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ABSTRACT
The correlation between Rousseau's myth of the noble savage, Darwinism and
romanticism reveals points of intersection between apparently divergent ideas.
Rousseau proposed a primitive and virtuous state of humanity, while Darwin's
Darwinism explores the evolution and adaptation of species over time. Romanticism,
influenced by Rousseau's idealism, celebrates nature, emotionality and authenticity.
Despite the differences, these concepts share the search for the human essence and the
intrinsic relationship between the human being, nature and historical development,
highlighting a complex network of thought that dialogues about the origin, evolution
and place of man in the world.
“Um animal não passa sem inquietação perto de um animal morto de sua espécie:
alguns dão mesmo uma espécie de sepultura; e os tristes mugidos do gado, ao entrar no
matadouro, anuncia a impressão que ele recebe do horrível espetáculo que o comove”.
Essa disposição natural é forte o suficiente para manter os homens no estado de natureza
em paz com seus semelhantes. É somente com surgimento da sociedade, da linguagem e
da filosofia que tal instinto perde força:
“Recebi, senhor, vosso novo livro contra o gênero humano. Obrigado. Nunca se
empregou tanta sutileza no sentido de nos bestializar; dá vontade de andar de quatro,
quando acabamos de ler o seu livro.”
Ao contrário do que fizeram crer alguns críticos da época, o objetivo do Discurso não
era defender um retorno a esse estado natural. A discussão sobre a natureza humana tem
outro propósito para Rousseau. Ele não pensava ser possível retornar ao estado de
natureza, mas, olhando à sua volta, via uma sociedade com muitos problemas. Olhando
para a natureza humana, via que isso era contingente. As coisas estavam dando errado
não porque o homem é assim, mas porque a sociedade o transformou nisso.
Seu otimismo sobre nossa natureza dava sentido para seu trabalho futuro. Nos livros
que escreverá depois do Discurso sobre a Desigualdade, Emílio ou da educação e O
contrato social, pensará como educar as crianças e organizar o governo da sociedade de
modo a garantir que a natureza humana não seja corrompida pela sociedade.
2.3 O mito do bom selvagem e a teoria do Darwinismo: o que eles têm em comum?
Rousseau acreditava que o homem, em seu estado natural, era bom, livre e
autossuficiente. No entanto, à medida que a sociedade se desenvolvia, surgiam
instituições como a propriedade privada, o governo e a desigualdade social, levando à
corrupção do homem. A propriedade privada foi um dos principais catalisadores dessa
corrupção, transformando relações pacíficas em competição e desigualdade.
Para Rousseau, a sociedade civilizada criava uma falsa noção de necessidades, gerando
uma busca incessante por poder, riqueza e status, resultando na corrupção moral dos
indivíduos. A desigualdade social exacerbava essa corrupção, pois os mais poderosos
exploravam os mais fracos, criando um ciclo de opressão e injustiça.
Assim, Rousseau via a sociedade como um sistema que corrompia a natureza benigna
do homem, transformando-o em seres egoístas, invejosos e moralmente degradados. Sua
crítica à corrupção da sociedade na natureza humana serviu como base para repensar os
valores sociais e políticos, buscando formas de reconstruir uma ordem mais justa e
equitativa, onde a bondade natural do homem pudesse florescer novamente.
2.5 Valores sociais e políticos segundo Rousseau
Os valores sociais e políticos defendidos por Rousseau tinham como objetivo principal a
busca por uma sociedade mais justa, na qual a liberdade e a igualdade fossem
preservadas. Sua crítica à desigualdade social, à corrupção da natureza humana pela
sociedade e seu apelo por uma participação cívica ativa deixaram um legado duradouro,
influenciando discussões sobre direitos individuais, governo democrático e justiça social
até os dias atuais.
3 CONCLUSÃO
Por outro lado, a teoria do darwinismo, proposta por Charles Darwin, ofereceu uma
perspectiva científica sobre a evolução das espécies, destacando a adaptação e a seleção
natural. Embora aparentemente distantes, há uma correlação no desejo de compreender
a natureza original do homem e das espécies, seja explorando a inocência perdida na
visão de Rousseau ou buscando compreender a evolução e adaptação das espécies na
teoria de Darwin. Essas correntes de pensamento refletem a busca humana contínua por
entender a condição humana, a relação entre o homem e a natureza, e o
desenvolvimento ao longo do tempo.
Embora cada uma delas tenha suas próprias ênfases e contextos, a correlação entre o
mito do bom selvagem, o romantismo e o darwinismo revela a complexidade das
interpretações sobre a natureza humana e o papel da natureza na evolução e na
expressão da vida no mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS