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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES


DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE CUIABÁ E VÁRZEA
GRANDE, MT E SUA RELAÇÃO COM A ADESÃO À
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

MONIQUE CRISTINE DA SILVA BODONESE

Cuiabá-MT, Abril de 2019


UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES


DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE CUIABÁ E VÁRZEA
GRANDE, MT E SUA RELAÇÃO COM A ADESÃO À
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

MONIQUE CRISTINE DA SILVA BODONESE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Faculdade de Nutrição da Universidade Federal
de Mato Grosso, como parte dos requisitos
exigidos para obtenção do Título de Bacharel em
Nutrição.
Orientadora: ProfªDrª Shirley Ferreira Pereira

Cuiabá-MT, Abril de 2019


UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA


REDE ESTADUAL DE ENSINO DE CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE,
MT E SUA RELAÇÃO COM A ADESÃO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

MONIQUE CRISTINE DA SILVA BODONESE

Orientadora:
Prof. DSc. Shirley F. Pereira
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

Julgado em: 11/04/2019


AGRADECIMENTOS

Nenhuma batalha é vencida sozinha, e no decorrer desta luta algumas pessoas


estiveram ao meu lado e percorreram este caminho como verdadeiros soldados, estimulando
que eu buscasse a minha vitória e conquistasse o meu sonho.
Agradeço em primeiro lugar a Deus, que me ouviu nos momentos mais difíceis, me
confortou e me deu forças para chegar onde estou.
A minha mãe e a minha avó, que não só neste momento, mas em toda minha vida
estiveram comigo, me apoiando me estimulando, e me ensinando a ser uma mulher de força e
um ser humano íntegro, com caráter, coragem e dignidade para enfrentar a vida, amo muito
vocês.
Ao meu marido que esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida,
tendo paciência e aguentando minhas crises de choro, e principalmente por entender a minha
ausência, amo muito você.
As minhas filhas, que me fizeram descobrir em mim uma força que eu nem imaginava
que existia, me desculpe pela minha ausência e muitas vezes a minha falta de paciência, vocês
são tudo em minha vida, amo vocês acima e tudo.
Ao meu irmão, que sempre esteve ao meu lado pra tudo, eu me orgulho muito de você
e no homem que se tornou.
E a toda minha família que sempre acreditou no meu potencial, mesmo quando eu não
acreditei.
As amigas que conheci no decorrer da faculdade, e que sempre me ajudou nos
momentos que mais precisei e que levarei para toda vida.
Agradeço a minha orientadora pela compreensão, pelo auxilio e pela paciência, com
que me conduziu até esse momento.
Enfim, a todos que de alguma forma estiveram próximos de mim de forma direta e
indireta, fazendo parte da minha vida durante toda a graduação.

Muito obrigada!
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA ........................................................ 8


2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 14
2.1. OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 14
2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................................ 14
3. POPULAÇÃO E MÉTODO........................................................................................... 15
3.1. POPULAÇÃO ........................................................................................................... 15
3.2. MÉTODO .................................................................................................................. 15
3.2.1. DEFINIÇÃO DO GRAU DE ADESÃO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ...... 16
3.2.2. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ................................................ 16
3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS ................................................................ 17
3.4. ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................ 17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 19
4.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ESCOLARES: ........................... 20
4.2. ADESÃO A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR .................................................................. 25
4.3 RELAÇÃO ENTRE A ACEITABILIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E O
ESTADO NUTRICIONAL DOS ADOLESCENTES ......................................................... 26
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 30
APÊNDICE 1-DADOS DOS ALUNOS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ................ 35
ANEXO 1- QUESTIONÁRIO DE ADESÃO À MERENDA ESCOLAR ............................. 36
ANEXO 2- AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA ................................ 38
ANEXO 3 - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............................. 43
ANEXO 4 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......................... 44
RESUMO
Este trabalho é um estudo de abordagem quantitativa, descritivo e transversal realizado em 5 escolas públicas
estaduais dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande-MT, com o objetivo de avaliar a relação entre o estado
nutricional dos adolescentes com a adesão à alimentação escolar. O grupo estudado foi composto por 105
estudantes com idade entre 14 e 16 anos, de ambos os sexos cursando o 9º ano do ensino fundamental. Foi
aplicado questionário contendo perguntas sobre dados de identificação pessoal, sociodemográficos e de adesão à
alimentação escolar. Foi realizado aferição do peso e da estatura dos escolares, para a avaliação do estado
nutricional. Os indicadores Índice de Massa Corporal para a Idade (IMC/I) e estatura para a idade (E/I) foram
calculados no programa Anthroplus da Organização Mundial de Saúde e avaliados em percentil. Para tabulação
e análise dos dados foi utilizado o programa Epi-Info versão 3.5.4. Foi utilizado o Teste do Qui-quadrado para
comparação entre a prevalência das variáveis estudadas. Os resultados mostraram que 11,4% dos adolescentes se
encontravam com risco de baixo peso e 20% com sobrepeso/obesidade, e apenas 10,5% com risco de baixa
estatura. Não foram encontradas diferenças significativas neste grupo entre os sexos e idades. Observamos uma
tendência a maior prevalência de risco de baixo peso entre os que aderiram à alimentação escolar regularmente
frente ao que não aderiram, sendo o sobrepeso/obesidade e o risco de baixa estatura semelhante entre os dois
grupos. Esses dados reafirmam que o excesso de peso em adolescentes é um crescente atualmente, e que a
adesão à alimentação escolar não está influenciando na melhoria do estado nutricional. Intervenções devem ser
feitas, para que haja uma redução do agravo do estado nutricional nesse grupo e prevenir as doenças crônicas na
vida adulta.
PALAVRAS-CHAVE: avaliação nutricional; adolescentes; alimentação escolar; sobrepeso; baixo peso.

ABSTRACT
This work is a study of quantitative, descriptive and transversal approach performed in 5 State public schools in
the municipalities of Cuiabá and Várzea Grande-MT, with the objective of assessing the relationship between
the nutritional status of adolescents with the accession to the school meals. The group studied was composed of
105 students aged between 14 and 16 years, of both sexes attending the ninth grade of elementary school. Was
applied questionnaire with questions about personal identification, demographic data and membership of the
school meals. Weight measurement was carried out and of the stature of the school, for the assessment of
nutritional status. The body mass Index indicators for age (IMC/I) and height for age (E/I) were calculated in
Anthroplus program of the World Health Organization and evaluated in percentile. For tabulation and data
analysis was used the Epi-Info version 3.5.4. We used the Chi-square test for comparison between the
prevalence of the studied variables. The results showed that 11.4% of the adolescents were at risk of low birth
weight and 20% Overweight/obesity, and only 10.5% with risk of short stature. No significant differences were
found in this group between sexes and ages. We observed a tendency to higher prevalence of low birth weight
risk among those who joined the school meals regularly joined the front, being overweight/obesity and the risk of
stunting similar between the two groups. These figures reaffirm that the overweight in adolescents is a growing
today, and that membership of the school feeding is not influencing the improvement of nutritional status.
Interventions should be made, so there is a further reduction of nutritional status in this group and prevent
chronic diseases in later life.
KEY WORDS: nutritional evaluation; adolescents; school feeding; overweight; low weight
8

1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA

A adolescência compreende o período da vida que se inicia aos 10 anos de idade e se


prolonga até os 19 anos, ocorrendo, durante este percurso intensas transformações físicas,
psicológicas e comportamentais. Coexistem o elevado ritmo de crescimento e importantes
fenômenos maturativos (SBP, 2018).
O indivíduo passa por transformações físicas e fisiológicas que modificam sua
composição corporal e proporcionam crescimento e desenvolvimento. A forma como ocorrem
estas transformações varia consideravelmente entre os indivíduos, sendo que fatores sociais,
culturais e econômicos envolvidos neste processo podem acentuar ainda mais as diferenças já
existentes entre os adolescentes de mesma idade e sexo (LOURENÇO, TAQUETTE;
HASSELMANN, 2011).
A adolescência é uma fase com extrema vulnerabilidade em questões nutricionais,
pelo fato de haver maior necessidade de nutrientes, que ajudam no crescimento e
desenvolvimento físico (BRASIL, 2013).
Wolf et al. (2019), relatam que, pelo fato da adolescência ser uma fase de risco
nutricional, podendo estar associado a doenças crônicas na vida adulta, tem-se priorizado a
vigilância nutricional nessa fase, para que possa-se avaliar e intervir no comportamento
alimentar, prevenindo assim os prejuízos ao crescimento e à saúde desse grupo. As intensas
transformações físicas, psíquicas e sociais ocorridas neste período acabam por influenciar o
comportamento alimentar dos adolescentes, que se tornam suscetíveis a preferências
alimentares que podem acarretar hábitos inadequados e deficiências nutricionais.
Com isso o monitoramento do estado nutricional se torna importante para todas as
faixas de idade, principalmente na adolescência, onde o crescimento pode ser comprometido.
Se isso for percebido precocemente pode-se prevenir possíveis agravos à saúde e riscos de
morbimortalidade, especialmente com a crescente prevalência de sobrepeso/obesidade no
Brasil e no mundo (CONDE et al., 2018).
A desnutrição, o sobrepeso e a obesidade em adolescentes têm sido considerados
importantes problemas de saúde pública, em razão dos riscos para a vida adulta, predispondo
assim maior incidência de distúrbios metabólicos e funcionais. Esse fato pode ser em parte
justificado por se tratar de um período marcado por transformações relacionadas à formação
da imagem corporal, que se constitui na forma como se percebe o corpo, e que sofre
influencias sociais (SILVA, OLIVEIRA; LANA, 2017).
9

A prática alimentar inadequada e o aumento do sedentarismo entre os adolescentes


estão relacionados ao processo de transição nutricional no Brasil, e a prevalência desse
comportamento pode ser elevada entre os adolescentes. Atualmente a mídia tem se destacado
por exercer grande influência na formação da imagem corporal, ao estimular a valorização da
magreza e do corpo perfeito, sendo os adolescentes um dos grupos etários mais vulneráveis às
pressões da sociedade (SILVA, OLIVEIRA; LANA, 2017).
A avaliação do estado nutricional tem se tornado um instrumento cada vez mais
importante no estabelecimento de situações de risco, no diagnóstico nutricional e no
planejamento de ações de promoção à saúde e prevenção de doenças. Sua importância é
reconhecida por que auxilia no acompanhamento do crescimento e do estado de saúde do
adolescente, ajudando assim na detecção precoce de distúrbios nutricionais, sejam eles a
desnutrição ou a obesidade (SBP, 2009).
A definição do estado nutricional de adolescentes esbarra em uma série de
dificuldades, tendo em vista a necessidade de considerar a etapa de crescimento e
desenvolvimento em que se encontram e uma forma de fazer essa definição, é através da
mensuração do desenvolvimento corporal. Por essa razão o monitoramento de peso e estatura
de adolescentes em relação à população de referência tem se firmado como uma atividade
essencial, tanto pela sua praticidade, como também por seu baixo custo. A ampla utilização da
antropometria se deve ao fato deste ser um método barato, não invasivo, universalmente
aplicável, de boa aceitação por parte da população e extremamente útil para rastrear a
obesidade e outros agravos nutricionais, na determinação de estimativas de prevalência e da
gravidade de alterações nutricionais (ARAUJO; CAMPOS, 2008).
Para facilitar acompanhamento do seu crescimento desde a infância, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) recomenda o Índice de Massa Corpórea [IMC = peso (kg) /
altura2(m)] associado ao critério estatístico do escore Z do percentil, que estabelece o quanto
determinado grupo se distancia da média de uma população (BRASIL, 2011). A OMS destaca
o uso deste índice para a triagem de adolescentes com sobrepeso e obesidade, por ser bem
correlacionado à gordura corporal e de fácil obtenção, ter referências para comparar diferentes
populações e ainda permitir uma continuidade do critério utilizado para avaliação de adulto
(THOMAZ, SILVA; COSTA, 2013).
A avaliação do estado nutricional por meio da antropometria é bastante complexa em
adolescentes, devido à grande variabilidade do crescimento e das dimensões corporais nessa
faixa etária – variabilidade esta que depende do estado nutricional dos indivíduos, bem como
do desempenho do crescimento nas idades anteriores e de fatores hormonais relacionados ao
10

processo de maturação sexual (OLIVEIRA et al., 2012). Utiliza indicadores que são capazes
de fornecer, de acordo com o parâmetro utilizado, informações sobre a adequação nutricional
de um indivíduo ou coletividade em relação a um padrão compatível com a saúde em longo
prazo (GOMES, ANJOS; VASCONCELOS, 2010).
Em crianças e adolescentes a avaliação do estado nutricional leva em conta um
conjunto maior de parâmetros. Além da análise do IMC feita de acordo com a idade, leva-se
em conta outros fatores como a estatura para idade (CLEMENTE et al., 2011).
O monitoramento contínuo do crescimento auxilia na identificação das alterações
nutricionais dos adolescentes, ajudando na prevenção e no diagnóstico de distúrbios
nutricionais. Vale ressaltar que existem algumas deficiências nutricionais especifica que
podem ocorrer sem comprometimento antropométrico imediato, e sua detecção depende da
realização de uma cuidadosa anamnese nutricional (TOZZATO, SANTOS; MENEZES,
2014).
Atualmente a prevalência da obesidade tem aumentado em todo o mundo e em todas
as faixas etárias e níveis socioeconômicos. E um dos fatores para esse aumento é a mudanças
no padrão alimentar e nutricional que está ocorrendo no mundo, inclusive no Brasil,
resultando no aumento da obesidade e na redução da desnutrição (BERLESE et al., 2016).
Entre os fatores relacionados a esse padrão alimentar, as mudanças no estilo de vida e
nos hábitos alimentares têm importante papel. Observa-se, entre outros alimentos e bebidas
consumidas pela população, maior consumo de bebidas não alcoólicas açucaradas. Ao mesmo
tempo, ocorreu a redução no consumo de leite e derivados, principalmente entre os
adolescentes (BERLESE et al., 2016). Para estes autores entre as causas ambientais da
obesidade na adolescência, destacam-se as mudanças no padrão nutricional, motivadas por
transformações políticas e econômicas, ocorridas em todas as nações. A forte tendência para o
consumo de alimentos e bebidas processados e ultraprocessados é geral.
A prevalência de obesidade em adolescentes em todo o mundo aumentou de menos de
1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase
6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. Combinado, o
número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões
em 1975 para 124 milhões em 2016 (BRASIL, 2017a).
As crianças e adolescentes passaram rapidamente de uma maioria com desnutrição
para uma maioria com sobrepeso em muitos países de média renda. Boff et al. (2018)
evidenciam que isso pode refletir um aumento no consumo de alimentos densos em energia,
11

especialmente carboidratos altamente processados, que levam ao aumento de peso e a baixos


resultados de saúde ao longo da vida.
Atualmente o cenário nutricional em que muitas crianças e adolescentes se encontram
é algo preocupante, mas essa preocupação já existe há muitos anos e foi pensando nisso que o
governo brasileiro em 1955 criou a campanha que na época foi intitulada de Merenda Escolar,
implantando em 1979 no Brasil o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O PNAE é o mais antigo programa do governo brasileiro na área de alimentação
escolar e de Segurança Alimentar e Nutricional, sendo considerado um dos maiores e mais
abrangentes do mundo no que se refere ao atendimento universal aos escolares e a garantia do
direito humano à alimentação adequada e saudável (COSTA et al., 2017).
Esta política pública, gerenciada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), atende a todos os alunos matriculados na Educação Básica nas etapas
Educação Infantil (creche e pré-escola), Ensino Fundamental e Ensino Médio e nas
modalidades indígena, quilombola, Atendimento Educacional Especializado (AEE) e
Educação de Jovens e Adultos (EJA), matriculados em escolas públicas, filantrópicas,
comunitárias (conveniadas com o poder público) e confessionais (mantidas por entidades
filantrópicas), bem como aqueles matriculados nas escolas federais, em conformidade com o
Censo Escolar do ano anterior ao do atendimento (SOARES et al., 2018).
O PNAE tem por objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento
biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos saudáveis dos
alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que
cubram as suas necessidades nutricionais durante o período em que permanecem na escola
(SILVA et al., 2018). Esse programa atinge mais de 97% das escolas públicas existentes no
país, e seu objetivo é que as crianças em unidades de educação, em período parcial e integral,
recebam refeições adequadas e balanceadas, que venham a atingir, no mínimo, 30 e 70%,
respectivamente, das necessidades nutricionais diárias de cada aluno e com isso incentivar a
prática de hábitos alimentares saudáveis durante sua permanência na
escola, contribuindo assim para o seu crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e o
rendimento escolar (BRASIL, 2018).
A alimentação escolar visa fornecer aporte energético e nutricional capaz de contribuir
para o crescimento biopsicossocial e o pleno exercício das aptidões
dos educando, considerando-se o processo ensino-aprendizagem durante o período de
permanência na instituição educacional (TURPIN, 2015).
12

De acordo com Libermann e Bertolini (2015), o PNAE constitui uma importante


estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional, ao promover o Direito Humano à
Alimentação Adequada através da alimentação escolar. Suas diretrizes sugerem o emprego da
alimentação saudável e adequada, a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo
de ensino e aprendizagem, a descentralização das ações e a articulação, em regime de
colaboração, entre as esferas de governo e o apoio ao desenvolvimento sustentável.
A educação alimentar e nutricional pode ser considerada fundamental para a formação
de bons hábitos alimentares e a influência dessas escolhas pode mudar os hábitos ao longo de
suas vidas, sendo a alimentação escolar uma ferramenta utilizada como uma de suas
estratégias (PEDRAZA, 2016).
No Brasil, todos os alunos matriculados em escolas públicas têm direito á alimentação,
no entanto a aceitação é variável. Para os alunos de nível socioeconômico menos favorecidos,
essa alimentação é primordial, sendo em muitos casos a principal ou até mesmo a única
refeição do dia. Mesmo assim, o consumo da alimentação escolar em alguns municípios
brasileiros é considerado baixo (MOTA, MASTROENI; MASTROENI, 2013). Um estudo
feito no centro-oeste por Carvalho (2015), sobre adesão a alimentação escolar em escolas
públicas, identificou uma média de adesão de 75%, considerada alta conforme a classificação
de Guerra (2015), que define que resultados de até 30% são considerados como muito baixa
adesão, entre 30 e 50% baixa, entre 50,1 e 70% média e acima de 70% é considerada alta
adesão
Com o objetivo de avaliar a adesão à alimentação escolar o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), optou por recomendar um teste de aceitabilidade que
consiste um conjunto de procedimentos metodológicos, cientificamente reconhecidos,
destinados a medir o índice de aceitabilidade da alimentação oferecida aos escolares. A
aceitação de um alimento pelos estudantes é um importante fator para determinar a qualidade
do serviço prestado pelas escolas em relação ao fornecimento da alimentação escolar. Além
disso, evita o desperdício de recursos públicos na compra de gêneros alimentícios rejeitados.
Para verificar a aceitação de algum tipo de alimento, o teste de aceitabilidade é um
instrumento fundamental, pois sua execução é fácil e permite uma verificação da preferência
média dos alimentos oferecidos (BRASIL, 2017b).
Para melhorar a aceitabilidade a alimentação escolar deve ser planejada, desde a
seleção dos gêneros, as quantidades necessárias o valor nutritivo, e por fim o seu preparo e
distribuição. Cada uma dessas etapas precisa ser cuidadosamente desenvolvida, para que ao
final cada aluno possa receber uma alimentação de qualidade. Essa alimentação deve
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consequentemente refletir em uma boa aceitação, além de ser saudável, colorida, ter
variedade, ser balanceada, equilibrada e saborosa (BASAGLIA, MARQUES; BENATTI,
2015), e colaborar com a melhoria dos hábitos alimentares e do estado nutricional dos
estudantes. Segundo estes autores a merenda escolar é um dos artifícios que motivam a
frequência dos alunos nas escolas, em muitos dos casos essa refeição é a única que esse
estudante vai ter ao longo de seu dia.

JUSTIFICATIVA DO ESTUDO:

Uma alimentação aceita e saudável favorece a adesão na escola, melhora o


desenvolvimento do estudante em sala de aula, promove a formação de bons hábitos
alimentares e um estado nutricional adequado (BRASIL, 2017a).
E em Mato Grosso não foram encontrados estudos que avaliassem a adesão à merenda
escolar. E com isso para se avaliar a relação entre o estado nutricional dos adolescentes e a
aceitabilidade da alimentação escolar, que atualmente não tem sido bem estabelecida.
Realizou-se um estudo, onde se avaliou o estado nutricional de alguns adolescentes e
relacionou com a aceitabilidade da merenda escolar servida nas escolas. Espera-se que essas
informações coletadas ajudem os profissionais, nas mais diversas áreas a refletir sobre
possíveis estratégias para melhorar a aceitabilidade da merenda escolar no Brasil.
14

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar a relação entre o estado nutricional de adolescentes de escolas estaduais do


município de Cuiabá e Várzea Grande, MT, com a adesão à alimentação escolar

2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Caracterizar os estudantes de acordo com variáveis sociodemográficas;


 Avaliar o estado nutricional dos adolescentes;
 Verificar o grau de adesão dos adolescentes à alimentação escolar;
 Avaliar a relação da adesão à alimentação escolar com o estado nutricional dos
alunos.
15

3. POPULAÇÃO E MÉTODO

Este estudo foi desenvolvido como parte de um projeto de pesquisa intitulado como
“Avaliação da regularidade e da qualidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar em
escolas da rede estadual de Cuiabá e Várzea Grande, MT.” “Alimentação Digoreste”,
desenvolvido por docentes e discentes da Faculdade de Nutrição, em convênio com a
Ouvidoria Regional da União Regional Mato Grosso e a Secretaria Estadual de Educação de
MT, do qual participaram cinco escolas públicas estaduais, três de Cuiabá e duas de Várzea
Grande, durante o ano letivo de 2018.

3.1. POPULAÇÃO

As escolas foram selecionadas entre as com nível sócio econômico médio classificado
pelo ENEM em 2017 sendo excluídas aquelas que não tinham turmas de 9ª ano ou que a
direção não concordasse em participar do estudo.
A amostra do estudo foi composta por alunos de ambos os sexos, que cursavam o 9º
ano do ensino fundamental de 5 escolas públicas estaduais, da área urbana dos municípios de
Cuiabá e Várzea Grande, MT, durante o ano letivo de 2018.
Critérios de inclusão: alunos cursando o 9º ano do ensino fundamental, idade entre 12
e 18 anos, aceitaram participar do estudo e entregarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis.
Critérios de exclusão: escolares que apresentarem alguma limiação que impedissem a
aferição das medidas antropométricas.

3.2. MÉTODO

Foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi
realizada nas escolas, pela pesquisadora e pela equipe previamente treinada para a pesquisa,
com horário previamente agendado. Constituiu na aplicação de questionário e aferição de
medidas antropométricas.
Para investigação das características sóciodemográficas e grau de adesão dos
estudantes à alimentação escolar foram aplicados um questionário de (CUNHA, 2019).
16

Contendo perguntas sobre dados de identificação pessoal, sociodemográficos e de adesão à


merenda (ANEXO 1).

3.2.1. DEFINIÇÃO DO GRAU DE ADESÃO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Os estudantes responderam questões referentes ao seu hábito de consumir a refeição


escolar e sobre aquisição de alimentos da cantina da escola. Para calcular o índice de adesão,
foram desconsiderados os alunos que relataram não consumir ou consumir a refeição escolar
esporadicamente (de um a dois dias por semana).
Como critérios de classificação foram utilizados os pontos de corte recomendados pelo
PNAE, que foram obtidos em um estudo realizado pela Faculdade de Engenharia de
Alimentos da Universidade de Campinas (GUERRA, 2015). Este autor classificou a adesão
dos escolares em quatro categorias: alto (acima de 70% dos estudantes), médio (50 a 70%),
baixo (30 a 50%) e muito baixo (menor que 30%).
O número de estudantes que afirmaram consumir a alimentação regularmente (entre três
e cinco dias por semana) foi multiplicado por 100 e dividido pelo número total de
participantes.

3.2.2. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

A coleta dos dados foi realizada nas escolas, pela pesquisadora, com horário e local
previamente agendado. Foi feita a aferição do peso e da estatura, pela pesquisadora, no
período das aulas (APÊNDICE 1).
Peso: Os adolescentes foram pesados em uma balança digital eletrônica da marca
Wisocare, capacidade de 180kg e graduação de 100g, sem sapatos ou meias, trajando o
uniforme da escola, sem enfeites e prendedores de cabelos conforme recomendação da
Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011).
Estatura: Foi aferida com um estadiômetro fixado à parede sem rodapé, com prancha
colocada sobre o topo da cabeça do adolescente, a fim de se obter um ângulo reto com a
parede durante a leitura. Os alunos foram orientados a permanecerem eretos, com a cabeça
posicionada de modo que o plano de Frankfurt ficasse horizontal, o corpo, os tornozelos,
glúteos e ombros fiquem em contato com a parede, braços relaxados e mãos voltadas para o
corpo. A medida foi realizada em duplicata, utilizando uma média dos valores na análise dos
dados, com o objetivo de minimizar os erros de medição (OMS, 2011).
17

O indicador Índice de Massa Corporal Idade (IMC/I) foi calculado no programa


Anthroplus da OMS e avaliado em percentil pela Norma Técnica do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN) (BRASIL, 2011), sendo os adolescentes classificados
como:
< Percentil 15-Risco de baixo peso;
≥ Percentil 15 e ≤ Percentil 85 – Eutrofia;
> Percentil 85 a ≤ Percentil 97 – Sobrepeso;
> Percentil 97-Obesidade.
Para a análise entre a adesão alimentar e o estado nutricional dos escolares os
adolescentes com sobrepeso e obesidade foram agrupados como excesso de peso.
Para a avaliação da estatura em relação à idade utilizou-se os percentis calculados no
programa Anthroplus da OMS e classificados como (BRASIL, 2011):
E/I < Percentil 15-Risco de baixa estatura para a idade
E/I ≥ Percentil 15-Estatura adequada para a idade
Como não foram encontrados escolares abaixo do percentil 3 de IMC/I e E/I foram
considerados aqueles com risco de déficit nutricional abaixo do (< percentil 15).

3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

Para tabulação e análise dos dados foi utilizado o programa Epi-Info versão 3.5.4. Os
resultados foram apresentados sob a forma de frequências, e aplicado o Teste do Qui-
quadrado para comparação entre a prevalência das variáveis estudadas. Para significância
estatística foi considerado o nível de confiança de 95% (p <0,05).

3.4. ASPECTOS ÉTICOS

O presente estudo foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Área


de Saúde da UFMT (CEP-SAÚDE). Número do CAAE: 87454918.9.00008124; Número do
Parecer: 2.615.535, aprovado em 04/06/2018. (ANEXO 2).
Os estudantes foram convidados a participar da pesquisa através de um Termo de
Assentimento (ANEXO 3) onde foram esclarecidos sobre os objetivos e desenvolvimento da
mesma. Eles receberam duas vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO
18

4),os quais foram entregues devidamente assinados pelos pais ou responsáveis, ficando uma
via sob sua posse e a outra devolvida ao entrevistador.
Riscos e desconfortos: Este projeto não envolveu nenhum risco ou desconforto físico
para os adolescentes, pois os dados foram coletados durante a aula, na presença do
responsável da turma.
Benefícios: Os resultados foram encaminhados à direção das escolas e servirão para
nortear políticas públicas que visem melhorar o estado nutricional dos escolares. Foram
realizadas palestras de orientação sobre alimentação saudável e sobre prevenção da obesidade
pela equipe envolvida no estudo.
19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participou do estudo uma amostra de 105 alunos de um total de 571 alunos matriculados
no 9° Ano do ensino Fundamental, pertencentes de cinco escolas estaduais, através da
avaliação do estado nutricional e a adesão à refeição ofertada. Desse total 62,9% pertenciam
ao gênero feminino e 37,1% ao masculino. Entre os alunos 82,8% estavam na faixa etária de
14 anos. Foi avaliado o grau de instrução da mãe onde se identificou que 14,3% não
concluíram o 1º Grau, e a maior parte delas tinha concluído o 2º Grau (40,0%).

Quadro 1: Caracterização dos adolescentes das escolas estaduais avaliadas (MT, 2018).
Variável n %
Sexo
Masculino 39 37,1
Feminino 66 62,9

Idade
14 anos 87 82,8
15 anos 14 13,3
16 anos 04 3,9
Escola
E.E. Estevão Alves Correia 17 16,2
E.E. Prof° João Crisóstomo 20 19,0
E.E. Deputado Salim Nadaf 21 20,0
E.E. Prof° Eliane Digigov 19 18,1
E.E. Maria Leite Markoski 28 26,7
Grau de instrução da mãe
1° Grau Incompleto 15 14,3
1° Grau Completo 18 17,1
2° Grau Completo 42 40,0
Superior Completo 11 10,5
Não sabe 19 18,1
Total 105 100
20

4.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ESCOLARES:

Para se avaliar e monitorar o estado nutricional dos adolescentes, a avaliação


antropométrica é uma excelente ferramenta. Matarroyos et al. (2013) destacam que as
medidas antropométricas têm passado por um processo de transformação a nível global para
um melhor entendimento do processo de crescimento e desenvolvimento do corpo humano,
sendo ele um método importante para avaliação do estado nutricional dos indivíduos.
Observa-se no quadro 2 que 11,4% dos adolescentes se encontravam com risco de baixo
peso e 20% com sobrepeso/obesidade. Esses dados reafirmam que o excesso de peso em
adolescentes é um crescente atualmente, mostrando que com o passar dos anos os riscos de
obesidade será maior que a desnutrição.
Em 2015 a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE), indicou a prevalência de
aproximadamente 32% de excesso de peso entre adolescentes de 12 a 19 anos, sendo 18% de
obesidade. Conde et al. (2018), analisando os dados deste estudo, indicaram que o estado
nutricional dos adolescentes escolares do Brasil se caracteriza por baixas prevalências de
déficit de peso e prevalência elevada do excesso de peso. Os resultados encontrados neste
estudo corroboram com esta afirmação.
Os autores Pereira, Pereira e Angelis-Pereira (2017), esclareceram que os hábitos
alimentares inadequados e o alto índice de sobrepeso e obesidade entre os adolescentes se
apresentam como um grave problema de saúde pública mundial, colaborando com o
desenvolvimento de futuras doenças crônicas não transmissíveis
Em relação ao indicador Estatura/Idade, observa-se que 10,5% dos adolescentes foram
classificados com risco de baixa estatura, esse resultado deve-se a prevalência de déficit de
altura através do ponto de corte utilizado: < percentil 15. Estudo realizado por Salvador,
Kitoko e Gambardella (2014), mostrou que 4,0% dos alunos estudados apresentaram déficit
de estatura (abaixo do percentil < 5 de E/I). Analisando esses autores, a prevalência de baixo
peso foi menor, no entanto vale ressaltar que a utilização do ponto de corte < percentil 15,
como valor crítico do déficit de peso em adolescentes, pode apresentar um maior grupo, sendo
assim, requer análises adicionais e discussão mais ampla, antes de sua eventual adoção.
Conde et al. (2018) explicam que, atualmente, o estado nutricional dos adolescentes está
pressionado por dois vetores relevantes e de ação oposta. Um deles é o ritmo de aumento da
altura média entre as crianças, que consequentemente contribui para a redução do déficit de
altura, e com isso pode conter a expansão da obesidade na adolescência, o outro é a expansão
21

da obesidade entre adultos, que em geral antecipa o aumento da prevalência de obesidade em


toda a população.
Ramires et al. (2014) destacam que no Brasil foi encontrada uma prevalência de excesso
de peso de 32% e de 18% de obesidade em adolescentes nas faixas etária de 12 a 19 anos. E
os valores de IMC indicam probabilidade elevada de manutenção do peso não saudável na
vida adulta e com isso uma elevada probabilidade para desenvolverem precocemente doenças
crônicas não transmissíveis.
Mas o aumento na estatura da população não significa, necessariamente, que as pessoas
estejam se alimentando de forma correta e saudável, isso nos mostra que atualmente a
prevalência de obesidade é muito maior, e para conter a expansão da obesidade na
adolescência é necessária uma mudança nos hábitos de vida ainda na infância (DALLA
COSTA et al., 2011).

Quadro 2: Classificação do estado nutricional dos adolescentes das escolas estaduais avaliadas
(MT, 2018).
Variável n %
Classificação E/I
Risco de déficit estatural 11 10,5
Estatura adequada 94 89,5
Total 105 100,0
Classificação IMC
Risco de déficit ponderal 12 11,4
Estatura adequada 72 68,6
Excesso de peso 21 20,0
Total 105 100,0

Quando o indicador IMC/I é relacionado com o sexo (tabela 1), observa-se que os
escolares do sexo feminino apresentam maior ocorrência de risco de baixo peso, embora a
diferença não tenha sido estatisticamente significativa. Essa diferença pode ser causada pelo
fato das meninas nessa fase estarem construindo a sua identidade. As meninas ficam
facilmente insatisfeitas com seu corpo, e com isso acabam desejando ser mais magras, e com
esse desejo acabam adotando estratégias na esperança de uma mudança na imagem corporal, e
que muitas vezes são perigosas para o próprio corpo (COPETTI; QUIROGA, 2018). Estes
autores falam que todas as mudanças decorrentes do período e a auto-aceitação na
adolescência estão condicionadas a critérios formulados pelo grupo de amigos que são
22

motivados pelos modelos sociais. Amigos e familiares, por vezes, contribuem para a
necessidade de estar, de forma constante, dentro dos padrões e expectativas sociais.
Um estudo entre adolescentes de 13 a 19 anos feito por Dumith et al. (2018) em alguns
municípios do semiárido brasileiro, definiu a prevalência de baixo peso para IMC como
abaixo de menos dois escore-z, e encontraram uma prevalência de 4,2% para toda a amostra,
sendo 4,9% para o sexo masculino e 3,6% para o sexo feminino, percentual um pouco maior
do encontrado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares, em 2008-2009, com adolescentes de
10 a 19 anos que foi de 3,4%.
Outro estudo no interior de São Paulo feito por Peres, Latorre e Slater (2012),
utilizando o mesmo indicador, mostrou que a prevalência de baixo peso entre meninos e
meninas foi semelhante (4,2% para meninos e 5,6% para meninas), e esse baixo peso seria por
conta de comportamentos alimentares inadequados. Segundo Mattos et al. (2010), a TV aberta
é a maior fonte de lazer e informação da maioria da população, moldando opiniões e
comportamentos. Por isso, ao mesmo tempo em que a TV pode transmitir importantes
mensagens sobre a promoção da saúde e prevenção de doenças, a exposição excessiva a ela
parece ser um indicador de aumento nos riscos à saúde.
Os adolescentes estão sendo influenciados por fortes tendências sociais e culturais, que
promovem a busca pelo corpo ideal. Esse perfil socialmente aceito pode introduzir no
adolescente uma alimentação inadequada e, futuramente, propiciar o desenvolvimento de
Transtornos alimentares (COPETTI; QUIROGA. 2018). Em geral, a auto-estima de pessoas
com sobrepeso/obesidade encontra-se comprometida, principalmente em adolescentes do sexo
feminino, o que mostra a importância de se estar atento às funções psicossociais dessas
adolescentes (HOERLLE, BRAGA; PRETTO, 2019).
Quando a análise é realizada em relação ao sobrepeso/obesidade, observamos em
nosso estudo um excesso de peso de 25,6% para os meninos e 16,7% para as meninas, embora
a diferença não tenha sido significativa. Um estudo feito por Guimarães et al. (2018) mostra
que na região centro-oeste a prevalência de sobrepeso entre meninos foi de 21,1% e das
meninas de 22,9%, evidenciando que o grupo de escolares estudado obteve um resultado
muito semelhante, ao contrário do obtido em nosso estudo.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica (ABESO, 2016), a região do Centro-Oeste é a terceira com maior
prevalência de sobrepeso e obesidade entre adolescentes de 10 a 19 anos, ficando atrás
somente da Região Sul e Sudeste. Cidrão et al. (2019) destacam que elevados índices de
prevalência da obesidade têm sido observados não somente nos países desenvolvidos, como
23

também naqueles que estão em fase de desenvolvimento, como por exemplo, o Brasil, e vem
aumentando também na população de baixa renda.

Tabela 1 - Distribuição dos adolescentes de acordo com o indicador IMC/I e o sexo (MT, 2018).
Classificação do IMC/I
Risco de baixo Eutrofia Excesso de peso Total
peso
Sexo
n % n % n % n %
Feminino 09 13,6 46 69,7 11 16,7 66 100,0
Masculino 03 7,7 26 66,7 10 25,6 39 100,0
Total 12 11,42 72 68,58 21 20,0 105 100,0
Qui-quadrado = 1,777 p valor = 0,411

Quando o sexo é relacionado com o indicador E/I (tabela 2) observa-se que os


adolescentes estudados apresentaram um percentual de risco de baixa estatura muito
semelhante e abaixo do esperado. Vidal et al.(2018) ressaltam que o padrão de crescimento e
o estado nutricional são indicadores de saúde e bem-estar, e que esse crescimento adequado se
dá perante as condições de vida às quais são submetidos os adolescentes. Podemos analisar
que nossos adolescentes estão com crescimento adequado considerando que fazem parte de
escolas com nível sócio-econômico médio.

Tabela 2: Distribuição dos adolescentes de acordo com o indicador E/I e o sexo (MT, 2018).
Classificação de E/I Total

Sexo Risco de baixa Estatura adequada


estatura

n % n % n %
Feminino 07 10,6 59 89,4 66 100,0
Masculino 04 10,3 35 89,7 39 100,0

Total 11 10,5 94 89,5 105 100,0


Qui-quadrado = 1,034 p valor = 0,323

Em relação à faixa etária, observa-se na tabela 3 a tendência a um aumento na


distribuição de jovens classificados com sobrepeso/obesidade conforme aumenta a idade. O
risco de baixo peso também foi mais alto nos jovens de 16 anos.
O IMC como indicador do estado nutricional na adolescência, embora apresente
importante variação no que tange à idade e a maturidade sexual, tem sido considerado um
bom indicador de sobrepeso em adolescentes, apresentando importante relação com medidas
antropométricas futuras (OLIVEIRA et al., 2008).
24

Gatti e Ribeiro (2007) destacam em seu estudo que quando se avalia o crescimento
físico envolvendo o estado nutricional na adolescência além do peso e da estatura, deve-se
considerar a maturação sexual que é representada pelo aparecimento dos caracteres sexuais
secundários sendo que a idade cronológica na adolescência deixa de ser um parâmetro seguro.
Porém a avaliação da maturação sexual baseada nos caracteres sexuais secundários apresenta
dificuldades para sua realização devido a fatores culturais, necessidade de local apropriado e
profissionais qualificados.
Ao longo da adolescência o aumento dos valores de IMC pode ser interpretado como
um marcador do amadurecimento, expresso pelo aumento na estatura e nas alterações da
composição corporal. A diferença no ritmo de amadurecimento sexual entre os sexos é
evidentemente maior no período de até 15 anos, período esse de maior contraste, decrescendo
depois, à medida que os estagiamentos de meninas e meninos se aproximam (GATTI e
RIBEIRO, 2007).
Como esse estudo mostra um aumento de adolescentes com excesso de peso a partir
do aumento da idade, vale ressaltar que a prevenção deve ser feita desde a infância, já que se
torna algo muito mais difícil de reverter quando se chega à vida adulta já com obesidade, por
isso a importância de programas de educação alimentar envolvendo toda a família.

Tabela 3 - Distribuição dos adolescentes de acordo com o indicador IMC/I e a idade (MT, 2018).
Classificação do IMC/I
Risco de baixo Eutrofia Excesso de peso Total
Idade
peso
n % n % n % n %
14 anos 10 11,5 61 70,1 16 18,4 87 100,0
15 anos 01 7,2 10 71,4 03 21,4 14 100,0
16 anos 01 25,0 01 25,0 02 50,0 04 100,0
Total 12 11,42 72 68,58 21 20,0 105 100,0
Qui-quadrado = 3,951 p valor = 0,412

Na tabela 4 observa-se que o risco de baixa estatura também aumenta com a idade,
mostrando que o déficit de estatura vai se agravando, provavelmente porque os alunos mais
velhos, já fora da idade adequada para a 9ª ano, são os que têm problemas de crescimento,
desenvolvimento e aprendizagem. Apesar do aumento significativo da média da estatura nos
países em desenvolvimento, seu déficit ainda continua sendo um problema de saúde pública
em muitos deles. Pedraza e Menezes (2014) falam que as estimativas da Organização das
Nações Unidas indicam que 34% das crianças de todo o mundo apresentam risco de déficit de
25

estatura, percentual que aumenta para 44% quando analisados os países menos desenvolvidos.
De acordo com a análise destes autores, a determinação do déficit de estatura se dá por três
níveis de variáveis: as condições socioeconômicas, os antecedentes maternos e as
características das crianças, representando assim a interação de múltiplos fatores na expressão
do crescimento linear.

Tabela 4 - Distribuição dos adolescentes de acordo com o indicador E/I e idade (MT, 2018):
Classificação de E/I
Risco de baixa estatura Estatura adequada
Idade Total
n % n % n %
14 anos 08 9,2 79 90,8 87 100,0
15 anos 02 14,3 12 85,7 14 100,0
16 anos 01 25,0 03 75,0 04 100,0
Total 11 10,5 94 89,5 105 100,0
Qui-quadrado = 1,268 p valor = 0,530

4.2. ADESÃO A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

A partir do momento que ocorreu a descentralização do Programa Nacional de


Alimentação Escolar (PNAE), onde o poder de compra dos alimentos foi transferido para a
administração dos estados e municípios, houve uma melhora na aceitabilidade da alimentação,
por permitir mais autonomia para essas administrações havendo uma maior diversidade do
cardápio, além de apresentar alimentos in natura e respeitar os hábitos dos estudantes
(FARIA, 2017).
Raphaelli et al. (2017) discutem que para se ter uma boa aceitação dos alunos na
alimentação escolar, deve ser feita a realização de diagnósticos sobre as suas preferências
alimentares e que essa alimentação oferecida seja de qualidade, mas sempre se deve levar em
consideração os hábitos alimentares de cada região, as características nutricionais, o custo,
horário de distribuição e estrutura das cozinhas das escolas.A aceitação da merenda pelos
escolares, mostra a qualidade do serviço prestado e com isso permite conhecer os hábitos
alimentares regionais para que assim possa se facilitar na elaboração de cardápios.
Em nossa equipe de estudo Cunha (2019), observou que 69,5% dos jovens consumiam
habitualmente a merenda ofertada (3 ou mais vezes por semana), muito abaixo do que o
Manual para aplicação dos testes de aceitabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (BRASIL, 2017b) preconiza que é de 85% a 90%. De acordo com Guerra (2015) a
adesão foi média pelo fato de que as escolas participantes do projeto mantêm em suas
26

dependências cantinas, sendo assim os alunos muitas vezes preferem comprar um alimento na
cantina a invés de comer a refeição ofertada pela escola. Observamos que 69,5% dos jovens
estudados compravam merenda na cantina.

4.3 RELAÇÃO ENTRE A ACEITABILIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E O


ESTADO NUTRICIONAL DOS ADOLESCENTES

A tabela 5 mostra que 15,1% dos alunos que consomem a merenda encontram-se com
risco de déficit ponderal versus 3,13% dos que não consomem. Este resultado, apesar de não
apresentar diferença estatisticamente significativa, nos leva a pensar que a adesão à
alimentação escolar é maior entre aqueles que têm risco nutricional.
Basaglia, Marques e Bematti (2015) destacam que esse é um dado preocupante já que
a alimentação saudável, balanceada e nutritiva é um direito de todos. Mas devido às
necessidades socioeconômicas da população em geral isso nem sempre é possível. Sendo
assim, o ambiente escolar se torna propício para o desenvolvimento de práticas alimentares
saudáveis, melhorando o nível educacional e reduzindo transtornos de aprendizado causados
por deficiências nutricionais, tais como anemia e desnutrição.
O sobrepeso e a obesidade foram alterações nutricionais mais freqüentes entre os
adolescentes avaliados (20,5% entre os que consomem a alimentação escolar VS 18,7% entre
os que não consomem). Essa observação está de acordo com a situação que vem sendo
relatada a partir de dados populacionais, que mostram um aumento na prevalência de
sobrepeso e redução na ocorrência de baixo peso em jovens brasileiros (CORRÊA, COGNI;
CINTRA, 2008) e independe da aceitação ou não da alimentação escolar, já que a prevalência
de excesso de peso foi semelhante entre os dois grupos.
Carlini, Costa e Mesquita (2015) destacam que o estímulo e a realização de práticas de
educação nutricional são necessários já que, mesmo aderindo efetivamente à alimentação
escolar, existem adolescentes que não a avaliam como saudável, já que muitos estudantes
entendem como alimentação saudável um tipo de refeição que, além de fazer bem para a sua
saúde, deve estar em correspondência com os seus hábitos alimentares. Contudo, sabe-se que,
nessa população, de um modo geral, os hábitos alimentares se caracterizam pela substituição
de alimentos tradicionais por outros com baixo valor nutricional e elevada concentração de
energia e de mais fácil consumo, sendo eles destacados os refrigerantes e guloseimas,
alimentos esses que não fazem parte dos cardápios escolares. Mais uma vez, ressalta-se a
importância de atividades de educação alimentar e nutricional, as quais podem contribuir para
27

que os estudantes façam suas escolhas de modo consciente e, de preferência, optem e


solicitem alimentos saudáveis (VALENTIM et al., 2017).
Fatores como idade e o estado nutricional dos estudantes, o consumo de alimentos
inadequados, são fatores relevantes, para uma efetivação em atividades de educação alimentar
e nutricionais nas escolas, para que com isso adesão a alimentação ofertada seja sempre
satisfatória (CESAR et al., 2018).

Tabela 5 - Distribuição dos escolares de acordo com a aceitabilidade da alimentação escolar e a


classificação do estado nutricional segundo o IMC/I (MT, 2018).
Classificação segundo o IMC/I
Adesão à alim. Risco de baixo Eutrofia Excesso de peso Total
escolar peso
n % n % n % n %
Sim 11 15,1 47 64,4 15 20,5 73 100,0
Não 01 3,1 25 78,1 06 18,7 32 100,0
Total 12 11,42 72 68,58 21 20,0 105 100,0
Qui-quadrado = 3,425 p = 0,180

Ao se analisar a tabela 6, nota-se que os alunos que não consumiam a merenda tiveram
uma prevalência de risco de déficit de crescimento um pouco maior dos que os que
consumiam a merenda, embora sem diferença estatisticamente significativa, ao contrário do
observado com o déficit ponderal.
Santos et al. (2005) explicam que a estatura final pode ser resultado da interação entre a
influência de fatores genéticos e ambientais, e essas variações na estatura podem refletir
problemas nutricionais associados às diferenças socioeconômicas, sendo comum a presença
de déficit estatura em adolescentes brasileiros de classes econômicas menos favorecidas.

Tabela 6 -:Distribuição dos escolares de acordo com a aceitabilidade da alimentação escolar e a


classificação do estado nutricional segundo o Indicador E/I (MT, 2018).
Classificação segundo E/I
Adesão à Total
Risco de baixa Estatura adequada
alim.
estatura
escolar
n % n % n %
Sim 07 9,6 66 90,4 73 100,0
Não 04 12,5 28 87,5 32 100,0
Total 11 10,5 94 89,5 105 100,0
Qui-quadrado = 0,0104 p = 0,918

Nas últimas décadas tem-se estudado muito os hábitos alimentares neste estágio de vida.
Alguns autores descrevem que nesta fase há um alto consumo de alimentos processados,
28

como lanches fastfood, refrigerantes e doces, ricos em gorduras, sódio e açúcares simples que,
somados ao sedentarismo e ao longo período destinado à TV, computador e videogames,
estão diretamente relacionados com a incidência de obesidade entre outras doenças crônicas
não transmissíveis durante a adolescência e a vida adulta (PEREIRA, PEREIRA; ANGELIS-
PEREIRA, 2017).
Sendo assim mudanças no estilo de vida desses adolescentes são necessários para
combater o atual perfil nutricional desses indivíduos, por isso ressalta-se a importância da
implementação de programas voltados para alimentação saudável e que incentivem a prática
de exercícios físicos (SANTOS, 2018).
Quando se trabalha com adolescentes é importante ressaltar que intervenções devem ser
implantadas para que haja uma redução do agravo do estado nutricional nesse grupo, e assim
proporcionar a prevenção de doenças na vida adulta.
Para a eliminação das taxas de risco de baixo peso e obesidade, é necessário intensificar
os investimentos públicos em saneamento, saúde e educação, fatores para que haja melhorias
no desenvolvimento adequado desses adolescentes.
Este período da adolescência pode ser a última oportunidade para programar estratégias
a fim de se corrigir déficits no desenvolvimento (PERES, LATORRE; SLATER, 2012), o que
reforça a urgência de se adotar programas de educação alimentar e nutricional tendo como
público alvo principal estes indivíduos, destacando-se neste caso a escola como um dos canais
mais efetivos para a incorporação destas ações.
29

5. CONCLUSÕES

Com os resultados obtidos em nosso estudo, podemos concluir que:


 Entre a população estudada foi alta a prevalência de sobrepeso/obesidade,
principalmente no sexo masculino, e aumentando com a idade.
 A prevalência de risco de baixo peso foi baixa, semelhante entre os sexos, e
aumentando com a idade.
 A adesão à alimentação escolar foi baixa, agravada pelo fato das escolas
participantes do projeto manter cantinas em suas dependências.
 O estudo mostrou que a prevalência de alunos estudados com risco de déficit
ponderal foi maior entre os que consumiam a alimentação escolar, entretanto o excesso de
peso foi semelhante entre os dois grupos.
 O risco de baixa estatura também foi semelhante entre os que consumiam ou
não a alimentação escolar.
30

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35

APÊNDICE 1-DADOS DOS ALUNOS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


FACULDADE DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL


Escola: ...................................................................................................
Turma: ..................................................................................................

Nome do aluno Data Gênero Peso Estatura IMC Percentil Percentil


Nascimento IMC/I E/I
36

ANEXO 1- QUESTIONÁRIO DE ADESÃO À MERENDA ESCOLAR


37
38

ANEXO 2- AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA


39
40
41
42
43

ANEXO 3 - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a participar da pesquisa “Avaliação da regularidade e


qualidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar em escolas da rede estadual de
Cuiabá e Várzea Grande, MT”. O estudo será realizado junto ao projeto de Ouvidoria Ativa
de iniciativa da Ouvidoria-Geral da União, Monitorando a Merenda.
Terá como objetivo geral avaliar a regularidade e a qualidade da alimentação servida em
escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande, MT, e sua relação com o desenvolvimento de
escolares regularmente matriculados no nono ano. O Projeto será desenvolvido por
professores e alunos do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso,
previamente treinados, em local e horário combinados com os diretores e professores de cada
escola, durante as aulas de educação física, conforme calendário pré-estabelecido.
Você participará realizando medidas de peso e altura e respondendo a uma entrevista
sobre a sua alimentação. O risco será mínimo, pois as medidas serão tomadas durante a aula
de educação física sob a supervisão dos professores e as entrevistas manterão o sigilo do seu
nome.
Após o término da coleta destes dados vocês serão convidados a participar de palestras
sobre alimentação saudável e caso apresentem alguma alteração de peso serão atendidos pelo
grupo de nutricionistas da equipe. Este estudo contribuirá para a melhoria da alimentação
escolar em nosso estado.
A participação desta pesquisa é voluntária, caso não deseje participar você não terá
nenhum prejuízo. Mesmo que tenha concordado, você pode solicitar para sair do estudo a
qualquer momento. Não terá custos para você e não haverá nenhuma compensação
financeira adicional, sendo todas as informações sigilosas, os dados guardados em local
seguro, sem identificar os participantes e a divulgação dos resultados será realizada em
revistas científicas da área.
Qualquer dúvida pode ser tirada com a professora Shirley Pereira, telefone (65) 3615
8808 ou (65) 99972 7763, endereço: Faculdade de Nutrição, Av Fernando Correa da Costa,
2367, Boa Esperança, Cuiabá, MT - CEP 78060-900 (e-mail: shirleyfp@bol.com.br) ou
diretamente no CEP-SAÚDE, com a prof. Bianca Galera, pelo telefone (65) 3615-8254,
endereço: Rua Fernando Correa da Costa 2367, Boa Esperança, Cuiabá-MT (e-mail:
cepsaude@ufmt.br).

Eu, ____________________________________________________, fui informado (a)


dos objetivos do presente estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei
que a qualquer momento poderei solicitar novas informações, e o meu responsável poderá
modificar a decisão de participar se assim o desejar. Tendo o consentimento do meu
responsável já assinado, declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via
deste termo assentimento e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.
Cuiabá, ____ de ______________ de 2018.

____________________________________
Assinatura do(a) menor
44

ANEXO 4 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Seu filho(a) está sendo convidado a participar da pesquisa “Avaliação da regularidade e


qualidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar em escolas da rede estadual de
Cuiabá e Várzea Grande, MT”. O estudo será realizado junto ao projeto de Ouvidoria Ativa
de iniciativa da Ouvidoria-Geral da União, Monitorando a Merenda.
Terá como objetivo geral avaliar a regularidade e a qualidade da alimentação servida em
escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande, MT, e sua relação com o desenvolvimento de
escolares regularmente matriculados no nono ano. O Projeto será desenvolvido por
professores e alunos do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso,
previamente treinados, em local e horário combinados com os diretores e professores de cada
escola, durante as aulas de educação física, conforme calendário pré-estabelecido.
Seu filho(a) participará realizando medidas de peso e altura e respondendo a uma entrevista
sobre a sua alimentação. O risco será mínimo, pois as medidas serão tomadas durante a aula
de educação física sob a supervisão dos professores e as entrevistas manterão o sigilo do
nome de seu filho(a). Após o término da coleta destes dados os alunos serão convidados a
participar de palestras sobre alimentação saudável e caso apresentem alguma alteração de
peso serão atendidos pelo grupo de nutricionistas da equipe. Este estudo contribuirá para a
melhoria da alimentação escolar em nosso estado.
A participação de seu filho(a) nesta pesquisa é voluntária, caso não deseje participar você não
terá nenhum prejuízo. Mesmo que tenha concordado, você pode solicitar para sair do estudo a
qualquer momento. Não terá custos e não haverá nenhuma compensação financeira adicional,
sendo todas as informações sigilosas, os dados guardados em local seguro, sem identificar os
participantes e a divulgação dos resultados será realizada em revistas científicas da área.
Qualquer dúvida pode ser tirada com a professora Shirley Pereira, telefone (65) 3615 8808 ou
(65) 99972 7763, endereço: Av Fernando Correa da Costa, 2367, Boa Esperança, Cuiabá, MT
- CEP 78060-900 (e-mail: shirleyfp@bol.com.br) ou diretamente no CEP-SAÚDE, com a
prof. Bianca Galera, pelo telefone (65)3615-8254, endereço: Rua Fernando Correa da Costa
2367, Boa Esperança, Cuiabá-MT (e-mail: cepsaude@ufmt.br).

Eu,___________________________________________________________________,CPF:_
_____________________________, fui informado(a) dos objetivos da pesquisa acima de
maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas e autorizo a participação do meu filho(a)
na pesquisa. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar
minha decisão se assim o desejar. Fui informado(a) que todos os dados desta pesquisa serão
confidenciais. Em caso de dúvidas poderei entrar em contato com a coordenadora ou com o
Comitê de Ética em Pesquisa.

Cuiabá,_____/_____/2018
__________________________________
Assinatura do(a) responsável pelo aluno

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