternativas anteriores.
adenina
2) (Fuvest) Os adubos inorgânicos industrializados
conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três
elementos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio.
Qual das alternativas indica as principais razões pelas
quais esses elementos são indispensáveis à vida de
uma planta?

a) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e a) Nucleosídeo, purina

proteínas; b) Nucleotídeo, purina
Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas. c) Nucleosídeo, pirimidina
Potássio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios d) Nucleotídeo, pirimidina
e proteínas. e) Nucleotídeo, pentose
b) Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na
permeabilidade celular; 5) No DNA que compõe um determinado tipo de célula,
Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos; é constante a seguinte relação quantitativa entre as
Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na bases nitrogenadas que o compõem:
permeabilidade celular.
c) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e a) A + U = G + C b) A + C > G + T
proteínas; c) A + T = G + C d) A + G < C + T
Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos. e) A + G = C + T
Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na
permeabilidade celular. 6) Se a seqüência de bases de uma cadeia de DNA é
d) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos, ATCCAGTAC, a seqüência da cadeia complementar é:
glicídios e proteínas;
Fósforo - At ua no equilíbr io osmótico e na a) ATCCAGTAC b) UAGGUCCAUG
permeabilidade celular. c) CGAACUGCA d) GCAUUACGA
Potássio - É constituinte de proteínas. e) TAGGTCATG
e) Nitrogênio - É constituinte de glicídios;
Biologia

Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos e 7) (UEM-PR) A diferença entre DNA e RNA, com
proteínas. Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na relação às bases, é que:
permeabilidade celular.
a) DNA tem uracila e citosina
3) (Unicamp) Cada marinheiro da esquadra de Cabral b) RNA tem timina
recebia mensalmente para suas refeições 15kg de carne c) DNA tem guanina e uracila
salgada, cebola, vinagre, azeite e 12 kg de biscoito. d) DNA tem uracila e timina
O vinagre era usado nas refeições e para desinfetar e) RNA tem adenina e uracila
o porão, no qual, acreditava-se, escondia-se a mais
temível enfermidade da vida no mar. A partir do século 8) (Fuvest) Apresentam ligações peptídicas:
XVIII essa doença foi evitada com a introdução de a) Proteínas b) Lipídios c) Aminas
frutas ácidas na dieta dos marinheiros. Hoje sabe-se d) Ácidos carboxílicos e) Hidratos de carbono
que essa doença era causada pela deficiência de um
nutriente essencial na dieta. (Adaptado de: Bueno, E. 9) (UFRN) Por hidrólise, uma proteína se decompõe
A viagem do descobrimento. Rio de Janeiro, Objetiva, em elevado número de aminoácidos. Cada aminoácido
1998.) possui caracteristicamente:

a) Que nutriente é esse? a) uma carboxila e um grupamento amina.

b) Que doença é causada pela falta desse nutriente? b) uma carboxila e um grupamento amida.
c) Cite duas manifestações aparentes ou sintomas dessa c) um grupamento amina e uma hidroxila.
doença.
Cooperativa 16
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VERSO
d) uma hidroxila e uma carbonila. vegetais, são os _________________ sintetizados
e) uma hidroxila e um grupamento amida. no processo de _________________.
A alternativa que preenche corretamente os espaços é:
10) Em seu experimento, Fox aqueceu uma mistura
de aminoácidos, os quais, devido à energia fornecida, a) lipídios, fotossíntese.
reagiram entre si formando moléculas maiores e mais b) ácidos nucléicos, autoduplicação.
complexas. Que substância, resultante da ligação c) ácidos nucléicos, fotossíntese.
entre aminoácidos, certamente se formou, mas d) álcoois, fermentação.
provavelmente não foi vista por Fox? Por quê? e) carboidratos, fotossíntese.

11) Se dez aminoácidos se ligarem:
a) quantas ligações peptídicas serão formadas?
b) quantos serão os grupos amino-terminal?
c) quantos serão os grupos ácido-terminal?
16)A água é uma substância que apresenta alto calor
específico. O que significa essa afirmação? Qual é a
vantagem disso para os seres vivos?
17) Por que a água é uma substância polar

Divertimentos
necessários
18) (FGV) Considerando-se o total de bases nitrogenadas
do DNA de uma espécie qualquer igual a 100, se nela
existir 15% de timina, a porcentagem de citosina será:

12) (UECE) Xeroftalmia, raquitismo e anemia resultam a) 15% b) 75% c) 35% d) 45%
da carência, respectivamente, de vitaminas: e) Não se pode calcular a partir desses dados.

a) C, D e B12 19) Uma molécula de DNA, com a seqüência de bases

b) A, B12 e D CTGTCCAGGTTA, permite a formação de uma
c) B12, A e D molécula de RNA com a seguinte seqüência de bases:
d) B12, D e A
e) A, D e B12 a) GUCUGGTCCUUT d) AGTGAACTTGGC
b) TGACTTGAACCG e) GACAGGTCCAAT
13) (Cesgranrio-RJ) A deficiência do ácido ascórbico c) GACAGGUCCAAU
pode levar ao escorbuto. Quais as principais fontes
dessa vitamina 20) (ISE/Sta. Cecília-SP) São carboidratos muito

Biologia
na nossa alimentação? importantes na síntese dos ácidos nucléicos:

a) cereais e peixes a) Glicose e galactose b) Glicose e monose

b) leite e derivados, como manteiga e queijo c) Ribose e glicose d) Ribose e desoxirribose
c) ovos de galinha e fígado de bovinos e) n.d.a
d) gema de ovo e vísceras
e) frutas cítricas e hortaliças verdes com folhagem 21) (Unicamp) Os dois gráficos a seguir referem-se
à velocidade da reação A + B → C + D, que ocorre
14) (UnB-DF) Para verificar se uma substância contém em animais de uma mesma espécie, quando suas
ou não muito amido, é suficiente: temperaturas variam. O gráfico número 1 representa a
reação em um indivíduo que, além dos reagentes A e B,
a) fervê-la a uma temperatura de 100ºC e observar a possui o polipeptídeo E, que não ocorre no indivíduo
coloração resultante. do gráfico número 2.
b) dissolvê-la em álcool absoluto e observar a coloração 1 2
resultante. V V
c) acrescentar-lhe solução de iodo e observar a 2.000 - 0,002 -
coloração resultante. 1.500- 0,0015-
d) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 1.000 - 0,001-
500 - 0,0005 -
15) (Mack-SP) As substâncias que se destinam a
-
-
-
-
-
-

30 32 34 36 38 40 °C 30 32 34 36 38 40 °C
fornecer energia, além de serem responsáveis pela
rigidez de certos tecidos, sendo mais abundantes nos
17 Cooperativa
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FRENTE
 V = velocidade de formação do produto C em mg/hora.
Baseado nos gráficos, responda:

a) Em que grupo de substâncias pode ser classificado

o polipeptídeo E?
b) Dê duas justificativas para a sua classificação.

22) Que relação você vê entre as estruturas primária,

secundária, terciária e quaternária de uma enzima e a
sua especificidade de substrato?

23) Justifique a frase: “Toda enzima é um catalisador,

mas nem todo catalisador é uma enzima”.

Divertimentos
profundos
24) (Unicamp) Os lipídios têm papel importante
na estocagem de energia, estrutura de membranas
celulares, visão, controle hormonal, entre outros.
São exemplos de lipídios: fosfolipídios, esteróides e
carotenóides.

a) Como o organismo humano obtém os carotenóides?

Que relação têm com a visão?
b) A quais das funções citadas no texto acima os
esteróides estão relacionados? Cite um esteróide
importante para uma dessas funções.
c) Cite um local de estocagem de lipídios em animais
e um em vegetais.
Biologia

Cooperativa 18
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VERSO
 Frente - Kerr
MÓDULO 03: Envoltórios Celulares
moléculas apolares e de tamanho reduzido podem
atravessá-la livremente. “E como as moléculas polares
são capazes de atravessar essa membrana?”- você pode
perguntar.
A membrana possui proteínas inseridas que atravessam
Se você visse uma célula ao microscópio repararia toda sua extensão, comunicando o meio intra com o
que ela está individualizada do meio externo, mas não meio extracelular. Essas proteínas não estão fixas,
seria possível visualizar o que está separando o lado mas sim em constante movimento, o que confere
de dentro do lado de fora, principalmente se estiver à membrana uma fluidez. Algumas proteínas não
observando uma célula animal. estão inseridas, mas apenas localizadas na superfície,
Acontece que a membrana que envolve as células é fazendo ligações com outras proteínas e os lipídios
tão fina que você não poderá vê-la ao microscópio da membrana. Essa composição característica da
óptico. Sua espessura é de apenas 7,5 nm (1 nm = membrana, formada pela bicamada lipídica, com
0,000001mm) e só pode ser vista pelo microscópio proteínas móveis intercaladas, corresponde ao modelo
eletrônico que fornece aumento de mais de 300 mil do mosaico fluido proposto em 1972 por Singer &
vezes (o microscópio óptico só aumenta 2500 vezes). Nicholson, o mais aceito atualmente (fig. 1).

A Membrana
A principal propriedade de uma membrana celular,
também chamada de plasmalema, é a da permeabilidade
seletiva: ela define o que vai adentrar a célula ou
sair. Dessa maneira, a membrana passa a regular e
manter a composição intracelular diferente à do meio
extracelular.
Tal característica é fundamental para o correto
funcionamento e sobrevivência de uma célula. No
instante em que não se selecionar mais o que entra ou
sai da estrutura celular, inicia-se o processo de morte.
É como se você parasse de escolher o que vai comer e
passasse a ingerir tudo o que visse pela frente (lápis,
caneta, borracha, terra, etc.). Seu organismo entraria
em colapso rapidamente.

Composição e Estrutura:
o mosaico fluido
A membrana plasmática de suas células, assim como
as membranas de todas as organelas membranosas
do citoplasma (as quais veremos mais adiante), são
compostas por lipídios, proteínas e carboidratos.
Elas apresentam uma bicamada lipídica, composta
principalmente por fosfolipídios. Como você viu
anteriormente, o fosfolipídio tem uma cabeça polar
que se mistura bem na água e uma cauda apolar que
não interage bem nesse líquido. Na formação de nossas
membranas, as cabeças hidrofílicas ficam voltadas
para as superfícies intra e extra-celulares, enquanto as
extremidades hidrofóbicas voltam-se para o interior,
isolando-se da água. Outros lipídios podem compor
a membrana, como os esfingolipídios e o colesterol,
em menores proporções, mas sempre respeitando essa
conformação. A partir destas informações, já podemos
entender a propriedade da permeabilidade seletiva:
como o interior da membrana é hidrofóbico, apenas
Biologia
Fig. 1 - Representação da membrana
plasmática.
Para você entender melhor esse modelo, imagine se
você segurasse dezenas de lápis de cor em sua mão,
bem alinhados, com alguns gizes de cera entre eles.
Os lápis seriam os fosfolipídios e os gizes seriam as
proteínas.
As proteínas têm a responsabilidade de exercer a
maioria das funções das membranas. Elas formam
canais, que permitem o transporte de moléculas polares
e íons; atuam como receptores recebendo informações
externas enviadas por hormônios e outras substâncias;
e estabilizam a estrutura.
Os carboidratos são encontrados na face não
citoplasmática, ou seja, ficam voltados à porção
externa da membrana (nas organelas membranosas
ficam voltados para o interior da estrutura). Ligados
às proteínas e aos lipídios, os carboidratos formam
o glicocálix, um tipo especial de camada, envolvido
com o reconhecimento molecular (é como se fosse seu
crachá de identidade); uma célula cancerosa, por

19 Cooperativa
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FRENTE
 exemplo, tem glicocálix diferente de uma célula • Difusão facilitada: se você deseja entrar numa
normal; os glóbulos vermelhos têm um glicocálix universidade pública, já percebeu que não é tão fácil
diferente para cada tipo sanguíneo (do Sistema ABO); e que você vai precisar de alguma ajuda, como a
ele também permite a interação entre o espermatozóide dos professores do cursinho. O processo da difusão
e o óvulo de cada espécie, evitando que uma vaca, por facilitada será semelhante, pois a difusão será chamada
exemplo, fosse fecundada por outra espécie. de facilitada quando ocorrer com a associação
temporária de um transportador solúvel na membrana.
Permeabilidade Celular: Essa proteína carreadora é chamada de permease e,
Escolher para Viver sendo a favor dos gradientes de concentração, não
Você certamente escolhe o que come, o que veste ou gasta energia. Diferentemente da difusão simples,
quem deve amar. Isso com certeza garante que você a velocidade do transporte através da membrana
esteja vivo. depende mais da quantidade de carreadores do que da
Para a célula não é diferente, pois se algum vírus concentração de soluto.
mortal entrasse nela sem controle certamente seria o • A osmose: a passagem de substâncias por uma
seu fim. A principal função da membrana é permitir membrana semipermeável chama-se osmose. Nesse
um intercâmbio de substâncias, de acordo com as tipo de membrana, o solvente (água) tem passagem
necessidades celulares. Como você viu anteriormente, livre, mas o soluto (íons) tem acesso restrito. Na osmose
a bicamada lipídica permite a passagem de moléculas há sempre passagem de solvente do meio menos
apolares de tamanho limitado. Íons, moléculas polares concentrado para o meio de maior concentração. Você
e macromoléculas apolares dependem de proteínas para pode ver o efeito da osmose quando você tempera uma
serem transportadas. A água, apesar de polar, consegue salada. Se reparar, perceberá que, após algum tempo,
atravessar livremente a membrana, devido ao pequeno os vegetais murcham, pois perdem água.
tamanho de suas moléculas.
O transporte acontece de duas maneiras distintas,
considerando se há gasto de energia ou não para que
eles ocorram: transporte passivo e transporte ativo.

Transporte passivo
O transporte passivo através da membrana é um
processo que ocorre sem que haja o gasto de energia
pela célula.
• Difusão simples: uma sala, completamente lotada
de pessoas, certamente o atrai menos que uma sala
Biologia

que tenha poucas pessoas. A difusão simples ocorre

de maneira parecida, pois é um processo em que
as partículas de soluto se deslocam naturalmente,
pelo solvente, do local de maior concentração (meio
hipertônico) para o local de menor concentração (meio
hipotônico), tendendo formar ao final uma mistura
homogênea (fig. 2). Nas células, a difusão permite a
passagem de oxigênio, gás carbônico e aminoácidos
através da membrana, pois essas moléculas são
pequenas e passam entre os fosfolipídios sem maiores
problemas. Quanto maior a diferença de concentrações,
maior será a velocidade da difusão.
Fig. 3 - Representação da variação do
volume de uma célula animal.
As células animal e vegetal apresentam algumas
diferenças quanto a esse mecanismo de transporte.
Um glóbulo vermelho, quando colocado em solução
hipotônica, ganhará uma quantidade de água superior
ao seu volume e acabará se rompendo (Fig. 3).
Já a célula vegetal ganhará água até ficar saturada
(nesse momento vamos dizer que ela está túrgida), mas
não se romperá devido à presença da parede celulósica.

Fig. 2 -
Representação
de uma difusão
simples.

Fig. 4 - Representação da variação do

Cooperativa 20 volume de uma célula vegetal.
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VERSO
Transporte ativo
Imagine-se em um barco furado, no meio do oceano,
com um balde na mão, enquanto a água entra sem parar.
Certamente você já percebeu que se não começar a tirar
a água agora, os tubarões vão ter uma boa refeição.
Para retirar a água, você vai ter um gasto energético,
pois a entrada da água ocorre de maneira natural e a
saída dela será de maneira forçada. Da mesma maneira,
alguns transportes através da membrana celular devem
ser feitos contra o fluxo natural e, conseqüentemente, Fig. 5 - Representação de
com gasto de energia. uma fagocitose.
Quando o transporte ocorrer com gasto de energia pela A pinocitose: nesse tipo de transporte, a substância
célula, classificaremos como transporte ativo. A fonte a ser endocitada é líquida e ao invés de pseudópodes
dessa energia é o ATP (adenosina trifosfato), produzido ocorre a formação de invaginações que envolvem a
durante a respiração celular. Esse tipo de transporte partícula.
ocorre sempre contra o gradiente de concentração, ou O vacúolo formado também muda de nome e passa a
seja, contra as leis da difusão. se chamar pinossomo. (Fig. 6)
Um exemplo de transporte ativo é a Bomba de Na+/
K+. Nesta bomba, os íons sódio (Na+), que ocorrem
em maior concentração no exterior da célula, são
lançados para o meio extracelular, para manter baixa
a concentração no interior das células. Trabalhando
contra o gradiente de concentração, essa bomba exige
o consumo de energia (ATP), sendo também chamada
de Bomba Na+/K+ ATPase. Para contrabalancear a
Fig. 6 - Representação de
concentração de íons Na+ que saíram, a mesma bomba uma pinocitose.
trará íons K+ para o interior da célula, evitando assim
a osmose pela diferença de concentração de sais. Chamamos de exocitose o processo de liberação de
produtos através da membrana citoplasmática. Outro

Endocitoses
Em geral, os materiais de dimensões macromoleculares
não podem atravessar a membrana plasmática.
Entretanto, sua entrada é possível em algumas células
desde que feita dentro de compartimentos delimitados
e formados a partir da própria membrana plasmática.
Você pode chamar de endocitose o processo de
captura de substâncias pela célula. Há dois tipos de
endocitoses: a fagocitose e a pinocitose.
A fagocitose: é o processo de englobamento de
partículas sólidas de grande tamanho pela célula. Pode
ser observada principalmente em seres unicelulares,
como protozoários, que a usam como forma de ingestão
de alimentos.
O protozoário aproxima-se da partícula e emite
prolongamentos do citoplasma denominados
pseudópodes, com os quais engloba a partícula,
formando o fagossomo. Em nosso corpo existem
células que realizam fagocitose, como os macrófagos.
Biologia
nome desse processo é clasmocitose.
Especializações da membrana
Se você deseja ser um lutador de boxe, seria bom ter
uns músculos mais desenvolvidos; já se você quer ser
engenheiro do ITA, sinto dizer que terá que gostar de
matemática.
Da mesma maneira, as células podem desenvolver
modificações em sua estrutura para executarem melhor
sua função. As principais modificações desenvolvidas
pelas membranas são:
• Junções intercelulares: as células que formam a
epiderme (camada mais externa da sua pele) devem
estar fortemente aderidas entre si, para garantir a
proteção contra invasores infecciosos e contra a
desidratação. Outros tecidos epiteliais (que revestem
os órgãos) também precisam manter essa barreira.
Assim, existem estruturas especializadas na união
entre células vizinhas:

21 Cooperativa
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FRENTE
 Nas bactérias, essa substância será substituída por
- desmossomos são duas placas em forma de glicoproteínas.
botão, ancoradas por filamentos do citoesqueleto, Embora rígida, a parede não é uma barreira para a
apresentando um espaço entre si preenchido com uma difusão ou a osmose. A deposição de celulose na
proteína chamada adesina; parede não é uniforme, deixando poros que comunicam
- interdigitações são dobras entre as membranas de as células vizinhas. Através dos poros passam
duas células que se encaixam; evaginações das membranas, os plasmodesmos, que
- junções de oclusão ocorrem nas células intestinais, e se tocam e permitem a troca de substâncias entre as
buscam vedar o espaço entre as elas. células vegetais. Quem controla a entrada e saída de
substâncias, portanto, é a membrana.
Um outro tipo de junção é a comunicante (gap junction), A parede celular vegetal surge da deposição de
que consiste em canais entre células adjacentes, pectina e hemi-celulose na região chamada lamela-
promovendo intercâmbio de informações, substâncias média, entre duas células vegetais que acabaram
e nutrientes. As junções comunicantes são essenciais de se formar. Após a deposição de mais sacarídeos,
na contração sincronizada das fibras musculares, em forma-se a parede celulósica primária. Ela é fina e
alguns neurônios durante a transmissão de impulsos pouco resistente, presente, principalmente, em tecidos
nervosos e na nutrição de algumas células do cristalino vegetais embrionários – os meristemas. Ao se tornar
do olho. adulto, o tecido vegetal sofre deposição progressiva
de lignina, celulose e outras substâncias até formar a
• Microvilosidades: São invaginações da membrana que parede celulósica secundária, que é grossa e resistente.
se associam com o aumento da superfície de absorção Como você sabe, a celulose é a principal matéria
dos tecidos epiteliais. O local de maior ocorrência desse prima do papel e, por isso, imprescindível para o
tipo de especialização é o intestino delgado (Fig. 7). nosso dia-a-dia. Mas você deveria considerar também
a importância para as plantas, que estabelecem toda
sua estrutura com celulose e outros sacarídeos. Para
produzir um único caderno universitário, é utilizada
a celulose de toda uma árvore.
Preserve a natureza aproveitando melhor suas folhas
de caderno e, se possível, use papel reciclado.

Leitura
Biologia

complementar
fg. 7 - Representação de especialisações
da menbrana.
•Bainha de mielina: consiste em expansões da
membrana da célula de Schwann que se enrolam
ao redor de axônios dos neurônios para aumentar a
velocidade de condução do impulso nervoso, atuando
como isolante elétrico. É como se fosse a capa dos fios
elétricos de sua casa.
Parede Celular
Trata-se de um envoltório celular, externo à membrana,
com função de sustentação e proteção, encontrado
mas sempre ocorre, com grande especificidade, por proteínas
em células de bactérias, células vegetais e de alguns
fungos.
Nas células vegetais é composta principalmente por
celulose, substância que também ocorre nos fungos.
Ciencia e Cientistas
Em 1955, Hodkin & Keynes associaram a presença
de uma enzima que quebrava o ATP (denominada
ATPase) com o mecanismo da bomba de sódio e
ainda verificaram que, além de retirar o sódio, a
proteína promovia a entrada de potássio no interior
das células.
O Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1991 foi
atribuído aos pesquisadores alemães Erwin Neher
& Bert Sackmann, que descobriram, na década de
70 , como os íons entravam e saiam das células.
Eles descreveram a existência, na membrana, de
proteínas que funcionam como canais de entrada e
saída de íons e criaram um aparelho para capturar e
medir a corrente elétrica que passa por esses canais.
O transporte por esse processo pode ser ativo ou passivo,
carreadoras ou por enzimas denominadas permeases.
Essas enzimas possuem um sítio ativo que reconhece as
moléculas que carregarão. As permeases participam dos
processos de difusão facilitada e transporte ativo.

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VERSO
Divertimentos
com o professor
Divertimentos
necessários
1) (UNIP) O esquema abaixo apresenta o modelo do 5) (UECE) Relativamente ao processo osmótico,
mosaico fluido, que atualmente é o mais aceito para a indique a opção correta:
membrana celular.
A seta 1 indica: a) Há passagem de soluto através da membrana.
b) O soluto se move do meio hipotônico para o meio
a) lipídio hipertônico.
b) proteína c) O solvente se move do meio hipotônico para o meio
c) carboidrato hipertônico.
d) ácido nucléico d) Na passagem do soluto, através da membrana, há
e) actomiosina gasto de energia na forma de ATP.

2) (PUCSP) De acordo com o modelo moderno, 6) (Unifor) Quando hemácias são deixadas em água
correntemente aceito, proposto por Singer e Nicholson, destilada, elas:
a membrana plasmática é constituída por:
a) murcham levemente.
a) um folheto triplo, onde uma camada bimolecular de b) não alteram seu volume.
lipídios se localiza entre duas camadas de proteínas. c) murcham completamente.
b) três folhetos lipídicos, sendo dois de triglicerídios e d) incham até estourarem.
um de fosfatídeos. e) incham levemente.
c) dois folhetos ligados por pontes de hidrogênio, um
de polissacarídeos e outro de ácidos graxos de peso 7) (Fesp) É prática comum temperarmos a salada
molecular elevado. com sal, pimenta-do-reino, vinagre e azeite, porém,
d) uma camada bimolecular de lipídios, com proteínas depois de algum tempo, observamos que as folhas vão
variando de posição, de acordo com o estado funcional murchando. Isto se explica porque:
da membrana.
e) Nenhuma das anteriores. a) o meio é mais concentrado que as células.
b) o meio é menos concentrado que as células.

Biologia
3) (Acafe) Quando duas soluções de concentrações c) o meio apresenta concentração igual à das células
diferentes são colocadas em contato, separadas do vegetal.
apenas por membrana semipermeável, as moléculas d) as células do vegetal ficam túrgidas quando
movimentam-se no sentido de igualar as concentrações. colocadas em meio hipertônico.
Esse processo é denominado: e) por uma razão diferente das citadas acima.

a) diapedese. b) fagocitose. c) osmose. 8)(PUCCAmp) Quando uma membrana semipermeável

d) hemólise. e) diálise.
4) (MACKENZIE) Assinale a alternativa que contém
dois mecanismos que ocorrem espontaneamente, sem
consumo significativo de energia, e que, ao final, levam
dois meios separados por uma membrana à isotonia: a) as moléculas de açúcar, por atraírem fortemente as
a) osmose e fotossíntese.
b) fotossíntese e respiração.
c) osmose e transporte ativo.
d) difusão e transporte ativo.
e) osmose e difusão.
separa duas soluções de açúcar de concentrações
diferentes, surge uma pressão, ao nível da membrana,
no sentido da solução mais diluída para a mais
concentrada porque:
moléculas de água, fazem com que estas moléculas
se desloquem para o lado em que há maior número de
moléculas de açúcar.
b) a agitação térmica das moléculas de água e açúcar é
maior na solução diluída do que na solução concentrada
e, por isto, as moléculas de água atravessam em maior
número os poros da membrana no sentido da solução
diluída para a solução concentrada.

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FRENTE
 c) o número total de moléculas de um lado da membrana
é maior do que o outro lado e, por isso, elas tendem a
passar para o lado em que existe menor número total
de moléculas.
d) havendo maior número de moléculas de água, por
unidade de volume, na solução diluída, é maior o
número de moléculas, na sua agitação térmica, a tentar
atravessar os poros do lado da solução diluída para a
solução concentrada.
e) n.d.a.

9) (UFSE) As figuras abaixo representam hemácias em

soluções de diferentes concentrações.
Observando as figuras, é possível afirmar que as
soluções

I, II e III são, respectivamente:

a) isotônica, hipertônica e hipotônica.
b) hipertônica, hipotônica e isotônica.
c) hipotônica, isotônica e hipertônica.
d) isotônica, hipotônica e hipertônica.
Biologia

e)hipotônica, hipertônica e isotônica.

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VERSO
 Frente - Kerr
MÓDULO 04: Citoplasma
Movimentos do citoplasma são constantes, arrastando
organelas consigo de forma cíclica. Essa contínua
circulação facilita a integração entre as organelas e
permite a difusão por igual de substâncias que entram
na célula. Esse fluxo citoplasmático cíclico é chamado
Quando você ouve o nome “plasma” pode se lembrar de ciclose e é bem evidente nas células vegetais, nas
do sangue ou de algo gosmento como uma clara de ovo. quais o citoplasma se reduz a uma lâmina em torno do
Acontece que algo nesse sentido existe no interior das vacúolo central.
células e é chamado de citoplasma. Podemos dizer que,
assim como o sangue é importante para o transporte Morfoplasma
de substâncias e manutenção da vida, o citoplasma Todas as funções orgânicas de um ser macroscópico,
transporta metabólitos e mantém a vida da célula. como digestão, respiração etc.,devem ter analogia
com as funções dos seres unicelulares e, assim como
cada função é executada por um órgão, as funções das
O Citoplasma células são executadas por organelas.
A sede dos processos vitais é o citoplasma. Ele é
formado pelo hialoplasma, que preenche o espaço Os Ribossomos
com um líquido viscoso, e o morfoplasma, conjunto São orgânulos intimamente relacionados com a síntese
de organelas e estruturas intracelulares. No citoplasma de proteínas. Foram descritos pela primeira vez em
ocorrem diversas reações químicas, como a glicólise, 1953, por George Emil Palade, ao analisar células ao
que inicia o processo da respiração celular, e a síntese microscópio eletrônico. Eles foram encontrados em
de proteínas, que vamos estudar em breve. quase todas as células, com exceção dos glóbulos
vermelhos e dos espermatozóides que, devido a sua
O Hialoplasma vida relativamente curta, não têm síntese de proteínas.
Você também pode chamar o hialoplasma de citoplasma Os ribossomos apresentam-se como corpúsculos
fundamental. Tem consistência viscosa e é composto esféricos, com diâmetro aproximado de 150 Å (1
por várias substâncias, principalmente água e proteínas. ângstron = 1x10-10 m). São produzidos pelo nucléolo,
As proteínas, que nós estudamos anteriormente, podem que estudaremos adiante, e compõem-se de RNA e
ser insolúveis, formando fibrilas (microfilamentos) e proteínas.
microtúbulos, que constituem uma espécie de esqueleto Estruturalmente, apresentam duas sub-unidades
interno (citoesqueleto) flexível e dinâmico. As fibrilas, globulares, uma menor e outra maior, que são nomeadas
constituídas das proteínas actina e miosina, são conforme seu coeficiente de sedimentação, medido por

Biologia
capazes de contração e distensão. Essa propriedade ultracentrifugação (em unidade S (Svedberg)(Fig. 1).
é útil nos movimentos amebóides, que constituem
em deformações da membrana, e na atividade
das células musculares (só que estas se contraem
unidirecionalmente).
No hialoplasma, há também proteínas solúveis (como
algumas enzimas), que conferem um aspecto viscoso
que não é homogêneo em todo o citoplasma.
Em geral, a região periférica, também chamada de
ectoplasma, é mais firme, num estado classificado
como plasma-gel.
A região mais interna, o endoplasma, mostra-se mais Nas células eucarióticas, os ribossomos têm um
fluida e é chamada de plasma-sol. É aí que se encontra a coeficiente de sedimentação de 80 S e são constituídos
maioria das organelas. As amebas e os glóbulos brancos de subunidades 40 S e 60 S, que apenas durante a síntese
do sangue se deslocam e englobam partículas através de protéica são unidas. Os ribossomos livres liberam as
projeções do hialoplasma, que empurram a membrana proteínas produzidas ao citoplasma, enquanto que os
plasmática para formar os pseudópodes. que ficam nas paredes do Retículo Endoplasmático
Para tanto, no local onde se formará o pseudópode, o (RE) transferem as proteínas obtidas para o interior
ectoplasma se dilui e permite a saída do endoplasma do RE.
que compelirá a membrana. Dessa forma, ocorrerá a Se houver muitos ribossomos associados a um
alternância entre plasma-sol e plasma-gel. único RNA mensageiro, chamaremos a estrutura de
polirribossomo ou polissomo (Fig. 2).
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FRENTE
 • Síntese protéica: devido à associação com ribossomos,
o RER tem uma intensa atividade de produção de
proteínas;
• Síntese de lipídios: o REL é responsável pela
fabricação de lipídios, como fosfolipídios de membrana
e colesterol, bem como os hormônios derivados
(progesterona, testosterona, cortisol);
• Transporte e comunicação entre organelas: diferentes
substâncias são transportadas pelo retículo, como
proteínas e lipídios. Estas são secretadas para outras
organelas ou para o meio externo por vesículas ou com
Retículo endoplasmático a ajuda de proteínas transportadoras;
Se você observar ao microscópio eletrônico, verá • Armazenamento: nas células musculares, o REL é
que o citoplasma apresenta-se entrecortado por um muito desenvolvido para o armazenamento de cálcio,
sistema de membranas que envolvem e interligam recebendo até o nome de retículo sarcoplasmático.
cavidades, constituindo pequenos tubos, vesículas e Já nos plasmócitos (tipo de glóbulo branco), o REL
sacos achatados. Essas membranas, semelhantes à armazena anticorpos produzidos;
plasmalema (que você já estudou), distribuem-se no • Destoxificação: o REL apresenta determinadas
citoplasma formando uma rede, razão do nome retículo en zimas (citocromo P450) que promovem a
(pequena rede). transformação de substâncias tóxicas, permitindo que
Em grande parte das células, inclusive nas suas, o elas sejam eliminadas do seu corpo. Essas enzimas são
retículo está localizado em torno do núcleo, permitindo- indutíveis, o que significa dizer que elas aumentam
se supor que a carioteca se origine dele. a atividade conforme a necessidade. O seu fígado
é o principal órgão de desintoxicação e armazena
muitas dessas enzimas. Medicamentos, pesticidas,
anabolizantes e as bebidas alcoólicas são exemplos
de substâncias metabolizadas. Um estresse nesse tipo
de metabolismo pode levar uma pessoa a desenvolver
cirrose hepática e até à morte. Portanto, não exagere.
A quantidade de RE depende do tipo celular e de
seu metabolismo. Células com intensa produção
de proteínas, como as do pâncreas, possuem muito
RER, enquanto as células supra-renais, produtoras de
Biologia

esteróides, possuem muito REL. Essas quantidades

podem variar de acordo com a necessidade.

Complexo golgiense
Se você nunca visitou uma fábrica, é bom saber que
existe um setor de embalagem que tem por função
empacotar e enviar ao destinatário os produtos
fabricados. As células possuem uma organela com
função semelhante, mas que também pode ativar
enzimas, chamada Complexo Golgiense ou Complexo
de Golgi (Fig. 4).
O complexo golgiense foi descoberto em 1898 pelo
O retículo está a serviço de funções diferentes, citologista italiano Camilo Golgi, e está presente
conforme a presença ou não de grânulos de ribossomos. em quase todas as células eucarióticas. O complexo
O retículo que contém esse tipo de grânulos é chamado golgiense apresenta-se como uma pilha de sáculos
de rugoso, granular ou simplesmente ergastoplasma. achatados, chamados de cisternas, que são delimitados
A ausência dos grânulos determina o retículo por uma membrana lisa. Essas pilhas recebem o nome
endoplasmático liso ou agranular. de dictiossomos e são semelhantes nas células animais
Para facilitar seus estudos, é bom listarmos as funções e vegetais.
do retículo endoplasmático: Ao microscópio eletrônico, observa-se que os sáculos

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VERSO
delimitam cavidades e que, de suas bordas, brotam Os Lisossomos
vesículas que são liberadas para as proximidades (Fig. Seguindo nossa idéia de que as células possuem
4). De acordo com a função realizada pela célula em organelas com funções semelhantes às de nossos
que se encontram, essas vesículas possuirão diferentes órgãos, os lisossomos poderiam ser comparados ao
compostos, tais como hormônios, secreções exócrinas nosso estômago.
etc. Os lisossomos são pequenas vesículas citoplasmáticas
limitadas por membranas. Contém grande quantidade
de enzimas que agem na digestão intracelular,
digerindo proteínas, lipídios, DNA etc.
Os lisossomos originam-se do complexo de Golgi, por
brotamento de vesículas que apresentam enzimas em
seu interior. Essas enzimas são produzidas pelo RE
rugoso e chegam até o complexo de Golgi transportadas
pelos canais do retículo ou por vesículas de transporte
interno. As vesículas contendo enzimas são chamadas
de lisossomos primários.
A função principal dos lisossomos é a digestão
Uma das hipóteses sobre a formação dos dictiossomos intracelular de partículas que provém do meio externo,
seria a da divisão dos dictiossomos presentes na célula- englobadas pela célula por fagocitose e pinocitose.
mãe, mas parece que o mais provável é que estes se As vesículas formadas a partir da fagocitose são os
originem do retículo endoplasmático. A maior parte fagossomos, enquanto as vesículas formadas pela
das funções do complexo de Golgi consiste em captar pinocitose são os pinossomos.
e ativar substâncias para lançá-las ao meio intra ou No processo de digestão intracelular, os lisossomos
extracelular, através do brotamento de vesículas. primários se ligam aos fagossomos, formando o vacúolo
A posição relativa que ocupa nas células (entre o digestivo, também chamado de lisossomo secundário,
ergastoplasma e a plasmalema) certamente contribui onde ocorre a digestão das partículas ingeridas. Com
para essas funções. O retículo produz substâncias a digestão, as partículas têm seu tamanho reduzido e
que são processadas pelo complexo golgiense que, podem passar através da membrana do lisossomo para
por sua vez, as lança no meio intra ou extracelular. o citoplasma celular, onde serão utilizadas.
Este caminho pode ser evidenciado por aminoácidos No caso da digestão ser incompleta, os resíduos
radioativos introduzidos em células de pâncreas. formados serão lançados ao meio extra celular por ação
É bom enumerar as várias funções do complexo de do vacúolo residual, num processo inverso à fagocitose,

Biologia
Golgi nas nossas células para você se lembrar: denominado exocitose ou clasmocitose.

• processar enzimas para ativá-las;

• ensacar essas substâncias em vesículas;
• encaminhá-las para o meio interno (lisossomos) ou
externo (vesículas de secreção);
• formação da lamela média de pectina que dá origem
à parede celulósica em vegetais;
• síntese de polissacarídeos;
• formação do acrossomo (bolsa formada pelo
acúmulo de vesículas que brotaram do complexo
golgiense, localizada na porção dianteira da cabeça dos
espermatozóides e contendo enzimas que facilitam a
entrada desses no óvulo)(Fig. 5).
Acrossomo

Cauda

Peça Cabeça
Intermediária
Fig. 6 - Representação da Digestão intracelular
Fig. 5 - Representação do espermatozóide humano.

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FRENTE
 Diferente de seu estômago, o lisossomo tem a
capacidade de digerir partes da própria célula que
estão inutilizadas, como uma mitocôndria ou partes do
RE. Esse processo é importante para a renovação das
organelas e daremos a ele o nome de autofagocitose, e
a vesícula formada será chamada de autofagossomo.
Outra função executada pelos lisossomos seria
a remoção completa de células como no caso da
metamorfose dos anfíbios. Nesse caso, o processo será
chamado de autofagia.
O processo conhecido como autólise é diferente, pois
a célula será totalmente desestabilizada, chegando a se
autodestruir. Esse fato só acontece espontaneamente
após a morte do tecido ou do indivíduo.
Algumas doenças humanas estão relacionadas com a
ação dos lisossomos, como o caso da silicose (depósito
de sílica nos lisossomos das células pulmonares) e a
asbestose, que é semelhante à silicose, mas as partículas
envolvidas são de asbesto, usado na produção de telhas
de amianto. No desenvolver da doença, as partículas
rompem os lisossomos e liberam suas enzimas,
destruindo a célula.
Essas membranas limitam uma região central repleta
de uma substância semelhante ao citoplasma, chamada
de matriz mitocondrial, onde estão imersos elementos
como ribossomos, DNA mitocondrial (circular) e
RNAs (Fig. 8).
Esses elementos indicam a individualidade das
mitocôndrias e lançam uma luz a respeito da origem
evolutiva das mitocôndrias.
Segundo a pesquisadora Lynn Margulis, possivelmente
pequenos seres procariontes aeróbios passaram a viver
em simbiose com seres eucariontes primitivos, dando
uma maior quantidade de energia para esses seres e,
conseqüentemente, maior adaptação para sobreviver
em um meio carente de energia.

Os Peroxissomos
Assim como os lisossomos, os peroxissomos são
vesículas que contém enzimas, entre elas, a peroxidase
e a catalase. A catalase metaboliza a água oxigenada
(peróxido de hidrogênio- H2O2), que é tóxica para
os seres vivos, mas constantemente produzida pelo
metabolismo.
Como vimos, os lisossomos originam-se no complexo
de Golgi. Os peroxissomos, por sua vez, originam-se
Fig. 8 - Representação da mitocôndria.
diretamente do RE rugoso, e sua função está associada
Biologia

ao metabolismo das substâncias chamadas peróxidos. A seleção natural se encarregaria de mantê-los vivos,
enquanto os outros morreriam com falta de energia
As Mitocôndrias vital.
As mitocôndrias são corpúsculos presentes no Lynn Margulis acredita que isso pode ser a origem
hialoplasma das células em geral, exceto nas bactérias. também dos plastos e dos flagelos pela sua capacidade
Sua quantidade relaciona-se diretamente com a de auto-reprodução.
atividade celular e, sendo assim, quanto mais ativo Essa teoria é fortalecida pela evidência do material
for o metabolismo, maior o número de mitocôndrias, genético e ribossomos das mitocôndrias e dos plastos
variando de algumas dezenas até muitas centenas. Ao que são mais semelhantes com os das bactérias do que
conjunto de mitocôndrias de uma célula damos o nome com os das células eucariontes.
de condrioma.
As mitocôndrias foram descobertas no século XIX e Citoesqueleto
constituem um órgão citoplasmático de produção de Quando você ouve falar o nome esqueleto, logo
energia através da oxidação de compostos orgânicos, imagina um conjunto de ossos capaz de sustentar e
como estudaremos em breve. proteger seu corpo. Com as células não é diferente, pois
São organelas em forma de bastonetes arredondados elas apresentam também um tipo especial de esqueleto:
que podem ser observadas ao microscópio óptico ou o citoesqueleto.
eletrônico. Ao microscópio eletrônico revela uma O citoesqueleto consiste no conjunto de filamentos
estrutura com duas membranas, sendo que a interna protéicos responsável pela estrutura da célula, pela
é dotada de pregas chamadas cristas mitocondriais. aquisição de forma, pela movimentação e pelo

Cooperativa 28
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VERSO
transporte de organelas e outros elementos. Está
presente apenas em células eucariotas. De acordo com
o tipo e a função celular a composição e a distribuição
das proteínas do citoesqueleto podem variar.
• Microtúbulos: são estruturas cilíndricas ocas,
formadas pela união de treze protofilamentos de uma
proteína chamada tubulina.
Dímero de
Tubulina
Fig. 2 - Representação de um microtúbulo
Estão distribuídos no citoplasma, a partir de um
centro organizador, o centrossomo (uma região
próxima ao núcleo, onde também estão os centríolos),
desempenhando numerosos processos na célula:
• Formação das fibras do fuso: durante a divisão
celular, os cromossomos e suas cópias devem ser
separados igualmente entre as células-filha; essa
separação é feita pelos microtúbulos, que sofrem
encurtamento ordenado das fibras orientadas para as
duas extremidades da célula;
• Transporte intracelular: vesículas e organelas podem
se fixar aos microtúbulos para serem transportadas ou
se estabelecerem em um lugar;
• Formação dos centríolos;
• Formação dos cílios e flagelos.
Orgânulos Microtubulares
Você vai estudar agora os orgânulos microtubulares
(que se originam dos microtúbulos) presentes na matriz
citoplasmática e que podem também se responsabilizar
pela formação do citoesqueleto. Os principais orgânulos
microtubulares são: centríolos, cílios, flagelos, áster e
fusos mitóticos.
Centríolos
Centríolos são estruturas cilíndricas em forma de
bastonetes e se localizam no centrossomo. Existem
em quase todas as células, com exceção das bactérias
e plantas. Cada célula possui um par de centríolos
perpendiculares entre si, formando um conjunto
chamado diplossomo. Cada centríolo é formado por
nove unidades microtubulares, cada qual com três
microtúbulos associados.
Sua função está associada às transformações que
ocorrem durante a divisão celular. Nesse processo, há
duplicação de cada centríolo, aparecendo ao seu redor
fibras que constituem uma estrutura chamada áster
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FRENTE
(fig. 3). Após sua duplicação, os centríolos migram em
direção aos pólos da célula ao mesmo tempo em que,
se forma o fuso celular, ou fuso mitótico, responsável
pela separação dos cromossomos nas células-filha.
Fibras do áster
Fig. 3 - Representação
do centríolo.
Os corpúsculos basais estão presentes na base dos cílios
e dos flagelos e têm estruturas iguais à dos centríolos.
Isso sugere que os corpúsculos basais e centríolos são
formas alternativas de uma mesma organela.
Cílios e Flagelos
Cílios e flagelos são orgânulos celulares vibráteis. Os
cílios se caracterizam pela grande quantidade e por
serem curtos, enquanto os flagelos são relativamente
longos e aparecem em pequena quantidade.
A função principal desses orgânulos está ligada à
locomoção celular de microorganismos unicelulares,
entretanto, os cílios podem servir também para remover
partículas do nosso aparelho respiratório trazidas pelo
ar. Já os flagelos podem ser usados por células como
os espermatozóides.
Biologia
Fig. 4 - Fotomicrografias: A - Paramécio;
B - Corpúsculo basal de cílio; C - Corte
mostrando estrutura de cílio.
Estruturalmente os cílios e flagelos são semelhantes e
se originam de um corpúsculo basal, também chamado
de cinetossomo. Do corpúsculo basal surgem fibras em
direção ao meio extracelular revestidas pela membrana,
formando nove conjuntos de dois microtúbulos que
circundam dois microtúbulos centrais (fig. 4 C).
Para você entender melhor, tal estrutura é explicada
Cooperativa
 assim: de cada grupo de três microtúbulos do A célula flagelada mais conhecida de todos nós é o
corpúsculo basal, apenas dois se prolongam formando a espermatozóide (fig. 6), que pode ser lançado junto ao
haste. Como este corpúsculo tem estrutura semelhante sêmen para o interior da vagina da mulher, de onde se
à do centríolo (nove conjuntos de três microtúbulos), locomovem ativamente ao encontro do óvulo ou não
nós teremos um cilindro formado por nove grupos de (de preferência, para o interior da camisinha).
dois microtúbulos.
A presença de cílios ou flagelos pode ser determinante Áster e Fuso Mitóticos
na classificação de protozoários, como o paramécio Certamente você já ouviu dizer que uma célula dá
(fig. 4) ou o tripanossoma (fig. 5). origem a outras num processo de divisão celular.
Acontece que para esse processo ocorrer, é necessário
que os cromossomos se separem, bem como algumas
organelas. Quem será o responsável pela separação
dessas estruturas?
A resposta é a seguinte: durante o processo de divisão
celular, são formados temporariamente nas células dois
orgânulos chamados áster e fuso mitótico. Ao conjunto
desses orgânulos daremos o nome de aparelho mitótico,
apesar de podermos ver essas estruturas também na
Fig. 5 - Representação de um meiose, que são tipos de divisões que as células sofrem
tripanossoma. e que vamos estudar em breve.
O áster (fig.7), como vimos, é um feixe de microtúbulos
Em nosso corpo, essas organelas também se relacionam que convergem em direção aos centríolos em cada pólo
com movimento, porém os cílios movimentam da célula durante a divisão celular e sua função não
partículas ou células sobre si, dependendo do tecido é conhecida exatamente, mas suspeita-se que é uma
onde se formaram. estrutura de ancoragem dos centríolos para que puxem
O tecido epitelial ciliado está presente em nossas os cromossomos sem serem arrastados.
traquéias e no interior das tubas uterinas (nas
mulheres). Na traquéia e nos brônquios, o tecido
ciliado movimenta o muco com as partículas nocivas
que se alojam em nossos pulmões para que possamos
retirá-las o quanto antes. Os fumantes têm esses cílios
inutilizados e por isso morrem de enfisema pulmonar
com maior freqüência (por isso, é importante que você
Biologia

não fume, ou, se fuma, pare o quanto antes).

Fig. 7 - Representação do aparelho

mitótico.
Já o fuso é um conjunto de fibras formadas por
microtúbulos que se estende de um pólo a outro da
célula durante a divisão celular.
Existem dois tipos de aparelhos mitóticos: o das células
animais, que apresentam áster e centríolos, e o das
células vegetais, que não apresentam essas estruturas.
Fig. 6 - Representação de Durante a divisão celular, os centríolos se dividem e
um espermatozóide. migram em direção aos pólos da célula.

Nas tubas uterinas, esse epitélio tem por função O Núcleo

movimentar o ovócito II (óvulo não fecundado) e depois Por fazer parte do complexo de endomembranas,
o zigoto (óvulo fecundado) até o útero para que possa há quem aceite a membrana nuclear (conhecida
se fixar nas paredes do endométrio. Esse processo de antigamente como carioteca) como sendo organela,
fixação é conhecido como nidação, como vimos na mas, em geral, se admite que ela faça parte do núcleo.
embriologia. Por esse prisma podemos dizer que o núcleo é a maior
organela presente no interior da célula e tem como
Cooperativa 30
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VERSO
importância a regulação de toda atividade metabólica
célular, bem como a representação hereditária para
todos os seres vivos.
Algumas células podem apresentar mais de um núcleo.
É o que ocorre com as células de alguns fungos, devido
ao tamanho que elas possam vir a atingir, e com as
nossas células de músculo estriado esquelético, que
se originam da fusão embriológica de várias células.
Outras células não possuem núcleo, ou por terem-no
perdido no processo de diferenciação (hemácias de
mamíferos) ou por serem procariontes (células de
bactérias). Neste último caso, o DNA fica livre no
citoplasma, formando o nucleóide: uma molécula
circular que pode se prender a uma dobra interna da
membrana celular chamada mesossomo.
Os principais componentes do núcleo são o envoltório
nuclear, a cariolinfa (ou plasma nuclear), a cromatina
(material genético) e o nucléolo (fig. 9).

Fig. 10 - Representação do envoltório

nuclear.
Você já deve ter ouvido falar que os opostos se atraem.
Para os corantes não é diferente: se utilizarmos um
corante básico, poderemos colorir a cromatina, que
é feita de DNA (ácido). De acordo com a fase do
ciclo celular, a cromatina pode assumir a forma de
Fig. 9 - Representação do núcleo cromonema ou de cromossomo.
interfásico.
Cromonema
Cromonema corresponde a filamentos longos e finos

Biologia
O Envoltório Nuclear
encontrados durante a intérfase, que estudaremos em
Como você pode observar no esquema a seguir
breve. As regiões de coloração mais densa (chamadas
(fig. 10), o envoltório nuclear é uma continuação do
de heterocromatina) representam a associação do
retículo endoplasmático, sendo por isso considerado
DNA com proteínas do núcleo chamadas histonas.
como parte do sistema de endomembranas, mas com
Essas regiões contrastam com as regiões de menor
algumas diferenças básicas.
adensamento, que representam o DNA pouco
O envoltório nuclear é uma membrana dupla dotada de
condensado e, por isso, chamado de eucromatina
poros que estabelecem um contato entre o citoplasma
(cromatina verdadeira).
e o interior do núcleo. Quanto maior for a atividade
A eucromatina corresponde a áreas onde o DNA está
metabólica, maior será a quantidade de poros.
distendido e que mostram elevada síntese de RNA.
O interior do núcleo está preenchido pelo nucleoplasma,
Já as heterocromatinas apresentam-se condensadas,
que é composto pela cariolinfa, pelo nucléolo e pela
mesmo durante a intérfase, com uma produção mais
cromatina. A cromatina está mergulhada em um fluido
lenta de DNA que a eucromatina, e inativas em relação
viscoso de consistência semelhante a do citoplasma,
à formação de RNA. Durante a espiralização, para a
chamado de cariolinfa, constituído por água, sais,
construção do cromossomo, a eucromatina passa por
proteínas e nucleotídeos que auxiliam a síntese de DNA
intensa compactação, ao passo que a heterocromatina
ou RNA, conforme a necessidade. No nucleoplasma,
praticamente não sofre alterações.
está também um ou mais nucléolos, corpúsculos que
sintetizam o RNA ribossômico. Esse RNA se junta
O Cromossomo
às proteínas que vêm do citoplasma, dando origem às
O cromossomo é a cromatina condensada. Estudando
subunidades precursoras dos ribossomos.
sua estrutura, observamos pontos de estrangulamento
31 Cooperativa
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FRENTE
 chamados de constrições. A constrição primária ou cariotipagem e com ele se investigam certas doenças
centrômero é a região que possui o cinetócoro, local causadas por alterações nos cromossomos.
onde se prendem as fibras do fuso mitótico durante
a divisão celular. O centrômero corresponde a uma A B A B
região de heterocromatina e tem posição fixa em
cada cromossomo. De acordo com essa localização, 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
podemos classificar os cromossomos em:

• Metacêntricos: o centrômero situa-se na região 6 7 8 9 10 11 12 6 7 8 9 10 11 12

mediana, formando dois braços de tamanhos iguais;
• Submetacêntricos: o centrômero está próximo ao
centro. Possuem braços de tamanhos diferentes; 13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18
• Acrocêntricos: a constrição primária coloca-se
próxima da extremidade, gerando um braço longo e
19 20 21 22 X Y 19 20 21 22 X X
outro muito curto;
Fig.12 - Representação de um cariótipo masculino
• Telocêntricos: têm apenas um braço, pois o centrômero e de um feminino.
está localizado numa das extremidades.
Observando os cariótipos da figura 12, notamos que o
primeiro quadro representa o cariótipo de um menino,
pois o cromossomo X está acompanhado de um
pequenino cromossomo Y, enquanto que, no segundo
quadro o cromossomo X fica acompanhado de outro
cromossomo X, sendo, portanto, de uma menina.
Como esses cromossomos são diferentes entre os
dois sexos, diremos que são os cromossomos sexuais
I) II) III) IV) ou heterossomos. Os outros cromossomos, que são
Fig. 11 - Representação dos tipos de cromossomos: idênticos em ambos os sexos, são chamados de
I) Metacêntrico; II) Submetacêntrico; autossomos.
III) Acrocêntrico; IV) Telocêntrico.
É comum encontrarmos nas células das meninas uma
As demais constrições são chamadas de secundárias; mancha densa próximo ao envoltório nuclear, em
quando próximas da extremidade delimitam regiões formato de raquete de tênis, denominada cromatina
terminais, os satélites, que guardam a zona organizadora sexual ou corpúsculo de Barr, originado do
do nucléolo (ou zona SAT). Já os telômeros são regiões cromossomo sexual X que as mulheres possuem a
Biologia

terminais dos cromossomos dotadas de seqüências mais e que fica praticamente inativo.
especiais. Observe que cada cromossomo dos cariótipos que
O número de cromossomos permite caracterizar vimos anteriormente possui um par, que é chamado de
diferentes espécies, uma vez que é constante de geração cromossomo homólogo; isso significa que recebemos
para geração. um cromossomo do pai e outro da mãe para nossa
Espécie Número de Cromossomos
composição genética.
Gorila 48 As células humanas que possuírem um par de cada
Cão 78 tipo de cromossomos terão 46 cromossomos e serão
Pomba 80
Pepino 24
consideradas células somáticas. As que possuírem
Batata 48 apenas um cromossomo de cada tipo terão apenas 23
Tabela 1 - Número de cromossomos de diferentes espécies. e serão chamadas de células reprodutivas ou gametas.
Essas células se formam por um processo chamado
Note que a batata e o gorila têm o mesmo número de meiose, que estudaremos a seguir.
cromossomos, mas, com certeza, você nunca viu uma Na espécie humana, as células que tiverem 46
batata peluda e nem os gorilas nascendo debaixo da cromossomos serão também chamadas de diplóides
terra. O fato é que o número de cromossomos é tão (ou 2n), pois possuem duas vezes o número básico de
importante quanto os tipos de informações que eles cromossomos de nossa espécie, que é 23. Já as células
contêm. com apenas 23 cromossomos serão chamadas de
O estudo do conjunto de cromossomos quanto a seu haplóides (ou n), pois apresentam apenas um conjunto
número, sua forma e seu tamanho é chamado de básico de cromossomos para a espécie humana.

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VERSO
Leitura
complementar
Clonagem
O ano de 1997 ficou marcado como
o ano da clonagem.
Neste ano, o pesquisador escocês Ian Wilmut e
associados anunciaram junto aos meios científicos
que o clone de uma ovelha chamada Dolly teria
sido obtido com sucesso a partir de células das 2) (Moji-SP) Que se entende por função autofágica e
glândulas mamárias de outra ovelha adulta. função heterofágica dos lisossomos?
A palavra clone deriva (para variar) do grego klon,
que significa broto, referindo-se aos vegetais, 3)(UFU) Explique como os lisossomos são formados
nos quais as técnicas de clonagem são mais na célula e descreva a sua função, relacionando-a com
comuns e simples do que se imagina. Basta que a fagocitose.
uma planta se reproduza por brotamento que sua
“descendente” será, na verdade, um clone.
4) (Fuvest) O esquema representa um corte de uma
Para ser considerado um clone, o indivíduo deve
ter sido produzido a partir de uma célula somática célula observado ao microscópio eletrônico. Identifique
que se desdiferenciou, e não da união de células as estruturas indicadas pelas setas e cite suas principais
reprodutivas, como normalmente fazemos. funções.
No caso de Dolly, a célula somática foi retirada da
glândula mamária de uma ovelha
da raça Finn Dorsett.
Ao se retirar o núcleo dessa célula e implantá-lo
nos óvulos (também sem núcleo) de outra raça de
ovelhas chamada Scottish Blackface, preservaram-
se as características da ovelha
Dorsett nos embriões obtidos.
Esses embriões foram implantados no útero
de outras ovelhas Blackface e o resultado foi o 5) (PUCSP) O componente celular esquematizado
nascimento de uma linda abaixo é encontrado:
ovelhinha chamada Dolly. a) em bactérias, plantas e animais.

Biologia
b) apenas em animais.
c) apenas em plantas superiores.
d) em bactérias e fungos.
e) em eucariontes.

Divertimentos
6) (PUCSP) Os esquemas abaixo representam aspectos
ultra-estruturais de dois orgânulos presentes no
citoplasma de uma célula vegetal:
a) Identifique esses orgânulos.
com o professor b) Qual a relação funcional existente entre eles?

1) (UnicamP) A célula esquematizada abaixo apresenta

uma série de peculiaridades que caracterizam a sua
função principal. Considerando a distribuição e arranjo
de suas organelas, qual seria essa função? Aponte três
características constantes do esquema que poderiam
justificar sua resposta. 1 2

33 Cooperativa
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FRENTE
 7) (UNIP) O esquema abaixo apresenta o modelo do
mosaico fluido, que atualmente é o mais aceito para a
membrana celular.
A seta 1 indica:
Divertimentos
necessários
a) lipídio 11) (Unicamp) Cortes de células do pâncreas foram
b) proteína incubados durante três minutos em meio contendo
c) carboidrato leucina tritiada (aminoácido radioativo). Após vários
d) ácido nucléico intervalos de tempo, esse material foi submetido a
e) actomiosina uma técnica que revela a localização do aminoácido
radioativo na célula pela deposição de grânulos de
8) (Fuvest) Existe uma doença hereditária humana prata. O estudo do material ao microscópio eletrônico
em que o indivíduo é incapaz de produzir uma das permitiu a construção da figura abaixo.
proteínas que constituem os cílios e os flagelos. Essa
100
doença traz problemas respiratórios e esterilidade

Porcentagem dos grãos de prata

Retículo
masculina. endoplasmático rugoso
80
Qual a relação entre esses dois sinais clínicos e a
ausência da proteína? Vesículas de

presentes
60
secreção

9) A presença de cromatina sexual predominante 40 Complexo de

em número de células femininas está relacionada a Golgi
cromossomos: 20

a) Y inativos 0
b) X inativos Injeção de 3 10 20 40 60 12
c) autossômicos inativos material radioativo Tempo (minutos)

d) autossômicos que não se dividiram

e) autossômicos agregados A partir desses resultados, descreva o trajeto percorrido
pelo aminoácido radioativo no interior da célula e
10) (Puc) Na aula de Biologia, o professor fez a seguinte explique por que a leucina segue esta rota.
afirmação: “A produção de ribossomos depende,
indiretamente, da atividade dos cromossomos”. 12) (Fuvest) “Um automóvel, movido a gasolina ou a
Em seguida pediu a seus alunos que analisassem a álcool, está, em última análise, utilizando luz solar.”
Biologia

afirmação e a explicassem. Justifique essa afirmação.

Foram obtidas cinco explicações diferentes, que se
encontram a seguir citadas. Assinale a única afirmação 13) Analise a figura a seguir, que esquematiza o
correta: processo de endocitose ocorrido nos linfócitos.

a) os cromossomos são constituídos essencialmente

por RNA ribossômico e proteínas, material utilizado
na produção de ribossomos.
b) os cromossomos são constituídos essencialmente
por RNA mensageiro e proteínas, material utilizado
na produção de ribossomos.
c) os cromossomos contêm DNA; este controla a síntese Na organela represent ad a por I I I, en zi mas
de ribonucleoproteínas que formarão o nucléolo e que, HIDROLÍTICAS fazem a digestão parcial do material
posteriormente, farão parte dos ribossomos. que sofreu endocitose. Essa organela é um(a)
d) os cromossomos são constituídos essencialmente por
RNA transportador e proteínas, material utilizado na a) lisossomo.
produção de ribossomos. b) peroxissomo.
e) os cromossomos, produzidos a partir do nucléolo, c) centríolo.
fornecem material para a organização dos ribossomo d) complexo de Golgi.
e) mitocôndria.

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VERSO
14) (Fuvest) Certas doenças hereditárias decorrem 16) Com relação às organelas celulares presentes na
da falta de enzimas lisossômicas. Nesses casos, figura, é correto afirmar:
substâncias orgânicas complexas acumulam-se no (LOPES, S. Bio. São Paulo: Saraiva,1999.)
interior dos lisossomos e formam grandes inclusões
que prejudicam o funcionamento das células. a) A síntese protéica nos eucariontes depende da
a) O que são lisossomos e como eles contribuem para presença de ribossomos. Nos procariontes, é necessária,
o bom funcionamento de nossas células? apenas, a presença de poliribossomos.
b) Como se explica que as doenças lisossômicas b) No retículo endoplasmático não-granuloso (liso)
sejam hereditárias se os lisossomos não são estruturas ocorre a síntese de proteínas que serão utilizadas pela
transmissíveis de pais para filhos? própria célula, no seu citoplasma.
c) No retículo endoplasmático granuloso (rugoso)
15) (Unesp) Os peroxissomos são pequenas vesículas ocorre a síntese de proteínas que serão secretadas pela
citoplasmáticas, presentes principalmente em células célula.
hepáticas, que participam da eliminação de substâncias d) A função do complexo golgiense (de Golgi) é
tóxicas do meio celular. Em algumas reações químicas, armazenar proteínas já produzidas pela célula, sem
que ocorrem nos peroxissomos a fim de eliminar participar da biossíntese destas moléculas.
substâncias tóxicas, há formação de água oxigenada e) Os ribossomos participam da síntese de diversas
(H2O2). Esta substância é importante para uma biomoléculas celulares, como as proteínas, os
outra função desempenhada por estas vesículas e que nucleotídeos e os lipídeos.
pode, por analogia, ser comparada com o que ocorre
quando se aplica água oxigenada em ferimentos e 17) (Puc) Um cientista, examinando ao microscópio
lesões cutâneas. Na maioria dos tecidos, encontra- células somáticas de um organismo diplóide 2n=14,
se uma enzima denominada catalase, que facilita a observa nos núcleos que se encontram na fase G1 da
decomposição da água oxigenada conforme a seguinte intérfase um emaranhado de fios, a cromatina. Se fosse
reação: possível desemaranhar os fios de um desses núcleos,
o cientista encontraria quantas moléculas de DNA?
2H2O2 + catalase → 2H2O + O2
a) 14 b) 7 c) 1 d) 28 e) 2
a) Considerando-se estas informações, justifique
a finalidade da aplicação de água oxigenada em 18) (Unirio) Em eventos esportivos internacionais,
ferimentos e lesões cutâneas. como os Jogos Pan-americanos ou as Olimpíadas,
b) Qual organela citoplasmática encontrada em todas ocasionalmente, há suspeitas sobre o sexo de certas

Biologia
as células animais, principalmente em macrófagos, atletas, cujo desempenho ou mesmo a aparência
apresenta uma grande variedade de enzimas em seu sugerem fraude. Para esclarecer tais suspeitas utiliza-
interior? Cite o nome do processo que ocorre no interior se:
dessas organelas após o englobamento de partículas
estranhas. a) a identificação da cromatina sexual.
b) a contagem de hemácias, cuja quantidade é maior
nos homens.
c) o exame radiológico dos órgãos sexuais.
d) a pesquisa de hormônios sexuais femininos através
de um exame de sangue.
e) a análise radiográfica da bacia.

19) (Ufes) Assinale a alternativa que NÃO aponta

características ou funções do citoesqueleto.

a) Constitui-se de uma rede de filamentos de origem

protéica, como os microtúbulos, os microfilamentos e
os filamentos intermediários.
b) Forma um arcabouço interno, que sustenta o volume
citoplasmático e mantém suas organelas em locais
apropriados, no interior da célula.

35 Cooperativa
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FRENTE
 c) Fornece maquinaria necessária para os movimentos
intracelulares, tais como o transporte de organelas de
um lugar para outro no citoplasma e a segregação dos
cromossomos.
d) Determina a capacidade das células eucarióticas e
procarióticas em adotar uma variedade de formas e
executar movimentos coordenados.
e) Está envolvido, pela ação dos filamentos de actina
e dos microtúbulos, em processos ativos, como a
contração muscular e os batimentos dos cílios e
flagelos.

20) ( Uel) O esquema abaixo representa u m

espermatozóide da espécie humana. Sobre esta célula,
assinale a alternativa correta:
2

a) A estrutura 1 é derivada do retículo endoplasmático

liso.
b) A estr utura 2 apresenta uma organização
microtubular.
c) Esta célula é haplóide, por ser resultante de um
processo de mitose gamética.
d) O cariótipo do indivíduo ao qual esta célula pertence
deve apresentar cromossomos XX.
e) Este gameta carrega necessariamente um cromossomo
sexual do tipo Y.
Biologia

21) (Fuvest) A égua, o jumento e a zebra pertencem a

espécies biológicas distintas que podem cruzar entre
si e gerar híbridos estéreis. Destes, o mais conhecido
é a mula, que resulta do cruzamento entre o jumento
e a égua. Suponha que o seguinte experimento de
clonagem foi realizado com sucesso: o núcleo de uma
célula somática de um jumento foi transplantado para
um óvulo anucleado da égua e o embrião foi implantado
no útero de uma zebra, onde ocorreu a gestação. O
animal (clone) produzido em tal experimento terá,
essencialmente, características genéticas:

a) de égua.
b) de zebra.
c) de mula.
d) de jumento.
e) das três espécies.

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VERSO
 Frente - Chagas
MÓDULO 01: Classificação
dos Seres Vivos

Neste primeiro capítulo, iremos estudar a ciência que classifica os seres vivos semelhantes dentro de grupos
comuns, e tentaremos compreender qual a importância de uma classificação universal padronizada. Além
disso, veremos qual o conceito de “espécie biológica”, muito importante para todo o estudo da Biologia. Por
fim, seremos apresentados ao conceito de “reino”, conhecendo quais os 5 reinos que estudaremos nesta e nas
próximas apostilas.

Talvez você não saiba, mas desde a Antigüidade o
homem sente a necessidade de criar uma classificação
para os seres vivos. No princípio, era possível encontrar
quem classificasse os seres em animais (móveis) ou
vegetais (imóveis), ou então em aquáticos, terrestres
ou aéreos, entre outras muitas formas. Portanto, a
classificação era muito generalista. Classificavam-se
como semelhantes tanto uma minhoca quanto um
cavalo (animais), tanto uma foca quanto uma estrela
do mar (seres aquáticos), mesmo que fossem bem
diferentes entre si.
A área de estudo que busca classificar os seres em
grupos é a TAXONOMIA. Essa palavra vem do grego
TAXIS, que significa ORDEM. Então, como você deve
ter concluído, a taxonomia busca ordenar, classificar,
os seres vivos.
No século XVIII, Lineu, um naturalista sueco, escreveu
um trabalho chamado “Sistema Natural”. Neste
trabalho, Lineu propôs agrupar os seres semelhantes
morfologicamente (MORFOS = forma + LOGIA =
estudo) em grupos chamados de GÊNEROS e, dentro
com todas as letras minúsculas. No entanto, ao nos
referirmos a uma espécie, devemos sempre utilizar os
dois nomes, e estes devem ser destacados (em itálico,
por exemplo), ou sublinhados, se forem manuscritos.
Um exemplo de nome científico escrito corretamente:
Homo sapiens ou Homo sapiens (nome que se refere à
espécie do ser humano).
No entanto, foi necessária a criação de vários outros
agrupamentos para dar maior precisão à classificação. A
mais restrita é a ESPÉCIE. As espécies estão incluídas
nos GÊNEROS, os gêneros se encontram dentro das
FAMÍLIAS, as famílias dentro das ORDENS, as ordens
estão dentro de CLASSES, as classes em FILOS, e os
filos estão inclusos em REINOS, que são os grupos
mais abrangentes. Cada um desses agrupamentos é
chamado de TÁXON.
Classificação Taxonômica do Cão

Biologia
destes gêneros, cada ser diferente constituía uma nova

Fique
ESPÉCIE.

- Atento
Dois seres vivos pertencem à mesma espécie quando
cruzam naturalmente entre si dão origem
a descendentes férteis.

Lineu também percebeu que era necessário criar um

padrão internacional para nomear os gêneros e as
espécies. Afinal, se dentro do Brasil, uma mesma planta
pode ser chamada de mandioca, macaxeira ou aipim,
1. Reino Animalia 5. Ordem Carnivora
imagine as diferenças encontradas nos nomes em todo 2. Filo Chordata 6. Família Canidae
o mundo! Lineu propôs, então, a adoção de um nome 3. Subfilo Vertebrata 7. Gênero Canis
4. Classe Mammalia 8. Espécie Canis familiaris
científico universal padronizado. Ele deve ser escrito
em latim ou ser latinizado (usar regras de latim), e deve Fig. 1 - Classificação taxonômica do cão. Perceba que o reino Animalia
inclui todos os animais ilustrados. Por outro lado, a espécie Canis
ser composto de dois nomes. O primeiro é o gênero, familiaris só inclui o cão.
e deve ser escrito com a primeira letra maiúscula e as
outras minúsculas. O segundo caracteriza a espécie,
37 Cooperativa
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FRENTE
 É importante que você perceba que as classificações são criadas pelo homem e, portanto, podem gerar
discordância entre diversos pesquisadores. Um exemplo é o caso dos reinos. Há quem considere que os reinos
existentes são quatro, outros que são cinco, e outros mais do que cinco. Neste material, consideramos cinco os
reinos existentes, pois é a classificação aceita pela grande maioria dos vestibulares. Os reinos são: MONERA,
PROTISTA, FUNGI, PLANTAE e ANIMALIA. Veja a tabela 1:

Talvez você tenha notado que algumas das estruturas
utilizadas na classif icação (estr utura celular,
organização dos tecidos, presença de carioteca)
só puderam ser observadas depois da invenção do
microscópio. E foi exatamente a descoberta destes
caracteres que criou a necessidade de se classificar os
seres em novas categorias taxonômicas.
No começo, as classif icações eram baseadas
3) Quais os critérios que são necessários observar
para classificar novos seres dentro dos cinco reinos
apresentados?
4) Qual a definição biológica de espécie?
5) Quais são os critérios observados atualmente para
se classificar os seres vivos?

Divertimentos
principalmente em características morfológicas, ou
seja, em quanto um ser era parecido com um outro.
Biologia

Hoje em dia, no entanto, novas classificações são feitas

baseando-se também nas comparações do material
cromossômico, do material genético e das análises
bioquímicas. Quanto mais semelhantes são os materiais
genéticos de duas espécies, ou quanto mais substâncias
em comum (pigmentos, por exemplo) são produzidas
por duas espécies, mais próximas entre si elas são
consideradas.
necessários
6) (UFES) Têm maior grau de semelhança entre si
dois organismos que estão colocados dentro de uma
das seguintes categorias taxonômicas:
a) classe. b) divisão. c) família. d) gênero. e) ordem.

Divertimentos
com o professor
7) (CESGRANRIO) As categorias taxonômicas
obedecem a uma hierarquia; assim, dois animais que
fazem parte da mesma classe certamente pertencerão:

1) Cite as categorias de classificação, de reino até a) ao mesmo gênero. b) ao mesmo filo.

espécie. c) à mesma família. d) à mesma espécie.
e) à mesma ordem.
2) No passado, os seres eram separados em dois grupos:
animal e vegetal. Por que foi necessário ampliar o 8) (OSEC) São organismos procariontes:
número de grupos? a) protozoários e fungos. b) bactérias e algas verdes.
c) protozoários e vírus. d) bactérias e cianofíceas.
e) cianofíceas e fungos.
Cooperativa 38
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VERSO
9) (UNEB) Os nomes científicos de duas plantas são
Salix nigra e Quercus nigra. As duas plantas pertencem:

a) à mesma espécie. b) ao mesmo gênero.

c) ao mesmo reino. d) à mesma raça.
e) à mesma subespécie.

Divertimentos
profundos
10) (UNICAMP) Leptodactylus labyrinthicus é um
nome aparentemente complicado para um anfíbio que
ocorre nos brejos do Estado de São Paulo. Justifique o
uso do nome científico em vez de, simplesmente, “rã-
pimenta”, como dizem os pescadores.

11) (FUVEST) “(...) se o naturalista quisesse investigar

Fique
(...) as formas humanas (...), veria no Brasil uma
população imensa, mestiça de negros e portugueses.
(...) Em muitas outras regiões do mesmo continente,
encontraria os mais completos cruzamentos entre
negros, índios e europeus; e estas tríplices alianças nos
oferecem a prova mais rigorosa da mútua fertilidade
das formas genitoras. (...) As raças humanas não são,
pois, bastante distintas para habitar um mesmo país sem
se misturar.” (Charles Darwin, A origem do homem)
Comente o trecho acima, baseando-se no conceito
biológico de espécie.
- Atento
Ao término deste capítulo, precisamos saber que
a classificação tem como objetivo criar um padrão
universal para nomear os seres. Também lembre-se
de que o sistema de Lineu criou o nome científico.
Este é composto de dois nomes: o primeiro é
o gênero, escrito apenas com a primeira letra
maiúscula; o segundo é a espécie, escrito todo
em letra minúscula. Ambos devem ser destacados
(itálico ou sublinhado). Além disso, foram criadas

12) (UNICAMP - adaptada) De acordo com o sistema
binomial de nomenclatura estabelecido por Linnaeus,
o nome científico Felis catus aplica-se a todos os gatos
domésticos, como angorás, siameses, persas, abissínios
e malhados. O gato selvagem (Felis silvestris), o lince
(Felis lynx) e o puma ou suçuarana (Felis concolor) são
espécies relacionadas ao gato.
a) A que gênero pertencem todos os animais
mencionados?
b) Por que todos os gatos domésticos são designados
por um mesmo nome científico?
c) Qual dos nomes a seguir designa corretamente a
família a que pertencem estes animais: Felinaceae,
Felidae, Felini, Felinus ou Felidaceae? Justifique.
Biologia
várias categorias taxonômicas, cada uma incluída
em outra, para facilitar a classificação. Mas não
se esqueça de que existem várias divergências
quanto à classificação. A que adotamos neste
material divide os seres em cinco reinos. Por fim,
é importante destacar que antigamente os seres
eram classificados somente quanto à morfologia,
mas hoje em dia também se leva em consideração
a bioquímica (cromossomos, genes e outros
compostos produzidos).

39 Cooperativa
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FRENTE
Cooperativa

40

Verso
 Frente
Tipos de Vírus

Cápsula de proteína Ácido nucleico (DNA ou

- Chagas
RNA, ou os dois juntos)

MÓDULO 02: Vírus e Viroses Vírus

Fique
Vírus
da gripe
do mosaico
do tabaco

- Atento Bacteriófago T4

Neste novo capítulo, estudaremos dois grupos

de microorganismos: os vírus e as bactérias.
Primeiramente, iremos conhecer os vírus.
Descobriremos qual é a sua estrutura e veremos
como eles invadem e destróem uma célula,
produzindo mais vírus. Depois, estudaremos as
bactérias. Veremos como é uma bactéria, quais
as formas de célula que pode apresentar, como
ela obtém seu alimento e sua energia e por que
ela é importante para o meio ambiente. Também
conheceremos o processo pelo qual uma bactéria
produz mais bactérias. Além disso, vamos descobrir
que as bactérias também fazem sexo.
No meio de tudo isso, veremos por que contraímos
algumas doenças, conhecendo quais são causadas
por vírus e quais são causadas por bactérias.
Também buscaremos entender o que é uma vacina
e por que ela nos protege das doenças.
Os vírus são seres acelulares, ou seja, não são formados controle, pelo vento, água, ou outros seres.
por células. Agora, você deve estar se perguntando:
a que reino eles pertencem, então? De acordo com Infecção Viral
Vírus
herpes
do Vírus
da AIDS
Fig. 1 - Alguns dos principais vírus e a
forma das suas partículas.
Metabolismo
Os vírus não possuem células. Também não possuem
ribossomos e, assim, não conseguem produzir
proteínas (os ribossomos, como você verá adiante, são
responsáveis pela síntese de proteínas). Então, você
pode estar se perguntando: de onde vêm as proteínas
que formam a cápsula dos vírus?
Como eles não possuem ribossomos, os vírus se utilizam
daqueles que as células possuem. Os vírus invadem
uma célula e utilizam a sua estrutura, sua maquinaria,
para a produção de outras partículas virais. Por isso, são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Fora
das células os vírus não possuem nenhuma atividade
metabólica, sendo apenas moléculas transportadas, sem

Biologia
a classificação do módulo anterior, não pertencem a Veremos agora um exemplo de um processo de
nenhum! Eles são colocados em um grupo à parte. E infecção viral, conduzido pelos bacteriófagos (vírus
há quem considere que os vírus nem sejam seres vivos! que parasitam as bactérias e também são chamados
de fagos):
Estrutura dos Vírus
Você deve sempre lembrar que os vírus são compostos 1. Primeiramente, um vírus se encontra com uma
basicamente de uma molécula de material genético célula bacteriana que apresenta, em sua superfície,
(DNA ou RNA, mas é possível até mesmo encontrar proteínas que indiquem que aquela é a célula alvo, e
alguns que possuem os dois juntos, com uma molécula então há uma interação entre as proteínas dos vírus e
de cada) envolvida por uma cápsula de proteínas. Isso as da célula. Essa etapa é chamada de adsorção. Por
forma a partícula viral, também chamada de vírion. isso, bacteriófagos não nos atacam, e os vírus da gripe
Alguns outros vírus ainda possuem uma membrana – que atacam nosso organismo - não causam doença
lipoprotéica em volta da cápsula. Chamamos essa no estômago, mesmo que entre em contato com as suas
membrana de envelope e esses vírus de envelopados. células, pois não há interação entre as moléculas dos
Outros vírus possuem uma grande especialização da vírus e das células estomacais.
cápsula que, para nossa imaginação, pode parecer com 2. Os bacteriófagos, com a sua estrutura especializada,
a forma de uma nave espacial. No entanto, o material injetam seu material genético no interior das células.
genético, a cápsula e o envelope são todas as estruturas Essa etapa é chamada de injeção.
que os vírus podem apresentar. 3. Após penetrar a célula, o material genético do vírus
comanda a síntese de diversas cópias das proteínas
virais. Nesse processo, o material genético viral vai

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FRENTE
 utilizar toda a célula para trabalhar em seu favor. Além
disso, vai se replicar e dar origem a várias cópias desse
material genético. Essa etapa é a multiplicação.
4. Após a síntese das moléculas do vírus, há a montagem
das partículas virais, formando diversos vírions iguais
ao inicial, ou seja, com o material genético envolvido
pela cápsula protéica.
5. Os vírus causam a lise (rompimento) da célula,
liberando todas as partículas, que já estão prontas para
a infecção de novas células.
Fig. 2 - Ciclo lítico. Etapas: 1. Adsorção viral; 2. Injeção;
3. Multiplicação; 4. Montagem das partículas virais; 5. Lise
da célula hospedeira.
Esse ciclo que acabamos de ver é o ciclo lítico, chamado
assim por causar a lise da célula. No entanto, alguns
bacteriófagos também podem seguir um caminho
diferente: após inserir nas células seu material genético,
e este se inserir no DNA cromossômico bacteriano, o
bacteriófago não comanda a síntese de novas partículas
virais, e sim, apenas permanece ali, sendo replicado
Biologia
cada vez que a célula se divide. Esse ciclo é chamado
de ciclo lisogênico. Em determinado momento esse
pedaço de material genético separa-se do cromossomo
bacteriano e inicia um ciclo lítico.
Fig. 3 - Ciclo lisogênico. Este ciclo é caracterizado pela inserção
do material genético viral no DNA cromossômico bacteriano, sem
comandar a síntese de novas partículas virais. Assim, o material genético
é transmitido a cada célula resultante da bipartição bacteriana.
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VERSO
Mas você deve saber que, além da injeção realizada,
por exemplo, pelos bacteriófagos, o material genético
dos vírus pode penetrar as células de outras maneiras.
Os vírus podem realizar uma fusão de seu envelope
com a membrana da célula, fazendo com que a cápsula
penetre inteira na célula. Além disso, os vírus podem
ser englobados através de vesículas, entrando na célula
com o material genético e a cápsula também. Nesses
casos, é necessário degradar as cápsulas dentro das
células, o que o vírus faz com o auxílio de enzimas.
Retrotranscrição
Vírus formados por DNA podem comandar diretamente
a síntese de RNAm (RNA mensageiro) que se encarrega
de comandar a síntese protéica. No entanto, existem
vírus formados por RNA que, durante o processo
de infecção viral, produzem uma molécula de DNA
usando o RNA como molde. Esse processo é chamado
de retrotranscrição, visto que a produção de RNA
usando DNA como molde é chamada de transcrição.
Os vírus que realizam esse processo são chamados de
retrovírus, e um exemplo é o HIV, o vírus causador
da AIDS. Esse DNA formado pela retrotranscrição é
usado como molde para uma molécula de RNAm, que
vai comandar a síntese protéica. A enzima responsável
por esse processo é a transcriptase reversa, encontrada
somente nesses vírus, assim nenhum outro ser é capaz
de realizar a retrotranscrição.
Mas é importante destacar que existem vírus de RNA
cujo material genético atua diretamente como RNAm,
Fique
sem produção de DNA. Esses não são retrovírus.
- Atento
Nem todo vírus de RNA é um retrovírus! Só aqueles
que realizam retrotranscrição é que se encaixam
sob esta categoria.
O Que é uma Doença Causada por Vírus?
Conforme vimos no módulo anterior, um vírus precisa
infectar uma célula para se reproduzir. Por isso dizemos
que os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios,
você se lembra? Fora das células, os vírus não têm
nenhuma atividade metabólica, sendo apenas um
aglomerado de moléculas vagando pelo espaço. Os
vírus envelopados (como o vírus da gripe e o vírus
da AIDS) resistem menos ao ambiente, necessitando
entrar mais rapidamente em contato com alguma
célula. Ao encontrar uma célula - seja animal, vegetal,
bacteriana, entre outras - se houver uma interação entre
as moléculas virais e as moléculas da superfície da
42
célula, então o vírus poderá infectá-la. Essa necessidade
de haver interação entre o vírus e a célula confere uma
especificidade ao vírus, ou seja, ele só infecta um
tipo de célula específico. Assim, um vírus que infecte
células pulmonares, provavelmente não consegue
infectar células do sistema nervoso.
Quando os vírus destróem um conjunto de células ao
final de seus processos de reprodução, eles causam
doenças. Dependendo do tecido infectado, e do
comportamento do vírus ao infectá-lo, teremos doenças
diferentes.
Você provavelmente já contraiu uma virose qualquer, e
os médicos recomendaram apenas repouso e a ingestão
de bastante líquido, não? Isso porque grande parte das
doenças virais pode ser combatida somente pela atuação
do sistema imunológico. Assim, os métodos de combate
às doenças virais são direcionados, principalmente, à
prevenção do contágio e à vacinação (se existir uma
vacina). Somente em doenças letais, como a AIDS, por
exemplo, é feito o controle da replicação viral dentro
do nosso organismo.
A vacinação permite ao nosso organismo entrar em
contato com o vírus sem contrair a doença, visto que na
vacina se encontram apenas vírus inativados (incapazes
de infectar uma célula), enfraquecidos (não causam
danos sérios), ou até mesmo só fragmentos de vírus.
Ao ser vacinado, o organismo adquire imunidade, e
quando entrar em contato com o vírus que poderia
causar danos, combate rapidamente a infecção,
evitando a doença.
Alguns vírus mutam muito freqüentemente, ou seja,
seu material genético está mudando constantemente.

Biologia
Assim, fica muito difícil combatê-los com vacinas.
É exemplo disso o vírus da gripe, que sofre muitas
mutações, e por isso é necessário que se desenvolva
uma nova vacina a cada ano.

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FRENTE
 Doenças Causadas Por Vírus

Na tabela abaixo, você pode conhecer algumas doenças humanas causadas por vírus.
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VERSO
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FRENTE
 Divertimentos
c) Reproduzem-se por processos idênticos aos das
bactérias.
d) Crescem por justaposição de matéria.
e) Possuem poder de síntese que lhes permite vida
com o professor independente de outras células.
1) Por que os vírus não são encaixados em nenhum dos cinco
reinos apresentados no módulo anterior? 9) (UFRN) Todos os vírus são constituídos por:

2) Que tipos de moléculas podem fazer parte de um vírus? a) DNA e proteínas.

Que estruturas elas podem formar?
b) Aminoácidos e água.
3) Esquematize o ciclo lítico, colocando legendas. c) Ácidos nucléicos e proteínas.
d) DNA e RNA.
4) Diferencie ciclo lítico de ciclo lisogênico. e) RNA e proteínas.
Biologia

5) Por que os vírus precisam infectar as células para se re- 10) (UECE) O agente causador da doença está
produzirem?
corretamente indicado em:
6) Todos os vírus causam doenças?
Doença - agente
7) O que é vacina? Por que é difícil criar uma vacina contra a) febre amarela – vírus b) sífilis – vírus
a AIDS?

Divertimentos
c) poliomielite – bactéria d) tétano – vírus

11) (UFSC) A febre amarela, antes restrita a regiões

afastadas, é um mal que começa a ameaçar, cada vez
necessários mais, os centros urbanos.
Sobre a febre amarela, é correto afirmar que:
8) (UFCE) Os vírus não possuem organização celular;
no entanto, apresentam algumas características de 01. apresenta dentre outros sintomas, febre alta e
vida. Assinale a opção que apresenta uma dessas vômito.
características: 02. é causada por vermes.
04. o contágio dá-se pela ingestão de alimentos
a) São constituídos de DNA, RNA, proteínas e contaminados.
carboidratos. 08. vacinas contra esse mal ainda não foram
b) Possuem a capacidade de se adaptarem ao meio desenvolvidas.
através de mutações.
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VERSO
16. uma das formas de prevenção é a eliminação do grandes centros urbanos brasileiros, podem reaparecer
mosquito que transmite essa doença. como aconteceu recentemente em áreas urbanas de São
32. é uma doença que pode causar a morte. Paulo e Rio de Janeiro. Uma condição que propicia o
reaparecimento das doenças citadas é:
12) (UFSC) Apesar das campanhas divulgadas em
todos os veículos de comunicação, a dengue tem se a) aumento exagerado dos níveis de poluição do ar.
espalhado para áreas onde antes não ocorria. Sobre a b) ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos.
dengue, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). c) proliferação de criadouros de mosquitos vetores.
d) ingestão de água contaminada por esgotos.
a) Como prevenção, existem vacinas que atuam e) aumento de radiação ambiental causado pelas usinas
imunizando totalmente as pessoas. nucleares.

Divertimentos
b) É uma doença infecciosa.
c) Sua forma de transmissão se dá pela picada de um
tipo de mosquito.
d) Tem como sintomas febre alta, moleza, dores
musculares e de cabeça, entre outros. profundos
e) Já foi descartada a eliminação do mosquito
transmissor da doença, como forma de combatê-la, 16) Como os vírus, mesmo não possuindo ribossomos
pois é um método ineficaz. para efetuar a síntese protéica, possuem uma cápsula
f) Em alguns casos podem ocorrer hemorragias fatais. de proteínas?

13) (FUVEST) A febre amarela é uma:
a) verminose adquirida por contato com fezes.
b) virose transmitida por um mosquito.
c) amebíase transmitida por águas contaminadas.
d) verminose transmitida por um caramujo.
e) infecção bacteriana de origem hospitalar.
14) (VUNESP) Em relação à AIDS, temos as
afirmações seguintes:
I – A doença é causada por vírus.
17) Como você pode explicar que alguns vírus
parasitam apenas bactérias, outros apenas plantas,
outros só animais, e outros somente seres humanos?
18) (FUVEST) Que argumentos podem ser usados para
justificar a classificação dos vírus como seres vivos?
19) (FUVEST) Com o objetivo de promover a
reprodução de certo vírus bacteriófago, um estudante
incubou vírus em meio de cultura esterilizado, que
continha todos os nutrientes necessários para o

Biologia
II – O contágio se dá, principalmente, por transfusão crescimento de bactérias. Ocorrerá a reprodução dos
de sangue contaminado, contato sexual com portadores vírus? Por quê?
e uso comum de agulhas pelos viciados em drogas.
III – A convivência com a pessoa doente, em casa, 20) (UFPE) Foi realizada uma experiência com duas
no trabalho, na escola, na rua, excluídas as condições linhagens (A e B) do vírus do mosaico do tabaco
mencionadas em II, não oferece perigo de transmissão (TMV) em que foram isoladas as capas protéicas e o
da doença. RNA (ácido ribonucléico) de cada linhagem. A seguir,
IV – A doença atua sobre o sistema imunológico, foi reconstituído um vírus “híbrido”, o qual possuía
diminuindo a resistência do organismo. o RNA da linhagem A e a proteína da linhagem B.
Esse vírus “híbrido” foi utilizado para a infeccção de
Considerando os conhecimentos atuais, assinale a folhas sadias de fumo. Com relação aos novos vírus
alternativa: produzidos, após a infecção, pode-se afirmar que estes
apresentam:
a) se apenas II, III e IV são corretas.
b) se apenas II e III são corretas. a) RNA e proteína da linhagem B.
c) se apenas I,II e IV são corretas. b) RNA e proteína da linhagem A.
d) se apenas I, III e IV são corretas. c) RNA e proteína da linhagem A e proteína da
e) se apenas I, II, III e IV são corretas. linhagem B.
d) RNA e proteína da linhagem B e proteína da
15) (FUVEST) Doenças como a dengue, a febre linhagem A.
amarela e mesmo a malária, há muito erradicadas dos e) RNA e proteína “híbrida” entre A e B.

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FRENTE
 21) (UNICAMP) AIDS é uma doença que, sem
dúvida, ameaça a humanidade. As tentativas para o
desenvolvimento de uma vacina têm sido infrutíferas.
Explique, do ponto de vista genético, qual a causa
desse insucesso.

22) (VUNESP) O vírus responsável pela síndrome da

imunodeficiência adquirida (AIDS) é um retrovírus.
Qual o tipo de ácido nucléico que constitui o material
genético dos retrovírus? A denominação retrovírus
refere-se a que característica deste vírus?

23) (FUVEST) Um vírus foi identificado como a causa

da morte de centenas de focas no Mar do Norte e no
Báltico. Ao penetrarem no organismo, as primeiras
células que esses vírus invadem e prejudicam são os
macrófagos e os linfócitos.

a) Explique por que as focas infectadas se tornam

extremamente vulneráveis ao ataque de outros
microorganismos patogênicos.
b) Especifique a função de cada uma das células
mencionadas.
Biologia

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VERSO
 Frente - Chagas
MÓDULO 03: Reino Monera e
Outros componentes impor tantes das células
bacterianas são os plasmídeos. Eles são moléculas
bem pequenas de DNA circular e ficam separados
do DNA cromossômico bacteriano. Eles têm função
Bacterioses importantíssima na reprodução bacteriana, na
engenharia genética e no processo de obtenção de
Você deve se lembrar de que o primeiro reino que resistência a antibióticos, como veremos logo adiante.
citamos nesta apostila, logo no primeiro módulo, foi o
reino Monera. Este reino é composto principalmente
por dois grupos: bactérias e cianobactérias. Estas
últimas já foram chamadas de “algas azuis”, no entanto,
esse não é um nome bem aceito atualmente, pois elas
são muito mais próximas das bactérias do que das algas.

Estrutura Celular Geral

de uma Bactéria
Uma célula bacteriana é procarionte, ou seja, não
tem núcleo celular organizado. Assim, é composta
principalmente de uma molécula de DNA circular,
chamado de DNA cromossômico, além de citoplasma,
membrana celular e parede celular.
O citoplasma bacteriano não possui nenhuma organela Fig. 1 - Esquema geral da célula bacteriana.
membranosa (cloroplasto, mitocôndria, complexo
de Golgi, entre outros). Afinal, se grande parte das Formas que as Bactérias Apresentam
bactérias é do tamanho de uma mitocôndria, então Os moneras são unicelulares, na maioria das vezes
como poderiam ter uma no seu citoplasma? A única podendo viver tanto de modo isolado como de modo
organela que uma bactéria possui é o ribossomo, colonial. Este último modo é caracterizado pela
utilizado na sua síntese protéica. formação de um aglomerado de células independentes
A parede celular das bactérias é composta por entre si. Caso sejam separadas, elas continuam a
peptídeoglicanos (basicamente proteínas ligadas a sobreviver. No entanto, já foram descobertas, por
carboidratos) diferentemente da parede celular dos cientistas brasileiros, células com aspecto piramidal
vegetais. Apesar disso, as duas paredes têm a mesma formando um aglomerado, no qual os ápices das

Biologia
função, ou seja, conferir uma resistência contra a lise células são voltados para o centro do grupo, criando
(rompimento da célula) causada pela entrada de água ali um espaço vazio comum para troca de substâncias
na célula bacteriana. Imagine que a célula sem parede entre as células. Essas células bacterianas dependem
fosse um balão de ar. A entrada descontrolada de água do agrupamento para a sua sobrevivência. Assim,
na célula levaria ao rompimento da membrana, assim podemos considerá-las seres multicelulares.
como a entrada excessiva de ar faria o balão estourar. Também não se deve pensar que as bactérias são
Agora imagine que você colocasse o balão dentro sempre retangulares, conforme ilustrado na maioria
de uma caixa de acrílico. Essa caixa iria conferir dos esquemas didáticos. Existem bactérias das mais
uma resistência ao aumento de volume do balão, e variadas formas possíveis, desde esféricas até espirais.
você não conseguiria estourá-lo, por mais forte que
assoprasse. Podemos dizer que a parede celular tem a
mesma função: impedir que a célula estoure, ou melhor
dizendo, impedir que seja lisada, que sofra lise. No
entanto, a parede celular das bactérias é formada por
moléculas diferentes da parede das células vegetais.
A célula bacteriana também pode possuir uma cápsula
formada de material mucilaginoso. Essa cápsula,
quando existente, envolve externamente a parede
celular e, sem ela, algumas bactérias perdem sua
capacidade de infectar outras células para obtenção
de alimento.
Fig. 2 - Algumas formas de células bacterianas encontradas.

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FRENTE
 Esporulação
Em alguns momentos, as células bacterianas podem
encontrar um ambiente hostil que coloque algum
empecilho à sua sobrevivência. Nesses casos, a célula
bacteriana pode se transformar em uma estrutura
chamada de esporo. Esporos bacterianos possuem
um baixo metabolismo, sendo capazes de permanecer
funcionais por um longo período de tempo e, assim,
sobreviver a condições hostis. Quando as condições
ambientais voltam a ser favoráveis, o esporo é desfeito
e a bactéria volta ao nível normal de metabolismo.
uma bactéria, resistente a determinado antibiótico,
pode passar o gene de resistência para outra bactéria.
Esse processo torna possível aparecerem bactérias
resistentes a diversos antibióticos. Isso acontece muito
em hospitais, onde existe uma quantidade maior de
bactérias - trazidas pelos pacientes que chegam ali - que
podem se encontrar e realizar conjugação.
Cromossomo
Plasmídeo

O bacilo tetânico esporula na presença de oxigênio, e

quando encontra uma condição de anaerobiose (quando
penetra os tecidos humanos) dá origem a um bacilo.
A função dos esporos bacterianos não é reprodutiva,
diferentemente da função dos esporos dos fungos e
vegetais, que você estudará nas próximas apostilas.
Uma bactéria dá origem a um esporo, que depois volta
a dar origem a uma bactéria.

Reprodução
As bactérias se reproduzem assexuadamente, por divisão
binária (bipartição). Nesse processo, cada bactéria dá
origem a duas bactérias em aproximadamente 20
minutos. As bactérias filhas são idênticas à bactéria Fig. 4 - Esquema da conjugação bacteriana. Nesse processo
sexuado, os plasmídeos são passados de uma bactéria para
que lhes deu origem.

Fique
outra, através de uma ponte de conjugação. Esses plasmídeos
podem conferir novas características à célula que recebeu.

- Atento
Plasmídeo Uma definição biológica de sexo pode ser simplesmente:
Duplicação
do DNA sexo é a fusão do material genético de dois indivíduos
Biologia

cromossomal diferentes. Portanto, é correto sim dizer que as bactérias

fazem sexo. E o mais interessante: o sexo nas bactérias
não precisa ocorrer junto com a reprodução (formação
de novas células bacterianas).
Divisão celular

No processo de transformação, uma bactéria adquire

um fragmento de DNA do ambiente e não diretamente
de outra bactéria (apesar de que esse fragmento
encontrado solto no ambiente pode ter vindo de
uma bactéria lisada). Esse é o processo utilizado
Fig. 3 - Bipartição bacteriana. O processo de reprodução realizado
pelas bactérias é um modo assexuado de reprodução. em Engenharia Genética para inserir um plasmídeo
com um gene de interesse em uma bactéria. Assim, a
Você sabia que, além da bipartição, as bactérias bactéria passa a produzir a proteína que se deseja. E
podem fazer sexo? Um exemplo disso é a conjugação esse processo também é sexo!
bacteriana. Nesse processo, duas bactérias se unem Um outro processo de transferência de DNA bacteriano
por uma ponte de conjugação e, por essa ligação, uma é a transdução. Nela, um bacteriófago é o responsável
envia para a outra plasmídeos, que passam a fazer pela passagem dos genes de uma bactéria para outra.
parte do genoma (conjunto de todo o DNA) da bactéria Ocorre naturalmente quando um fago infecta uma
receptora. É um processo extremamente importante bactéria para montar outras partículas virais e leva,
para a obtenção de resistência pelas bactérias, pois além do material genético do vírus, fragmentos de

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VERSO
 Metabolismo
Os moneras possuem as mais variadas formas de
material genético bacteriano, que veio da bactéria metabolismo possíveis, podendo ser tanto autótrofos
infectada anteriormente. Ao infectar outra bactéria, quanto heterótrofos.
insere tudo isso no meio do material genético dela. E Os autótrofos podem ser tanto fotossintetizantes
agora? Isso também é sexo? Lógico que é! E o mais quanto quimiossintetizantes. Os fotossintetizantes
interessante: a fusão de material genético de um vírus convertem a energia solar em energia química, através
com um organismo acontece não só com as bactérias, da fotossíntese. Um exemplo são as cianobactérias,
mas acontece com você também. Sexo dentro de você, que possuem clorofila e realizam esse processo.
sem você saber! Algumas bactérias realizam fotossíntese, mas retiram
o hidrogênio de outros compostos e não da água. São
exemplos disso as bactérias que utilizam compostos
de enxofre.
Os quimiossintetizantes não utilizam a energia solar
como fonte de energia para a síntese de alimentos,
mas retiram essa energia de reações inorgânicas. Um
exemplo são as nitrobactérias, que participam do ciclo
do nitrogênio. Ao transformarem nitrito em nitrato,
obtêm a energia necessária à síntese de moléculas
orgânicas.
As bactérias heterótrofas podem ser parasitas,
mutualistas ou decompositoras. As parasitas são
aquelas bactérias causadoras de doenças, como cólera,
tuberculose, tétano, entre outras. Algumas bactérias
estabelecem relações mutualísticas com outros
organismos, por isso são chamadas de mutualistas. Um
exemplo são as bactérias encontradas no estômago dos
ruminantes, pois elas são capazes de quebrar a molécula
de celulose em moléculas menores, devido à enzima
celulase que possuem. Elas realizam esse processo
para a manutenção do próprio metabolismo, mas o

Biologia
ruminante também aproveita as moléculas resultantes
dessa quebra. Além disso, bactérias encontradas no
tubo digestivo dos animais (inclusive do ser humano)
podem fornecer vitaminas essenciais a estes. Por fim,
existem as bactérias decompositoras, responsáveis pela
utilização de matéria morta (como tronco de árvores e
cadáveres) para obtenção de energia. São extremamente
importantes para a reciclagem dos nutrientes nas teias
Fig. 5 - Esquema do processo de transdução. Evento normal:
1 e 2. O material genético de um vírus que realizava o ciclo alimentares.
lisogênico se separa do material genético da célula; 3. Ocorre As bactérias podem ser anaeróbias, anaeróbias
a multiplicação do material genético viral e a produção das
proteínas virais; 4. Ocorre a montagem viral (material genético
é envolvido pelas proteínas) e a lise da célula hospedeira.
facultativas ou aeróbias. As bactérias anaeróbias
Evento raro: A e B. O material genético viral pode, ao se vivem somente na ausência de oxigênio, realizando
destacar, levar um fragmento do material genético bacteriano;
C. O material genético viral junto com o fragmento do material fermentação. Ao entrar em contato com o ar atmosférico,
genético bacteriano se multiplica. D. Esse material genético é
colocado dentro das cápsulas na montagem da partícula viral e elas esporulam. É o caso do bacilo tetânico, conforme
é liberado pela lise da célula hospedeira. Os vírus resultantes você já viu quando falamos sobre esporulação. As
do evento raro, ao infectar uma outra célula e realizar o ciclo
lisogênico, inserem o fragmento do material genético da outra
bactéria na nova célula hospedeira. Quando isso ocorre, esse
anaeróbias facultativas são capazes de viver tanto na
processo é denominado transdução, um processo sexuado. ausência quanto na presença de oxigênio. Se houver
Ocasionalmente, esse fragmento pode trazer uma vantagem
para a célula hospedeira e para suas descendentes, enquanto os oxigênio no meio, realizam a respiração celular, mas
vírus não realizarem o ciclo lítico. são capazes de voltar a realizar fermentação na ausência
de oxigênio. Já as bactérias aeróbias não são capazes
de sobreviver muito tempo na ausência de oxigênio.

51 Cooperativa
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FRENTE
 Importância contato com algumas bactérias patogênicas, ou seja,
• São causadoras de doenças que são capazes de provocar doenças. Esse contato
As bactérias parasitas são causadoras de doenças. pode ocorrer através do ar, da comida, de lesões na
Mais adiante, veremos mais detalhes sobre doenças pele, ou através de contato com outros organismos
importantes causadas por bactérias. infectados.
• Têm importância ecológica Muitas doenças não são causadas pelas bactérias, mas
A decomposição realizada pelas bactérias permite que pelas toxinas que elas produzem em seu metabolismo.
os nutrientes encontrados em seres mortos possam Um exemplo é a toxina botulínica, causadora do
retornar à cadeia alimentar. Sem esse processo, os botulismo.
nutrientes se esgotariam nos ecossistemas.
• São participantes do ciclo do nitrogênio
As bactérias têm um papel fundamental no ciclo do
nitrogênio, que você estudará em detalhes no capítulo
sobre Ecologia. As bactérias são responsáveis em fixar
o nitrogênio atmosférico (N2) em amônia (bactérias do
gênero Rhizobium), são responsáveis por transformar
o nitrito em nitrato e, também, por transformar nitrato
e amônia em N2. Cada etapa é realizada por um grupo
diferente de bactérias.
O nitrogênio entra na formação de moléculas de ácidos
nucléicos e proteínas, e como nem os animais nem as
plantas são capazes de retirar o nitrogênio diretamente
da atmosfera (do gás nitrogênio - N2 - encontrado na
atmosfera), a existência das bactérias é fundamental à
sobrevivência desses organismos.
• São importantes em processos industriais
As bactérias participam de diversos processos
industriais. Podemos citar, como exemplo, as bactérias
que produzem ácido acético na fabricação do vinagre,
e os lactobacilos, envolvidos na fabricação de iogurtes.
O álcool também pode ser produzido pelas bactérias,
no entanto, nos processos industriais utilizam-se mais
leveduras, que são fungos.
Biologia

• São utilizadas na engenharia genética

As bactérias são bastante utilizadas nos experimentos
de engenharia genética, pela alta taxa de reprodução
e pela facilidade em serem manejadas. É possível
inserir nas bactérias um plasmídeo contendo genes
com informações para a produção de proteínas que
se deseja, pelo processo da transformação já citado
neste módulo. Um exemplo é a transformação de
bactérias a partir de plasmídeos contendo o gene para a
produção de insulina, o que faz com que essas bactérias
produzam essa proteína. Essa insulina pode então ser
retirada do meio bacteriano e utilizada no tratamento
de seres humanos.

Doenças Causadas por Bactérias

Talvez você ache estranho, mas nosso corpo está
coberto de bactérias. Tanto a pele, quanto a boca, nariz,
intestino, uretra, vagina, contêm diversas espécies de
bactérias que convivem conosco, sem causar danos
ao nosso organismo. No entanto, podemos entrar em

Cooperativa 52
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VERSO
 Doenças Causadas Bactérias

Na tabela abaixo, você pode conhecer algumas doenças humanas causadas por bactérias.

Biologia

53 Cooperativa
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FRENTE
Biologia

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VERSO
Divertimentos
com o professor
III. A bactéria Halobacterium halobium obtém a energia
necessária a seu metabolismo a partir da luz captada
por um pigmento chamado rodopsina bacteriana.

Com base nessas informações, Nitrossomas europaea,

1) Quais são as estruturas encontradas na célula de Escherichia coli e Halobacterium halobium podem ser
um monera? classificados, respectivamente, como organismos:

2) Cite duas importâncias dos moneras. a) autotróficos, autotróficos, autotróficos.

3) (FUVEST) Cite duas formas de reprodução nas
bactérias.
4) Dê dois exemplos que justifiquem a seguinte
afirmação: nem todas as bactérias causam doenças.
5) Qual a importância das bactérias decompositoras?
b) autotróficos, heterotróficos, autotróficos.
c) autotróficos, heterotróficos, heterotróficos.
d) heterotróficos, autotróficos, heterotróficos.
e) heterotróficos, heterotróficos, autotróficos.
10) (PUCCAMP) Das moléstias venéreas abaixo, as
causadas por bactérias são apenas:

Divertimentos
a) sífilis e AIDS.
b) AIDS e blenorragia.
c) blenorragia e sífilis.
d) sífilis e herpes genital.
necessários e) herpes genital e blenorragia.

6) (PUC-RJ) Muitas doenças humanas são produzidas

por vírus. Marque na relação seguinte a única que é de
origem bacteriana:
a) gripe.
Divertimentos
profundos
b) caxumba.
c) tétano. 11) (UFRJ) Desde a antiguidade, o salgamento foi
d) sarampo. usado como recurso para evitar a putrefação dos
e) varíola. alimentos. Em algumas regiões, tal prática ainda é
usada para a preservação da carne de boi, de porco ou

Biologia
7) (FUVEST) Os antibióticos atuam contra os agentes de peixe. Explique o mecanismo por meio do qual o
causadores das seguintes doenças: salgamento preserva os alimentos.
a) tuberculose, coqueluche e hepatite.
b) tuberculose, sífilis e gripe. 12) (UNICAMP) O nitrogênio é essencial à vida e,
c) tétano, sífilis e gripe. embora aproximadamente 79% da atmosfera terrestre
d) tuberculose, coqueluche e sífilis. seja nitrogênio gasoso (N2), apenas poucas bactérias e
e) coqueluche, sífilis e sarampo. algas são capazes de utilizá-lo nessa forma.

8) (FCM – Santos) Bacilos são: a) Sob que forma o nitrogênio é obtido por plantas e
a) vírus em forma de bastonetes. animais?
b) Bactérias esféricas, agregadas em fio. b) Para que os seres vivos utilizam o nitrogênio?
c) Bactérias em forma de bastonete.
d) Hifas de fungos do grupo dos basiodiomicetos. 13) (FUVEST) Uma conquista recente no campo da
e) Fungos unicelulares e de forma alongada. biotecnologia é o uso de bactérias para a produção de
proteína animal de interesse comercial. Por exemplo,
9) (FUVEST) Considere as seguintes afirmações: hoje já estão sendo comercializadas insulina e
I. A bactéria Nitrossomas europaea obtém energia somatotrofina (ou somatropina) humanas produzidas
necessária a seu metabolismo a partir da reação de por bactérias.
oxidação de amônia e nitrito. Explique sucintamente o processo por meio do qual se
II. A bactéria Escherichia coli obtém a energia modificam bactérias para que elas passem a produzir
necessária a seu metabolismo a partir da respiração proteínas humanas.
aeróbia ou da fermentação.
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FRENTE
 14) (FUVEST) Duas doenças sexualmente transmissíveis
muito comuns são a uretrite não-gonocócica que, tudo
indica, é causada pela Chlamydia trachomatis e o
herpes genital, causado pelo Herpex simplex. A tabela
a seguir compara algumas características desses dois
agentes infecciosos.

a) Esses organismos são vírus, bactérias, protozoários,

algas, fungos, plantas ou animais? Justifique sua
classificação com base nas características mencionadas
na tabela.
b) Esses dois agentes infecciosos indicados podem ter
seu crescimento populacional representado pelo gráfico
a seguir? Justifique sua resposta.

128
Número de indivíduos

64 –

32 –
16 –
Biologia

8–

4–

2–

t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 tempo

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VERSO
 Frente - Chagas
MÓDULO 04: Ciclos de Vida e Meiose Espórica
Fungos É a meiose que ocorre para a produção de esporos. Uma
forma de vida diplóide dá origem a esporos por meiose.
Estes se desenvolvem em uma forma de vida haplóide,
Meiose Zigótica que dá origem a gametas por mitose. Dois gametas se
É a meiose que ocorre logo após a fecundação. Uma fundem, dando origem a um zigoto diplóide, que se
forma de vida haplóide dá origem por mitose a um desenvolve em uma forma de vida diplóide, fechando
gameta. Dois gametas se fundem, dando origem a um o ciclo.
zigoto diplóide, que logo sofre a meiose e dá origem Este é o ciclo de vida das plantas e de muitas algas e é
a uma célula que originará a forma de vida haplóide chamado de alternância de gerações.
novamente, fechando o ciclo. É o ciclo de vida dos
fungos e de algumas algas. Gametófitos
(indivíduos haplóides)
Indivíduos haplóides
(ou muitas células haplóides) Esporos
Células
haplóides

+ Gameta – Gameta
Fecundação
+ Gameta – Gameta
Fecundação
Meiose
Zigoto
Meiose Esta célula
Zigoto sofre meiose
Esporófito
(indivíduo diplóide)
Fig. 1 - Meiose Zigótica. Ilustrado a partir de Raven & Evert & Fig. 3 - Meiose Espórica. Ilustrado a partir de Raven & Evert &
Eichhorn, Biology of Plants, sexta edição, W. H. Freeman and Eichhorn, Biology of Plants, sexta edição, W. H. Freeman and
Company / Worth Publishers, 1999, p. 171. Company / Worth Publishers, 1999, p. 171.

Meiose Gamética Nas últimas aulas, você estudou o Reino Monera. Nesse
É a meiose que ocorre para a produção de gametas. reino, encontram-se seres unicelulares e, o que você
Uma forma de vida diplóide dá origem a gametas por deve sempre lembrar, esses seres são procariontes (sem

Biologia
meiose. Os gametas haplóides se fundem, dando origem núcleo organizado). Nestes próximos módulos, você
a um zigoto diplóide, que se desenvolverá na forma de vai estudar o Reino Fungi, que é o reino dos fungos.
vida diplóide, fechando o ciclo. Há alguns bilhões de anos, os moneras dominavam o
É o ciclo de vida dos animais, de algumas algas e dos planeta. Eles começaram a fundir-se entre si, formando
zoomicetos. os primeiros protistas, que você vai estudar na frente
Gametas
Chagas (protozoários) e na frente Joly (algas). Devido a
essas fusões, os protistas passaram a apresentar núcleo
e mitocôndrias (você vai ouvir falar na teoria da origem
– Gameta
simbiótica das organelas membranosas na frente Kerr).
+ Gameta Após algum tempo, os protistas deram origem aos
Fecundação animais, aos fungos e às plantas.
Durante muito tempo, os fungos foram considerados
Meiose vegetais. Afinal, eram imóveis como as plantas. No
entanto, você já estudou no primeiro capítulo desta
Zigoto
Esta célula
frente que esse critério não é adequado. Como veremos
sofre meiose adiante, os fungos apresentam características que os
podem distinguir das plantas, das bactérias, das algas
Fig. 2 - Meiose Gamética. Ilustrado a partir de Raven & Evert &
Eichhorn, Biology of Plants, sexta edição, W. H. Freeman and
e dos animais.
Company / Worth Publishers, 1999, p. 171.

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FRENTE
 Organização
Os fungos são seres que podem ser unicelulares ou pluricelulares. São eucariontes (com núcleo organizado) e,
diferentemente dos moneras, apresentam organelas membranosas, como as mitocôndrias.
Uma característica interessante das células dos fungos é que elas apresentam parede celular. Desta forma,
elas se diferenciam das células dos seres incluídos no Reino Animalia (reino dos animais). No entanto, a sua
composição química é diferente da parede dos moneras e das plantas, pois a parede celular dos fungos é composta
de quitina, o mesmo polissacarídeo que compõe o exoesqueleto dos artrópodes (que você irá estudar na frente
Chagas). Portanto, a existência de parede e sua composição particular já sugerem que os fungos devem ser
colocados num reino diferente.
Os fungos pluricelulares não formam tecidos verdadeiros, mas formam filamentos de células chamados de
hifas. Estas hifas podem ser de dois tipos: septadas ou cenocíticas. As células das hifas septadas são separadas
e as divisões entre elas são chamadas de septos. No entanto, essa separação não é completa, permitindo a
passagem de água, alimento e até mesmo pequenas organelas de uma célula para outra. Nas hifas cenocíticas,
não existem separações entre as células, formando-se um espaço intracelular comum ao longo de toda a hifa.
Assim, até mesmo os núcleos das células podem vagar por toda a hifa.
Chamamos de micélio o conjunto de hifas. Esse termo, assim como o termo micologia (estudo dos fungos),
vem do grego mykos, que significa fungo.
As hifas são invisíveis a olho nu, e o que vemos num alimento embolorado, por exemplo, é a parte reprodutiva
do fungo, chamada também de corpo de frutificação. Esta estrutura é responsável pela reprodução dos fungos
através de esporos, como você estudará adiante.
Na figura 1, você pode observar alguns tipos de fungos, desde fungos unicelulares até fungos que formam
hifas e corpos de frutificação.

Saccharomyces Morchella Orelha-de-pau

(levedura encontrada no fermento de padaria) (um fungo comestível)
)
Biologia

Ascomiceto Ascomiceto Basidomiceto

Penicillium
(produz a penicilina)

Deuteromiceto
Cogumelos
Fig. 1 - Alguns diferentes tipos de fungos. É possível observar um exemplo de fungo unicelular (a levedura Saccharomyces),
além de diversos tipos de corpos de frutificação.

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VERSO
Metabolismo
Todos os fungos são heterótrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento. Isso já impossibilita que sejam
classificados no Reino Plantae (reino vegetal). Para obterem seu alimento, precisam se fixar a um substrato,
sobre o qual lançam enzimas digestivas e absorvem as moléculas resultantes dessa digestão. Depois disso, as
moléculas absorvidas são transportadas através das hifas.
Esse substrato pode ser matéria morta e, nesse caso, os fungos são chamados de saprófagos ou decompositores.
Pode também ser matéria viva, e os fungos que se alimentam dela são chamados de parasitas. Uma outra maneira
de obterem alimento é se relacionando com outro ser. Nessa relação, chamada de mutualismo, os fungos recebem
alimento e, em troca, fornecem um benefício ao outro ser. Esses fungos são chamados mutualistas, e veremos
sua importância mais adiante.
Os fungos são capazes de fazer respiração aeróbia na presença de oxigênio, pois possuem mitocôndrias. No
entanto, quando não existe essa possibilidade, eles realizam a fermentação, processo que ocorre no citoplasma,
sem utilização de oxigênio. No caso das leveduras, ocorre a produção de álcool e gás carbônico na fermentação,
que por isso é chamada de fermentação alcoólica. A fermentação também é útil para a fabricação de massas,
devido ao gás carbônico.
A reserva de açúcar encontrada nos fungos é o glicogênio, o mesmo polissacarídeo de reserva dos animais.
Esta é mais uma razão para não podermos classificar os fungos no Reino Plantae.

Reprodução
Os fungos podem apresentar tanto a reprodução assexuada quanto a reprodução sexuada. As leveduras, por
exemplo, são unicelulares e apresentam reprodução assexuada por brotamento (exemplos de levedura são os
fungos do gênero Saccharomyces, ilustrados no primeiro quadrinho da figura 1). Neste tipo de reprodução, uma
célula começa a brotar diretamente da parede de outra célula. É diferente de uma bipartição (em que a célula se
divide ao meio) e de uma mitose (onde há todo um mecanismo complexo de separação do material genético). No
caso do brotamento, a célula-mãe começa a sintetizar mais material que compõe a parede celular e o citoplasma,
além de um novo núcleo. No local da parede onde ocorreu o brotamento, fica uma cicatriz. Após toda a parede
estar marcada por cicatrizes, a célula deixa de se reproduzir. Os fungos multicelulares podem se reproduzir
assexuadamente ao produzir esporos, também haplóides (como todas as suas células), por mitose. As hifas

Fusão Meiose II Quatro núcleos

dos núcleos haplóides
Basídio resultantes

Biologia
(n+n) da meiose

Zigoto (2n)
Basídio com núcleo sofre Meiose I
diplóide (zigoto)(2n)

Basídio

Brotamento de esporos
(basidiósporos)

Basídios com
basidiósporos Esporo sendo
liberado

Esporo -

Fusão
de hifas Esporo +
Micélio Micélio
dicariótico (n+n) monocariótico (n)

Fig. 2 - Reprodução sexuada em um fungo basidiomiceto.

59 Cooperativa
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FRENTE
 também podem se reproduzir ao se separar em dois ou mais pedaços, num processo chamado de fragmentação.
No entanto, muitos fungos apresentam reprodução sexuada, que começa com a fusão de duas células haplóides
de hifas com material genético diferentes formando uma célula com dois núcleos haplóides (célula dicariótica).
Essa célula pode ser considerada diplóide com dois núcleos, mas após certo tempo, esses núcleos acabam se
fundindo, dando origem a uma célula diplóide com apenas um núcleo. Essa célula sofre meiose, formando
esporos haplóides que são liberados no ar. Ao caírem sobre algum substrato, esses esporos dão origem a uma
nova hifa também haplóide (figura 2).
Os esporos dos fungos são encontrados em todos os lugares. Por isso é tão fácil um alimento considerado
“limpo” ficar embolorado, se não for guardado em local apropriado.

Mitose Reprodução
assexuada por
Meiose II conídios (esporos)
Tricogine

Ascósporos

Plasmogamia

Meiose I

Cariogamia

Ascocarpo
Biologia

Fig. 3 - Tipos de reprodução em um fungo ascomiceto. Observe a ocorrência tanto de reprodução assexuada
quanto de reprodução sexuada.

Esporângio

Reprodução
assexuada por
esporos (n)

Esporos (n)

Esporângio
Meiose
ocorre durante Zigosporângio (2n)
a germinação Linhagem +
do esporângio Gametângio (n)

Linhagem –

Fig. 4 - Tipos de reprodução em um fungo zigomiceto. Observe a ocorrência de

reprodução assexuada e de reprodução sexuada.

Cooperativa 60
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VERSO
Classificação Os liquens, encontrados nas árvores e pedras, são um
O reino dos fungos abrange diversos representantes que exemplo de relação mutualista entre um fungo e uma
diferem entre si principalmente pelo tipo de reprodução alga (protista) ou uma cianobactéria (monera), na qual
assexuada e pelo tipo de esporo sexuado. o fungo recebe alimento produzido pelo ser associado.
Observe, na tabela a seguir, uma possível classificação Acredita-se que o fungo contribua preparando o
dos fungos: ambiente para a sobrevivência das algas. No entanto, há
Reprodução Esporo teorias que trazem dúvidas se, nessa relação, o fungo
Filo Exemplos Hifas
Bolor do pão,
Assexuada Sexuado
contribui em alguma coisa, dando a entender que o
Zygomycota
fungos que
formam
Esporos,
Cenocíticas fragmentação. Zigósporo fungo somente “escravize” o outro ser (numa relação
micorrizas. chamada esclavagismo, que você irá estudar na frente
Saccharomyces, Brotamento,
Ascomycota
trufa, morchella
Septadas
esporos,
Ascósporo
Kerr). Os liquens se reproduzem por sorédios, unidades
microscópicas de dispersão que contêm tanto células
(fungos fragmentação.
comestíveis).
Cogumelos
como
Brotamento,
esporos, de algas quanto de fungos. Essas estruturas podem ser
transportadas pelo vento, por exemplo, e, ao entrarem
Basidiomycota Septadas Basidiósporo
champignon, fragmentação.
orelha-de-pau.
em contato com um novo substrato, dão origem a um
Podemos chamar os f ungos de zigomicetos, novo líquen.
ascomicetos ou basidiomicetos, dependendo do Os fungos também podem estabelecer uma relação
filo a que pertençam (Zygomycota, Ascomycota e mutualista com raízes de plantas, formando as
Basidiomycota, respectivamente). micorrizas. Nessa relação, os fungos obtêm o alimento
Existe um grupo artificial chamado de Deuteromycota produzido pela planta e, em troca, aumentam na raiz a
(e os fungos inseridos nele podem ser chamados de absorção de água e elementos essenciais, como fósforo,
deuteromicetos). Nesse grupo, se incluem-se fungos zinco, manganês e cobre. Não confunda as micorrizas
que talvez poderiam ser encaixados em qualquer um com os nódulos das leguminosas. Estes últimos surgem
dos três filos listados acima, mas que não o são porque pela relação entre uma bactéria fixadora de nitrogênio
ainda não se conhece sua reprodução sexuada, ou (Rhizobium) e uma planta leguminosa.
porque não a apresentam. São exemplos desse grupo
os fungos Penicillium (produtor da penicilina) e • São utilizados na indústria e na culinária.
Como você viu anteriormente, os fungos realizam
Aspergillus (causador de doenças importantes). fermentação alcoólica. Devido a isto, as leveduras são utiliza-
das na produção de álcool, tanto para uso doméstico e como
combustível quanto para a produção de bebidas alcoólicas,
Importância como cerveja, vinho, cachaça, etc. Um outro produto da fer-
mentação alcoólica é utilizado na culinária: o gás carbônico.
• São decompositores de matéria orgânica. O fermento biológico funciona por causa da fermentação dos

Ao se alimentarem de seres mortos, os fungos realizam
um papel importantíssimo de reciclagem de matéria orgânica.
A partir desse processo, compostos que se encontravam em
troncos mortos ou cadáveres podem ser depositados no solo
e voltar a circular pela cadeia alimentar.
• São parasitas de plantas e animais.
Ao se alimentarem de animais e plantas vivos, os fun-
gos causam doenças. As micoses, a candidíase e o pé-de-atleta
são exemplos de doenças causadas ao ser humano.
• Causam prejuízo econômico.
Os fungos atacam e digerem um número imenso de
materiais, incluindo alimentos, tintas, filmes, lentes, além dos
seres vivos. Os fungos parasitas de plantas causam imenso
prejuízo às lavouras, como, por exemplo, o fungo causador da
vassoura-de-bruxa, doença que está dizimando a população
de cacaueiros na Bahia.
• Mantêm relações mutualistas.
Os fungos são mutualistas muito importantes. Mu-
tualismo é uma relação na qual dois seres têm uma vida
extremamente íntima, compartilhando o espaço e alimento,
e os dois seres são beneficiados.
Biologia
fungos, que, ao produzirem CO2 no meio da massa, criam
várias bolhas de ar que aumentam o volume desta. Você já
reparou que a massa do bolo é cheia de pequenos espaços
vazios? Este é o espaço criado pelo gás carbônico liberado
na fermentação.
Fungos como o champignon, shitake, hiratake e shimeji
são utilizados freqüentemente na culinária.
• Produzem antibióticos.
Na natureza, os fungos estão em constante competição
com as bactérias, principalmente disputando alimento. Evolu-
tivamente, a seleção natural favoreceu fungos que produziram
substâncias capazes de matar as bactérias, e essas substâncias
são chamadas de antibióticos.
Alguns dos antibióticos utilizados pela medicina atual
são extraídos dos fungos, mas não todos. Um exemplo de
antibiótico produzido por fungos é a penicilina, retirado do
fungo Penicillium.

61 Cooperativa
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FRENTE
 Divertimentos
com o professor
a) esporos e gametas, respectivamente.
b) gametas e esporos, respectivamente.
c) gametas e zigotos, respectivamente.
d) ambos esporos.
e) ambos gametas.
1) Qual a importância da meiose nos ciclos de vida?
10) (FUVEST) Um pesquisador que deseje estudar a
2) Esquematize cada um dos ciclos de vida. divisão meiótica em samambaia deve utilizar em suas
preparações microscópicas células de:
3) É certo pensar que todos os fungos causam prejuízos?
a) embrião recém-formado.
4) Por que encontramos bolores até mesmo em b) rizoma da samambaia.
alimentos guardados dentro de sacos fechados? c) soros da samambaia.
d) rizóides do prótalo.
5) Por que colocamos o fermento para que as massas e) estruturas reprodutivas do prótalo.
cresçam?
11) (FUVEST) A membrana celular é impermeável à
6) Cite duas importâncias ecológicas dos fungos. sacarose. No entanto, culturas de levedos conseguem

Divertimentos
crescer em meio com água e sacarose. Isso é possível
porque:

a) a célula de levedo fagocita as moléculas de sacarose

necessários e as digere graças às enzimas dos lisossomos.
b) a célula do levedo elimina enzimas digestivas para
7) (FU VEST) Considere o diagrama abaixo, o meio e absorve o produto da digestão.
representativo do ciclo de vida de uma planta. c) as células do levedo cresceriam mesmo sem a
Qual alternativa completa corretamente o diagrama? presença desse carboidrato ou de seus derivados.
d) as células de levedo têm enzimas que carregam a
X
sacarose para dentro da célula, onde ocorre a digestão.
e) a sacarose se transforma em amido, por ação de
Z enzimas dos levedos, e entra na célula, onde é utilizada.
Indivíduo

12) (FUVEST) Considere os seguintes procedimentos:

Biologia

Meiose
(R!)
Indivíduo
Y
A produção de bebidas alcoólicas.
A produção de açúcar a partir da cana.
X Y Z O cultivo de plantas leguminosas para aumentar a
a) Esporos Zigoto Gameta
b) Esporos Gameta Zigoto
fertilidade do solo.
c) Gameta Esporo Zigoto Os microorganismos atuam em:
d) Gameta Zigoto Esporo
e) Zigoto Esporo Gameta a) I apenas. b) II apenas. c) I e II apenas.
d) I e III apenas. e) I, II e III.
8) (FUVEST) No reino das plantas, organismos
multicelulares haplóides: 13) (UNICAMP - parcial) Fungos crescem sobre
alimentos formando colônias de várias colorações
a) produzem esporos por meiose. visíveis a olho nu (bolor ou mofo). Em um experimento,
b) crescem por divisões meióticas de suas células. um meio de cultura à base de amido foi preparado sob
c) produzem gametas por mitose. fervura, e a seguir distribuído nos frascos de I a IV,
d) são encontrados apenas em ambientes aquáticos. nas seguintes condições:
e) originam-se diretamente de uma fecundação. tampado imediatamente;
tampado depois de frio;
9) (FUVEST) Os produtos imediatos da meiose de uma tampado depois de frio por plástico com furos;
abelha e uma samambaia são: destampado.

Cooperativa 62
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
a) Em qual frasco, teoricamente, se espera que um
maior número de colônias se desenvolva? Por quê? 17) (UFRJ) No 1º Torneio “Inter-Reinos” de Futebol,
b) Por que os fungos crescem sobre substratos organizado pela Federação Taxonômica Internacional,
orgânicos? cinco equipes disputaram os jogos entre si. Um
“jogador” se destacou como artilheiro, levando seu
14) (UFSC) O mofo que ataca os alimentos, os time a vencer o campeonato. Esse “jogador” pertencia
cogumelos comestíveis e o fermento de fazer o pão a um time com as seguintes características: eucarioto,
são formados por organismos que pertencem ao Reino heterótrofo, uni ou pluricelular, reprodução assexuada
Fungi. ou sexuada, com capacidade de causar micoses e
Com relação a esse grupo, indique a(s) proposição(ões) estabelecer interações mutualísticas. Pela descrição
verdadeira(s), acima, podemos concluir que a equipe campeã e o
01) São organismos eucariontes, unicelulares ou artilheiro foram, respectivamente:
pluricelulares, autotróficos facultativos.
02) O material nutritivo de reserva é o glicogênio. a) Monera Futebol Clube e João Rhizobium;
04) Em função da nutrição heterótrofa, esses seres b) Protista Futebol e Regatas e Mário Ameba;
podem viver em mutualismo, em saprobiose ou em c) Sport Clube Fungi e Zé Bolor;
parasitismo. d) Clube Atlético Metafita e Leandro Goiabeira;
08) Alguns fungos são utilizados na obtenção de e) Metazoa Atlético Clube e Leonardo Gavião.

Divertimentos
medicamentos.
16) Nutrem-se por digestão extracorpórea, isto
é, liberam enzimas digestivas no ambiente, que
fragmentam macromoléculas em moléculas menores,
permitindo sua absorção pelo organismo. profundos
32) Na alimentação humana, são utilizados, por
exemplo, na fabricação de queijos, como o roquefort 18) (FUVEST) As algas apresentam os três tipos
e o gorgonzola. básicos de ciclo de vida que ocorrem na natureza. Esses
64) Reproduzem-se, apenas, assexuadamente por ciclos diferem quanto ao momento em que ocorre a
meio de esporos, formados em estruturas denominadas meiose e quanto à ploidia dos indivíduos adultos. No
esporângios, ascos e basídios. esquema abaixo está representado um desses ciclos.
Dê como resposta a soma dos números associados às a) Identifique as células tipo I, II e III.
proposições corretas. b) Considerando que o número haplóide de cromossomos
dessa alga é 12 (n=12), quantos cromossomos os

Biologia
15) (PUC) Em qual das atividades humanas listadas indivíduos X, Y e Z possuem em cada uma de suas
abaixo não há participação de fungos? células?

a) Produção de álcool combustível. 19) (UNICAMP) Até há algum tempo, considerava-

b) Fabricação de certos antibióticos.
c) Indústria da cerveja e do vinho.
d) Pesquisas em controle biológico.
e) Produção industrial de iogurte.
16) (UnB) No ciclo da vida, os fungos exercem papel
importante na reciclagem dos nutrientes. Com relação
a esses organismos, julgue os seguintes itens:
se que os fungos e as bactérias pertenciam ao reino
vegetal. Com o reconhecimento das diferenças entre
eucariotos e procariotos, as bactérias foram separadas,
mas os fungos permaneceram incluídos no reino
vegetal. Mais recentemente, porém, tornou-se claro que
os organismos agrupados como fungos definitivamente
não são plantas.
Células tipo I

1) Os cogumelos venenosos podem ser facilmente

distinguidos dos não-venenosos pela vivacidade da
sua coloração, pois os não-venenosos são brancos ou Células tipo III

pardos.
Indivíduo
multicelular X
2) Alguns fungos são capazes de associarem-se a algas
para constituírem os micélios.
3) Os fungos não apresentam clorofila. Y Indivíduo
multicelulares
Z
4) Todos os fungos são saprófitas, não havendo nenhum
autótrofo ou parasita. Células tipo II

63 Cooperativa
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FRENTE
 a) Apresente uma característica comum a bactérias e
fungos que permitiu considerá-los como plantas.
b) Apresente uma característica das bactérias que
demonstra serem elas pertencentes a outro reino. Qual
é esse reino?
c) Cite duas características das plantas que não são
encontradas nos fungos.

20) (FUVEST) O molho de soja mofado vem sendo

usado na China, há mais de 2.500 anos, no combate a
infecções de pele. Durante a Segunda Guerra Mundial,
prisioneiros russos das prisões alemães, que aceitavam
comer pão mofado, sofriam menos infecções de pele
que os demais prisioneiros, os quais recusavam esse
alimento.

a) O que é mofo?
b) Por que esses alimentos mofados podem combater
as infecções de pele?

21) (FUVEST) As leveduras podem viver tanto na

presença quanto na ausência do gás oxigênio.

a) Que processos de obtenção de energia as leveduras

realizam em cada uma dessas situações?
b) Em qual das situações a atividade metabólica das
leveduras é mais alta? Por quê?
Biologia

Cooperativa 64
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VERSO
Gabaritos reação ocorresse provocou sua rápida evaporação.

Frente - Kerr
MÓDULO 01: A Origem da Vida
11)
a) Nove.
b) Um.
c) Um.

Divertimentos necessários
Divertimentos com o professor
12) e 13) e 14) c 15) e
1) d
16) Quanto maior o calor específico de uma substância,
2) maior é a quantidade de calor que ela precisa receber
a) Os cientistas testaram a hipótese heterotrófica, para alterar sua temperatura. Por isso, a presença
segundo a qual os gases da atmosfera primitiva de grande massa de água nos seres vivos significa
poderiam formar, espontaneamente, os compostos proteção contra grandes variações de temperatura.
orgânicos que originaram as primeiras formas
viventes no planeta Terra. 17) Porque na formação de uma molécula de água
b) Aminoácidos. o oxigênio exerce atração maior sobre o elétron do
c) Organismos autótrofos fotossintetizantes, surgidos hidrogênio do que o próprio hidrogênio. Isso faz
por mutação, liberaram oxigênio livre, resultante da com que o hidrogênio fique ligeiramente positivo
fotólise da água. e o oxigênio, ligeiramente negativo. O resultado é
uma molécula com uma extremidade negativa e duas
3) d 4) b extremidades positivas.

Divertimentos necessários Divertimentos profundos

5) d 6) d 7) c 18)
a) Obtemos de alimentos amarelados como a cenoura
8) Em Io poderiam ter se desenvolvido bactérias e o mamão, sendo que um dos principais carotenóides
quimioautotróficas (ou quimiossintéticas). A energia conhecidos é o retinol ou vitamina A, responsável
para a síntese de matéria orgânica seria obtida a partir pela boa visão.

Biologia
da oxidação de substâncias inorgânicas. b) O controle hormonal é executado por hormônios
esteróides como a testosterona e a progesterona.
9) b 10) d 11) e c) Nos animais é comum a armazenagem nos tecidos
adiposos, enquanto nos vegetais encontramos os
MÓDULO 02: Bioquímica Celular lipídios nos endospermas de algumas sementes, como
as de castanhas.
Divertimentos com o professor
19) c 20) c 21) d
1) a 2) c
22)
3) a) O polipeptídeo E é uma enzima.
a) vitamina C ou ácido ascórbico b) O nome polipeptídeo indica tratar-se de uma
b) escorbuto. substância de origem protéica. O gráfico indica
c) sangramento nas gengivas e perda dos dentes. aumento na velocidade da reação conforme a
temperatura aumenta, mas apenas até certo ponto
4) b 5) e 6) e 7) e 8) a 9) a (temperatura ótima), a partir daí a atividade começa a
10) Os aminoácidos unem-se por ligações peptídicas, diminuir, o que é típico de enzimas.
as quais ocorrem com desidratação, isto é, com
liberação de uma molécula de água. Fox provavelmente 23) As estruturas secundária, terciária e quaternária
não viu a água, embora soubesse que ela estava sendo dão configuração espacial à molécula, que é
produzida, porque o calor empregado para que a fundamental para que ela se encaixe no substrato. A

65 Cooperativa
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FRENTE
 estrutura primária interfere em todas as outras 5)e
estruturas.
6)
24) As enzimas são catalisadores biológicos e, como a) 1 – Cloroplasto e 2 – Mitocôndria
tal, promovem e aceleram reações químicas. No b) No cloroplasto são produzidos glicose e oxigênio,
entanto, as enzimas possuem a particularidade de utilizados pela mitocôndria no processo de respiração
serem moléculas orgânicas de constituição protéica, o celular, onde são produzidos gás carbônico e água.
que não ocorre com todos os catalisadores. Estes, por sua vez, servem de matéria-prima para a
fotossíntese realizada nos cloroplastos, resultando,
MÓDULO 03: Envoltórios Celulares mais uma vez, em glicose e oxigênio.

Divertimentos com o professor 7)

a) Filamentos tubulares formados pela proteína
1) b 2) d 3) c 4) e Tubulina.
b) Formação do fuso de divisão celular onde se
Divertimentos necessários prendem os cromossomos duplicados antes da
disjunção.
5) c 6) d 7) a 8) d 9) a c) Muda de cor para confundir-se com o ambiente e
(ou) atrair indivíduos do sexo oposto
MÓDULO 04: Citoplasma
8) Os problemas respiratórios serão causados pela
Divertimentos com o professor ausência de cílios no epitélio de revestimento interno
da traquéia e a esterilidade será causada pela falta de
1) A grande quantidade de vesículas de secreção, além flagelos nos espermatozóides.
ded apresentar o retículo endoplasmático rugoso e o
aparelho de Golgi bem desenvolvidos, indica que se 9) b 10) c
trata de uma célula secretora.
Divertimentos necessários
2) A função autofágica dos lisossomos está relacionada
à digestão de substâncias presentes na própria célula 11) O aminoácido foi detectado inicialmente no RER,
– como organelas envelhecidas –; enquanto na função local que deve ter sido utilizado na síntese de alguma
heterofágica as substâncias digeridas vêm de fora, proteína. Quando sua quantidade diminuiu no RER,
capturadas por fago ou pinocitose. podia ser detectado no complexo de Golgi, local para
Biologia

onde a proteína deve ter se dirigido. Finalmente, o

3) Os lisossomos se originam do complexo de Golgi
por brotamento, e são cheios de enzimas digestivas
produzidas no retículo endoplasmático rugoso. As
partículas alimentares obtidas através da fagocitose
são digeridas por essas enzimas presentes nos
lisossomos. Para isso, o lisossomo deverá se unir ao
fagossomo, formando o vacúolo digestivo. Depois
disso, os resíduos inúteis serão eliminados pela
clasmocitose ou defecação celular.
4)
1. Cloroplasto – produção de moléculas orgânicas
através da fotossíntese.
2. Mitocôndria – produção de energia (ATP) através
da respiração celular.
3. Retículo endoplasmático rugoso – síntese de
proteínas.
4. Vacúolo – armazenamento de substâncias – só
ocorre nas células vegetais.
aminoácido radioativo incorporado pôde ser detectado
na vesículas de secreção, indicando que a proteína
produzida seria exportada para outro local.
12) Utilizando o álcool, o carro estará queimando o
carboidrato obtido pela cana durante a fotossíntese
que consome a energia solar. Mesmo utilizando
combustíveis fósseis, os autótrofos é que teriam
fixado energia solar na forma de energia química
para, depois de fossilizados, transformarem-se em
combustíveis.
13) a
14)
a) Lisossomos são organóides intracelulares que
executam a digestão de material endógeno e exógeno.
b) As enzimas contidas nos lisossomos são proteínas
produzidas pelos ribossomos sob comando genético.

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VERSO
Mutações nos genes que codificam estes catalisadores Divertimentos profundos
protéicos podem ser transmitidas à descendência, pois
esses genes estão no núcleo celular. 10) O nome científico é um nome padronizado
internacionalmente. Não importa onde você estiver,
15) esta espécie será reconhecida pelo nome Leptodactylus
a) A decomposição da água oxigenada, reação labyrinthicus. “Rã-pimenta”, por outro lado, é um
catalisada pela enzima catalase, libera oxigênio nome regional, não reconhecido em todo o mundo.
livre. Desta forma procurase impedir a proliferação
de bactérias ESTRITAMENTE anaeróbias, como é 11) Através do texto, podemos afirmar que todas as
o caso do ‘Clostridium tetani’, agente causador do raças humanas pertencem à mesma espécie, visto que
tétano. podem se intercruzar dando origem a descendentes
b) A organela é o LISOSSOMO, que participa do férteis. O intercruzamento entre as raças é descrito na
processo de digestão intracelular. seguinte frase:

16) c “as raças humanas não são, pois, bastante distintas

para habitar um mesmo país sem se misturar”. A
17) a 18) a 19) d 20) b 21) d fertilidade da descendência pode ser observada
no texto, quando Darwin escreve: “estas tríplices

Frente
alianças nos oferecem a prova mais rigorosa da mútua
fertilidade das formas genitoras”.
- Chagas
12)

a) Felis
MÓDULO 01: Classificação dos b) Porque todos pertencem à mesma espécie.
Seres Vivos c) Felidae. Na zoologia, a terminação para família é
idae, enquanto na botânica é aceae.

Divertimentos com o professor

MÓDULO 02: Vírus e Viroses
1) Reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.
Divertimentos com o professor

Biologia
2) Porque se classificarmos todos os seres só nestes
1) Porque os vírus não possuem células. Muitos
dois grupos, agruparíamos seres com características
pesquisadores não consideram que os vírus sejam
bem diferentes (no grupo vegetal, entrariam plantas,
seres vivos.
algas, fungos e bactérias). Criando novos grupos,
separamos melhor os seres.
2) Ácidos nucléicos (DNA, RNA, ou os dois juntos),
proteínas (formam a cápsula viral e, em alguns, o
3) Presença ou ausência de carioteca, obtenção de
envelope), e alguns vírus contém lipídeos (formam o
alimento (autótrofos ou heterótrofos), número de
envelope).
células e organização de tecido.
3) O esquema está na figura 2 do módulo 2 desta
4) Dois indivíduos são da mesma espécie se, quando
apostila.
cruzam, dão origem a descendentes férteis.
4) No ciclo lítico são produzidas muitas partículas
5) São utilizados caracteres moleculares, como análise
virais, que depois são liberadas, levando à morte da
do material genético e análise bioquímica.
célula hospedeira. O ciclo lisogênico se diferencia
por haver apenas a fusão do material genético do
Divertimentos necessários
vírus com o material da célula hospedeira, sem causar
danos à célula. Neste último caso, o material genético
6) d 7) b 8) d 9) c
é reproduzido a cada divisão celular do hospedeiro.

67 Cooperativa
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FRENTE
 5) Porque não possuem os instrumentos necessários 21) O HIV, vírus causador da AIDS, é um vírus que
para a produção de novas partículas. Para que os apresenta uma alta taxa de mutação. Isso ocorre
possam produzir, parasitam uma célula hospedeira. principalmente devido ao fato de possuir RNA,
molécula instável, com material genético. Assim, fica
6) Sim, todos os vírus causam doenças, pois para difícil criar uma vacina eficiente, pois novas linhagens
produzirem novas partículas virais acabam matando a desse vírus surgem constantemente.
célula hospedeira. Mesmo os vírus que realizam ciclo
lisogênico realizam o ciclo lítico depois de algum 22) RNA (ácido ribonucléico). São retrovírus apenas
tempo. os vírus de RNA que, a partir dessa molécula,
produzem uma molécula de DNA, através do processo
7) A vacina é produzida a partir de patógenos de retrotranscrição.
(causadores de doenças, como vírus e bactérias)
inativados, ou apenas parte deles (algumas moléculas 23)
apenas). As vacinas protegem nosso corpo contra a) Os macrófagos e os linfócitos são células do nosso
doenças, pois criamos defesas contra esses patógenos, sistema imunológico, ou seja, participam da defesa
e nosso organismo os combaterá rapidamente quando do organismo contra patógenos. Como as focas
novamente entrarmos em contato com eles. É difícil ficam com essas células prejudicadas, ficam mais
criar uma vacina contra a AIDS, pois o HIV é um vulneráveis aos ataques de outros microorganismos
vírus que muta rapidamente. Assim, se tomássemos patogênicos.
uma vacina hoje, ela perderia o efeito, pois o vírus b) Os macrófagos são células grandes, capazes de
logo se apresentaria de forma diferente. fagocitar corpos estranhos ao organismo. Além
disso, eles avisam para outras células do sistema
Divertimentos necessários imunológico que está havendo uma invasão. Os
linfócitos podem ser de 2 tipos: T e B. Os linfócitos T
8) b 9) c 10) a 11) 49 12) c, d, f. 13) b têm função de avisar para os linfócitos B a existência
de corpos estranhos. Os linfócitos B se encarregam
14) e 15) c de produzir os anticorpos, moléculas que combatem
os invasores.
Divertimentos profundos
MÓDULO 03: Reino Monera e
16) Para produzir novas partículas virais, os vírus Bacterioses
invadem uma célula e utilizam a sua maquinaria.
Por isso são chamados parasitas intracelulares Divertimentos com o professor
Biologia

obrigatórios.
1) Uma molécula de DNA circular, chamado de DNA
17) As moléculas da partícula viral são capazes de cromossômico, citoplasma, membrana celular, parede
se ligar somente às moléculas da superfície da sua celular e pequenas moléculas de DNA circular,
célula-alvo. Assim, existe uma especificidade na chamadas de plasmídeos.
infecção viral.
2) Os moneras podem ser causadores de doenças, têm
18) Um argumento interessante seria a presença de importância ecológica, são participantes do ciclo do
proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos, moléculas nitrogênio, são importantes em processos industriais,
características de seres vivos. Outro possível e são utilizados na engenharia genética.
argumento seria a capacidade que o material genético
possui de comandar o metabolismo celular da célula 3) Bipartição - processo assexuado. Transformação,
hospedeira, e assim, produzir novas partículas virais. conjugação e transdução - processos sexuados.

19) Não ocorrerá a reprodução dos bacteriófagos.
Esses vírus só se reproduzem dentro de células
bacterianas, as quais não se encontram no meio, pois
o meio foi esterilizado.
20) b
4) Nem todas as bactérias são parasitas! Algumas são
decompositoras (só consomem material de seres
mortos), algumas são autótrofas (produzem o próprio
alimento), e outras ainda são simbiontes (convivem
em harmonia com outros seres, aos quais permanecem
unidas).

Cooperativa 68
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VERSO
5) Elas são importantes, pois fazem a reciclagem das
moléculas encontradas nos corpos dos seres mortos.
Divertimentos necessários
6) c 7) d 8) c 9) b
10) c (blenorragia é outro nome para gonorréia)
Divertimentos profundos
11) O salgamento é importante por aumentar a
concentração do meio, tornando-o hipertônico. Isso
torna o meio hostil à presença de microorganismos
celulares, que perdem água para o meio e morrem
desidratados.
12)
a) É obtido na forma de compostos nitrogenados.
A amônia e principalmente o nitrato são absorvidos
pelas plantas, e os animais adquirem nitrogênio em
forma de aminoácidos.
b) Utilizam o nitrogênio principalmente para produzir
aminoácidos (proteínas, portanto) e nucleotídeos
(existe nitrogênio nas bases nitrogenadas e, portanto,
é importante na produção de ácidos nucléicos).
13) Primeiramente, o gene que codifica a proteína
desejada é isolado. Depois, esse gene é inserido em
um plasmídeo, que é colocado dentro da bactéria a
partir do processo de transformação. Assim, esse gene
passa a comandar a síntese dessa proteína na célula da
bactéria.
14)
a) Chlamydia trachomatis é uma bactéria (possui
organização celular, com membrana, ribossomos,
DNA, RNA, mas não possui núcleo celular) e Herpex
simplex é um vírus (não possui organização celular,
pois não tem membrana).
b) Chlamydia trachomatis pode, mas Herpex simplex
não. As bactérias se reproduzem por bipartição, o que
se encaixa no gráfico, pois a cada unidade de tempo
a quantidade de bactérias duplica. Na bipartição (ou
divisão binária) cada bactéria produz duas bactérias
a cada divisão celular. Já os vírus não realizam
bipartição, e sim, produzem muitas partículas virais
e liberam todas juntas. O tempo em que ocorrerá a
próxima reprodução é incerto, pois dependerá de
quando os vírus encontrarão novas células que possam
invadir.
69
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FRENTE
MÓDULO 04: Ciclos de Vida e Fungos
Divertimentos com o professor
1) Com a meiose, há a manutenção do número de
cromossomos característicos de uma espécie. Se ela
não ocorresse, o número de cromossomos aumentaria
a cada fecundação, descaracterizando a espécie.
2) Os esquemas de cada ciclo podem ser encontrados
no módulo 8.
3) Não. Muitos fungos trazem benefícios para o
homem, como, por exemplo, as leveduras utilizadas
na fabricação de álcool, bebidas alcoólicas e massas,
porque realizam a fermentação.
4) Porque os esporos dos fungos entraram no saco
antes do fechamento. A partir daí, os esporos se
desenvolvem em novas hifas.
5) O fermento contém leveduras. Ao colocarmos esses
fungos na massa, elas começam a fermentar a massa,
produzindo gás carbônico. Esse gás liberado cria
diversos espaços dentro da massa, fazendo com que
ela cresça.
6) Entre outras coisas, os fungos são importantes
decompositores, reciclando nutrientes na cadeia
alimentar. Uma outra importância é o fato de os fungos
realizarem competição com as bactérias, controlando
sua população.
Biologia
Divertimentos necessários
7) e 8) c 9) b 10) c 11) b 12) a
13)
a) No frasco IV, pois, estando destampado, permite
a entrada de maior quantidade de esporos de fungos.
b) Eles crescem sobre substratos orgânicos, pois dali
eles retiram as substâncias necessárias para a obtenção
de energia, para o crescimento e para a reprodução.
14) 62 (certas: 02, 04, 08, 16, 32)
15) e
16) 1- falso; 2- falso; 3- verdadeiro; 4- falso.
17) c
Cooperativa
 Divertimentos profundos

18)
a) I. Zigoto; II. Esporos; III. Gametas
b) X = 24 cromossomos; Y e Z = 12 cromossomos.

19)
a) Ambos possuem parede celular.
b) As bactérias não possuem núcleo organizado (são
procariontes). Pertencem ao reino Monera.
c) As plantas são autótrofas fotossintetizantes e
possuem cloroplastos. As plantas apresentam, além
disso, parede celular de celulose e não de quitina,
como a parede dos fungos.

20)
a) O mofo é a parte reprodutiva de alguns fungos.
b) Os fungos são responsáveis pela produção de
diversos antibióticos. Ao ingerir os fungos, acaba-se
ingerindo essas substâncias, que matam as bactérias e
impedem que causem as infecções de pele.

21)
a) Na presença de oxigênio, realizam a respiração
celular. Na sua ausência, realizam a fermentação.
b) A atividade metabólica é mais alta na fermentação,
pois, como produz menor quantidade de energia,
as células precisam realizar esse processo com
freqüência maior, para produzir a mesma quantidade
de energia que na respiração.
Biologia

Cooperativa 70
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
Fisica

Frente
Cooperativa

VERSO
Frente - Maxwell
MÓDULO 01: Carga Elétrica
Fique
- Atento
Como o próprio nome diz, neste capítulo
estudaremos a dinâmica da eletricidade que pode
ser resumida no conceito de corrente elétrica. Para
chegar à definição e à formalização de corrente
elétrica devemos, inicialmente, aprender o conceito
de carga elétrica, fundamental para o estudo da
Eletrodinâmica e da Eletrostática – que veremos
futuramente.
Devemos, nesse capítulo, verificar também como
uma corrente elétrica é produzida e quais são os
efeitos produzidos por ela quando passa por um
material condutor. A resistência do chuveiro, por
exemplo, esquenta devido à passagem de uma
corrente elétrica.
Ao mostrar como surge uma corrente num material
condutor, além de diferenciar materiais isolantes
de materiais condutores, mostraremos porque os
metais são bons condutores de eletricidade enquanto
a madeira ou o vidro são maus condutores.
Carga Elétrica
Devemos nos perguntar: De onde surge a energia que
faz funcionar os aparelhos de nossa casa? O que é a
energia elétrica?
A energia elétrica está associada ao movimento de uma
partícula dotada de carga elétrica. O conceito de carga
vem da evolução do Modelo Atômico, que procura
descrever a estrutura da matéria. Apesar de ser muito
mais complexo, utilizaremos em nosso estudo o modelo
atômico de Rutherford-Bohr, que afirma a existência
de um átomo como não sendo a menor partícula, e
sim constituída de partículas fundamentais que são os
prótons, nêutrons e elétrons. Nesse modelo, os prótons
e nêutrons se localizam no núcleo e os elétrons giram
em torno dele.
Fig. 1 - Modelo Atômico de Rutherford-Bohr.
17
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FRENTE
O que faz com que um corpo fique eletrizado - exibindo
propriedades elétricas?
Sabemos que, inicialmente, todo cor po está
eletricamente neutro. Sabemos também que um corpo
neutro tem número igual de prótons e elétrons.
Quando interferimos num corpo neutro, deixando-o
com uma quantidade de prótons diferente da de
elétrons, esse corpo adquire a propriedade de atrair
e repelir outros materiais, ou seja ele adquiriu carga
elétrica. Podemos dizer, então, que se um corpo
tem carga elétrica ele pode manifestar propriedades
elétricas.
Medidas comprovaram que a carga do elétron era
igual a carga do próton e que essa seria a menor carga
existente. Para diferenciar, convencionou-se a do
elétron negativa e a do próton positiva, por isso um
corpo com igual número de prótons e eletrons não
tem carga – é um corpo neutro. Por ser a menor carga
existente na natureza, deu-se a ela o nome de carga
elétrica elementar. Esse valor vale:
e = ± 1,6 x 10-19 C
Física
(+ para o próton e – para o elétron)
Onde C é o Coulomb, unidade de carga que homenageia
o físico Charles Augustus Coulomb (1736-1806).
Princípios da Eletrostática
A seguir, apresentaremos alguns princípios que são
fundamentais para a manutenção do Modelo Atômico
descrito aqui.
1 - Princípio da Atração e Repulsão
Esse princípio é certamente um dos mais conhecidos
dentre todos os existentes nas ciências. Ele consiste na
afirmação de que cargas de sinais opostos se atraem e as
de sinais iguais se repelem. É importante ressaltar que
essa Atração e Repulsão se manifestam pela aparição
de forças, o que será estudado mais adiante.
Fig. 2 - Princípio da Atração e Repulsão.
2 - Princípio da Quantização da Carga
Dizer que a carga de um corpo é quantizada é o mesmo
que dizer que seu valor pode ser contado. Para isso
iremos somar a quantidade de cargas elementares das
Cooperativa
 partículas que compõem o corpo, ou seja, faremos
a soma das cargas dos prótons com as cargas dos
elétrons.
Por exemplo, se um corpo tem 5 prótons e 3 elétrons
a carga desse corpo será de 2 prótons – que estão em
excesso – (pois 3 elétrons neutralizam 3 prótons, uma
vez que eles têm cargas iguais e sinais opostos).
Podemos escrever a carga de um corpo como sendo:
Q=ne
onde Q é a carga total, n é o nº de prótons ou elétrons
em excesso e e é a carga elétrica elementar.
Quando o número de prótons é igual ao número de
elétrons, dizemos que o corpo é neutro. Quando o
número de prótons é diferente do número de elétrons,
chamamos o corpo de eletrizado. Ele está eletrizado
positivamente se tiver excesso de prótons e eletrizado
negativamente se tiver excesso de elétrons.
3. Princípio da Conservação de Cargas
Física
Num sistema isolado, por exemplo, quando analisamos
apenas dois corpos, observamos que a soma algébrica
das cargas permanece constante. Isso significa que as
cargas que um corpo perde, necessariamente o outro
ganha (de forma que a soma dessas cargas seja mantida
constante).
Fig. 3 - Princípio da Conservação de Cargas.
Observando a figura 3, podemos concluir que:
Num sistema isolado a soma algébrica
das cargas permanece constante, ou seja:
Q antes = Q depois
A carga elétrica é conservada
Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VERSO
Fique - Atento
1. O processo de eletrizar um corpo (fazer com
que ele fique com uma quantidade diferente de
prótons e elétrons), na maioria esmagadora dos
casos, consiste na remoção ou doação de elétrons,
localizados na parte mais externa do átomo.
2. Submúltiplos: como o valor da carga elétrica é
muito pequeno, geralmente usamos os seguintes
submúltiplos para expressar alguns valores:
m (mili): 10-3
µ (micro): 10-6
n (nano): 10-9
p (pico): 10-12
Conceito e Formalismo
de Corrente Elétrica
Tente imaginar como se movimentam as cargas para
que a energia elétrica seja transportada. Uma resposta
deve ser: essas cargas precisam ter um movimento
contínuo. Mas como contínuo? Vejamos a definição:
uma corrente elétrica refere-se a uma quantidade de
cargas que atravessa, de forma ordenada, a secção
transversal de uma região do espaço que, no caso
de um condutor cilíndrico, é a própria área do corte
transversal (Figura 1-a).
Fig. 1 - (a) Secção transversal p/ condutor cilíndrico, (b)
Fluxo de elétrons na secção transversal do condutor.
Quando por este corte transversal passa uma certa
quantidade (carga Q) num tempo (∆t) chamamos de
corrente elétrica, i, a razão entre essa carga e o tempo.
Matematicamente temos:
18
Lembrando:
Fique - Atento
A partir de agora, sempre que nos referirmos
i = corrente elétrica ao sentido da corrente, estamos considerando o
∆Q = quantidade de carga que atravessa a secção sentido convencional e NÃO o sentido real.
∆t = tempo decorrido

Propriedades da Corrente
Unidade de Corrente Através do Princípio da Conservação de Cargas
sabemos que a carga não desaparece e nem surge do
A corrente elétrica é medida no Sistema Internacional nada. O número de cargas que está se deslocando num
(SI) como Coulomb por Segundo (C/s). A essa circuito permanecerá constante por todo o percurso.
unidade damos o nome de Ampère e a representamos Quando um fio, no qual passa uma corrente elétrica,
simbolicamente por A. se bifurca, a corrente total será dividida em seus
segmentos, conforme a figura 3.
[ i ] = [ Q]  A = C
[ ∆t ] s i1
A unidade de Corrente Elétrica é o Ampère
i

Como Produzir Corrente i= i1 + i2

Física
i
Partindo do Princípio da Atração e Repulsão,
podemos entender como se dá o fluxo ordenado de i2
cargas no interior de um condutor. Ao concentrarmos
cargas iguais em uma região, essas tenderão a se Fig. 3 - Princípio da Conservação de

repelir. Quando existir um meio favorável para elas Cargas aplicado em correntes elétricas.

se deslocarem, poderemos observar o deslocamento

ordenado dessas caargas e, então, será gerada uma
corrente.Você pode imaginar essa concentração de
cargas como se fossem os pólos opostos de uma pilha
ou de uma bateria qualquer.
Propriedades Gráficas
Devemos nos perguntar: essa corrente no condutor é
sempre constante? Em Física, quando dizemos que
alguma coisa está variando, sempre é em relação ao
tempo.
A melhor forma de representar como a corrente está
variando de acordo com o tempo é através de um
gráfico. Para um gráfico deste tipo, sabe-se que a área
sob a curva mede, em seu valor numérico, a carga que
passou por uma seção transversal desse condutor.
Ii

N
Fig. 2 - Corrente elétrica entre placas de sinais contrários. Área = Carga

Na figura 2, a corrente elétrica gerada é composta pelo

movimento de cargas negativas. Dizemos que esse é o

A
chamado sentido real da corrente. Por que isso?
Devemos ter em mente que, independente de considerar
o movimento de cargas positivas ou negativas, o efeito
é o mesmo. O que existe é apenas uma convenção.
Foi convencionado que o sentido da corrente seria dado
pelo movimento de cargas positivas, ou seja, o sentido tt tt
Q = Área
adotado seria contrário ao sentido real. Chamamos esse
de sentido convencional da corrente. Fig. 4 - Gráfico da corrente
pelo tempo.

19 Cooperativa
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FRENTE
 Fique - Atento
A corrente elétrica é definida como sendo o fluxo de
cargas pelo tempo, ou seja, o movimento orientado
e ordenado das cargas num dado meio em relação
ao tempo que elas levam nesse deslocamento. Ao se
deslocar, essas cargas transportam energia (Energia
Cinética). Diferencia-se assim corrente elétrica de
energia elétrica
Divertimentos
com o professor
1) (Fatec 2006) Duas pequenas esferas idênticas A
e B têm cargas respectivamente QA = -14 . 10-6C e
QB = 50 . 10-6C. As duas são colocadas em contato e
após atingido o equilíbrio eletrostático são separadas.
Física
Lembrando-se que a carga de um elétron é 1,6 . 10-19C,
é correto afirmar que, após atingido o equilíbrio,
a) 2 . 1014 prótons terão passado de A para B.
b) 1,6 . 10-19 prótons terão passado de A para B.
c) 2 . 1014 elétrons terão passado de A para B.
d) 1,6 . 10-19elétrons terão passado de A para B.
e) 2 . 1014 elétrons terão passado de B para A.
2) (Pucmg 2004) Em uma experiência de laboratório,
constatou-se que um corpo de prova estava eletricamente
carregado com uma carga cujo módulo era de 7,2x10-
19
C. Considerando-se que a carga do elétron é 1,6 x
10-19C, pode-se afirmar que:
a) o corpo está carregado positivamente.
b) a medida está indicando a carga de vários prótons.
c) a medida está errada e não merece confiança.
d) o corpo está carregado negativamente.
3) (Uece 2008) Uma corrente elétrica de 3,0 A percorre
um fio de cobre. Sabendo-se que a carga de um elétron é
igual a 1,6 × 10-19 C, o número de elétrons que atravessa,
por minuto, a seção reta deste fio é, aproximadamente:
a) 1,1 × 1021
b) 3,0 × 106
c) 2,0 × 1010
d) 1,8 × 1011
4) (Uerj 2007) A maioria dos relógios digitais é formada
por um conjunto de quatro displays, compostos por sete
filetes luminosos. Para acender cada filete, é necessária
uma corrente elétrica de 10 miliamperes. O
Cooperativa
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VERSO
primeiro e o segundo displays do relógio ilustrado a
seguir indicam as horas, e o terceiro e o quarto indicam
os minutos.
Admita que esse relógio apresente um defeito, passando
a indicar, permanentemente, 19 horas e 06 minutos.
A pilha que o alimenta está totalmente carregada e
é capaz de fornecer uma carga elétrica total de 720
coulombs, consumida apenas pelos displays. O tempo,
em horas, para a pilha descarregar totalmente é igual a:
a) 0,2 b) 0,5 c) 1,0 d) 2,0
5) (Unifesp 2007) Uma das especificações mais
importantes de uma bateria de automóvel é o ‘ampere-
hora’ (Ah), uma unidade prática que permite ao
consumidor fazer uma avaliação prévia da durabilidade
da bateria. Em condições ideais, uma bateria de 50
Ah funciona durante 1 h quando percorrida por uma
corrente elétrica de intensidade 50 A, ou durante 25
h, se a intensidade da corrente for 2 A. Na prática, o
ampere-hora nominal de uma bateria só é válido para
correntes de baixa intensidade - para correntes de alta
intensidade, o valor efetivo do ampere-hora chega a
ser um quarto do valor nominal. Tendo em vista essas
considerações, pode-se afirmar que o ampere-hora
mede a:
a) potência útil fornecida pela bateria.
b) potência total consumida pela bateria.
c) força eletromotriz da bateria.
d) energia potencial elétrica fornecida pela bateria.
e) quantidade de carga elétrica fornecida pela bateria.
Divertimentos
necessários
6) (Unesp 90) Mediante estímulo, 2 × 105 íons de K+
atravessam a membrana de uma célula nervosa em 1,0
mili-segundo. Calcule a intensidade dessa corrente
elétrica, sabendo-se que a carga elementar é 1,6 ×
10-19 C.
7) (Unicamp 97) A figura a seguir mostra como se
pode dar um banho de prata em objetos, como por
exemplo em talheres. O dispositivo consiste de uma
barra de prata e do objeto que se quer banhar imersos
em uma solução condutora de eletricidade. Considere
que uma corrente de 6,0 A passa pelo circuito e que
cada Coulomb
20
 i i
a) (I) d, d, d, (II) u, u, u
b) (I) d, d, u, (II) u, u, d
c) (I) d, u, u, (II) u, d, d
d) (I) u, u, u, (II) d, d, d
e) (I) d, d, d, (II) d, d, d
Objeto que
leva o banho Barra
de prata de prata 11) (Ufpe 2001) Suponha que o feixe de elétrons em
um tubo de imagens de televisão tenha um fluxo de
Solução 8,1×1015 elétrons por segundo. Qual a corrente do feixe
em unidades de 10-4A?
de carga transporta aproximadamente 1,1 mg de prata. a) 13 b) 15 c) 17 d) 19 e) 23
a) Calcule a carga que passa nos eletrodos em uma hora.
b) Determine quantos gramas de prata são depositados
sobre o objeto da figura em um banho de 20 minutos.

8) (Uel 94) Uma partícula está eletrizada positivamente

com uma carga elétrica de 4,0 × 10-15 C. Como o módulo
da carga do elétron é 1,6 × 10­19 C, essa partícula
a) ganhou 2,5 × 104 elétrons.
b) perdeu 2,5 × 104 elétrons.
c) ganhou 4,0 × 104 elétrons.

Física
d) perdeu 6,4 × 104 elétrons.
e) ganhou 6,4 × 104 elétrons.

9) (Unesp 91) Em 1990 transcorreu o cinquentenário

da descoberta dos “chuveiros penetrantes” nos raios
cósmicos, uma contribuição da física brasileira que
alcançou repercussão internacional. [O Estado de São
Paulo, 21/10/90, p. 30]. No estudo dos raios cósmicos
são observadas partículas chamadas “píons”. Considere
um píon com carga elétrica + e se desintegrando (isto
é, se dividindo) em duas outras partículas: um “múon”
com carga elétrica + e e um “neutrino”. De acordo
com o princípio da conservação da carga, o “neutrino”
deverá ter carga elétrica
a) + e b) - e c) + 2e
d) - 2e e) nula

10) (Unesp 96) De acordo com o modelo atômico

atual, os prótons e nêutrons não são mais considerados
partículas elementares. Eles seriam formados de
três partículas ainda menores, os quarks. Admite-se
a existência de 12 quarks na natureza, mas só dois
tipos formam os prótons e nêutrons, o quark up (u), de
carga elétrica positiva, igual a 2/3 do valor da carga do
elétron, e o quark down (d), de carga elétrica negativa,
igual a 1/3 do valor da carga do elétron. A partir dessas
informações, assinale a alternativa que apresenta
corretamente a composição do próton e do nêutron.

(I) Próton.
(II) Nêutron

21 Cooperativa
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FRENTE
Cooperativa

22

VERSO
Frente - Maxwell
MÓDULO 02: Leis de OHM
Visto o que é uma corrente elétrica, devemos agora
verificar como é produzida uma corrente. Veremos
que para manter os elétrons livres em movimento,
uma fonte deve fornecer energia para eles. E o que são
elétrons livres?
Isolantes e Condutores Elétricos
Você certamente deve saber que os metais são bons
condutores de eletricidade. Você sabe o porquê?
Os metais são bons condutores devido à presença de
uma grande quantidade de elétrons livres.
Elétrons livres?!
Para que a ligação entre átomos de um metal possa
acontecer é necessário que esses átomos percam
elétrons, favorecendo a formação de uma estrutura
metálica. Esses elétrons que saíram do átomo ficam
vagando “livremente” no interior dessa estrutura
metálica, daí o nome elétrons livres. É importante notar
que esses elétrons não saem do metal, apenas ficam
vagando no interior de sua estrutura.
Do que foi dito acima, diferenciamos um condutor
de um isolante. Um material é condutor se no seu
interior temos a presença desses elétrons livres. A
caracterização de um bom condutor ou mau condutor
também está relacionada com isso.
A estrutura metálica citada acima é geralmente
chamada de rede cristalina. Na figura 1 abaixo
apresentamos uma rede cristalina onde as barras
representam as ligações e as bolas pretas os átomos.
Na figura 1, apresentamos apenas a rede cristalina;
devemos lembrar que, para um metal, essa rede está
cheia de elétrons livres, formando o chamado “mar
de elétrons”.
Fig. 1 - Rede cristalina para um metal.
23
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FRENTE
Resistência Elétrica
Com o modelo de rede cristalina para os materiais
condutores (Figura 1), podemos imaginar o que deve
acontecer com o movimento dos elétrons dentro dessa
estrutura.
Para um condutor qualquer, temos uma infinidade de
átomos formando essa estrutura. Quando os elétrons
livres, que estão em movimento caótico, passam a
ter um movimento ordenado (gerando uma corrente
elétrica), irão acontecer choques sucessivos entre eles
e os átomos da rede cristalina. Podemos entender isso
como a rede cristalina oferecendo uma resistência à
passagem dessas cargas; como essa rede é característica
de cada condutor, você deve concordar que cada
condutor oferece resistências diferentes à passagem
dessas cargas.
Circuito Elétrico
Na módulo anterior foi dito que, para estabelecer uma
corrente elétrica, seria necessário que tivéssemos uma
diferença na concentração de cargas, que chamaremos
Física
a partir de agora de diferença de potencial elétrico,
ddp ou tensão elétrica. Na prática, essa diferença de
potencial é estabelecida por geradores elétricos e as
pilhas são exemplos desses geradores. É importante
que você saiba: o que dizemos acima é uma analogia
(modelo) e não pode ser levado ao pé da letra.
Fio sem resistência (modelo)
+
Fig. 2 - Circuito elétrico simples.
A maneira mais fácil de estabelecermos uma corrente
elétrica é unirmos um condutor a um gerador de tensão
(uma pilha, por exemplo). A essa montagem chamamos
de circuito elétrico, que é fechado por definição.
+ -
(b)
(a)
Fig. 3 - (a) Representação da resistência. (b) Representação
de uma bateria.
Para fins práticos, representaremos a resistência e a
bateria da figura 2 pelos elementos mostrados na figura
3. Toda vez que representarmos um fio unindo um
gerador a um resistor, ou um resistor a outro resistor,
assumimos que este fio tem resistência nula.
Cooperativa
 Um circuito simplificado da Figura 2 poderia ser assim
representado: O gráfico da figura 5 (a) mostra um resistor ôhmico,
pois nele a reta representa que para uma variação da
Primeira Lei de Ohm ddp temos uma variação proporcional na corrente.
Vimos que a corrente elétrica num condutor é limitada Isso pode ser verificado pela inclinação da reta. Nas
pela resistência elétrica desse condutor; vimos também figuras 5 (b e c) variações de ddp produzem variações
que para gerar uma corrente elétrica no condutor de corrente que não são proporcionais.
precisamos de uma bateria que crie uma diferença
de potencial. Essas grandezas (corrente, diferença de Curto Circuito
potencial e resistência) estão relacionadas pela Lei Geralmente, um resistor está em curto circuito
de Ohm. Ohm verificou que a razão entre a ddp e a quando nele é colocado um fio sem resistência, como
corrente, i, é um valor que depende do condutor. Esse mostrado na figura 6. O fio sem resistência favorece a
valor chamamos de resistência, R, assim: passagem de toda a corrente o que inutiliza o aparelho
representado pelo resistor a seguir.
U
R= Fio com R= 0

Lembrando: i
R = Resistência
U = diferença de potencial ou ddp
i = corrente elétrica Fig. 6 - Curto circuito em resistor.

É como se o resistor não existisse.

Física

Unidade de Resistência
A Unidade de Resistência no Sistema Internacional
(SI) é Ohm, simbolicamente representada por Ω,
enquanto que a unidade de diferença de potencial é o
Volt, representado por V.
1V
1Ω =
1A
Condutores Ôhmicos
e Condutores Não Ôhmicos
Se um condutor mantém constante a resistência para
qualquer ddp (ou corrente), esse condutor é chamado
de Condutor Ôhmico; caso a resistência do condutor
mude com a mudança da ddp (ou a corrente), dizemos
que esse é um Condutor Não Ôhmico. Os gráficos da
figura 5 evidenciam esses tipos de condutores.
Relação entre a Resistência e o
Comprimento do Condutor
Sabendo que o elétron sofre sucessivas colisões no seu
percurso no interior de um resistor, temos que quanto
maior esse percurso (tamanho do condutor), maior será
a dificuldade desse elétron em percorrê-lo. Observe a
figura 1:
Fig. 1 - Observar que quanto maior o comprimento
do condutor, maior a dificuldade das cargas para
atravessá-lo. Isso é visto diretamente quando
observamos que uma maior quantidade de átomos na
estrutura oferece uma dificuldade maior à passagem
dos elétrons em movimento.

Primeira Conclusão:
Quanto maior o comprimento do
condutor, maior será a sua resistência.

Relação entre a Resistência e a Área da

Secção Transversal do Condutor
Por outro lado, a dificuldade desses elétrons em
atravessar o condutor será menor quanto maior a área
da secção transversal.

Cooperativa 24
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VERSO

Fig. 2 - Devemos observar que quanto maior a área da
secção transversal, maior será a quantidade de elétrons
que irá atravessar o condutor num mesmo intervalo de
tempo.
Segunda Conclusão:
Quanto maior a área da secção
transversal, menor será a sua resistência.
dos componentes de um circuito elétrico é o fusível.
Seu princípio de funcionamento consiste na ruptura
(ou derretimento) do material que o compõe, quando
a corrente elétrica atinge um valor máximo.
A passagem de corrente elétrica faz aumentar a
temperatura do material devido ao Efeito Joule. Se esse
aumento for tal que o ponto de fusão do material que o
constitui for atingido, haverá sua ruptura, protegendo
assim todo o circuito. (Veja a seção Fique Atento).
É mais comum encontrarmos nas residências os
disjuntores (chave) substituindo os antigos fusíveis
como elemento de proteção do circuito.
a)
b) 10A
10A

Fig. 3 - (a) Fusível de cartucho,

2a Lei de Ohm (b) Representação de um fusível num circuito.

Leitura
(Relação Matemática da)
Das duas conclusões, você pode chegar à seguinte

Física
expressão matemática:

R= ρ L complementar
A
Instrumentos de Medidas Elétricas
Essa é a conhecida 2ª Lei de Ohm, onde ρ é a
resistividade, uma constante que depende do material
Voltímetro
de que é feito o resistor, L é o comprimento e A a área O voltímetro é um instrumento usado para medir
da secção transversal. a diferença de potencial em elementos de um
O valor da resistividade é constante apenas para circuito, como resistores, geradores, receptores,
uma dada temperatura, de forma que o aumento da capacitores, entre outros. Com uma resistência
temperatura faz aumentar o valor da resistividade. Para muito alta, o voltímetro é associado em paralelo
fins práticos esse aumento é desprezado. e, como conseqüência, por ele passa uma corrente
muito baixa, de maneira que a interferência por
Unidade de Resistividade ele causada é compensada na apresentação do
No sistema Internacional, a unidade de resistividade é resultado da medida.
dada em Ohm vezes metro.
Para fins práticos, representamos
o voltímetro por:
[ρ]SI = Ω . m
Fusível
Você já deve ter notado que quando você compra um
aparelho doméstico o vendedor pergunta se a tensão de
funcionamento normal é 110 V ou 220 V. Por que isso?
Se você ligar um aparelho, que funciona na tensão de
110V, numa residência onde a tensão é 220V o aparelho
irá queimar, pois a corrente elétrica que irá percorrê-lo
será maior do que a que ele suporta.
Para evitar que uma corrente muito alta provocada por
um raio, uma sobrecarga entre outros faça queimar os
aparelhos de nossas casas, é colocado um dispositivo
de proteção no início do circuito. Esse dispositivo é
chamado de fusível ou disjuntor.
Um dispositivo usualmente utilizado para a proteção
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FRENTE
 Divertimentos
com o professor
1) (Pucpr 99) Um estudante de Física mede com um
amperímetro a intensidade da corrente elétrica que
passa por um resistor e, usando um voltímetro, mede
a tensão elétrica entre as extremidades do resistor,
obtendo o gráfico a seguir. Pode-se dizer que a
resistência do resistor vale:
Considerando que a resistência do corpo em situação
( Volt ) normal e da ordem de 1500 Ω, em qual das faixas
acima se enquadra uma pessoa sujeita a uma tensão
elétrica de 220V?
a) I b) II c) III d) IV e) V

5) (Pucrs 2003) A resistência elétrica de um pedaço de

fio metálico é 4,0Ω.
Se considerarmos outro pedaço, constituído pelo
Física

mesmo metal e na mesma temperatura do pedaço

inicial, porém com o dobro do comprimento e o dobro
do diâmetro, sua resistência será
a) 1,0Ω. b) 2,0Ω. c) 4,0Ω.
d) 6,0Ω. e) 8,0Ω.
( ampére )
6) (Unifesp 2008) Você constrói três resistências
a) 0,1Ω b) 0,01 Ω c) 1 Ω elétricas, RA, RB e RC, com fios de mesmo comprimento
d) 10 Ω e) 100 Ω e com as seguintes características:

2) (Uerj 2000) Num detector de mentiras, uma tensão I. O fio de RA tem resistividade 1,0 . 10-6 Ω . m e
de 6V é aplicada entre os dedos de uma pessoa. Ao diâmetro de 0,50 mm.
responder a uma pergunta, a resistência entre os seus II. O fio de RB tem resistividade 1,2 . 10-6 Ω . m e
dedos caiu de 400kΩ para 300kΩ. Nesse caso, a diâmetro de 0,50 mm.
corrente no detector apresentou variação, em µA, de: III. O fio de RC tem resistividade 1,5 . 10-6 Ω . m e
a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 diâmetro de 0,40 mm.

3) (Ufc 2002) Um pássaro pousa em um dos fios de uma Pode-se afirmar que:
linha de transmissão de energia elétrica. O fio conduz a) RA > RB > RC. b) RB > RA > RC.
uma corrente elétrica i = 1.000 A e sua resistência, c) RB > RC > RA. d) RC> RA > RB.
por unidade de comprimento, é de 5,0 × 10-5 Ω/m. A e) RC > RB > RA.

Divertimentos
distância que separa os pés do pássaro, ao longo do
fio, é de 6,0 cm. A diferença de potencial, em milivolts
(mV), entre os seus pés é:
a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0 d) 4,0 e) 5,0
necessários
4) (Ufg 2005) Nos choques elétricos, as correntes
que fluem através do corpo humano podem causar 7) (Ufscar 2005) O laboratório de controle de
danos biológicos que, de acordo com a intensidade da qualidade em uma fábrica para aquecedores de água
corrente, são classificados segundo a tabela a seguir. foi incumbido de analisar o comportamento resistivo
de um novo material. Este material, já em forma de fio
com secção transversal constante, foi conectado, por
Cooperativa 26
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VERSO
meio de fios de resistência desprezível, a um gerador de
tensão contínua e a um amperímetro com resistência
interna muito pequena, conforme o esquema na figura 1.
Fazendo variar gradativa e uniformemente a diferença
de potencial aplicada aos terminais do fio resistivo,
foram anotados simultaneamente os valores da tensão
elétrica e da correspondente corrente elétrica gerada
no fio. Os resultados desse monitoramento permitiram
a construção dos gráficos que seguem na figura 2.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Puccamp 2004) ENERGIA
A quase totalidade da energia utilizada na Terra tem
sua origem nas radiações que recebemos do Sol. Uma
parte é aproveitada diretamente dessas radiações
(iluminação, aquecedores e baterias solares, etc.)
e outra parte, bem mais ampla, é transformada e
armazenada sob diversas formas antes de ser usada
(carvão, petróleo, energia eólica, hidráulica, etc).
A energia primitiva, presente na formação do universo
e armazenada nos elementos químicos existentes
em nosso planeta, fornece, também, uma fração da
energia que utilizamos (reações nucleares nos reatores
atômicos, etc).
(Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga. “Curso
de Física”. v.2. S. Paulo: Scipione, 1997. p. 433)

9) O aquecimento e a iluminação foram as primeiras

aplicações da energia elétrica. Um fio metálico, muito
fino, percorrido por corrente elétrica se aquece.
Considere um fio de níquel-cromo, cuja resistividade

Física
-6
suposta constante vale 1,0 . 10 Ω.m, tem 1,0 m de
comprimento e 2,5 mm² de área de secção reta. Suas
Com os dados obtidos, um novo gráfico foi construído extremidades são sujeitas a uma ddp de 12 V.
com a mesma variação temporal. Neste gráfico, os A intensidade da corrente que percorre o fio, em
valores representados pelo eixo vertical correspondiam ampéres, vale:
aos resultados dos produtos de cada valor de corrente a) 20 b) 25 c) 30 d) 50 e) 60
e tensão, lidos simultaneamente nos aparelhos do
experimento. 10) (Unesp 2003) As instalações elétricas em nossas
a) Uma vez que a variação de temperatura foi irrelevante, casas são projetadas de forma que os aparelhos sejam
pôde-se constatar que, para os intervalos considerados sempre conectados em paralelo. Dessa maneira, cada
no experimento, o fio teve um comportamento ôhmico. aparelho opera de forma independente.
Justifique esta conclusão e determine o valor da A figura mostra três resistores conectados em paralelo.
resistência elétrica, em Ω, do fio estudado.
b) No terceiro gráfico, qual é a grandeza física que
está representada no eixo vertical? Para o intervalo de
tempo do experimento, qual o significado físico que se
deve atribuir à área abaixo da curva obtida?

8) (Unb 2000) Suponha que uma pessoa em Brasília,

na época da seca, aproxime sua mão de um carro cuja
carroceria apresenta uma diferença de potencial de
10.000V com relação ao solo. No instante em que a
mão estiver suficientemente próxima ao carro, fluirá
uma corrente que passará pelo ar, pelo corpo da pessoa
e, através do seu pé, atingirá o solo. Sabendo que a
resistência do corpo da pessoa, no percurso da corrente Desprezando-se as resistências dos fios de ligação, o
elétrica, é de 2.000Ω e que uma corrente de 300mA valor da corrente em cada resistor é:
causará a sua morte, calcule, em kΩ, a resistência a) I1 = 3 A, I2 = 6 A e I3 = 9 A.
mínima que o ar deve ter para que a descarga não b) I1 = 6 A, I2 = 3 A e I3 = 2 A.
mate essa pessoa. Despreze a parte fracionária de seu c) I1 = 6 A, I2 = 6 A e I3 = 6 A.
resultado, caso exista. d) I1 = 9 A, I2 = 6 A e I3 = 3 A.
e) I1 = 15 A, I2 = 12 A e I3 = 9 A.

27 Cooperativa
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FRENTE
 11) (Pucrs 2003) A resistência elétrica de um pedaço
de fio metálico é 4,0Ω.
Se considerarmos outro pedaço, constituído pelo
mesmo metal e na mesma temperatura do pedaço
inicial, porém com o dobro do comprimento e o dobro
do diâmetro, sua resistência será
a) 1,0Ω. b) 2,0Ω. c) 4,0Ω.
d) 6,0Ω. e) 8,0Ω.

12) (Uel 99) Deseja-se construir uma resistência
elétrica de 1,0Ω com um fio de constantan de 1,0mm
-7
de diâmetro. A resistividade do material é 4,8.10 Ω.m e
π pode ser adotado 3,1. O comprimento do fio utilizado
deve ser, em metros,
a) 0,40 b) 0,80 c) 1,6
d) 2,4 e) 3,2
a) Calcule a resistência R desse fio microscópico,
considerando-o como um cilindro com três diâmetros
atômicos de comprimento. Lembre-se que, na Física
tradicional, a resistência de um cilindro é dada por
R = ρ(L/A)

Divertimentos
onde › é a resistividade, L é o comprimento do cilindro
e A é a área da sua secção transversal. Considere a
resistividade do ouro ρ = 1,6×10-8Ωm, o raio de um
Física

átomo de ouro 2,0×10-10m e aproxime π = 3,2.

profundos b) Quando se aplica uma diferença de potencial de 0,1V
nas extremidades desse fio microscópico, mede-se uma
13) (Unicamp 2004) Quando o alumínio é produzido corrente de 8,0×10-6A. Determine o valor experimental
a partir da bauxita, o gasto de energia para produzi-lo da resistência do fio. A discrepância entre esse valor e
é de 15 kWh/kg. Já para o alumínio reciclado a partir aquele determinado anteriormente deve-se ao fato de
de latinhas, o gasto de energia é de apenas 5% do gasto que as leis da Física do mundo macroscópico precisam
a partir da bauxita. ser modificadas para descrever corretamente objetos
a) Em uma dada cidade, 50.000 latinhas são recicladas de dimensão atômica.
por dia. Quanto de energia elétrica é poupada nessa
cidade (em kWh)? Considere que a massa de cada 15) (Uel 2005) O físico alemão Georg Simon Ohm
latinha é de 16 g. (1787-1854) constatou que a intensidade da corrente
b) Um forno de redução de alumínio produz 400 kg do elétrica i que percorre um fio condutor é diretamente
metal, a partir da bauxita, em um período de 10 horas. proporcional à ddp V que a ocasionou, ou seja, V
A cuba eletrolítica desse forno é alimentada com uma = Ri, onde esta constante de proporcionalidade R é
tensão de 40 V. Qual a corrente que alimenta a cuba chamada resistência elétrica do condutor. Entretanto,
durante a produção? Despreze as perdas. para vários condutores, a resistência varia com a
temperatura, como em uma lâmpada de filamento, ou
14) (Unicamp 2001) O tamanho dos componentes em um gás ionizado. Esses condutores são ditos não-
eletrônicos vem diminuindo de forma impressionante. lineares ou não-ôhmicos. Embora a razão entre a ddp
Hoje podemos imaginar componentes formados por e a intensidade da corrente não seja constante para
apenas alguns átomos. Seria esta a última fronteira? A os condutores não-lineares, usa-se, assim mesmo, o
imagem a seguir mostra dois pedaços microscópicos de termo resistência para essa razão. Para estes materiais,
ouro (manchas escuras) conectados por um fio formado a variação da resistência com a temperatura, dentro de
somente por três átomos de ouro. Esta imagem, uma larga faixa de temperaturas, é dada por R = R0 [1
obtida recentemente em um microscópio eletrônico + α(T – T0)], onde R é a resistência à temperatura T ,
por pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz R0 a resistência à temperatura T0 , e α o coeficiente de
Síncrotron, localizado em Campinas, demonstra que variação térmica da resistência.
é possível atingir essa fronteira. Uma lâmpada de filamento é constituída de um bulbo
de vidro, no interior do qual existe vácuo ou gás inerte,
e de um fio fino, quase sempre de tungstênio, que se

Cooperativa 28
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VERSO
aquece ao ser percorrido por uma corrente elétrica. A
lâmpada de uma lanterna alimentada por uma bateria
de 3 V tem um filamento de tungstênio (α = 4,5 × 10-3
°C-1), cuja resistência à temperatura ambiente (20°C)
é de 1,0Ω.
Se, quando acesa, a corrente for de 0,3 A, a temperatura
do filamento será:
a) 1500 °C b) 2020 °C c) 2293 °C
d) 5400 °C e) 6465 °C

16) (Mackenzie 97) Um cabo de cobre, utilizado para

o transporte de energia elétrica, tem a cada quilômetro
de comprimento resistência elétrica de 0,34 Ω. A massa
de um metro desse cabo é igual a:
Dados do cobre:
densidade = 9000 kg/m³; resistividade = 1,7.10-8 Ω.m
a) 540 g b) 520 g c) 500 g
d) 450 g e) 250 g

Física

29 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
Cooperativa

30

VERSO
Frente - Maxwell
MÓDULO 03: Associação de Resistores
Com a 1ª Lei de Ohm aprendemos a resolver um
circuito simples composto de um gerador de tensão e
de um resistor. Agora estudaremos uma técnica que nos Se você usar a 1ª Lei de Ohm para cada resistor,
permite resolver circuitos mais complexos.
Devemos ressaltar que essa técnica consiste em aplicar
a 1a Lei de Ohm para circuitos diversos.
Os elétrons, ao passarem por cada resistor, vão
perdendo energia; essa perda de energia corresponde
a uma queda de potencial. Desta forma a diferença
de potencial em toda a associação será a soma das
diferenças de potencial em cada resistor da associação:
U =U1+U2+U3
inclusive o equivalente, deve-se chegar a:
Req = R1+R2+R3

Associação em Série:
Resistor Equivalente: Idéia Propriedades
O circuito elétrico é constituído de um gerador e de
resistores, que podem estar arranjados de diversas 1. A corrente é igual para todos os resistores.
maneiras. No entanto podemos representar todos os 2. A tensão total na associação é a soma das tensões
resistores do circuito por apenas um, chamado de parciais.
resistor equivalente. Observe que, quando substituímos 3. A resistência equivalente é a soma das resistências
os resistores do circuito por seu equivalente, a corrente associadas.
elétrica total permanecerá a mesma bem como a

Física
diferença de potencial. Associação em Paralelo
R1 Consideramos a associação em paralelo como aquela
a) b) em que a diferença de potencial entre os terminais de
iT R2 iT Req
cada resistor é a mesma, e pelo princípio da conservação
R3
de cargas sabemos que a corrente vai se dividir.

Fig. 1 - (a) Circuito com resistores associados.

(b) Circuito com resistor equivalente.

Associação em Série
Veremos agora como você deve trabalhar quando os
resistores constituem uma associação em série.
Consideramos uma associação em série quando pelos
resistores passa uma mesma corrente elétrica. Como Fig. 3 - (a) Associação de três resistores em paralelo.
conseqüência, a diferença de potencial na associação (b) Resistor equivalente à associação de (a)
será a soma das diferenças de potencial em cada resistor
dessa associação. Vejamos a ilustração na figura 2: A corrente total será a soma das correntes parciais, na
a) i i i figura 3.

iT = i1+i2+i3

E, novamente utilizando a 1ª Lei de Ohm para todos os

resistores, inclusive para o resistor equivalente, você
b) i deve chegar a:

1 = 1 + 1 + 1
Fig. 2 - (a) Associação de três resistores em séries.
b) Resistor equivalente à associação de (a).
R eq R1 R2 R3

31 Cooperativa
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FRENTE
 Associação em Paralelo, propriedades:

1. A tensão é a mesma para todos os resistores

associados.
2. A corrente total é a soma das correntes parciais.
3. O inverso da resistência equivalente é a soma dos
inversos das resistências associadas.

Fique - Atento
1. Para dois resistores em paralelo, a resistência
equivalente pode ser dada pelo produto das
resistências dividido por sua soma.

Req = R1. R2
R1+ R2
a) Qual o sentido da corrente em A? (desenhe uma seta).
2. Numa associação em paralelo, o resistor b) Qual a polaridade da voltagem em V? (escreva +
equivalente é sempre menor do que a menor das e - nos terminais do voltímetro).
resistências desta associação.
c) Qual o valor da resistência equivalente ligadas aos
Física

terminais da bateria?
Req = R
n
d) Qual o valor da corrente no amperímetro A?
e) Qual o valor da voltagem no voltímetro V?
3. Na associação em paralelo, quando os resistores
forem todos iguais, a resistência equivalente pode 4) (Unesp 91) Alguns automóveis modernos são
ser dada por: equipados com um vidro térmico traseiro para
em que R é o valor da resistência e n o número de eliminar o embaçamento em dias úmidos. Para isso
resistores associados. ‘tiras resistivas’ instaladas na face interna do vidro
são conectadas ao sistema elétrico de modo que se
possa transformar energia elétrica em energia térmica.

Divertimentos
Num dos veículos fabricados no país, por exemplo,
essas tiras (resistores) são arranjadas como mostra a
figura a seguir. Se as resistências das tiras 1, 2,..., 6
forem, respectivamente, R1, R 2,..., R6, a associação que
com o professor corresponde ao arranjo das tiras da figura é:

1) (Fuvest 92) Um circuito elétrico contém 3 resistores

(R1,R 2 e R 3) e uma bateria de 12V cuja resistência
interna é desprezível. As correntes que percorrem os
resistores R1,R2 e R3 são respectivamente, 20mA, 80mA
e 100mA. Sabendo-se que o resistor R 2 tem resistência
igual a 25Ω:
a) Esquematize o circuito elétrico.
b) Calcule os valores das outras duas resistências.

2) (Unesp 91) O gráfico a seguir representa a corrente

que passa por uma lâmpada, para uso em automóvel,
em função da diferença de potencial aplicada a seus
terminais. Utilizando-se do gráfico, determine a 5) (Unitau 95) No circuito mostrado a seguir, a corrente
diferença de potencial que se deve aplicar à associação fornecida pela bateria e a corrente que circula através do
de duas dessas lâmpadas em série, para que sejam resistor de 6,0 Ω são, respectivamente:
atravessadas por uma corrente de 1,2A.

Cooperativa 32
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VERSO
 a) 8
b) 13
c) 28
d) 45
e) 70

9) (Uel 96) No circuito representado no esquema a

seguir, M1 e M2 são medidores, sendo um amperímetro
a) 4,0 A; 0,5 A b) 4,0 A; 4,0 A c) 4,0 A; 0,0 A
e o outro voltímetro, ambos ideais. O amperímetro
d) 0,0 A; 4,0 A e) 0,0 A; 0,0 A indica 2,5 ampéres e o voltímetro 27,5volts.

Divertimentos
necessários
6) (Fuvest 96) Considere um circuito formado por 4
resistores iguais, interligados por fios perfeitamente
condutores. Cada resistor tem resistência R e ocupa
uma das arestas de um cubo, como mostra a figura a
Com essas informações, pode-se concluir que o
seguir. Aplicando entre os pontos A e B uma diferença
amperímetro é

Física
de potencial V, a corrente que circulará entre A e B
a) M2 e R 2 vale 0,09 Ω. b) M2 e R1 vale 11 Ω.
valerá:
c) M1 e R 2 vale 11 Ω. d) M1 e R1 vale 11 Ω.
e) M1 e R 2 vale 30 Ω.
a) 4V/R.
b) 2V/R.
10) (Unesp 89) Pretendendo-se determinar a resistência
c) V/R.
de uma lâmpada, cuja tensão nominal era de 120 V,
d) V/2R.
montou-se o circuito da figura, no qual se podia medir
e) V/4R.
simultaneamente a tensão aplicada à lâmpada (L),
com o voltímetro (V), e a intensidade da corrente na
mesma com o amperímetro (A). A corrente através do
voltímetro era desprezível. Foram feitas duas medições:
7) (Fuvest 98) Um circuito é formado de duas lâmpadas
I) com tensão aplicada (ε) de 120 V;
L1 e L2, uma fonte de 6V e uma resistência R, conforme
II) com tensão aplicada (ε) de 40 V.
desenhado na figura. As lâmpadas estão acesas e
funcionando em seus valores nominais (L1: 0,6W e 3V
Calculou-se a resistência da lâmpada aplicando-se a lei
e L2: 0,3W e 3V).
de Ohm e obteve-se resistência sensivelmente maior
O valor da resistência R é:
no 1º. caso.

a) 15 Ω
b) 20 Ω
c) 25 Ω
d) 30 Ω
e) 45 Ω Pode-se afirmar que:
a) houve erro nas medidas, pois os resultados deveriam
ser iguais.
b) só pode ter havido um curto-circuito no filamento da
lâmpada, diminuindo a resistência na segunda medida.
c) o processo não serve para medir resistência.
8) (Uel 96) Considere o esquema a seguir. d) a lei de Ohm não pode ser aplicada para este caso.
A resistência equivalente do conjunto de resistores entre e) a diferença decorre da desigualdade de temperatura
os pontos X e Y é, em ohms, igual a: do filamento nas duas tensões aplicadas.
33 Cooperativa
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FRENTE
 11) (Unesp 97) Dois resistores, um de 20Ω e outro de
resistência R desconhecida, estão ligados em série com
uma bateria de 6,0 V e resistência interna desprezível,
como mostra a figura.
Se a corrente do circuito é de 0,1 A, o valor da
resistência R, em Ω, é
a) 20. b) 30. c) 40. d) 50. e) 60.
a) Calcule o valor da diferença de potencial U.
b) Calcule r e R.
14) (Ita 97) Considere um arranjo em forma de
tetraedro construído com 6 resistências de 100Ω, como
mostrado na figura. Pode-se afirmar que as resistências
equivalentes R(AB) e R(CD) entre os vértices A, B e

Divertimentos
C, D, respectivamente, são:

profundos
12) (Unesp 2007) Como conseqüência do rápido a) R(AB) = R(CD) = 33,3 Ω
desenvolvimento da tecnologia eletrônica, hoje é b) R(AB) = R(CD) = 50 Ω
possível realizar experimentos nas diversas áreas c) R(AB) = R(CD) = 66,7 Ω
da ciência utilizando amostras com dimensões da d) R(AB) = R(CD) = 83,3 Ω
ordem de nm (1 nm = 10-9 m). Novas perspectivas e) R(AB) = 66,7 Ω e R(CD) = 83,3 Ω
foram introduzidas e vêm sendo exploradas, como
as investigações sobre propriedades elétricas de 15) (Ita 2001) Um circuito elétrico é constituído por
macromoléculas e cadeias poliméricas, como as um número infinito de resistores idênticos, conforme
Física

proteínas. Diante dessa possibilidade, um pesquisador a figura. A resistência de cada elemento é igual a R.
verificou com sucesso a sua hipótese de que uma A resistência equivalente entre os pontos A e B é
determinada proteína, esticada, satisfazia à lei de a) infinita b) R(√3-1) c) R√3
Ohm. Depois de medidas sistemáticas da resistência d) R(1-√3/3) e) R(1+√3)
elétrica, ele concluiu que o seu valor é R. Prosseguindo
na investigação, partiu essa cadeia em dois pedaços,
ligando-os em paralelo, e a medida da resistência efetiva
foi de 3R/16. Considerando que o pedaço de menor
comprimento tenha resistência R1 e o de comprimento
maior, resistência R 2, calcule esses valores expressos
em termos de R.

13) (Unicamp 98) Uma bateria de automóvel pode

ser representada por uma fonte de tensão ideal U em
série com uma resistência r. O motor de arranque, com
resistência R, é acionado através da chave de contato
C, conforme mostra a figura a seguir.
Foram feitas as seguintes medidas no voltímetro e no
amperímetro ideais:

Chave aberta: 12 V (Volts), Chave fechada: 10 V

(Volts).
Chave aberta: 0 A (Amperes), Chave fechada: 100 A
(Amperes).

Cooperativa 34
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VERSO
Frente - Maxwell
MÓDULO 04: Potência Elétrica
Um dos tópicos mais importantes da Física é potência,
pois a transformação desta está diretamente relacionada
à energia que um sistema ganha ou perde. A potência
mede como a energia de um sistema está variando
com o tempo. Essa variação de energia pode ser
térmica, elétrica, mecânica, potencial, entre outras.
Para um resistor, lembremos que a diferença de
potencial sobre seus terminais é dada pela importante
lei de Ohm, U=Ri. Essa equação, associada àquela
descrita no item anterior, prevê duas outras equações
para potência dissipada no resistor.
Primeira equação: Segunda equação:

Matematicamente, a relação dita acima é vista como:

Substituindo em Se isolarmos a

P = E P = Ui
corrente na lei de
Ohm
t a 1a Lei de Ohm
i =U R
Onde P é a potência, ∆E a variação de energia e ∆t o U = Ri , e substituirmos na
tempo. obtemos: equação de potência,
ficamos com:
Potência Elétrica P = Ri 2 U2
A definição dada acima também vale para potência P =

Física
R
elétrica. Nesse caso, é a energia elétrica que se
transforma em outro tipo de energia, seja ela mecânica,
térmica (efeito joule) ou luminosa. Nesses casos, As duas equações são equivalentes e devem ser
a potência elétrica que será transformada pode ser usadas conforme a conveniência para a resolução
calculada por: dos problemas, mas somente para calcular a potência
dissipada em um resistor.
P=U.i Estudaremos mais adiante os receptores, elementos
que transformam energia elétrica numa outra forma
Onde U é a diferença de potencial ou tensão elétrica e de energia, que não é térmica.
i é a corrente elétrica.
Observação Importante
Unidade de Potência Em princípio, o aumento da resistência elétrica, R,
A unidade de potência no Sistema Internacional (SI) levaria a um aumento da potência, uma vez que
é o watt (W). Até aqui, você pode verificar duas aumentaria a dificuldade do translado dos elétrons. No
formas distintas de expressar a unidade Watt: usando a entanto, a potência NÃO aumenta com o aumento da
primeira equação, o Watt pode ser expresso como Joule/ resistência, pois, com o aumento da resistência elétrica,
segundo; pela segunda, mantém como Volt x Ampère. temos a diminuição da corrente elétrica que atravessa
esse resistor.
j Na equação P=Ri², que descrevemos acima, isso fica
[P] = ou [P] =V.A claro - pois, se aumentarmos a resistência, a corrente
s diminuirá proporcionalmente. Mas, na equação da
Potência Dissipada em Resistor: potência, a corrente, i, está elevada ao quadrado, o que
Efeito Joule proporcionará uma queda da potência, diferentemente
Você aprendeu em aulas anteriores que, no movimento do que se poderia pensar. Isso pode ser notado
de um elétron através de um resistor, ocorre concomi- novamente na equação P=U²/R, pois, com o aumento
tantemente transformação de energia elétrica (energia da resistência, a potência cai diretamente.
associada ao movimento dos elétrons) em energia tér-
mica (maior agitação das partículas do sistema). O aumento da Resistência causa uma
diminuição na Potência Dissipada.
Chamamos de Efeito Joule a transformação
de energia elétrica em energia térmica.

35 Cooperativa
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FRENTE
 Fis i c ae tidiano
Co
Chuveiros e Lâmpadas
Quando compramos um chuveiro elétrico ou
uma lâmpada de incandescência, notamos alguns
valores que descrevem as condições de tensão e a
correspondente potência para as quais o aparelho
resistivo foi fabricado. A esses valores dá-se o
nome de valores nominais.
Por exemplo, quando no bulbo (vidro que envolve
sua resistência) de uma lâmpada encontramos as
inscrições 127V e 100W, isso indica que, quando
ligada numa diferença de potencial de 127V, a
potência dissipada será de 100W. No entanto, a
potência não é constante, pois, se colocada em outra
ddp, a potência também será outra. Isso pode ser
notado quando colocamos uma lâmpada fabricada
para funcionar a 220V numa tensão de 110V: a
potência será bem menor do que a especificada
pelo fabricante, verificando-se então, menor brilho.
Quando recebemos uma conta de luz, aparece
Física
que consumimos tantos kWh. O kWh estaria se
referindo a potência ou a energia consumida?
Vejamos:
E 4) (Pucmg 2007) Um consumidor comprou uma
P= E P t E
t
Descobrimos que o Wh é uma unidade de energia,
assim o kWh é 1000 vezes o Wh.
Divertimentos
com o professor
1) (Ufpe 2003) O resistor de um chuveiro elétrico tem
três pontos de contato, conforme indicado na figura.
No ponto A, está ligado um dos fios de alimentação
elétrica. Dependendo da posição da chave, liga-se o
outro fio de alimentação a um dos outros pontos de
contato, e assim se estabelece as ligações INVERNO
ou VERÃO. Para um chuveiro que tenha na placa a
informação 220 V - 3220 W / 2420 W, qual o valor do
resistor, em Ω, quando o chuveiro opera na posição
INVERNO?
Cooperativa
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2) (Unesp 2003) Considere um ferro elétrico que tem
uma resistência elétrica de 22Ω e que fica ligado duas
horas por dia a uma voltagem de 110 V.
a) Qual o valor da corrente elétrica que passa por este
ferro elétrico?
b) Qual o consumo de energia elétrica (em kWh) deste
ferro ao longo de 30 dias?
3) (Fatec 2007) Uma pilha de força eletromotriz 1,5 V
e resistência elétrica interna 1,0 Ω é associada a três
resistores, de resistência 2,0 Ω, 3,0 Ω e 6,0 Ω, conforme
o esquema:
A potência dissipada no resistor de 6,0Ω é, em watts:
a) 6,0 . 10-2 b) 2,4 . 10-1 c) 3,0 . 10-1
d) 6,0 . 10-1 e) 9,0 . 10-1
W h lâmpada, na qual constavam as seguintes especificações:
120V e 60 W. Se a lâmpada for colocada em sua casa,
para ser usada nas condições normais de uso, ela será
percorrida por um corrente de:
a) 0,5 A b) 2,0 A c) 1,0 A
d) 1,5 A
5) (Unifesp 2008) Um consumidor troca a sua televisão
de 29 polegadas e 70 W de potência por uma de plasma
de 42 polegadas e 220 W de potência. Se em sua casa
se assiste à televisão durante 6,0 horas por dia, em
média, pode-se afirmar que o aumento de consumo
mensal de energia elétrica que essa troca vai acarretar
é, aproximadamente, de:
a) 13 kWh. b) 27 kWh. c) 40 kWh.
d) 70 kWh. e) 220 kWh.
Divertimentos
necessários
6) (Unicamp 2003) Um LED (do inglês Light Emiting
Diode) é um dispositivo semicondutor para emitir
luz. Sua potência depende da corrente elétrica que
passa através desse dispositivo, controlada pela
voltagem aplicada. Os gráficos a seguir representam
as características:
36
VERSO
 operacionais de um LED com comprimento de onda na 9) (Enem 2006) Na avaliação da eficiência de usinas
região do infravermelho, usado em controles remotos. quanto à produção e aos impactos ambientais, utilizam-
50 2,0 se vários critérios, tais como: razão entre produção
efetiva anual de energia elétrica e potência instalada

Potência luminosa (10–3 W)

40 ou razão entre potência instalada e área inundada pelo
Corrente (10–3 A)

1,5
30 reservatório. No quadro seguinte, esses parâmetros
1,0 são aplicados às duas maiores hidrelétricas do mundo:
20 Itaipu, no Brasil, e Três Gargantas, na China.
0,5
10

0 0,0
0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0 10 20 30 40 50
Voltagem (V) Corrente (10–3 A)

a) Qual é a potência elétrica do diodo, quando uma

tensão de 1,2 V é aplicada?
b) Qual é a potência de saída (potência elétrica
transformada em luz) para essa voltagem? Qual é a
eficiência do dispositivo?
c) Qual é a eficiência do dispositivo sob uma tensão
de 1,5 V ? Com base nessas informações, avalie as afirmativas
que se seguem.

Física
7) A enguia elétrica ou poraquê, peixe de água doce da
região amazônica chega a ter 2,5 m de comprimento I. A energia elétrica gerada anualmente e a capacidade
e 25 cm de diâmetro. Na cauda, que ocupa cerca de nominal máxima de geração da hidrelétrica de Itaipu
quatro quintos do seu comprimento, está situada a são maiores que as da hidrelétrica de Três Gargantas.
sua fonte de tensão - as eletroplacas. Dependendo do II. Itaipu é mais eficiente que Três Gargantas no uso
tamanho e da vitalidade do animal, essas eletroplacas da potência instalada na produção de energia elétrica.
podem gerar uma tensão de 600V e uma corrente de III. A razão entre potência instalada e área inundada
2,0A, em pulsos que duram cerca de 3,0 milésimos de pelo reservatório é mais favorável na hidrelétrica Três
segundo, descarga suficiente para atordoar uma pessoa Gargantas do que em Itaipu.
ou matar pequenos animais.
(Adaptado de Alberto Gaspar. “Física”. v.3. São É correto apenas o que se afirma em
Paulo: Ática, 2000, p. 135) a) I. b) II. c) III.
A energia elétrica que a enguia gera, em cada pulso, d) I e III. e) II e III.
em joules, vale:
a) 1,0 . 10-3 10) (Fatec 2007) Um resistor ôhmico, de resistência
b) 4,0 . 10-1 R = 20Ω, submetido à ddp de 200V e percorrido por
c) 3,6 uma corrente elétrica de intensidade 10 A e dissipa
d) 9,0 uma potência de 2000W.
e) 1,0 . 103 Se o mesmo resistor for submetido a ddp de 100V,
a intensidade da corrente que o percorrerá, em
8) (Ita 2006) Para iluminar o interior de um armário, amperes, e a potência que dissipará, em watts, serão,
liga-se uma pilha seca de 1,5 V a uma lâmpada de 3,0 respectivamente,
W e 1,0 V. A pilha ficará a uma distância de 2,0 m da a) 10 e 1000. b) 10 e 500. c) 5 e 4000.
lâmpada e será ligada a um fio de 1,5 mm de diâmetro d) 5 e 2000. e) 5 e 500.
-8
e resistividade de 1,7x10 Ω.m. A corrente medida
produzida pela pilha em curto circuito foi de 20 A. 11) (Fuvest 2005) Um aquecedor elétrico é formado por
Assinale a potência real dissipada pela lâmpada, nessa duas resistências elétricas R iguais. Nesse aparelho,
montagem. é possível escolher entre operar em redes de 110 V
a) 3,7 W (Chaves B fechadas e chave A aberta) ou redes de 220
b) 4,0 W V (Chave A fechada e chaves B abertas). Chamando
c) 5,4 W as potências dissipadas por esse aquecedor de P(220)
d) 6,7 W e P(110), quando operando, respectivamente, em 220V
e) 7,2 W
37 Cooperativa
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FRENTE
 e 110V, verifica-se que as potências dissipadas, são Cada um dos 4 moradores toma um banho diário, um
tais que: de cada vez, num chuveiro elétrico de 3 kW. Se cada
banho tem duração de 5 minutos, o custo ao final de um
mês (30 dias) da energia consumida pelo chuveiro é de
a) R$ 4,50. b) R$ 7,50. c) R$ 15,00.
d) R$ 22,50. e) R$ 45,00.

Divertimentos
profundos
a) P (220) = 1/2 P (110) b) P (220) = P (110)
c) P (220) = 3/2 P (110) d) P (220) = 2 P (110)
4) (Unifesp 2004) A linha de transmissão que
e) P (220) = 4 P (110) leva energia elétrica da caixa de relógio até uma
residência consiste de dois fios de cobre com 10,0 m
12) (Unifesp 2007) Uma das mais promissoras de comprimento e secção reta com área 4,0 mm² cada
novidades tecnológicas atuais em iluminação é um. Considerando que a resistividade elétrica do cobre
um diodo emissor de luz (LED) de alto brilho, é ρ = 1,6.10-8 Ω.m.
comercialmente conhecido como ‘luxeon’. Apesar de
ter uma área de emissão de luz de 1 mm² e consumir a) calcule a resistência elétrica r de cada fio desse trecho
uma potência de apenas 1,0 W, aproximadamente, um do circuito.
Física

desses diodos produz uma iluminação equivalente à b) Se a potência fornecida à residência for de 3.300 W
de uma lâmpada incandescente comum de 25 W. Para a uma tensão de 110 V, calcule a potência dissipada P
que esse LED opere dentro de suas especificações, o nesse trecho do circuito.
circuito da figura é um dos sugeridos pelo fabricante:
a bateria tem fem E = 6,0 V (resistência interna 15) (Fuvest 2000) Um painel de células solares
desprezível) e a intensidade da corrente elétrica deve funciona como um gerador, transformando energia
ser de 330 mA. luminosa em energia elétrica. Quando, sobre a área
de captação do painel, de 2m² incide uma densidade
superficial de potência luminosa de 400W/m², obtém-se
uma relação entre I (corrente) e V (tensão), conforme
gráfico a seguir. (Os valores de I e V são os indicados
pelo amperímetro A e pelo voltímetro V, no circuito
esquematizado, variando-se R em uma ampla faixa
de valores). Nas aplicações práticas, substitui-se a
resistência por um aparelho elétrico.

Nessas condições, pode-se concluir que a resistência

do resistor R deve ser, em ohms, aproximadamente de:
a) 2,0. b) 4,5. c) 9,0.
d) 12. e) 20.

13) (Unesp 2002) As companhias de eletricidade

geralmente usam medidores calibrados em quilowatt-
hora (kWh). Um kWh representa o trabalho realizado
por uma máquina desenvolvendo potência igual a 1
kW durante 1 hora. Numa conta mensal de energia
elétrica de uma residência com 4 moradores, lêem-se,
entre outros, os seguintes valores: Para as condições anteriores:
a) Construa, no sistema de coordenadas, um esboço
CONSUMO (kWh) - 300 do gráfico da potência fornecida pelo painel solar em
TOTAL A PAGAR (R$) - 75,00 função da tensão entre seus terminais.

Cooperativa 38
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
b) Estime a eficiência máxima de transformação de
energia solar em energia elétrica do painel.
c) Estime a resistência R(max), quando a potência
elétrica gerada pelo painel for máxima.
16) (Uerj 2002) Uma família dispõe de um aparelho
de ar-condicionado de 12.300 BTU/h, que funciona em
110 V, e quer trocá-lo por um de mesma capacidade
de refrigeração, porém mais econômico, que funciona
em 220 V.
O fabricante fornece a seguinte tabela:
de captação de energia solar, para aquecer a água
destinada ao consumo doméstico, possui rendimento
igual a 60%, isto é, 60% da potência da radiação
solar disponível é transformada em potência útil pelo
equipamento. Considere uma residência que possui um
desses equipamentos instalado, cuja área de captação
de irradiação solar é de 4 m², e que toda a potência útil
é consumida. Se o custo da energia elétrica no local
é de R$ 0,60 por kWh, a economia média anual (365
dias) em reais, nessa residência, será
a) maior que R$ 2.124,00.
b) igual a R$ 551,88.
c) igual a R$ 367,92.
d) menor que R$ 367,92.
e) igual R$ 1.980,00.

Física
Admita que o kWh custe R$ 0,33 e que a eficiência do
ar-condicionado seja a razão entre potência térmica e
potência elétrica.
Considerando os dados acima, determine:
a) a economia obtida, em reais, utilizando-se a versão
220 V, com o motor ligado ininterruptamente, durante
dez horas, em relação à versão 110 V, nas mesmas
condições de uso;
b) quantas vezes a versão 220 V é mais eficiente que
a versão 110 V.

17) (Unicamp 2002) Um aspecto importante no

abastecimento de energia elétrica refere-se às perdas
na transmissão dessa energia do local de geração para
o local de consumo. Uma linha de transmissão de
1000km apresenta uma resistência típica R=10Ω. A
potência consumida na cidade é igual a 1000MW.
a) A potência consumida é transmitida pela linha e
chega à cidade com uma tensão de 200kV. Calcule a
corrente na linha de transmissão.
b) Calcule a percentagem da potência dissipada na
linha, em relação à potência consumida na cidade.
c) Quanto maior a tensão na linha de transmissão
menores são as perdas em relação à potência
consumida. Considerando que a potência consumida
na cidade é transmitida com uma tensão de 500kV,
calcule a percentagem de perda.

18) (Ufms 2007) A energia solar é uma das fontes

alternativas de energia utilizadas pelo homem. A
intensidade média anual da radiação solar na cidade de
Campo Grande - MS é igual a 700 W/m² considerando
6 horas de irradiação por dia. Um equipamento
39 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
Cooperativa

40

VERSO
Frente - Newton
MÓDULO 01: Potência Elétrica
Fique
- Atento
Neste capítulo, introduziremos os conceitos
básicos de Cinemática. Como talvez você já saiba,
a cinemática é a parte da mecânica que trata dos
movimentos sem se preocupar com suas causas, ou
seja, apenas analisa como eles estão acontecendo.
Sendo assim, é fácil percebermos que a cinemática
é uma disciplina puramente descritiva. Não
queremos saber porque um determinado fenômeno
aconteceu, queremos apenas poder dizer como o
mesmo ocorreu. Ao longo do curso você perceberá
que toda a Física de certa forma, é descritiva. Mas,
por enquanto, nos preocuparemos apenas com a
cinemática. Ao longo da leitura deste primeiro
capítulo, você aprenderá não só os conceitos
fundamentais da cinemática mas também a saber
manipulá-los adequadamente. Esta manipulação
é feita através de uma ferramenta muito poderosa
para os físicos: a matemática! É com o auxílio
da matemática que você aprenderá conceitos
como trajetória, tempo, espaço, referencial, corpo
extenso e ponto material, velocidade, aceleração
e muitos outros. Não se preocupe em decorar
fórmulas. Se você fizer uma leitura com calma e
persistir nos exercícios, os conceitos ficarão mais
claros e, conseqüentemente, as fórmulas serão
melhor entendidas.
“- Poderia me dizer, por favor, em que direção
eu devo ir a partir daqui? – disse Alice
- Isso depende muito de onde você quer
chegar – disse o gato.
- Eu não estou muito preocupada
com onde... – disse Alice.
- Então não faz diferença em que direção
você vai – disse o gato.”
Lewis Carrol em “Alice no País das Maravilhas” se um corpo em movimento não estará no mesmo
Cinemática
(Conceitos Básicos)
A primeira coisa que você precisa ter em mente poderemos fazer um esboço de sua trajetória. Vamos
quando estuda Física é que ela está apenas preocupada analisar com calma cada um desses passos.
em descrever fenômenos naturais. Bem, o que
significa descrever? Em poucas palavras significa
reconhecer e conseguir prever as etapas pelas quais
um determinado processo natural passa. Por exemplo,
quando você olha uma torneira pingando e comenta
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
isto com alguém, você simplesmente diz: “A torneira
da cozinha está pingando”. A pessoa com quem você
falou certamente entenderá o que você quis dizer. A
Física descreve exatamente a mesma situação/ mesmo
fenômeno, só que de forma bem mais precisa. Veja:
se tomarmos o canto da cozinha como referência
e unidades em metros, a torneira localizada nas
coordenadas (3m, 2m, 1m) está gotejando a uma taxa
de três gotas por minuto numa vazão de cinco litros
por hora. Essa descrição, apesar de ainda não ser a
melhor que se possa dar, é bem mais precisa do que
a primeira. Mas por que tanta precisão? Essa é uma
pergunta muito pertinente e a melhor resposta para
ela é que a Física está interessada em descrever de
forma única os fenômenos naturais. Se falássemos
apenas “a torneira está pingando”, poderíamos nos
referir a qualquer torneira, em qualquer pia, com
qualquer vazão e assim por diante. Entretanto, quando
Física
descrevemos de maneira precisa um fenômeno, o
máximo que você pode fazer é pegar outra torneira
e ajustá-la de forma que pingue como a primeira,
ou seja, tal qual foi descrito. Conclusão: descrever
com precisão é importante para que o fenômeno seja
caracterizado de forma única e para que possamos
reproduzi-lo tal qual ele ocorre naturalmente.
Falemos então de cinemática. A Física pode ser
dividida em áreas como, a Mecânica, a Eletrofísica,
a Termofísica, a Óptica e outras. Para estudar
a Mecânica, vamos dividi-la em três partes: a
cinemática, a dinâmica e a estática. A cinemática,
que é o que nos interessa, estuda os movimentos sem
se preocupar com suas causas, a dinâmica estuda os
movimentos com enfoque nas causas e a estática se
preocupa com as condições de equilíbrio dinâmico e
estático de um corpo.
Pois muito bem, esquecendo o que pode ter provocado
um determinado movimento, como poderemos
descrevê-lo? Para uma descrição mínima, em primeiro
lugar precisaremos saber onde o corpo em movimento
está; depois saber em que momento ele estava lá, pois
lugar o tempo inteiro. Então, precisaremos saber se o
tamanho do corpo será importante ou não em nossa
descrição. Por fim, com todas estas informações,
41 Cooperativa
FRENTE
 Onde?
Para responder à pergunta “onde” precisamos sempre
de um referencial. Por exemplo, se você está no cursinho
e lhe perguntam onde fica a sua casa, você não pode
simplesmente responder “fica a 300 metros” ou “fica
na terceira quadra”. Para responder completamente
você precisa dar uma referência. A localização de sua
casa dependerá, então, da referência que você adotou.
Sua casa pode ficar a 300 metros a partir do cursinho
ou a 500 metros a partir da prefeitura de sua cidade.
Assim, escolhido um referencial apropriado, podemos
medir e encontrar a posição de um corpo em relação
a esse referencial. Mas apenas isso ainda não é o
suficiente para determinar, de forma única, onde o
corpo se encontra. Por exemplo, digamos que o corpo
esteja a uma distância “d” de um certo referencial “R”
(figura 1).
Física
Como vemos, há mais de uma posição em que a
distância ao referencial é igual a “d”. Para determinar
de forma única a posição, ou seja, para não deixar
dúvidas sobre onde se localiza o corpo, adotamos
um sistema cartesiano ortogonal com origem no
referencial adotado. Assim, a posição do corpo é
indicada pelas suas coordenadas no sistema cartesiano
(figura 2).
Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VERSO
No exemplo da figura 2, vemos que para localizar
um ponto em cima da mesa, precisamos de três
coordenadas (x2, y2, z3). No caso da tomada, temos
que uma das coordenadas da posição é zero, ou seja,
precisamos de apenas duas coordenadas para localizá-
la (y1, z2). Assim, em um plano (neste caso o plano
da parede) precisamos de apenas duas coordenadas
para descrever a posição de um ponto. De forma
semelhante, se podemos trabalhar em uma dimensão,
só precisaremos de uma coordenada para indicar a
posição de um ponto. Vale lembrar que, neste caso, o
referencial adotado encontra-se exatamente onde está
a origem dos eixos.
Quando?
Falar de movimento é falar sobre as posições de um
corpo com o passar do tempo. Assim, nosso interesse
irá focar-se, também, no período de tempo que
transcorreu durante o movimento.
O instante em que começamos a observar o movimento
chamamos de “instante inicial” e designamos por “t0”.
Ao instante em que paramos de observar o movimento
damos o nome de “instante final” e designamos por
“t”. Finalmente, o tempo que decorreu entre o instante
inicial e o instante final será denominado “intervalo de
tempo” e designado por ∆t (∆ é a letra grega “delta”
que, em Física, tem o significado de variação) onde
lemos “delta t”. O intervalo de tempo é definido por:
∆t = t – t 0
Em nosso curso usaremos o Sistema Internacional de
Medidas (SI), do qual falaremos no próximo módulo,
para definir unidades. A unidade de medida de tempo
será o “segundo” (s).
As Dimensões são Relevantes?
No estudo dos movimentos, veremos que precisamos
pensar se o tamanho do corpo, ou seja, se suas
medidas influenciam na descrição do movimento
ou não. Por exemplo, digamos que um navio esteja
fazendo uma viagem do Rio de Janeiro à Inglaterra.
Ao observarmos o navio em relação à sua trajetória,
vemos que seu tamanho é muito menor que o
comprimento do percurso. Por outro lado, se esse
mesmo navio faz manobras num porto, seu tamanho
é muito importante em relação às conseqüências de
seu movimento.
42
 Leitura
complementar
A notação científica é uma forma de
representar,números muito grandes ou muito
pequenos. É possível encontrar exemplos de
notação científica nas mais diversas áreas do
conhecimento: em relatórios de exames médicos,
na descrição biológica de sistemas muito grandes
ou muito pequenos, na transformação de escalas
em mapas geográficos, na maioria dos cálculos
químicos, entre outros. Assim, seja você um
médico, engenheiro, geógrafo ou astrônomo, o uso
de notação científica é bastante prático no seu dia-
a-dia.
O formato de um número em notação científica
pode ser esquematizado da seguinte forma:

N.10x

Na primeira situação, em que as dimensões do corpo
são desprezíveis, dizemos que o corpo é considerado
um ponto material. Na segunda, em que as dimensões
são relevantes, o corpo é considerado um corpo
extenso.
Trajetória
Agora que já sabemos localizar um corpo em relação
a um referencial e tambémmedir o tempo transcorrido
durante seu movimento, estamos interessados em
saber as posições que esse corpo ocupou no intervalo
Física
N: número maior ou igual a 1 e menor que 10;
x: expoente da base 10.
Qualquer número pode ser escrito em notação
científica. Sendo assim, podemos enunciar duas
regras para escrevê-lo:
• Desloco a vírgula até que o número fique entre 1
e 10;
• Multiplico por 10 elevado a um expoente igual ao
número de casas deslocadas pela vírgula.
O número que queremos escrever em notação
científica pode estar em um dos três casos seguintes:
1°caso) Números maiores ou iguais a 10.
• O expoente será um número positivo.
Exemplo: 5,637.10
3

de tempo considerado. 2°caso) Números menores que 1.

O conjunto de todas as posições ocupadas por um • O expoente será um número negativo.
-4
corpo chama-se trajetória. É importante observar Exemplo: 0,00032 = 3,2.10
que a trajetória de um corpo depende do referencial 3°caso) Números entre 1 e 10.
adotado: • É só lembrar que 100 = 1
0
Exemplo: 7,2 = 7,2 x 1 = 7,2.10

Multiplicação
Dados dois números em notação científica,
x y
N1.10 e N2.10
o produto desses dois números é dado como
x y x+y
(N1.10 ).( N2.10 ) = ( N1.N2 ).10
o procedimento da operação pode ser enunciado
em três passos:

Como vemos, a trajetória descrita pelo corpo é 1°) Multiplica-se N1 por N2;
diferente para cada um dos referenciais considerados. 2°) Conserva-se a base 10;
Em relação ao carrinho, a trajetória é uma reta, já em 3°) Soma-se o expoente do
relação ao solo, uma parábola. primeiro número com o
expoente do segundo número.

43 Cooperativa
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FRENTE
 Exemplo: Para o 2° passo precisamos de um critério de
2 5 2+5 7
(2.10 ).(3.10 ) = (2.3).10 = 6.10 aproximação. Aqui, adotaremos a metade no
intervalo entre 1 e 10 como referência para esta
Divisão aproximação:
A divisão entre dois números em notação científica,
x y x-y
N1.10 ÷ N2.10 = (N1 ÷ N2).10
ou

y –1 = 10– y ⇒ 2y = 11 ⇒ y = 5,5
também pode ser enunciada em três passos: Ou seja, para N menor que 5,5 aproximamos N por 1
0 1
(10 ) e para N maior que 5,5 aproximamos por 10 (10 ).
1°) Divide-se N1 por N2; No caso de N = 5,5 podemos aproximar tanto para 1
2°) Conserva-se a base 10; quanto para 10.
3°) Soma-se o expoente do Exemplo:
numerador com o negativo Qual a ordem de grandeza do número 342563?
do expoente do denominador. Resp.:
5 5 5
Exemplo: 342563 = 3,42563.10 = 100.10 = 10
3 1 3-1 2 1 5
(1.10 )÷(2.10 ) = (1÷2).10 = 0,5.10 = 5.10 Portanto, 342563 é da ordem de 10 .

Soma ou Subtração
Física

Dada uma soma de números em notação científica,

Divertimentos
x y
N1.10 + N2.10
temos os seguintes procedimentos de operação:
1°) Igualamos os expoentes;
2°) Colocamos em evidência
a potência encontrada;
3°) Efetuamos a soma.
com o professor
1) (UFRJ) Heloísa, sentada na poltrona de um ônibus,
O procedimento para subtração é o mesmo. afirma que o passageiro sentado à sua frente não se
Exemplo: move, ou seja, está em repouso. Ao mesmo tempo,
4.10²+3.10³=0,4.10 .10 =(0,4+3).10 = 3,4.10
3+3 3 3 3
Abelardo, sentado à margem da rodovia, vê o ônibus
-3 2 2−6 2 2
passar e afirma que o referido passageiro está em
5.10 −6.10 =0,00005.10 .10 = (0,000056).10 = movimento.
2 2
−5,99995.10 ≈ −6.10
De acordo com os conceitos de movimento e repouso
usados em Mecânica, explique de que maneira
Ordem de Grandeza
Para saber a ordem de grandeza de um número, devemos interpretar as afirmações de Heloísa e
seguimos três passos: Abelardo para dizer que ambas estão corretas.

1°) Escrevemos o número

x
em notação científica N.10
2°) Aproximamos o valor de
N pela potência de 10 mais próxima;
3°) Efetuamos o produto de
potências dos passos anteriores
e encontramos a ordem de grandeza
2) Considere três veículos A, B e C. Se A esta em
do número.
movimento em relação a B, e B esta em movimento
Para o 2° passo precisamos de um critério em relação a A:
de aproximação. Aqui, adotaremos a metade no a) é possível que A esteja em movimento em relação
intervalo entre 1 e 10 como referência para esta a C?
aproximação: b) podemos garantir que A esta em movimento em
relação a C?

Cooperativa 44
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VERSO
3) (UERJ) Uma estrada recém-asfaltada entre duas
cidades e percorrida de carro, durante uma hora e
meia, sem parada. A extensão do percurso entre as
cidades é de, aproximadamente:
a) 103 m b) 104 m c) 105 m
d) 10 m descreve a posição e a velocidade da partícula em
6
4) (FUVEST) Uma bolinha de massa m, sob a ação
da gravidade e presa através de um fio a um ponto P
(vide figura), é abandonada em B, a partir do repouso.
Quando a bolinha passa por A, diretamente abaixo de
P, o fio se rompe.
Nos eixos x e y traçados, qual dos esquemas abaixo
pode representar a trajetória subseqüente da bolinha?
5) Suponha que um chiclete esteja preso na ponta de
uma das pás da hélice de um avião. Suponha ainda
que o avião esteja em movimento numa pista de
pouso. Tomando o avião como referência, descreva o
movimento do chiclete. Qual seria a sua descrição se
tomasse como referência a pista?
Divertimentos
necessários
45
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FRENTE
6) (FUVEST) Uma partícula move-se livremente
entre duas paredes verticais paralelas, chocando-
se repetidamente com as mesmas. A trajetória é
perpendicular às paredes e os choques são elásticos.
Dentre os gráficos abaixo, escolha o par que melhor
função do tempo.
a) 1 e 4
Física
b) 1 e 3
c) 2 e 4
d) 2 e 3
e) 3 e 4
7) Um trem com 100 m de comprimento atravessa um
túnel de 1 km de extensão. Dentro de um dos vagões
uma garota observa distraidamente uma formiga
subir pela parede. Classifique como ponto material ou
corpo extenso:
a) O trem em relação ao túnel;
b) A formiga em relação à parede do vagão.
8) Consideremos um relógio de parede que tem
ponteiro de segundos. Uma formiguinha parte do
eixo do ponteiro e dirige-se para a outra extremidade,
sempre com a mesma rapidez. Esboce a trajetória da
formiguinha em relação ao mostrador do relógio.
9) (PUCC) Uma pessoa encontra-se em lugar fixo
de um caminhão animado de movimento retilíneo e
com velocidade constante. A pessoa lança uma pedra
verticalmente para cima. Desprezando-se a resistência
do ar, pode-se afirmar que:
a) a pedra atingirá o solo na vertical do ponto de que
foi lançada;
b) a pedra retornará à pessoa que a lançou;
c) a trajetória será uma reta vertical em relação à
Terra;
d) a trajetória será uma parábola em relação ao
caminhão;
e) a pedra atingirá o solo na frente do caminhão.
Cooperativa
 10) (F. M. Santos) Considere um ponto na superfície
da Terra. Podemos afirmar que:
a) o ponto descreve uma trajetória circular;
b) o ponto está em repouso.
c) o ponto descreve uma trajetória elíptica;
d) o ponto descreve uma trajetória parabólica;
e) a trajetória descrita depende do referencial adotado.
11) (FUVEST) Em um prédio de 20 andares (além do
térreo) o elevador leva 36 s para ir do térreo ao 20º
andar. Uma pessoa no andar X chama o elevador, que
está inicialmente no térreo, e 39,6 s após a chamada
a pessoa atinge o andar térreo. Se não houve paradas
intermediárias, e os tempos de abertura e fechamento
da porta do elevador e de entrada e saída do passageiro
são desprezíveis, podemos dizer que o andar X é o:
a)9º b) 11º c) 16º
d) 18º e) 19º
12) (FEI – modificado) O diâmetro de um fio de cabelo
-4
é 10 m. Sabendo-se que o diâmetro de um átomo é de
Física
-10
1Å ( 1Å = 1.10 m, leia-se “um ângstron”) quantos
átomos colocados lado a lado seriam necessários para
fazer uma linha que divida o fio de cabelo exatamente
no seu diâmetro?
4 5 6
a) 10 átomos b) 10 átomos c) 10 átomos
7 8
d) 10 átomos e) 10 átomos
13) (CESGRANRIO) O fumo é comprovadamente
um vício prejudicial à saúde. Segundo dados da
Organização Mundial de Saúde, um fumante médio,
ou seja, aquele que consome cerca de 10 cigarros
por dia, ao chegar à meia idade terá problemas
cardiovasculares. A ordem de grandeza do número
de cigarros consumidos por este fumante durante 30
anos é de:
2 3 4 5 6
a) 10 b) 10 c) 10 d) 10 e) 10
14) (FCC) Efetuando-se a separação de 1 mg de
polônio, por espectroscopia de massa, detectou-se,
até a total desintegração da amostra, 3.1018 partículas
alfa emitidas pelos átomos de polônio. Supondo que
cada átomo emita uma partícula somente, a massa de
umátomo de polônio é mais aproximadamente dada
pelo valor seguinte expresso em miligramas:
-20 -19 -27
a) 3.10 b) 3.10 c) 3.10
-18 -16
d) 3.10 e) 3.10
15) (FUVEST) Um conhecido autor de contos
fantásticos associou o tempo restante de vida de certa
personagem à duração de escoamento da areia de uma
enorme ampulheta. A areia se escoa uniforme, lenta e
inexoravelmente, à razão de 200 gramas por dia.
Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VERSO
Sabendo-se que a ampulheta comporta 30 kg de areia
e que 2/3 do seu conteúdo inicial já se escoaram,
quantos dias de vida ainda restam à personagem?
a) 100 b) 50 c) 600
d) 2000 e) 1000
Divertimentos
profundos
16) (UEL – modificado) Um garoto fez um cubo
maciço de massa de modelar de 2,0 cm de aresta.
A seguir, espalhou essa massa sobre uma tábua
formando uma camada com uma espessura média de
2.10-1 cm. Supondo que não houve dilatação nem
compressão da massa de modelar, a área da tábua que
ficou coberta, em cm2, foi:
a) 20 b) 40 c) 64
d) 80 e) 100
17) (UEL) A ordem de grandeza do número de grãos
de arroz que preenchem um recipiente de 5 litros é de:
3 6 8
a) 10 b) 10 c) 10
9 10
d) 10 e) 10
18) Do fato de vermos sempre a mesma face da lua, o
que podemos concluir a respeito de seu movimento?
Obs.: a lua possui rotação e translação.
19) (UFCE) O sistema solar tem 4,5.109 anos de
idade. Os primeiros hominídeos surgiram na Terra
há cerca de 4,5 milhões de anos. Imagine uma escala
em que o tempo transcorrido entre o surgimento do
sistema solar e a época atual corresponda a um ano
de 365 dias. De acordo com tal escala, há quantas
horas os hominídeos surgiram na Terra? Aproxime
sua resposta para um número inteiro apropriado.
20) (UFAL) Atualmente, estima-se a idade do
universo em aproximadamente 13,7 bilhões de anos.
Pode-se afirmar que a ordem de grandeza da idade do
universo em horas é de:
10 12 14
a) 10 b) 10 c) 10
16 18
d) 10 e) 10
46
Frente - Newton
MÓDULO 02: Cinemática
Escalar: Velocidade
Como o próprio título diz, neste módulo iniciaremos
o estudo da cinemática escalar. Mais adiante no curso,
introduziremos o estudo da cinemática vetorial,
completando, assim, o estudo da cinemática.
Deslocamento
Antes de introduzirmos a definição de velocidade,
precisamos entender dois conceitos que farão parte
dessa definição. O primeiro conceito diz respeito
ao intervalo de tempo, que aprendemos no módulo
anterior e que foi simbolizado por ∆t. Como vimos,
o ∆t estava associado às medidas de tempo durante o
movimento do corpo. O outro conceito está associado
com as posições que o corpo ocupou quando
realizamos as medidas de tempo.
Como vimos, a posição de um corpo depende do
referencial adotado. Assim, escolhido um referencial
adequado, mediremos as posições do corpo para o
tempo t0 e para o tempo t. Para a medida da posição
do corpo no “instante inicial” (t0) daremos o nome
de “posição inicial” e usaremos o símbolo S0. Para
a medida da posição do corpo no “instante final” (t)
daremos o nome de “posição final” e usaremos o
símbolo S. Por fim, o quanto o corpo andou entre os
instantes inicial e final será chamado de “variação de
espaço” ou “deslocamento” e será simbolizado por Podemos facilmente calcular o deslocamento do
∆S (leia-se “delta S”) e definido como:
∆S = S – S 0
Vemos agora que há uma correspondência entre as
medidas de tempo e posição e, portanto, entre variação
de espaço e intervalo de tempo. Para um tempo inicial,
temos uma posição inicial; para um tempo final, temos
uma posição final; e para uma variação de tempo,
temos um deslocamento ou variação de espaço.
No SI, a unidade de medida de posição é o “metro”
(m) e, portanto, será também a unidade de medida de
deslocamento.
Espaço Percorrido
Imagine uma corrida automobilística em circuito
fechado, ou seja, um circuito em que o ponto de
partida está na mesma posição que o ponto de chegada.
Dessa forma, para uma volta completa, se medirmos
a posição final e a inicial do carro, veremos que elas
são a mesma, S = S0 e, portanto, o deslocamento será
zero:
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∆S = S – S = 0 0
Isso significa que o carro não se moveu? Seguramente
não. Acontece que do modo como definimos
deslocamento, muitas vezes ele não corresponderá ao
percurso efetivo do corpo.
Chamaremos de distância percorrida (D) à soma de
todos os trechos de trajetória por onde o corpo passou.
Assim, no caso da corrida, supondo-se a trajetória em
círculo, para uma volta do carro temos um trecho de
trajetória igual a um círculo. A distância percorrida
corresponde a um único trecho com comprimento
de uma circunferência. Para o caso de duas voltas
teríamos ainda ∆S = S – S0 = 0, porém a distância
percorrida seria composta por dois trechos, cada
um medindo uma circunferência. O pensamento é o
mesmo para um número qualquer de voltas.
Agora digamos que um caminhão de entregas parte de
Piracicaba e vai até Campinas, a 50km de distância,
Física
e depois retorna para Americana, que fica a apenas
20km de Piracicaba (figura 1):
caminhão:
∆S = S – S0 = 20km – 0 = 20km
Agora vamos calcular o espaço percorrido:
Trecho Piracicaba-Campinas:
∆S1 = 50km – 0 = 50km
Trecho Campinas-Americana:
∆S2 = 20km – 50km = -30km
Assim, vemos que o espaço percorrido é:
D = |∆S1| + |∆S2| = 50km + 30km = 80km
Portanto, o espaço percorrido é a soma dos módulos
dos trechos de trajetória. Enquanto o deslocamento
pode ser uma quantidade positiva ou negativa, vemos
que o espaço percorrido só pode ser positivo. E
ainda, o espaço percorrido só será zero se não houver
movimento.
47 Cooperativa
FRENTE
 Velocidade Média
Uma vez definido o deslocamento de um corpo
qualquer em um dado intervalo de tempo, definimos a Essa barra de metal ainda existe, mas já não é
velocidade média de um corpo como sendo: mais usada como padrão de medida. Atualmente,
dizemos que o metro é a distância percorrida pela
luz em (1/299792458) segundo.
vm = s Nem sempre poderemos usar a mesma referência
t para nossas medidas. Não podemos, por exemplo,
usar uma barra de metal para medir a passagem do
Como a unidade de espaço é o metro (m) e a unidade tempo. Sendo assim, precisamos não de uma, mas
de tempo é o segundo (s), a unidade de velocidade de um conjunto de referências ao qual possamos
média será o “metro por segundo” (m/s). Veremos que recorrer quando efetuamos uma medida qualquer.
existem outras unidades e, muitas vezes, precisaremos Em 1960, vários países do mundo se reuniram
transformá-las. na 11a Conferência Geral de Pesos e Medidas e
estabeleceram o Sistema Internacional de Unidades
Velocidade Instantânea (SI), um conjunto de referências para medidas a
A velocidade média é definida para um intervalo de serem usadas como padrão.
O SI constitui-se de unidades básicas:
tempo específico. O que aconteceria se esse intervalo
de tempo fosse muito pequeno? Ainda poderíamos Grandeza Unidade Símbolo
calcular a velocidade? A resposta é sim. É claro que Comprimento
Massa
metro
quilograma
m
kg
o valor do deslocamento também seria reduzido, Tempo segundo s
mas a nossa definição não diz que devemos ter um Intensidade de Corrente Ampère A
Física

Elétrica
deslocamento mínimo. Temperatura kelvin K
Para valores muito pequenos de ∆t temos que o Termodinâmica
valor de t se aproxima do valor de t0. Assim, se ∆t se Quantidade de Substância mol mol
Intensidade Luminosa candela cd
aproxima de zero é o mesmo que t se aproximar de
t0. Mas o que isto significa? Significa que, ao fazer e unidades derivadas que são obtidas a partir das
o cálculo da velocidade média, podemos aproximar unidades básicas.
No Brasil, adotamos o SI como referência para
esse cálculo como sendo o da velocidade num
medidas. O SI também é conhecido como sistema
instante específico. Esta velocidade, calculada para ∆t MKS por usar o metro (M), o quilograma (K) e o
tendendo a zero, é chamada “velocidade instantânea”. segundo (S) para medidas de comprimento, massa
Em termos matemáticos temos: e tempo respectivamente. Alguns países, como

vinst = lim S Inglaterra e EUA, não aderiram ao MKS e usam o

sistema CGS, que define o centímetro (C), o grama
t = 0  t
>
(G) e o segundo (S) para medidas de comprimento,
Obs.: A expressão acima não deve ser encarada como massa e tempo.
uma divisão. Para entendê-la é preciso conhecimento É comum usarmos abreviações para designar
de cálculo diferencial!

Leitura
múltiplos e submúltiplos de unidades do SI. Isso se
deve ao recorrente uso das mesmas, o que torna a
abreviação uma forma muito prática de expressão.
As principais abreviações são:

complementar Abrev. Símbolo Fator

12
Exemplo

Terá T 10 1 Tm = 1012m
Sistema Internacional de Unidades (SI) Giga G 109 1 Gm = 109m
6
Mega M 10 1 Mm = 106m
Para toda medida física precisamos definir uma
Kilo K 103 1 km = 103m
unidade. A unidade é o padrão de referência com o 2
Hecta H 10 1 Hm = 102m
qual comparamos a medida efetuada. Por exemplo:
101 1 Dam = 1.101m
o metro é a unidade que adotamos para medidas Deca Da
0
10 1 m = 1m
de comprimento. Antigamente, uma barra de metal
-1
era usada como padrão de metro. A medida de Deci d 10 1 dm = 1.10-1m
-2
seu comprimento foi considerada como sendo um Centi c 10 1 cm = 10-2m
metro, e era comparado a ela que podíamos dizer se Mili m 10-3 1 mm = 10-3m
nossa medida tinha mais ou menos que um metro. Micro μ 10 -6
1 μm = 10-6m
Nano n 10-9 1 nm = 10-9m
-12
Pico p 10 1 pm = 10-12m

Cooperativa 48
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VERSO
Divertimentos
A 30 MINUTOS”. Considerando que esse posto de
serviços se encontra junto ao marco “km 245” dessa
rodovia, pode-se concluir que o anunciante prevê, para
os carros que trafegam nesse trecho, uma velocidade
com o professor média, em km/h, de:
1) (PUC) Uma pessoa caminha uma distância de 20,0 a) 80 b) 90 c) 100 d) 110 e) 120

Divertimentos
m em um tempo de 10,0 s. Qual sua velocidade?
a) 1,6 km/h b) 2,5 km/h c) 5,5 km/h
d) 7,2 km/h e) 9,2 km/h

2) (UNICAMP) Os carros em uma cidade grande necessários

desenvolvem uma velocidade média de 18 km/h, em
horários de pico, enquanto que a velocidade média
do metrô é de 36 km/h. O mapa ao lado representa
os quarteirões de uma cidade e a linha subterrânea do
metrô.
a) Qual a menor distância que um carro pode percorrer
entre as duas estações?
b) Qual o tempo gasto pelo metrô (Tm) para ir de uma
estação a outra, de acordo com o mapa?
c) Qual a razão entre os tempos gastos pelo carro (Tc)
6) (UNICAMP – modificado) A figura ao lado
representa um mapa da cidade de Vectoria o qual
indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao
congestionamento, os veículos trafegam com a
velocidade média de 18 km/h. Cada quadra desta
cidade mede 200 m por 200 m (do centro de uma rua
ao centro da outra rua). Uma ambulância localizada
em A precisa pegar um doente localizado bem no
meio da quadra em B, sem andar na contramão.

Física
e pelo metrô para ir de uma estação a outra, Tc/Tm?
Considere o menor trajeto para o carro.

a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no

percurso de A até B?
b) Qual é o módulo do deslocamento da ambulância
(em km) entre os pontos A e B?
3) (FCM – MG) Um professor, ao aplicar uma prova
a seus 40 alunos, passou uma lista de presença. A 7) (UNICAMP) “Erro da NASA pode ter destruído
distância média entre cada dois alunos é de 1,2 m e sonda” (Folha de S. Paulo, 1/10/1999) Para muita gente,
a lista gastou cerca de 13 minutos para ser assinada as unidades em problemas de Física representam um
por todos. Qual foi a velocidade média dessa lista de mero detalhe sem importância. No entanto, o descuido
presença? ou a confusão com unidades pode ter consequências
catastróficas, como aconteceu recentemente com a
4) (FUVEST) Uma escada rolante de 6 m de altura e 8 NASA. A agência espacial americana admitiu que
m de base transporta uma pessoa da base até o topo da a provável causa da perda de uma sonda enviada
escada num intervalo de tempo de 20 s. A velocidade a Marte estaria relacionada com um problema de
média desta pessoa, em m/s, é: conversão de unidades. Foi fornecido ao sistema de
a) 0,3 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,8 e) 1,0 navegação da sonda o raio de sua órbita em metros
quando, na verdade, este valor deveria estar em pés.
5) (VUNESP – SP) Ao passar pelo marco “km 200” O raio de uma 5
órbita circular segura para a sonda seria
de uma rodovia, um motorista vê um anúncio com a r = 2,1.10 m, mas o sistema de navegação interpretou
inscrição: “ABASTECIMENTO E RESTAURANTE esse dado como sendo em pés. Como o raio da órbita
ficou menor, a sonda desintegrou-se devido ao calor
49 Cooperativa
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FRENTE
 gerado pelo atrito com a atmosfera marciana. 54 km/h e o outro com uma velocidade média de 72
a) Calcule, para essa órbita fatídica, o raio em metros. km/h. Se um deles chega 0,5 hora antes do outro, qual
Considere 1 pé = 0,30 m. a distância entre as duas cidades?
b) Considerando que a velocidade linear da sonda é
inversamente proporcional ao raio da órbita, determine 13) (FUVEST) Um carteiro, ao fazer sua entrega,
a razão entre as velocidades lineares na órbita fatídica caminha através de uma rua retilínea, descrevendo
e na órbita segura. a trajetória indicada, com velocidade média de 30
m/min. Os segmentos formam com a rua triângulos
8) (CESGRANRIO) Uma linha de ônibus urbano equiláteros de 20 m de lado.
tem um trajeto de 25 km. Se um ônibus percorre esse
trajeto em 85 minutos, a sua velocidade escalar média
é aproximadamente:
a) 3,4 km/h b) 50 km/h c) 18 km/h
d) 110 km/h e) 60 km/h
a) Quantos metros o carteiro caminhou desde o ponto
9) (UFES) Um automóvel percorre metade de sua A até o ponto B?
trajetória com velocidade escalar média de 30 km/h b) Quanto tempo ele levou para ir de A até B?
e a outra metade com velocidade escalar média de 70
km/h. A velocidade escalar média em toda a trajetória 14) (UNICAMP) Uma caixa d’água com volume de
foi de: 150 litros coleta água à razão de 10 litros por hora.
a) 63 km/h b) 50 km/h c) 42 km/h a) Por quanto tempo deverá chover para encher
Física

d) 38 km/h e) 35km/h completamente esta caixa d’água?

b) Admitindo-se que a área da base da caixa é 0,5 m²,
10) (FUVEST) Na figura ao lado temos um quadrado com que velocidade subirá o nível de água na caixa
de lado L. Sobre cada lado foram determinados os enquanto durar a chuva?
seus pontos médios: A, B, C e D. Simultaneamente,
dois pontos materiais P1 e P2 partiram do ponto A. 15) Tem-se uma fonte sonora no vértice A de uma
O primeiro deles seguiu a trajetória do quadrado pista triangular eqüilátera e horizontal, de 340m de
ABCD inscrito no primeiro quadrado. O segundo, P2, lado. A fonte emite um sinal que após ser refletido
percorreu o segmento AC, indo e voltando ao ponto sucessivamente em B e C retorna ao ponto A. No
ª Sabe-se que P1 e P2 chegaram juntos ao ponto A, mesmo instante em que a fonte é acionada um corredor
determine a razão entre os módulos de suas respectivas parte do ponto X, situado entre C e A, em direção a A,
velocidades (v1/v2). com velocidade constante de 10m/s.
Se o corredor e o sinal refletido atingem A no mesmo
instante, a distância AX é de:
Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s

a) 10m
b) 20m
c) 30m
11) (UFMG) Um automóvel fez uma viagem de 100 d) 340m
km, sem paradas, e sua velocidade média, nesse e) 1020m
percurso, foi de 60 km/h. Tendo em vista essas

Divertimentos
informações, pode-se concluir que o tempo gasto
pelo automóvel para percorrer os primeiros 30 km da
viagem foi:
a) 0,5 h b) 0,3 h c) 0,6 h
d) 1,0 h profundos
e) um valor impossível de se determinar. 16) (VUNESP) Numa corrida de motos (motociclismo),
o piloto A completa 45 voltas, das 70 previstas, ao
12) (FMTM) Dois motoristas partem ao mesmo mesmo tempo em que o piloto B completa 44 voltas.
tempo de uma cidade para outra, pela mesma estrada. Qual deverá ser, no restante da corrida, a razão entre a
Um deles faz a viagem com uma velocidade média de velocidade média VB do piloto B e a velocidade

Cooperativa 50
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VERSO
média VA do piloto A, para que cheguem juntos ao
final dessa corrida?

17) (ITA) Um avião voando horizontalmente a 4000

m de altura numa trajetória retilínea com velocidade
constante passou por um ponto A e depois por um
ponto B situado a 3000 m do primeiro. Um observador
no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de B,
começou a ouvir o som do avião, emitido em A, 4,0
segundos antes de ouvir o som proveniente de B. Se a
velocidade do som no ar era de 320 m/s, a velocidade
do avião era de:
a) 960 m/s b) 750 m/s c) 390 m/s
d) 421 m/s e) 292 m/s

18) (PUCSP) O tanque representado ao lado, de

forma cilíndrica de raio 60 cm, contém água. Na
parte inferior, um tubo, também de forma cilíndrica
de raio 10 cm, serve para o escoamento da água, na
velocidade escalar média de 36 m/s. Nessa operação a
velocidade escalar média do nível d’água será:

Física
a) 1 m/s
b) 4 m/s
c) 5 m/s
d) 10 m/s
e) 18 m/s

19) (AFA) Um atleta pretende percorrer a distância

de 42 km em 2 horas e 20 minutos. Por dificuldades
no percurso, percorreu os primeiros 5 km a uma
velocidade média de 15 km/h e os 21 km seguintes
com uma velocidade média de 18 km/h. Com que
velocidade média, em km/h, deverá o atleta percorrer
a distância restante, para cumprir o percurso no tempo
previsto?
a) 10,5 b) 15,3 c) 19,2
d) 25,0

20) Sobre uma reta orientada, são dados ordenadamente

os pontos A, B e C, tais que AB = BC = d. Um ponto
material move-se nessa reta com velocidade escalar
media v1 de A para B e com velocidade escalar media
v2 de B para C. Determine a velocidade escalar media
desse ponto material de A a C.

51 Cooperativa
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FRENTE
Cooperativa

52

VERSO
Frente - Newton
MÓDULO 03: Velocidade Variável
Unidade de Aceleração
Assim como a aceleração é definida como o quociente
entre uma velocidade e um tempo, a unidade de
medida para aceleração é deduzida da mesma forma:

Introdução am = v = 0m/s  am = 0m/s 2

t 0s
Um corpo qualquer em movimento pode assumir as
mais diversas velocidades ao longo do tempo. Fazer
Exemplo 1.
uma descrição precisa e detalhada de sua velocidade
Um corredor profissional de 100 m rasos parte do
em todos os instantes é uma tarefa impraticável. No
repouso e, após 5 s atinge a velocidade máxima de
entanto, podemos ter muitas informações sobre o
10 m/s. Neste intervalo de tempo qual o valor de sua
movimento em uma análise mais simplificada.
aceleração escalar média?
Resp.: No intante inicial o corredor está em repouso.
Variação de Velocidade
Logo:
Imagine um corpo qualquer em movimento. Se no
Vi = 0 m/s
começo de nossas observações coletamos a velocidade
com que se movimentava, chamaremos a esta de
Após 5 segundos, sua velocidade passa a ser:
velocidade inicial (Vf). Se, ao final das observações,
novamente coletamos o valor de sua velocidade, esta
Vi = 10 m/s
será chamada de velocidade final (Vi). Entre o inicio
das medidas e o seu final, podemos calcular então, a

Física
Sendo assim, sua variação de velocidade foi de:
variação de velocidade (ΔV) entre estes dois instantes:
ΔV = Vf - Vi = 10 m/s – 0 m/s = 10 m/s
ΔV = Vf - Vi
O intervalo de tempo é calculado como:
Perceba que a variação de velocidade não é uma
descrição de como a velocidade mudou ao longo
Δt = tf - ti = 5s – 0s = 5s
do tempo. Fala apenas da situação da velocidade no
inicio e no final de nossa observação.
Portanto, sua aceleração escalar média é de:
Aceleração am = v = 10m/s  am = 2m/s 2

Para um corpo com velocidade variável, esta variação t 5s

pode ser rápida ou lenta. De fato, tomando como
Exemplo 2.
exemplo um carro popular que muda sua velocidade
Um móvel tem sua velocidade escalar instantânea (v)
de 0 a 100 km/h e, comparando com a mesma mudança
variando com o tempo (t), conforme a função:
de velocidade de um carro de fórmula 1, vemos que
v = t² – 4t (SI). Calcule sua aceleração escalar média
este último é capaz de efetuar a mudança de maneira
entre os instantes:
muito mais rápida. Diremos então que o carro de
a) 0 e 4s
fórmula 1 tem maior aceleração que o carro popular.
b) 1 s e 5s
Visto desta maneira, podemos dizer que aceleração
Resp.: Como temos uma função para a velocidade, isto
nada mais é do que a velocidade da velocidade, ou
significa que podemos calculá-la em qualquer intante,
seja, ela diz o quão rápido está ocorrendo a mudança
ou seja, sabemos exatamente como a velocidade está
da velocidade. Em termos matemáticos a aceleração,
se alterando com o passar do tempo. Como o exercício
assim como a velocidade, é uma taxa de variação: a
está interessado apenas na aceleração escalar média,
taxa de variação da velocidade.
devemos desprezar quaisquer outros tempos que não
sejam o inicial e o final.
Aceleração Escalar Média
A aceleração escalar média é definida pelo quociente
a) Para o instante t = 0s temos:
entre a variação de velocidade e o intervalo de tempo
correspondente:
v = 0² – 4(0) = 0
am = v
t Para o instante t = 4 s temos:

53 Cooperativa
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FRENTE
 v = 4² – 4(4) = 16 – 16 = 0
Sendo assim, a variação de velocidade foi de
ΔV = Vf - Vi = 0 m/s – 0 m/s = 0 m/s
Para o intervalo de tempo, temos:
Δt = tf - ti = 4s – 0s = 4s
E, portanto, sua aceleração escalar média vale:
am = v = 0m/s  am = 0m/s 2
t 0s
b) Para o instante t = 1s temos:
v = 1² – 4(1) = 1 – 4 = -3 m/s
Para o instante t = 5 s temos:
Física
v = 5² – 4(5) = 25 – 20 = 5 m/s
Sendo assim, a variação de velocidade foi de:
ΔV = Vf - Vi = 5 m/s – (-3) m/s =
= 5 m/s + 3 m/s = 8 m/s
Para o intervalo de tempo, temos:
Δt = tf - ti = 5s – 1s = 4s
E, portanto, sua aceleração escalar média vale:
am = v = 8m/s  am = 2m/s
t 4s
2
Aceleração Escalar Instantânea
A aceleração escalar média é calculada para um
determinado intervalo de tempo. Se tomarmos
um intervalo de tempo muito pequeno teremos,
correspondentemente, uma variação de velocidade
pequena. No entanto, como a aceleração é definida
pelo quociente entre a variação de velocidade e o
intervalo de tempo, não podemos esperar que aja uma
diminuição do valor da aceleração.
Se tomarmos o intervalo de tempo suficientemente
pequeno, de forma que possamos considerá-lo
praticamente nulo, a aceleração calculada poderá ser
dita como a aceleração daquele instante. Sendo assim,
a aceleração escalar instantânea nada mais é do que o
cálculo da aceleração escalar média quando tomamos
intervalos de tempo muito pequenos.
Cooperativa
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VERSO
ainst = lim vt
t => 0
Classificação dos Movimentos
O deslocamento de um corpo pode ser positivo
ou negativo. Como intervalos de tempo só podem
ser positivos (afinal, o tempo sempre avança e
nunca teremos t < t0) a velocidade será positiva
para deslocamentos positivos e será negativa para
deslocamentos negativos.
O deslocamento será positivo quando o corpo estiver
se movimentando no sentido que definimos como
sendo o positivo da trajetória. Neste caso, diremos
que o movimento é progressivo e a velocidade será
positiva.
O deslocamento será negativo quando o corpo
estiver se movimentando no sentido contrário ao
que definimos como positivo da trajetória. Então o
movimento será retrógrado e a velocidade negativa.
Quanto à aceleração, classificamos os movimentos
como acelerados se o módulo da velocidada aumenta
com o tempo. De maneira semelhante, se o módulo
da velocidade diminui com o tempo, chamaremos o
movimento de retardado.
Observe a tabela a seguir, que resume a classificação
dos movimentos em cinemática escalar:
Divertimentos
com o professor
1. (G1) Qual o tempo necessário para que um corpo
que acelera a 2 m/s² partindo do repouso, atinja a
velocidade de 108 km/h?
2.(Fei)O arco de parábola no gráfico a seguir
representa a variação da velocidade em função do
tempo. No instante t =5s podemos afirmar que o
movimento é:
54
a) progressivo, retardado. 7. (G1) Um veículo parte do repouso em movimento
b) progressivo, acelerado. retilíneo e acelera a 2 m/s². Pode-se dizer que sua
c) regressivo, acelerado. velocidade, após 3 segundos, vale:
d) regressivo, retardado. a) 1 m/s
e) uniforme. b) 2 m/s
c) 3 m/s
3. (Pucmg) Dizer que um automóvel tem aceleração d) 4 m/s
igual a 1,0m/s² equivale a se afirmar que: e) 6 m/s
a) a cada segundo sua velocidade aumenta de 3,6km/h.
b) a cada hora sua velocidade aumenta de 1,0m/s. 8. (Puc-rio) Um carro viajando em uma estrada
c) a cada hora sua velocidade aumenta de 60km/h. retilínea e plana com uma velocidade constante
d) a cada segundo sua velocidade diminui de VB=72km/h passa por outro que está em repouso no
1/3,6km/h. instante t = 0 s. O segundo carro acelera para alcançar
e) a cada segundo sua velocidade diminui de 60km/h. o primeiro com aceleração a‚=2,0m/s². O tempo que
o segundo carro leva para atingir a mesma velocidade
4. (Fatec) Uma revista especializada em automóveis do primeiro é:
anuncia que, no teste de um determinado modelo de a) 1,0 s.
carro, a velocidade deste foi de 0 a 100 km/h em 5 b) 2,0 s.
segundos. Se esse resultado estiver correto, o valor c) 5,0 s.
aproximado de sua aceleração média nesse intervalo d) 10,0 s.
de tempo de 5 segundos foi, em m/s²: e) 20,0 s.

Física
a) 1
b) 3 9. (Puc-rio) Um objeto em movimento uniformemente
c) 6 variado tem sua velocidade inicial v³ = 0,0 m/s e sua
d) 9 velocidade final vf = 2,0 m/s, em um intervalo de
e) 10 tempo de 4s. A aceleração do objeto, em m/s², é:
a) 1/4
5. (Fei) Uma motocicleta, com velocidade de 90 b) 1/2
km/h, tem seus freios acionados bruscamente e pára c) 1
após 25 s.Qual é o módulo de aceleração que os freios d) 2
aplicaram na motocicleta? e) 4
a) 1 m/s²
b) 25 m/s² 10. (Pucrs) Um jogador de tênis recebe uma bola com
c) 90 m/s² velocidade de 20,0m/s e a rebate na mesma direção e
d) 2250 m/s² em sentido contrário com velocidade de 30,0m/s. Se a
e) 3,6 m/s² bola permanecer 0,100s em contato com a raquete, o
módulo da sua aceleração média será de:

Divertimentos
necessários
a) 100m/s²
b) 200m/s²
c) 300m/s²
d) 500m/s²
e) 600m/s²
6. (G1) Um trem desloca-se com velocidade de 72
km/h, quando o maquinista vê um obstáculo à sua 11. (Uel) No Sistema Internacional de Unidades, a
frente. Aciona os freios e pára em 4s. A aceleração aceleração de 360 km/h² vale:
média imprimida ao trem pelos freios, foi em módulo, a) 1/360
igual a: b) 1/36
a) 18 m/s² c) 1
b) 10 m/s² d) 10
c) 5 m/s² e) 36
d) 4 m/s²
e) zero

55 Cooperativa
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FRENTE
 12. (Uerj)

Suponha constante a desaceleração de um dos

carros no trecho retilíneo entre as curvas Laranja e
Laranjinha, nas quais ele atinge, respectivamente,
as velocidades de 180 km/h e 150 km/h. O tempo
decorrido entre as duas medidas de velocidade foi
de 3 segundos. O módulo da desaceleração, em m/s²,
equivale, aproximadamente, a:
a) 0
Física

b) 1,4
c) 2,8
d) 10,0

13. (Uerj) Ao perceber o sinal vermelho, um motorista,

cujo carro trafegava a 80 km/h, pisa no freio e pára em
10 s. A desaceleração média do veículo, em km/h²,
equivale, aproximadamente, a:
a) 1,4 × 103
b) 8,0 × 103
c) 1,8 × 104
d) 2,9 × 104

14. (Ufpe) Um caminhão com velocidade de 36 km/h

é freado e pára em 10s. Qual o módulo da aceleração
média do caminhão durante a freada?
a) 0,5 m/s²
b) 1,0 m/s²
c) 1,5 m/s²
d) 3,6 m/s²
e) 7,2 m/s²

15. (Unirio) Numa rodovia, um motorista dirige com

velocidade v = 20 m/s, quando avista um animal
atravessando a pista. Assustado, o motorista freia
bruscamente e consegue parar 5,0 segundos após e
a tempo de evitar o choque. A aceleração média de
frenagem foi, em m/s², de:
a) 2,0
b) 4,0
c) 8,0
d) 10
e) 20
Cooperativa 56
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VERSO
Frente - Newton
MÓDULO 04: Movimento Uniforme I
Introdução
Já aprendemos a calcular a velocidade média em um
movimento qualquer. Como vimos, precisávamos
apenas da posição inicial e da posição final num
intervalo de tempo qualquer. Sendo assim, não
usávamos informações que fossem dadas entre essas Se tomarmos o instante inicial igual a zero, ou seja,
posições. Por exemplo, para um carro que vai de se nossas medidas de tempo sempre começarem no
Campinas a São Paulo em uma hora, sabemos que: instante zero, teremos:
∆S = 100km; ∆t = 1h;
Vm = ∆S/∆t = 100km/1h ⇒
⇒ Vm = 100km/h
Neste exemplo, não sabemos se o carro enguiçou no
caminho ou se o motorista parou em um restaurante
para almoçar, ou ainda se o motorista esqueceu os
documentos e precisou retornar após percorrer um
certo trecho. Sabemos apenas que o carro deslocou-se
100 km e que isto demorou 1 h.
Seria realmente muito trabalhoso enunciar todas
as possibilidades de movimento de um corpo.
Em vez disso podemos tentar entender alguns
casos particulares que, além de ocorrerem em
algumas situações na natureza, podem ser úteis em
aproximações de problemas mais complexos.
Um caso particular de movimento, muito importante
em mecânica, é o movimento uniforme (M.U.).
Como o próprio nome diz, há algo de uniforme
nesse movimento. Assim como num time de futebol,
em que a vestimenta dos jogadores é chamada de
uniforme porque é a mesma para todos, nesse tipo
de movimento a velocidade é a mesma para todos
os instantes do movimento, ou seja, a velocidade é
constante durante todo o movimento.
Uma outra forma de definir o movimento uniforme é
dizer que é aquele em que o móvel percorre distâncias
iguais em tempos iguais (figura 1). Uma conseqüência
imediata disto é que a velocidade instantânea do
móvel será igual à sua velocidade média.
Sendo assim, para um movimento uniforme podemos
escrever V = Vm = ∆S/∆t da mesma forma como
fazíamos com a velocidade média.
57
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FRENTE
Função Horária dos Espaços
Como agora não estamos estudando um movimento
qualquer, poderemos dar mais detalhes sobre o
mesmo. Para sermos mais precisos, poderemos fazer
previsões sobre a posição do móvel no decorrer do
tempo.
A partir da definição de velocidade temos:
V = S = St - S 0
t - t0
V = S - S0 = S - t S0 + S - S0 ⇒
=
t- 0
V  t + S = S0 + Vt
que é uma expressão matemática que nos dá a posição
do móvel em função do tempo, e por isso é chamada
Física
função horária dos espaços.
A função horária dos espaços pode ser usada tanto
para encontrar a posição de um móvel num instante
t qualquer quanto para descobrir o instante em que
o móvel passou por uma determinada posição. Isso
é possível devido ao fato da posição inicial e a
velocidade serem constantes na função. O fato da
velocidade ser constante nos permite chamá-la de
velocidade instantânea.
Exemplo
Questão: Um móvel passa pela origem dos espaços
com velocidade constante de 30 m/s. Após 60 s onde
estará o móvel?
Resposta: A primeira coisa que fazemos neste tipo
de questão é retirar todos os dados que já vêm com
o enunciado. Começando na primeira linha temos:
“Um móvel passa pela origem dos espaços...” que
significa que vamos considerar a posição inicial como
sendo zero (S0 = 0). Na segunda linha temos “com
velocidade constante de 30 m/s...” . Agora temos a
velocidade, V = 30 m/s. Na última linha vemos “Após
60 s ...” que está relacionado com o tempo na questão.
Mas o que significa isto? Que t = 60s? Que t0 = 60
s? Nem um nem outro. Preste atenção em como foi
escrita a informação: “Após 60 s ...”, ou seja, “Depois
de 60s ...”, “Decorridos 60s ...”; isto significa que o
intervalo de tempo foi de 60s, isto é, ∆t = 60 s. Pronto,
agora temos todas as informações necessárias para
dar a resposta:
Cooperativa
 Dados: a) 5 minutos. b) 7,5 minutos. c) 10 minutos.
d) 15 minutos. e) 30 minutos.
S0 = 0
4) (MACKENZIE) Um trem de 80 m de comprimento,
S é o que queremos descobrir: com movimento retilíneo uniforme, demora 20 s para
ultrapassar completamente uma ponte de 140 m de
V = 30 m/s comprimento. A velocidade escalar do trem é:
∆t = 60 s a) 3 m/s b) 4 m/s c) 7 m/s
d) 9 m/s e) 11 m/s
Solução:
5) (FUVEST) Dois carros, A e B, movem-se no
S = S0 + V t ⇒ S = 0 + 30 . 60 ⇒ mesmo sentido, em uma estrada reta, com velocidades
⇒ S = 1800 m escalares constantes VA = 100 km/h e VB = 80 km/h,
respectivamente.

Divertimentos
a) Qual é, em módulo, a velocidade do carro B em
relação a um observador no carro A?
b) Em um dado instante, o carro B está 600 m à frente
do carro A. Quanto tempo, em horas, decorre até que
com o professor A alcance B?

Divertimentos
1) (UNICAMP) A velocidade linear de leitura de um
CD é 1,2 m/s.
Física

a) Um CD de música toca durante 70 minutos, qual é

o comprimento da trilha gravada?
b) Um CD também pode ser usado para gravar necessários
dados. Nesse caso, as marcações que representam um
caracter (letra, número ou espaço em branco) têm 8 6) (UFLA - modificado) Duas partículas, A e B,
μm de comprimento. Se essa prova de Física fosse movimentam-se sobre uma mesma trajetória retilínea
gravada em um CD, quanto tempo seria necessário segundo as equações horárias: SA = 4,0 + 2,0 t e SB =
para ler o item (a) desta questão? 9,0 – 0,5 t. Adote s em metros e t em segundos.
1μm = 10-6 m. a) No inicío da contagem dos tempos, qual era a
distância entre os dois?
2) (FUVEST) João está parado em um posto de gasolina b) Depois de quanto tempo eles se encontram?
quando vê o carro de seu amigo passando por um
ponto P, na estrada, a 60 km/h. Pretendendo alcançá- 7) (Fuvest) Marta e Pedro combinaram encontrar-
lo, João parte com seu carro e passa pelo mesmo ponto se em um certo ponto de uma auto-estrada plana,
P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h. Considere que para seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo
ambos dirigem com velocidades constantes. Medindo marco zero da estrada, constatou que, mantendo
o tempo, a partir de sua passagem pelo ponto P, João uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora
deverá alcançar seu amigo, aproximadamente, em: certa ao ponto de encontro combinado. No entanto,
a) 4 minutos b) 10 minutos c) 12 minutos quando ela já estava no marco do quilômetro 10,
d) 15 minutos e) 20 minutos ficou sabendo que Pedro tinha se atrasado e, só
então, estava passando pelo marco zero, pretendendo
3) (Fuvest) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por continuar sua viagem a uma velocidade média de 100
uma autoestrada plana, um motorista estima seu tempo km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível
de viagem, considerando que consiga manter uma que os dois amigos se encontrassem próximos a um
velocidade média de 90 km/h. Ao ser surpreendido pela marco da estrada com indicação de
chuva, decide reduzir sua velocidade média para 60 a) km 20 b) km 30 c) km 40
km/h, permanecendo assim até a chuva parar, quinze d) km 50 e) km 60
minutos mais tarde, quando retoma sua velocidade
média inicial. Essa redução temporária aumenta seu 8) (FCC) Dois trens (A e B) movem-se em trilhos
tempo de viagem, com relação à estimativa inicial, paralelos, deslocando-se em sentidos opostos. As
em: velocidades escalares dos trens são constantes e de
módulos iguais a 30 km/h. Cada trem mede 100 m

Cooperativa 58
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VERSO
de comprimento. Quando os trens se cruzam, durante
quanto tempo um observador no trem B vê o trem A
passar?
a) 96 s b) 48 s c) 24 s
d) 12 s e) 6 s
9) (PUC) Um observador O, situado em C, vê passar
uma carreta M dotada de velocidade constante 17 m/s;
4,2 segundos depois ouve o choque da carreta contra
o obstáculo AB. Sendo de 340 m/s a velocidade do
som no ar, qual a distância que separa o observador
do obstáculo? Considere desprezíveis as dimensões
da carreta.
12) (AMAN) Para passar uma ponte de 50 m de
comprimento, um trem de 200 m, a 60 km/h, leva:
a) 0,3 s b) 1,5 s c) 11,0 s
d) 15,0 s e) 30,0 s
13) (ETEC) Uma equipe de reportagem parte em
um carro em direção a Santos, para cobrir o evento
“Música Boa Só na Praia”. Partindo da cidade de São
Paulo, o veículo deslocou-se com uma velocidade
constante de 54 km/h, durante 1 hora. Parou em
um mirante, por 30 minutos, para gravar imagens
da serra e do movimento de automóveis. A seguir,
continuaram a viagem para local do evento, com o
veículo deslocando-se a uma velocidade constante
de 36 km/h durante mais 30 minutos. A velocidade
escalar média durante todo o percurso foi, em m/s, de
a) 10 m/s. b) 12 m/s. c) 25 m/s.
d) 36 m/s. e) 42 m/s.

14) (SALESSUL) Um móvel A com movimento

retilíneo uniforme parte do ponto a em direção a b,

Física
com velocidade de 90 km/h. No mesmo instante, sai
10) (FGV) De duas cidadezinhas, ligadas por uma de b um móvel B, também com MRU. A distância
estrada reta de 10 km de comprimento, partem retilínea ab é de 10 km. A velocidade do móvel B,
simultaneamente, uma em direção a outra, duas para que ambos se cruzem a 6 km de a, deve ser igual
carroças, puxadas cada uma por um cavalo andando à a:
velocidade 5 km/h. No instante da partida, uma mosca, a) 80 km/h b) 16,67 m/s c) 37,5 m/s
que estava pousada na testa do primeiro cavalo, parte d) 25 m/s e) 22,22 m/s
voando em linha reta, com velocidade de 15 km/h
e vai pousar na testa do segundo cavalo. Após um 15) (Fuvest) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por
intervalo de tempo desprezível, parte novamente e uma autoestrada plana, um motorista estima seu tempo
volta, com a mesma velocidade de antes, em direção de viagem, considerando que consiga manter uma
ao primeiro cavalo, até pousar em sua testa. E assim velocidade média de 90 km/h. Ao ser surpreendido pela
prossegue nesse vaivém, até que os dois cavalos se chuva, decide reduzir sua velocidade média para 60
encontram e a mosca morre esmagada entre as duas km/h, permanecendo assim até a chuva parar, quinze
testas. Quantos quilômetros percorreu a mosca? minutos mais tarde, quando retoma sua velocidade
média inicial. Essa redução temporária aumenta seu
11) (UFMS) Um determinado veículo é conduzido tempo de viagem, com relação à estimativa inicial,
em uma cidade com uma velocidade escalar constante em
e igual a 54 km/h. O condutor desse veículo faz todos a) 5 minutos. b) 7,5 minutos. c) 10 minutos.
os dias um mesmo trajeto de 5 km; ao longo desse d) 15 minutos. e) 30 minutos.
trajeto, há 2 semáforos em pontos diferentes. Cada
semáforo, quando indica o sinal vermelho, permanece 16) (UFRGS) Um projétil, com velocidade escalar
aceso durante um período de 1,0 minuto, em seguida constante de 300 m/s, é disparado em direção ao centro
troca direto para o verde. Se, durante o trajeto, der o de um navioque se move a uma velocidade constante
azar de o condutor ter que parar o veículo nos dois de 10 m/s em direção perpendicular à trajetória do
semáforos, durante o tempo máximo dos dois sinais projétil. Se o impacto ocorrer a 20 m do centro do
vermelhos, e desejar chegar ao destino ainda no navio, a que distância deste foi feito o disparo?
mesmo tempo, como se todos os semáforos estivessem a) 150 m b) 300 m c) 600 m
abertos, qual será o valor da velocidade média em que d) 3000 m e) 6000 m
deverá conduzir o veículo?
a) Igual a 65 km/h. b) Igual a 72 km/h. 17) (FUVEST) Numa estrada, andando de caminhão
c) Igual a 70 km/h. d) Maior que 80 km/h. com velocidade constante, você leva 4 segundos
e) Menor que 65 km/h.
59 Cooperativa
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FRENTE
 para ultrapassar um outro caminhão cuja velocidade
também é constante. Sendo 10 m o comprimento de
cada caminhão, a diferença entre a sua velocidade e a
do caminhão que você ultrapassa é, aproximadamente,
igual a:
a) 0,2 m/s b) 0,4 m/s c) 2,5 m/s
d) 5 m/s e) 10 m/s
22) (UFPR) A figura a seguir representa as posições,
no instante t = 0, de três corpos A, B e C, em
movimento retilíneo e uniforme, com velocidades
escalares respectivamente iguais a 15 m/s, 4,5 m/s e
7,5 m/s. Determine o instante em que o corpo A estará
entre B e C e à mesma distância de ambos.

18) (FGV) Um batalhão de infantaria sai do quartel

para uma marcha de exercícios às 5 horas da manhã,
ao passo de 5 km/h. Depois de uma hora e meia,
uma ordenança sai do quartel de jipe para levar uma
informação ao comandante da marcha, ao longo
da mesma estrada e a 80 km/h. Quantos minutos a
ordenança levará para alcançar o batalhão?
a) 11 min b) 1 min c) 5,625 min
d) 3,5 min
23) (UFPE) Em um determinado instante t0 de uma
competição de corrida, a distância relativa ao longo
da circunferência da pista, entre dois atletas A e B é 13
metros. Os atletas correm com velocidades diferentes,
porém constantes e no mesmo sentido (anti-horário),
em uma pista circular. Os dois passam lado a lado

Divertimentos
pelo ponto C, diametralmente oposto à posição de B
no instante t0, exatamente 20 segundos depois. Qual a
diferença de velocidade entre eles, medida em cm/s?
Física

profundos
19) De uma estação A para uma estação B, com
intervalo de tempo de 10 minutos, saíram dois trens
elétricos com velocidade constante de 30 km/h cada
um. Com que velocidade movia-se um trem em
direção à estação A, uma vez que encontrou os dois
trens a um intervalo de 4min. um do outro?
24) (CESGRANRIO) Um trem sai da estação de
20) (UFCE) Considere um certo número de soldados uma cidade, em percurso retilíneo, com velocidade
dispostos em fila indiana, separados uns dos outros constante de 50 km/h. Quanto tempo depois de sua
por uma distância constante d = 2 m. Eles iniciam partida deverá sair, da mesma estação, um segundo
uma marcha com ritmo de 120 passos por minuto, trem com velocidade constante de 75 km/h para
obedecendo às batidas regulares de um tambor alcançá-lo a 120 km da cidade?
conduzido pelo primeiro da fila. Sabe-se que cada a) 24 min. b) 48 min. c) 96 min.
soldado inicia a sua marcha com o pé direito ao d) 144 min. e) 288 min.
ouvir a primeira batida do tambor. Iniciada a marcha,
observa-se, então, que o último soldado da fila (e
somente ele) está rigorosamente dando seus passos
com o pé trocado com relação ao primeiro da fila.
Sendo a velocidade do som igual a 340 m/s, determine
o número de soldados contidos na fila.

21) Um engenheiro trabalha numa fábrica, que fica nos

arredores da cidade. Diariamente, ao chegar à última
estação ferroviária, um carro da fábrica transporta-o
para o local de trabalho. Certa vez, o engenheiro
chegou à estação uma hora antes da habitual e sem
esperar o carro foi a pé até o local de trabalho. No
caminho encontrou-se com o carro e chegou à fábrica
10 minutos antes do habitual. Quanto tempo caminhou
o engenheiro antes de encontrar-se com o carro?
Cooperativa 60
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VERSO
Gabaritos
virtual, direita e menor

2) Objeto a esquerda da lupa e imagem a direita da

lupa Objeto real e Imagem real, invertida e menor
FRENTE: Snell
MÓDULO 01: Princípios da 3)
Óptica Geométrica a) Objeto impróprio (raios incidentes paralelos),
imagem real e invertida (seta mais próxima da
Divertimentos com o Professor ocular)
1) F F F F V V F b) Objeto real (seta mais próxima da ocular),
2) h = 3,6 cm imagem virtual (seta mais próxima da objetiva)
3) d c) Objeto impróprio (raios incidentes paralelos),
imagem virtual (seta mais próxima da objetiva)
Divertimentos Necessários
4) e Divertimentos Necessários
5) b 4) Sim, pois os raios são desviados de forma regular
6) c pelo vidro, portanto o vidro é um sistema óptico que
7) d forma imagem. A imagem está no prolongamento
8) d dos raios que emergem do vidro. A imagem é virtual,
9) 60 m direita e menor. Obs: o vidro é uma lâmina de faces
paralelas, que estudaremos mais adiante, o vidro por

Física
Divertimentos Profundos ser pouco espesso forma uma imagem praticamente
10) e na mesma posição do objeto.
11) a
5) e
MÓDULO 02: Fenômenos
Ópticos e Visão 6) Para a face da esquerda:
Fonte: Objeto real
Divertimentos com o Professor Encontro dos raios emergentes: Imagem virtual
1) c Para a face da direita:
2) a Encontro dos raios incidentes: Objeto real
3) a Encontro dos raios emergentes: Imagem virtual

Divertimentos Necessários 7) d
4) d
5) b 8) Sim, para o conjunto lente e espelho o objeto real
6) a e a imagem real estão na mesma posição, que está na
7) c origem dos raios.
8) a
9) 51,2% Divertimentos Profundos
10) d 9) Espelho côncavo:
11) c Objeto impróprio e imagem real.
Espelho plano:
Divertimentos Profundos Objeto virtual e imagem real.
12) c Lente convergente:
13) Penumbras = 1m cada e sombra = 0,5m Objeto real e imagem imprópria.

MÓDULO 03: Associação de Resistores 10)

Sistemas ópticos: lente convergente e espelho plano
Divertimentos com o Professor Para lente convergente:
1) O objeto está no encontro dos raios incidentes no Objeto real e imagem real
espelho e a imagem está no prolongamento dos raios Para o espelho plano:
emergentes do espelho. Objeto real e Imagem Objeto virtual e imagem real.

61 Cooperativa
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FRENTE
 MÓDULO 04: Potência Elétrica 7)
a) 21600 C
Divertimentos com o Professor b) 7,92 g
1) c
8. [B]
2) 9. [E]
a) A imagem formada pelo espelho é o objeto 10. [C]
“vista” por A. 11. [A]
b) 10 m
MÓDULO 02: Leis de OHM
3) a/2
Divertimentos com o Professor
Divertimentos Necessários 1. [D]
4) b 2. [A]
3. [C]
5) 4. [D]
a) AB = 1, 5 m 5. [B]
b) O número de reflexões aumenta para 11 reflexões 6. [E]
e o tempo permanece o mesmo.
Divertimentos Necessários
6) d 7.
Física

a) Como a relação entre a tensão (U) e a corrente(i)

7) é constante o resistor é ôhmico. Aplicando-se a lei de
a) x/y = 1, pois os ângulos x e y são complementares Ohm, R = 0,5Ω
a um mesmo ângulo, o ângulo de incidência é igual b) A potência elétrica no resistor é definida pelo
ao ângulo refletido em relação a normal. produto U.i. A área representa a energia dissipada.
b) 100 cm
8) 31
8) d 9. [C]
9) c 10. [B]
10) d 11. [B]
12. [C]
Divertimentos Profundos
11) d Divertimentos Profundos
12) c 13)
a) 1,14.104kWh
FRENTE: Maxwell b) 15 kA
MÓDULO 01: Carga Elétrica
14)
Divertimentos com o Professor a) R = 150 Ω
1. [C] b) R(experimental) = 12500 Ω
2. [C]
3. [A] 15. [B]
4. [C] 16. [D]
5. [E]

Divertimentos Necessários
6)
i = Δq/Δt = (2 × 105 . 1,6 × 10-19) / 10-3
i = 3,2 × 10-11 A

Cooperativa 62
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VERSO
MÓDULO 03: Associação de Resistores MÓDULO 04: Potência Elétrica

Divertimentos com o Professor Divertimentos com o Professor

1. Observe a figura a seguir. 1) 15

2)
a) 5A
b) 33kWh

3. [A]
4. [A]
5. [B]

Divertimentos Necessários
6)
2) 10 V a) P(E) = 1,2 . 10-2W
b) P(L) = 6 . 10-4W n = 5%
3) c) n = 2,4%
a) horário;
b) no voltímetro do circuito dado a polaridade será + 7. [C]
no terminal superior e - no terminal inferior; 8. [A]

Física
c) 12 Ω; 9. [E]
d) 1,0 A; 10. [E]
e) 8 V. 11. [B]
12. [C]
4. [B] 13. [B]
5. [A]
Divertimentos Profundos
Divertimentos Necessários 14.
6. [A] a) 0,04Ω
7. [D] b) 72 W
8. [C]
9. [D] 15)
10. [ D ou E] a) Observe a figura a seguir
11. [C]

Divertimentos Profundos
12)
Chamando R1 = x e R2 = y temos:
Os dois pedaços em série: x + y = R
Os dois pedaços em paralelo: x.y/(x+y) = 3R/16 ë x.y
= 3R2/16
Resolvendo o sistema e considerando que x é o menor
comprimento, e portanto a menor resistência (2 lei
de Ohm):
x = R1 = R/4 e y = R2 = 3R/4 b) Eficiência máxima = 4%
c) R(max) = 8Ω
13.
a) U = 12 V 16)
b) r = 0,02 Ω e R = 0,1 Ω a) R$ 0,73
b) 1,18 vezes
14. [B]
15. [E]

63 Cooperativa
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FRENTE
 17) MÓDULO 02: Cinemática
a) 5 . 103 A Escalar: Velocidade
b) 25 %
c) 4 % Divertimentos com o professor
1) d
18. [A] 2)
a) 700 m
FRENTE: Newton b) 50 s c) 2,8
MÓDULO 01: Potência Elétrica
3) 6 cm/s
Divertimentos com o professor 4) b
1) Em Mecânica, o movimento e o repouso de um 5) b
corpo são definidos em relação a algum referencial.
Para dizer que tanto Heloísa quanto Abelardo estão Divertimentos necessários
corretos, devemos interpretar a afirmação de Heloísa 6)
como “o passageiro não se move em relação ao ôni- a) 3 minutos
bus”, e a afirmação de Abelardo como “o passageiro b) 500 metros
está em movimento em relação à Terra (ou à rodo-
via)”. 7)
a) 6,3.104 metros
2) b) 3,3
Física

a) É possivel. 8) c
b) Não podemos. 9) c
3) c 10) 21/2
4) c 11) e
12) 108 km
5) Avião como referência: movimento circular; Pista 13)
como referência: movimento helicoidal. a) 120 m
b) 4,0 min
Divertimentos necessários
6) d 14)
7) a) 15 horas
a) Corpo extenso b) 2.10-5 km/h
b) Ponto Material
15) c
8) Uma espiral
9) b Divertimentos profundos
10) e 16) 26/25
11) b 17) d
12) c 18) a
13) d 19) c
14) b 20) 2v1v2/(v1 + v2)
15) b
MÓDULO 03: Velocidade Variável
Divertimentos profundos 1. 15 s
16) b 2. [A]
17) b 3. [A]
18) O período de rotação da lua é igual ao seu período 4. [C]
de translação. 5. [A]

19) 9 horas Divertimentos necessários

20) 10 6. [C]
7. [E]

Cooperativa 64
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

VERSO
8. [D]
9. [B]
10. [D]
11. [B]
12. [C]
13. [D]
14. [B]
15. [B]

MÓDULO 04: Movimento Uniforme I

Divertimentos com o professor

1)
a) 5040 m
-4
b) 5,5.10 s

2) c
3) a
4) e
5)
a) 20 km/h

Física
b) 0,03 h

Divertimentos necessários
6)
a) 5 m
b) 2 s

7) d
8) 6 s
9) 68 m
10) 15 km
11) d
12) d
13) 0,5 m
14) d
15) b
16) a
17) c
18) d
19) e

Divertimentos profundos
19) 45 km/h
20) 86 soldados
21) 55 min.
22) 3,3s
23) 65 cm/s
24) b

65 Cooperativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FRENTE
 66

(frente
Verso
verso ) Capa
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Como a luz deve se propagar para que o fenômeno

SNELL
MÓDULOS 1 E 2 que você está vendo (formação da sombra) seja explicado?
Em linha reta é a resposta!!
“Fiat Lux. Et Lux Facta Est”

O Introdução
que é a luz?
E você, nunca se perguntou o que seria a luz?
Os gregos são os primeiros a o fazerem que se tem
registro. Os árabes tentaram respondê-la e por muito tempo
os pensadores europeus se detiveram nesta pergunta.
O embate histórico mais famoso neste assunto ocorreu
entre Newton (1642 – 1727) e Huyghens (1629 – 1695).
Eles defendiam modelos diferentes para a natureza da luz:
Newton com o modelo corpuscular (a luz seria feita de
pequenas partículas, como se fossem bolinhas...) e
Huyghens com o modelo ondulatório (que defendia que a
luz era algum tipo de onda).
No nosso estudo, nos próximos meses, não vamos
nos preocupar como a luz é produzida ou o que é a luz, mas
sim como ela se propaga. Seja qual for o modelo adotado
para explicar a natureza da luz, temos algumas certezas: a Figura 2: Representação da foto anterior com
luz é produzida de alguma forma (numa fonte) e se a propagação da luz representada por raios.
propaga. Além disso, podem acontecer alguns fenômenos
com a luz que modificam a sua propagação. É com isto que Tanto Huyghens como Newton, perceberam o que
estaremos preocupados! acabamos de concluir: a luz se propaga em linha reta. Esta
característica nos permite utilizar uma ferramenta poderosa:
Raio de luz e sombra: Qual a relação a Geometria. Por quê? Porque representamos o caminho da
ente eles? luz por uma reta. A esta representação damos o nome de
raio de luz. O raio de luz consiste em uma linha associada a
Umas das características básicas da propagação pode um sentido de propagação. Note que o raio de luz não
ser compreendida a partir da observação de um fenômeno existe fisicamente!!! Ele é simplesmente uma
cotidiano: a sombra. Mas o que é a sombra? Dizemos que representação da trajetória da luz, e apenas isso!!
uma região é uma sombra quando ela não é iluminada O raio de luz representa o caminho percorrido pela luz.
devido a algum obstáculo. Mas como explicamos as formas
das sombras? Veja a figura abaixo: Meios de propagação
Veja estes dois materiais abaixo, que estão sobre a
revista:

Figura 3: Lâmina de vidro e lâmina opaca (prancheta).

Em relação à propagação da luz, como eles se

diferem? Na lâmina de vidro, a luz consegue se propagar;
Figura 1: Obstáculo (rapaz) e sua sombra na lâmina de madeira não o faz.
projetada.
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Temos dois exemplos de meios que, em relação à
propagação da luz, podem ser classificados como:
transparentes (vidro) e opacos (madeira).
Os meios transparentes são aqueles que permitem a
propagação da luz.
Os meios opacos não permitem a propagação da luz.
Mas voltemos a nossa pergunta anterior: Em qualquer
meio transparente a luz se propaga em linha reta? A
resposta é não!!
A luz se propaga retilineamente somente em meios
transparentes e homogêneos. Este é o Princípio de
Propagação Retilínea da Luz.
O que é meio homogêneo? É um meio que apresenta
as mesmas propriedades físicas em todas as porções de
volume, ou melhor, em todos os pontos que tomamos para
observar.
Assim, a lâmina de vidro que mencionamos antes é
classificada como homogênea e transparente: a luz, neste
caso, propaga-se em linha reta no vidro. Você é capaz de
pensar em outros exemplos de meios transparentes e
homogêneos?
Veja a foto deste vidro, que é normalmente usado em
box de banheiro, mas que neste caso foi usado em um
vitrô. Este meio é transparente ou opaco?
Figura 4: Vidro “Translúcido”.
Segundo alguns livros, este meio seria classificado
como translúcido. Veja a definição a seguir: “Meio
translúcido — permite a propagação da luz, embora não
seja possível, através dele, visualizar nitidamente a fonte de
luz. Isso ocorre porque a propagação da luz em um meio
translúcido é irregular.”
Se este meio permite a
propagação da luz, ele não
deveria ser considerado
transparente? O que leva um
meio a ser classificado como
translúcido?
Note que, no caso do
vidro de box o que o leva a
apresentar o comportamento
translúcido é a irregularidade
da superfície, ainda que o Figura 5: Representação do
vidro de box.
vidro seja transparente e homogêneo. Veja a Figura 5.
Neste caso, não faz sentido falar em meio translúcido,
mas sim em corpo translúcido.
Note que podemos ainda ter meios que são
transparentes e não-homogêneos; aqui não haverá difusão
mas os raios não se propagam em linha reta. Um exemplo
seria uma camada muito espessa de ar, como a da
atmosfera terrestre, cuja densidade varia conforme a altura.
Neste caso a luz se propaga descrevendo uma curva. Veja a
figura:
Figura 6: Raio de luz entrando na atmosfera terrestre.
Velocidade da Luz
A luz tem uma velocidade de propagação que depende
do meio.
No vácuo, a luz tem a velocidade de 2,9972458 x 108
m/s, ou aproximadamente 3 x 108 m/s ou 300.000 Km/s
(usaremos sempre o valor aproximado). Este valor é
representado pela letra minúscula ‘c’. Segundo o consenso
da Física atual, esta velocidade é a maior que qualquer ente
físico (onda ou partícula) pode atingir.
É importante termos uma ideia da ordem de grandeza
desta velocidade. Qual é o comprimento do equador da
Terra? 40.000 km. A luz poderia, se conseguisse andar em
uma trajetória circular, dar sete voltas e meia na Terra
em 1 segundo!!!
Em outros meios a luz se propaga com velocidades
menores que c. Por exemplo: na água a velocidade é
“somente” de 225.000 km/s...
Princípio da Independência da
Propagação da Luz
Imagine a seguinte experiência: duas lanternas ligadas
produzem cada qual um feixe de luz ( que pode ser
pensado como um conjunto de raios de luz). Se cruzarmos
esses feixes, o que acontece? Nada! Os feixes se propagam
de maneira independente. Este é o Princípio da
Independência de Propagação dos Raios de Luz.
Princípio da Reversibilidade dos
Caminhos Ópticos
Veja a figura na página seguinte. O que você vê?
Podemos ver a luz incidindo numa lâmina grossa de
vidro. A luz é parcialmente refletida (raio 1) e outra parte
penetra no vidro (raio 2). As direções de propagação estão
indicadas pelos ângulos na figura. Muito bem...
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Figura 7: Raio de luz se propagando no ar e incidindo numa lâmina
de vidro.
Mas e se um raio, que está se propagando dentro do
vidro, incidisse na superfície de separação com um ângulo e
30º, o que aconteceria? A resposta está na figura abaixo:
Figura 8: Raio de luz se propagando no sentido inverso.
Por que ela se comporta assim? Devido ao Princípio
da Reversibilidade dos Caminhos Ópticos. Este
princípio afirma que a luz se comporta sempre do mesmo
modo, independente do sentido em que está se
propagando. Assim ela percorrerá a mesma trajetória
independente do sentido em que a luz atravessa o vidro (se
no ar incidiu com 45º e passou com 30º, ao incidir no vidro
com 30º passará com 45º), e sofrerá reflexão obedecendo a
mesma lei do caso mostrado na Figura 8. (veremos esta lei
mais adiante).
Fenômenos Ópticos
Nós vimos há pouco que num meio homogêneo e
transparente a luz se propaga em linha reta. Mas o que
acontece quando o feixe de luz encontra uma superfície de
separação entre dois meios? Veja a figura abaixo. O que
você vê?
Figura 9: Feixe de luz incidindo em um corpo
semicircular transparente.
Nesta figura vemos que um feixe luminoso, que se
propaga no ar vindo da esquerda, incide num meio
transparente que se assemelha a um vidro ou a um cristal
com forma de semicírculo; obviamente um meio de
propagação diferente do ar. Uma parte do feixe penetra no
cristal; outra parte não o faz, e, de certa forma,
“ricocheteia” na superfície de separação entre os dois meios
(ar-cristal); uma terceira parte do feixe inicial pode ser
absorvida (por exemplo, em forma de calor). No nosso
caso, como o vidro é transparente, apenas uma pequena
fração do raio é absorvido.
Nós estudaremos mais profundamente esses
fenômenos mais adiante. Mas é importante falar deles, pois
mais adiante veremos que estes fenômenos estão ligados à
visão. Assim temos:
 Refração: quando o raio de luz passa de um meio para
o outro;
 Reflexão: quando o raio, ao incidir na superfície de
separação entre dois meios opticamente diferentes,
volta para o meio de onde se originou.
Meios ideais x Meios reais
Dissemos acima que uma parte do feixe seria
absorvida pelo meio. Para onde foi esta luz? Sumiu?
Desapareceu? O que significa ser absorvida?
Isto é melhor entendido quando consideramos o
modelo ondulatório para a luz. Toda onda transporta
energia consigo (veremos isto mais adiante em nosso curso
de ondulatória), assim podemos considerar que a luz é uma
das formas em que a energia pode se manifestar – a
radiação. Quando há absorção, a energia luminosa (luz ou
radiação) é transformada em outro tipo de energia (calor).
Na Óptica Geométrica isso equivale a dizer que não há mais
o raio de luz.
Em contrapartida, quando falamos que um meio é
transparente, queremos dizer que a luz se propaga neste
meio sem ser absorvida. Mas existem meios transparentes
perfeitos, ou seja, existem meios que não absorvem nada?
A resposta é não!!
A verdade é que não existem meios perfeitamente
transparentes. E o vidro? Não é transparente?
Vamos nos valer de um recurso muito usual na Física:
a idealização. Apesar de não existirem meios perfeitamente
transparentes, nós idealizamos este meio, ou seja,
imaginamos um meio que não absorve energia luminosa
alguma.
Mas para que serviria algo que não corresponde à
realidade? Bem, na verdade existem casos (o vidro que
falamos há pouco) que se comportariam muito
proximamente do caso ideal.
Criamos as idealizações, pois elas são mais simples de
se entender e de se estudar. Quando não correspondem ao
que queremos, partimos do ideal para estudar o caso mais
complicado, nos aproximando, cada vez mais, do caso real.
Fenômenos Ópticos e Visão: Como nós
Enxergamos as Coisas?
Essa pergunta é muito antiga, pois a visão, por ser o
mais importante dos sentidos para os seres humanos,
despertou o interesse dos mais eminentes pensadores
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desde os primórdios e, por isso, o estudo da visão e da
óptica também é antigo.
Mas antes de discutirmos como se dá a visão, temos
que falar sobre o que vem a ser uma fonte de luz.
Uma fonte de luz é qualquer objeto que emite luz.
Essa definição parece simples, mas veremos que nos leva a
conclusões interessantes. Só para frisar, não nos
preocuparemos em saber como a luz é produzida, só
estudaremos como a luz se comporta.
Dito isso vejamos exemplos de fontes de luz: o sol,
uma lâmpada, uma vela, um farol do carro. Essas fontes
têm algo em comum: elas produzem (de alguma forma) sua
própria luz: são as fontes primárias ou luminosas.
Agora eu pergunto: Um livro sobre uma mesa é uma
fonte de luz? A resposta é sim. Para enxergarmos um
objeto, a luz proveniente deste deve chegar até nossos
olhos. Você só enxerga o que está escrito no papel porque a
luz produzida em algum outro lugar (uma fonte primária)
incide sobre o papel, é refletida para todos os lados e uma
parte dessa luz chega aos seus olhos. Esta é chamada
reflexão difusa, e é isso que possibilita a visão do objeto.
Essa ideia não era aceita no passado. Na Grécia alguns
filósofos pensavam que, para enxergar os objetos, eram os
nossos olhos que emitiam uma espécie de feixe de visão até
o objeto!!
Se nós enxergamos o livro sobre a mesa é porque a
luz proveniente do livro chega aos nossos olhos. Assim o
livro emite luz, ele é também uma fonte! Mas qual a
diferença entre o livro e o sol? Este último produz sua
própria luz enquanto aquele não o produz. Chamamos o
livro de fonte secundária ou iluminada.
Figura 10: Um livro como fonte de luz.
Assim, temos nossas definições:
 Fonte primária: fonte que gera sua própria luz. Exemplo:
sol.
 Fonte secundária: fonte que emite luz por reflexão.
Exemplo: lua e a apostila que você está lendo neste
momento.
Mas as fontes podem ser classificadas ainda de outra
forma: quanto à sua dimensão. Uma fonte pontual é
aquela cujas dimensões são desprezíveis. Por ser tão
pequena podemos aproximar o tamanho da fonte para
simplesmente um ponto. Uma lampadazinha de natal é um
bom exemplo. Uma fonte extensa é aquela cujas
dimensões devem ser consideradas. Uma lâmpada
fluorescente longa é um bom exemplo.
Agora o importante é saber que essa classificação é
relativa. Nosso sol é uma estrela, como tantas outras que
vemos num céu estrelado. Existem até estrelas muito
maiores. Como o sol está perto de nós, ele nos parece
grande: é uma fonte extensa. Já as outras estrelas, como
estão muito longe, mesmo sendo até maiores do que o sol,
parecem-nos pontos: são fontes pontuais.
A Reflexão Determinando a Cor de um
Corpo
Vimos que enxergamos os objetos devido à reflexão
difusa. Mas podemos nos perguntar: Por que um corpo é
azul, outro branco e assim por diante? O que rege esse
fenômeno?
Eis um modelo que tenta explicar isso: a cor que um
corpo apresenta depende do tipo de luz que ele reflete
difusamente. A lousa é verde porque reflete a luz verde e
absorve todas as demais cores. O mesmo acontece com um
carro azul.
Mas o que acontece se, na lousa verde, eu projetar um
feixe de luz monocromática vermelha? Se a lousa verde
reflete apenas o verde, ela absorverá a luz vermelha?
Então, como ficará a região onde incide o feixe? A resposta
é: ficará escura, pois naquela região a luz vermelha está
sendo absorvida totalmente e nenhum raio de luz, de
nenhuma cor, está sendo emitido da região. Este fato é
interpretado como a cor negra.
Um corpo branco reflete todas as cores, logo, qualquer
luz que incidir sobre ele será refletida. Isto porque o branco
é composto por todas as cores. Como dissemos, um corpo
negro apenas absorve luz, qualquer que seja sua cor.
Lembre-se: a cor negra é a ausência de luz.
Figura 11: Reflexão e absorção da luz incidindo em corpos de
“cores” diferentes.
É importante frisar que o modelo que apresentamos
no início desta seção dá conta do fenômeno físico de
emissão e absorção da luz por parte dos corpos, mas a
maneira como o ser humano e outros animais percebem
essa luz depende de outros processos e fenômenos de
ordem neural e psicológica.
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b) somente a Lua.
DIVERTIMENTOS COM O PROFESSOR
c) somente estrelas.
d) uma completa escuridão.
1. Desejando medir a altura H de um determinado prédio, e) somente os planetas do sistema solar.
um estudante fixa verticalmente no solo uma estaca de
comprimento 2 m. Numa certa hora do dia, ele percebe DIVERTIMENTOS NECESSÁRIOS
que o prédio projeta no solo uma sombra de
comprimento 60 m, enquanto a estaca projeta uma de
3 m. 6. (PUCCAMP) O texto a seguir tem quatro expressões
a) Para o estudante usar esse método de medição, maiúsculas que se referem ao fenômeno de reflexão da
ele tem que supor uma propriedade dos raios solares luz ou ao fenômeno de refração da luz.
que chegam à Terra. Que propriedade é esta? Como ela “Estamos numa manhã ensolarada. A LUZ DO SOL
ajudaria na medição? ATRAVESSA A ÁGUA DA PISCINA (1), ILUMINANDO O
b) Qual é, então, a altura do prédio? FUNDO (2) que parece estar mais acima. Na sala, a luz
do sol, que PASSA PELA VIDRAÇA (3), é ESPALHADA
2. (UNITAU) A velocidade da luz no vácuo é de 3,0×105 PELAS PAREDES BRANCAS (4), tornando a sala ainda
km/s e o raio do próton é da ordem de 10 micro mais clara.
Angstron (1 Angstron é igual a 10-8 cm). O tempo que
A reflexão da luz é o fenômeno principal
a luz demora para cruzar o próton, de uma
correspondente às expressões
extremidade a outra, é:
a) 1 e 2 b) 1 e 3 c) 2 e 3 d) 2 e 4
a) 3,0×10-21 s.
e) 3 e 4
b) 3,0×10-8 s.
c) 3,3×10-7 s.
7. (PUCCAMP) Andrômeda é uma galáxia distante
d) 3,3×10-22 s.
2,3.106 anos-luz da Via Láctea, a nossa galáxia. A luz
e) 3,3×10-20 s.
proveniente de Andrômeda, viajando à velocidade de
3,0.105 km/s, percorre a distância aproximada até a
3. (UNIRIO) Durante a final da Copa do Mundo, um
Terra, em km, igual a
cinegrafista, desejando alguns efeitos especiais, gravou
a) 4 . 1015 b) 6 . 1017 c) 2 . 1019
uma cena em um estúdio completamente escuro, onde
existia uma bandeira da “Azurra” (azul e branca) que d) 7 . 1021 e) 9 . 1023
foi iluminada por um feixe de luz amarela
monocromática. Quando a cena foi exibida ao público, 8. Em um dado instante uma vara de 2,0m de altura,
a bandeira apareceu: vertical, projeta no solo, horizontal, uma sombra de
a) verde e branca. 50cm de comprimento. Se a sombra de um prédio
b) verde e amarela. próximo, no mesmo instante, tem comprimento de
15m, qual a altura do prédio?
c) preta e branca.
d) preta e amarela.
9. (FUVEST) Num dia sem nuvens, ao meio-dia, a
e) azul e branca.
sombra projetada no chão por uma esfera de 1,0cm de
diâmetro é bem nítida se ela estiver a 10cm do chão.
4. Sobre um raio luminoso pode-se afirmar que: (some as
Entretanto, se a esfera estiver a 200cm do chão, sua
alternativas corretas):
sombra é muito pouco nítida. Pode-se afirmar que a
01 - é amarelo brilhante.
principal causa do efeito observado é que:
02 - pode ser visto saindo do Sol ou de uma vela acesa.
a) o Sol é uma fonte extensa de luz.
04 - só aparece em dia de tempestade, acompanhado
de vários trovões. b) o índice de refração do ar depende da
08 - é quente, pois está em alta temperatura. temperatura.
16 - não existe fisicamente. c) a luz é um fenômeno ondulatório.
32 - é um ente puramente geométrico utilizado para d) a luz do Sol contém diferentes cores.
indicar o sentido de propagação da luz. e) a difusão da luz no ar “borra” a sombra.
64 - nada se pode afirmar, pois ninguém jamais
conseguiu capturar algum. 10. Qual o valor de um minuto-luz? Dado que a velocidade
da luz no vácuo é de 300.000 km/s.
5. (FUVEST) Admita que o sol subitamente “morresse”,
ou seja, sua luz deixasse de ser emitida. 24 horas após
este evento, um eventual sobrevivente, olhando para o
céu, sem nuvens, veria:
a) a Lua e as estrelas.
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SNELL
MÓDULOS 3 E 4
Imagem
Introdução
Estes dois módulos talvez sejam os mais importantes
de todo o curso de Óptica. O assunto que discutiremos é
um tema bastante frequente nos vestibulares nacionais e
constitui um ponto em que, geralmente, os alunos
apresentam maior dificuldade. O que veremos aqui será
usado muito nos módulos seguintes.
Por que são Formadas as Imagens?
Imagine você andando tranquilamente nas ruas do seu
bairro. De repente, vindo da sua direita, uma bola atinge a
sua cabeça. Para onde você olhará para procurar o autor do
chute?
Figura 1: Você visto de cima.
Obviamente você olhará para a direita!! Por quê? Ora,
você presume que a bola deve ter seguido uma trajetória
retilínea ou, pelo menos, bem próxima disto (é o que seu
cérebro instintivamente faz!). Mas e se acontecesse o que
veremos na próxima figura?
Figura 2: O que “realmente” aconteceu.
Se o chute fosse um daqueles de efeito, em que a bola
faz uma curva no ar... Se você não soubesse disto, você
teria a impressão de que a bola veio de outro lugar que não
do verdadeiro local de onde foi chutada.
Agora compare:
Figura 3: Fonte emitindo raios de luz que chegam até o observador.
Para se enxergar algo, a luz vinda deste objeto tem
que chegar ao olho de um observador. Na figura, o
observador enxerga o ponto luminoso, pois os raios
emitidos por ele se propagam retilineamente e atingem os
seus olhos. O observador associa a posição da fonte no
ponto onde se origina o cone divergente de luz (na verdade,
seu cérebro faz isso instintiva e automaticamente). Agora
veja a outra figura:
Figura 4: Raios vindo de uma fonte sendo desviados por um
espelho antes de chegar aos olhos de um observador.
O observador também irá enxergar a fonte neste caso.
Mas note que a luz, para chegar em seu olho, teve sua
direção alterada por um fenômeno óptico (no caso a
reflexão no espelho). No entanto, se questionado sobre a
posição da fonte, o observador responderá: “Ora, bem à
minha frente, óbvio!!”
Assim vemos que as imagens são formadas toda vez
que, por algum motivo (fenômeno óptico), a trajetória do
raio luminoso for modificada de sua trajetória retilínea
esperada. Lembrando que empregamos o termo imagem
para a construção que nosso cérebro faz, a partir da
interpretação dos raios que chegam aos olhos (Imagens
não existem materialmente!! Ninguém ao se olhar no
espelho procurará o seu clone do outro lado!!!)
O que são Sistemas Ópticos?
Qualquer objeto que desvie de forma regular a
trajetória de um feixe de luz incidente é classificado como
um sistema óptico. Por exemplo: um espelho desvia de
forma regular a luz incidente. Isto não ocorre com uma
parede que, apesar de refletir a luz incidente, a faz de
forma difusa.
Um outro exemplo de sistema óptico é uma lente.
Através da refração, ela desvia regularmente a luz que nela
incide. Por outro lado, um objeto translúcido, como uma
folha de papel vegetal, irá dispersar os raios incidentes que
o atravessam.
Mas por que falar isto? Porque, como veremos na
Óptica Geométrica, os termos objeto e imagem só têm
significado quando associados a sistemas ópticos.
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Objeto e Imagem
Vamos começar a discussão sobre o que é objeto e
imagem para a Física usando fontes pontuais, pois isto
facilitará o nosso estudo. Assim trataremos objeto e
imagem como ponto objeto e ponto imagem. Tudo o que
for dito para tais fontes pode ser facilmente adaptado para
o caso de fontes extensas.
Agora que você já sabe o que é um sistema óptico,
vamos discutir as definições do que são objeto e imagem
para Óptica Geométrica.
Figura 5: Pontos objeto e imagem conjugados por um sistema
óptico, neste caso, um espelho.
Em primeiro lugar, para a óptica geométrica objeto e
imagem são definidos em relação a um sistema óptico.
Portanto, sem sistema óptico não há nem objeto nem
imagem. Na figura acima, o ponto objeto é a fonte que
emite os raios que incidem no espelho (sistema óptico). Os
raios sofrem reflexão no espelho (têm a sua direção
alterada) e chegam ao olho do observador. Podemos
associar aos raios refletidos pelo espelho, ou seja, raios que
emergem do sistema óptico, um ponto que é identificado
pelo observador como a sua origem, ou seja, o vértice do
cone dos raios emergentes do sistema óptico. Este ponto é
denominado ponto imagem.
Figura 6: Posso falar em imagem?...
Na figura acima não há o observador. Existe imagem?
Do ponto de vista da Óptica Geométrica, SIM! A imagem
como interpretação cerebral de estímulos luminosos deve
ser colocada de lado. Na Óptica Geométrica, o objeto e a
imagem são conjugados em relação a um sistema óptico, ou
seja, só existem aos pares e são definidos
independentemente do observador. Pode ocorrer, no
entanto, como ilustra a figura abaixo, de um observador
estar posicionado de forma que os raios refletidos não
atinjam seus olhos. Obviamente ele não vê o ponto imagem
que, para a Óptica Geométrica, permanece na mesma
posição.
Figura 7: Observador que não vê o ponto imagem
Para se ter um ponto objeto deve existir um ponto
imagem. E para se ter uma imagem é preciso que exista
um sistema óptico. O que temos na Figura 3 é uma fonte
e um observador.
Resumindo:
• Ponto objeto: é o vértice do cone dos raios incidentes
no sistema óptico, sejam eles divergentes, paralelos ou
convergentes;
• Ponto imagem: é o vértice do cone dos raios
emergentes do sistema óptico, sejam eles divergentes,
paralelos ou convergentes.
Classificação de Ponto Objeto e Ponto
Imagem
Antes de começar a discussão sobre a classificação de
objetos e imagens, devemos fazer algumas colocações. Os
termos usados para classificar imagens e objetos (“real” e
“virtual”) têm uma origem histórica que, hoje, tomados ao
pé da letra, podem induzir a erros na classificação - o termo
“virtual” adquiriu uma significação ampla. Não se apeguem
aos conceitos intuitivos que vocês possam ter em relação às
palavras “real” e “virtual”. A essa altura, você já deve ter
percebido que a Física se “apropria” de termos da língua e
atribui a eles significados muito próprios.
Apresentaremos, de forma mecânica (receita de bolo),
esta classificação que, se seguida à risca, não implicará em
erros. Depois, numa seção posterior, daremos significado
físico a ela. Escolhemos esta forma de trabalho para esse
tema para que tenhamos um vocabulário comum mínimo,
pois acreditamos que isto facilitará a compreensão do
assunto.
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Tabela 1: Tipos de pontos em sistemas ópticos

Sempre antes de classificarmos os pontos objeto e conjugada à vela pela lente é projetável, portanto, é uma
imagem, é necessário saber a qual sistema óptico estamos imagem real.
nos referindo. Cabe ressaltar que, da mesma forma que um
ponto pode ser ponto imagem em relação a um sistema
óptico e ponto objeto para outro (exercício 2 deste módulo),
a classificação entre “real” e “virtual” também é relativa a
um determinado sistema óptico. Isso significa que,
poderemos ter um ponto que é imagem virtual para um
sistema e ponto objeto real para outro.
Definido o sistema óptico, devemos identificar os
pontos objeto e imagem (definidos na seção Objeto e
Imagem). Identificados os pontos objeto e imagem,
aplicamos as regras descritas na tabela acima.
Figura 8: Imagem de uma vela projetada em um anteparo.
Projetabilidade de uma Imagem
A projeção da imagem só é possível porque os raios
A essa altura você deve estar se perguntando: para que são emitidos pela fonte de forma divergente (portanto
que serve a classificação dos pontos objeto e imagem? objeto real para a lente) são convergidos pela lente, o que
A característica singular da imagem real é que ela permite uma recomposição da forma como a luz foi emitida
pode ser projetada (mas não necessariamente) num pelo objeto.
anteparo convenientemente posicionado. Um anteparo é Por outro lado, a imagem conjugada por um espelho a
uma superfície que provoca a difusão dos raios que nela um objeto é uma imagem virtual: ela não pode ser
incidem (uma folha de papel e a tela do cinema são dois projetada. Se posicionarmos um espelho plano de forma
exemplos clássicos). Ao posicionar uma lente convergente que ele reflita de luz do sol numa parede, não teremos uma
entre um anteparo e uma vela (que, por emitir raios que reprodução do que vemos quando olhamos para o sol com
incidiram na lente é um objeto real em relação a esta os olhos devidamente protegidos, mas apenas uma área
última) veremos a formação de uma imagem análoga à da intensamente iluminada.
vela que serviu como objeto. Isso significa que a imagem
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Figura 12: Imagem real vista SEM o auxílio de um anteparo.

Veja o esquema a seguir:

Figura 9: Esquema da Figura 8.

O espelho, ao desviar os raios de um feixe, não o faz

como a lente convergente. Ao colocarmos um anteparo (a
parede na foto ao lado) interceptando o feixe emergente, os
raios desse feixe, por serem divergentes, não conseguem
reproduzir, através da difusão no anteparo, a forma como a
luz foi originalmente emitida pelo objeto.
Figura 13: Esquema da Figura 12.

• Talvez possa causar certa estranheza o conceito de

objeto virtual. Mas lembre-se: o termo objeto na Óptica
geométrica não se refere necessariamente à entidade
material. Num arranjo de dois sistemas ópticos, a imagem
real em relação a um deles será objeto virtual para o
outro.

Figura 10: Espelho sendo usado para iluminar a parede, ao desviar

os raios de luz. Aqui, NÃO temos uma imagem projetada.

Figura 14: Montagem em que o ponto A é imagem real

em relação à lente, e objeto virtual em relação ao espelho.

• Uma imagem extensa pode ser considerada um

conjunto de pontos imagem, que tem correspondência
biunívoca no objeto extenso conjugado pelo sistema
óptico, ou seja, o objeto é um conjunto de pontos objeto.

Figura 11: Esquema da Figura 10

• Para que uma imagem real possa ser vista não é

necessário a colocação de um anteparo interceptando os
raios emergentes do sistema óptico. Basta que o Figura 15: Objeto extenso como conjunto de pontos objeto e sua
imagem, como conjunto de pontos imagem.
observador esteja convenientemente posicionado à frente
da lente para que os raios emergentes o atinjam. Lembre-
se: o que distingue uma imagem real de uma virtual é a
possibilidade de projeção num anteparo.
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DIVERTIMENTOS COM O PROFESSOR

5. A luz, ao passar pelo vidro de uma janela, sofre desvio
como mostrado na figura abaixo. Podemos falar de
1. Nas portarias de prédios é muito comum encontrar formação de imagem? Se sim, identifique e classifique
espelhos esféricos que, devido à sua forma, criam o(s) ponto(s) objeto e imagem (não olhe
imagens menores e por isso permitem um maior campo separadamente para cada face da lâmina), se não, diga
de visão. Abaixo vemos um esquema dos raios de luz o porque.
emitido por uma fonte sendo refletida por este tipo de
espelho. Identifique e classifique o(s) ponto(s) objeto e
imagem.

DIVERTIMENTOS NECESSÁRIOS

6. Veja outro esquema de um sistema óptico complexo: o

de um telescópio refletor (encontrado nos observatórios
2. Lupas são usadas como lentes de aumento, mas podem
ao redor do mundo):
gerar imagens menores que o objeto. No exemplo
abaixo, identifique e classifique o(s) ponto(s) objeto e
imagem.

Analise e classifique, para cada um dos sistemas

3. Abaixo temos o esquema de uma luneta astronômica, ópticos simples, o objeto e a imagem conjugada.
que vimos no módulo passado. Veja a figura e
responda: 7. Num prisma a luz é desviada duas vezes: uma em cada
Qual é o objeto e a imagem considerando-se só a face do prisma. Na figura abaixo, identifique e
objetiva como sistema óptico? E objeto e imagem classifique o(s) ponto(s) objeto e imagem.
conjugados pela ocular? E pela luneta como um todo?
Classifique todos os objetos e imagens.

4. Considere o esquema seguinte, no qual P é um ponto

luminoso, E é um espelho plano e O é o olho de um
observador. É correto afirmar que: 8. (Cesgranrio) O esquema ao lado mostra a trajetória
de dois raios luminosos no
interior de um microscópio.
Nesse esquema, os pontos
A, B e C podem ser
classificados como OBJETO
ou IMAGEM (REAL OU
VIRTUAL) em relação à
lente objetiva (L1) ou à
a) em relação a E, P’ é imagem real. lente ocular (L2). Assinale a opção que apresenta a
b) em relação a E, P’ é imagem imprópria. classificação correta:
c) em relação a O, P’ é imagem real. a) A é Objeto Virtual em relação a L1.
d) em relação a O, P’é imagem virtual. b) B é Imagem Virtual em relação a L1.
e) em relação a O, P’ comporta-se como objeto real. c) B é Objeto Real em relação a L1.
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d) C é Imagem Virtual em relação a L2.

e) C é Objeto Real em relação a L2.

9. Veja a figura abaixo. Ela representa, simplificadamente,

o olho humano. Identifique e classifique o(s) ponto(s)
objeto e imagem:

10. Na figura abaixo, com a ajuda de uma lente

convergente e de um espelho plano, conseguiu-se fazer
com que os raios emitidos por uma fonte divergente
voltassem sobre ela.
Mesmo neste caso podemos falar em objeto e imagem.
Você é capaz de identificar quais e quantos são os
objetos e as imagens?
 Gabarito Frente Snell Apostila 1

Módulos 1 e 2

1) a) Os raios solares devem chegar à superfície praticamente paralelos, deste modo, a

altura do edifício poderá ser determinada através de semelhança de triângulos.
b) h = 40m
2) Errata: Onde se lê “raio”, leia-se “diâmetro”. Resposta: 3,3 x 10-24 s (sem alternativa)
3) [D]
4) 16+32 = 48
5) [C]
6) [E]
7) [C]
8) H = 60m
9) [A]
10) 1 minuto-luz = 1,80 x 107km

Módulos 3 e 4

1) Ponta da seta: (POR). Ponto de encontro dos prolongamentos dos raios refletidos:
(PIV).
2) Extremidades da seta: ambos (POR). Pontos de encontro dos raios emergentes da
lente (PIR)
3) Lente objetiva: Objeto impróprio; Imagem Real. Lente Ocular: Objeto Real; Imagem
virtual. Luneta: Objeto Imprópio; Imagem virtual.
4) [E]
5) Sim. Objeto: Ponto de encontro dos raios incidentes. Imagem: Ponto de encontro dos
raios emergentes.
6) Espelho côncavo: Objeto improprio; Imagem real. Espelho Plano: Objeto Virtual;
Imagem real. Lente: Objeto real; Imagem Imprópria. Olhos: Objeto impróprio; Imagem
real (formada na retina).
7) Face esquerda: Objeto real (fonte); Imagem virtual (prolongamento dos raios
emergentes). Face direita: Objeto real (prolongamento dos raios emergentes da face
esquerda); Imagem virtual (prolongamento dos raios emergentes).
8) [D]
9) Objeto Improprio; Imagem real (na retina).
10) Lente: Objeto real ; Imagem imprópria. Espelho: Objeto impróprio; Imagem real.