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BACHARELADO EM FARMÁCIA
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
AISLANE SILVA DOS SANTOS
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2021
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com
os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
48 f.
CDD 633.88
AISLANE SILVA DOS SANTOS
Aprovado em 11/01/2021
BANCA DE APRESENTAÇÃO
_________________________________
Prof.ᵃ M.ª Larissa de Mattos Oliveira
Faculdade Maria Milza– FAMAM
_________________________________
Prof.ᵃ M.ª Deyse Brito Barbosa
Faculdade Maria Milza– FAMAM
________________________________
Prof.ᵃ Dr.ª Vania Jesus dos Santos de Oliveira
Faculdade Maria Milza– FAMAM
GOVERNADOR MANGABEIRA- BA
2021
Dedico este trabalho a minha
filha Alice, minha cor, minha
flor, minha cara.
AGRADECIMENTOS
Belchior
RESUMO
A ayahuasca é uma bebida enteógena, cujo preparo é feito através da infusão do cipó
da Banisteriopsis caapi e das folhas da Psychotria viridis, no princípio ativo da
Banisteriopsis caapi contém os alcaloides harmina, tetra-hidro-harmina e harmalina e
na Psychotria viridis contém N, N-dimetiltriptamina (DMT). Na Amazônia é usado
tradicionalmente para fins rituais e terapêutico, no decorrer dos anos, o uso do chá da
ayahuasca tem ganhando popularidade e se expandido além da cultura indígena,
sendo utilizado em movimentos sincréticos religiosos e fins recreativos. Devido ao
aumento da quantidade de pessoas que fazem uso do chá da ayahuasca e a
diversidade na composição química do chá, acredita-se que existam interações de
significância, devido à inibição da monoaminoxidase (MAO) presentes em grandes
quantidades no chá da ayahuasca, apresentando um risco maior de interações
medicamentosas e alimentares comparada com outras plantas medicinais. O uso de
plantas medicinais concomitantes tratamentos medicamentosos devem ter uma
atenção mais crítica voltada para os efeitos adversos e problemas que oferecem ao
organismo. Por esse motivo é importante o conhecimento sobre o efeito farmacológico
do chá da ayahuasca e quais tipos de medicamentosos consumidores fazem uso, para
que sejam evitados ou minimizados os efeitos adversos. Este estudo teve como
objetivo, investigar na literatura atual, através de uma revisão integrativa, as possíveis
interações entre medicamentos e os compostos presentes no chá da ayahuasca. Foi
realizada uma revisão integrativa, a partir da pergunta “Quais as possíveis interações
entre medicamentos utilizados pela população e os compostos presentes no chá da
ayahuasca?”, foi utilizado a base de dados Pubmed, Scielo, LILACS, Embase, Google
Scholar, Science Direct, e as palavras-chave Ayahuasca, Banisteriopsis caapi,
Psychotria viridis, drug interactions, pharmacology, side effects. Os estudos
mostraram que, com a crescente populariedade da ayahuasca, é necessário
estabelecer parâmetros claros para eficácia e seguraça, e investigar os riscos de
interações entre medicamentos e os alcaloides presentes no chá e medicamentos. A
partir dos estudos analisados, observou-se que as interações com o chá da
ayahuasca são mal compreendidas, mas se sabe que o consumo do chá deve ser
evitado em associação com medicamentos com potencial serotoninérgico.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 15
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 30
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 43
15
1. INTRODUÇÃO
alguns movimentos sincréticos religiosos (LABETE et al., 2002). Dentre esses grupos
religiosos que atuam no Brasil, destacam-se: o Santo Daime, a União do Vegetal
(UDV) e a Barquinha.
O chá da Ayahuasca é uma bebida composta pela associação de duas plantas
primordiais: o cipó Banisteriopsis caapi e as folhas do arbusto Psycotria viridis.
Existem variações nos princípios ativos de ambas: Banisteriopsis caapi que contém
os alcaloides harmina, tetra-hidro-harmina (THH) e em menor quantidade a harmalina.
Já Psycotria. viridis, contém N, N-dimetiltriptamina (DMT), sustância que pertence ao
grupo das triptaminas, que promove a recaptação de serotonina (GUIMARÃES, 2007).
O efeito alucinógeno do chá é promovido pela ação somatória do DMT com as
demais substâncias cujo efeito é bloquear a ação da enzima monoaminoxidase
(MAO), causando mudanças emocionais e cognitivas. Assim, indivíduos que fazem
uso do chá podem vivenciar a ação alucinógena denominada como "miração"
(manifestação específica a cada indivíduo), definida por visões de animais, "seres da
floresta", demônios, divindades, sensação de voar, alteração do corpo pelo de outro
ser (homem ou animal), de acordo com a experiência individual (CAZANAVE, 2000).
Devido a uma crescente expansão no consumo do chá da ayahuasca, a
ingestão da bebida vem ganhando espaço na sociedade brasileira para diversos usos
(COSTA; FIGUEREDO; CAZANAVE, 2005). O Brasil é o único país em que o uso da
ayahuasca é liberado para fins religiosos. O Uso da bebida foi concebida em 2004
pelo Conselho Nacional Anti-drogas (BARKER et al., 2001; MCKENNA, 2004).
Embora vários países da América do Sul tenham como tradição o consumo do
chá por xamã e vegetalistas, somente no Brasil o consumo se desenvolveu através
de religiões de populações não indígenas. Devido ao aumento da quantidade de
pessoas que fazem uso do chá da Ayahuasca e à diversidade da composição química
do chá, acredita-se que existam interações de significância, devido à inibição da MAO
pelas beta-carbonilas harmina, tetra-hidro-harmina (THH) e harmalina presentes em
grandes quantidades no chá, apresentando um risco maior de interações
medicamentosas e alimentares comparada com outras plantas medicinais
(GUIMARÃES, 2007).
Outro efeito colateral do uso do chá da ayahuasca é a inibição da enzima
monoaminoxidase (MAO), cuja atividade é essencial na degradação de monoaminas
17
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
1
Termo usado para se referir a uma prática de Xamanismo que utiliza a medicina popular de
civilizações rurais do Peru e da Colômbia, que mantém tradições antigas sobre plantas, absorvidos
das tribos indígenas e influências do esoterismo, conjunto de tradições e interpretações filosóficas
das doutrinas e religiões, que busca transmitir informações sobre determinados assuntos de tradições
antigas sobre plantas, de uma forma em que seus princípios e conhecimentos não sejam divulgados,
sendo restrito aos seus adeptos.
19
ligados a pajelança, em que o pajé indígena tem como objetivo específico à cura
através da magia. Os índios conheciam a ayahuasca como nixi pae e kawa, que para
nós é o cipó e a folha. A compreensão na cultura indígena sobre a farmacognosia da
ayahuasca foi alcançada através de um ser encantado: Yube (a “jiboia branca”) que
invocava nos rituais, que era altamente respeitada e considerada um ser divino pelos
Kaxinawá aprendendo todos os ensinamentos do canto, do mantra, que a chamava
de “miração da jiboia encantada” quando bebia o chá (OLIVEIRA, 2018).
No Brasil, após o início do ciclo da borracha, em 1930, a ayahuasca começou
a ser utilizada em um contexto diferente daquele usado nas tribos indígenas ligadas
ao xamanismo. Isso porque aconteceu um período de urbanização da região norte
que permitiu a interação entre seringueiros e indígenas de tribos xamânicas
(ALBUQUERQUE, 2011). Em Rio Branco, capital do Acre, Raimundo Irineu Serra, ex-
seringueiro conhecido como “curador”, experimentou a bebida oferecida por pessoas
que tiveram contato com costumes indígenas, após o consumo do chá passou a ter
visões que mudaram seu comportamento e qualidade de vida (OLIVEIRA; AMARAL,
2016). Mais tarde, essa prática deu origem ao Santo Daime, cuja origem da palavra
vem do verbo “dar” junto com o pronome “me”, significando “dai-me força”, “dai-me
luz”, e resultando na criação de religiões que utilizava a bebida em rituais ligados a
catolicismo, espiritismo, tradições afro-brasileiras e esoterismo (LABATE; GOULART,
2005).
As três principais vertentes (Santo Daime, UDV e Barquinha) têm em comum o
fato de pertencerem a uma mesma tradição de religiosidade não indígena de consumo
da ayahuasca no Brasil. Iguala-se em relação ao preparo do chá, à cerimônia e às
regras para a participação dos membros nos rituais. Todavia, cada uma delas possui
diferenças de contexto religioso e social significativas entre si, o que veio a originar
discussões em relação aos grupos originais (REHEN, 2013).
Os inúmeros grupos religiosos que se iniciaram têm influência de religiões
africanas, catolicismo e espiritismo, ligado ao conhecimento botânico de pajés e de
tribos indígenas formando o sincretismo religioso (LABATE; ARAUJO, 2004).
O Santo Daime preserva o catolicismo popular, originário do caráter sagrado
da festa e danças, suas divindades são Deus, Jesus e Virgem Maria, santos católicos
e entidades afro-brasileiras. O núcleo canta coletivamente seus hinos e dançam
21
O DMT é uma substância presente em diversas partes das plantas, nas raízes,
caules e folhas, presente em tecidos de mamíferos, animais marinhos e anfíbios, é
conhecido como a “molécula do espirito” devido à intensa experiência psicodélica
gerada pela sua ação. É um neurotransmissor endógeno, encontrado em humanos e
está presente no fluido cérebro-espinhal, sangue e urina. O DMT é considerado um
agonista dos receptores de serotonina, ou seja, uma substância que apresenta
afinidade pelos receptores serotoninérgicos, especialmente 5HT-2A, receptores que
estão envolvidos em diferentes funções como no sono, humor, regulação da
temperatura, assimilação à dor, regulação da pressão arterial e tem a capacidade de
estimular a atividade fisiológica nos receptores celulares, simulando o efeito desse
neurotransmissor (SMITH et al., 1998; KATZUNG, 1998; STRASSMAN, 2001).
23
3. METODOLOGIA
3.1TIPO DE PESQUISA
dados foram consultadas também como Google Scholar e Science Direct para a
adição manual de estudos não identificados nas buscas nas bases selecionadas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
resumo:
21
Estudos incluídos:
Incluídos
7
33
Ruffell et al. N. A Foi realizada uma busca nos N. A Esta revisão demostra Revisão sistemática
(2020) bancos de dados PubMed, claramente que a pesquisa
PsycINFO e Web of Science até publicada é insuficiente para
setembro de 2019 para os determinar as potencias
seguintes termos: (ayahuasca OU interações sinérgicas entre os
DMT OU dimetiltriptamina) E (B- compostos conhecidos da
carbonila OU constituentes OU ayahuasca
quimica OU harmina OU harmalina
OU alcalóides harmala OU
tetrahidroarmina OU hrmalol OU
IMAO inibidor da
monoaminaoxidase OU
farmacologia OU farmacocinética
OU farmacodinâmica OU
psicofarmacologia OU sinergia)
Durante et 614 integrantes da UDV Foi desenvolvido um questionário N. A Os dados mostram efeitos Estudo transversal
al. (2020) sobre uso e IMAOs e psicodélicos, adversos mais frequentes entre
alucinógenos em um contexto os 614 participantes foram efeitos
religioso. O questionário foi gastrointestinais transitórios
elaborado para reunir dados (náuseas e vômitos). Cinquenta
sociodemográficos básicos e participantes relataram um
diagnóstico psiquiátrico
decrever aspectos relevantes do
(depressão e ansiedade foram os
uso da ayahuasca , especiamente
mais prevalentes), e esses
a segurança geral dos IMAOs, participantes experimentaram
caracteristicas sugestivas de um efeitos adversos com mais
risco aumentado de reações grave frequência. O uso de
e efeitos adversos comuns a medicamentos psiquiátricos foi
toxidade serotoninérgica. As relatado por 31 participantes.
questões foram elaboradas para Nenhuma indicação de aumento
explorar a frequencia de uso da de efeito adversos devido a
ayahuasca e uso de interações medicamentosas foi
medicamentos (principalmente encontrada
psiquiátricos e efeito adversos )
35
Pires et al. Camundongos Swiss Camundongos foram pré-tratados N. A O estudo mostra que o liofilizado Estudos in vivo
(2018) machos, de 3-4 meses de com ayahuasca e, em seguida da ayahuasca modificou efeitos
idade, pesando 30-50 g. tratados com morfina ou propofol analgésicos da morfina em
para verificar uma possivél comundongos. Além disso, o
interação farmácologica entre efeito relaxante muscular do
esses agentes propofol foi prolongado,
enquanto seu efeito sedativo
parecia reduzido.
Esses dados sugerem que os
anestesistas devem tomar alguns
cuidados ao usar morfina ou
propofol em seguidores de cultos
do chá da ayahuasca submetidos
a procedimentos cirúgicos. Mais
estudos são necessários para
investigar melhor interações
entre ayahuasca e
morfina/propofol, e estudos
farmacocinéticos são sugeridos
para abordar essa questão
36
Callaway. et 1 voluntário Administração de 100 ml do chá da N. A O voluntário uma hora depois de Estudo de caso
al. (1998) ayahuasca concomitante ao uso ingerir aproximadamente 100 ml
de fluoxetina de 20 mg do chá da ayahuasca, começou a
sentir tremores, suores, calafrios
e confusão. Rapidamente seus
sintomas se intensicaram nas 3
horas seguintes, além de estar
desorientado, relatou profundo
desespero e angústia. Após 4
horas de ingestão se tornou
assintomático, não havia
sequelas adversas
aparentemente
Brierley et N. A Foi realizada uma busca na N. A Esta revisão se concentrou em Revisão de literatura
al. (2012) literatura em pesquisas recentes harmine, um dos compostos
sobre harmine, um dos principais presente no chá, pois tem uma
compostos ativos no chá da diversidade e intrigante sobre o
ayahuasca onde tem sido o perfil farmacológico que poderia
assunto da maioria das mediar a terapêutica
investigações médicas efeitos na dependência de
drogas e outras condições do
SNC. A harmine é um composto
que pode provocar um
gama de efeitos além da inibição
periférica de MAO
37
Dos santos 1 voluntário Foi administrado dose de N. A Considerando que o receptor 5- Estudos in vivo
et al. (2018) ayahuasca 1 mL /kg por via oral HT2A e o endocanabinoides são
co-expressos nas regiões do
cérebro e está associado aos
receptores de serotonina, é
plausível especular que a
interação entre esses sistemas
pode estar relacionada ao
antidepressivo e ansiolítico
presente nos compostos da
ayahuasca
38
5. CONCLUSÃO
Com base nos 7 estudos selecionados, pode-se observar que a ayahuasca tem o
mecanismo farmacológico complexo e que, com a crescente popularidade do
consumo do chá ayahuasca, é necessário investigar os riscos de interações
medicamentosas. As interações medicamentosas com a ayahuasca são poucas
compreendidas, mas a literatura atual deixa claro que o consumo da bebida deve ser
evitado em associação a medicamentos com potencial serotoninérgico devido à
inibição da MAO para evitar crises serotoninérgicas. Como a temática é pouco
discutida no meio científico e há uma escassez de estudos que associem o uso da
ayahuasca com medicamentos amplamente utilizados pela população, são
necessárias mais pesquisas com propósito de investigar as potenciais interações
entre esses medicamentos e os alcaloides presentes no chá da ayahuasca.
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