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COBERTURA ESPECIAL

-
BASE INDUSTRIAL DEFESA
- TECNOLOGIA

26 de Novembro, 2017 - 23:23 ( Brasília )

SIATT - Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico um novo


player com experiência no mercado
Renascendo dos tumulto político da Lava-Jato que afetou a
Odebrecht Defesa e Tecnologia, a SIATT retoma os projetos da
MECTRON, e ganhar tempo com a experiência adquirida.

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Rogérios Salvador, Sócio-Diretor da SIATT, com o MANSUP

DefesaNet acompanhou as várias etapas da agora SIATT, desde como um


guerreiro solitário, como MECTRON, e depois como parte da ODEBRECHT
Defesa e Tecnologia e agora SIATT.

Rogério Salvador, um dos sócio-fundadores fala à DefesaNet sobre a nova


empresa, cuja diretoria também é integrada por Azhaury Carneiro da Cunha
Filho, Wagner Campos do Amaral e  Carlos Alberto de Paiva Carvalho.

É uma apresentação madura, calejada pelos vários percalços que sofreu ao


longo dos anos, mas otimista quanto ao futuro.  

DefesaNet: O que é a SIATT?

Rogério Salvador : Significa  “Sistemas Integrados de Alto Teor


Tecnológico” SIATT. Também tem relação com os nossos valores:
Sinceridade, Integridade, Austeridade, Tenacidade e Transparência.

S – Sistemas          (Sinceridade)

I -   Integrados de   (Integridade)

A – Alto                   (Austeridade)

T – Teor                  (Tenacidade)

T – Tecnológico      (Transparência)

DefesaNet: Vocês que fundaram a MECTRON, que ficou ativa durante 25


anos sendo 20 anos independente e depois mais cinco anos com a
anos, sendo. 20 anos independente e depois mais cinco anos com a
Odebrecht e agora surge a SIATT. Podes detalhar estas três fases?

Rogério Salvador: Os primeiros 20 anos foram marcados por um


desenvolvimento totalmente independente. A primeira interface, que teve com
o mundo externo, em relação à tecnologia de armamento inteligente foi
apenas em 2008, com o programa do A-DARTER. De 1991 a 2008, foi
completamente independente. Sem nenhum tipo de transferência de
tecnologia, integração com outro país ou outra empresa em que houvesse
essas condições. A partir de 2008 nós validamos nossas práticas de
engenharia, aperfeiçoamos e viemos num crescente, até o momento, em que
foi feita a operação de venda da empresa para a Odebrecht, em 2011 (
Odebrecht compra controle da Mectron [Link] )

Antes disso, em 2007, o BNDES entrou como nosso sócio, o qual nos ajudou
muito na parte de fomento de novos projetos e tecnologia, mas que em 2011
acabou saindo com a entrada da Odebrecht. Na nova fase com a Odebrecht,
nós tivemos mais acessos aos recursos. No entanto, isso nos custou um
endividamento. Como o mercado se retraiu e houve o advento político da
“Lava-jato”, terminou o acesso ao crédito e a empresa entrou em colapso.

Depois, nós fundamos a SIATT. No primeiro momento pretendendo recomprar


nossa participação na MECTRON e num segundo momento, quando o
primeiro se tornou inviável, nós focamos em recomprar alguns dos ativos da
MECTRON. Obtivemos sucesso na negociação com a Marinha e a Odebrecht
com a continuidade do projeto do MANSUP ( Míssil Antinavio Nacional de
Superfície), dando seguimento ao trabalho que a MECTRON estava
fazendo. E com o Exército, o Míssil MSS 1.2 AC (Míssil Superfície-Superfície
1.2 Anticarro), dando continuidade da etapa de certificação, que hoje está em
avaliação técnico-operacional.

DefesaNet: Foi possível ter acesso pleno ao que já tinha sido


desenvolvido nesses dois projetos?

Rogério Salvador: Sim. Toda a parte da propriedade intelectual, de


equipamentos, os laboratórios, os estoques, mas, principalmente,
conseguimos recompor as equipes que fizeram os trabalhos no passado.

DefesaNet: Onde a SIATT está instalada hoje?

Rogério Salvador: No Parque Tecnológico de São José dos Campos.

DefesaNet: E quantas pessoas já integram a empresa?

Rogério Salvador: Temos em torno de 60 pessoas, sendo 40 engenheiros.

D f N t B i t ã b d MECTRON?
DefesaNet: Basicamente, são ex-membros da MECTRON?

Rogério Salvador : Sim, 90% são ex-membros da MECTRON.

DefesaNet: Na LAAD 2017, vocês estavam procurando caminhos. Nesse


momento, passados 6 meses, neste evento da Marinha (IV Simpósio de
Ciência e Tecnologia e Inovação da Marinha), vocês já apresentam a
SIATT com dois produtos. Qual é a perspectiva da empresa?

Rogério Salvador: O que pretendemos é nos beneficiar da experiência do


passado, e de uma forma rápida, conseguir materializar o desejo de se tornar
um braço fundamental das Forças Armadas Brasileiras e também olhar para
uma pauta de cooperação internacional visando exportações.

DefesaNet: Alguns anos atrás nós falamos da MECTRON como “Missile


House“ Brasileira. Esse farol, vocês procuram ainda ou mudaram os
conceitos?

Rogerio Salvador: Na verdade visamos ainda, pois é nosso carro principal,


mas também estamos muito focados na parte de integração sistemas
embarcados para plataformas aéreas, marítimas e terrestres. Estamos no
foco do armamento inteligente e também na utilização de inúmeros outros
sensores. Com o foco de produzir o equipamentos, utilizá-los na sua
plenitude e em diversas plataformas.

Defesanet: Que estágio está o MANSUP?

Rogério Salvador: Participam do projeto a SIATT e mais três empresas:

1 - Fundação EZUTE, é o braço gerencial que a Marinha do Brasil utiliza;

2 – AVIBRAS Aeroespacial que fornece a propulsão e a carga explosiva, e,

3 - OMNISYS que fornece o radar (Seeker).

Fora a propulsão, carga explosiva e o radar, toda a parte intermediária é


fornecida pela SIATT, como por exemplo: sistema de controle e guiamento,
incluindo o radioaltímetro e a integração do sistema de controle e guiamento
com plataforma inercial fornecida pela própria Marinha, o radioaltímetro e o
radar. A fusão de dados desses três sensores e a parte de controle e
guiamento é a nossa parte. O programa está em fase final de
desenvolvimento. A expectativa é de que até o final do ano de 2018 sejam
feitos os primeiros voos de testes. Para os próximos três anos é previsto a
fase de certificação, industrialização e fornecimento de série.

As duas fotos acima mostram etapas de teste com o rig do MANSUP. Mostrado na
foto superior. No Rig (foto superior podem ser testados parâmetros de atuação e
avaliados comportamento e performance do míssil, não somente dependendo de
simulação. A tela abaixo mostra  vários parâmetros de atuação do míssil.

DefesaNet: E o projeto do míssil MSS 1.2 AC?

Rogério Salvador: Esse está em fase de operação e avaliação técnico-


operacional. Ele pode ser encomendado a partir do final do ano que vem.  O
MSS 1,2 AC foi bem-sucedido na avaliação, pelas Forças Armadas (Exército
e Fuzileiros Navais).

DefesaNet: E o míssil Ar-Ar A-Darter que MECTRON participou desde


2008. Há alguma decisão sobre ele?

Rogério Salvador: Até onde nós entendemos, mas isso eu não tenho
confirmação oficial, a definição da FAB foi dar continuidade do projeto com as
empresas, que já estavam no programa. Então algumas das atividades da
MECTRON no projeto serão transferidas para a AVIBRAS e outras para a
Opto Eletrônica. E assim, entre esse conjunto de empresas que ficariam as
atividades brasileiras do míssil feito em parceria com a DENEL da África do
Sul.

DefesaNet: Como a SIATT tem sido recebida no mercado nacional e


estrangeiro?

Rogério Salvador: Por enquanto é um plano o foco no exterior. Nós estamos


em uma fase muito embrionária, mas entendemos que, em função de toda a
restrição orçamentária que existe no país, temos que procurar um ponto de
sustentação também nas encomendas externas, seja de serviço, seja de
produto. É parte do nosso plano de estratégia e estamos nos primeiros
passos para implementá-lo.

SIATT

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