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UM
Uma história em quadrinhos
Baby sorriu e olhou para Johnny III, que deu uma risada,
encolhendo os ombros. Dedicou-se a acender um cigarro,
enquanto mademoiselle Lafrance abria sua maletinha,
tirava a câmara fotográfica e, desta, extraía o microfilme,
que atirou às mãos de seu companheiro.
— Já estão prontas as outras? — perguntou.
— Logo estarão — Johnny I consultou seu relógio.
— Achei melhor vir aqui que ficar esperando no
laboratório.
— Vá buscar as anteriores. E que estas sejam reveladas
agora mesmo. Só volte aqui quando puder trazer tudo,
Johnny. São... três e vinte. Acha que todas as fotos poderão
estar prontas pelas sete horas?
— Acho que sim. Já disse a meu... sócio que havia pressa.
Faremos tudo de uma vez.
— Bem. Até logo.
— Volto para lá? — perguntou Johnny III.
— Sim — assentiu Baby. — Não creio que notem nada,
portanto permanecerão tranquilos na vila. Um falso alarma.
Mas, se perceber que eles tentam partir, chame pelo rádio.
— Está bem.
Johnny 1 e Johnny III abandonaram a sala, enquanto Levi
Cohen olhava para um e outro, evidentemente atônito com
a rapidez de ações, decisões e entendimento entre os
agentes da CIA. Por fim, olhou para Baby, que se instalara
numa poltrona e estava acendendo um cigarro.
— Que... que faremos nós? — indagou.
— Sugiro-lhe que durma.
— Que durma? Agora?
— Amigo Levi, não creio que seja o momento de apanhar
sol.
— Cabe-me o segundo turno? — perguntou Johnny II,
sorrindo.
— De acordo — assentiu Baby.
Continuou fumando, pensativa. Muito pensativa, pois,
enquanto tirava as fotografias, estivera olhando o conteúdo
daqueles papéis. Também, por outro lado, conhecia as
primeiras fotos que entregara a Johnny I para que as
revelasse. Aquelas primeiras fotos possivelmente lhe fariam
compreender o que até o momento não compreendia,
aquela coisa estranha... Quanto às segundas, só tinha que
pensar naqueles mapas com linhas que, sem dúvida
alguma, representavam rios... Parecia, pelo menos. Mas,
além disso, tinha visto claramente desenhados uns
projéteis. Tinham a forma comum, normal, mas certamente
não deviam ser normais. Curioso, sobretudo, era que
aqueles projéteis estavam desenhados na corrente do rio
principal... O rio principal desembocava em Trieste e parecia
nascer no centro da Alemanha.
E de uma coisa tinha certeza a agente Baby: não havia
nenhum rio que nascesse na Alemanha e desembocasse,
por Trieste, no Mar Adriático. Nenhum. Mesmo porque, seria
totalmente absurdo: como um curso de água poderia subir
pelos Alpes para chegar ao Adriático? Os rios descem, não
sobem. Sempre o caminho fácil, de cima para baixo.
Lógico.
Johnny parecia ter adormecido. Levi Cohen olhava
fixamente para Baby, expressão quase aparvalhada.
Tinha sono, mas recusava deixar-se vencer por ele.
Além disso, estava muito nervoso. Certamente demoraria
a adormecer...
— Vá abrir.