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Boa tarde, tarde.

Hoje venho-vos abordar sobre uma notícia


relacionada com a temática da segurança digital, no âmbito da disciplina
de Cidadania e Desenvolvimento. A notícia é relativamente recente, do dia
8 de março deste ano e é intitulada de “13 ou 16? Qual a idade mínima
para o consentimento informado?”. Retirei-a da plataforma Educare.pt e
foi escrita por Sara R. Oliveira.

Resumidamente, no Regulamento Geral de Proteção de Dados


apresentado pelo governo constava que a idade mínima para o
consentimento ao tratamento de dados pessoais na Internet sem uma
uma autorização paternal ou dos representantes legais do indivíduo
encontrava-se nos treze anos. Este consentimento baseia-se na “janela”
de termos de utilização e das regras da comunidade, que nos é
apresentada sempre que criamos uma conta Google ou uma conta numa
rede social ou mesmo quando instalamos uma dada aplicação num
aparelho eletrónico ou entramos numa dada página da Internet. Num dos
tópicos dessa janela temos de aceitar a condição de termos uma certa
idade ou superior e de aceitarmos a partilha de certas informações
pessoais (morada, nº de telefone, correio electrónico,…). Essa idade varia
consoante o país de origem do utilizador ou o país de onde provém a
página ou a aplicação. Para criar uma conta na marca de telemóveis
Huawei, Chinesa, temos de constar que temos mais de 13 anos, mas para
criar uma conta Google temos que constar que temos mais de 16 anos.

No entanto, muitos jovens com idades inferiores às necessárias,


aceitam os termos de utilização, sem uma autorização paternal, muitas
vezes não por interesses mas pouca facilidade e disponibilidade do
responsável legal para fazê-lo. Sendo assim, mentem acerca da sua idade,
expondo-se assim a conteúdos impróprios, de natureza sexual, por
exemplo, conteúdos susceptíveis, notícias e publicidades enganosas e ao
contacto com desconhecidos para fins de pedofilia, entre outros,
colocando assim em causa a sua segurança e a sua saúde mental.

Por estes mesmos motivos e problema do mundo digital, foi agora


proposta uma lei que pretende mudar a idade mínima para o
consentimento informado dos 13 para os 16 anos, estando esta lei em
fase final de apreciação na Assembleia da República, contrariando assim
os especialistas do grupo de trabalho do RGPD. Segundo a legislação da
EU, cada Estado-Membro pode definir a idade mínima atribuída a esta lei.
Países como a Espanha, Dinamarca, Suécia, Reino Unido, República Checa
e Polónia adotaram os 13 anos.

Primeiramente, acho que se deve compreender a opinião da


comunidade afetada: os jovens. Segundo um inquérito, dois terços dos
pré-adolescentes e 80% dos adolescentes utilizam as redes sociais
diariamente, para além da utilização das outras funções disponíveis na
Internet. No entanto, estes mesmos estão preocupados com a divulgação
de informações pessoais a que se sujeitam quando aceitam os termos de
utilização.

Já os especialistas, com os quais tendo a concordar, defendem a


idade dos 13 anos pelos seguintes motivos:

 A formação dos indivíduos para a segurança digital trabalha-se a


partir desta idade (como nós estamos a fazer)
 A idade dos 16 anos causará uma situação prejudicial aos jovens
portugueses
 É importante que os jovens lidem com o mundo digital e os seus
perigos cada vez mais cedo
 O número de indivíduos a mentir sobre a sua idade aumentará, não
tendo assim a medida um dos efeitos pretendidos
 A comunidade com idade inferior aos 16 anos também necessitam
do mundo digital no seu dia a dia, para a sua formação, para terem
acesso a vários conteúdos de entretenimento e educacionais, para
poderem comunicar mais facilmente com o outro, etc.
 A comunidade jovem é essencial no mundo digital, já que por este
meio, mais precisamente através das redes sociais, é muito mais
fácil a troca de ideais e opiniões importantíssimos para a sociedade,
já que a opinião dos jovens deve ser valorizada
 Esta situação causará uma certa exclusão, desigualdade e
discriminação perante os jovens.

Para combater as tentativas de mentir em relação à idade por parte


dos jovens, especula-se que futuramente, para determinar a idade efetiva
do utilizador, seja necessário recorrer ao cartão de cidadão ou semelhante
para se aceder a um determinado serviço da Interne, segundo uma notícia
da plataforma “Exame Informática”.

Por isso, venho-vos hoje pedir para, por favor, pela vossa segurança
no mundo digital, façam um esforço e peçam aos vossos pais ou
representantes legais para darem consentimento à vossa utilização dos
serviços da Internet. Eu reconheço que é complicado e que a vontade de
aceder a conteúdos destinados a pessoas mais velhas, mas se o fizermos
todos, vamos conseguir provar às entidades competentes que a nossa
geração é responsável, reconhece os perigos do mundo digital e sabe lidar
com estes. Desta forma, em tempos muito breves, teremos os direitos que
merecemos na Internet, estaremos todos em segurança e contribuiremos
para o progresso da sociedade.

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