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FACULDADE MARIA MILZA

BACHAREÇADO EM NUTRIÇÃO

LARISSA SANTOS CRUZ

SARCOPENIA EM IDOSOS: INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO E FATORES

ASSOCIADOS

GOVERNADOR MANGABEIRA- BA

2021
LARISSA SANTOS CRUZ

SARCOPENIA EM IDOSOS: INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO E FATORES

ASSOCIADOS

Monografia apresentada ao curso


Bacharelado em Nutrição da Faculdade
Maria Milza – FAMAM, como requisito
parcial para o título de graduada.

Orientadora: Profª MSc Wanessa Karine da Silva Lima

GOVERNADOR MANGABEIRA- BA

2021
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com
os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-
5/1824

Cruz, Larissa Santos


C957s
Sarcopenia em idosos: influência da alimentação e fatores
associados / Larissa Santos Cruz. - Governador Mangabeira - BA , 2021.

54 f.

Orientadora: Wanessa Karine da Silva Lima.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) -


Faculdade Maria Milza, 2021 .

1. Sarcopenia. 2. Saúde do Idoso. 3. Envelhecimento - Alimentação.


I. Lima, Wanessa Karine da Silva, II. Título.

CDD 618.97
LARISSA SANTOS CRUZ

SARCOPENIA EM IDOSOS: INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO E FATORES

ASSOCIADOS

Aprovado em 12/01/2021

BANCA DE APRESENTAÇÃO

___________________________________________
Profª MSc Wanessa Karine da Silva Lima
Orientadora/FAMAM

___________________________________________
Profª MSc Alessandra Santana Silva
Membro interno/FAMAM

___________________________________________
MSc Juciene de Jesus Barreto da Silva
Membro externo

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
“Nada temas, porque estou contigo,
não lances olhares desesperados, pois eu
sou o teu Deus, eu te fortaleço e venho em
teu socorro, eu te amparo com minha
destra vitoriosa”.
Isaías 41, 10
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por ter guiado e iluminado a minha mente na direção
certa, me fortalecendo em todos os momentos de angustia e aflição.
Gratidão pela minha família que sempre se preocupou com meus estudos, vocês
foram essenciais para o meu crescimento e amadurecimento. Amo vocês.
Ao meu pai, Ademar, que nunca mediu esforços para que eu tivesse uma educação
de qualidade e nunca deixou faltar nada financeiramente para concluir meus estudos.
A minha mãe Marizete e minhas tias Marli e Marinalva, que sempre me apoiaram e
por todas orações que realizaram para esse trabalho fosse aprovado e executado com
sucesso.
Ao meu avô, José, que uma certa vez me disse uma frase que nunca irei esquecer
“Jesus te dê força, coragem e resistência” e com essas palavras eu me tornei incapaz
de desistir.
Ao meu irmão, Ademar Filho, por todo apoio, paciência, brincadeiras e capacidade de
me descontrair em momentos de incertezas.
Ao meu namorado, Victor, por ter permanecido nos momentos mais difíceis e por todo
apoio.
A minha amiga, Raissa, que sempre me motivou a correr atrás da minha melhor
versão e sempre se mostrou disposta a tirar minhas dúvidas.
Ao meu melhor amigo, Robert, por sempre acreditar na minha capacidade e por todas
palavras de motivação.
A minha orientadora, MSc Wanessa, que sempre me orientou corretamente e
compartilhou seu conhecimento para que esse trabalho fosse elaborado com sucesso.
E a todos professores do curso de Nutrição da FAMAM, que contribuíram para a
formação de todo conhecimento que permanece em mim.
Ao meu grupinho, “As abençoadas”, essas meninas foram essenciais alegrando os
meus dias. Em especial a Flávia, Quênia, Lorenna que foram indispensáveis para
minha vitória me motivando e ajudando nas minhas dificuldades. Obrigada por tudo.
E por fim, a mim, que enfrentei obstáculos e desafios, por ter aguentado todas crises
de ansiedade, por não desistir do meu sonho mesmo parecendo impossível as vezes,
por ter cuidado da minha saúde mental da melhor forma possível.
RESUMO

Durante o envelhecimento ocorrem inúmeras mudanças no corpo humano, o que


ocasiona alterações no estado nutricional do idoso. Considerado um processo natural,
o envelhecimento, provoca a perda estrutural e funcional do organismo o que pode
agravar o processo de sarcopenia, que se caracteriza pela perda gradual da massa
esquelética e função muscular, e está associada ao aumento de quedas, fraturas,
incapacidade física e até mesmo a mortalidade. Assim a pesquisa teve como objetivo
geral: verificar a influência da alimentação e fatores associados ao processo de
sarcopenia em idosos. Como objetivos específicos: caracterizar
socioeconomicamente os idosos; avaliar o estado nutricional; averiguar o uso
excessivo de medicamentos; realizar inquérito alimentar; identificar a prevalência de
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s); verificar a prática de exercícios
físicos. Diante da amplitude do tema, foi desenvolvido um estudo transversal,
descritivo com abordagem quantitativa em uma Unidade de Saúde da Família de um
município do Recôncavo da Bahia e teve como participantes do estudo, idosos. Os
dados foram coletados por meio de um formulário e avaliação antropométrica, e foram
apresentados em tabelas com os resultados obtidos. Foram entrevistados 30 idosos,
sendo 17 mulheres e 13 homens, onde observou-se que a população apresenta risco
para a prevalência da sarcopenia, a inatividade física é um dos principais fatores que
podem acarretar doenças nos idosos, a prevalência de DCNT´s, principalmente da
HAS e o aumento do uso de medicamentos. Referente a alimentação, foi possível
observar a deficiência de calorias e nutrientes podendo acarretar alguns problemas
de saúde. Desta maneira, é importante ressaltar a importância de mais estudos para
averiguar a influência da alimentação e os fatores associados a sarcopenia,
proporcionando um conhecimento maior para promoção da saúde dos idosos, levando
em consideração o aumento dessa população.

Palavras-chave: Envelhecimento. Depleção muscular. Terceira idade.


ABSTRACT

During aging there are numerous changes in the human body, which causes changes
in the nutritional status of the elderly. Considered a natural process, aging causes the
structural and functional loss of the organism which can aggravate the process of
sarcopenia, which is characterized by the gradual loss of skeletal mass and muscle
function, and is associated with increased falls, fractures, physical disability and even
mortality. Thus, the general objective of this research was to verify the influence of
food and factors associated with the sarcopenia process in the elderly. Specific
objectives: to characterize the elderly socioeconomically; assess nutritional status;
check for excessive use of medicines; conduct food survey; identify the prevalence of
Chronic Noncommunicable Diseases (NCDs); check the practice of physical exercises.
Given the breadth of the theme, a descriptive cross-sectional study was developed
with a quantitative approach in a Family Health Unit of a municipality in the Recôncavo
of Bahia and had as study participants the elderly. Data were collected through an
anthropometric form and evaluation, and were presented in tables with the results
obtained. Thirty elderly were interviewed, 17 women and 13 men, where it was
observed that the population is at risk for the prevalence of sarcopenia, physical
inactivity is one of the main factors that can cause diseases in the elderly, the
prevalence of NCDs, especially SAH and increased use of medications. Regarding
food, it was possible to observe the deficiency of calories and nutrients and may cause
some health problems. Thus, it is important to highlight the importance of further
studies to investigate the influence of food and the factors associated with sarcopenia,
providing greater knowledge for promoting the health of the elderly, taking into account
the increase in this population.

Keywords: Aging. Muscle depletion. Third Age


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Renda mensal dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da Família e


Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020............................29

Figura 2. Uso de medicamento dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020............30

Figura 3. Prática de exercício físico dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.............31

Figura 4. Prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis dos idosos


entrevistados na Unidade de Saúde da Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais
de Cruz das Almas-BA, 2020......................................................................................32

Figura 5. Frequência de alimentos consumidos por dia dos idosos entrevistados na


Unidade de Saúde da Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das
Almas, 2020. ..............................................................................................................36
LISTA DE TABELAS

Tabela1. Perfil sociodemográfico dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020..........28

Tabela 2. Prática alimentar dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da Família


e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.......................34

Tabela 3. Dados antropométricos dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020............37
LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Classificação do estado nutricional de idosos...........................................26


LISTA DE ABREVIATURAS

ABVD - Atividades Básicas da Vida Diária


AIVD - Atividades Instrumentais da Vida Diária
CP- Circunferência da panturrilha
DCNT’s - Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DM -Diabetes Mellitus
DRI – Ingestão Dietética de Referência
EN - Estado nutricional
ESPEN- Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo
EWSGSOP- Europeu Working Group on Sarcopenia in Older People
FNIH - Foudation for the National Institutes of Health
GH- Hormônio do crescimento
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
IMC – Índice de Massa Corporal
IWGS – Internacional Working GROUP on Sarcopenia
MS - Ministério da Saúde
ONU - Organização das Nações Unidas
OMS - Organização Mundial da Saúde
PNI - Política Nacional do Idoso
RDA – Recommended Dietary Allowonce
TFG - Taxa de filtração glomerular
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 13


2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ............................................................ 13
2.2 SARCOPENIA EM IDOSOS ........................................................................... 15
2.3 ALIMENTAÇÃO NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ........................... 17
2.3.1 Alimentação e Sarcopenia ..................................................................... 20
2.4 FATORES ASSOCIADOS .............................................................................. 21

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 22
3.1 TIPO DE ESTUDO .......................................................................................... 22
3.2 LOCAL DO ESTUDO ...................................................................................... 22
3.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO ..................................................................... 23
3.3.1 Critério de inclusão ................................................................................ 23
3.3.2 Critério de exclusão ............................................................................... 23
3.4 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 23
3.5 ANÁLISE DE DADOS ..................................................................................... 24
3.6 ASPECTOS ÉTICOS ...................................................................................... 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 37

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 38

APÊNDICE .............................................................................................................. 45

ANEXO A ................................................................................................................ 47
ANEXO B ................................................................................................................ 48
ANEXO C ................................................................................................................ 52
11

1 INTRODUÇÃO

Durante o processo de envelhecimento ocorrem mudanças no organismo,


levando a alterações no estado nutricional (EN) do idoso. A má alimentação é
prejudicial e afeta a qualidade de vida, o excesso calórico pode acometer obesidade
e a deficiência de calorias e nutrientes pode causar desnutrição proteica-calórica e
irregularidade de vitaminas e minerais. Esse grupo é mais propício a estado de
desnutrição e deficiências específicas de nutrientes devido as alterações fisiológicas,
como mudanças na microbiota intestinal, diminuição do metabolismo basal,
remanejamento da massa corporal, contrariedade nas papilas gustativas, e diminuição
da sensibilidade a sede alterando dessa forma o estado nutricional (FREITAS et al.,
2015).
Dentre as alterações apresentadas nos idosos a sarcopenia é uma das mais
comuns. É caracterizada pela perda gradual da massa muscular esquelética e função
muscular, ocasionando diminuição da capacidade funcional do idoso e óbitos
(MACHADO et al., 2017). Existem múltiplos mecanismos que estão associados a
evolução da sarcopenia, tais como: alterações na síntese proteica, inflamações,
alterações hormonais e anormalidades metabólicas e nutricionais. Fatores de risco,
como sexo, idade, qualidade de vida, doenças e fatores genéticos, podem influenciar
o surgimento da sarcopenia (DIZ et al., 2015).
Com o desenvolver dos anos os idosos sofrem alterações na capacidade
funcional, tornando o corpo mais frágil e pode ser submetido a problemas de saúde.
A sarcopenia pode ser considerada um problema de saúde pública devido a
implicações sociais, como por exemplo, solidão e necessidade de cuidado
(CONFORIN et at., 2018).
Por ser um processo natural e irremediável o envelhecimento provoca perda
estrutural e funcional do organismo e lentidão no tempo de reação, fatores que podem
agravar o processo de sarcopenia. Com isso aumentam o risco de perda da autonomia
e riscos de quedas frequentes. Dessa forma, é importante a prática de atividade física
para pelo menos duas vezes na semana ou mais para diminuir o risco de doenças
(ENGERS et al., 2016).
Para manutenção da saúde e do bem-estar é fundamental que a nutrição esteja
presente na vida dos idosos, proporcionando uma melhor qualidade de vida. É
12

necessária uma alimentação adequada em calorias, proteínas, micronutrientes e


ingestão hídrica para manter o envelhecimento saudável. As recomendações são
individualizadas, com o intuito de atender especificamente as necessidades
nutricionais de cada indivíduo e assegurando hábitos saudáveis (VOLKERT et al.,
2018).
Diante dessas perspectivas, o questionamento é o seguinte: Quais os fatores
estão associados com a sarcopenia?
Dessa maneira, o presente estudo teve como objetivo geral verificar a influência
da alimentação e fatores associados ao processo de sarcopenia em idosos. E possui
como objetivos específicos: caracterizar socioeconomicamente os idosos; avaliar o
estado nutricional; averiguar o uso excessivo de medicamentos; realizar inquérito
alimentar; identificar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis; verificar
a prática de exercícios físicos.
Uma alimentação saudável é rica em vitaminas e sais minerais que são
essenciais para o bom funcionamento do corpo, dessa forma, uma alimentação
inadequada, deficiente em nutrientes podem agravar o processo de sarcopenia nos
idosos juntamente com uso excessivo de medicamentos, doenças crônicas não
transmissíveis, inatividade física e má qualidade de vida. Justifica-se, nesse sentido,
contribuir com o aprofundamento do conhecimento para profissionais da área de
saúde, principalmente a importância do nutricionista em compartilhar o conhecimento
sobre uma alimentação saudável, rica em nutrientes para que o idoso tenha uma vida
com mais saúde e disposição. O estudo tem a finalidade de colaborar com o
entendimento de fatores que estão associados ao processo de sarcopenia, com o
intuito de prevenir os danos e contribuir para uma melhoria na qualidade de vida dos
idosos.
13

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo está no


momento de transição do processo demográfico exclusivo e irreversível que resultará
em mais idosos em todos os lugares. Considerando pessoas idosas com 60 anos ou
mais, a projeção é que em 2030 o número de idosos seja de 1,4 bilhões e em 2050
de 2,1 bilhões no mundo (ONU, 2016).
Com o decorrer dos anos, o Brasil vai deixando de ser um país jovem, resultado
da queda na taxa de mortalidade quanto na natalidade, provocando modificações na
estrutura etária da população (MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016). Estima-se que
13% da população brasileira corresponde a pessoas com 60 anos ou mais e esse
índice chegará a 29,3% em 2050. A população idosa é liderada pelas mulheres,
ocupando mais da metade da população, apesar de estudos demonstrarem que as
mulheres vivem mais, são os homens que apresentam melhor qualidade de vida
(SOUZA et al., 2018).
O envelhecimento atinge todos os indivíduos, cada indivíduo reage de uma
maneira podendo ser gradativos para uns e rápido para outros, podendo ser listado
como diminuição da capacidade diária, período de vulnerabilidade, dependência de
familiares e outros até julgam como uma fase de sabedoria, descanso e serenidade
(FECHINE; TROMPIERE, 2012).
Outro fator que contribui para o processo de transição demográfica no Brasil
são os avanços na perspectiva de vida e melhores condições no sistema de saúde
(MENESES et al., 2013). Isso porque o envelhecimento da população requer atenção
do sistema de saúde e da previdência social, por ser um processo que pode acometer
diversos problemas de saúde aos idosos. Mas isso não justifica que envelhecimento
tem o significa especifico de adoecer, a não ser que esteja associado a uma doença
existente, é interligado ao bom nível de saúde. É de fundamental importância o
investimento adequado na saúde em serviços públicos ou privados e tecnologia para
proporcionar a população idosa uma melhor qualidade de vida nessa fase (MIRANDA;
MENDES; SILVA, 2016).
Descrito como um processo ativo e gradual, o envelhecimento é caracterizado
por diversas mudanças, tais como, alterações funcionais e bioquímicas, morfológicas
e psicológicas. Essas modificações são responsáveis pela perda da capacidade dos
14

idosos tornando mais vulnerável a futuras patologias, que podem levar o indivíduo a
óbito. Nesse processo de envelhecimento, o indivíduo perde a habilidade ou tem
dificuldade de realizar algumas atividades da vida cotidiana (FERREIRA et al., 2012).
O processo de envelhecimento é categorizado de algumas maneiras, tais
como: envelhecimento bem-sucedido, envelhecimento saudável e envelhecimento
ativo. O envelhecimento bem-sucedido é caracterizado pela qualidade de vida ativa,
relações sociais, conservação da capacidade funcional e ausência de doenças. Já o
envelhecimento saudável é caracterizado para capacidade de adaptação as
mudanças que são naturais do envelhecimento, mantendo seu bem-estar mental,
físico e social o que proporciona uma estabilidade para a velhice. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), no final de 1990 acolheu o termo “envelhecimento ativo”
caracterizando o processo que busca obter melhores oportunidades de saúde,
participação e segurança para uma melhor qualidade de vida com o passar do
envelhecimento, tornando desta maneira o termo “ativo” não somente para
capacidade funcional dos idosos mais também para interesses políticos e questões
associadas à vida social (VALER et al., 2015).
Nesta idade, alguns empecilhos para uma vida alimentar saudável, encontra-
se atribuídos a vários fatores: condições sociais, incapacidade funcional, condições
financeiras, redução da sensibilidade das papilas gustativas, diminuição da função
olfativa e visual e alterações na digestão e absorção de nutrientes (BERNTEIN;
MUNOZ, 2012).
Encarado como uma preocupação pelo indivíduo com o passar do tempo, o
envelhecimento é rejeitado pela sociedade, pois não se conformam com esse
fenômeno inevitável. Os idosos despertam sentimentos negativos e as consequências
por ter exigido muito do seu corpo ao longo da vida começam a surgir, modificando o
corpo e a saúde (SOUZA et al., 2018).
O envelhecimento está interligado com alterações de hormônios e na
sensibilidade, principalmente no que diz respeito ao hormônio de crescimento (GH),
insulina, estrógenos andrógenos e corticosteroides. Esses hormônios influenciam o
estado anabólico e catabólico para o metabolismo ideal proteínas musculares. O
declínio do GH está associado a mudanças corporais (aumento na gordura visceral,
diminuição da massa magra e da densidade mineral óssea). Associado com baixos
níveis de testosterona o envelhecimento promove diminuição na força muscular e
enfraquecimento dos ossos, levando a fraturas (WALRAND et al., 2011).
15

Para uma vida com independência e autonomia é necessário que o idoso tenha
uma capacidade funcional, podendo ter a capacidade de produzir Atividades Básicas
da Vida Diária (ABVD), alimentar-se, banhar-se, ir ao banheiro sem ajuda de terceiros,
controlar as eliminações fecais e urinárias e Atividades Instrumentais da Vida Diária
(AIVD), preparar as refeições, limpara e arrumar a casa, fazer compras, controlar
remédio e finanças. O idoso que consegue realizar as ABVD, significa que algo
essencial para sua sobrevivência, pois pode manter seus afazeres domésticos e
cuidar da sua própria vida (FERREIRA et al., 2012).
A promoção da saúde do idoso precisa ser focada em um bom estado físico,
mental e social, além da prevenção de doenças e incapacidades, para isso a Política
Nacional do Idoso (PNI) tem como os objetivos: promover o envelhecimento saudável,
manter e melhorar a capacidade funcional dos idosos, prevenir doenças, recuperar a
saúde dos que adoecem e reabilitar aqueles que possam ter sua capacidade funcional
restringida, possibilitando ao idoso desempenhar seu papel na sociedade (FORMIGA
et al., 2017).
O estudo do processo de envelhecimento é importante para entender a sua
etiologia associada aos processos degenerativos como para desenvolver estratégias
que auxiliem nos efeitos das transformações produzidas no organismo, garantindo a
vivência do final do ciclo da vida de uma maneira autônoma e positiva (FECHINE;
TROMPIERI, 2012).

2.2 SARCOPENIA EM IDOSOS

Caracterizada como uma síndrome complexa e com causas multifatoriais, a


sarcopenia, é um processo natural e sua prevalência irá aumentar com o
envelhecimento da população (SOLOMON et al., 2016). Dados revelam que a
prevalência da sarcopenia pode ser de 3 a 30% em idosos comunitários acima de 60
anos e com a decorrência dos anos estima-se que essa porcentagem seja de 50% em
idosos com mais de 80 anos (RECH et al., 2012). Aspectos da população analisada,
tais como: idade, cor, raça, sexo, composição corporal de grupos étnicos e a
metodologia utilizada para caracterizar os parâmetros da sarcopenia podem causar
amplas variações na taxa dessa doença (SHAFIEE et al., 2017).
Descrita como redução da massa muscular esquelética associada ao
envelhecimento dos idosos, a sarcopenia foi nomeada pela primeira vez por
16

Nosenberg em 1989 (CRUZ et al., 2019). Com avanços tecnológicos e científicos em


2018, a Europeu Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP),
apresentou a sarcopenia como uma síndrome geriátrica caracterizada pela perda
generalizada e gradativa de força e massa muscular esquelética, provocando
incapacidade física e diminuição da qualidade de vida do idoso.
O EWGSOP estabeleceu três estágios da sarcopenia: “pré-sarcopenia”,
“sarcopenia” e “sarcopenia grave”. O primeiro estágio foi caracterizado pela
diminuição da massa muscular sem interferência na força muscular ou desempenho
físico, o segundo caracterizado pela diminuição da massa muscular e redução da
força muscular ou do seu desempenho e por fim, o terceiro caracterizado pelas três
condições presentes: diminuição da massa, força e desempenho muscular (CRUZ et
al., 2019).
O International Working GROUP on Sarcopenia (IWGS) em 2011 publicou um
consenso que diz que o diagnóstico da sarcopenia deve consistir na diminuição da
massa muscular em conjunto com inadequado desempenho físico (FIELDING et al.,
2011). Logo em 2014, a Foudation for the National Institutes of Health (FNIH), afirmou
que a sarcopenia deve ser considerada como uma verdadeira assistência médica
(STUDENSKI SA et al., 2014). Em 2018 ocorreu uma nova reunião do EWGSOP que
definiu sarcopenia como uma doença muscular com baixa força muscular (CRUZ et
al., 2019).
A sarcopenia quando associada ao processo de envelhecimento tem a sua
origem primária, e quando relacionadas a fatores como inatividade física,
sedentarismo, alimentação inadequada, desordens gastrointestinais, doenças
(relacionadas a falência de órgãos, inflamatórias) ou até mesmo uso de
medicamentos, tem a sua origem secundária (MARTINEZ; CAMELIER F; CAMELIER,
A., 2014).
O EWGSOP utiliza a diminuição da massa muscular, da função muscular e o
desempenho físico para estabelecer o diagnóstico da sarcopenia (CRUZ et al., 2019).
O Ministério da Saúde (2017) afirma que além do Índice de Massa Corporal (IMC) é
importante também averiguar a circunferência da panturrilha (CP), pois avalia a massa
muscular e a sua redução pode implicar na diminuição da força muscular.
De acordo com a OMS, a circunferência da panturrilha é a medida mais sensível
para averiguar alteração na massa magra, levando em consideração a idade e a
prática de atividade física.
17

O tratamento da sarcopenia pode ser associado a três fatores: exercício físico,


alimentação saudável e reposição hormonal. A prática de exercício físico é uma
maneira de amenizar os efeitos catabólicos da inatividade, o treino de força promove
aumento da resistência, associado a aumento da massa muscular, da função física e
da massa magra corporal. Os exercícios aeróbicos podem aumentar a área
transversal das fibras musculares, o volume mitocondrial e a atividade enzimática, o
que promove melhora na frequência de declínio na massa muscular e força ao longo
dos anos. Além disso a atividade física promove redução da gordura intramuscular
com consequência na melhora da funcionalidade muscular (AKUNE et al., 2014).
Uma alimentação adequada pode promover anabolismo e minimizar as
alterações na vida do idoso (ROM et al., 2012). Estudos apontam que a reposição de
testosterona nos idosos podem aumentar consideravelmente a massa muscular e a
força nos membros superiores, porém em doses altas aceleram a ocorrência de
câncer de próstata (MARTINEZ; CAMELIER, F.; CAMILIER A., 2014).

2.3 ALIMENTAÇÃO NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Algumas modificações acabam influenciando em menor ingestão dietética.


Dentre elas: diminuição das papilas gustativas, produção salivar reduzida, problema
com prótese dentária devido a redução do número de dentes, dificuldade ao mastigar,
lentidão nas funções estomacais. Com o envelhecimento, alguns idosos apresentam
dificuldades na formação do bolo alimentar pois a mastigação se torna mais difícil com
a perda da capacidade de coordenação e na maceração dos alimentos (OLIVEIRA;
DELGADO; BRESCOVIA, 2014).
O desequilíbrio na ingestão de nutrientes pelo idoso está relacionado
diretamente ao aumento da morbimortalidade, à susceptibilidade a infecções e à
redução da qualidade de vida. Desta forma, tem sido estimulada à adoção de uma
dieta adequada para promoção do envelhecimento saudável (PEREIRA et al., 2020).
Uma alimentação adequada em nutrientes é de fundamental importância para
o funcionamento do corpo e manutenção da saúde, a deficiência ou excesso de
nutrientes pode provocar algumas patologias. Para uma boa qualidade de vida é
necessário a ingestão de alimentos de qualidade e variedade no dia-a-dia (TINÔCO
et al., 2007).
18

Com intuito de fornecer informações sobre alimentação saudável entre adultos


e idosos, o Ministério da Saúde (MS) criou o Guia Alimentar para a população
brasileira disponível em duas versões. A primeira versão baseada na pirâmide
alimentar brasileira, divulga recomendações voltadas a quantidade ideal de consumo
de diversos grupos de alimentos, enquanto na segunda versão, são apresentadas
atitudes que promovem um comportamento alimentar mais saudável (GOMES;
SOARES; GONÇALVES, 2016).
É necessário investigar os hábitos alimentares e o consumo de nutrientes, a
ocorrência e distribuição da doença numa população para entender a relação direta
entre a alimentação e a doença. Do ponto de vista nutricional, ter uma alimentação
adequada em carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, antioxidantes, sais minerais,
fibras e uma boa ingestão hídrica são essenciais à saúde e a qualidade de vida dos
indivíduos. O consumo de vitaminas e minerais em proporções adequadas é
indispensável para a ocorrências das reações químicas do organismo. (TINÔCO et
al., 2007).
Apesar da baixa ingestão de antioxidantes ser comum, o seu uso é
indispensável, pois eles são responsáveis pelo bloqueio dos efeitos prejudiciais dos
radicais livres. Os radicais livres, apesar de ser fundamental para saúde, em excesso
causam danos à saúde pois afetam as moléculas biológicas presentes nos alimentos.
Poucos estudos foram realizados sobre a suplementação de antioxidantes mais sabe-
se dos benefícios que os carotenoides, vitamina E e C para aumento da força
muscular e inativação de radicais livres e regulação das citocinas pró-inflamatória. É
recomendado uma alimentação rica em frutas, hortaliças e cereais integrais ricos em
antioxidantes (RONDANELLI et al., 2015).
Alguns estudos referentes ao tema mostram que, geralmente, menos de 10%
da população idosa brasileira apresentam uma dieta adequada e em grande parte
necessita de alterações na alimentação para atingir suas necessidades nutricionais
(MALTA; PAPINI; CORRENTE, 2013). Alguns fatores como: condições sociais,
alterações psicológicas, estado de saúde (disfagia, uso excessivo de medicamentos,
doenças crônicas, alterações das papilas gustativas e mastigação, incapacidade
funcional e autonomia) entre outros fatores podem alterar o estado nutricional dessa
população (SILVA et al., 2015).
Uma nutrição inadequada associada ao sedentarismo e a prevalência de
algumas doenças, provocam alterações no EN do idoso. O EN é averiguado com base
19

em alguns parâmetros, entre eles, IMC e uma mini avalição nutricional (MNA)
(MARTIN; NEBULONI; NAJAS, 2012). MNA é composta por 4 categorias:
antropométrica (peso, altura, circunferência da cintura (cc) e circunferência abdominal
(ca), e perda de peso), cuidados gerais (estilo de vida e uso de medicamento, e
morbilidade), dieta (quantidade de refeições, alimento e ingestão hídrica) e autonomia
para realizar suas atividades (NEVES et al., 2018).
Sendo um problema de saúde comum, a deficiência de vitamina D afeta
principalmente os idosos. A prevalência é mais alta devido à baixa ingestão na
alimentação e irradiação ultravioleta reduzida na pele (REMELI et al., 2019). O
calcitriol é considerado um hormônio esteroide com atuação reguladora no
metabolismo ósseo, além de desempenhar o papel no sistema muscular, cardíaco,
metabolismo lipídico e de carboidratos, possuindo função imunomoduladora e anti-
inflamatória (FERNANDEZ et al., 2016). A força muscular reduzida e a fragilidade
estão associadas aos baixos níveis e vitamina D, as recomendações da ingestão
adequada variam de 700 a 1000 UL para pessoas idosas com sarcopenia (SOLOMON
et al., 2016).
A ingestão proteica adequada é importante para o bom funcionamento do
corpo, auxiliando no crescimento, na força muscular e na imunidade, as proteínas,
devem ser consumidas de forma regular, diminuindo nos idosos a perda da massa
muscular comum no envelhecimento. Segundo as recomendações da Ingestão
Dietética de Referência (DRI), o consumo de proteína em adultos e idosos deve ser
de 0,8g/kg/dia Recommended Dietary Allowonce(RDA) (GASPARETO; PREVIDELLI;
AQUINO, 2017).
Um Grupo de Estudos em atender as necessidades de proteína de idosos
(PROT-AGE), juntamente com a Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e
Metabolismo (ESPEN) definiu que o consumo de proteínas para minimizar a perda de
massa corporal magra e proporcionar a dose necessária em condições crônicas e de
inflamação, que favorecem o catabolismo seja de 1,0g/kg/dia a 1,2g/kg/dia (DEUTZ
et al., 2014). Em casos de disfunção renal, quando a taxa de filtração glomerular (TFG)
for entre 60ml/min/1,73m2 é recomendado a ingestão de 0,8g/kg/dia e quando a TFG
for inferior 30 a ingestão deve ser de 0,6 a 0,8g/kg/dia e os pacientes não realizarem
diálise. Quando o paciente realiza diálise o consumo pode ir até 1,5g/kg/dia (BAUER
et al., 2013).
20

2.3.1 Alimentação e Sarcopenia

É de fundamental importância que os idosos, devido as inúmeras mudanças


sofridas no processo de envelhecimento, tenha uma alimentação adequada em
macronutrientes e micronutrientes. A perda da dentição pode afetar diretamente a
ingestão diária desses nutrientes, já que o idoso sente dificuldade em consumir
alimentos in natura. De acordo com a RDA, a quantidade a ser consumida de
carboidrato varia de 45% a 65%, de lipídeo varia de 20% a 35% e a quantidade de
proteína entre 10% a 15%, a ingestão de fibras é de 30g para homens e 21g para
mulheres, sendo recomendada a ingestão hídrica adequada para bom funcionamento
do corpo (MACIEL et al., 2015).
Uma dieta balanceada, sendo ofertada as quantidades necessárias de
carboidratos e lipídios tem associação com baixos níveis de marcadores inflamatórios
e melhor controle da glicemia, garantindo redução das dislipidemias e doenças
crônicas (MANGRAVITE et al., 2011). É recomendado o consumo de carboidratos
complexos em maior quantidade, devido ao baixo índice glicêmico na forma de frutas,
verduras e cereais integrais e diminuir o consumo de carboidratos simples como as
farinhas, pães, açúcares e bebidas industrializadas As necessidades energéticas
recomendadas varia de 30 a 35 kcal por Kg de peso corporal, essa necessidade deve
ser ajustada de acordo com a individualidade, levando em consideração o sexo,
estado nutricional e atividades físicas (VOLKERT et al., 2019).
Dentre os macronutrientes, a proteína tem seu destaque, visto que a baixa
ingestão proteica, juntamente com outros mecanismos é crucial para prevalecer a
sarcopenia nos idoso e seu uso é essencial pois atua na síntese proteica muscular. É
recomendado a ingestão de 0,8g/Kg peso para um idoso de acordo com a RDA.
Alguns estudos propõem a suplementação de proteínas e aminoácidos essências
como estratégia nutricional para amenizar a sarcopenia, porém ainda existem dúvidas
quanto ao tipo, durabilidade, dose (ANDRADE; JUNIOR; FERRAZ, 2015).
A elevada ingestão de gorduras trans, saturas e totais podem desencadear
dislipidemias e excesso de tecido adiposo, que são prejudiciais à saúde. A obesidade
sarcopênica tem difícil diagnóstico, embora exista uma perda esporádica da força
muscular. A combinação de obesidade e atrofia e a diminuição da força muscular pode
acarretar doenças e diminuição da capacidade funcional, quedas frequentes e perda
da independência e um risco cardiovascular maior. Um estudo aponta que 15,1% de
21

pacientes encontram-se desnutridos e sarcopênicos simultaneamente. A desnutrição


está associada a piores prognósticos e evoluções clínicas, o que pode ocasionar mais
tempo de hospitalização. (BERNARDO; AMARAL, 2016).

2.4 FATORES ASSOCIADOS

A inatividade física é um dos fatores que mais influência na prevalência da


sarcopenia, tendo que a prática de exercícios físicos se associa a diminuição da
massa corporal e da força muscular. Com o passar do tempo ocorre a diminuição dos
HG, testosterona e estrogênio, essa redução está ligada a diminuição da força
muscular (SOUZA; SILVA, 2017).
A variabilidade genética tem sua participação indiretamente na suscetibilidade
da sarcopenia, levando em consideração o peso ao nascer, a massa magra durante
a vida adulta implica no desempenho físico do idoso (ERIKSSON et al., 2015).
Devido as alterações ocorridas no processo de envelhecimento, alguns idosos
se tornam vulneráveis as doenças crônicas, dentre o aumento da incidência pode-se
destacar a Diabetes Mellitus (DM) caracterizada com um grupo de distúrbios
metabólicos no qual se apresente em comum a hiperglicemia resultante de defeitos
ou secreção da insulina e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) que é caracteriza pelo
aumento sustentado dos níveis pressóricos de um indivíduo, sistólica >120 e diastólica
>80 mmHg (MALACHIAS et al., 2016) (ERNANDES;JUNIOR;ALONSO, 2018) (DBSD,
2016)
Uma melhora no estilo de vida dos idosos tem sido observada com a prática de
exercícios físicos, proporcionando benefícios tanto para saúde mental quanto física.
A prática de exercícios garante autonomia, bem-estar e capacidade funcional,
auxiliando na prevenção e tratamento de algumas doenças relacionadas ao processo
de envelhecimento. O treinamento com força tem sido um método utilizado para atuar
no fortalecimento da massa muscular dos idosos e composição corporal
(MENDONÇA; MOURA; LOPES, 2018).
22

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Para atender a proposta a pesquisa possui caráter descritivo, transversal, com


abordagem quantitativa.
O estudo transversal é realizado em um período curto de tempo, onde os dados
são coletados em um único momento e analisados ao longo do estudo (ESTRELA,
2018).
No estudo descritivo o pesquisador não se impõe, ou seja, ele descreve o seu
objeto de pesquisa e relata o acontecimento, características, causas e relações
(BARROS; LEHFEELD, 2010). Tem como objetivo descrever por inteiro um
determinado caso, onde são realizadas observações práticas e teóricas. Podem ser
descrições quantitativas e até mesmo acumulação de informações detalhadas que
são adquiridas por meio da observação participante. Dá-se prioridade ao caráter
representativo sistemático e, em decorrência, os procedimentos de amostragem são
flexíveis (MARCONI; LAKATOS,2010).
Na pesquisa quantitativa, direciona-se na quantificação para realizar a coleta e
posteriormente utilizar os dados obtidos. É um método fundamental por não sofrer
influência nos resultados por parte do pesquisador, além de ser mais segura para
conclusões de resultados e utilizar a estatística para obter grande quantidade de
dados (MASCARENHAS, 2012).

3.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa ocorreu em um local que funciona como Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de um município do Recôncavo da
Bahia. A escolha foi realizada devido algumas características básicas do ambiente,
dentre elas, facilidade na locomoção do pesquisador e grande quantidade de pessoas
que tem acesso ao local.
A unidade básica de saúde presta assistência para promoção, proteção e
recuperação da saúde, composta por uma equipe multidisciplinar preparada para
atender aos moradores das comunidades da zona rural e aos moradores de bairros
específicos da zona urbana. Além disso, o local funciona como Sindicato auxiliando
os trabalhadores na exigibilidade e obtenção dos seus direitos.
23

3.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO

Foram escolhidos trinta idosos com idade igual ou maior que 60 anos, de ambos
os sexos, moradores da zona rural e urbana, presentes no local nos dias da pesquisa.
Levando em consideração o público é importante apresentar alguns riscos
relacionados a participação do estudo: invasão de privacidade, ocupar o tempo do
indivíduo para aplicação do estudo, desconforto na aplicação do questionário e
constrangimento na aplicação da avaliação antropométrica. E benefícios: informações
sobre a causa e fatores que estão associados e compartilhar maneiras para melhoria
da qualidade de vida de idosos que possuem a síndrome.

3.3.1 Critério de inclusão

Foram utilizados como critério de inclusão, idosos com condições cognitivas


para responder o formulário e presente no local da pesquisa nos dias da coleta de
dados.

3.3.2 Critério de exclusão

Foram utilizados como critério de exclusão, idosos com amputação em ambas


as pernas (impossibilidade da verificação da circunferência da panturrilha), idosos que
se recusaram fazer a avaliação antropométrica e não assinaram ou recusaram a
impressão digital, em casos de idosos analfabetos, o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido.

3.4 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada no mês de novembro de 2020, por meio da


aplicação de um formulário e da avaliação antropométrica, que foi realiza através do
peso, altura estimada e circunferência da panturrilha. O formulário foi composto por
perguntas simples e objetivas, nas quais foram respondidas e assinaladas com um
“X” consequentemente com “SIM” ou “NÃO” (APÊNDICE A).
Nessas questões foram abordadas: dados sociodemográficos (idade, gênero,
condições de moradia), práticas alimentares (consumo e frequência de alguns
24

alimentos e hábitos da alimentação), práticas de exercícios físicos, uso excessivo de


medicamento, presença de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s).
A avaliação antropométrica foi realizada por meio das medidas de Peso e
Altura, para posteriormente avaliação do IMC e da CP. Para a realização das medidas
foi utilizada: balança digital (Mundial) e fita métrica inelástica (Cescorf).
A circunferência da panturrilha foi realizada com o indivíduo sentado na mesma
posição que foi realizada a aferição da altura do joelho, em seguida a fita foi
posicionada horizontalmente em volta da panturrilha na circunferência máxima.
A altura do joelho foi realizada com o indivíduo sentado, o mais próximo
possível da extremidade da cadeira com a perna flexionada, formando um ângulo de
90°, como foi realizada com a fita foi posicionada na base do calcanhar até a altura
superior da patela. Para estimativa da altura utilizou-se as seguintes fórmulas
(Chumlea et al.,1985)
Homens:
Estatura (cm): [64,19 – (0,04 x idade [anos])] + (2,02 x altura do joelho [cm])

Mulheres:
Estatura (cm): [64,19 – (0,04 x idade [anos])] + (2,02 x altura do joelho [cm])

3.5 ANÁLISE DE DADOS

Após a coleta de dados, os mesmos foram analisados e organizados em formas


de tabelas através do Programa Microsoft Excel, 2013. Em relação as medidas
antropométricas, o IMC (Peso/Altura²) e CP serão realizados de acordo com a norma
padrão. A ingestão hídrica foi calculada da seguinte maneira: 35mlxPeso.
Sendo considerada como valor de referência, a circunferência igual ou superior
a 31 cm para ambos os sexos (NAJAS; NEBULONI, 2005)
O IMC é calculado de acordo com os dados de altura e peso obtidos. Sendo a
altura dividida pelo peso ao quadrado, avaliando o estado nutricional do participante
do estudo. De acordo com o Quadro 1 seus valores estabelecidos são:
Quadro 1. Classificação do estado nutricional de idosos.
Estado nutricional Valores de IMC (kg/m²)
Baixo do peso ≤22 kg/m²
Peso adequado >22 e <27 kg/m²
Excesso de peso ≥27 kg/m²
Fonte: Lipschitz/ Ministério da Saúde.
25

Em relação ao inquérito alimentar será analisado de acordo com o Guia


Alimentar da população brasileira, ano 2006 e 2014.

3.6 ASPECTOS ÉTICOS

Foi solicitado um ofício para Coordenação do Curso de Bacharelado de


Nutrição da Faculdade Maria Milza (FAMAM) para ser encaminhado à Unidade de
Atenção Básica a Saúde onde será realizado o estudo, requerendo a autorização para
a pesquisa ser realizada nas suas dependências (ANEXO A).
Foi realizado um cadastro do projeto na Plataforma Brasil que será
encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa, seguindo a Resolução do Conselho
Regional de Saúde do Ministério (CN/MS) de n 466/2012 e n 580/2018 que resguarda
pesquisas envolvendo seres humanos e de interesse estratégico para o Sistema
Único de Saúde (SUS).
Após o conhecimento dos participantes sobre os objetivos do estudo, foi
entregue duas vias do (TCLE) (ANEXO B), onde uma via será entregue ao participante
e a outra permanece o pesquisador e é garantido a preservação da sua identidade e
o sigilo de todas as suas informações.
26

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos na pesquisa e as discussões estão representados nas


seções a seguir. Para manter a confidencialidade dos participantes os resultados
foram representados em tabelas e gráficos, ressaltando que todas as respostas foram
traduzidas de forma direta, mantendo os principais tópicos das respostas coletadas.
Assim sendo, sobre o perfil dos participantes da pesquisa foram levantadas
informações sobre o perfil sociodemográfico; prevalência de DCNT’s e outras
patologias; práticas alimentares (averiguação dos hábitos alimentares dos idosos,
bem como frequência dos alimentos consumidos diariamente) e dados
antropométricos (análise do IMC e CP).
Diante da análise realizada na Tabela 1, percebe-se que a maior quantidade
de participantes que procurou atendimento na unidade de saúde é do sexo feminino
correspondendo a 57%, com isso pode-se perceber que as mulheres buscam cuidar
melhor da saúde e o sexo masculino, correspondendo a 43%. Um estudo realizado
por Santos et al. (2014) afirma que o sexo feminino está associado a maior prevenção
e promoção da saúde. Relacionado a faixa etária, sobressaiu-se que 47% dos
entrevistados apresentam idade entre 60 a 71 anos, seguindo de 40% correspondente
ao intervalo de 72 a 83 anos e consequentemente 13% no intervalo de 84 a 95 anos.
Dados semelhantes foram encontrados por Paiva et al. (2016) e Silva et al. (2018) que
afirmar existir uma maior prevalência de mulheres, com faixa etária de 60 a 71 anos.
Referente ao estado civil, evidenciou-se que a 63% encontra-se casados.
Segundo um estudo realizado por Campos et al. (2016) a maioria dos homens
encontra-se casados seguindo de mulheres viúvas. No que diz respeito a residência,
observou-se que 47% dos entrevistados residem com uma ou mais pessoas,
seguidamente de 33% que residem com mais de três familiares e 20% residem
sozinhos. Os idosos que residem sozinhos alegaram possuir medo de sentir mal e não
ter alguém para socorrer, além disso relataram não ter vontade de realizar as
atividades diárias. Ferreira et al. (2012) realizou um estudo que confirmou que idosos
que residem sozinhos apresenta declínio na qualidade de vida e agravamento da
mortalidade.
27

Tabela1. Perfil sociodemográfico dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.
Variáveis Quantidade Percentual (%)

Sexo

Feminino 17 57
Masculino 13 43

Faixa etária
60-71 anos 14 47

72-83 anos 12 40
84-95 anos 4 13

Estado civil
Solteiro (a) 2 7

Casado (a) 19 63
Viúvo (a) 9 30

Residência
Sozinho (a) 6 20

1-2 pessoas 14 47
3-4 pessoas 10 33

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Em relação a renda mensal dos idosos, constatou-se que dos 30 idosos


entrevistados, 90% encontram-se aposentados e 10% permanecem sem
aposentadoria (1 mulher e 2 homens), o que indica a população idosa, em sua maioria,
está vivendo com uma renda mínima (Figura 1).
Neves et al. (2019) alega que a maioria dos idosos apesar de sobreviver
apenas da aposentadoria, possui uma qualidade de vida melhor do que quando tinha
50 anos e afirmar tem condições para suprir as necessidades básicas da família.
Porém, Pimenta et al. (2013) e Scherer et al. (2015) em seus estudos alegaram que a
baixa renda está diretamente associada com maior susceptibilidade a ocorrência de
DCNT´s.
28

A alimentação equilibrada está associada a renda per capta, levando em


consideração que o consumo de frutas e hortaliças aumentam consideravelmente
quando relacionada a um maior poder aquisitivo dos idosos (Claro et al., 2007).
Durante seu estudo Ribeiro et al. (2016) que a renda familiar do idoso é proveniente
da aposentadoria, variando de 1 a 1/5 salário mínimo, outros estudos como Panigassi
et al. (2016) comprova que a renda é diretamente proporcional a insegurança
alimentar.

Figura 1. Renda mensal dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da Família e


Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA 2020.

Com aposentadoria Sem aposentadoria

17

MULHERES HOMENS

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Na figura 2, referente ao uso de medicamentos, observou-se que todas as


mulheres fazem o uso de algum tipo de medicamento, e os homens, apenas 13%
fazem o uso de medicamento, isso pode ser explicado por Silva et al. (2012) que
constatou que o uso de medicamentos é mais frequente entre as mulheres. Conforme
Duarte (2012) as mesmas se tornam susceptíveis a problemas relacionados a
medicamentos e a prática de automedicação. Vale ressaltar que a utilização de
medicamentos por idosos é frequente, ainda que contribua para prolongar e\ou
melhorar as condições de vida dos mesmos. Dados de um estudo realizado por
Marques et al. (2020) afirmou que muitos idosos fazer uso de anti-hipertensivos,
seguidos de antidiabéticos orais, antidepressivos, dentre outros.
29

Figura 2. Uso de medicamento dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.

Utiliza medicamento Não utiliza medicamento

4
17

MULHERES HOMENS

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Vale salientar que dentre todos os entrevistados, apenas 23% de ambos os


sexos se exercitam (4 mulheres e 3 homens), com a realização de caminhada
diariamente, e apenas uma pessoa realiza prática de pedal, o que se torna benéfico
para sua saúde, uma vez que ajuda na flexibilidade, equilíbrio e força muscular, isso
quando são realizadas atividades com pouco impacto, ao se tratar de idosos (Figura
3).
Segundo Albano et al (2017) idosos que se exercitam em grupos apresentam
uma melhor qualidade de vida em comparação aos idosos que praticam exercícios
físicos. Porém, não se pode considerar o indivíduo sedentário apenas por não realizar
atividade física, sendo que o nível de atividade física engloba outros fatores, como as
atividades de vida diária. Um estudo realizado por Viana et al. (2018), demostrou que
a prática de exercício físico durante 12 semanas utilizando carga foi capaz de diminuir
a perda da massa muscular e ganho do aproximadamente 1,1kg de massa magra em
idosas sarcopênicas. Magistro et al. (2015), realizou um estudo com italianos que
observaram o impacto na vida sedentária, examinando a influência sobre a força dos
membros inferiores e resistência aeróbica. Pode-se notar a diminuição em ambos e
conclui-se que é importante planejar um treinamento específicos para os idosos. Além
disso, Confortin et al. (2017) afirmou que idosas que tem uma vida sedentária por
aumentar consideravelmente a chance de ter sarcopenia.
30

Figura 3. Prática de exercício físico dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde


da Família e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.

Pratica Não pratica

13

10

4 3

MULHERES HOMENS

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Observou-se que relacionado a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a maioria


dos idosos possuem a doença, sobressaiu-se o sexo feminino, com aproximadamente
88% possuinte, seguido do sexo masculino com 54%. Relacionado a diabetes, 235
dos entrevistados possuem. Quanto a outros tipos de patologias, muitos entrevistados
alegaram sobre problemas relacionados com circulação, dores frequentes nas
articulações dos membros inferiores (Figura 4).
Sendo um problema de saúde pública, as DCNT’s, representam um grande
desafio para os sistemas de saúde. Levando em consideração que os custos de
tratamentos são altos comprometendo a renda familiar devido ao uso de
medicamentos e internações em alguns casos. Um estudo realizado por Sato et al.
(2017) apresenta que a prevalência das doenças acomete idosos e na sua maior parte
o grupo feminino, o que pode ser comprovado por Barreto e Figueredo (2009) que
afirmam que as mulheres tem mais conhecimento com os sinais e sintomas.
Segundo Marques et al. (2017), a quantidade de idosos com HAS é superior ao
idosos que possuem associadamente HAS e DM. Quando a população idosa com
HAS foi relacionada a DM e a prevalência da sarcopenia, observou-se uma relação
entre idosos sarcopênicos e diabéticos, o que pode ser explicado por Figaro et al.
(2006) e Nomura et al. (2018), afirma que os idosos diabéticos tem uma elevação na
proteína C-reativa associado aos de interleucina-6, tendo efeitos catabólicos no tecido
31

muscular, o que leva a aceleração do processo de redução de massa muscular


associado ao envelhecimento.

Figura 4. Prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis dos idosos


entrevistados na Unidade de Saúde da Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais
de Cruz das Almas-BA, 2020.

Homens Mulheres
15

9
7

3
2

2
1
0

HIPERTENSÃO DIABETES CÂNCER DOENÇAS OUTRAS


RESPIRATÓRIAS

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Ao explorar as práticas alimentares, foi possível observar que a ingestão hídrica


dos idosos é inadequada. Dos 30 entrevistados, 83% afirmar ingerir de 1l a 1,5l de
água por dia. Vale salientar, a importância do consumo de água pois desempenha
funções essenciais para manter um bom funcionamento do corpo, tem o papel de
controle da temperatura corporal, manutenção do controle plasmático, transporte de
nutrientes entre outras funções. Segundo um estudo realizado por Genaro, Gomes e
Ienara (2015), a maioria dos idosos relatam não sentir sede durante todo e dia e
ingerem água apenas quando vão fazer uso da medicação.
Kumpel et al. (2011) e Romero, Bordin (2011) afirmam que a ingestão de água
nos idosos é menos que um litro por dia, sendo menor que comparado com as
recomendações (35 a 40ml X peso da pessoa). De acordo com Guia Alimentar (2014),
o consumo de água é diferente para cada indivíduo, pois sofre influência de fatores
como: idade, sexo, peso, entre outros.
32

Quando o assunto foi relacionado a quantidade de refeições por dia, 74% dos
idosos admitiram realizar de 3-4 refeições sendo as principais (café da manhã, almoço
e jantar) Bragagnola et al. (2019) em seu estudo realizado com idosos, associa o
fracionamento irregular das refeições principais com dinapenia e inadequação das
circunferências da cintura e panturrilha.
A porcentagem para consumo de bebida alcoólica foi de 36%, sendo descrito o
consumo de cervejas ou vinho nos finais de semana ou em ocasiões especiais,
principalmente pelos homens. De acordo com estudos realizados por Barbosa et al.
(2018) e Lintzeris et al. (2016), a maioria dos idosos que consumem bebidas
alcoólicas, fazem uso de forma esporadicamente nos finais de semanas ou ocasiões
especiais.
Segundo Veríssimo et al. (2014) inúmeros fatores associa-se a diminuição do
consumo alimentar, tais como: falta de apetite, redução do olfato e paladar, perda da
dentição, problemas de deglutição, entre outros.
Um total de 63% dos entrevistados faz o uso de suplemento vitamínico, sendo
mais comum o uso de ômega 3, vitamina D e cálcio. De todos os idosos entrevistados,
nenhum alegou fazer o uso de suplementação de proteínas. O estudo realizado por
Aoki el al. (2019), demostrou que a suplementação de vitamina D fornece melhorias
na função física, isso previne a incapacidade física e promove o aumento da massa
muscular no idosos. Além disso, Verlan et al. (2018) e Yamada et al. (2019)
comprovaram que a suplementação de vitamina D, juntamente com a suplementação
protéica adequada é capaz de promover mudanças no rendimento dos idosos
sarcopênicos, aumento consideravelmente a massa muscular.
Rondanelli et al. (2016) realizou um estudo com 130 idosos sarcopênicos e
analisou que a suplementação da proteína de soro de leite, aminoácidos essenciais e
vitamina D juntamente com atividade física foi capaz de aumenta a massa magra e a
força, além de proporcionar para o bem-estar dos idosos sarcopênicos. Além disso,
Yacong et al. (2019) comprovou que além de aumentar a força e massa muscular, a
suplementação da proteína pode melhorar significativamente marcadores anabólicos
nos idosos com sarcopenia. Dados semelhantes foram encontrados no estudo de 6
meses realizado por Chalé et al. (2012) onde houve o aumento da massa muscular
de 1,6% com a utilização de Whey Protein Concentrado.
33

Tabela 2. Prática alimentar dos idosos dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde
da Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.

Ingestão hídrica
- de 1litros 3
1-1,5litros 25
2litros ou + 2
Refeições ao dia
1-2 refeições 4
3-4 refeições 22
5-6 refeições 4
Ingere bebida alcoólica?
Sim 11
Não 19
Prepara sua comida?
Sim 21
Não 9
Faz compra?
Sim 17
Sim 13
Alergia alimentar?
Sim 0
Não 30
Suplemento vitamínico
Sim 19
Não 11
Sente fome com frequência?
Sim 12
Não 18
Acrescenta sal na comida pronta?
Sim 6
Não 24
Fonte: Dados da pesquisa (2020)
34

Quando a questão foi relacionada a alimentação durante todo o dia do idoso, é


possível observar a ingestão irregular de frutas, raízes e tubérculos, hortaliças e
legumes e proteína de alto valor biológico (os idosos alegaram comer ovo/frango/peixe
e carne apenas no almoço), relacionado ao consumo de carboidratos simples (cereais
e massas / açucares e doces) é bem maior a prevalência de alimentos como doces
depois do almoço, do pão, biscoito e bolo durante o café da manhã ou nos lanches.
Referente ao consome de leite e derivados (queijos e iogurtes) alguns idosos
relataram gostar, porém, não utilizavam devido restrições do médico por ser alimentos
gordurosos. Apenas 6% idosos não tem o hábito de consumir de café ou chá, como
já esperado, sua grande maioria costuma consumir a bebida ao longo do dia.
É de extrema importância manter uma alimentação saudável e balanceada,
principalmente os idosos que sofre inúmeras alterações durante o processo de
envelhecimento. Dessa maneira, o consumo de proteínas que além de exercer o papel
no crescimento e manutenção e imunidade, afeta diretamente na função física do
idoso. Visto que a sua deficiência favorece o déficit progressivo da força, massa
muscular e qualidade do musculo e todos esses fatores estão associados a
sarcopenia. Com a diminuição do consumo de proteína, se faz necessário na maioria
das vezes a suplementação para população idosa.
De acordo com Bernado et al. (2016), as alterações no estado nutricionais do
idoso acontece principalmente pelo baixo aporte de nutrientes e calorias, deficiência
de vitaminas e minerais na sua alimentação afetando a diminuição do metabolismo
basal e o bem-estar do idoso, e isso pode acarretar desnutrição proteica-calórica ou
obesidade sarcopênica.
Andrade et al. (2015) enfatiza a necessidade da população idosa tem uma
suplementação de proteína isolada ou leite de soja, que são uma excelente fonte
protéica. Pereira et al. (2016) alega que os idosos brasileiros possuem uma
alimentação desequilibrada, tendo em vista a importância para manutenção da massa
e força muscular.
Landi et al (2011) comprova que uma alimentação saudável e adequada na
ingestão de macronutrientes e micronutrientes é considerada requisito indispensável
para uma melhora na qualidade de vida dos idosos, em termos de prevenção e
tratamento da sarcopenia.
35

Figura 5. Frequência de alimentos consumidos por dia dos idosos entrevistados na


Unidade de Saúde da Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das
Almas, 2020.

0 1 2 3 4 5
FREQUÊNCIA POR DIA
35

30 1
3 3
5 4 5 5
25 8
N DE PARTICIOANTES

5
15
7
20
15
17
15 13
27 22
11
21
10 10

5 10 9 5
8
5
2 3
0 0 1
Leite e Frutas Proteina Cereais e Hortaliças e Açúcares e Chá ou café Raizes e
derivados animal massas legumes doces tubérculos

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

O cálculo do IMC feito através da altura e peso [(peso (kg)/ altura (m²)] e é
considerado um indicado para gordura corporal do indivíduo, é indicador de sobrepeso
e obesidade, embora não diferenciar massa magra e tecido adiposo, além de
distribuição de gordura corporal.
Ao analisar o IMC dos idosos, observa-se que 76% das mulheres encontra-se
com excesso de peso e 24% com peso adequado. Já os homens, 39% apresentou
baixo peso, 38% com peso adequado e 23% com excesso de peso. De acordo com
Paula et al. (2016) em seus estudos com idosas, a prevalência foi mulheres que com
excesso de peso e em seguida com peso adequado, foi verificado que a grande
maioria apresentava HAS. Dados semelhantes foram encontrados por Lima et al.
(2017), Sousa et al. (2016), Kim, Cho e Park. (2015) ao associar IMC com sarcopenia,
evidenciou que a maioria dos idosos sarcopênicos estava com excesso de peso e
possuindo HAS.
36

Tabela 3. Dados antropométricos dos idosos entrevistados na Unidade de Saúde da


Família e Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Cruz das Almas-BA, 2020.

Índice de Massa Corporal


Baixo peso Peso adequado Excesso do peso
Mulheres 0 4 13
Homens 5 5 3

Circunferência da panturrilha
Menor que 31cm Maior que 31cm
Mulheres 1 16
Homens 3 10

Fonte: Dados da pesquisa (2020)


Através da CP pode-se avaliar a massa muscular e a sarcopenia, pois ocorre a
perda involuntária da massa muscular com o decorrer da idade, além da diminuição
da força e da resistência muscular. Desta maneira a CP se torna indicador para
sarcopenia. Método simples, barato e não invasivo.
De acordo com os resultados encontrados, 87% idosos apresentam a CP
superior que 31cm (10 homens e 16 mulheres), apenas 13% idosos (3 homens e 1
mulher) apresenta-se com a circunferência da panturrilha inferior a 31 cm que pode
ser indicativo de depleção de massa muscular. Foi um fator positivo relacionado ao
EN e CP, pois apesar dos idosos apresentaram uma alimentação inadequada,
representaram a CP acima da recomendação. Foi possível analisar que o declínio do
CP está relacionado a idade, os idosos que apresentaram a circunferência inferior que
31 cm estava em intervalo de 84-95 anos. Cardozo et al. (2017) realizou um estudo
com idosos de uma unidade básica de saúde, onde observou-se associação
significativa com a CP e o aumento da faixa etária.
A CP torna-se medida importante para diagnóstico da sarcopenia, pois
apresenta uma correlação com a massa muscular, está diretamente relacionada com
a quantidade de força muscular (LANDI et al.,2014). O EWGSOP, indica que o melhor
ponto de corte para rastreio da sarcopenia pela medida da CP é ≤ 31 cm para homens
e mulheres, pois é o que melhor se relaciona com força muscular, desempenho físico,
status funcional e fragilidade (CRUZ et al., 2018).
37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da exposição dos resultados, observou-se que a população idosa


apresenta alguns fatores de risco para o agravo do processo de sarcopenia.
A inatividade física é um dos principais fatores que podem acarretar doenças
nos idosos, levando em consideração a importância da atividade para a promoção da
saúde dos idosos, combate o sedentarismo e bem-estar.
Foi possível observar a prevalência de DCNT´s, principalmente da HAS e o
aumento o uso de medicamentos dos idosos. Referente a alimentação, é notório a
deficiência de calorias e nutrientes e isso pode acarretar alguns problemas de saúde,
além de agravar a perda de massa muscular.
Assim, é importante salientar que os idosos tenha uma vida alimentar mais
saudável e a pratique atividade física para que não aconteça o agravamento da
sarcopenia.
Vale ressaltar a necessidade de mais estudos para averiguar a influência da
alimentação e os fatores associados a sarcopenia, pois a pesquisa foi realizada com
um pequeno grupo. É importante proporcionar um maior conhecimento para promoção
da saúde dos idosos, levando em consideração do aumento consideravelmente dessa
população.
38

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45

APÊNDICE
Formulário
INFORMAÇÕES DO IDOSO
Idade_____ Sexo _____
ESTADO CIVIL ( ) solteiro/a ( ) casado/a ( ) divorciado/a
( ) viúvo/a
Mora com quantas pessoas? ______
SIM NÃO QUAL?
Aposentado
Faz uso de
medicamento?
Prática atividade
física?
Hipertensão
Diabetes
Câncer
Doenças
respiratórias?
OUTRAS?

INQUÉRITO ALIMENTAR
Qual sua ingestão hídrica? _____
Quantas refeições você faz durante o dia? ____
SIM NÃO
Ingere bebida alcoólica?
Prepara sua comida?
Costuma comprar sua
comida?
Possui alguma alergia
alimentar?
Faz uso de suplemento
vitamínico?
46

Acrescenta sal depois da


comida pronta?
Sente fome com
frequência?

Alimentos Quantas vezes consome por dia?

Leite e derivados (queijo e iogurte) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Carnes (frango, peixe, ovos) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Frutas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pães, biscoitos, cereais, massas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Hortaliças e legumes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Açúcares e doces 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Bebidas (chá ou café) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Raízes e tubérculos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Peso:
Altura:
Circunferência da panturrilha:
47

ANEXO A
48

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Estudo: Sarcopenia em idosos: Influência da alimentação e fatores


associados.
Pesquisador Responsável: Wanessa Karine da Silva Lima

O (A) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa. Por favor,
leia este documento com bastante atenção antes de assiná-lo. Caso haja alguma
palavra ou frase que o (a) senhor (a) não consiga entender, converse com o
pesquisador responsável pelo estudo ou com um membro da equipe desta pesquisa
para esclarecê-los.
A proposta deste termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é explicar tudo
sobre o estudo e solicitar a sua permissão para participar do mesmo. Este documento
será emitido e assinado em duas vias: uma para o pesquisador, e outra para o(a)
senhor(a).
Observação: Caso o participante não tenha condições de ler e/ou compreender este
TCLE, o mesmo poderá ser assinado e datado por seu responsável.

Objetivo do Estudo
Os objetivos do estudo são:
Objetivo geral: analisar a influência da alimentação e fatores que podem agravar o
processo de sarcopenia em idosos.
Objetivos específicos: caracterizar socioeconomicamente os idosos, avaliar o estado
nutricional, averiguar o uso excessivo de medicamentos, realizar a prevalência de
doenças crônicas não transmissíveis, verificar a prática de exercícios físicos.

Duração do Estudo
A duração total do estudo é de 10 meses.
A sua participação no estudo será de aproximadamente 30 minutos.

Descrição do Estudo
Participarão do estudo aproximadamente trinta indivíduos idosos presentes no dia do
estudo.
49

Este estudo será realizado em uma Unidade de Saúde da Família de um município do


Recôncavo da Bahia.
O(a) Senhor(a) foi escolhido(a) a participar do estudo porque atende ao critério de
inclusão da pesquisa, sendo ele, ser idoso e ter condições cognitivas para responder
o questionário.
O(a) Senhor(a) não poderá participar do estudo se estiver dentro dos critérios de
exclusão, sendo eles, apresentar amputação em ambas as pernas pois será realizado
a circunferência da panturrilha.

Procedimento do Estudo
Após entender e concordar em participar, serão coletadas algumas informações sobre
o estilo de vida do participante, tais como, hábitos alimentares, uso de medicamentos,
prática de exercício física, condições socioeconômicas, presença de doenças crônicas
não transmissíveis. Em seguida, será realizada uma breve avaliação antropométrica,
peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência da panturrilha (CC).
Depois, será realizado a avaliação do estado nutricional e comparado se esses pontos
estão associados a prevalência de sarcopenia nos idosos.

Riscos Potenciais, Efeitos Colaterais e Desconforto


Considerando que "toda pesquisa com seres humanos envolve risco em tipos e
gradações variados", os riscos de participação na pesquisa se caracterizam por
quebra de sigilo, invasão de privacidade, ocupar o tempo do indivíduo para aplicação
do estudo, desconforto na aplicação do questionário e constrangimento na aplicação
da avaliação antropométrica.

Benefícios para o participante


Os possíveis benefícios, diretos ou indiretos, para os participantes e a sociedade
consistem informações sobre a causa e fatores que estão associados e compartilhar
maneiras para melhoria da qualidade de vida de idosos que possuem a síndrome.

Compensação
Você não receberá nenhuma compensação para participar desta pesquisa e também
não terá nenhuma despesa adicional. Caso tenha alguma despesa, embora não esteja
previsto, em decorrência da participação, o(a) senhor(a) será ressarcido(a).

Participação Voluntária/Desistência do Estudo


Sua participação neste estudo é totalmente voluntária, ou seja, somente participa se
quiser. Após assinar a declaração de consentimento, o(a) senhor(a) terá total
liberdade de retirá-lo a qualquer momento e deixar de participar do estudo, se assim
o desejar, sem quaisquer prejuízos e sem nenhuma alteração ou prejuízo no seu
atendimento, acompanhamento ou tratamento nas unidades de saúde vinculadas ao
SUS, tão pouco alterará a relação da equipe de saúde com o(a) senhor(a).
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Novas Informações
Quaisquer novas informações que possam afetar a sua segurança ou influenciar na
sua decisão de continuar a participação no estudo serão fornecidas para o(a)
senhor(a) por escrito. Se decidir continuar neste estudo, o(a) senhor(a) terá que
assinar o novo (revisado) Termo de Consentimento Livre Esclarecido juntamente com
os pesquisadores para documentar seu conhecimento sobre as novas informações.

Em Caso de Danos Relacionados à Pesquisa


Em caso de danos materiais ou imateriais decorrentes da participação na pesquisa
previstos ou não, o(a) senhor(a) terá direito a assistência conforme o caso, sempre e
enquanto necessário, bem como às indenizações legalmente estabelecidas.

Utilização de Registros Médicos e Confidencialidade


Todas as informações colhidas e os dados serão analisados em caráter estritamente
científico, mantendo-se a confidencialidade (segredo) do(a) senhor(a) a todo o
momento, ou seja, os dados que possam te identificar não serão divulgados, a
menos que seja exigido por lei.
Os registros médicos que trazem a sua identificação e esse termo de consentimento
devidamente assinado poderão ser inspecionados por agências reguladoras e pelo
CEP.
Os resultados desta pesquisa poderão ser apresentados em reuniões ou publicações,
contudo, sua identidade não será revelada.

Quem Devo Entrar em Contato em Caso de Dúvida


Em qualquer etapa do estudo o(a) senhor(a) terá acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. Os
responsáveis pelo estudo nesta instituição são Wanessa Karine da Silva Lima
(Pesquisador responsável) e Larissa Santos Cruz (Aluna do curso de Nutrição), que
poderão ser encontrados na Faculdade Maria Milza, Rodovia BR 101, Km 215,
Governador Mangabeira, BA, 44350-000; ou no(s) respectivo(s) telefone(s) (75)
99175-7770 e (75) 99167-1751.
O estudo foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade Maria
Milza. Caso queira obter informações, ou registrar qualquer reclamação, o endereço e
telefone do CEP/FAMAM são: Rodovia BR-101, Km215, FAMAM, Pavilhão I, 1º
andar. Governador Mangabeira-BA, telefone: (75) 98810-6488, horário de
funcionamento: segunda à sexta-feira 8-12h e 13-17h.
51

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Concordo em participar do estudo intitulado “Sarcopenia em idosos: influência da


alimentação e fatores associados”, sob a coordenação de “MSc. Wanessa Karine da Silva Lima e
Larissa Santos Cruz”.

Li e entendi o documento de consentimento e o objetivo do estudo, bem como seus possíveis


benefícios e riscos. Tive oportunidade de perguntar sobre o estudo e todas as minhas dúvidas foram
esclarecidas. Entendo que estou livre para decidir não participar da pesquisa. Entendo que ao
assinar esse documento, não estou abdicando de nenhum de meus direitos legais.

Eu autorizo a utilização dos meus registros e prontuários médicos pelo pesquisador para
obtenção de dados adicionais:
( ) Sim ( ) Não

Nome do Participante da Pesquisa (em Letra de Data


Forma)

Assinatura ou registro de digital do Participante da


Pesquisa

Nome do Representante Legal do Participante da Data


Pesquisa em Letra de Forma (quando aplicável)

Assinatura do Representante Legal do


Participante da Pesquisa (quando aplicável)

Larissa Santos Cruz Data


Pesquisador que obteve o Consentimento

Wanessa Karine da Silva Lima Data


Pesquisador Responsável
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ANEXO C

Governador Mangabeira, 10 de Março de 2020

Ao Comitê de Ética em Pesquisa


Faculdade Maria Milza

Protocolo: SARCOPENIA EM IDOSOS: INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO E


FATORES ASSOCIADOS
Pesquisador Responsável: Wanessa Karine da Silva Lima
Assunto: Termo de Compromisso e declaração do Pesquisador

Eu, Wanessa Karine da Silva Lima, pesquisador responsável do projeto


intitulado: “SARCOPENIA EM IDOSOS: INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO E
FATORES ASSOCIADOS” comprometo-me a cumprir todos os Termos das Diretrizes
e Normas Regulamentadoras para o desenvolvimento de pesquisa envolvendo seres
humanos- Resolução CNS/MS nº 466/12 e demais complementares do Conselho
Nacional de Saúde, incluindo tornar público os resultados desta pesquisa quer sejam
eles favoráveis ou não, garantindo o retorno dos benefícios aos participantes
conforme previsto em Norma Operacional CNS/MS 001/2013, item 3.3.d. Bem como,
garanto o envio dos resultados para o CEP via Plataforma Brasil, conforme
preconizado pela Norma Operacional CNS/MS 001/2013, item 3.3.c.
Asseguramos que os participantes incluídos direta ou indiretamente no
referido protocolo terão a sua confidencialidade e sigilo dos dados resguardados pela
equipe envolvida na condução da pesquisa e que em nenhum momento a
identidade dos participantes será revelada, conforme disposto na Res. CNS
466/2012, item IV.3.e.
_____________________________
WANESSA KARINE DA SILVA LIMA
Pesquisador Responsável

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