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LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

O ser humano se desenvolve e se realiza graças à sua capacidade de


comunicar e, assim, de interagir com outros indivíduos e com a sociedade. Assim, vemos
que a linguagem serve para nos comunicarmos e interagirmos por meio de signos
linguísticos, ou melhor, signos ideológicos.

Sem a comunicação nos atrapalhamos no pensar, no fazer e no viver.


Sem a comunicação somos incapazes de nos relacionarmos, de nos
compreendermos, de nos solidarizarmos. O ser humano se desenvolve e se
realiza graças
à sua capacidade de comunicar e, assim, de interagir com outros indivíduos e
com a sociedade. Sem comunicação, há complicação.
Em síntese, nos comunicamos para:
• Sobreviver;
• Interagir;
• Cooperar;
• Satisfazer necessidades biológicas, físicas e psicológicas;
• Sentir-nos aceitos;
• Relacionarmos com outras pessoas;
• Suprir necessidades práticas;
• Desenvolver atividades econômicas (vender/comprar produtos e
serviços);
• Dar e receber informações;
• Participar dos acontecimentos com ideias e opiniões.
Uma pequena história para refletir...

QUEM NÃO SE COMUNICA SE COMPLICA...

Formado em administração, por uma das mais conceituadas universidades


do país, com MBA em Gestão Estratégica pela Harvard School, e com a experiência
de 10 anos de trabalho, em cargo de alta gerência de uma grande organização do
setor de varejo, Márcio tinha o perfil de um jovem profissional com grande
empregabilidade. Tinha sido demitido da empresa por motivos estritamente políticos:
disputa de poder entre duas diretorias com as quais a sua divisão era estreitamente
relacionada. A empresa funcionava de forma reativa, sem se preocupar com questões
ligadas a clima organizacional, programas de desenvolvimento, gestão participativa ou
comunicação interna. Sua demissão foi sumária, pois os indicadores de resultados da
sua área de competência tinham caído em mais de 50%.
Com fluência em inglês, alemão e espanhol, escrevia artigos sobre administração
estratégica, publicados, com periodicidade, em uma revista especializada. O
único problema de Márcio era sua personalidade recriada, introspectiva e reservada.
Às escondidas, os colegas costumavam chamá-lo de Márcio “carranca”, pois vivia
com um semblante emburrado e evitava conversas dentro e fora do trabalho. Falava o
estritamente necessário, como se fosse um robô. Ninguém conhecia nada sobre sua
vida pessoal. Sabiam apenas que era casado, pela aliança de ouro no dedo da mão
esquerda.

Márcio já tinha conversado com um dos maiores head-hunters do país e


entregado o seu currículo para 20 empresas, em um período de seis meses, quando
recebeu o comunicado de que deveria se apresentar para o processo de seleção em
uma das maiores instituições financeiras do país. Após uma demorada entrevista
com o gerente de Recursos Humanos e dois rápidos encontros com diretores da
empresa, Márcio recebeu, através da agência de recolocação, o retorno contundente
da empresa contratante: CANDIDATO REPROVADO.

MOTIVO: Profissional de grande competência, experiência e visão de negócio,


porém com muita dificuldade em expressar seu pensamento de forma clara e objetiva.
Demonstra inabilidade no relacionamento humano, apresentando dificuldade em
administrar conflitos e pouca desenvoltura para o diálogo e a troca de opiniões.

A língua(gem) é, antes de tudo, uma atividade do sujeito, um lugar de interação


entre os membros de uma sociedade e seu conceito é bastante abrangente,
pois engloba todas as manifestações realizadas pela fala.

Para Bourdieu (1998, p. 81):

A linguagem é de modo mais geral, às representações, uma eficácia


propriamente simbólica de construção da realidade [...] – ao estruturar
a percepção que os agentes sociais têm do mundo social, a nomea-
ção contribui para construir a estrutura desse mundo, de uma maneira
tanto mais profunda quanto mais amplamente reconhecida (isto é,
autorizada)

Bakhtin, afirma que a linguagem é alteritária, porque sempre se direciona ao


outro, ideológica, porque não espelha a realidade, mas refrata uma outra
realidade e dialógica, porque os enunciados estão relacionados uns aos outros
por meio de elos.

Questões para responder


1. Qual a relação entre texto e contexto?

2. Como o contexto infuencia nos sentidos dos textos?

3. Analise a relação entre texto e contexto da charge abaixo

4. Discuta os efeitos de sentido da charge:

5. Que relações dialógicas podemos perceber na charge?

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