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Plano De Aula nº 04
16.03.2020
Do latim ‘communicare’, a comunicação significa pôr em comum, conviver. Este “pôr em comum”
implica que o transmissor e o receptor estejam dentro da mesma linguagem, caso contrário não
haverá compreensão.
1. Plano de Leccionação
- Conceito de Comunicação
- Teoria da Comunicação, de Roman Jakobson
- Barreiras da Comunicação
O individuo relaciona-se com os seus semelhantes e adquire a forma de agir e de pensar dominantes
na sociedade em que está inserido. Ao adquirir as regras e normas que regem uma determinada
sociedade, o ser humano desenvolve as suas capacidades de comunicação.
Assim, de uma forma sintética, comunicação é a acção, efeito ou meio de entrar em relação com o
outro. Podemos dizer que é o processo realiza a transmissão interpessoal de ideias, sentimentos e
atitudes entre dois (ou mais) indivíduos ou organizações: para além de permitir a troca de
informação, possibilita e garante a dinâmica de grupo e a dinâmica social.
1.2. As várias versões do EU no processo comunicativo
EU SOU
Os antagonismos entre estas diferentes versões do eu geram – ou podem gerar – tensões e conflitos
de difícil gestão, sendo habitual procurarmos adaptar os nossos comportamentos à imagem que as
pessoas desejam ou pensam ter de nós.
Por passarmos grande parte da vida a partilhar emoções, sonhos, medos, afectos, saberes e
experiencias, trabalhando lado a lado com outras pessoas, uma das principais características da
comunicação é o da interacção com os outros indivíduos.
Sempre que à interacção se alia a inter-relação – capacidade de estabelecer elos afectivos – surge a
comunicação.
Para estabelecer as funções de linguagem, Jakobson tomou por referência as três funções básicas da
língua – função expressiva, função conotativa, função de representação – e também os factores
constitutivos do acto comunicativo verbal.
Remetente (codificador);
Destinatário (decodificador);
Contexto (ao qual se faz referencia durante a comunicação e deve ser de possível
compreensão ao destinatário);
Contacto (canal físico a partir do qual se estabelece a comunicação; pode envolver a conexão
psicológica entre o remetente e o destinatário).
Conforme explica Jakobson, cada um desses seis factores determina uma diferente função de
linguagem.
A função emotiva ou expressiva tem por objectivo central expressar emoções, sentimentos, estado
de espirito, visando uma expressão directa em relação àquilo que está falando. Essa função centra-se
na primeira pessoa do discurso, isto é, no próprio remetente.
A função conotativa tem sua atenção centrada no destinatário. Essa função encontra sua expressão
gramatical mais pura no vocativo e no imperativo.
No que se refere à função referencial, ela é empregada quando o remetente tem por finalidade
traduzir a realidade para o destinatário. Assim, centra-se no contexto, referindo-se a algo, alguém ou
algum acontecimento. Há predominância da terceira pessoa gramatical.
Quanto à função poética, Jakobson menciona que, nesta função, a enfase recai sobre o processo de
elaboração da própria mensagem. O emissor constrói seu texto de maneira especial, realizando um
trabalho de selecção e combinação de palavras, de ideias e imagens, de sons e ritmos.
Quanto à função fáctica, Jakobson a considera como aquela cujo foco é o contacto/canal e seu único
propósito é prolongar a comunicação (“Alô, está me ouvindo.” “Humm-Humm.”).
Na função metalinguística, o foco está no próprio código. Essa função desempenha papel importante
na nossa linguagem quotidiana, quando o remetente e/ou destinatário tem necessidade de verificar
se estão usando o mesmo código. Usar a língua para explicar a própria língua.
Comunicar é uma base de bem gerir mensagens, enviadas ou recebidas, nos processos
interaccionais.
Capacidades e habilidades;
Conhecimento;
Estatuto sociocultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS