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Os direitos humanos e a sua importância

A Declaração Universal dos Direitos do Homem, vulgarmente conhecida


como “Direitos Humanos” é uma carta de princípios que, de forma direta ou
indireta, regula a nossa forma de ser e viver numa sociedade.

Proclamada pela Organização Mundial das Nações Unidas a 10 de


dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem é uma
carta de princípios, da qual fazem parte trinta artigos, ou seja, trinta direitos
humanos, aos quais qualquer cidadão dos estados-membros da ONU, no qual
Portugal está incluído, tem, ou devia ter, infelizmente, direito. Esta carta tem
como objetivo preservar a liberdade e o bem-estar social e económico de
qualquer cidadão de uma sociedade. Para tal, é necessário que todos os
cidadãos, para além dos seus direitos, tenham também deveres.

Esta declaração teve como principal inspiração a Declaração dos


Direitos do Homem e do Cidadão, constituída por dezassete artigos e aprovada
em 1789 pela Assembleia Nacional de França, que defendia apenas alguns
dos trinta direitos atuais.

É exemplo dos trinta artigos acima referidos o artigo 21º, o qual refere,
segundo o Diário da República Eletrónico (DRE), o seguinte:
“ […]
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios
públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às
funções públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e
deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente
por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo
equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. […]”.
O artigo acima mencionado pretende salvaguardar que qualquer
cidadão tem o direito de colaborar com Estado e de usufruir das suas
funções, ou seja, de interferir com o destino das finanças e da economia do
país ou região em questão, diretamente (através da tomada de cargos
políticos) ou indiretamente (através da nomeação de alguém que tome esses
mesmos cargos), para além do pagamento de impostos obrigatório e igual
para todos os cidadãos. Para além disso, ao colaborar e apoiar o Estado e
as suas finanças, o cidadão ganha o direito de usufruir dos seus direitos,
nomeadamente da Segurança Social e das infraestruturas públicas, por
exemplo, de forma igual a todos os outros cidadãos.
Para que os direitos e deveres acima mencionados ocorram de forma
correta, justa e livre, é estritamente necessário o sufrágio, ou seja, voto,
universal, livre e secreto, realizado em datas definidas, de forma a que todos
os cidadãos possam votar sem serem oprimidos e que todos os votos
tenham o mesmo valor.

Ao cumprirmos com este direito, estamos diretamente a cumprir outros


direitos relacionados, tais como o artigo 3º ( “Todo o indivíduo tem direito à
vida, à liberdade e à segurança pessoal.”), já que a segurança pessoal é um
serviço do Estado, o artigo 22º (“Toda a pessoa, como membro da
sociedade, tem direito à segurança económicos, sociais e culturais social; e
pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos indispensáveis, graças ao
esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a
organização e os recursos de cada país.”), que também salvaguarda o direito
a recursos como a Segurança Social e o artigo 26º (“Toda a pessoa tem
direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a
correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso
aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em
função do seu mérito. A educação deve visar à plena expansão da
personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades
fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade
entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o
desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da
paz. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de
educação a dar aos filhos.”), que salvaguarda o direito à educação livre e
igual para todos, assegurada pelo Estado.

O direito 21º é violado em várias situações do dia a dia, conhecidas


mundialmente, nomeadamente em regimes ditatoriais, em que apenas existe
apenas um candidato, não elegido de forma justa, o qual impede as pessoas
de criarem outras organizações e de se oporem a este regime, para além de
não existirem instituições públicas como o ensino público e a Segurança Social.
Para além disso, em outros países, através da corrupção, certos indivíduos não
cumprem o dever de contribuir para a economia e finanças do Estado, através
do não-pagamento de impostos, por exemplo.

Situações destas acontecem em todo o mundo, nomeadamente em


países como a Coreia do Norte, a Rússia, mas também em situações do dia a
dia no nosso país, infelizmente, em casos conhecidos publicamente de
corrupção.

Sendo assim, em suma, os direitos humanos são essenciais para o bem-


estar de uma sociedade. No entanto, um único direito é quebrado em várias
situações da nossa sociedade, levando simultaneamente à infração de outros
direitos, apesar de constantemente assumirmos a nossa posição em relação a
estes aspectos, que devemos lutar para que sejam cumpridos.

Fontes:

https://www.infopedia.pt/$declaracao-universal-dos-direitos-do-homem

https://dre.pt/declaracao-universal-dos-direitos-humanos

https://www.infopedia.pt/$declaracao-dos-direitos-do-homem-e-do-cidadao

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