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Física

Energia mecânica
Soma das energias cinética e potencial do sistema corpo + Terra.
A energia mecânica (Em) num sistema corpo + Terra:

Em = Ep + Ec <->
<-> Em = m g h + ½
m v2
Exemplo
Uma bola em queda.
À medida que a bola cai:
 A altura diminui, e consequentemente a energia potencial do sistema bola + Terra diminui.
 A velocidade aumenta, deste modo a energia cinética do sistema bola + Terra aumenta.
Na descida:
A altura (h) diminui
 A energia potencial gravítica diminui.
A velocidade (v) aumenta
 A energia cinética aumenta.

A energia potencial
gravítica
Uma transforma-se
bola atirada em
para cima.
energia cinética.
À medida que a bola sobe:
 A altura aumenta, desta forma a energia potencial do sistema bola + Terra aumenta.
 A velocidade diminui, posto isto a energia cinética do sistema bola + Terra diminui.
Na subida:
A altura (h) aumenta
 A energia potencial gravítica aumenta.
A velocidade (v) diminui
 A energia cinética diminui.

A energia cinética
transforma-se em energia
potencial gravítica.

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Energia mecânica num sistema onde só atuam forças conservativas (fc) ou quando o trabalho das
forças não conservativas (W0fnc) é nulo.

Δ Ec = Wfc + Wfnc <->  Teorema da energia


cinética
<-> Δ Ec = - Δ Ep <->  O peso é uma força
conservativa
<-> Δ Ec + Δ Ep = 0

Δ Em

Lei da Conservação da Energia Mecânica


Válida se só atuarem forças conservativas num sistema, ou se atuarem forças não conservativas
cujo trabalho seja nulo.
Δ Em = 0 <-> Δ Ep = - Δ Ec

ou
Em = constante <-> Ep + Ec =
constante
Forças não conservativas e variação da energia mecânica

Teorema da energia cinética > Wfc + A variação da energia não é constante quando há forças não
Wfnc = Δ Ec conservativas a realizar trabalho. Quando não há atrito a
variação da energia mecânica é constante.
Wfc = - Δ Ep > - Δ Ep + Wfnc = Δ Ec
O trabalho das forças não conservativas é igual à variação da energia mecânica.
Δ Ec + Δ Ep = Δ Em > Wfnc = Em
Wfnc = Δ
Em
Em -> Wfnc > 0 – Trabalho potente
Em -> Wfnc < 0 – Trabalho resistente
Forças não conservativas que realizam trabalho potente:
Exemplo
A força aplicada na bola tem o sentido do deslocamento.
A força é responsável pelo aumento da velocidade da bola.
 Aumento da energia cinética e da energia mecânica.

Wf-> > 0 -> Δ


Em > 0

Forças não conservativas que realizam trabalho resistente:

Exemplo
A força de resistência do ar tem sentido oposto ao do deslocamento.
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Esta força é responsável pela diminuição da velocidade do paraquedista.
 Diminuição da energia cinética e da energia mecânica.

Wr->ar < 0 -> Δ Em


<0

Dissipação da energia
As forças não conservativas que provocam a diminuição da energia mecânica são forças
dissipativas. No exemplo a cima a resistência do ar é uma força dissipativa.
Para onde vai a energia mecânica “perdida”?
A diminuição de energia no sistema está associada ao aumento da sua energia interna ou à transferência
de energia vizinhança.
Edissipada = |Δ Em | Quanto maior for o trabalho das forças dissipativas (em valor absoluto),
maior será a diminuição de energia mecânica e maior será a energia
dissipada.

A Em varia -> ΔEm = 0


ΔEm < 0 -> há dissipação de energia e atuam forças como o atrito ou a resistência do ar
Sistemas não
ΔEm > 0 -> aumento da energia mecânica, atuam forças que têm o sentido do conservativos
movimento

Potência
A potência é a grandeza física que traduz a rapidez da transferência de energia.
Energia
P= (J)
E Intervalo de tempo
Potência Δt (s)
(W) Quando a energia é transferida através do trabalho de uma força (W):

P= Trabalho
W (J)
Δt
E=Px
Δt
A energia pode ser expressa em W s
ou kWh
 Ao aquecer
Dissipação de energia > Nem toda a energia é usada de forma útil.
Etotal = Eútil +
Edissipada Parte da energia inicial disponível que não é
Et = Eu + Ed aproveitada de forma útil.
Parte da energia inicial disponível que é aproveitada
de uma forma útil (cujo fim aquele que destina) ->
Há conservação de energia
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Rendimento
O rendimento é a razão entre energia útil e a energia total. Não tem unidades.

Eu
 η(%) = x 100 ou
Et
+ Energia dissipada / - Energia útil / < Rendimento
Em sistemas reais, o rendimento é sempre
inferior a 1 ou a 100% uma vez que há
- Energia dissipada / + Energia útil / > Rendimento
sempre energia dissipada.
Da definição de potência, podemos escrever:
E Eu
1- P =  Pu =
Δt Δt

E Ed
2- P =  Pd =
Δt Δt

Substitui-se na expressão do rendimento:


Pu
η(%) = x 100
Pt

Energia
Energia elétrica:
 Iluminação
 Comunicações
 Aquecimento
 Transportes
Distribuição da energia elétrica:
As linhas de alta tensão permitem o transporte da energia elétrica desde as centrais elétricas até aos
locais de distribuição.

Corrente elétrica
A corrente elétrica consiste no movimento orientado de partículas com carga elétrica.
Essas partículas podem ser:
 Eletrões nos metais
 Iões em soluções condutoras
 Eletrões e iões em gases ionizados

Em metais:
Eletrõe
s

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Iões da rede
metálica
Em soluções condutoras:

Ág
ua
Iõe
s

Em gases ionizados:
Iõe
s

Eletrõ
es
Diferença de potencial elétrico
Num condutor metálico os eletrões têm um movimento desordenado. Não existe nenhuma direção
preferencial para o movimento dos eletrões.
Eletrões de condução (a Condutor
verde) metálico

Se atuarem forças elétricas os eletrões têm um movimento ordenado.

Gerador de Polo positivo


tensão (+)
Polo
negativo (-) Quando se liga um condutor metálico aos terminais
A e B de um gerador, passam a atuar forças elétricas
sobre os eletrões o que os obriga a deslocar para o
polo positivo.
Condutor
metálico

Gerador de tensão – origina forças elétricas, transferindo-lhes energia, o que origina corrente elétrica.
Este fornece uma diferença de potencial (U) ao condutor que está ligado.

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Os eletrões, apesar das suas frequentes colisões com os
iões, acabam por se deslocar ao longo do condutor, num
movimento provocado/afetado por essas colisões.

Diferença de potencial nos terminais de um condutor, U:

U= Energia
E transferida
Q por unidade de
carga elétrica
Unidades do Sistema Internacional (SI):
Diferença de potencial (U) – volt (V)
Energia (E) – joule (J) Voltímetro analógico. Aparelho que mede a
diferença de potencial.
Carga elétrica (Q) – coulomb (C)
Qeletrão = -1,6 x 10-19 C
Geradores de tensão contínua (ex. pilhas)
Os geradores fornecem uma diferença de potencial praticamente constante são chamados geradores de
tensão contínua.
Originam correntes contínuas.
Eletrões movem-se no mesmo sentido.
Símbolos dos geradores num esquema de circuito:

Traço Traço
curto comprido
Polo - Polo +
Sentido da corrente elétrica
Sentido real da corrente elétrica
Os eletrões movem-se do polo negativo para o polo positivo.
O sentido em que se move os eletrões no seu movimento orientado
chama-se sentido real da corrente.

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Sentido convencional da corrente elétrica
As cargas (positivas) movem-se do polo positivo para o polo negativo.
Por convenção ainda se utiliza o sentido convencional da corrente elétrica.

Corrente elétrica
A corrente elétrica (I) é uma grandeza escalar que se define comoa carga que atravessa uma secção
reta de um condutor por unidade de tempo.

Quantos mais eletrões


atravessarem uma secção reta
de um condutor mais intensa
será a carga elétrica.

I=
Q
Δt
Unidades do Sistema Internacional (SI):
Corrente elétrica (I) – ampere (A)
Amperímetro analógico. Aparelho que mede a
Intervalo de tempo ( Δt ) – segundo (s)
corrente elétrica.
Carga elétrica (Q) – coloumb (C)
Qeletrão = -1,6 x 10-19 C

Corrente contínua e corrente alternada


Corrente contínua
 O valor da corrente contínua é constante ao longo do tempo.
 O movimento dos eletrões dá-se sempre no mesmo sentido.
 É simbolizado pela sigla CC ou DC.
 Símbolo nos aparelhos de medida:
Corrente alternada
 O valor da corrente elétrica varia periodicamente ao longo do tempo.
 O movimento dos eletrões dá-se ora num sentido, ora em sentido oposto.
 É simbolizado pela sigla CA ou AC.
 Símbolo nos aparelhos de medida:

Nota: Há aparelhos que transformam a corrente alternada em contínua e vice-versa, que são designados
transformadores.

Resistência elétrica de um condutor


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A maior ou menor dificuldade que os eletrões encontram durante o seu movimento, é medida por
uma grandeza física chamada resistência elétrica.
Eletrão de Ião
condução metálico As colisões entre os eletrões de condução e os
Condutor iões oferecem resistência ao movimento
metálico orientado de eletrões.

R=
U
I
Unidades do Sistema Internacional (SI):
R Ω (ohm)
U V (volt)
I A (ampere)
Representa-se num circuito pelos símbolos:
 Resistência constante
 Resistência variável
A resistência elétrica depende, entre vários fatores, do material do condutor. Esta grandeza
caracteriza-se resistividade.
Resistividade:
 Medida da oposição de um material ao fluxo da corrente elétrica.
 O seu símbolo é o ρ.
 A unidade SI é o ohm metro (Ω m).
Consoante o valor da sua resistividade, um material condutor pode ser classificado em:
Maus condutores:
 Quartzo
 Madeira seca
 NaCl
 Polietileno
 Poliestireno
 Borracha
 Porcelana
 Mica
 Vidro

Semicondutores:
 Silício
 Silício dopado

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 Grafite
 Germânio
Bons condutores:
 Manganina
 Constantan
 Tungsténio
 Fe
 Ag
 Cu
Metais
Muito bons condutores:
 Tungsténio Variação da resistividade com a temperatura:
 Fe A resistividade aumenta com o aumento da
 Ag temperatura.
 Cu Aplicações elétricas – fabrico de fios elétricos

Ligas metálicas
Muito bons condutores:
Variação da resistividade com a temperatura:
A resistividade varia muito pouco com a
 Manganina
temperatura.
 Constantan
Aplicações elétricas – fabrico de resistências

Semimetais
Bons condutores: Variação da resistividade com a temperatura:
A resistividade varia, mesmo quando há pequenas variações da temperatura;
 Silício diminui com o aumento da temperatura.
 Germânio
Aplicações elétricas – fabrico de termístores (sensores de temperatura)

Resistividade de um material – varia com a temperatura e, devido a isso, a resistência do respetivo


condutor também varia com a temperatura.
Resistência elétrica de um condutor – depende da resistividade do material e da sua geometria.
Comprimento do
condutor, l

Área da secção
reta, A
Resistência de um condutor em forma de fio
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R=ρ
l
A
Unidades do Sistema Internacional (SI):
R Ω
ρ Ωm
l m
A m2
 A resistência é diretamente proporcional ao comprimento (para uma certa área de secção reta).
 A resistência é inversamente proporcional à área de secção da reta (para um determinado
comprimento).
 A constante de proporcionalidade é a resistividade do material.
Conclusão:
 Fios do mesmo material e com a mesma espessura: tem maior resistência o fio com o maior
comprimento.

R=ρ
l
A
 Fios do mesmo material e com o mesmo comprimento: tem maior resistência o fio de menor
espessura.

R=ρ
l
A
 Fios de diferentes materiais com o mesmo comprimento e espessura: tem maior resistência o fio
do material com maior resistividade.

R=ρ
l
A
Lei de ohm
A tensão elétrica entre os terminais de uma resistência é diretamente proporcional à corrente
elétrica que o atravessa.
U=R
I

Unidades do Sistema Internacional (SI):


U (tensão elétrica) V (volt)
R (resistência elétrica) Ω (ohm)
I (corrente elétrica) A (ampere)

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Exemplo

U/

R = constante Condutor
Declive = R=
U
U= I
I/A

U/

R=
U
Declive = R I
(varia)
I/A

I/A

I=
U
R

U/

Efeito Joule
Aquecimento dos condutores elétricos devido à sua resistência.
Ião Os eletrões de condução sofrem inúmeras colisões
Eletrão de metálico com os iões, o que permite a transferência de energia
condução para eles.
O aumento das vibrações dos iões conduz ao aumento
da temperatura do condutor.
Os eletrões movem-se do polo positivo para o polo
Cerne do átomo – núcleo e os eletrões mais próximos do núcleo.
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Energia transferida para um componente de um circuito elétrico

A energia transferida, E, do gerador para os


recetores do circuito.

A energia transferida de um gerador para o circuito é dada pela expressão:

E=UI
Δt
Unidades do Sistema Internacional (SI):
E (energia transferida) Joule (J)
U (diferença de potencial elétrico nos terminais de um componente) volt (V)
I (corrente elétrica que passa num componente) ampere (A)
Δt (intervalo de tempo) segundo (s)
A energia fornecida por unidade de tempo é a respetiva potência elétrica:
Mede a rapidez com que a energia é transferida.

P=
UI
Unidades do Sistema Internacional (SI):
P (potência transferida) watt (W)
U (diferença de potencial elétrico nos terminais de um componente) volt (V)
I (corrente elétrica que passa num componente) ampere (A)

Condutores puramente resistivos


Têm por finalidade exclusiva o aquecimento.
Como por exemplo: torradeiras, aquecedor, ...

Proteção de circuitos elétricos


Há dispositivos que protegem os circuitos elétricos através do Efeito Joule.
Fusível – fio condutor, com baixo ponto de fusão, intercalado num circuito elétrico. Se por ventura a
corrente aumentar bruscamente, o fusível funde o que protege o circuito elétrico.

Transformar energia elétrica


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Há recetores que têm como principal função transformar energia elétrica em, por exemplo, energia
química ou mecânica. O efeito Joule está sempre presente, mas neste caso é desvantajoso.

Energia dissipada
A energia que o componente transfere, através do calor, para a vizinhança chama-se energia
dissipada.
A partir da expressão: E = U I Δt – Energia
transferida

Substitui-se o U: U = R I

Obtém-se: E = R I2 Δt – Energia dissipada

Unidades do Sistema Internacional (SI):


E (energia dissipada) joule (J)
R (resistência elétrica do componente) ohm (Ω)
I (corrente elétrica que passa num componente) ampere (A)
Δt (intervalo de tempo) segundo (s)

Potência dissipada

A partir da expressão: P = U I – Potência


do recetor
Substitui-se
Unidades o U: U =Internacional
do Sistema RI (SI):
PObtém-se: P = R I2 – Potência
(potência dissipada) dissipada
watt (W)
R (resistência elétrica do componente) ohm (Ω)
I (corrente elétrica que passa num componente) ampere (A)

Energia dissipada e eficiência energética

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LED
Díodo emissor de luz.
As lâmpadas LED emitem luz monocromática.
Vantagens:
 Elevada eficiência energética.
 Maior tempo de vida útil (mais económico).
 Ecológico.

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