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UNIVERSIDADE FUMEC

FACULDADE DE CIENCIAS EMPRESARIAIS - FACE


MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO E
GESTÃO DO CONHECIMENTO

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E COOPERAÇÃO NA


PERCEPÇÃO DOS ATORES DO ARRANJO PRODUTIVO
LOCAL DE SOFTWARE DE BELO HORIZONTE E REGIÃO
METROPOLITANA

PATRICIA NASCIMENTO SILVA

Belo Horizonte - MG
2013
PATRICIA NASCIMENTO SILVA

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E COOPERAÇÃO NA


PERCEPÇÃO DOS ATORES DO ARRANJO PRODUTIVO
LOCAL DE SOFTWARE DE BELO HORIZONTE E REGIÃO
METROPOLITANA

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


Mestrado Profissional em Sistemas de
Informação e Gestão do Conhecimento da
Universidade FUMEC como requisito parcial
para obtenção do título de Mestre em Sistemas
de Informação e Gestão do Conhecimento.

Área de Concentração: Gestão de Sistemas de


Informação e do Conhecimento

Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e do


Conhecimento

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiana Fernandes de


Muÿlder

Belo Horizonte - MG
2013
RESUMO

Atualmente a disponibilização de informações estratégicas é cada vez mais importante


para a geração de vantagem competitiva nas organizações. A Inteligência Competitiva
no Arranjo Produtivo Local - APL contribui para que empresas de pequeno porte
possam gerar competências e manter um posicionamento competitivo no mercado
global. O presente trabalho tem o objetivo de identificar e analisar o compartilhamento
de informações estratégicas e de inteligência competitiva nas empresas do APL de
Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana. A partir das dimensões do micro e
do macroambiente organizacional será identificado o grau de importância do
compartilhamento de informações para os atores participantes do APL e avaliada a
percepção dos mesmos quanto ao compartilhamento de informações estratégicas e de
inteligência. Para tanto será realizada uma pesquisa qualitativa utilizando de entrevistas
como forma de identificar a percepção dos atores estratégicos sobre o compartilhamento
de informações estratégicas e de inteligência competitiva do APL de Software.

Palavras-chave: Inteligência Competitiva, Arranjo Produtivo Local, Cooperação,


Compartilhamento de Informações Estratégicas
LISTA DE SIGLAS

ABRAIC Associação Brasileira de Inteligência Competitiva


AMCHAM BH Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte
APL Arranjo Produtivo Local
ASSESPRO-MG Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da
Informação, Software e Internet
BDMG Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais
BHTEC Parque Tecnológico de Belo Horizonte
CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
EEES Espacio Europeo de Educación Superior
FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
FUMEC Fundação Mineira de Educação e Cultura
FUMSOFT Fundação Mineira de Software
IC Inteligência Competitiva
IEL Instituto Euvaldo Lodi
INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais
MPS.BR Melhoria de Processos do Software Brasileiro
PBH Prefeitura de Belo Horizonte
PROPIC Programa de Pesquisa e Iniciação Científica
PUC MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
SCIP Strategicand Competitive Intelligence Professionals
SECTES Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de
Minas Gerais
SEBRAE-MG Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de
Minas Gerais
SINDIFOR Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais
SUCESU-MG Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações de
Minas Gerais
TI Tecnologia da Informação
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
LISTA DE QUADROS

Quadro1- Temas abordados e principais autores ..................................................... 17


Quadro 2 – Autores da Inteligência Competitiva .................................................... 19
Quadro 3 - Síntese dos Ganhos Competitivos das Empresas em Redes de Cooperação 37
Quadro 4 – Desafios do desenvolvimento de um APL de TI .................................... 42
Quadro 5 – Estrutura Roteiro da Entrevista Semi-estruturada................................... 51
Quadro 6 – Cronograma de Atividades .................................................................. 52
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ciclo da Inteligência Competitiva .......................................................... 22


Figura 2 – Ciclo de Inteligência Competitiva ......................................................... 23
Figura 3 - O macro e o microambiente e seus componentes ..................................... 28
Figura 4 - Modelo decisório da economia clássica e racionalidade absoluta ............... 31
Figura 5 - Vertentes do Processo de Desenvolvimento do APL ................................ 35
Figura 6 - Fatores determinantes da concentração geográfica de empresas ................ 36
Figura 7 - Visão sistêmica do escopo da pesquisa ................................................... 39
Figura 8 – PrincipaisAPLs do Programa APLs em Minas Gerais .............................. 44
Figura 9 - Mapa estratégico do APL de Software de Belo Horizonte ........................ 46
Figura 10 - Modelo de Governança de um Arranjo Produtivo Local ......................... 48
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 10
1.1 Problema de pesquisa ................................................................................. 11

1.2 Justificativa do trabalho .............................................................................. 11

1.2.1 Acadêmica .............................................................................................. 12

1.2.2 Gerencial ........................................................................................... 13

1.2.3 Profissional ........................................................................................ 14

1.3 Objetivo Geral ........................................................................................... 14

1.4 Estrutura do Projeto .................................................................................... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................... 17


2.1 Inteligência Competitiva ......................................................................... 17

2.2 Processos de Inteligência Competitiva ..................................................... 21

2.3 Aplicações da Inteligência Competitiva nas Organizações .......................... 23

2.3.1 Estudos de Caso da IC nas Organizações............................................... 24

2.4 Dimensões do Macro e Micro Ambiente Organizacional ............................ 27

2.5 Inteligência Competitiva e Tomada de Decisão ......................................... 31

2.6 Arranjo Produtivo Local ......................................................................... 33

3 CONTEXTO DA PESQUISA ....................................................................... 39


3.1 Marco Teórico ....................................................................................... 39

3.2 Arranjo Produtivo Local de Software ....................................................... 40

3.2.1 Atores do Arranjo Produtivo Local de Software .......................................... 43

3.2.2 Inteligência Competitiva no Arranjo Produtivo Local de Software de Belo


Horizonte........................................................................................................ 43

4 METODOLOGIA ........................................................................................ 48
5 CRONOGRAMA ......................................................................................... 52
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 53

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada com as empresas .............. 62

APÊNDICE B - Roteiro de entrevista semi-estruturada com entidades de apoio ..... 65


APÊNDICE C - Roteiro de entrevista semi-estruturada com instituições de ensino . 68

APÊNDICE D - Roteiro de entrevista semi-estruturada com responsável pela


incubadora ...................................................................................................... 71

APÊNDICE E - Roteiro de entrevista semi-estruturada com sindicato ................... 74

APÊNDICE F - Roteiro de entrevista semi-estruturada com o governo .................. 77


10

1 INTRODUÇÃO

Na atual Era da Informação, composta por um mercado competitivo e dinâmico e pela


criação de um mercado internacional aberto e compartilhado, advindo da
globalização,pequenas e médias empresas possuem o desafio de se manterem
competitivas e atuantes no mercado mundial. Ações inesperadas do ambiente externo e
interno são constantes e torna-se estratégico para o desenvolvimento do país, rever as
estruturas de relações entre as micro e pequenas empresas - PMEs de um dado setor,
com uma dinâmica produtiva instalada em uma região geográfica e com um impacto
social e econômico significativo regional (CASSIOLATO e LASTRES, 2003).

Muitas organizações buscam competir, porém possuem poucas informações


relacionadas aos seus comandos internos e a tomada de decisão. Esta escassez de
informações acarretam pouco valor agregado e ausência de inteligência para a tomada
de decisão. Para Starec, Gomes e Bezerra (2006) a inteligência competitiva assume um
papel estratégico importante dentro do processo de obtenção, pela organização, de um
conhecimento contínuo, e cada vez mais preciso de seu ambiente de negócios, composto
de variáveis de natureza política, social, econômica e tecnológica.Em um contexto onde
a incerteza ambiental passou a ser uma certeza na vida cotidiana da sociedade da
informação, a competitividade do mercado é hoje um cenário constante para as
organizações (Marcial 2011).

O conceito de inteligência competitiva é definido por diversos autores. Gomes e Braga


(2004) a relacionam com a capacidade de utilizar informações públicas de competição
para auxiliar na vantagem competitiva da organização, por meio de decisões estratégicas
alinhadas ao negócio. A inteligência competitiva possui diversas aplicações e pode ser
utilizada de diversas formas como ferramenta de análise para as empresas.Atualmente
informações estratégicas são cada vez mais valorizadas pelas empresas, uma vez que a
partir de uma análise da inteligência competitiva será possível tomar decisões
estratégicas sobre o negócio.

Aliada à inteligência competitiva a cooperação entre pequenas e médias empresas de um


determinado setor é uma das tendências mundiais para permitir a união de forças para
11

aumentar a competitividade deste conjunto de empresas. Os Arranjos Produtivos Locais


surgiram a partir de 1970 e começaram a ser tendência no Brasil a partir de 1990.

Empresas participantes deum mesmo Arranjo Produtivo Local possuem características,


experiências e informações comuns que podem ser compartilhadas entre si.Para Porter
(1999); Puga (2003); Lastres, (2004); Haddad (2007); Mytelka e Farinelli (2005) os
APLs podem ser entendidos como agrupamentos de agentes econômicos, sociais e
políticos geograficamente concentrados em determinada área, que desenvolvem
atividades econômicas correlatas em um setor particular, vinculados por elementos
comuns e complementares de produção, interação, cooperação e aprendizagem. Assim,
o APL é um ambiente favorável para a troca de informações estratégicas entre as
empresas, contribuindo para a competitividade do setor na qual estão inseridas.

Tendo em vista a relevância das relações de cooperação, interação e aprendizagem para


pequenas e médias empresas inseridas em um APL, a pesquisa busca identificar o
compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva pelos atores
do APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana de Belo Horizonte –
RMBH.

1.1 Problema de pesquisa

O presente trabalho procura discutir: De que forma são compartilhadas as informações


estratégicas e de inteligência competitiva pelos atores do APL de Software de Belo
Horizonte e Região Metropolitana?

1.2 Justificativa do trabalho

A Justificativa para elaboração deste trabalho permeia sobre três grandes áreas que
correspondema relevância acadêmica, gerencial e profissional sobre o tema em estudo.
12

1.2.1 Acadêmica

Este trabalho faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG na Demanda Universal de 2011,
intitulado Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas
Gerais. O projeto é coordenado pela Professora Doutora Cristiana Fernandes de
Muÿlder e também faz parte do Programa de Pesquisa e Iniciação Científica – PROPIC
2011 da Universidade FUMEC.

Conforme Vidgal (2011), os estudos de inteligência competitiva no Brasil ainda são


limitados em sua maior parte a pesquisas de cunho científico ou acadêmico e restrito a
ao conhecimento de metodologias empíricas, ou estratégias de monitoramentos levando
em consideração a aplicabilidade das metodologias utilizadas pelas organizações. Para
Bastos (2010) o que existe na literatura acerca da inteligência competitiva no Brasil são
resultados de pesquisas acadêmicas. A maior parte são estudos de caso que não
demonstram efetivamente o que acontece no contexto das organizações.

Com a competitividade e dinamicidade do mercado atual, a Inteligência Competitiva é


um processo importante que auxilia na identificação de informações estratégicas,
contribuindo com a tomada de decisão, a competitividade e a sustentabilidade das
organizações. No contexto de redes organizacionais, o compartilhamento de inteligência
e informações estratégicas entre empresas participantes de um arranjo produtivo local é
de extrema importância para que haja cooperação entre as mesmas e para o
fortalecimento das organizações frente a competitividade do mercado global. A
disponibilização de informações relevantes sobre o mercado, tendências e ameaças são
imprescindíveis para a competitividade e sucesso das organizações (Marcial, 2011;
Valentim, 2003).

O tema é relevante sob o ponto de vista acadêmico e busca contribuir com a literatura
brasileira. Uma pesquisa bibliométrica realizada em abril de 2009, pela Professora
Doutora Cristiana Fernandes de Muÿlder em algumas das principais bases de dados
disponíveis, como a base de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior - CAPES, órgão subordinado ao Ministério da Educação, identificou
dados expressivos. Encontrou-se 88 ocorrências, ao longo dos 21 anos (1987-2007) de
13

disponibilização das teses e dissertações nessa base, sendo que dentre essas foram
encontradas 4 ocorrências relacionadas à temática da presente proposta de estudo, das
quais, nenhuma contemplou diretamente a iniciativa proposta neste trabalho. Essas
ocorrências tiveram como referência o triênio de 1998 a 2000, sendo todos os trabalhos
dissertações de mestrado.

1.2.2 Gerencial

Barbosa (2006) destaca que a maioria dos estudos sobre inteligência competitiva
focaliza grandes empresas, uma vez que elas é que têm desenvolvido sistemas mais
sofisticados nessa esfera. Assim, pouco se conhece a respeito de como executivos e
profissionais de pequenas empresas lidam com a inteligência competitiva. Os arranjos
produtivos locais são formados por pequenas e médias empresas em uma determinada
localização e constituem um recente fenômeno com considerável proporção no cenário
econômico e social, apresentando um contexto relevante para se estudar a cooperação e
o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva.

O compartilhamento de informações é uma tendência da Era da Informação. Em


diferentes contextos o compartilhamento é estimulado e incentivado. Muitas são as
variáveis que contribuem ou não para que haja o compartilhamento de informações
entre as organizações. Porém entender as dimensões do micro e do macroambiente é
fundamental para identificar as facilidades e dificuldades no compartilhamento de
informações estratégicas e de inteligência competitiva.

Seguindo esta tendência o governo do estado de Minas Gerais vem investindo em


programas para criação de arranjos produtivos locais nos mais diversos setores,
inclusive no de Software. Leis já foram sancionadas e diversas ações são tomadas para
incentivar e promover o crescimento dos APLs de Minas Gerais.
14

1.2.3 Profissional

Além da importância acadêmica e gerencial, o trabalho é relevante para minha carreira


profissional. Atuo no APL de Software de Belo Horizonte e região metropolitana e
acompanho a evolução das empresas da região ao longo da última década.

Atualmente sou Analista de Tecnologia da Informação na Universidade Federal de


Minas Gerais - UFMG, Bacharel em Sistemas Informação pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais - PUC Minas e Técnica em Informática Industrial pelo Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET- MG, todas as instituições
participantes do APL de Software de Belo Horizonte. Atuei durante cinco anos em
algumas micro e pequenas empresas de Software do APL em estudo e é fácil identificar
que a utilização da inteligência competitiva pelas organizações ainda é um assunto
muito recente para os participantes do APL, mas tem alcançado maior destaque ao
longo do tempo.

O estudo é uma oportunidade de identificar a percepção dos atores do APL de Software


de Belo Horizonte e permitir a capacitação de profissionais qualificados para a prática
profissional avançada e transformadora de procedimentos, transferir conhecimento para
a sociedade atendendo demandas específicas de arranjos produtivos para o
desenvolvimento nacional, regional ou local e contribuir para agregar competitividade e
aumentar a produtividade em empresas, organizações públicas e privadas (CAPES,
2009).

1.3 Objetivo Geral

Analisar sob a perspectiva dos empresários de que forma é compartilhada as


informações estratégicas e de inteligência competitiva no APL de Software de Belo
Horizonte e Região Metropolitana.

Os objetivos específicos compreendem:


15

a) Identificar fatores que associem a inteligência competitiva e a gestão estratégica


no APL de Software;
b) Identificar estratégias de cooperação dos atores do APL deSoftware no
compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva;
c) Analisar as facilidades e dificuldades percebidas pelos atores no
compartilhamento de informações estratégicas e inteligência competitiva nas
empresas de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

1.4 Estrutura do Projeto

Este projeto foi estruturado em cinco capítulos.No capítulo introdutório desenvolveu-se


a contextualização do tema, apresentação do problema de pesquisa, objetivos do
trabalho e a justificativa para sua realização.

No capítulo 2 é apresentado o referencial teórico fundamentando a inteligência


competitiva, a estratégia e os arranjos produtivos locais.Neste capítulo é apresentada
uma fundamentação teórica como sustentação do trabalho. A subseção 2.1 apresenta
conceitos e definições da inteligência competitiva bem como sua origem e variações.
Estes temas são explanados com o intuito de descrever diferentes abordagens e
paradigmas relacionados à inteligência competitiva. Na seção 2.2 é feita a apresentação
do processo de inteligência competitiva e seu respectivo ciclo. Estes temas são
explanados nesta seção com o intuito de destacar as fases para construção de um sistema
de inteligência competitiva.

A seção 2.3 destaca a aplicação e utilização da inteligência competitiva em diferentes


organizações, esta seção busca oferecer suporte ao entendimento e percepção da
inteligência competitiva nas organizações. Um levantamento bibliográfico foi realizado
apresentando as aplicações da IC em diversas organizações e diferentes contextos.

As seções 2.4 e 2.5 apresentam respectivamente os elementos do micro e


macroambiente organizacional e a inteligência competitiva e estratégica, sendo estes
elementos adotados pelo trabalho para analisar a relação entre a cooperação de
informação de inteligência competitiva e a sua utilização na tomada de decisão. A seção
16

2.6 apresenta as definições e conceitos de APL e as características do APL de Software


de Belo Horizonte.

No Capítulo 3 é apresentado o contexto e o escopo da pesquisa, caracterizando o APL


de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana. No Capítulo 4 é apresentada a
metodologia utilizada no trabalho destacando os métodosutilizadosnacoleta e no
tratamento dos dados. O capítulo 5 apresenta o cronograma desenvolvido para o
trabalho, relacionando as atividades e o período em que as mesmas serão realizadas. No
capítulo 6 são citadas as referências utilizadas e no Apêndice são apresentados os
roteiros de entrevistas utilizados na pesquisa.
17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

No Quadro1, são apresentados os temas gerais abordados e os autores citados e


referenciados em cada uma das seções e subseções.

Quadro1- Temas abordados e principais autores

Temas Autores
Inteligência Competitiva Barbosa (2006)
Coelho (1999)
Gomes e Braga (2001)
Miller (1997)
Porter (1999)
Prescott e Miller (2002)
Tarapanoff(2001)
Tomada de decisão e Estratégia Choo (2001)
Moresi (2001)
Porter (1991)
Porter (1999)
Prescott e Miller (2002)
Tarapanoff( 2001)
Arranjo Produtivo Local Castells (2005)
Lastres e Cassiolato (2003)
Porter (1999)
Verschoore e Balestrin (2006)

Fonte: Próprio autor

2.1 Inteligência Competitiva

A inteligência competitiva se tornou uma preocupação crescente do governo e das


empresascom o fim da Guerra Fria, no período de 1960 e 1950 e se expandiu em
programas militares e de contraespionagem. Braga (2008) também destaca que em
função da competitividade dos últimos anos, o conceito passa a ser considerado pela
sociedade civil no mundo dos negócios difundindo-se inicialmente com antigos
profissionais da informação, espiões e arapongas, então desempregados que
identificaram a habilidade de coletar e tratar a informação de forma ética e legal para ser
utilizada como vantagem competitiva. Na mesma linha Bezerra (2005) afirma que
aatividade de IC vem sendo exercida desde 1950 na Europa e Japão e sua base teórica
tem origem na atividade militar e do estado adaptada para a realidade das empresas.
18

No Brasil,as empresas vêm utilizando a IC desde 1990, mas seu auge ocorreu em 2000
em virtude da fundação da Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência
Competitiva - ABRAIC como afirmam Menezes e Marcial (2001).A inteligência
competitiva possui diversas definições que se assemelham e se destacamde diferentes
formas, podendo ser realizada com foco no nível estratégico, tático e operacional, ou em
ambos. Para Tarapanoff (2006):

A inteligência competitiva deve criar “efeitos de surpresa” nos tomadores de


decisão, permitir alocar ações no seu contexto e amenizar frustrações diante
das interpretações difíceis ou contraditórias de certas informações.
(TARAPANOFF, 2006, p.78)

Para Lodi (2006), independente do nome atribuído à inteligência competitiva, importa


que seu ciclo de atividades, suas práticas e ferramentas possam ser aplicadas a diversas
dimensões da atuação empresarial, variando em amplitudeefreqüência, conforme as
decisões a serem tomadas. Já Para Gomes e Braga (2001) a IC é:

[...] o resultado da análise de dados e informações coletados do ambiente


competitivo da empresa que irão embasar a tomada de decisão, pois gera
recomendações que consideram eventos futuros e não somente relatórios para
justificar decisões passadas. (GOMES e BRAGA, 2001, p.28)

Conforme Tarapanoff (2001), a IC também é composta por diversos tipos de


informação: tecnológica, ambiental, sobre o usuário, competidores, sobre omercado e o
produto.

De forma geral, a IC é um processo sistemático que transforma pedaços esparsos de


dados em conhecimento estratégico. É informação sobre produtos específicos e
tecnologia, é monitoramento de informações externas que afetam o mercado da
organização, como a informação econômica, regulatória, política e demográfica.

Em seu sentido mais amplo, a inteligência competitiva força as organizações


a manter um foco externo contínuo. Ela é mais do que estudar os
competidores, é o processo de estudar qualquer coisa que possa tornar a
organização mais competitiva e posicioná-la melhor no mercado.
(TARAPANOFF apud TYSON, 1998)

Gomes e Braga (2004) destacam em sua obra que diversos autores conceituaram a IC e
cita as definições que são mais adequadas para uma empresa:
19

Quadro 2 – Autores da Inteligência Competitiva

Autor Conceito
(Jacobiak, 1997) Atividade de gestão estratégica da informação que tem
como objetivo permitir que os tomadores de decisão se
antecipem às tendências dos mercados e à evolução da
concorrência, detectem e avaliem ameaças e
oportunidades que se apresentem em seu ambiente de
negócio para definirem ações ofensivas e defensivas
mais adaptadas às estratégias de desenvolvimento da
organização
(Miller, 1997) Processo de coleta, análise e disseminação da
inteligência relevante, específica, no momento adequado
– refere-se às implicações com o ambiente do negócio,
os concorrentes e a organização.
Coelho (1997) Coleta ética e o uso da informação pública e publicada
disponível sobre tendências, eventos e atores, fora das
fronteiras da organização. Identificar as necessidades de
informação da organização; coletar, sistematicamente, a
informação relevante; e em seguida, processá-la
analiticamente, transformando-a em elemento para a
tomada de decisão.
(Giesbrecht, 2000) Radar que proporciona à organização o conhecimento
das oportunidades e das ameaças identificadas no
ambiente, que poderão instruir suas tomadas de decisão,
visando à conquista de vantagem competitiva.
Instrumento de decisão e forma de agregar valor a
função de informação.
(Kahaner, 1996) Um processo de coleta sistemática e ética de
informações sobre as atividades de seus concorrentes e
sobre as tendências gerais dos ambientes de negócios,
com o objetivo de aperfeiçoamento da posição
competitiva de sua empresa.
(Prescott and Ginnons, 1993) Um processo formalizado, ininterruptamente avaliado,
pelo qual a gerência avalia a evolução de sua indústria e
a capacidade do comportamento de seus concorrentes
atuais e potenciais, para auxiliar na manutenção ou
desenvolvimento de uma vantagem competitiva.
(McGonagle & Vella, 1990) Um programa de Inteligência Competitiva tenta
assegurar que a organização tenha informações exatas
sobre seus concorrentes e um plano para utilização
dessa informação para sua vantagem.

Fonte: Gomes e Braga (2004)

Nos conceitos do Quadro 2, os autores definem a IC como um programa ou um


processo relacionado a coleta e análise de informações utilizadas de forma estratégica
para a tomada de decisão. Gomes e Braga (2004) destacam três características
importantes dos conceitos apresentados no Quadro 2:

• Sistemático e ético:nenhum sistema de IC deve se pautar em ações antiéticas e


nem ser apenas um sistema de respostas a questões pontuais;
20

• Formalizado e ininterruptamente avaliado: requer uma avaliação permanente


para verificar sua eficácia e eficiência para a organização;
• Planejado para utilizar a informação: coletar uma informação sem objetivo
definido e sem um plano para sua utilização não trará resultados sendo um
desperdício de tempo e recursos.

Na mesma linha, Kahaner (1997) conceitua a inteligência competitiva como um


programa institucional sistemático para garimpar e analisar informações sobre as
atividades da concorrência e as tendências do setor específico e do mercado de forma
geral com o propósito de levar a organização a atingir metas e objetivos. Neste
sentido,Nunes (2007) adverte em seu trabalho que as empresas que não investirem em
IC não conseguirão se manter no mercado globalizado, uma vez que atualmente se vive
em um ambiente onde a velocidade da obsolescência das empresas, produtos e serviços
tornou-se um referencial para aferir as organizações que se mantém no mercado
globalizado.

Assim como afirmam Rapp, Agnihotri e Baker (2011), a maioria das definições de IC
discute como um processo a nível organizacional focado em concorrentes ou no
ambiente competitivo resulta em conhecimento que pode ser usado para ganhar
vantagem competitiva e antecipar ações competitivas. Embora as definições não
afirmem explicitamente, é possível identificar que o conhecimento adquirido em IC é
utilizado para a melhora de desempenho da organização.

Marcial (2011) destaca que o resultado da análise da IC possibilita a tomada de decisão


antecipada e a redução dos riscos, com aproveitamento das oportunidades existentes no
ambiente. E apesar das dificuldades ao implantá-la, a inteligência competitiva constitui
um dos instrumentos mais modernos que as organizações dispõem atualmente.
Elaauxilia o processo decisório diário e apoia os processos de planejamento estratégico
e de inovação da organização ao antecipar os movimentos de variáveis e atores no
macroambiente e no ambiente negocial.
21

2.2 Processos de Inteligência Competitiva

Prescott e Miller (2002) afirmam que o fundamental para o sucesso de qualquer sistema
de IC é a ligação existente ente a inteligência e o mercado no processo estratégico da
empresa. Com isso devem ser utilizados meios para transmitir a inteligência aos
gestores da organização. Starec, Gomes e Bezerra (2006) destacam que:

A inteligência competitiva insere-se no contexto da gestão da informação,


monitorando ambientes, identificando as melhores práticas existentes,
ajudando a construir as competências essenciais e integrando as pessoas da
organização – alta direção, executivos, técnicos, funcionário em geral, e suas
redes de parceria – clientes, fornecedores, sociedade. (STAREC, GOMES e
BEZERRA, 2006, p.11)

No processo de IC é importante entender a realidade atual para antecipar o futuro e os


principais elementos que influenciam diretamente na organização: clientes,
fornecedores, parceiros e concorrentes.

Conforme Gomes e Braga (2005) as etapas que compõem um sistema de inteligência


competitiva são:

1) Identificação das necessidades de informação: uma das etapas mais importantes,


pois identificará as necessidades de informação dostomadores de decisão;
2) Coleta e tratamento das informações: nesta etapa serão identificadas as fontes de
informações mais úteis e relevantes. As informações deverão ser organizadas,
classificadas e indexadas a fim de facilitar a recuperação da informação;
3) Análise final da informação: é também denominada “gerador de inteligência”.
As informações coletadas são transformadas em uma avaliação significativa,
completa e confiável. Nesta fase são apresentadas conclusões sobre o assunto
que está sendo pesquisado. A análise possui diversas metodologias dentre elas:
modelo das 5 forças de Michel Porter, Fatores críticos de sucesso, Cenários,
Perfil do concorrente, Benchmarking e SWOT;
4) Disseminação da informação: entrega da informação analisada, disseminação da
informação aos tomadores de decisão;
5) Avaliação: avaliar o sistema criado analisando principalmente sua eficiência
para o tomador de decisão.
22

A Figura 1 mostra o ciclo da inteligência competitiva por Kanda (2008):

Figura 1 - Ciclo da Inteligência Competitiva


Fonte: Kanda (2008)

O ciclo proposto na Figura 1apresenta os elementos básicos do ciclo de inteligência


destacado por diversos autores e ainda ressalta que os fluxos aparecem em duplo sentido
possibilitando retornar a direção a uma etapa anterior para refazer o trabalho.

Entretanto, além do processo e ciclo da IC, para Braga e Gomes (2004) os


colaboradores são muito importantes para o sucesso de um sistema de inteligência
competitiva. E, infelizmente para grande parte das organizações, não existe um sistema
de inteligência competitiva formalizado entre os seus colaboradores, para que estes
forneçam informações importantes para o negócio da empresa.

Neste sentido, conforme afirma Roedel (2005) a criação de um sistema de inteligência


competitiva, compreendendo coleta, tratamento, análise e disseminação da informação
sobre as atividades concorrentes, fornecedores, clientes, tecnologias e tendências gerais
dos negócios, vem ao encontro da necessidade de monitorar continuamente o ambiente
externo a fim de estabelecer um direcionamento estratégico e a tomada de decisão em
tempo real.
23

2.3 Aplicações da Inteligência Competitiva nas Organizações

A inteligência competitiva pode ser aplicada em diferentes contextos. Para Bezerra


(2005), as empresas competitivas estão inseridas em um ciclo onde problemas, soluções
e mudanças são constantes. Neste ciclo os problemas são identificados, novas soluções
são desenvolvidas e estas soluções implicam em mudanças que geram novos problemas,
iniciando-se novamente o ciclo, conforme apresentado na Figura 2:

Figura 2 – Ciclo de Inteligência Competitiva


Fonte: (BEZERRA, 2005, p. 90)

Bezerra (2005) destaca que este ciclo pode ser utilizado em diferentes aplicações a fim
de implementar novas práticas de IC conforme as necessidades das organizações. Na
visão de Santos e Almeida (2009) com relação a organização da IC nas organizações
não existe um modelo padrão na literatura e assim como na área funcional a IC está
relacionada com a cultura e a estrutura organizacional já existente na organização, assim
a aplicação da IC pode ser feita sob diversas ópticas e diversos cenários variando
conforme as necessidades e as circunstancias específicas.

Fazendo uma reflexão das aplicações da inteligência competitiva, Silva (2003) destaca a
possibilidade efetiva de utilização da IC em diferentes tipos de organização. Para Silva
(2003), o entendimento adquirido pode impactar na estratégia de atuação de uma
organização, uma vez que a tomada de decisão acontece a partir do conhecimento da
organização e do seu ambiente. A autora destaca que o processo de inteligência
competitiva tem como objetivo:
24

[...] A recuperação da informação relevante (estratégica), para um perfil de


necessidades específicas de informação (de acordo com a estratégia de
atuação da organização), em fontes disponíveis na Internet, com o
monitoramento contínuo feito por agentes inteligentes. (SILVA, 2003,
p.132).

Devido a necessidade de obter maiores informações sobre a aplicação da IC, algumas


publicações da área foram analisadas a fim de identificar as práticas de IC nas mais
diversas áreas. As publicações foram selecionadas através de pesquisa em bases de
publicações como portal CAPES e EBSCO tendo como tema abordado a inteligência
competitiva na prática. Nas publicações selecionadas é possível identificar alguns
exemplos e cenários que exemplificam a aplicação da IC nas organizações.

2.3.1 Estudos de Caso da IC nas Organizações

Conforme Quinello e Nicoletti (2005) a idéia central da Inteligência Competitiva é a


transformação de dados em informação e a informação em inteligência. Esta
inteligência será expressa em inovações e soluções concretas que poderão agregar valor
às organizações. Em seu trabalho: Inteligência Competitiva nos Departamentos de
Manutenção Industrial no Brasil foi feito um estudo sobre o uso da IC para o
desenvolvimento tecnológico e a vantagem competitiva.

A metodologia utilizada foi um estudo qualitativo exploratório através do método


Delphi e entrevista com especialistas da área de manutenção industrial. Para coleta de
dados foram elaborados questionários com perguntas classificatórias que foram
enviadas pela internet. Para o método Delphi foram selecionados profissionais com no
mínimo cinco anos de experiência em cargos gerenciais na área de manutenção
industrial e pós-graduação em gestão. Os resultados obtidos nesta pesquisa mostraram
que é possível que ferramentas como bases de dados na internet, bibliotecas, intranets
possam ser utilizadas para a prática da inteligência competitiva. O uso de check-lists
para a difusão de idéias reforça a IC nas organizações e é fundamental para que a
inteligência competitiva seja implantada nas organizações.

Os resultados são positivos em relação a aplicação da IC. Entretanto, os autores


concluem também que:
25

[...] “Os departamentos de manutenção não possuem uma Inteligência


Competitiva organizada e formalizada. Os canais para captação das
informações muitas vezes existem e estão disponibilizados, mas não são
utilizados de forma sistemática e alinhados aos objetivos da empresa.”
(QUINELLO E NICOLETTI, 2005, P. 34)

Apesar das limitações do estudo, ele não se limita a área de manutenção industrial e
destaca a importância da IC para inovações e soluções para agregar valor às
organizações.

Prestes (2009) destaca que a inteligência competitiva pode ser aplicada no segmento
hospitalar e na área da saúde contribuindo para a gestão hospitalar, para inovação e
aprimorando o processo decisório de diversas instituições. O estudo destaca o uso da IC
a fim de analisar como os hospitais avaliam o ambiente de negócios para a tomada de
decisão. Uma pesquisa quantitativa exploratória com aplicação de entrevistas foi
realizada com os executivos dos principais hospitais da cidade de Caxias do Sul que são
financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e hospitais que não são credenciados
pelo SUS. A metodologia do trabalho incluiu visitas, participação em congressos e
cursos e usou do benchmarking para coleta de informações. Os resultados apresentados
indicaram que a inteligência competitiva pode contribuir para a gestão hospitalar
disponibilizando informações sobre o ambiente e contribuindo para a tomada de
decisão. Prestes (2009) conclui que:

[..] A IC poderia ser extremamente útil no segmento hospitalar analisado por


poder garantir a avaliação sistemática e repetida dos pressupostos que
norteiam a definição das estratégias competitivas destas instituições.
(PRESTES, 2009, p.134)

Em contrapartida Garcia-Alsina, Ortoll e López-Borrull (2011) fazem uma análise do


uso da IC nas universidades. O estudo mostra que apesar de conhecerem a importância
das práticas de IC, a implantação das mesmas ainda é um desafio nas universidades da
Espanha. A pesquisa é baseada em métodos qualitativos, usando entrevista para coleta
de dados. A amostra selecionada englobou quase todas as universidades da Espanha
com diferentes ambientes. Diversas variáveis foram analisadas como: comunidades
atendidas de acordo com a região e localização da universidade, tempo de
funcionamento, modelo de gestão (público ou privado), perfil de formação, ramos do
conhecimento da universidade e a urgência na implantação de práticas de IC.

Os resultados apontaram que a IC nas universidades é orientada a necessidades táticas, é


descentralizada e reativa, seguida da falta de procedimentos. A falta de uma análise
26

sistemática e exploratória diminui a eficácia das práticas de IC, porém grande parte das
universidades tem adotado implantar práticas de IC devido as mudanças de ambiente, de
pressão e incerteza causados pelo processo de adaptação de qualificações do EEES –
Espacio Europeo de Educación Superior.

Para Garcia-Alsina, Ortoll e López-Borrull (2011) as universidades precisam incluir


procedimentos em toda a organização para englobar o ciclo inteligência. Identificar as
necessidades de informações sobre o ambiente, organizar a informação, encontrar
técnicas de análise apropriadas para as metas, e os produtos de inteligência que devem
ser gerados para atender os objetivos da universidade e dos departamentos são algumas
das medidas utilizadas na implantação da IC. Ao utilizar de um processo de inteligência
competitiva, a longo prazo, as universidades poderão aplicar a IC em ações de curto
prazo e decisões relacionadas com o processo decisório da instituição.

González-Gálvez, Rey-Martín, e Cavaller-Reyes (2011) sugerem a criação de uma rede


social para inteligência competitiva, esta possui a função de integrar as diversas formas
de aplicação de inteligência competitiva entre as organizações e melhorar os projetos
em IC através do uso de indicadores de acordo com a área de atuação da organização.
Para o estudo em questão foi realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa. Na parte
qualitativa foi realizada uma série de entrevistas com especialistas em redes sociais,
inteligência competitiva e comunicação empresarial. A parte quantitativa foi baseada
em questionários enviados por email e para evitar erros foi realizada uma definição de
conceitos chaves relacionados com medidas do problema de pesquisa. Os questionários
foram respondidos por diretores de enfermagem dos hospitais públicos da Rede (NPH)
da Catalunha. Como resultado a pesquisa condensou a informação contida em um
conjunto de atributos e indicadores e o modelo proposto foi aplicado a fim de encontrar
estratégias para melhorar os resultados em projetos de inteligência competitiva.

A fim de entender o uso da IC de forma individual Rapp, Agnihotri e Baker (2011),


destacam como as técnicas de IC podem ser utilizadas nas práticas de vendas e sugere
também o uso da IC em uma perspectiva individual contribuindo para o sucesso
organizacional. A pesquisa foi baseada na comparação de qualidades que diferenciam a
inteligência competitiva no âmbito pessoal e organizacional. Como resultado, foi
identificado que a inteligência pode ser coletada pelos vendedores, porém é possível que
a mesma venha com um nível de subjetividade o que pode ser negativo para as
27

organizações, para isso as empresas precisam implantar práticas explícitas de IC com


procedimentos e objetivos definidos.

Logo, com os diversos estudos realizados sobre a aplicação da IC grande parte das
empresas e instituições reconhecem sua importância e seus benefícios, mas possuem
dificuldades em implementá-la. É possível comprovar os estudos da Strategicand
Competitive Intelligence Professionals– SCIP que afirmam que a IC auxilia as
organizações de todos os tamanhos, porém conforme destacado por Rapp, Agnihotri e
Baker (2011) a IC é um trabalho em conjunto que envolve as pessoas e todas as áreas da
organização. Criar processos para implantação da IC contribui para que o conhecimento
e a inteligência sejam “gerados” nas organizações e sejam utilizados para a tomada de
decisão.Portanto, a atividade de IC é muito abrangente e por conseqüência pode ser
aplicada em diversas organizações de diversos setores.

2.4 Dimensões do Macro e Micro Ambiente Organizacional

Porter (1991) define microambiente ou ambiente da indústria como a dimensão


constituída pelos diversos componentes externos às organizações e internos ao ambiente
da indústria que compõem o ambiente da indústria ou das indústrias em que elas
competem. Tais componentes afetam diretamente as empresas de determinado segmento
ousetor econômico, determinando, nesse caso, o grau de competitividade imediato
(curto emédio prazo) dessas organizações. Já o macroambiente compreende as
dimensões externas às organizações e externas ao ambiente da indústria, apresentando
um papel significante principalmente, uma vez que as forças externas, em geral, afetam
todas as empresas na indústria. Logo, o ponto básico encontra-se nas diferentes
habilidades das empresas em lidar com estes componentes.

Para Lopes, Muylder e Judice (2011) a IC pode ser realizada com foco tanto no nível
estratégico quanto no nível tático e operacional, ou em ambos simultaneamente. Em um
nível mais estratégico, a organização faz o monitoramento, interpretação e antecipação
dos acontecimentos relativos às forças e tendências do macroambiente, que possui como
principal característica de sua ação a transversalidade, ou seja, é um ambiente genérico,
comum a todas as empresas dedeterminado setor.
28

Na Figura 3 são apresentados os componentes do micro do macro ambiente:

Figura 3 - O macro e o microambiente e seus componentes


Fonte: Adaptado de Moresi (2001)

Os componentes do macroambiente e microambiente são descritos conforme Lopes,


Muylder e Judice (2011) a fim de identificar as características do compartilhamento de
informações estratégicas:

• Legal: mudanças regulatórias por parte do governo, legislação comercial,


resoluções de comércio exterior;
• Político: situação e tendências partidárias, nível de corrupção, prioridades
governamentais, política econômica, políticas governamentais de outros países;
• Social, demográfico e cultural: tendências e atitudes do consumidor, flutuações
no poder aquisitivo, alteração nos hábitos, estilo de vida, classes sociais, nível de
educação, deslocamentos urbanos;
• Econômico e Ambiental: indicadores de conjuntura, tendências inflacionárias,
elevação dos preços, poder aquisitivo, condições do mercado externo;
29

• Tecnológico: Patentes, novos produtos, serviços, processos, novos materiais e


tecnologias emergentes (ambiente e tendências tecnológicas);

Os componentes do Microambiente:

• Concorrentes: compartilhamento de informações estratégicas e inteligência


sobre a concorrência, já estabelecida e identificada dentro do APL (marketshare,
novos projetos, resultados financeiros, capacitação gerencial, etc);
• Clientes e fornecedores: perfil, segmentação, utilização de produtos e serviços,
razões por que são clientes/fornecedores, assim como a manutenção e obtenção
de novos clientes/fornecedores;
• Entrantes potenciais: “Novos entrantes” e/ou “entrantes potenciais” (novas
organizações, ou organizações já existentes que possam surgir na esfera
concorrencial direta ou indireta da organização);
• Órgãos reguladores e fomento: acompanhamento das decisões dos órgãos de
regulamentação do setor;linhas de financiamento e recursos provenientes de
editais que atendam ao setor (órgãos de fomento);
• Produtos Substitutos: produtos substitutos (produtos e/ou serviços que podem vir
a desempenhar a mesma função que o produto e/ou serviço
produzido/disponibilizado pela organização).

Para Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001):

Todas as organizações são afetadas, em diferentes graus, por três níveis de


variáveis competitivas: as do macroambiente, as do ambiente setorial e as do
ambiente interno. A análise do ambiente pode ser entendida como “um
conjunto de técnicas que permite identificar e monitorar permanentemente as
variáveis competitivas que afetam o desempenho da empresa”.
(VASCONCELLOS FILHO; PAGNONCELLI, 2001, p. 197)

Conforme Nadler et. al. (1993), o ambiente pode afetar o funcionamento da organização
de três maneiras:

• Pela exigência de novos produtos ou serviços;


• Por meio de limitações à ação organizacional como escassez de capital ou de
tecnologia;
• Pela oferta de oportunidades a serem exploradas pela organização.
30

Para Canongiaet al. (2001) o ambiente organizacional compõe de macro ambiente, cujos
fatores externos que impactam a organização não são diretamente relacionados à sua
atuação, tais como fatores políticos, econômicos, sociais, ambientais, regulatórios,
normalizadores e de investimentos; e micro ambiente, que apresenta fatores-chave
diretamente ligados ao negócio da organização, como seus fornecedores,
distribuição/comercialização, clientela, tecnologias de informação, produtos substitutos
e representações de classe e competências externas. Assim, o ambiente organizacional é
composto também pelo ambiente interno, ou seja, pela própria organização, cujos
fatores-chave estão relacionados às competências internas, P&D, infra-estrutura,
orçamento e finanças, liderança, modelo de gestão, competências essenciais, visão de
futuro e monitoramento do meio de negócios.

Para Choo (2003), a gestão estratégica da informação está no coração da organização e


constitui a base para os processos, interligados de construção de sentido (sensemaking),
criação de conhecimento e tomada de decisão. Em arranjos produtivos locais, o
compartilhamento de informações deve ser realizado de forma cooperada com outras
empresas e interação com outras entidades de apoio, pois de forma cooperada que elas
poderão “co-criar” o conhecimento atribuindo vantagens competitivas para se
posicionar frente ao mercado global (NONAKA & TOYAMA, 2003).

A natureza das relações estabelecidas entre os atores resulta em interação e


aprendizagem com o potencial de gerar inovação, garantir a competitividade
das empresas e sustentar o desenvolvimento local. É a presença de
conhecimentos tácitos e específicos de natureza local o que conduz a
processos de aprendizado coletivo e capacitação inovativa (AUN,
CARVALHO & KROEFF, 2005, p. 1)

Choo (2001) destaca que para garantir o sucesso da empresa e sua sobrevivência no
longo prazo, é fundamental que as organizações se preocupem em monitorar o
ambiente, entendendo as forças externas de mudança e ir adaptando-se a elas. Logo, o
ambiente no qual a empresa está inserida deve ser considerado como elemento
fundamental no planejamento e desenvolvimento da organização.O compartilhamento
de informações e o aprendizado coletivo, resultantes do processo de interação entre as
organizações, também contribuem para identificar monitoração do mercado e do
ambiente externo no qual a organização está inserida.
31

2.5 Inteligência Competitiva e Tomada de Decisão

No mercado atual, caracterizado pelo intenso dinamismo e forte competitividade, a


tomada de decisão é algo constante no dia a dia das organizações. E para manter a
competitividade as organizações precisam prevenir-se contra surpresas e ameaças e
identificar novas oportunidades.

No modelo da Figura 4, Motta e Vasconcelos (2006) pressupõem que o tomador de


decisão saberá escolher e definir a melhor decisão. Porém para que este modelo seja
“real” e a melhor solução seja selecionada é preciso que informações estratégicas
auxiliem no processo decisório.

Figura 4 - Modelo decisório da economia clássica e racionalidade absoluta


Fonte: Motta e Vasconcelos (2002)

Lopes, Muylder e Judice (2011) destacam que na era da economia da informação e do


conhecimento, a competitividade das organizações e seus maiores diferenciais advêm da
coleta e interpretação das múltiplas informaçõesdisponíveis nos ambientes em que as
organizações estão inseridas. Assim, utilizando-se de informações do micro e
macroambiente é possível realizar a tomada de decisão com o maior nível de acerto
possível, o que pressupõe um processo de decisões mais racional e efetivo.

Jakobiak (1991)propõem uma rede especialista em inteligência que favorece a tomada


de decisão nas organizações. A rede especialista é composta de grupo de observadores,
equipe de analistas (experts) e decisores, onde cada especialista é responsável por uma
etapa no ciclo da inteligência competitiva.
32

Marcial (2011) conclui que inteligência não se restringe a identificação de tendências,


mas inclui também:

1) A análise integrada das tendências ao comportamento de outras variáveis;


2) A análise de impactos dessas tendências na organização;
3) A proposição de ações que levem a organização a se manter competitiva ou
aumentar sua competitividade.

A autora ainda destaca que:

Em geral, os métodos e técnicas de Inteligência Competitiva e a própria


atividade de Inteligência contribuem significativamente com a elaboração de
estudos de futuro, pois fornecem informações privilegiadas, reunidas
sistematicamente, que melhoram a qualidade desses estudos. Também se
caracteriza como o mecanismo de fornecimento de informações tempestivas
sobre o futuro aos administradores de questões relacionadas às decisões de
curto prazo, questões estas que tanto afligem esses administradores.
(MARCIAL, 2011, p. 239)

Schwartz (1996) afirma que a atividade de inteligência deve encorajar a comunicação e


o diálogo entre funcionários da organização sobre suas impressões a respeito do
ambiente e cruzar essas informações para ampliar a visão de cenários. Estes facilitam na
visualização de novas possibilidades e conseqüentemente na tomada de decisão da
organização.

Segundo Vaitsman (2001), estudos comprovam que 95% das informações que as
organizações precisam são de acesso livre, ou seja, estão disponíveis livremente em
diversos meios como: relatórios de pesquisa, notícias divulgadas nos meios de
comunicação, fornecedores, clientes, relatórios contábeis e financeiros, dentre outros. Já
Marcial (2011) destaca que especialistas, como Leonard Fuld, afirmam que mais de
80% das informações de que um profissional de inteligência precisa encontra-se dentro
da empresa, contudo existe a necessidade de garimpá-las.

Conforme Turban (1995), a tomada de decisão foi considerada durante muito tempo
como uma verdadeira arte, um talento, que ia sendo melhorado ao longo do tempo por
meio do processo de aprendizado. Assim, o processo decisório baseava-se mais em
criatividade, julgamento, intuição e experiência do administrador do que em métodos
analíticos e quantitativos com suporte científico. Porém, como afirma Bazerman (2004):
33

Embora a estrutura restringida pela racionalidade considere que os indivíduos


tentam tomar decisões racionais, ela reconhece que muitas vezes faltam aos
tomadores de decisões informações importantes referentes à resolução do
problema, aos critérios relevantes e assim por diante. Restrições de tempo e
custo limitam a quantidade e qualidade das informações disponíveis.
(BAZERMAN, 2004, p.6)

Martendal (2004) afirma que a inteligência competitiva auxilia no processo de tomada


de decisão estratégica, em virtude da gama de informações obtidas no mercado, gerando
um aporte seguro para a organização, reduzindo decisões erradas, diminuindo o tempo
para a tomada de uma decisão,facilitando todo o processo de tomada de decisão.

Baseado no ciclo da inteligência competitiva, Fuld (2007) afirma que a o papel da IC é


subsidiar a tomada de decisão. A inteligência competitiva tem o objetivo de prover
informações para organizações realizarem esta atividade racionalmente baseada em
dados existentes e conhecidos na organização.

2.6 Arranjo Produtivo Local

As redes interorganizacionais é um tema que começou a ser estudado desde a segunda


metade da década de 70, com ênfase entre organização sem fins lucrativos como afirma
Thorelli (1986). Modelos implantados na Itália em 1970, denominado terceira Itália, e
em 1980 no vale do Silício consolidaram a utilização do modelo como uma estratégia
adequada para pequenos empreendimentos, mas de elevada capacidade tecnológica
conforme afirma Schiavetto e Alves (2009). Neste mesmo período, o Brasil foi
estimulado pelo governo federal e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas - SEBRAE na formação de redes interorganizacionais e de
cooperação técnica e gerencial.

Muitas são as definições existentes para as redes organizacionais. No Brasil o conceito


de Arranjo Produtivo Local é amplamente utilizado, para Lastres, Cassiolato e Maciel
(2003) é definido como:

Aglomerados territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais – com


foco em um conjunto específico de atividades econômicas – que apresentam
vínculos mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a participação e a
interação de empresas – que podem ser desde produtoras de bens e serviços
finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de
34

consultoria e serviços,comercializadoras, clientes, entre outros – e suas


variadas formas de representação e associação. Incluem também diversas
outras instituições públicas e privadas voltadas para: formação e capacitação
de recursos humanos (como escolas técnicas e universidades);pesquisa
desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento
(LASTRES; CASSIOLATO; MACIEL, 2003 p.27).

Apesar das semelhanças e diferenças existentes na literatura sobre a definição de Cluster


e APL, ambos tem o mesmo objetivo. Calheiros (2010) desta que:

A denominação de APL é brasileira, similar ao conceito estrangeiro de


“cluster”, e é atribuída para aglomerações de empresas produtivas, de um
mesmo setor econômico que compartilham um território e um ambiente
institucional comum. Também deve apresentar formas percebidas de
governança local, isto é, o envolvimento de diversos atores como, por
exemplo, associações da sociedade civil, entidades educacionais e entidades
públicas. (CALHEIROS, 2010, p. 20)

Para Lastres e Cassiolato (2004), os APLs se desenvolvem em ambientes favoráveis à


interação, à cooperação e a confiança entre atores. Sua formação está geralmente
associada à construção histórica de identidades e de vínculos territoriais regionais e/ou
locais, a partir de uma base social, cultural e econômica comum.

Tendo como base os conceitos da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos


Locais (RedeSist) ligado ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ há uma ênfase dos APLs sobretudo em: aprendizado, inovação e
território.

Carvalho(2009) afirma que em um APL podem ser observadas práticas e ações


informacionais, como produto social de grupos e contextos específicos. O APL na
abordagem das políticas públicas implica na necessidade de implementar políticas
capacitantes visando a geração e difusão de conhecimentos e à conformação de
ambientes coletivos de inovação e aprendizagem.

Desta forma, o papel do APL é promover a cooperação e interação entre empresas


localizadas em uma determinada região que atuam em um mesmo seguimento. O
desenvolvimento do APL é construído ao longo do tempo e, segundo Amorim, Moreira
e Ipiranga (2004), o processo de evolução dos APLs para níveis maiores de
competitividade e sustentabilidade se fundamenta nas dimensões produtivas,
institucionais e comunitárias da região, por meio do poder departicipação e atuação
35

conjunta dos agentes locais (capital social) e da coordenação e controle das ações e
projetos elaborados (governança).

Na Figura 5 são apresentadas as vertentes do processo de desenvolvimento de um APL.


Uma maior competitividade e sustentabilidade são resultantes das organizações
participantes do APL enquanto que para a formação do APL é preciso haver o
desenvolvimento da capacidade produtiva e inovativa, o fortalecimento do capital social
e da governança e a formação de competências nas organizações participantes.

Figura 5 - Vertentes do Processo de Desenvolvimento do APL


Fonte: Amorim, Moreira e Ipiranga (2004)

Verschoore e Balestrin (2006) destacam alguns fatores competitivos das empresas em


redes de cooperação:

• Ganhos de escala e de poder de mercado: as empresas participantes da rede


passam a ter maior poder de negociação com seus fornecedores;
• Provisão de soluções: as empresas têm acesso a crédito, treinamentos e outras
ferramentas que não eram possíveis sem a formação da rede;
• Aprendizagem e inovação: beneficiadas pela interação e práticas rotineiras de
colaboração, desenvolvimento de competências e de habilidades coletivas, ou
36

mesmo por meio de processos conjuntos de adaptação às exigências


socioeconômicas;
• Redução de custos e riscos: vantagem de dividir entre os associados os custos e
os riscos de determinadas ações e investimentos que são comuns aos
participantes;
• Relações sociais: acúmulo de confiança e capital social por um determinado
grupo de pessoas potencializa a capacidade individual e coletiva mediante
práticas colaborativas;

Assim, como afirma Castells (2005), redes sociais contribuem para minimizar as
dificuldades individuais e também maximizar os seus pontos positivos.Machado (2003),
a fim de definir as vantagens internas e externas, destaca que o fenômeno da
concentração geográfica das organizações e os fatores que influenciam nesta
concentração. Marshall(1982) define estes fatoresconforme apresentado na Figura 6:

Figura 6 - Fatores determinantes da concentração geográfica de empresas


Fonte: Machado (2003)

A Figura 6 identifica alguns dos fatores que influenciam na concentração geográfica,


estes fatores são internos e externos envolvendo tecnologia, mercado, retornos
crescentes de escala, competição e cooperação.
37

Os Arranjos Produtivos Locais contribuem para uma melhor competitividade das


empresas participantes e para troca de experiências e compartilhamento de informações.
Verschoore e Balestrin (2006) apresentam em seu trabalho o Quadro 3, com as
definições dos fatores competitivos em arranjos produtivos locais. A análise de
referências realizada conduziu ao estabelecimento dos cinco fatores da competitividade
das empresas em redes de cooperação, as quais reúnem um conjunto de variáveis que
implicam em benefícios da cooperação.

Quadro 3 - Síntese dos Ganhos Competitivos das Empresas em Redes de Cooperação

Fonte: Adaptado de Verschoore e Balestrin (2006)


Pórem, mesmo com todo o incentivo a cooperação demonstrado pela maioria dos
autores, Suziganet al. (2004) afirmam que apesar das vantagens que as interações e
relações de cooperação entre os agentes de um APL possam proporcionar, os agentes
econômicos podem não apresentar motivações suficientes para o desenvolvimento de
laços cooperativos e muito freqüentemente, ao APL de pequenas empresas, em especial
38

os do tipo embrionário, apresentam relações incipientes, com baixos níveis de


cooperação e interação entre os participantes.
39

3 CONTEXTO DA PESQUISA

3.1 Marco Teórico

A Figura 7 demonstra a relação dos temas e subtemas da pesquisa e sua correlação. O


construto inteligência competitiva é apresentado como tema central no contexto dos
arranjos produtivos locais,na tomada de decisão e nas fontes de informações. A relação
do arranjo produtivo local com as fontes de informações resulta no monitoramento
ambiental das organizações. A relação das fontes de informações com a tomada de
decisão resulta nas informações estratégicas sobre o ambiente organizacional e a relação
da tomada de decisão com o arranjo produtivo local resulta nas estratégias competitivas
para as organizações. Assim o construto inteligência competitiva resulta do conjunto de
todos estes elementos permitindo a “geração” de informações estratégicas e cooperação
entre as organizações.

Figura 7 - Visão sistêmica do escopo da pesquisa


Fonte: Adaptado de Oliveira, João e Mondlane (2008)
40

3.2 Arranjo Produtivo Local de Software

A atividade de desenvolvimento de Software é parte do conjunto de atividades que


compõem as tecnologias da informação e comunicação (TIC), destacando-se dentre as
demais atividades de TIC pelo seu extraordinário crescimento. Roselino (2006) também
afirma que a principal causa desse crescimento diferenciado repousa no fato da
informatização suportar as operações e decisões estratégicas em praticamente todos os
setores da economia, sendo assim uma ferramenta indispensável para a produtividade e
eficiência.

O setor de Software é uma atividade onde o conhecimento é o fator


competitivo crítico, constituindo o principal gerador de vantagens
competitivas e de posições monopolistas. Apesar de os segmentos mais
rentáveis e padronizados serem dominados por grandes empresas
multinacionais, o setor também apresenta grandes oportunidades para MPEs,
principalmente na atuação local/regional onde as mesmas podem posicionar-
se competitivamente em nichos de mercado, ou ainda estabelecer contratos
de parceria e/ou prestação de serviços com grandes empresas. (BRITTO e
STALLIVIERI, 2010, p.6)

Britto e Stallivieri (2010) também destacam que a estrutura do setor tende a ser
constantemente reconfigurada em função do surgimento de novos produtos e de novos
segmentos e nichos de mercado, por intermédio de uma dinâmica comandada pelo
processo de inovação tecnológica, que define a amplitude dos ciclos de vida dos
produtos, abrindo novas oportunidades para produtores e definindo novas necessidades
para os consumidores.

Freire e Brisolla (2005) afirmam em seu trabalho que o desenvolvimento da indústria de


Software local, que visa tanto o mercado interno quanto o mercado externo pode
impulsionar o desenvolvimento regional por dois principais motivos:

1) O Software é um produto facilitador de interações. Empresas de Software locais


podem contribuir que com soluções específicas para redes de empresas localizas
na região e estimular a capacidade inovadora e a competitividade destas redes;
2) O desenvolvimento de uma indústria de Software requer a construção de
competências que podem gerar sinergias para o desenvolvimento de outras
atividades de alta tecnologia. O Software configura-se cada vez mais, através
daquilo que se pode chamar de seu “caráter transversal”, como parte integrante
41

das diferentes cadeias, sendo nestas um “elo” não só relevante como


praticamente obrigatório.

Kubota (2006), em seus estudos sobre a indústria de Software, aponta cinco grandes
dificuldades que devem ser enfrentadas pelos agentes envolvidos no setor, são eles:

1) Baixo nível de internacionalização das empresas brasileiras;


2) Dificuldade, no mercado interno, de obtenção de recursos para novos
investimentos e capital de giro;
3) Bancos reticentes quanto a empréstimo de dinheiro a empresas de Software;
4) Pouco desenvolvimento do mercado de Venture Capital, em função dos elevados
custos de mercado de ações no Brasil;
5) Virtual monopólio no mercado de determinadas certificações de Software, muito
importantes para a penetração no mercado internacional e para a realização de
compras governamentais, elevando ainda mais os custos.

Muitos são os desafios relacionados ao desenvolvimento de um APL de Software. No


Quadro4,Galindo, Câmara e Lopes Junior (2011) identificam 35 desafios do
desenvolvimento de um APL no setor de Tecnologia da Informação – TI:
42

Quadro 4 – Desafios do desenvolvimento de um APL de TI

Código Desafios
D.01 Levantamento de informações mais detalhadas sobre o Setor de TI.
D.02 Interiorização das ações do Setor de TI no Estado.
D.03 Formação de parcerias estratégicas com os stakeholders vinculados ao setor de TI.
D.04 Consolidação de parque tecnológico.
D.05 Redução da carga tributária.
D.06 Fortalecimento das empresas do Estado.
D.07 Enfrentamento à exclusão digital.
D.08 Melhoria da infra-estrutura de TI.
D.09 Aumento do poder associativo das empresas do setor.
D.10 Capacitação dos empresários locais.
D.11 Maior entrosamento dos empresários com o poder público.
D.12 Formação de parcerias entre as empresas do setor.
D.13 Ampliação da capacidade competitiva do APL para o mercado internacional.
D.14 Maior organização do setor.
D.15 Aumento do nível de integração (cooperação) entre as empresas do setor.
D.16 Implementação de mecanismos de fomento do mercado.
D.17 Ampliação da capacidade competitiva do APL para o mercado nacional.
D.18 Informatização dos serviços públicos.
D.19 Investimentos em P&D e Inovação.
D.20 Aumento do intercâmbio entre universidades, governo e as empresas do setor.
D.21 Informatização das empresas em geral.
D.22 Fomentar atividades de alto valor agregado.
D.23 Profissionais especializados para atender a demanda do setor.
D.24 Redução dos índices de pirataria.
D.25 Ampliação do número de empresas do setor com certificações.
D.26 Atração de empresas de TI para o Estado.
D.27 Estímulo ao empreendedorismo no setor de TI.
D.28 Fixação de mão-de-obra qualificada cada na região.
D.29 Redução da mortalidade das empresas novas do setor.
D.30 Redução do mercado informal.
D.31 Fortalecimento setorial em relação com as outras regiões do Brasil.
D.32 Proteção de marcas e patentes.
D.33 Melhoria do nível de gestão dos ICT’s.
D.34 Melhoria do padrão de qualidade dos produtos e serviços.
D.35 Desburocratização.

Fonte: Galindo, Câmara e Lopes Junior (2011)

Logo, além dos desafios “naturais” para a criação e desenvolvimento de um APL há


fatores específicos que devem ser considerados para cada setor. O desenvolvimento de
43

Software é uma atividade ainda recente no país e ao criar um APL de Software as


empresa participantes se unem para potencializar as vantagens e vencer os desafios.

3.2.1 Atores do Arranjo Produtivo Local de Software

Em um Arranjo Produtivo Local de Software existem diversos envolvidos e


interessados. Para Muller (2009), um ator conceitua-se como:

Um jogar criativo, não sujeito a condutas estáveis e rotineiras, pouco


previsível em suas jogadas, com capacidade de recursos para jogar, com
algumas capacidades táticas e estratégicas e com um objetivo no jogo. O ator
é uma feno estrutura humana que tem poder próprio e está situado dentro do
jogo. Este ator está definido pelo vetor de personalidade, de valores, de
capacidade e de motivações. (MULLER, 2009, p.82)

Para CONTI (2005), o território favorece a constituição de relações entre atores


socialmente próximos e, o próprio sistema local pode ser entendido como um ator
coletivo. Assim, é por meio de atores que pertencem simultaneamente a uma rede local
e a uma rede global que ocorre a intermediação entre as redes de relações locais e outras
redes. Porém GORDON e MCCANN (2000) destacam que no contexto organizacional
e interorganizacional determinadas redes sociais com fortes relações
interpessoaispodem transpor as fronteiras das firmas e serem mais fortes do que as redes
intrafirma.

Logo, como afirmam BALESTRIN e VARGAS (2004), o arranjo produtivo local


promove um ambiente favorável ao compartilhamento de informações, conhecimento e
habilidades, mas a relação entre os atores é de fundamental importância para o
desenvolvimento de uma rede.

3.2.2 Inteligência Competitiva no Arranjo Produtivo Local de Software de Belo


Horizonte

Em Minas Gerais os APLs começaram a ganhar visibilidade em meados dos anos 2000.
Alguns estudos e ações do governo foram realizados a fim de estimular o
44

desenvolvimento de APLs no estado e até uma legislação foi criada em 2006. A Lei
16.296 institucionaliza a política estadual de apoio aos APLs no estado de Minas
Gerais. Programas de incentivo a inovação e a formação de parques tecnológicos
também estimulam e incentivam a criação de APLs em todo o estado.

A Figura 8 destaca os principais APLs em Minas Gerais (Biocombustíveis, Software,


Eletro-Eletrônica e Telecomunicações e Biotecnologia) e seus respectivos parceiros.

Figura 8 – PrincipaisAPLs do Programa APLs em Minas Gerais


Fonte: Leite (2009)

Segundo a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES


(2009), os APLs de Software em Minas Gerais estão divididos em:

• APL de Software de Belo Horizonte: 1.300 empresas


• APL de Software de Uberlândia: 169 empresas
• APL de Mobilidade de Uberlândia : 140 empresas
• APL de Software de Viçosa: 40 empresas
45

Das 3900 empresas de Software de minas gerais 40% estão localizadas em Belo
Horizonte. A constituição do APL de Software de Belo Horizonte considera todas as
empresas do setor localizadas geograficamente na região.

Segundo o portal Software de Minas, desenvolvido pela SECTES (2009), a indústria de


Software de Belo Horizonte responde hoje por mais de R$ 2,5 bilhões de faturamento,
gerados por 1300 empresas que atuam nos diversos segmentos da sua cadeia produtiva.
O setor registrou, no ano de 2007, mais de 17 mil empregos diretos na área de TI, sendo
7.240 no segmento de Desenvolvimento de Software, o que representou um crescimento
de 358% em 7anos.

A SECTES (2009) destaca que existem estudos recentes que mapearam o potencial do
setor na Região Metropolitana de Belo Horizonte e apontam para uma inédita
oportunidade de desenvolvimento da indústria de Software na Região Metropolitana de
Belo Horizonte. Além deste eminente potencial o programa Arranjo Produtivo Local do
Software de Minas possibilita a capacitação técnica e gerencial de pessoas e empresas,
de modo a incrementar a qualidade e produtividade das empresas no segmento de
tecnologia de informação em todo o estado de Minas Gerais.

Conforme SINDINFOR (2010), o APL de Software nasceu com o objetivo de:

Promover a competitividade e a sustentabilidade das empresas da área,


buscando estimular os processos locais de desenvolvimento de TI. Incentivar
a capacitação técnica e gerencial, incrementar a qualidade e produtividade
dos profissionais e empresas, ampliar o acesso a novos mercados e a créditos
especiais, aumentar a visibilidade da atividade como um todo, promover a
integração com universidades e centros de pesquisa e criar um núcleo de
inteligência competitiva. (SINDIFOR, 2010, p. 8)

Atualmente Minas Gerais é referência nacional na qualificação de empresas em


MPS.BR - Melhoria de Processo do Software Brasileiro. Belo Horizonte é a segunda
capital brasileira com o maior número de empregos formais gerados na área de
Software. A cidade possui uma seletiva concentração de empresas no setor e uma sólida
base de formação de mão-de-obra qualificada, com toda uma infra-estrutura lógica
receptiva à instalação de novas empresas e novos investimentos na região. O APL de
Softwarede Minas tem como parceiros e atores:
46

• SECTES
• SEBRAE;
• Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais - SINDIFOR;
• Fundação Mineira de Software - FUMSOFT;
• Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e
Internet - ASSESPRO-MG;
• Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais -
SUCESU-MG;
• APL de TI de Viçosa.

Além desses indicadores positivos, a cidade assume especial importância para a


consolidação do Software Belo Horizonte: desde 2005, as entidades ligadas ao setor
estão organizadas em torno de um projeto único de desenvolvimento, configurado no
APL de SoftwaredeBelo Horizonte.

A Figura 9 apresenta metas e ações a serem realizadas a fim de promover o APL e o


fortalecimento das empresas participantes. Comunicação e inovação, governança,
Inteligência, recursos e Certificação e Parcerias são os elementos destacados para
promover o fortalecimento do APL.

Figura 9 - Mapa estratégico do APL de Software de Belo Horizonte


Fonte: Leite (2009)
47

Assim, considerando todos os elementos do APL de Software de Belo Horizonte e


Região Metropolitana, a IC é uma ferramenta que contribui para que cada organização
do APL busque um posicionamento estratégico e busque através das redes de
cooperação um ambiente de compartilhamento de informações e cooperação para o
crescimento e desenvolvimento das empresas participantes.
48

4 METODOLOGIA

Este trabalho busca uma visão detalhada da percepção dos atores do Arranjo Produtivo
Local de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana focando no
compartilhamento de informações e cooperação entre os atores participantes.

Conforme FIEMG (2004), um Arranjo Produtivo Local é sustentado por um modelo de


governança, onde diversos atores contribuem para o desenvolvimento do APL. A Figura
10 apresenta um modelo de governança adaptado ao APL de Software de Belo
Horizonte e Região Metropolitana, composto pelos principais atores.

Figura 10 - Modelo de Governança de um Arranjo Produtivo Local


Fonte: Adaptado de CARVALHO (2009)

Os seguintes atores compõem o APL de Software de Belo Horizonte:

• Empresas: Empresas de Software localizadas em Belo Horizonte e região


metropolitana;
• Entidades de apoio: IEL, SEBRAE, FIEMG
• Universidade e centros de pesquisa: UFMG, PUC Minas, CEFET-MG, FUMEC;
• Associação e sindicatos: SINDINFOR, BHTEC; ASSESPRO
• Entidades financeiras: FAPEMIG
• Governo (federal, estadual, municipal): Prefeitura de Belo Horizonte, SECTES
49

A metodologia utilizada no trabalho consiste em um estudo de caso do Arranjo


Produtivo Local de Software de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana. O
trabalho utilizou de uma pesquisa qualitativa onde procurou-se compreender a
percepção, atitudes e valores dos atores estratégicos no APL. O instrumento de coleta
utilizado será a entrevista e a unidade de observação são os atores estratégicos do APL
de Software de Belo Horizonte e Região de Metropolitana.

Para Rein (1983) as entrevistas permitem o contato com as experiências dos outros,
propiciando aos pesquisadores a oportunidade de encontrar a experiência e a estória das
pessoas altamente engajadas na ação. É justamente a experiência deles que provê a
informação fundamental que irá estimular o pesquisador a pensar em um novo quadro
teórico. Embora as experiências individuais sejam únicas, as representações da
experiência não surgem de mentes individuais, pois em alguma medida, elas são fruto
de processos sociais.

No estudo de caso foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, conforme


caracterizada por GASKELL (2002):

O emprego da entrevista qualitativa para mapear e compreender o mundo da


vida dos respondentes é o ponto de entrada para o cientista social que
introduz, então, esquemas interpretativos para compreender as narrativas dos
atores em termos mais conceituais e abstratos, muitas vezes em relação a
outras observações. A entrevista qualitativa, pois, fornece os dados básicos
para o desenvolvimento e a compreensão das relações entre os atores sociais
e sua situação. O objetivo é uma compreensão detalhada das crenças,
atitudes, valores e motivações, em relação aos comportamentos das pessoas
em contextos sociais específicos (GASKELL,2002,p.65).

A seleção de empresas e órgãos públicos se deu por acessibilidade e por meio de


indicação de gerentes e representantes indicados pelos próprios atores estratégicos do
APL. Para realização das entrevistas semi-estruturadas foi elaborado um modelo de
entrevistas para cada ator, a fim de identificar características específicas de cada ator no
APL, conforme apresentado na Figura 10. Esta seleção considerou os conceitos
apresentados por DUARTE (2002):

Numa metodologia de base qualitativa o número de sujeitos que virão a


compor o quadro das entrevistas dificilmente pode ser determinado a priori –
tudo depende da qualidade das informações obtidas em cada depoimento,
assim como da profundidade e do grau de recorrência e divergência destas
informações. Enquanto estiverem aparecendo “dados” originais ou pistas que
possam indicar novas perspectivas à investigação em curso as entrevistas
precisam continuar sendo feitas (DUARTE, 2002, p. 143).
50

Os roteiros de entrevistas foram elaborados com base em questionários aplicados no


APL de Santa Rita de Sapucaí elaborados e utilizados por:

• Instituto Euvaldo Lodi, FIEMG (2004);


• O questionário do trabalho de Inteligência Competitiva em Arranjos Produtivos
Locais validado em uma pesquisa realizada no APL de Eletrônica de Minas
Gerais desenvolvido por Lopes, Muylder e Judice (2011);
• Os roteiros utilizados no trabalho: Conformação de um Regime de Informação:
A Experiência do Arranjo Produtivo Local de Eletrônica de Santa Rita do
Sapucaí - Minas Gerais, validado em uma pesquisa realizada por Adriane Maria
Arantes de Carvalho e Marta Macedo Kerr Pinheiro (2009).

Para validar o instrumento de coleta foi feito um pré-teste com dois atores, ou seja,
cerca de 20% da população do estudo. Algumas perguntas foram adaptadas e os roteiros
refeitos conforme versão apresentadas nos Apêndices de A a F. Os dados obtidos no
pré-teste não foram utilizados.

No pré-teste foram utilizadas escalas para grande maioria das perguntas que envolviam
em sua maioria elementos do micro e do macroambiente, como:o grau de importância e
o grau quanto ao compartilhamento de informações sobre:

• Fornecedores
• Concorrência a nível de APL
• Novos entrantes
• Concorrência a nível da organização
• Ambiente político
• Órgãos de regulamentação
• Linhas de financiamento e fomento
• Aspectos sociais, demográficos e culturais
• Ambiente econômico
• Legislação ambiental
• Meio ambiente
• Produtos substitutos
• Tendências tecnológicas
51

O roteiro da entrevista foi elaborado após o pré-teste objetivou operacionalizar a coleta


das informações com os atores estratégicos conforme disposto no Quadro 5:

Quadro 5 – Estrutura Roteiro da Entrevista Semi-estruturada

Atores Estrutura do Roteiro Assunto do Roteiro

Informações para
identificação do ator
Identificação do atores e Entrevistado
Ações Realizadas Ações desenvolvidas no
Empresas do APL APL na percepção do ator
Compartilhamento de
Entidades de Apoio Informações do Macro e Compartilhamento de
Micro ambiente informações micro e macro
Instituições de Ensino organizacional ambiente
Técnico e Superior Importância do Micro e
Macro ambiente
Incubadoras Parcerias com empresas
locais
Associações e Sindicatos Parcerias com instituições
de ensino
Parcerias e Troca de Informações compartilhadas
Governo Federal
informações no APL com entidades de
Governo Estadual financiamento e apoio
Relacionamento com
Governo Municipal políticas ou ações
governamentais
Participação em feiras e
eventos
Percepção do APL Percepção do APL de
Software
Fonte: Dados da Pesquisa

Conforme apresentado no Quadro 5 o roteiro apresenta 4 divisões. Na Parte 1


“Informações dos atores e Ações realizadas”, foram coletadas informações básicas para
identificação do ator de forma a caracterizar cada ator e identificar as ações realizadas
pelo mesmo no APL de Software. Na parte 2 “Compartilhamento de Informações do
Macro e Micro ambiente organizacional” foram coletas informações sobre a
importância e compartilhamento de informações estratégicas nos componentes do micro
e macroambiente organizacional. Na parte 3, “Parcerias e Troca de informações no
APL” foram coletadas informações sobre a troca de informações com outros atores do
APL. Na parte 4, “Percepção do APL” é coletada a impressão do entrevistado sobre o
APL de Software.
52

5 CRONOGRAMA

As atividades relativas à construção do referencial teórico e revisão bibliográfica


iniciaram em outubro de 2012 e terminarão em julho de 2013. As atividades de coleta e
tratamento de dados iniciarão em abril após a qualificação do projeto de dissertação. A
redação da dissertação é uma atividade que será desenvolvida praticamente em todo o
período e possui término previsto para setembro de 2013. A defesa da dissertação está
prevista para novembro de 2013.

Quadro 6 – Cronograma de Atividades

Fonte: Dados da pesquisa


53

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teoria e prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. 237 p.
62

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi estruturada com as empresas

Projeto de Pesquisa:: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas


Siste de Informação e Gestão do Conhecimento
Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi-estruturada


estruturada com empresas
e participantes de APL de Software de Belo
Horizonte e Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação da Empresa
Nome da Empresa:

Endereço:

CNPJ:
Endereço eletrônico / site:
Mercado
Tempo de Existência (CNPJ):
Principal Segmento da Empresa:
Quantidade de Empregados:
Faixa de Faturamento Anual:
Quais são as principais ações desenvolvidas pela empresa no APL de Software de Belo Horizonte?
Como se dá a troca de informações entre a empresa e outras organizações?
63

Compartilhamento de Informações no APL


Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva
sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente
64

Produtos substitutos

Tendências
tecnológicas

Quais ações a organização realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

A sua empresa está envolvida ou já se envolveu em parcerias com outras empresas locais, nacionais ou
internacionais, com instituições de ensino ou centros de pesquisa da região? Relate como foi esta
experiência, destacando os papéis de cada um, as informações que eram trocadas e os resultados obtidos?

A empresa mantêm algum tipo de contato com as entidades financeiras e de apoio


(IEL,FIEMG,SEBRAE etc) que atuam na região? Qual é a natureza deste relacionamento? Que
informações são trocadas entre estas entidades e a empresa?

A empresa beneficia-se de alguma política ou ação governamental na região? Qual?

A empresa participa de feiras e eventos da região? Como se dá esta participação? Com que frequência
ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região? O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?
65

APÊNDICE B - Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi estruturada com entidades de apoio

Projeto de Pesquisa: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento


Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi--estruturada com Entidades de Apoio do APL de Software de Belo


Horizonte e Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação da Entidade
Nome:
Endereço:

CNPJ:
Endereço eletrônico / site:
Tempo de Existência:

Quais são as principais ações desenvolvidas pela entidade no APL de Software de Belo Horizonte?
Como se dá a troca de informações entre a entidade e os outros participantes?
66

Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva


sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente

Produtos substitutos
67

Tendências
tecnológicas

Quais ações a entidade realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

A entidade está envolvida ou já se envolveu em parcerias com empresas locais,nacionais ou


internacionais, com instituições de ensino ou centros de pesquisa da região? Relate como foi esta
experiência, destacando os papéis de cada um, as informações que eram trocadas e os resultados obtidos?

A entidade beneficia-se de alguma política ou ação governamental na região? Qual?

A entidade participa de feiras da região? Como se dá esta participação? Com que frequência ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região?O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?
68

APÊNDICE C - Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi estruturada com instituições de ensino

Projeto de Pesquisa: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento


Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi-estruturada


estruturada com Instituições de Ensino do APL de Software de Belo
Horizonte e Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação da Instituição
Nome:
Endereço:

CNPJ:
Endereço eletrônico / site:
Data de Fundação:
Número de Alunos:
Quais são as principais ações desenvolvidas pela instituição no APL de Software de Belo Horizonte?
Como se dá a troca de informações entre a instituição e os outros participantes?
69

Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva


sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente

Produtos substitutos
70

Tendências
tecnológicas

Quais ações a instituição realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

A instituição está envolvida ou já se envolveu em parcerias com empresas locais,nacionais ou


internacionais, com instituições de ensino ou centros de pesquisa da região? Relate como foi esta
experiência, destacando os papéis de cada um, as informações que eram trocadas e os resultados obtidos?

A instituição mantêm algum tipo de contato com as entidades financeiras e de apoio


(IEL,FIEMG,SEBRAE etc) que atuam na região? Qual é a natureza deste relacionamento? Que
informações são trocadas entre estas entidades e a empresa?

A instituição beneficia-se de alguma política ou ação governamental na região? Qual?

A instituição participa de feiras e eventos da região? Como se dá esta participação? Com que frequência
ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região?O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?
71

APÊNDICE D - Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi com responsável pela
incubadora

Projeto de Pesquisa: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento


Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi-estruturada


estruturada com Incubadoras do
d APL de Software de Belo Horizonte e
Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação da Instituição
Nome:
Endereço:

CNPJ:
Endereço eletrônico / site:
Data de Fundação:
Número de Empresas incubadas:
Quais são as principais ações desenvolvidas pela incubadora no APL de Software de Belo Horizonte?
Como se dá a troca de informações entre a incubadora e os outros participantes?
72

Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva


sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente

Produtos substitutos
73

Tendências
tecnológicas

Quais ações a incubadora realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

A incubadora está envolvida ou já se envolveu em parcerias com empresas locais,nacionais ou


internacionais, com instituições de ensino ou centros de pesquisa da região? Relate como foi esta
experiência, destacando os papéis de cada um, as informações que eram trocadas e os resultados obtidos?

A incubadora mantêm algum tipo de contato com as entidades financeiras e de apoio


(IEL,FIEMG,SEBRAE etc) que atuam na região? Qual é a natureza deste relacionamento? Que
informações são trocadas entre estas entidades e a empresa?

A incubadora beneficia-se de alguma política ou ação governamental na região? Qual?

A incubadora participa de feiras e eventos da região? Como se dá esta participação? Com que frequência
ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região?O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?
74

APÊNDICE E - Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi estruturada com sindicato

Projeto de Pesquisa: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento


Linha de Pesquisa: Gestão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi-estruturada


estruturada com Sindicato do APL de Software de Belo Horizonte e
Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação do Sindicato
Nome:
Endereço:

Endereço eletrônico / site:


Data de Fundação:
Quais são as principais ações desenvolvidas pela entidade no APL de Software de Belo Horizonte?
Como se dá a troca de informações entre a entidade e os outros participantes?
75

Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva


sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente

Produtos substitutos
76

Tendências
tecnológicas

Quais ações a entidade realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

A entidade está envolvida ou já se envolveu em parcerias com instituições de ensino ou centros de


pesquisa da região? Relate como foi esta experiência, destacando os papéis de cada um, as informações
que eram trocadas e os resultados obtidos?

A entidade mantêm algum tipo de contato com as entidades financeiras e de apoio


(IEL,FIEMG,SEBRAE etc) que atuam na região? Qual é a natureza deste relacionamento? Que
informações são trocadas entre estas entidades e a empresa?

A entidade beneficia-se de alguma política ou ação governamental na região? Qual?

A entidade participa de feiras e eventos da região? Como se dá esta participação? Com que frequência
ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região?O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?
77

APÊNDICE F - Roteiro de entrevista semi-estruturada


semi com o governo
overno

Projeto de Pesquisa: Inteligência Competitiva e Cooperação no Arranjo Produtivo Local de Minas


Gerais - APL de Software de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Pesquisa de Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento


Linha de Pesquisa: Gestão
tão da Informação e Conhecimento
Mestranda-Pesquisadora:
Pesquisadora: Patrícia Nascimento

Roteiro de Entrevista semi-estruturada


estruturada com Governo do APL de Software de Belo Horizonte e
Região Metropolitana

Prezado (a) Respondente,

TODOS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS NESSE LEVANTAMENTO OBEDECEM AO CÓDIGO


INTERNACIONAL DE ÉTICA DAS PESQUISAS DE MERCADO E SOCIAIS ICC/ESOMAR (acesso
obtido através do site – www.abep.org).
www.abep.org

Muito obrigada pela colaboração!

Identificação do Entrevistado
Nome:
Idade: Gênero:___Feminino ___Masculino
Cargo / Função:
Escolaridade:
Email: Telefone:
Data:
Identificação da Entidade
Nome:
Endereço:

Endereço eletrônico / site:


Quais são as principais ações desenvolvidas pelo órgão no APL de Software de Belo Horizonte? Como
se dá a troca de informações entre o órgão e os outros participantes?
78

Relação com outros Atores


A instituição está envolvida ou já se envolveu em parcerias com empresas locais, instituições de ensino,
incubadoras, entidades financeiras e parceiras (IEL, FIEMG, SEBRAE) e sindicatos? Será que o Sr.
pode relatar como foi esta experiência com cada entidade,destacando os papéis de cada um, as
informações que eram trocadas e os resultados obtidos?

Empresas Locais:

Instituições de Ensino:

Incubadoras:

Entidades financeiras e parceiras:

Sindicatos:

Qual a importância e o interesse no compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência competitiva


sobre as dimensões que compõem o macro e o micro ambiente no qual a organização está inserida? Relate cada
item conforme indicado a pontuação conforme a escala likert sugerida:

NÃO TEM INTERESSE ALGUM TEM TOTAL INTERESSE


1 2 3 4 5
NO COMPARTILHAMENTO NO COMPARTILHAMENTO

Componentes do Importância Interesse no compartilhamento de


Micro e Macro informações
ambiente

Clientes

Fornecedores

Concorrência a nível
do APL

Novos entrantes
79

Concorrência ao
nível da organização

Ambiente político

Órgãos de
regulamentação

Linhas de
financiamento e
fomento

Aspectos sociais,
demográficos e
culturais

Ambiente econômico

Ambiente legal,
legislação ambiental

Meio ambiente

Produtos substitutos

Tendências
tecnológicas

Quais ações o órgão realiza para o compartilhamento de informações estratégicas e de inteligência


competitiva no APL? Quais as maiores facilidades e dificuldades encontradas?

O órgão está envolvido ou já se envolveu em parcerias com empresas locais,nacionais ou internacionais,


com instituições de ensino ou centros de pesquisa da região? Relate como foi esta experiência,
destacando os papéis de cada um, as informações que eram trocadas e os resultados obtidos?
80

O órgão mantêm algum tipo de contato com as entidades financeiras e de apoio (IEL,FIEMG,SEBRAE
etc) que atuam na região? Qual é a natureza deste relacionamento? Que informações são trocadas entre
estas entidades e a empresa?

A empresa participa de feiras e eventos da região? Como se dá esta participação? Com que frequência
ela ocorre?

Como você descreveria o APL de Software de Belo Horizonte para uma pessoa que não conheça a
região?O que você considera como ponto positivo do APL? O que ainda precisa ser desenvolvido?

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