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ONU

Fundada em 24 de outubro de 1945, após o fim da Segunda Guerra


Mundial, a organização intergovernamental foi criada com o objetivo de
promover a cooperação internacional com a intenção de impedir conflitos
semelhantes. Dentre seus objetivos estão manter a segurança e a paz mundial
e promover os direitos humanos. 

Sistema de Proteção aos Direitos Humanos

Os direitos humanos possuem sistema de proteção internacional que são


organizados por atuação global, regional e local. A proteção global é exercida pela
Organização das Nações Unidas (ONU) que atua por medidas de alcance geral e
específico. Aplica de forma geral quando forem destinados à todos os seres
humanos, em todos os países, por meio de normas que visam assegurar a proteção
dos direitos humanos, em respeito à dignidade humana, sem diferenciações
específicas.
A ONU criou uma base legal do sistema de proteção global por meio de
convenções sobre direitos humanos, que são, por exemplo, a Carta das
Nações Unidas, que é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e a
Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
(destruição de populações ou povos).

A proteção global também poderá ter alcance especial, quando possuir


destinatários considerados as suas peculiaridades, e será exercido por
organizações internacionais que possuem sua atuação estabelecer limites
como por exemplo, eliminação da discriminação contra mulheres e direito das
crianças

Os direitos humanos possuem proteção de esfera regional, que é


composto por três subsistemas, que são: União Européia, União Africana e
Organização dos Estados Americanos.

O Brasil está inserido na Organização dos Estados Americanos,


também chamado de sistema interamericano. Seu sistema protetivo geral é
pela Declaração Americana e também pela Convenção Americana de Direitos
Humanos, que estabelece direitos a todos os indivíduos, independentemente
de sua nacionalidade. O sistema interamericano, como exposto, contém,
também, instrumentos de aplicação especial composta pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos.

Há o sistema local de proteção dos direitos humanos, que seguindo a


sequência do exposto, possui alcance geral e específico, e será instituído por
cada país, por meio de seu ordenamento jurídico interno.
Eficácia dos Direitos Fundamentais no Âmbito das Relações Privadas

Os direitos fundamentais apresentam-se como limites ao poder do


Estado, e, consequentemente, passam a vincular o Estado ao cidadão.
Há aqueles que contestam a aplicação dos direitos fundamentais nas relações
privadas sob o argumento de que o objetivo foi proteger os cidadãos somente
dos abusos cometidos pelo Estado. Esse entendimento não prevalece mais.
O Estado anteriormente foi identificado como o maior agressor dos
direitos naturais do homem. Hoje, sabemos que não só o Estado representa
uma ameaça aos direitos fundamentais, mas também outras instituições
privadas. Assim, nada mais natural que exigir respeito aos direitos
fundamentais de todos aqueles que possam vir a ameaçá-los.

Um outro argumento utilizado é o de que sua aplicação nas relações


privadas fere a autonomia privada, já sujeita a outras leis do Direito Privado.
Mas a estrita observância dos direitos fundamentais é uma necessidade do
Estado Democrático de Direito.

Caso nas relações privadas não houvesse a observância dos direitos


fundamentais, isso poderia gerar a obrigação do Estado de agir para garantir
sua efetividade

Ocorreria, assim, uma verdadeira cisão na ordem jurídica, na medida


em que “não há razão para que se faça diferenciação entre a aplicação destes
direitos, já que o que se está a proteger é a dignidade da pessoa humana,
como bem maior a se proteger”.

Assim, há hipóteses de direitos fundamentais que, claramente,


vinculam os particulares, como o direito à indenização por dano moral ou
material em caso de abuso do direito de livre manifestação do pensamento, o
direito à inviolabilidade de domicílio o sigilo de correspondência e das
comunicações telegráficas e telefônicas, além, é claro, o dos direitos dos
trabalhadores, que estão na Carta Magna.

A sociedade participa cada vez mais ativamente do exercício do poder, de


forma que a liberdade individual necessita de proteção não mais apenas contra
o poder público, mas também contra os que detêm o poder social e econômico,
já que as liberdades individuais também aqui se encontram sob constante
ameaça de serem afetadas.

Surge, assim, a chamada “dimensão objetiva dos direitos


fundamentais”, onde o Estado deve respeitar determinados valores, bem como
promover e zelar pelo seu respeito, por meio de uma postura ativa de proteção
global dos direitos fundamentais.
Os Diretos Fundamentais

Os Direitos ditos Fundamentais são aqueles inerentes à própria


condição humana, com previsão no ordenamento jurídico. Com base na Carta
Magna de 1998. Os Direitos Fundamentais estão classificados e divididos
em: Direitos Individuais, Direitos Coletivos, Direitos Sociais, Direitos à
Nacionalidade e Direitos Políticos.

(Historicamente, Magna Carta (ou Carta Magna) foi um documento imposto


em junho de 1215 pelos nobres ingleses rebelados contra o rei João Sem
Terra, com o intuito de dar um basta aos atos arbitrários reais, mediante a
edição de um corpo de leis a que o rei deveria prestar obediência).

Fica aqui uma breve consideração a respeito da diferenciação entre


direitos individuais e direitos coletivos:

Para que os direitos individuais constituem "direitos fundamentais do


homem-indivíduo, que são aqueles que reconhecem autonomia aos
particulares, garantindo a iniciativa e independência aos indivíduos diante dos
demais membros da sociedade política e do próprio Estado", Sarlet.

Os direitos individuais se classificam, conforme consta na nossa


Constituição de 1988 como: direito à vida, direito à intimidade, direito de
igualdade, direitos de liberdade e por último direito de propriedade.

A respeito dos direitos fundamentais coletivos, conforme a Carta


Magna vigente são classificados como direitos sociais, liberdade de associação
profissional e sindical.

Citação Rui Barbosa: DEVEMOS TRATAR TODOS IGUAIS, DE FORMA IGUAL. E OS DESIGUAIS
DE FORMA DESIGUAL, NA MEDIDA DE SUAS DESIGUALDADES.

Crislane Ramos

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