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AULA 03:

SISTEMAS DE PROTEÇÕES EM
SEGURANÇA DO TRABALHO:
Equipamentos de Proteção Coletivas
“EPC”

Disciplina: G00IESE0.01 - INTRODUÇÃO À


ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Professor: Gilberto Cifuentes
cifuentes@cefetmg.br
DCTA

Assuntos da aula

✓Sistemas de Proteções Coletivas:


➢Equipamentos de Proteções Coletivas “EPC”

SISTEMAS DE PROTEÇÕES

INDIVIDUAIS COLETIVAS
EPI EPC

A proteção individual é A proteção coletiva é obrigatória,


regulamentada pela NR06 porém não possui uma NR
(classificada como especial). específica.
Mas em NR especiais e
obrigatórias ocorrem
recomendações e obrigações de
utilização.

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Obrigações legais
✓ NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS:
❑ Subitem 1.4:
➢ Letra b item II:
❖ Medidas de pr ev enç ão adotadas pel a em pres a par a elim in ar ou
reduzir tais riscos;
➢ Letra g: implementar medidas de prevenção, ouvidos o s
trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de
prioridade:
I. Eliminação dos fatores de risco;
II. Minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas de proteção coletiv a;
III. Minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas administra tiv as ou de
organização do trabalho;
IV. Adoção de medidas de proteção individual.

PRIORIDADE DAS MEDIDAS DE CONTROLE:


1) ADMINISTRATIVO:
✓ Modificações de processos, controle de tempo,
modificação de matérias primas, etc...
2) FONTE:
✓ CAPTURA DO AGENTE AGRESSIVO:
▪ Ações de contenção de agr essiv idade na f onte geradora,
enclausuram ento, sistemas locais de v entilação,
isolamentos, redução de geração.
3) TRAJETÓRIA:
✓ DILUIÇÃO DA AGRESSIV IDA DE:
▪ Amortecimento da agressiv idade no trajeto f onte e
trabalha dor, instalaçã o de barre iras, v entilação geral
aumento das distancias.
4) PESSOA:
✓ ACEITAÇÃO DO AGENTE AGRESSIVO:
✓ Introdução do EPI.

NR´s que possuem menção de EPC´s


✓ NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
✓ NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO
✓ NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
✓ NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
✓ NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
✓ NR-13 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE
ARMAZENAMENTO
✓ NR-14 FORNOS
✓ NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
✓ NR 17 – ERGONOMIA
✓ NR-18 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
✓ NR-19 – EXPLOSIVOS
✓ NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NOTRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS
✓ NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO
✓ NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
✓ NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS
✓ NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
✓ NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO
✓ NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO
✓ NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA,
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
✓ NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
✓ NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS
✓ NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO
E DESMONTE NAVAL
✓ NR-35 - TRABALHO EMALTURA
✓ NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE
CARNES E DERIVADOS
✓ NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

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Proteções coletivas, o que são?
✓ Técnicas, instrumentos, ferramentas, anteparos
etc..., que são utilizados para proteção do
trabalhador no ambiente laboral.
✓ Possuem como características:
➢Instalação no ambiente;
➢Protegem um ou trabalhadores.
✓ No locais em que estejam instalados, deve
possuir sinalização e terem fácil acesso.
✓ São utilizados, portanto, para minimizar a
exposição dos trabalhadores aos riscos e, em
caso de acidentes, reduzir suas consequências;
✓ TODOS OS TRABALHADORES DEVEM SER
TREINADOS PARA A UTILIZAÇÃO DOS EPC´s.

Importância dos EPC´s

✓Eles são a forma mais básica de segurança


no ambiente de trabalho;
✓A maioria dos EPC`s tem como objetivo
impedir o acesso de pessoas não autorizadas
e não capacitadas em determinadas áreas,
além de alertar os profissionais daquela área
sobre algum possível risco.

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PROTEÇÕES
COLETIVAS PARA
ELETRICIDADE

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Proteções coletivas para eletricidade


10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas
devem ser adotadas medidas preventivas de controle do
risco elétrico e de outros risco s adicionais, mediante
técnicas de análise de risco, de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho.

O subitem 10.2.8 trata


especificamente de
MEDID AS DE PROTEÇ ÃO
COLETIVAS

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10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem,


prioritariamente, a desenergização elétrica conforme
estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego
de tensão de segurança.

Desegernizar, não é o
simples processo de
desligamento, mas a
suspensão da energia do
sistema.

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TENSÃO DE SEGUR ANÇA: e xtra baixa tensão
originada em uma fonte de segurança.
Extra Baixa Tensão (EBT): Baixa Tensão (BT):
✓ Tensão não superior a 50 ✓ Tensão superior a 50 volts
volts em corrente alternada em corrente alternada
ou 120 volts em corrente ou120 volts em corrente
contínua, entre fases ou contínua e igual ou inferior
entre fase e terra. a 1000 volts em corrente
alternada ou 1500 volts em
corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra.
Na impossibilidade de implementação da TENSÃO DE
SEGURANÇA, devem ser utilizadas outra s medidas de
proteção coletiva, tais como: isolação das partes viv as,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automá tico de alimentação, bloqueio do
religamento automático

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As instalações elétricas são consideradas


desenergizadas após a seguinte sequência:
1) Seccionamento;
2) Impedimento De Reenergização;
3) Constatação Da Ausência De Tensão;
4) Instalação De Aterramento Temporário Com
Equipotencialização Dos Condutores Dos
Circuitos;
5) Proteção Dos Elementos Energizados
Existentes Na Zona Controlada;
6) Instalação Da Sinalização De Impedimento
De Reenergização.

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PROTEÇÕES
COLETIVAS PARA
INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
CIVIL
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Proteções coletivas para indústria da
construção
✓O item 18.4 obriga a elaboração de proteções
coletivas por profissional legalmente
habilitado (em cada área de atuação:
➢PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO:
trabalhador previamente qualificado e com
registro no competente conselho de classe.
➢PROFISSIONAL QUALIFICADO: trabalhador
que comprove conclusão de curso específico na
sua área de atuação, reconhecido pelo sistema
oficial de ensino.

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Proteções coletivas para a indústria da


construção
✓As proteção da indústria da construção
possui especial condição, pois são
praticamente todas temporárias:
➢18.4.3.1 O PGR deve estar atualizado de acordo
com a etapa em que se encontra o canteiro de
obras.
➢A atualização significa seguir instalando EPC´s
necessários durante a obra.
➢Da mesma forma, retirar quando não mais
necessário.

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18.4.6 São fac ultadas às em presas c onstr utoras, regul armente


regi str adas no Sistem a C ONF EA/CR EA, s ob res pons abili dade de
profissi onal legalm ente habilitado em segur anç a do tr abalho,
mediante c um primento dos requisitos pr evi stos nos subi tens
seguintes, a adoç ão de s ol uç ões alternati v as às medi das de
proteç ão c ol etiv a pr evis tas nes ta NR , a adoç ão de téc nic as de
trabalho e o us o de equi pam entos, tecnol ogi as e outros dis positiv os
que:
a) Propici em av anç o tec nol ógic o em s egur anç a, hi gi ene e s aúde dos
trabalhadores;
b) Obj etiv em a im pl em entaç ão de m edi das de c ontr ol e e de
sistem as pr ev entiv os de segur ança nos pr oc es sos, nas c ondiç ões
e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção;
c) Gar antam a r ealiz aç ão das tarefas e ativi dades de m odo s eguro e
saudável.

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18.4.6. 1 As tarefas a s erem ex ec utadas m ediante a adoç ão de
sol uç ões alter nativ as dev em est ar ex pr ess am ente previstas em
procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem constar:
a) Os ris cos oc upaci onais aos quais os trabal hador es es tar ão
expostos;
b) A d escrição d os equip am ento s e d as m ed id as de prot eção
coletiva a serem implementad as;
c) A identificação e a indicação dos EPI a serem utilizados;
d) A descriç ão de us o e a i ndic aç ão de pr oc edi mentos quanto aos
Equi pam entos de Proteç ão C oletiv a (EPC) e EPI, c onform e as
etapas das tarefas a serem realizadas;
e) A des criç ão das medi das de prevenção a ser em obs erv adas
durante a execuç ão dos s erviç os , dentr e outr as m edi das a s er em
previstas e pr es critas por pr ofi ssi onal l egalm ente habilitado em
segurança do trabalho.

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PROTEÇÕES
COLETIVAS PARA A
INDUSTRIA DE
MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

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NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO


EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
✓12.5 Sistemas de segurança:
➢12.5.1 As zonas de perigo das máquinas e
equipamentos devem possuir sistemas de
segurança, caracterizados por PROTEÇÕES
FIXAS, PROTEÇÕES MÓVEIS E
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
INTERLIGADOS, que resguardem proteção à
saúde e à integridade física dos trabalhadores.

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✓ 12.5.2 Os sistemas de segurança devem ser
selecionados e instalados de modo a atender aos
seguintes requisitos:
a) Ter categoria de segurança conforme apreciação de
riscos prevista nas normas técnicas oficiais;
b) Estar sob a responsabilidade técnica de profissional
legalmente habilitado;
c) Possuir conformidade técnica com o sistema de
comando a que são integrados;
d) Instalação de m odo que dificulte a sua burla;
e) Manterem-se sob vigilância automática, ou seja,
monitoramento, se indicado pela apreciação de r isco,
de acordo com a categoria de segurança requer ida,
exceto para dispositivos de segurança exclusivamente
mecânicos;
f) Paralisação dos movimentos perigosos e demais
riscos quando ocorrerem falhas ou situações anor mais
de trabalho.

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12.5.2.1 A instalação de sistemas


de segurança deve ser realizada
por PROFISSIONAL
LEGALMENTE HABILITADO OU
PROFISSIONAL QUALIFICADO
OU CAPACITADO, quando
autorizados pela empresa.

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✓ 12.5.4 Para fins de aplicação desta NR,


considera-se proteção o elemento
especificamente utilizado para prover segurança
por meio de barreira física, podendo ser:
a) Proteção fixa, que deve ser mantida em sua
posição de maneira permanente ou por meio
de elementos de fixação que só permitam sua
remoção ou abertura com o uso de
ferramentas;
b) Proteção móvel, que pode ser aberta sem o
uso de ferramentas, geralmente ligada por
elementos mecânicos à estrutura da máquina
ou a um elemento fixo próximo, e deve se
associar a dispositivos de intertravamento

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✓ Profissional habilitado para a superv isão da
capacitação: profissional que comprove conclusão de
curso específico na área de atuação, compatível com
o curso a se r ministrado, com registro no competente
conselho de classe, se necessário.
✓ Profissional legalmente habilitado: trabalhador
previamente qualificado e com registro no competente
conselho de classe, se necessário.
✓ Profissional ou trabalhador capacitado: aquele que
recebeu capacitação sob orientação e
responsabilidade de profissional habilitado.
✓ Profissional ou trabalhador qualificado: aquele que
comprove conclusão de curso e specífico na sua área
de atuação e reconhecido pelo sistema oficial de
ensino.

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PROTEÇÕES
COLETIVAS PARA A
INDUSTRIA DE
QUÍMICA

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Cabine de Segurança Biológica (CSB) X


Cabine de Fluxo Laminar (CFL)
✓ De acordo com o nível de biossegurança
exigido, são definidos os requisitos
recomendados e obrigatórios, que se classificam
em barreiras de contenção primárias e
secundárias.
I. Barreiras Primárias - equipamentos de
segurança:
✓ São considerados como barreiras primárias as
cabines de segurança biológica (CSB) ou
outros equipamentos projetados para remover
ou minimizar exposições aos materiais
biológicos perigosos.

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✓A CSB é o dispositivo principal utilizado para
proporcionar a contenção de borrifos ou
aerossóis infecciosos provocados por
inúmeros procedimentos microbiológicos.
Três tipos de cabines de segurança biológica
(Classe I, II e III) usadas em laboratórios de
microbiologia estão descritas.

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✓ Análise das diferenças:


➢As cabines de segurança biológica Classe I e II, que
possuem a frente aberta, são barreiras pr imárias que
oferecem níveis significativos de proteção para a
equipe do laboratór io e para o meio ambiente
quando utilizadas com boas técnicas
microbiológicas.
➢As cabines de segurança biológica Classe II
subdividem-se ainda segundo o padrão de fluxo do
ar em A, B1, B2 e B3.
➢Fornecem uma proteção contra a contaminação
externa de materiais (por exemplo, cultura de
células, estoque microbiológico) que serão
manipulados dentro das cabines.
➢A cabine de segurança biológica Classe III,
her mética e imper meável aos gases, proporciona o
mais alto nível de proteção aos funcionários e ao
meio ambiente.

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II. Barreiras secundárias:
✓ Entende-se c omo barreir as secundár ias algumas
soluç ões físic as presentes nos ambientes,
devidamente pr evistas nos pr ojetos de arquitetura e
de instalações prediais, e constr uídas de for ma a
contribuír em para a proteção da equipe do
estabelecimento de saúde, proporc ionando uma
barreira de proteção para as pessoas que se
encontram for a do laboratório contra agentes
infeccios os que podem ser liberados acidentalmente
para o ambiente externo.
✓ As barreiras secundárias recomendadas depender ão
do risco de tr ans missão dos agentes espec íficos.
Quando o risco de contaminaç ão através da
expos ição aos aerossóis infecciosos estiver pres ente,
níveis mais elevados de contenção pr imária e
barreiras de proteção secundárias poderão ser
necessár ios para evitar que agentes infecciosos
escapem para o meio ambiente.

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Estas características do projeto incluem:


➢ Sistemas de ventilação especializados em
assegurar o fluxo de ar uni direcionado;
➢ Sistemas de tratamento de ar para a
descontaminação ou remoção do ar liberado;
➢ Zonas de acesso controlado;
➢ Câmaras pre ssu rizadas com entradas
separadas para o laboratório ou módulos para
isolamento do laboratório.

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