Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Construcoes
CONSTRUÇÃO, INFRAESTRUTURA, CONCESSÕES E SUSTENTABILIDADE
Genie é uma marca registrada da Terex, South Dakota, nos EUA e em muitos outros países. A Genie é uma Marca da Terex. © 2012 Terex Corporation.
Associação Brasileira de Tecnologia para ÍNDICE
Equipamentos e Manutenção
Diretoria Executiva e
Endereço para correspondência:
Av. Francisco Matarazzo, 404, cj. 401 – Água Branca EDITORIAL_______________________________________ 3
São Paulo (SP) – CEP 05001-000
Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192 JOGO RÁPIDO____________________________________ 6
Conselho de Administração
Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede ENTREVISTA ____________________________________ 16
Construtora Norberto Odebrecht S/A Engenheiros Luiz Otávio de Amorim e Ivo Dworschak Filho:
Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Levando o mar para dentro do continente
Intech Engenharia Ltda.
Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel
Escad Rental Locadora de Equipamentos para Terraplenagem Ltda. MATÉRIA DE CAPA:
Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos SUPERPORTO DE AÇU _ ___________________________ 20
Ytaquiti Construtora Ltda.
Vice-Presidente: Juan Manuel Altstadt Superporto de Açu: Operação começa em 2013
Asserc Representações e Comércio Ltda. UCN será vizinha de toda a sua cadeia de fornecedores
Vice-Presidente: Mário Humberto Marques
Construtora Andrade Gutierrez S/A
Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka CONSTRUÇÃO NAVAL _ ___________________________ 30
Rolink Tractors Comercial e Serviços Ltda. Estaleiro Enseada do Paraguaçu ressuscita a indústria naval da Bahia
Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos
Entersa Engenharia, Pavimentação e Terraplenagem Ltda. Plataforma P-59 é batizada na Bahia
Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe
Lequip Importação e Exportação de Máquinas e Equipamentos Ltda. CONSTRUCTION EXPO 2013 _______________________ 38
Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto
Construtora Norberto Odebrecht S/A Construction 2013: mais de 40% dos espaços reservados
Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis Feira atende as expectativas do mercado
Galvão Engenharia S/A
Depoimentos traduzem anseios da cadeia da construção
Conselho Fiscal
Álvaro Marques Jr. (Atlas Copco Brasil Ltda. – Divisão CMT) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás Construções
Metálicas Moduladas Ltda.) - Dionísio Covolo Jr. - (Metso Brasil Indústria e Comércio Ltda.) - Marcos Bardella TECNOLOGIA ___________________________________ 48
(Brasif S/A Importação e Exportação) - Permínio Alves Maia de Amorim Neto (Getefer Ltda.) - Rissaldo Laurenti Novidades para o tratamento de túneis
Jr. (SW Industry)
Diretoria Regional CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA _______________________ 50
Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) (Construtora Barbosa Mello S/A) - Gervásio Edson Magno (RJ / ES)
(Construtora Queiróz Galvão S/A) - José Demes Diógenes (CE / PI / RN) (EIT – Empresa Industrial Técnica S/A) - Shoppings como o povão gosta
José Luiz P. Vicentini (BA / SE) (Terrabrás Terraplenagens do Brasil S/A) - Rui Toniolo (RS / SC) (Toniolo, Busnello Setor investe em novos mercados fora das capitais
S/A) - Luiz Carlos de Andrade Furtado (PR) (CR Almeida)
Diretoria Técnica PAC 2 _ ________________________________________ 58
Alcides Cavalcanti (Iveco) - Ângelo Cerutti Navarro (U&M Mineração e Construção) - Augusto Paes de
Azevedo (Caterpillar Brasil) - Benito Francisco Bottino (Construtora Norberto Odebrecht) - Governo diz que PAC 2 investiu R$ 324,3 bilhões
Blás Bermudez Cabrera (Serveng Civilsan) - Célio Neto Ribeiro (Auxter) - Clauci Mortari (Ciber) - Cláudio
Afonso Schmidt (Construtora Norberto Odebrecht) - Davi Morais (Sotreq) - Edson Reis Del Moro (Yamana CONCRETO HOJE_________________________________ 62
Mineração) - Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) - Paulo Lancerotti (BMC – Brasil Máquinas de
Construção) - Gino Raniero Cucchiari (CNH Latino Americana) - Ivan Montenegro de Menezes (Vale) - Jorge
Novas alternativas para construção habitacional
Glória (Doosan) - Laércio de Figueiredo Aguiar (Construtora Queiróz Galvão S/A) - Luis Afonso D. Pasquotto
(Cummins Brasil) - Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira (Tracbel) - Maurício Briard (Loctrator) - Jacob Thomas PESQUISA______________________________________ 64
(Terex Latin America) - Paulo Almeida (Atlas Copco Brasil Ltda. – Divisão CMT) - Pedro Luiz Giavina Bianchi
(Camargo Corrêa) - Ramon Nunes Vazquez (Mills Estruturas) - Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr Brasil) ARTIGO________________________________________ 68
- Roberto Leoncini (Scania Latin America) - Sérgio Barreto da Silva (GDK) - Valdemar Suguri (Komatsu Brasil) -
Yoshio Kawakami (Volvo Construction Equipment) - Wilson de Andrade Meister (Ivaí Engenharia de Obras S/A)
AGENDA_ ______________________________________ 70
Diretoria Executiva
Diretor Comercial: Hugo José Ribas Branco
Diretora de Comunicação e Marketing: Márcia Boscarato de Freitas
Assessoria Jurídica
Marcio Recco
Grandes
Construcoes
Conselho Editorial
Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto,
Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso.
Membros: Aluizio de Barros Fagundes, Dante Venturini de Barros, Fabio Barione,
Íria Lícia Oliva Doniak, Remo Cimino, Roberto José Falcão Bauer, Siegbert Zanettini e
Túlio Nogueira Bittencourt
4 / Grandes Construções
JOGO RÁPIDO
TT Torre Orbit, monumento com 122 metros de altura, construído pela
ESPAÇO SOBRATEMA ArcelorMittal para celebrar os Jogos Olímpicos de Londres
SOBRATEMA FÓRUM
Mantenha-se em sintonia com o mercado da Construção
e participe do II Sobratema Fórum. O evento contará
com palestras que debaterão os principais aspectos
relacionados à inovação e à tecnologia na área de
infraestrutura, sendo uma oportunidade para os
participantes conhecerem novidades nesse segmento,
adquirirem informações relevantes para a tomada de
decisões em seu negócio. Para inscrever-se no
III Sobratema Fórum basta acessar o site:
http://www.sobratemaforum.com.br
MISSÕES TÉCNICAS
Associados têm benefícios especiais nas Missões
Técnicas. Pacotes de viagens com preços acessíveis,
credencial antecipada, isenção ou desconto no
pagamento de inscrições em feiras internacionais e
tratamento diferenciado: crachá VIP, dando acesso ao
International Business Center. Próxima missão será a ARCELOR MITTAL: VENDAS RECORDES
MINExpo, no período de 24 e 26 de setembro, em Las
Vegas, nos Estados Unidos.
NO SEGMENTO EÓLICO
A ArcelorMittal Aços Longos, primeira fabricante de aço do país a
INSTITUTO OPUS obter o Rótulo Ecológico da ABNT (Associação Brasileira de Normas
O Instituto Opus ministra curso de guindauto em obra do Técnicas), está aproveitando o boom de energia eólica no Brasil,
Metrô Ipanema, no Rio de Janeiro. O objetivo é buscar sobretudo no Nordeste, região que abriga a maioria dos parques eólicos em
excelência e enquadrar-se nas normas do governo
operação no País, para expandir seu atendimento nessa área. De 2009 até
que obrigam a reciclagem anual dos operadores de
junho de 2012, a empresa já forneceu mais de 20 mil toneladas para os par-
equipamentos motorizados. Cerca de dez alunos
participaram do curso ministrado pelo engenheiro Carlos
ques eólicos construídos naquela região. O volume de aço equivale ao peso
Galvão Carvalho de Farias, instrutor que atuou na Petrobrás. de dez torres da ArcelorMittal Orbit, monumento construído em Londres
para os Jogos Olímpicos 2012. O aço é usado na montagem estrutural das
AGENDA SOBRATEMA torres eólicas.
CURSOS A empresa começa a fornecer 5 mil toneladas adicionais para mais 58
SETEMBRO torres a serem construídas pela CTZ Eólic Tower, empresa do grupo Cortez.
03 - 04 | Curso de Gestão de Frotas -Módulo I – Serão fornecidas armaduras prontas para as estruturas de concreto das
Local: Sede da Sobratema
torres, que terão 100 m de altura cada. Trata-se de uma solução estrutural
10 - 14 | Curso de Supervisor de Rigging –
Local: Sede da Sobratema que vai gerar economia e índice zero de desperdício nas obras, já que o aço
17 - 21 | Curso de Rigger – chega cortado, dobrado e nas especificações de cada projeto.
Local: Sede da Sobratema
24 - 25 | Curso de Gestão de Frotas - Módulo II –
Local: Sede
6 / Grandes da Sobratema
Construções 6 / Grandes Construções
JOGO RÁPIDO
Maio 2012 / 7
JOGO RÁPIDO
2037_L
Viva o Progresso.
Escavadeira hidráulica R 964 C.
Cabine ampla proporcionando maior conforto ao operador
Motor Diesel V 8 mais potente
a no
Estrutura em aço especialmente projetada para trabalhos severos d
Br
od zi
asi l
u
EM E PROGR
ORD ESS
O
Pr
Executivos das empresas Servi-sá Auto Guindaste Locação e operação brasileira para verificar se os produtos estão nos padrões
Lauer Engenharia Máquinas e Serviços estiveram na cidade da empresa”, explica Nunes. Até dezembro de 2012 a unidade deve
de Passo Fundo, em julho, para receber os dois dos oito finalizar a produção dos primeiros 44 guindastes montados em solo
guindastes Grove RT765E-2 para terrenos acidentados que foram brasileiro. Quando a fábrica atingir sua capacidade total, o que deve
encomendados à empresa. Os dois guindastes serão utilizados na se dar por volta de 2017, a Manitowoc estará produzindo no Brasil
duplicação da Comperj (RJ), e são os primeiros montados integral- cerca de 300 guindastes por ano. Em abril, a produção começou
mente no Brasil. com os guindastes denominados RT”s, modelos 765, 880 e 890,
De acordo com o diretor-geral da Manitowoc no Brasil, Mauro com capacidades de 60 t, 70 t e 80 t, respectivamente. A partir de
Nunes, depois de finalizada a montagem, os guindastes passam janeiro de 2013 serão adicionados a linha desses guindastes os mo-
por uma série de testes, além de uma auditoria com duração de delos 530 e 540, de 25 t e 30 t. Em junho de 2013 deve ser iniciada
50 horas. “Uma equipe de engenheiros da Manitowoc vem para o a produção dos "guindastes torres", com previsão de 100 unidades
Brasil para orientar e realizar os testes. É como uma validação da por ano. Serão produzidos os modelos Mci 85, MC 125 e MC 175.
10 / Grandes Construções
SH12_ad02_210x280.ai 1 16/8/2012 14:41:04
Scheffer
✔ Reconhecida pelos profissionais da Construção como a
SH na cabeça
melhor empresa de fôrmas para concreto, fôrmas de alumínio,
escoramentos metálicos e andaimes fachadeiros do país*;
✔ Líder em inovação tecnológica e na qualidade de atendimento;
✔ Mais de 40 anos de vanguarda e experiência
no mercado nacional;
✔ *Vencedora pelo 15º ano consecutivo do "Prêmio
PINI", nas quatro categorias em que concorreu.
Desde 1969
www.sh.com.br
0800 282-2125
Presente em todas as regiões do Brasil.
XCMG INVESTE NO BRASIL TT Esgoto a céu aberto corta bairro da periferia de Macaé, no norte fluminense
12 / Grandes Construções
JOGO RÁPIDO
14 / Grandes Construções
ENTREVISTA Engenheiros Luiz Otávio de Amorim e Ivo Dworschak Filho
16 / Grandes Construções
WW Draga cutter head, com capacidade de retirada de 1 milhão e 200 mil metros cúbicos de areia por
mês, trabalhando na sucção e recalque para a execução de aterro hidráulico
6,5 km de extensão, 300 metros de lar- como FPSO (Unidade Flutuante de Pro- ainda uma área de frente para o canal
gura e profundidade de 18 metros no dução, Armazenamento e Descarga), interno de águas abrigadas, com 1,7
início e 10,5 metros no fim – profundi- plataformas fixas de exploração e TLWP milhão de metros quadrados para alu-
dades necessárias para o trânsito de na- (Plataformas flutuantes com casco fixo guel a empresas de apoio às atividades
vios supply. Às margens do canal, serão tensionado), bem como navios-sonda e offshore de petróleo e gás.
instaladas várias empresas para apoio, plataformas semissubmersíveis. As obras do TX2 e do novo estaleiro
fornecedoras de peças, componentes Dworschak Filho revela que já no pri- acontecem paralelamente à construção
e serviços para a indústria offshore; o meiro trimestre de 2013 está prevista a do primeiro terminal, o TX1 (offshore),
Terminal Multiuso da LLX, e aquele que entrada em operação da primeira etapa também no complexo portuário de
segundo o grupo EBX, será o mais mo- do empreendimento, para atender a Açu, dedicado à exportação de miné-
derno estaleiro da América Latina. uma carteira de pedidos da OSX, que rio de ferro e petróleo. Juntos, o TX1
Com obras iniciadas em agosto do já conta com embarcações destinadas e o TX2 poderão abrigar até 40 berços
ano passado, o canal já conta com à produção de petróleo e gás no Brasil. e 17 km de píer, dando ao Superporto
2.500 metros de extensão, oito metros “Para quem não entende de constru- do Açu capacidade para movimentar
de profundidade e mais de 250 metros ção naval, o que estamos fazendo aqui até 350 milhões de toneladas de carga
de largura. Atualmente, estão sendo é impensável. Estamos construindo um por ano, posicionando-se entre os três
executadas as dragagens do canal e das estaleiro de ponta, de alta tecnologia, maiores portos do mundo.
cavas de fundação, primeiro passo para em terra firme, no continente, para so-
o assentamento dos blocos de concreto mente no final trazermos o mar para Grandes Construções – Em que eta-
para construção do quebra-mar do TX2 banhar esse estaleiro”, comenta o en- pa do projeto estão concentradas as
e da UCN. genheiro, entusiasmado com o projeto. obras, neste momento? Agosto 2012 / 17
Ivo Dworschak Filho fala especifica- Atualmente em obra, o TX2 terá Luiz Otávio de Amorim – Os traba-
mente do estaleiro da OSX, concebido terminais para atracação de navios de lhos estão se concentrando em duas
para ser o mais moderno complexo da granéis sólidos, produtos siderúrgicos, frentes paralelas. Em uma delas no TX2,
indústria naval das Américas. Ele foi di- carvão, ferro-gusa, escória e granito, o terminal onshore do Superporto do
mensionado para apoiar o desenvolvi- além de granéis líquidos, carga geral e Açu, estamos trabalhando na constru-
mento do País na área de exploração e veículos. Pelo cais do TX2 também pas- ção do Molhe Norte e do Molhe Sul. Es-
produção de petróleo e gás. Nele, serão sarão equipamentos e materiais desti- tamos dando prioridade para o Molhe
processados materiais metálicos para a nados ao uso na exploração e produção Norte porque em setembro deste ano
construção de novas unidades de ex- de óleo e gás, jaquetas e módulos para chegarão os primeiros caixões de con-
ploração e produção
ANÚNCIO2.pdf 1
de petróleo
09/08/12 13:47
e gás, unidades offshore. O TX2 oferecerá creto que serão usados na montagem
Agosto 2012 / 17
ENTREVISTA
do quebra-mar. Esses primeiros caixões e 200 mil metros cúbicos de areia por
estão sendo construídos no Porto do mês. As demais são do tipo Hopper, que
Forno, em Arraial do Cabo (RJ), com levam o material de dragagem, que não
o Kugira (N.R.: maior dique flutuante é utilizável para a construção civil, para
da Europa e que está na América Lati- depósito no mar, a uma distância apro-
na pela primeira vez, para a fabricação ximada de 20 milhas. Mas no começo
desses caixões de concreto). Cada um do mês de agosto chegou mais uma
deles tem 66 m de comprimento, 24 m draga cutter, esta com capacidade para
de largura, 21 m de altura e 18 mil to- bombear material bom para constru-
neladas, dimensões equivalentes a um ção, para fazer aterro, a uma distância
prédio de sete andares. Paralelamente a de oito quilômetros.
isso, prosseguem os trabalhos de aber-
tura do canal de acesso para o TX2, na GC – Qual o total dragado previsto lado, mas é também bastante desafia-
parte interna. Nessa etapa das obras até a conclusão da abertura do canal dora, se pensarmos que começamos a
nós já chegamos hoje a 2.500 metros de acesso? movimentar terreno em julho de 2011
de extensão, com cerca de 300 metros Luiz Otávio – Esse total previsto e de e que a construção de um estaleiro im-
de largura. cerca de 50 milhões de metros cúbicos plica numa série de condicionantes a
de material dragado. Desse total, me- serem atacados, é um trabalho a céu
GC – Quando as obras do canal de- tade, aproximadamente, deverá ser uti- aberto. E apesar disso temos uma série
verão ser completadas? lizada como aterro hidráulico, material de contratos assinados com empresas
Luiz Otávio – Dentro do ritmo atual de terraplenagem para a área industrial estrangeiras, cobrando a nossa perfor-
das obras, a tendência é chegarmos a do complexo do Superporto do Açu. mance, com cláusulas de multa.
fevereiro do ano que vem com pratica-
mente todo o canal completo. GC – Quando o estaleiro entra em GC – Quantos funcionários estão
operação? trabalhando no canteiro?
GC – Quantas dragas trabalham na
Ivo Dworschak Filho – A previsão Ivo Dworschak Filho – Hoje, nós es-
abertura do canal?
para a entrada em operação parcial é tamos com 350 funcionários e estamos
Luiz Otávio – Nós estávamos com
no primeiro trimestre de 2013. investindo na formação de mão de
três dragas trabalhando. Uma delas é
obra. Formalizamos uma forte parceria
do tipo cutter head, responsável pela GC – Pelo que sabemos, o estaleiro com a Federação das Indústrias do Es-
sucção e recalque, para a execução de nem está pronto, mas já conta com tado do Rio de Janeiro (Firjan) e com o
aterro hidráulico. Essa draga cutter tem
uma carteira de encomendas consi- Serviço Nacional de Aprendizagem In-
a capacidade de retirada de 1 milhão
derável. Qual o tamanho dessa car- dustrial (Senai), em Campos e em São
teira e o que isso representa para o João da Barra, formando mão de obra
projeto? da região, para aproveitamento no es-
Ivo Dworschak Filho – Hoje, nós te- taleiro. Estamos recrutando essa mão
mos firmes contratados, cinco FPSOs de obra – em uma primeira chamada
FPSO (Floating Production Storage and tivemos cerca de 20 mil candidatos e
Offloading); quatro plataformas fixas estamos hoje treinando essa garotada
do tipo WHPs (Wellhead); 11 navios nova, que vai ter de aprender não só
MRs, que são embarcações tipo tan- a construção naval convencional, como
ques, com capacidade em torno de 50 também algumas peculiaridades espe-
mil toneladas; e um navio tipo PLSV (Pi- cíficas desse empreendimento, que
pelay Support Vessel), especializado na tem seu foco na automação. Portanto,
instalação de tubulações submarinas. É esses jovens vão ser treinados também
um total de 21 unidades, o que é uma em automação, que é o diferencial da
situação muito confortável, por um competitividade.
18 / Grandes Construções
TT No TX2, os trabalhos estão concentrados na construção do Molhe Sul e do Molhe Norte, onde, em
setembro, serão instalados os primeiros caixões de concreto a serem usados na montagem do quebra-mar
Confiabilidade
e Inovação
www.cpbconcretoprojetado.com.br
Agosto 2012 / 19
vendas@cpbconcretoprojetado.com.br
MATÉRIA DE CAPA - SUPERPORTO DE AÇU
SUPERPORTO DE AÇU: O
Projeto concebido dentro do conceito
de porto-indústria já começa a mudar o
cenário do pacato município de São João
da Barra, no norte fluminense
Se há 10 anos alguém dissesse que bons negócios, que levou o megaempre- Rio (responsável pela implantação do
o pacato município de São João da sário Eike Batista a investir na região, na terminal portuário dedicado ao minério
Barra, no Norte do estado do Rio de sua vocação para a logística e indústria de ferro) e R$ 2,8 bilhões pela LLX Açu
Janeiro, com seus 36 mil habitantes e naval e offshore. (responsável pela operação das demais
458,611 km² de área, banhado pelas O Complexo Portuário Privativo de cargas como produtos siderúrgicos,
agitadas águas do Atlântico em mar Uso Misto do Superporto de Açu, em petróleo, carvão, granito, escória, ferro
aberto, um dia abrigaria um complexo construção pela LLX, empresa de logís- gusa e carga geral).
portuário comparável aos mais eficien- tica do Grupo EBX, é o maior investi- Para a escolha do local, foi decisiva
tes do mundo, certamente poucos acre- mento em infraestrutura portuária da a sua localização estratégica. O empre-
ditariam. E acreditariam menos ainda se América Latina. O empreendimento, endimento está localizado próximo à
alguém afirmasse que a região seria sede que se caracteriza por um projeto ino- Bacia de Campos, área responsável por
do mais moderno estaleiro das Amé- vador, dentro do conceito de porto- 85% da produção de petróleo e gás do
ricas, dotado de tecnologia de quinta indústria, alia modernas práticas de Brasil. Superporto do Açu vai atender as
geração. Mas acreditar em sonhos im- engenharia, construção e operação, en- necessidades de logística e suprimento
prováveis é o que distingue homens co- volvendo investimentos da ordem de das atividades de exploração e produção
muns dos grandes empresários de visão. R$ 3,8 bilhões. Desse total, R$ 1 bilhão de óleo nas Bacias de Campos, Santos e
E foi essa fé, associada ao “faro” para deverá ser aportado pela LLX Minas- Espírito Santo. Toda a estrutura pode-
20 / Grandes Construções
SS Ponte de acesso ao TX1, com 3 km de extensão, vista a partir do píer de rebocadores
Agosto 2012 / 21
MATÉRIA DE CAPA - SUPERPORTO DE AÇU
complexo termelétrico da MPX (empre- dos os teores de sal e de água contidos barque de minério de ferro no Super-
sa de energia do Grupo EBX), plantas de no petróleo por meio de centrifugação e porto do Açu. Além disso, a LLX tam-
pelotização de minério de ferro, Unidade decantação. A operação melhora a quali- bém assinou acordos comerciais com a
para Tratamento de Petróleo e indústrias dade e o valor comercial do produto. Camargo Corrêa Cimentos e com a Vo-
de tecnologia da informação que consti- A LLX possui cerca de 60 memoran- torantim Cimentos para a implantação
tuirão o futuro vale do silício brasileiro, dos de entendimento em negociação de unidades industriais para a produção
entre outros. com empresas que querem se instalar ou de cimento no Complexo Industrial do
O projeto do Complexo Industrial movimentar cargas no Superporto do Superporto do Açu.
do Superporto do Açu também engloba Açu. Entre eles está o acordo de coopera- Em outubro de 2011, a LLX divulgou
centros de distribuição e consolidação ção assinado com a Wisco (Wuhan Iron a assinatura de contrato com a empresa
de cargas, instalações para embarcações and Steel Co.), terceira maior siderúrgica NOV (que adquiriu a NKT Flexibles),
de apoio às atividades offshore e clusters da China, e contrato com a Ternium para para a instalação de uma unidade de
para processamento de rochas ornamen- a instalação de parque siderúrgico no Su- produção de tubos flexíveis para apoio
tais, revestimentos e cerâmica. O super- perporto do Açu, com capacidade inicial a indústria offshore no Superporto do
porto contará com uma Unidade para de produção de 8,4 milhões de toneladas Açu. Essa unidade, com início de pro-
Tratamento de Petróleo (UTP), já licen- de aço bruto por ano. dução previsto para 2013, será locali-
ciada para movimentação de 1,2 milhão Com a Anglo American, a empresa zada na margem direita do TX2 e terá
de barris por dia. Na UTP serão reduzi- possui um contrato take or pay para em- capacidade para produção de 250 km
22 / Grandes Construções
de tubos flexíveis por ano, além de área total. A previsão é que sejam investidos gidos submarinos de grande extensão
para armazenagem e teste de material. R$ 650 milhões na construção da unida- no Superporto do Açu. Com píer de
O investimento previsto é de 200 mi- de, com geração de 600 empregos diretos. 250 metros de extensão e dois berços
lhões de dólares, com geração de 400 Outro acordo de peso foi firmado em para atracação de embarcações, a uni-
empregos diretos. Um mês depois, a dezembro do ano passado, com a Inter- dade da Subsea7 ocupará uma área de
LLX assinou protocolo de intenções Moorpara, sendo a instalação de uma 363.334 m2 e será instalada na margem
com a General Electric Energy do Bra- unidade que oferecerá apoio logístico esquerda da entrada do canal do TX2.
sil (GE), para a instalação de unidade e serviços especializados à indústria
na retroárea do Superporto do Açu. A de óleo e gás no Superporto do Açu. A Logística integrada
nova unidade poderá, dentre outras ati- unidade, com início de operação previs- As empresas que se instalarem no
vidades, produzir equipamentos para os to para 2013, será localizada na margem Superporto do Açu serão beneficiadas
segmentos de energia, óleo e gás. direita do TX2 e irá fornecer um con- com duas alternativas para o transporte
A companhia também assinou con- junto de serviços para atender às neces- ferroviário: a Nova Linha Mineira (li-
trato com a Technip Brasil para a insta- sidades específicas de seus clientes, en- gando o Rio de Janeiro ao estado de Mi-
lação de unidade de produção de tubos tre eles Petrobras, Shell e OGX, assim nas Gerais) e a Linha Litorânea (interli-
flexíveis para apoio à indústria offshore como demais empresas do setor de óleo gando as malhas da MRS e da FCA). Os
no Superporto do Açu. A unidade, com e gás que operam no Brasil. A unidade dois acessos possibilitarão que o Super-
início de produção previsto para 2013, contará com 90 metros de frente de cais porto do Açu atenda às regiões Sudeste,
será localizada no TX2 e terá área para e 52.302 m² de área total. Sul e Centro-Oeste do país. As ferrovias
produção de tubos flexíveis, além de No final de maio de 2012, a LLX já existem e os estudos para a recapaci-
área para armazenagem e teste de mate- anunciou contrato com a Subsea7 tação desses trechos já foram iniciados.
rial. A unidade contará com 500 metros para instalação de uma unidade para O Superporto do Açu também contará
de frente de cais e 289.800 m² de área montagem e revestimento de dutos rí- com acesso rodoviário pelas principais
MATÉRIA DE CAPA - SUPERPORTO DE AÇU
rodovias brasileiras, como a BR 116 (Ro- ria com o SENAI e com a prefeitura de A LLX também está instalando um En-
dovia Presidente Dutra) e a BR 040 (Rio São João da Barra, e disponibiliza cur- treposto Pesqueiro no distrito de Atafo-
- Juiz de Fora). Para acesso ao Superpor- sos para os moradores. Nas duas fases na, em São João da Barra. Desenvolvido
to do Açu será construído um corredor já realizadas, foram formadas cerca de em parceria com o Grupo EBX e com a
logístico com 400 metros de largura e 43 600 pessoas nos cursos de pedreiro, sol- Prefeitura Municipal de São João da Bar-
km de comprimento. Ele terá 4 faixas ro- dador, carpinteiro, mecânica, operador ra, o Entreposto irá oferecer infraestru-
doviárias, 2 linhas ferroviárias e 3 linhas de empilhadeira, técnico hidráulico, al- tura e suporte às atividades pesqueiras
de transmissão (135 kv, 345 kv e 500 kv). moxarife, armador de ferro e assistente da região, além de possibilitar o forneci-
O Corredor Logístico foi dimensionado administrativo. A previsão é que mais mento de produtos com maior qualida-
para transportar 200 milhões de tonela- 3.100 pessoas sejam formadas em 2012 de, agregar valor ao pescado e diminuir
das por ano, com circulação de até 100 para as fases de implantação e operação os custos da produção, melhorando as
mil veículos por dia. dos empreendimentos. condições de comercialização. Com in-
Também são desenvolvidas ações vestimento de mais de R$ 2 milhões, a
Responsabilidade voltadas à comunidade pesqueira. En- construção do Entreposto Pesqueiro foi
Socioambiental tre elas está a implantação de consul- iniciada em janeiro de 2012 e ocupará
Compromisso com o desenvolvi- tório odontológico e laboratório de in- uma área de 3,1 mil m².
mento sustentável e respeito ao meio formática nas colônias de pescadores, Outro programa realizado pela em-
ambiente são diretrizes priorizadas no a reforma da sede de pesca de Barra presa é o ABC de Ensino, que possibi-
empreendimento, segundo a LLX. Com do Açu, reforma da escola, doação de lita que pescadores concluam o Ensino
cerca de R$ 150 milhões investidos ou equipamentos para a legalização de Fundamental I (antiga 4ª série). Para o
já previstos, a empresa mantém em São barcos (expedição de laudos), doação primeiro semestre de 2012 estão matri-
João da Barra mais de 50 programas so- de sede para colônia de pescadores, culados 45 alunos, divididos em turmas
cioambientais. Entre as ações desenvol- diagnóstico de escolaridade e entrega iniciais e avançadas. O programa é equi-
vidas está o Programa de Qualificação de Kit navegação, com boias, coletes valente ao supletivo e fornece certifica-
Profissional, que é realizado em parce- salva-vidas e bandeiras. do de conclusão. As aulas acontecem
TT Atualmente, cerca de 6 mil pessoas trabalham na construção do porto, dos quais 60% residem em Campos ou em São João da Barra
24 / Grandes Construções
numa escola municipal em Atafona, pró-
xima à sede da Colônia de Pescadores. A
iniciativa é uma parceria da LLX Minas-
Rio (empresa formada pela LLX e pela
Anglo American), SESI e Prefeitura de
São João da Barra.
Na área ambiental, a LLX desenvolve
programas voltados à recuperação e pre-
servação do meio ambiente, onde seus
empreendimentos são instalados. No
entorno do Superporto do Açu, a LLX
criou, como medida socioambiental,
em área própria de aproximadamente
40 km², a maior Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN) de restinga
do país. Isso garantirá não só a preserva-
ção de um importante ecossistema natu-
ral, como também dotará o crescimento
urbano municipal de alto padrão de sus-
tentabilidade e qualidade ambiental.
A LLX também mantém, em São João
da Barra, um viveiro específico para es-
pécies nativas de restinga, com capacida-
de para produção de 500 mil mudas/ano.
As mudas são utilizadas para refloresta-
mento da área de restinga degradada an-
tes do início da construção do Superpor-
to do Açu. O projeto de recomposição
prevê o plantio de mais de 10 milhões de
mudas e, até o momento, já foram plan-
tadas cerca de 100 mil. O viveiro insti-
tucional, como é conhecido, domina a
técnica de produção e manejo de mais
de 53 espécies de restingas, constituin-
do um marco para o conhecimento re-
produtivo dessas espécies. Atualmente,
o viveiro possui mais de 200 mil emba-
lagens prontas e semeadas.
Em parceria com o Projeto Tamar
(Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa
das Tartarugas Marinhas), a LLX desen-
volve um programa de monitoramento
da desova de tartarugas marinhas em um
trecho de 62 km de costa, entre Atafona
e Barra do Furado. O monitoramento
cumpre uma condicionante ambiental do
licenciamento do porto e tem o objetivo
de comparar os resultados obtidos antes,
durante e após a conclusão da obra. To-
dos os dias, seis monitores, moradores
locais treinados pelo TAMAR, percorrem
um trecho de praia registrando qualquer
ocorrência relativa às tartarugas marinhas.
Agosto 2012 / 25
MATÉRIA DE CAPA - SUPERPORTO DE AÇU
SS Montagem do sistema de correias transportadoras que movimentarão o carvão mineral, que será desembarcado no porto para suprimento das siderúrgicas
As ocorrências reprodutivas (como Além disso, em parceria com a Com- tador, além dos móveis de sala, quartos
desovas) são georreferenciadas e mar- panhia de Desenvolvimento Industrial e armários de cozinha.
cadas com estacas numeradas para iden- do Rio de Janeiro (CODIN) e a Prefei- Além disso, os moradores recebem as
tificar sua localização. O local da ocor- tura de São João da Barra, a LLX está terras já preparadas para o cultivo, com
rência também é registrado por meio construindo a Vila da Terra, modelo de o solo tratado e adubado, além de um
de GPS. A empresa também instalou, assentamento rural realizado em São pomar que está sendo preparado com 20
dentro do Superporto do Açu, um Cen- João da Barra. No local, 90 áreas estão árvores frutíferas para consumo próprio.
tro para Tratamento e Recuperação de sendo destinadas a famílias desapropria- Até que a primeira colheita ou o primei-
Quelônios Marinhos. das para a criação do Distrito Industrial ro pasto esteja pronto, os produtores ru-
A companhia também celebrou con- de São João da Barra, em implantação rais receberão um auxílio-produção por
vênio com a Secretaria de Estado de no município pela CODIN. Para definir até 24 meses. O benefício já está sendo
Agricultura e Pecuária do Rio de Ja- quais famílias seriam reassentadas na pago pelo Governo do Estado do Rio de
neiro para a implantação de projetos Vila da Terra, foram estabelecidos alguns Janeiro desde julho de 2011.
visando à melhoria de tecnologia agrí- critérios como ser residente no local e a A Vila da Terra foi desenvolvida de
cola e geração de renda para o setor de propriedade ser menor que 10 hectares. acordo com os padrões do Banco Mun-
agricultura. O convênio visa implantar Construída na Fazenda Palacete, lo- dial, referência internacional em reas-
na área agrícola, próxima ao Superporto cal indicado pelos próprios produtores sentamento. Ela foi planejada com toda
do Açu, duas estufas de cultivo protegi- rurais, a Vila da Terra conta com cerca infraestrutura necessária ao pleno fun-
do. As estufas fazem parte do Plano de de mil hectares. Do total de casas pre- cionamento, como ruas pavimentadas,
Investimento Social da Agricultura Fa- vistas, 36 já estão concluídas. Todas as quadra poliesportiva, centro comunitá-
miliar, já em andamento no 5º distrito casas são entregues com máquina de rio, iluminação pública, rede de água e
de São João da Barra. lavar, televisor, geladeira, fogão, compu- esgoto e centro comercial.
26 / Grandes Construções
MATÉRIA DE CAPA - SUPERPORTO DE AÇU
SS Entrada do canal de acesso que levará o mar até as instalações do terminal onshore e ao estaleiro
A OSX, braço do Grupo EBX para fornecimento de energia gerada no pró- Açu contará com o treinamento e capa-
atuar no setor da indústria naval e prio Complexo Industrial (redução de citação profissional do Instituto Tecno-
offshore, pretende transformar a Uni- até 30% nos custos de energia). lógico Naval (ITN), atualmente em de-
dade de Construção Naval (UCN) de A UCN Açu conta com frente de cais senvolvimento pela OSX, assim como a
Açu no maior estaleiro das Américas. de 2.400 metros de extensão na fase tecnologia estado da arte da líder mun-
Para isso, conta com um trunfo impor- inicial, com potencial de expansão de dial em construção naval, a sócia Hyun-
tante: a localização da unidade próximo até 3.525 metros – podendo integrar dai Heavy Industries, que possui 10%
à cadeia de fornecedores de produtos e até 11 FPSO’s e construir 8 WHP’s, do capital social da OSX Construção
serviços. Ao lado do estaleiro serão ins- simultaneamente, em sua versão am-
Naval e mais de 38 anos de experiência
taladas grandes siderúrgicas e termelé- pliada. Ao todo, serão aproximada-
na construção de equipamentos para a
tricas, que produzirão chapas de aço e mente 320 hectares de área dedicada
indústria offshore de petróleo e gás.
a energia necessárias para a fabricação à construção de equipamentos navais,
com capacidade de produção anual O Complexo Industrial do Açu ofere-
das embarcações. Essa localização gera
condições únicas de integração logís- inicial em torno de 180.000 tonela- ce ao Estaleiro do Açu uma plataforma
tica, eficiência operacional e sinergias das/ano de chapas de aço e 220.000 de desenvolvimento integrada às em-
industriais locais, reduzindo assim cus- toneladas/ano de montagem. presas da sua cadeia de suprimentos,
tos importantes com a possibilidade de Serão criados 10 mil empregos pela como siderúrgicas, polo metal mecâni-
utilização de chapas de aço de 18 m de Unidade de Construção Naval da OSX co e outros fornecedores e prestadores
comprimento (redução de até 56% em durante sua fase de operação e 3.500 na de serviço da indústria naval que serão
soldas para criação de painéis), e com o fase de implantação. A equipe da UCN atraídos para o complexo.
28 / Grandes Construções
Geofix1
SUPERPORTO
DO AÇU - RJ
A Geofix está presente na construção do Superporto do Açu, com equipamentos de alta capaci-
dade, tecnologia e qualidade. No momento, executa no canteiro serviços de Estacas Hélice
Contínua Monitorada e Estacas Escavadas de Grande Diâmetro, para o Grupo A.R.G. Ltda.
ESTALEIRO ENSEADA DO
PARAGUAÇU RESSUSCITA
A INDÚSTRIA NAVAL DA BAHIA
Projeto reúne pool de empresas nacionais e internacionais e aponta para
nova rota de crescimento industrial brasileiro, com foco no setor naval
Uma das consequências diretas da exploração do Pré- tecnologia de ponta e a transferência desse conhecimento
sal é o renascimento da indústria naval brasileira, que hoje para engenheiros e técnicos brasileiros. O presidente do
conta com potencial de mercado estimado em US$ 150 bi EEP, Fernando Barbosa, disse que o parceiro japonês chega
para o período de 2011 a 2020, focada no setor de Óleo com o compromisso de ajudar a construir os equipamentos
e Gás no Brasil. A estimativa é da Morgan Stanley Rese- mais modernos que existem na área. Para isso, a Kawasaki
arch, um dos maiores bancos de investimentos do mundo, assinou contrato para transferência de tecnologia. “Eles vão
em operação no Brasil desde 1997. Um exemplo do renas- trazer para nós toda a tecnologia na fabricação, elaboração
cimento desse setor está na Bahia. Dentre diversos proje- de projetos, planejamento e treinamento de pessoas”.
tos visando à construção naval, ali está sendo construído o As obras foram iniciadas em maio e o projeto estará em
Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), um investimento operação em 2014. Mas, em 2013, o estaleiro já terá condi-
privado de cerca de R$ 2,6 bilhões, que reúne três das prin- ções de iniciar parte de suas atividades. Em plena operação,
cipais construtoras brasileiras e um líder mundial da área deverá processar 36 mil t de aço por ano. A previsão dos
naval: a Odebrecht, a UTC Engenharia, a OAS e a japonesa empreendedores é da criação de três mil empregos diretos
Kawasaki, que entrou posteriormente no consórcio. durante a construção, cinco mil após a operação, além de 10
O EEP se junta à lista de uma série de estaleiros em im- mil empregos indiretos gerados com o empreendimento.
plantação no Brasil e que servirão, entre outras coisas, à Quando o EEP estiver pronto, o estado ganhará mais um
demanda de embarcações para a Petrobras. A participação ponto de produção de navios e plataformas de exploração
da Kawasaki garante ao empreendimento a utilização de de petróleo, reaquecendo a economia do recôncavo baiano.
30 / Grandes Construções
O Governo do Estado apoia o empreendimento, arcando
com obras de infraestrutura rodoviária, além de auxílio na
obtenção do financiamento, que é do governo federal, por
meio do Fundo de Marinha Mercante. Ainda como parte
dos esforços para resgatar a indústria naval, foi criada, em
2009, a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Por-
tuária (Seinp), que centraliza as ações do estado voltadas à
viabilização de empreendimentos na área.
De acordo com o secretário da Indústria Naval do Estado
da Bahia, Carlos Costa, o novo estaleiro terá tecnologia e ca-
pacidade para atender aos mercados nacional e internacio-
nal. “O empreendimento terá condição de oferecer em tem-
po hábil equipamentos de ponta para todos os mercados. As
empresas vão trabalhar com toda a tecnologia e atenderão
não só encomendas de embarcações para a indústria naval
civil, mas também para a indústria militar”. Antes mesmo de
começar a operar, o estaleiro já recebeu a encomenda de seis
sondas de exploração de petróleo. As unidades fazem parte
de um contrato com a Sete Brasil, empresa fornecedora da
Petrobras. A estimativa dos empresários é de um faturamen-
to anual de R$ 600 milhões.
O complexo localiza-se no município de Maragogipe
(BA), há 42 km de distância de Salvador, numa área de 1,6
milhão de m² – dos quais 400 mil m² serão destinados à
preservação ambiental. Além de possuir águas abrigadas, a
grande profundidade do canal permitirá acesso de grandes
embarcações e foi projetado prevendo futuras expansões. A
primeira etapa dos trabalhos já foi superada, com a supres-
são da vegetação, resgate da fauna e flora e terraplenagem,
dando início às primeiras intervenções e preparação do ter-
reno para os demais serviços.
Dentre as obras de infraestrutura marítima que serão exe-
cutadas, a principal será a construção do dique seco, um platô
com dimensão de 85 m de largura por 261 m de comprimen-
to e 14,8 m de profundidade. Outros três cais serão constru-
ídos, com 242 m, 270 m e 270 m de comprimento, respecti-
vamente. A previsão é de que a dragagem do canal atingirá
3,5 milhões m³ com posterior aterro e serviços de terraple-
nagem. Solo e fundações das áreas externas serão reforçados,
e receberão pavimentação com carga adequada para receber
tráfego pesado – a área será capaz de suportar a fabricação e
movimentação dos blocos navais e estruturas offshore. Esses
blocos serão fabricados em oficinas construídas com o uso de
estrutura metálica, somando um volume de 15 mil toneladas
de estruturas. A área construída, que inclui também os edifí-
cios administrativos, chega a 280 mil m².
Mobilização de equipamentos
As obras empregarão um número considerável de equi-
pamentos de elevação e transporte vertical e horizontal. Os
serviços industriais eletromecânicos contarão com equipa-
mentos de movimentação de carga pesada – como o uso de
dois equipamentos Goliath cranes, três Jib cranes, além de
transportadores hidráulicos e pontes rolantes.
No setor naval, serão utilizados equipamentos com tec-
Agosto 2012 / 31
CONSTRUÇÃO NAVAL
nologia Kawasaki Heavy Industries, que é a utilização da mão de obra local, que
inclui requisitos como o pré-tratamento inclui as cidades de Maragogipe, Salinas
das chapas e perfis, máquinas de marca- da Margarida, São Roque, Nazaré, Vera
ção e corte, linha de fabricação de painéis Cruz, Itaparica e demais municípios do
e linha de solda unilateral. Serão produ- entorno do empreendimento.
zidos nesse setor cabines de jateamento e O Consórcio, em parceria com o Pro-
pintura, sistemas e subestações elétricas, minp – Programa de Mobilização da
sistema de controle e segurança, centrais Indústria Nacional de Petróleo e Gás
e redes de utilidades (água, ar comprimi- Natural e Senai (Serviço Nacional de
do, sistema de combate a incêndio, gases Aprendizagem Industrial), implantará
industriais) e tratamento de efluentes. um programa de capacitação profissio-
Desde a etapa inicial das obras estão nal da mão de obra não qualificada para
sendo mobilizada uma central de Con- construção civil da região. A primeira
creto Misturadora de 120 m³/h, além turma já foi selecionada, com 25 jovens
de escavadeiras hidráulicas, caminhão participantes do programa.
basculante, guindaste de Pneus de 30 t Segundo o consórcio construtor, “a
e guindaste grua. Na etapa de compacta- parceria visa qualificar e preparar os
ção dinâmica, serão agregados guindastes cidadãos das cidades do entorno para
de 150 t e o tamper 20 t. Para as obras atender as demandas geradas pela obra e
na área marítima serão empregados os a ideia é promover a inclusão social pro-
guindastes de 150 t e de 100 t, além do dutiva da comunidade, reforçando laços
equipamento cantitravel para fundações e acordo de comprometimento da obra
em alto mar, pórticos de 20 t, dollyes para com o desenvolvimento da região, além
movimentação de equipamentos e peças de diminuir a migração de trabalhadores
e hidrofresa para escavação de fundações. de outras regiões do País”. O Prominp
será desenvolvido em parceria com o Se-
Consórcio nai, e seus módulos terão carga horária dução também farão o acompanhamen-
Para evitar que o crescimento seja mínima de 160 horas, com aulas teóri- to com foco na formação e crescimento
desordenado e traga impactos negati- cas e práticas no canteiro de obra. Após profissional desses novos profissionais.
vos tanto na área ambiental como so- a formação, esses profissionais estarão O consórcio responsável realiza estudos
cial, o EEP está cercado de cuidados. aptos para iniciar as atividades. Nesse e licenciamentos desde 2008, com encon-
Atendendo às propostas anunciadas em período de atividades em campo serão tros com as comunidades locais para defi-
Audiência Publica, para promover o de- acompanhados pela equipe de Pessoas e nir ações que permitam a inclusão dessas
senvolvimento da região do Estaleiro, a Organização, através de avaliações e en- pessoas. Além do licenciamento clássico
prioridade da política de contratações trevistas individuais. Os líderes da Pro- ambiental, o programa foi licenciado tam-
bém pelo patrimônio histórico, por meio
do Iphan - Instituto do Patrimônio Histó-
rico e Artístico Nacional; pela Fundação
Palmares, por situar-se dentro de uma
comunidade quilombola; pelo Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade, devi-
do a proximidades com área de proteção
federal; e pelo Estado, em função da re-
gião escolhida fazer parte de uma Área de
Preservação Ambiental (APA), da Baía de
Todos-os-Santos.
Diversas ações estão programadas
como o reflorestamento de 40 ha de flo-
resta nativa (ombrófila densa). Os tra-
balhos incluem a recomposição florestal
de faixas de manguezais, matas ciliares e
nascentes devastadas na região. Segundo
o EPP o investimento inclui um Progra-
ma de Sustentabilidade Pesqueira que
envolve desde formação continuada dos
OB
CO
32 / Grandes Construções
AP
pescadores e marisqueiras, com acompanhamento técnico da
atividade e investimento em equipamentos e manutenção para
incremento do ciclo produtivo da pesca.
O tratado ambiental é extenso, com atividades de educação
ambiental e comunicação social nas escolas da região e com as
comunidades do entorno. Estão previstas a pesquisa aprofun-
dada nas 29 comunidades quilombolas do entorno do projeto;
a manutenção da Casa do Samba de Santo Amaro, detentora
do maior acervo de samba de roda do mundo, patrimônio tom-
bado. O projeto inclui ações inovadoras, como a execução do
1º Inventário Nacional de Referências Culturais dos municí-
pios do entorno do EEP. E outras ações estão previstas como a
recuperação e restauração de monumentos e edificações tom-
badas pelo IPHAN.
O consórcio se comprometeu com a realização de diagnósti-
co socioeconômico da Baía do Iguape, em caráter censitário, e o
Monitoramento dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos,
que empregarão sondas automáticas e rede de piezômetros. Ha-
verá ainda o monitoramento mensal dos ecossistemas aquáticos
(plâncton, bentos, quelônios, cetáceos, crustáceos, icitiofauna,
etc). E o monitoramento periódico das características físicas da
água, com dados sobre correntes, turbidez, hidrodinâmica e dinâ-
mica de sedimentos, etc).
O programa atende a solicitações das comunidades locais,
com os investimentos na infraestrutura da comunidade de En-
AFITEMAQ
presente nas maiores obras do brasil
www.afitemaq.com.br
OBRA MMX PORTO SUDESTE – ITAGUAÍ – RJ
+55 11 4063.8933
CORTE E PERFURAÇÃO DIAMANTADA EM CONCRETO
APLICAÇÃO DE CHUMBADORES QUÍMICOS E MECÂNICOS
CONSTRUÇÃO NAVAL
seada do Paraguaçu, com a reforma, portes. No Brasil desde 1973, a empre- melhores lugares do país para a implan-
novos equipamentos e paisagismo na sa fornece equipamentos, serviços para tação de estaleiros. Com águas profun-
praça central da cidade. Apoio financeiro grandes projetos industriais, energéticos, das e abrigadas, foi lá que a fabricação
à Casa de Cultura de Saubara, e outros navais e aeroespaciais de grandes empre- de navios teve início no Brasil, ainda na
que visam melhorar a qualidade de vida sas brasileiras. época do Império. A indústria local vi-
das comunidades locais. Como o licen- Os três grupos nacionais se reuniram veu seu apogeu, na década de 1970, mas
ciamento de aterro sanitário em Salinas em 2010, visando à criação do Estaleiro caiu, posteriormente, com a falta de in-
das Margaridas a ser compartilhado com Enseada do Paraguaçu (EEP), voltado vestimentos no setor naval brasileiro. A
o município. para construção e integração de plata- retomada aconteceu em 2010, com a re-
formas, navios especializados e unida- abertura do Estaleiro São Roque do Pa-
Associação de grandes empresas des de perfuração. A Kawasaki Heavy raguaçu, que já finaliza a construção de
A Odebrecht atua nos setores de in- Industries (KHI) se juntou ao grupo duas plataformas para a Petrobras.
fraestrutura, construção, química pe- em meados de 2012, tornando-se sócia
troquímica, energia, mineração, açúcar efetiva do EEP e parceira tecnológica Ações e projetos ambientais
e álcool, e hoje é a maior exportadora do empreendimento. A empresa passou Plano de Monitoramento dos Ecos-
brasileira de serviços. A UTC Engenha- a ser dona de 30% do EEP, comprome- sistemas Aquáticos: Avaliação de ele-
ria S.A. foi fundada em 1974 e é uma tendo-se a transferir tecnologia e capa- mentos locais (planctôns, quelônios, ve-
das principais empresas brasileiras de citar os trabalhadores locais para atuar getação de manguezal e cetáceos, entre
Engenharia Industrial, com capacidade na construção de navios, plataformas de outros). Temos contratos correntes no
para executar desde pequenas unidades a exploração e unidades de perfuração de valor total de R$3.900.000,00 para ao
grandes complexos industriais. Atuando poços de petróleo. longo de todo o ano de 2012 com reno-
em todos os segmentos da indústria, a vação automática para o ano seguinte.
UTC é uma das empresas mais atuantes Ponto ideal para os estaleiros Programa de Resgate de Flora e
na área de Offshore e participa de todas as A foz do Rio Paraguaçu, na Baía de Fauna Silvestre: Iniciado em setembro
etapas de construção de plataformas ma- Todos-os-Santos, é considerada um dos de 2011, ainda está vigente. Foi cons-
rítimas. A OAS consolidou-se no setor
de engenharia. A Kawasaki Heavy Indus-
tries, fundada em 1878 no Japão, como
um estaleiro, expandiu-se para outros
segmentos, como construção e trans-
34 / Grandes Construções
WW Os serviços industriais
eletromecânicos contarão com
equipamentos de movimentação
de carga pesada, como dois
equipamentos Goliath cranes, três
Jib cranes, além de transportadores
hidráulicos e pontes rolantes
truído o Centro de Triagem de Animais mentos nesse programa são superiores a Programa de Sustentabilidade Pes-
Silvestres em Cairu de Salinas, com vete- R$3.000.000,00. queira contempla vários projetos:
rinários de plantão e toda a logística de Educação Ambiental para Comuni- • Projeto Capacita: formação conti-
transporte desses animais para soltura dades: Destacando projetos para as 29 nuada de pescadores e marisqueiras
em área protegida e com mata nativa (re- comunidades quilombolas da região. da Baía do Iguape ao longo de 14
serva legal do EEP). Para acondicionar Educação Ambiental para Docen- meses contínuos;
todas as espécies vegetais características tes: Nas escolas da área de influência • Programa de Educação Ambien-
da região coletadas no programa, foram direta do projeto. tal: Direcionado aos temas de pre-
montados três grandes viveiros de mu- Execução, divulgação e propagação servação do ambiente da pesca, lim-
das e sementes, até hoje ativos e man- de programas educativos de rádio: peza da área e extirpação do coral sol;
tidos por profissionais. Esses viveiros Para a difusão das informações socio- • Museu Ambiental: Destaque na
serão os fornecedores das mudas que ambientais relevantes em parceria com a técnica dos manguezais para fins de
estão em curso de replantio. Os investi- ONG Bioma Brasil. educação ambiental na região.
CONSTRUÇÃO NAVAL
36 / Grandes Construções
O B R AS,
DES
WW Plataforma de perfuração autoelevatória P-59, a primeira
montada no estaleiro de São Roque do Paraguaçu GRAN P R ESAS
ES E M
N D
GR A FIOS.
A Petrobras batizou, no dia 13 de julho, casco acima do nível da água. A P-60 deve
sua mais nova embarcação, a plataforma ser concluída até agosto.
E S A
de perfuração autoelevatórias P-59. Essa Depois de fixada, a unidade permanece
A N D ES D
foi a primeira unidade montada no es-
taleiro de São Roque do Paraguaçu, em
acima do nível da água, deixando o casco
e os equipamentos de perfuração longe
E GR
Maragogipe (BA). Reativado após anos da movimentação das ondas do mar. Os
de abandono, pelo consórcio Rio Para- equipamentos de perfuração da P-59 se-
guaçu, constituído pelas construtoras rão montados no convés de perfuração,
Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão numa estrutura móvel retrátil que pode
e UTC, o estaleiro foi inteiramente mo- ser estendida para fora da plataforma.
dernizado, com investimentos da ordem Isso permite o movimento da torre de
de R$ 2 bilhões, segundo o governo do perfuração tanto no sentido longitudinal
estado da Bahia. como no transversal. Permite, também, a
No local, em uma área de 400 mil m2, perfuração de um conjunto de poços sem
já existiam galpões industriais e calado que seja necessário realocar a plataforma.
de cerca de 10 metros suficientes para Inicialmente, a P-59 será alocada no Uma empresa especializada
a atracação de embarcações de grande poço exploratório Peroá Profundo, lo- em corte, dobra e montagem
porte. Mas as instalações eram precárias calizado no campo de Peroá, na costa do
e obsoletas, exigindo novas linhas de Espírito Santo. de aços para grandes
painéis para fabricação de blocos, bem A unidade tem capacidade de perfurar estruturas.
como equipamentos como pórticos e poços de até 9.144 metros de compri-
pontes rolantes, um guindaste de 700 mento, em condições de alta pressão e
toneladas e adaptações na carreira de temperatura, e foi projetada para atender
embarque. O consórcio adquiriu, ainda, aos cronogramas operacionais de explo-
máquinas de corte a plasma e programa ração e produção da Petrobras nos pró-
de modelagem 3D para as máquinas de ximos anos e dar suporte à eventual es-
corte. A alta tecnologia deu eficácia e tratégia de incorporação de novos blocos
agilidade aos processos. As adaptações exploratórios em águas rasas, dependente
levaram oito meses. Os investimentos ainda de leilões da Agência Nacional de
no estaleiro serão ressarcidos, ao final do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
contrato, pela Petrobras, dona do estalei- Durante a construção, foram gerados
ro São Roque do Paraguaçu. cerca 2.100 empregos diretos, no perí-
A P-59 e outra unidade idêntica, a P-60, odo de pico, dos quais 50% vindos do
foram objetos de um contrato em regime Recôncavo Baiano, 25% de São Roque,
de EPC, orçado em cerca de US$ 700 mi- 15% de outros locais da Bahia e 10% de
lhões, assinado setembro de 2008. Ambas outros estados.
do modelo Super 116-E, para perfuração A conclusão da P-59 é um importan-
offshore, em lâminas d’água rasa, de até 110 te marco para indústria naval brasileira e
metros. Com cascos flutuantes, pesando representa a retomada da produção na-
11 mil t, as plataformas são dotadas de cional desse tipo de plataforma, já que há
pernas retráteis, que podem ser abaixadas quase 30 anos não eram construídas, no
ao leito do mar para elevar a estrutura do País, unidades autoelevatórias similares.
CONSTRUCTION 2013:
MAIS DE 40% DOS
ESPAÇOS RESERVADOS
Próxima feira da Sobratema já atrai empresas nacionais e
internacionais, com enfoque nas obras de infraestrutura
SS Setor da construção reúne-se no lançamento da Construction Expo 2013: expectativa do mercado com
evento, em função dos investimentos futuros em infraestrutura anunciados pelo governo federal
38 / Grandes Construções
Líderes empresariais e representan-
tes de vários segmentos ligados ao se-
tor da construção estiveram presentes
no lançamento oficial da Construction
Expo 2013 - 2ª Feira Internacional de Edi-
ficações e Obras de Infraestrutura, que
aconteceu dia 9 de agosto na Casa das
Caldeiras, em São Paulo. O evento reu-
niu a mídia especializada, dirigentes de
diversas entidades setoriais, arquitetos
e engenheiros, além de representantes
de diversos setores da construção, e
deu o pontapé inicial para a reserva de
espaços. Diversas companhias do setor
já se anteciparam e reservaram 41% dos
espaços de exposição, o que represen-
ta 16.700 m², do total de 40.957 m² da
área útil disponível.
Promovida pela Sobratema – Asso-
ciação Brasileira de Tecnologia para
Equipamentos e Manutenção, a feira, SS Na Casa das Caldeiras, em São Paulo, executivos,
que será realizada de 05 a 08 de junho representantes de entidades e órgãos públicos
do próximo ano, no Centro de Expo-
sições Imigrantes, irá reunir todos os intercâmbio de conhecimento e tecno- Sobratema é ampliar essas parcerias e
agentes da cadeia da construção, in- logias, seja entre empresas de serviços, contribuir para a difusão de informa-
cluindo fornecedores de serviços, ma- construtoras, empreiteiras, profissio- ções do setor da Construção.
teriais e equipamentos, construtoras, nais e compradores. “Será uma grande “O nosso esforço se concentra em
contratantes e entidades setoriais. Em oportunidade para reunir os fabrican- criar uma feira de negócios que facilite
paralelo, será realizado o Sobratema tes de materiais, os fornecedores de o acesso do público a novos sistemas
Congresso – Edificações & Obras de In- serviços, todos os agentes da cadeia da e tecnologias aplicadas na Construção.
fraestrutura, realizado com a parceria construção. Por isso dizemos que esta Diversos segmentos estarão repre-
das entidades representativas do setor é a feira da construção civil e do enge- sentados, e temas abrangentes serão
da construção. nheiro civil”, enfatizou. contemplados. Por isso, o evento terá,
“Uma feira da construção civil e que Um dos destaques do evento será dentre suas atrações, os salões temá-
atenderá as demandas do engenhei- o Sobratema Congresso, organizado ticos, com exposições que utilizam a
ro civil”, assim exemplificou Hugo Ri- com o apoio de entidades do setor. Se- criatividade para mostrar alguns dos
bas, diretor Executivo da Sobratema, gundo Afonso Mamede, presidente da temas mais relevantes hoje dentro do
durante apresentação prévia para a Sobratema, será um grande momento setor da Construção. Queremos que a
mídia especializada. Além das obras para o debate de questões pertinentes Construction Expo 2013 seja o ambien-
de edificações, a feira contemplará os à construção, que vão desde o forne- te ideal para a integração entre todos
sistemas construtivos e tecnologias cimento de produtos, soluções ino- os agentes do setor, prestadores de
empregados nos diversos tipos de vadoras, normas técnicas, logísticas, serviços, materiais, equipamentos,
obras de infraestrutura como hidrelé- até questões jurídicas. Trata-se de um sistemas construtivos, e construtoras.
tricas, rodovias, pontes, entre outras. espaço que a Sobratema cede gratuita- Uma área onde haja a convergência de
Segundo Ribas, o evento será trienal e mente às entidades para difundir infor- interesses técnicos, e um espaço ideal
tem o objetivo de fornecer o ambiente mações técnicas de seus respectivos para o fechamento de negócios. Den-
ideal para a realização de negócios e o segmentos. Segundo ele, o objetivo da tre eles, podemos destacar o segmen-
SS Legenda
SS Afonso Mamede, presidente da Sobratema; Hugo Ribas, diretor executivo; Eurimilson João Daniel, vice-presidente da Sobratema: união de forças
Agosto 2012 / 39
CONSTRUCTION EXPO 2013
SS Siegbert Zanettini: a favor da união do setor; Ricardo Lessa, da Schwing Stetter Brasil:
Diretoria da Sobratema e convidados: inovações para atrair o público
40 / Grandes Construções
Hyunda
Hyundai_9S_21x28_M&T_CURVA.indd 1 8/21/12 10:49 AM
CONSTRUCTION EXPO 2013
FEIRA ATENDE AS
EXPECTATIVAS DO MERCADO
Com o aquecimento do setor de sentido, a Construction Expo 2013 será samos empregar no futuro, e certa-
construção, nos seus diversos segmen- um show room de novas tecnologias, mente nós vamos ter essa oportunida-
tos, tanto no setor imobiliário, como tanto para a área de infraestrutura de”, finaliza. A
de infraestrutura, obras estruturais e como para a área de edificações. Por Para Érico Dantas, diretor de Enge- o
públicas, em geral, ocorreu a valoriza- isso, é muito importante que tenhamos nharia e Equipamentos da Construtora r
ção e ao mesmo tempo a escassez da no Brasil essa oportunidade”, disse ele. Norberto Odebrecht, a principal finali- P
mão de obra, sendo hoje um dos prin- Para ele ainda existe um vácuo entre dade do evento é justamente apresen- n
cipais desafios para as empresas de as tecnologias empregadas no Brasil tar inovações tecnológicas e, por meio e
construção. Por causa disso, a palavra e as tecnologias aplicadas nos países dos seminários, debater questões do d
de ordem tem sido a busca por tecno- mais desenvolvidos. “Queremos redu- setor. “Será um ambiente riquíssimo, á
logia e produtividade. É o que ressalta zir esse distanciamento. Fazer com que com o debate teórico de cases de En-
o empresário Hugo Marques da Rosa, nossas obras cheguem o mais perto do genharia, em que se poderá ver na prá- c
presidente da Método Engenharia. estado-da-arte do que está sendo feito tica a experiência de fabricantes, além P
“Nosso grande desafio hoje é com no mundo. Por isso, é importante que a de trocar ideias e experiências vividas E
relação às pessoas, tanto pessoas mais gente possa ter no Brasil a nossa gran- com outros colegas. É muito impor-
qualificadas como aquelas do nível de de feira de material de construção”, tante haver esse casamento entre os
operação dos nossos fornecedores”, diz, citando o interesse de empresas expositores e seminários técnicos”,
diz ele, ressaltando que a empresa já norte-americanas e europeias no mer- ressalta Dantas.
alcançou, no primeiro semestre, a meta cado brasileiro. “O que nós buscamos Luiz Augusto Milano, presidente da
de contratos prevista para o ano intei- numa feira como essa é ter conheci- Matec Engenharia, afirma que a ex-
ro. A seu ver a produtividade só pode mento de novos fornecedores, novos pectativa com relação à Construction
ser alcançada com tecnologia. “Nesse produtos, novas tecnologias que pos- Expo 2013 é a melhor possível. “Ela
42 / Grandes Construções
Anúncio
vem no momento certo. O evento é o Cadeia integrada neira isenta e trazer toda a informação
ponto que o empresariado tem para re- Uma feira que vai atender ao setor de para a gama de empreendimentos que
lacionar-se, discutir técnicas inovado- edificações e de infraestrutura, funda- o País demanda atualmente nas diver-
ras, novos processos ou produtos que mental para a cadeia produtiva como sas áreas. “A Construction nasceu no
estão sendo criados e expostos. Então, um todo, ressaltou Sergio Tiaki Wata- ambiente das construtoras. Este é um
as possibilidades são grandes e positi- nabe, presidente do SindusCon-SP. “É diferencial importante”, ressaltou.
vas”. Essa opinião é compartilhada por algo importante, principalmente para “A Sobratema oferece o aval neces-
Arlindo Virgílio Machado Moura, vice- o setor de edificações, que ainda não sário para a realização de um evento
presidente do Instituto de Engenharia. estava uniformizado, ou em conjunto deste porte”, destacou Vicente Abate,
“Quando você tem a possibilidade de com os equipamentos da construção presidente da Associação Brasileira da
reunir toda a cadeia numa exposição, pesada. Ela chega em um momento Indústria Ferroviária (Abifer). “Trata-
mostrando seus avanços e sua busca importante do setor de edificações, se de uma entidade de classe séria,
por soluções, permitindo a visibilidade uma vez que é preciso melhorar a pro- que congrega uma série de associados
do setor na vida econômica e social do dutividade. E essa produtividade nós com força para trazer desenvolvimen-
país, é uma realização”, disse. vamos alcançar com a mecanização to ao País”.
José Roberto Bernasconi, presiden- dos nossos processos construtivos e, Para Silvio Ciampaglia, presidente
te do Sindicato Nacional das Empresas é claro, trazer uma cultura que não é do Sindicato da Indústria da Constru-
de Arquitetura e Engenharia Consultiva só de inovação, mas de industrializa- ção Pesada do Estado de São Paulo
(Sinaenco), acredita no poder do setor ção do setor da construção civil. Daí, (Sinicesp), a “Construction Expo 2013
integrado. “É muito bom que possamos a importância do evento que vai aten- vai ser um canal para a troca de infor-
ter, num mesmo lugar, num ambiente der ao setor desde as pequenas até as mações entre as entidades que fazem
comum, todos os elos da cadeia pro- grandes obras da construção pesada”, parte do setor. Acho a feira um evento
dutiva juntos, para discutir problemas, enfatizou. fundamental para o mercado”.
oportunidades, planejamento estratégi- Na opinião de Íria Lícia Oliva Doniak, Um espaço ideal para integrar a ca-
co e eventuais ameaças, com o aporte presidente da Abcic, a Construction deia construtiva e levar ao governo as
e contribuição de empresas internacio- Expo tem, desde a sua criação, a von- diversas demandas setoriais que permi-
nais para o nosso desenvolvimento”. tade de disseminar a tecnologia de ma- tam incrementar os investimentos e a
Geossintéticos
produtividade industrial das empresas ras. “Eu acho que esse evento, por ser os contatos”, destacou Ricardo Lessa,
de construção. Essa é a opinião de Catia mais abrangente, inclusive para atingir diretor presidente do grupo Schwing
MacCord, Diretora de Mercado e Eco- a área da construção pesada, é muito Stetter Brasil, que também garantiu
nomia do Instituto do Aço Brasil, e do importante para os nossos associados. presença na segunda edição da Cons-
CBCA - Centro Brasileiro da Construção Vai ser uma grande oportunidade que truction Expo.
e Aço, que tem o Instituto do Aço Bra- eu já vinha cobrando da Sobratema, ou Para Romano Rosa, diretor-geral da
sil como gestor. “Nós precisamos que o seja, focar os grandes investimentos Putzmeister do Brasil, esse evento é
governo fique mais informado sobre as nos próximos anos”, ressaltou. importante para os profissionais em
dificuldades do setor. Um exemplo: as A Ulma participou da primeira edição busca de informações e novidades do
usinas brasileiras não investem mais em da Construction Expo e já garantiu pre- mercado. Martin Eugênio Sola, diretor
trilhos porque falta marco regulatório sença na edição de 2013, afirmou Fer- da Peri, acredita que a participação
para o segmento, que estimule maiores nando Rodrigues dos Santos, diretor num evento desse porte representa
investimentos nessa área”, menciona. técnico da Ulma e da Abrasfe. “Acha- um investimento alto, mas como a em-
Catia MacCord ressaltou que o se- mos que este é o caminho para reunir presa atua em todos os segmentos,
tor da Construção é o que tem maior toda a cadeia da construção numa feira desde obra predial como de infraes-
perspectiva de crescimento no cenário única, pois a Sobratema consegue unir trutura, é bom para mostrar todos os
econômico brasileiro, em virtude das fornecedores, clientes finais, constru- sistemas que se aplicam em qualquer
deficiências e demandas de infraes- toras, e isto agrega muito ao setor. A obra e conseguir ter todo o público em
trutura, seja na questão portuária ou Ulma acredita que a Construction Expo um único evento.
ferroviária, que elevam o custo-brasil, vai ser um sucesso, unindo grandes Para um país que precisa desenvol-
e a perspectiva é de elevar o consumo players do mercado de construção e ver sua infraestrutura numa grande ve-
de aço. “O consumo per capta de aço atendendo às necessidades do setor”, locidade, a feira é uma prioridade com
no Brasil é muito baixo em relação às disse Santos. resultados positivos a todos os envol-
economias desenvolvidas. Nós ainda Humberto Marin, gerente executivo vidos, destacou João Leopoldino Neto,
estamos no nível de 100 a 130 kg por de serviços para Construção da Scania, diretor superintendente da Engenharia
habitante. A China consome mais de garantiu a presença da área de Negó- e Comércio Bandeirantes.
400 kg por habitante. É importante ain- cios e de Serviços na próxima edição. Na opinião de Carlos Eduardo Pedro-
da dizer que uma feira como essa deve “A Construction Expo 2011 transcorreu sa Aurichio, presidente do Sindicato da
ter como foco as empresas nacionais, o dentro das nossas expectativas. As Indústria de Extração de Areia do Es-
fabricante local como principal força”, empresas expositoras e o público esta- tado de São Paulo, é ótima a iniciativa
ressaltou. vam sintonizados e tivemos visitação e contribuição da Sobratema para o
Para Haroldo Miller Júnior, presiden- qualificada”. setor da Construção. “Trata-se de um
te da Associação Brasileira das Empre- “O Brasil está tendo um desenvolvi- degrau a mais para consolidar a união
sas de Formas e Escoramento (Abras- mento considerável nas regiões Norte do segmento na busca dos objetivos
fe), a Construction Expo vem preencher e Nordeste, principalmente na área que leva a maior competitividade de
uma lacuna existente no âmbito de fei- do litoral, e a feira permitirá expandir toda a cadeia”.
44 / Grandes Construções
www.newholland.com.br
A New Holland tem uma linha completa de produtos para todos os tipos e tamanhos de
canteiros de obras. E sua rede de atendimento já está presente em todos os estados brasileiros.
46 / Grandes Construções
“A construção sustentável, es- “A parceira entre o Instituto de “A união da cadeia da constru-
pecificamente, possui um grande Engenharia e a Sobratema agre- ção fortalece todo o segmento.
potencial de crescimento no Brasil. ga muito valor ao setor como um Por isso, participar da Construc-
Será uma grande oportunidade de todo. A feira mostrará o valor e a tion Expo 2013 em parceria com a
destacar as questões ambientais capacidade de nossos engenheiros Sobratema e demais entidades é
para o desenvolvimento susten- para o desenvolvimento nacional”. muito importante para nós, por-
tável nacional, gerando benefícios que insere o Instituto em uma ca-
Miriana Pereira Marques – vice-
para toda a sociedade”. deia de colaboração mais ampla.
presidente de Assuntos Internos
Isso garante uma maior força para
Marcelo Vespoli Takaoka – presi- do Instituto de Engenharia
o setor e maior poder de conven-
dente do Conselho Brasileiro de
cimento e, consequentemente, as
Construção Sustentável (CBCS)
demandas necessárias para o de-
senvolvimento da área podem ser
mais facilmente ouvidas”.
Tulio Nogueira Bittencourt – pre-
sidente do Ibracon – Instituto Bra-
sileiro do Concreto
Agosto 2012 / 47
TECNOLOGIA
NOVIDADES PARA O
TRATAMENTO DE TÚNEIS
Um sistema inovador para perfuração e tratamento de solo em túneis,
que otimiza tempo e reduz o investimento operacional, chega ao Brasil
e promete alavancar ainda mais as obras no país
SS O sistema H&W, preparado para uso juntamente com jumbo e carro de perfuração, dispensa a utilização do Jet-Grouting
Atualmente, no Brasil, as empresas dificuldades como: fechamento do furo numerosa para a execução do projeto.
especializadas em tratamento de túneis após a perfuração; grande quantidade de Para revolucionar esse setor, a Hard &
utilizam métodos antigos e com pouca recalque do terreno devido ao diâmetro Wear Technologies está trazendo para o
tecnologia, que consiste na perfuração do furo ser maior do que o tubo a ser en- Brasil um sistema inédito por aqui, de-
do furo com um diâmetro maior que o filado; maior quantidade de calda inje- senvolvido na Espanha, para tratamento
diâmetro do tubo (Schedule) a ser enfila- tada após o enfilamento; tempo de ope- de solo em túneis. O sistema H&W, que
do, e com um alto número de manobras racionalização da obra muito extenso; está sendo comercializado no Brasil pela
de operacionalização. Utilizando o mé- incerteza de que a metragem a ser trata- Sidrasul, consiste na perfuração e inser-
todo tradicional, verificam-se diversas da foi realmente enfilada e mão de obra ção do revestimento em uma única ope-
48 / Grandes Construções
ração. Durante o processo de perfuração te, em Ribeirão Pires (SP), que tem como
utiliza-se o equipamento RoX, produzido empresa responsável pela execução, a Con-
e patenteado pela fabricante finlandesa tern – Construções e Comércio Ltda.
Robit, que é a fornecedora exclusiva de A Toniolo Busnello, construtora con-
produtos para a H&W. tratada para a escavação do Túnel Santa
Com a utilização do sistema, as empre- Luzia, testou e aprovou essa tecnologia
sas que executam as obras obtêm inúme- inovadora. No teste inicial com o sistema
ras vantagens como otimização do tempo H&W, a Toniolo Busnello executou dois
durante a perfuração (muito menor que lances de 12 metros com Jumbo, com re-
o sistema tradicional); segurança opera- sultados que superaram as expectativas.
cional; garantia da execução do trabalho Foram 25 minutos de perfuração para
de enfilagem em toda metragem tratada cada lance, sendo os 06 primeiros metros
(sem obstrução do furo); e redução dos de perfuração em solo e os 06 últimos me-
custos operacionais. O novo sistema, pre- tros de perfuração em rocha.
parado para uso juntamente com jumbo e O tempo total de operacionalização
carro de perfuração, dispensa a utilização ficou em 50 minutos, por lance, durante
do Jet-Grouting. o teste do sistema H&W. Usando o mé-
Como principais características tecno- todo tradicional, o tempo estimado para
lógicas, destacam-se o sistema de trava- a conclusão de cada lance seria de 1h30,
mento espiral automático e a solda auto- para a perfuração de solos sem formações
matizada entre a sapata e o primeiro tubo rochosas, pois existem os agravantes de
a ser enfilado. encontrar rochas durante a perfuração ou
Na Espanha, a tecnologia H&W foi de ocorrer a obstrução do furo durante
utilizada nas obras do Túnel do Metrô processo, fatores que elevam ainda mais o
de Bilbao, Túnel de Barcelona, Túnel de tempo e o custo operacional. Após o tes-
Málaga e as principais construções de tú- te, as empresas responsáveis adquiriram
neis e metrôs do país. 1.536 metros de enfilagem, com a Sidra-
No Brasil, o sistema H&W foi utilizado sul, para dar sequência ao projeto de con-
pela primeira vez na obra do Rodoanel Les- clusão do túnel.
Agosto 2012 / 49
CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA
50 / Grandes Construções
Marquise constrói em Fortaleza e que econômico do investimento na nova
se integra de maneira inteligente com classe média da região, que é formada
o sistema de transporte público da por 21 bairros e abrange mais de 1,23
capital cearense. Situado ao lado do milhão de pessoas, o que representa
Terminal da Parangaba, das estações 45% da população de Fortaleza. Por
do Metrô – os trens já operam em estar situado num bairro que apare-
caráter experimental e terão funcio- ce como importante conexão entre
namento pleno no ano que vem – e diversos pontos da cidade, o centro
do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), comercial também atingirá a popula-
além de importantes vias de acesso, o ção flutuante que transita para outras
shopping deverá ter fluxo diário de 80 regiões de Fortaleza.
a 100 mil pessoas e gerar cerca de três O público que deverá frequentar o
mil empregos. Shopping Parangaba inclui todas as
A localização do Shopping Paran- classes, mas o estudo apontou ênfase
gaba, que deve estar pronto em outu- para as classes B e C (39,4% e 38,9%),
bro de 2013, foi decidida depois que respectivamente. A classe A estará
pesquisas encomendadas pelo Grupo presente com quase 22% do contin-
Marquise à Gismarket Estudos de gente total. De acordo com pesquisa
Mercado comprovaram o potencial realizada pela IPC Marketing Editora,
Agosto 2012 / 51
CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA
empresa especializada no cálculo de ín- demanda reprimida, o Grupo Marquise sabilidade socioambiental, posta em
dices de potencial de consumo, as classes está investindo cerca de R$ 180 milhões prática desde 2004, com o Shopping
B e C já respondem por mais da metade para oferecer o que há de mais moderno Parangaba. Além de todos os benefícios
de tudo o que é consumido no Brasil. aos consumidores. citados acima, o empreendimento tam-
Segundo os dados da IPC, a classe B é O shopping terá 32 mil m² de Área bém surge para evidenciar o compromis-
a que demonstra maior poder de com- Bruta Locável (ABL), mais de 1.300 va- so do Grupo com o meio ambiente.
pra e crescimento entre os brasileiros. gas de estacionamento e um mix de 306 A empresa de consultoria Infoambien-
O consumo dessa classe, isoladamente, lojas (31 megalojas, 241 lojas satélite, 24 tal foi contratada para analisar possíveis
corresponde a R$ 1,275 trilhão, o que re- fast foods, 6 salas de cinema e projeção impactos ao meio ambiente e levantar
presenta 46,7% do consumo no País em 3D – UCI Cinemas). Dentre elas, as lojas a situação do terreno e das árvores do
2012. Já a classe C tem uma projeção de âncoras e grandes marcas já contratadas: local. Toda a área onde o shopping está
25% do consumo do País em 2012, com C&A, Magazine Luiza, Centauro, Mari- sendo erguido passará por um processo
gastos da ordem de R$ 681,5 bilhões. sa, Renner, Riachuelo, McDonald’s, Casa de paisagismo que, entre outros benefí-
Considerado carente de infraestrutu- Pio, C. Rolim, Game Station e Esplana- cios, vai mais que duplicar as árvores pre-
ra nos anos 70 e 80, Parangaba tem hoje da, seis salas de cinema UCI com proje- sentes anteriormente no terreno (de 199
status de boas residências, condomínios, ção 3D, e área de lazer completa. para 510). A Marquise entregará à popu-
prédios, bancos, colégios e supermerca- lação, além de um completo e moderno
dos. Contudo, a região ainda é carente de Um shopping verde centro comercial, uma área arborizada e
opções de lazer e de complexos comer- Com 36 anos de existência, o Grupo rica em vegetação nativa.
ciais organizados. Após identificar essa Marquise amplia sua política de respon- Assim como em todas as suas obras, a
Marquise faz uso de inúmeras técnicas
para reaproveitar os recursos naturais e
INFORMAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DO SHOPPING PARANGABA economizar energia em todas as etapas
21 bairros (Pici, Henrique Jorge, Jóquei Clube, Montese, Vila do Shopping Parangaba, garantindo a
União, Conjunto Ceará, Itaoca, Parangaba, Bom Sucesso, Vila sustentabilidade da construção. Alguns
Área de influência:
Pery, Itapery, Serrinha, Aeroporto, Serrinha, Maracanaú, exemplos: captação de águas pluviais
Maraponga, José Walter, entre outros).
para uso na irrigação da área verde do
Influência Primária (até 5 minutos): 157 mil pessoas
shopping; rede independente de água
Secundária (de 5 a 10 minutos) 417 mil pessoas
para reúso na descarga de vasos sanitá-
Terciária (de 10 a 15 minutos) 664 mil pessoas rios; utilização de blocos verdes na pavi-
1 milhão e 238 mil habitantes mentação dos estacionamentos externos
TOTAL
(Quase metade da população de Fortaleza)
e uso de luminárias LED.
Além disso, há outras iniciativas, como
IMPACTO NA REGIÃO COM OS TRANSPORTES PÚBLICOS a utilização de materiais ecologicamen-
Terminal da Parangaba Fluxo superior a 228 mil passageiros/dia te corretos, como portas com madeira
Tráfego na região 30 mil veículos particulares/dia de reflorestamento, o uso de luminárias
Terminal VLT Mais de 90 mil passageiros/dia com sensores de presença, sistema de ir-
Estação do metrô Previsão de 7,9 mil embarques/dia rigação automatizado, entre outros.
52 / Grandes Construções
Telhas e Fachadas As Telhas TermoRoof PUR/PIR possuem
excelente vedação e acabamento, além
Térmicas Dânica. da facilidade de limpeza e manutenção.
conecte-se ao grupodânica
galpões, shoppings,
hospitais, escolas, etc.
90% PUR
até 2015.
Os painéis
TermoWall PUR/PIR
horizontais e verticais, podem ser
montados e desmontados, ideais
para empresas que desejam ampliar
Produção com
máquinas contínuas futuramente sua planta.
de alta qualidade, • Economia de energia.
Outras opções de fechamento:
produtividade e com • Economia na estrutura. • Fechamento simples sem isolamento.
sustentabilidade.
NORDESTE: SUL:
Recife, PE: 81 2125-1900 Joinville, SC: 47 3461-5300 vendas@danica.com.br | www.danica.com.br
Salvador, BA: 71 3272-6843 Porto Alegre, RS: 51 3302-7308
CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA
SS Novos shoppings em Jundiaí e Sorocaba (SP) e em Luziânia (GO): boom em municípios com até 500 mil habitantes
©2
Ca
são
54 / Grandes Construções
SOLUÇÕES CERTAS
KMAintegrada.com
PARA NOVAS PROJEÇÕES
A pá-carregadeira 924HZ da Caterpillar leva força máxima de tração aos canteiros de obras e potência total no
carregamento e transporte de materiais. Seu sistema hidráulico oferece alta eficiência com pouco esforço e
controle preciso. Invista no desempenho superior que somente uma grande marca pode oferecer aos seus projetos.
O Suporte ao Produto oferecido pelos revendedores Caterpillar, aliado à estabilidade de uma grande marca trazem novas
projeções ao seu negócio.
Lindas de Goiás/GO, Sorocaba/SP, ao crescimento das novas camadas de econômico de outras regiões brasilei-
Alexânia/GO, Jundiaí/SP, São José/SC, consumo, expandindo-se para fora dos ras. No âmbito regional, os investidores
Boituva/SP, São José do Rio Preto/SP, principais centros urbanos, ou mesmo têm buscado mercados pelo interior
Londrina/PR, Vila Velha/ES, Limeira/ buscando novas regiões dentro das pró- que deixaram de ser exportadores de
SP, Bauru/SP, Arapiraca/AL, Sobral/ prias capitais. massa consumidora para os grandes
CE, Mogi Guaçu/SP e Taubaté/SP ga- O trabalho da consultoria mostra que centros das capitais.
nharam shopping centers. houve mudanças no perfil do consumi- Outra pesquisa sobre o setor de sho-
Dentre os fatores que pesam para essa dor brasileiro. Os dados indicam que as pping centers, do Instituto Inteligência
migração de investimentos estão, entre classes sociais predominantes nos shop- Empresarial da Construção (ITC), in-
outros, a melhoria das condições eco- ping centers continuam sendo as classes dica um total de 186 shopping centers
nômicas e sociais da população brasi- A e B, que representam 56% do total de em construção no Brasil, totalizando
leira, com a ascensão da chamada “nova visitantes. Mas em 2011, as classes C e mais de R$ 8,5 milhões de investimen-
classe média” e o menor custo de im- D aumentaram sua participação entre o to. Desse volume, 98 obras estão no
plantação. No conjunto, o mercado de total de visitantes dos shoppings – jun- Sudeste, 51 na região Norte e Nordeste,
shopping centers fechou 2011 com 430 tas, somaram 44% do total. 26 na região Sul e 11 na região Centro-
empreendimentos em operação no Bra- A pesquisa da Abrasce indica que a Oeste. Desses, destacam-se alguns com
sil e 10 milhões m² em ABL. Os dados região Sudeste, a mais industrializada considerável volume de investimentos,
são do Censo Abrasce 2011/12 com do País, ainda detém a prioridade dos como o Shopping Riomar Trade Cen-
dados coletados e analisados pela con- investimentos, com 244 shopping cen- ter, no Recife/PE, de R$ 300 milhões;
sultoria PwC – e comprovam que, ape- ters, ou 55,3% do total. A região Sul Shopping Vila Velha/ES, com R$ 260
sar de uma desaceleração econômica, o vem a seguir, com 80 unidades (18,1%). milhões; o Shopping Cidade Soroca-
setor não recuou em seus investimen- Mas o Nordeste ocupa um honroso ter- ba/SP; o Shopping Gravataí/RS; e o
tos. Ao contrário, investiu em empre- ceiro lugar, com 59 shopping centers ou Jockey Plaza Shopping Center, os três
endimentos diferenciados para atender 13,4%, mostrando o desenvolvimento estimados com R$ 150 milhões.
56 / Grandes Construções
PAC 2
SS Ministra do Planejamento, Miriam Belchior: PAC 2 executará R$ 955 bilhões entre 2011 e 2014
58 / Grandes Construções
PAC 2
60 / Grandes Construções
artefina
Um setor qUe trabalha dia e noite
para acompanhar o ritmo do
mercado da constrUÇão merecia Um
programa diário de notícias.
SS Versáteis, as lajes alveolares podem ser usadas na construção de estádios de futebol, shopping centers e prédios habitacionais ou comerciais
62 / Grandes Construções
pré-fabricado em concreto é uma solução de Aracaju. Em sua apresentação, ele des-
muito racional, principalmente, em cons- tacou a alvenaria estrutural, focando-se no
truções com algum adensamento vertical uso de blocos de concreto. O especialista
(4 + 1), sendo frequentemente adotado ressaltou o uso de lajes pré-moldadas ou
em diversas regiões do País. não, apoiadas diretamente nas alvenarias
“Para casas isoladas, não é tão larga- estruturais. Nesse sistema, as paredes fun-
mente difundida. O conceito de ‘diver- cionam também como painéis resistentes
sas casas isoladas a perder de vista’ pode ao vento, formando uma estrutura tridi-
gerar habitações que sejam baixo custo, mensional de alto desempenho.
mas que geram custos monstruosos de De acordo com Rios, o uso do bloco de
infraestrutura, envolvendo arruamento, concreto apresenta vantagens em cons-
energia, saneamento básico e transpor- truções habitacionais. “Ele tem maior
te, para citar os principais”, argumenta o regularidade dimensional, o que propor-
especialista. Ele destaca que os sistemas ciona menor consumo de revestimento
pré-fabricados são muito competitivos e, devido à sua resistência, alcança valo-
em edifícios mais adensados e de padrão res elevados; o emprego em edificações
melhor (médio). “Já em padrão mais ele- de andares múltiplos é imprescindível”.
vado temos diversos exemplos de obras O especialista lembra ainda que se trata
total ou parcialmente pré-fabricadas, de um sistema econômico, de alto de-
com alto valor agregado”, acrescenta. sempenho e aplicável em habitações de
Para Franco, as inovações tecnológicas padrão médio e baixo, nos quais os vãos
em habitações, usando sistemas pré-fa- são moderados. “A velocidade de cons-
bricados, encontram dificuldades por não trução também é fator importante, pois é
serem ainda totalmente normalizadas, possível alcançar ciclos de concretagem
o que gera a resistência na sua adoção, idênticos ao concreto convencional, mas
embora sejam amplamente utilizadas no com o ganho da simultaneidade na cons-
exterior. Como a norma técnica tem força trução das paredes, liberando outros ser-
de lei e a sua confecção acontece sob o es- viços na obra”, completa.
forço, muitas vezes, abnegado de especia- De acordo com Rios, os problemas re-
listas, a normalização brasileira específica lativos às deformações, que acontecem
acaba sendo lentamente construída. “Há na estrutura convencional de concreto
recentes evoluções, caso da NBR-14861, armado, não são frequentes na alvenaria
publicada em 2011, que cobre o emprego estrutural. No entanto, alguns cuidados
de lajes alveolares”, indica. Outras duas devem ser observados, caso da fundação
normas destacadas por ele são as de esta- que deve ter deslocabilidade mínima,
cas pré-moldadas em concreto, atualmen- pois o sistema em alvenaria não aceita
te, em elaboração, e a de painéis alveola- deslocamentos impostos. Outro pon-
res, ainda em planejamento. to de atenção é a previsão da dilatação
Para o executivo da CAL-FAC, os prin- térmica na laje de cobertura. “Para isso,
cipais ganhos do uso de pré-fabricados deve-se adotar uma camada deslizante
incluem prazo, qualidade e, muitas vezes, entre a última fiada e a laje. Dessa forma,
redução de custos. Como o processo de o movimento será liberado, evitando o
pré-fabricação exige um planejamento aparecimento de tensões e, consequente-
mais cuidadoso da obra, os serviços aca- mente, fissuras nas paredes que suportam
bam sendo beneficiados de forma geral. a laje”, detalha.
Franco explica que etapas são eliminadas O especialista ainda recomenda que
no processo, caso da regularização de su- fique claro para os proprietários das
perfícies das paredes e forros, para men- construções que as paredes não podem
cionar apenas uma. “Ganha-se também ser removidas parcial ou integralmente.
nas facilidades de execução de caixilhos, A recomendação deve constar nos con-
muitas vezes eliminando o emprego de tratos, manuais e outras documentações,
contra marcos”, acrescenta. além de estar afixada em áreas visíveis
O também engenheiro Marcelo Rios, para que todos os usuários tenham co-
diretor da Geotest Projetos e Consultoria, nhecimento da impossibilidade de re-
de Salvador, foi outro debatedor do evento manejamento de paredes.
Agosto 2012 / 63
QUESTIONÁRIO ONLINE
ENQUETE ONLINE
Acompanhe aqui as opiniões dos leitores sobre Royalties:
Repasse de Royalties
ainda é polêmica
De todos os internautas que responderam à enquete da versão online da GC, 85% não parti-
cipam da extração de recursos minerais e, consequentemente, do pagamento de royalties. Além
disso, para 59% dos leitores o repasse de royalties é um incremento para o desenvolvimento de
outras áreas no País. Nossos leitores também acreditam que a legislação para royalties ainda não
está bem clara.
JOÃO KOJIN
Deve ser ressarcido o Estado onde se dá a exploração, com des-
tino dos royalties para fins específicos.
CIRO ROBERTO
Na minha concepção, este dinheiro deveria ser aplicado princi-
palmente na Educação dos mais pobres com um setor de gestão
séria e transparente, e assim , na saúde e segurança.
64 / Grandes Construções
ALVIDE MOREIRA EDUARDO
A aplicação do recurso, por não ser clara, só vai servir para alimentar a Realmente é polêmica a divisão em todos os estados do território na-
irracional máquina administrativa federal. cional, mesmo alguns estados não tendo participação direta. Mas acredito
Não conheço nenhum modelo internacional, mas creio que este recurso que seja justo porque, de alguma forma indireta, este estado participa em
arrecadado pelo governo federal deveria ter uma aplicação clara, como, alguma reação da extração, exemplo grande: em São Paulo existem vários
por exemplo, o investimento em ações de preservação do meio ambiente exemplos, desde hospitais , saúde, educação , utilização das estradas, ruas,
nas áreas degradadas pela exploração, mesmo racional. consequência de trânsitos, o custo para a cidade fica mais elevado e com
Como sempre, no Brasil, tudo é feito com brechas legais para que os isso é obrigada a utilizar recursos para o desenvolvimento.
"espertos" (normalmente alguém ou alguma empresa envolvida com o
governo) usem esta brecha em seu benefício.
Que se façam leis claras, objetivas e precisas, onde os recursos arreca- FÁBIO GONÇALVEs
dados tenham destinos que sejam revertidos em benefícios ao homem e Criação de fóruns nas universidades, nas escolas secundárias, nas asso-
ao meio ambiente. ciações de moradores, prefeituras, visando um maior esclarecimento sobre
os royalties e seus direcionamentos.
CARLOS ANTONIO DE ASSIS
O governo deveria aplicar o dinheiro nas áreas onde o minério está EDSON GLAUBER
sendo extraído, no entanto ele usa o recurso para engordar suas contas O repasse de royalties para o governo da extração de recursos naturais
bancárias. Os royalties, em países socialistas, eram melhores empregados deve existir, mesmo porque, para extrai-lo é necessário escavar, gerando
do que em países democráticos. Ela deveria beneficiar toda a população do uma série de problemas ambientais, somente deve haver uma política clara
país, no entanto só os políticos é que são os beneficiados. e coerente para tal.
O crescimento exponencial do mercado de construção no país vem transformando características antes consideradas
diferenciais competitivos em exigentes padrões de mercado: operações cada vez mais rápidas, seguras e baratas.
Oferecendo desde conexões e mangueiras para condução de fluidos até complexos sistemas eletrohidráulicos e
de filtração, a Parker pode ajudá-lo a vencer seus maiores desafios, contando com o que há de mais avançado em
tecnologias de movimento e controle. Para saber mais sobre nossas soluções, acesse parker.com/breakground/br.
www.parker.com.br
QUESTIONÁRIO ONLINE
EDNA E. DOMINGUES
As porcentagens exigidas por outros Estados estão aci-
ma do merecido, afinal, cada estado tem de ter seus recur-
sos naturais e não viver do de outros.
Ainda haverá muito assunto a respeito, muitas reclama-
ções por outros estados que acham ter direito também no
petróleo. Eu acho errado, quem tem o recurso é que é dono
do petróleo.
Acho que somente o Rio de Janeiro, Espirito Santo e São
Paulo são donos desse recurso, os outros estados devem
receber, sim, mas uma mínima parcela, afinal, eles têm
seus recursos naturais próprios, como ouro, terras, minerais
e outros que deveriam explorar e viver deles, não depen-
dendo das grandes capitais. Acho que São Paulo já destina
um absurdo de imposto para o resto do Brasil, uma divisão
mal feita, a meu ver.
EVERALDO GONÇALVES
O royalty deveria ser usado para desenvolver a nação,
as regiões produtoras e diminuir os impactos negativos da
mineração e garantir o futuro quando acabar o bem mine-
ral. No caso do petróleo no mar, o royalty deve ser distribu-
ído proporcionalmente para todos os brasileiros.
A Noruega teve de mudar devido ao problema da Ho-
landa, que o dinheiro do petróleo do Mar do Norte mudou
a economia para pior, com a grande entrada de dólar de
um bem mineral que é um aproveitamento de uma acumu-
lação primitiva de capital, um capital pronto, sem trabalho
no seu processo de produção. Um bem da natureza, de
toda a humanidade.
Não está clara a legislação, deveria disciplinar o uso e
a aplicação em benefício da sociedade e de garantir os fu-
turo e adequar o meio ambiente degradado ou exaurido.
A lei mineral não é cumprida e uma nova lei ou marco
regulatório, como tem sido propalado, também não vai ser
cumprido. Os órgãos de fomento não existem e os de fis-
calização são meros agentes burocráticos cartorários, para
simples registro mineral. Tanto o DNPM como a mais nova
agência ANPN. Não basta fazer novas leis e, sim cumprir a
lei, mas esses órgãos são usados para fazer política, haja
vista a nomeação por indicação política. Qual o interesse
de um deputado ou Senador indicar uma pessoa sem qua-
lificação profissional para o DNPM? O Fundador do SGM
do Brasil, em 1917, atual DNPM, geólogo norte-americano
Oville Derby, patrono da Geologia, administrou o órgão
com probidade e de tanto pedir verbas ao Ministro de
Viação e Obras Públicas. Depois, ligado ao Ministério da
Agricultura e Minas e Energia, após um despacho com o
Ministro, ao fechar a porta, notou o braço cruzado, uma
banana. No Hotel Americano, onde residia, de vergonha,
se suicidou. Já não se faz burocrata como antigamente. Por
isso não é o royalty, é o custo Brasil, que embute despesas
não contabilizadas.
final_f
O SOBRATEMA FÓRUM TRAZ, NA 3ª EDIÇÃO,
OS PRINCIPAIS NOMES DO SETOR E DA
ECONOMIA PARA TRATAR DE ASSUNTOS
RELACIONADOS AO FUTURO DA SUA EMPRESA.
68 / Grandes Construções
final_a
A integrAção dA
cAdeiA dA construção
A Construction Expo 2013 é apoiada pelas principais entidades, construtoras e fornecedores do setor, por reunir, em um único local, serviços,
materiais e equipamentos para obras e o Sobratema Congresso – Edificações e Infraestrutura.
Se a sua empresa faz ou quer fazer negócios no mercado brasileiro da construção, esta é a oportunidade. Participe da Construction Expo 2013.
informações e reservas de áreas: contato@constructionexpo.com.br | 11 3662-4159
Realização: local:
2a Feira Internacional de
Edificações & Obras de Infraestrutura
Serviços, Materiais e Equipamentos.
conselho:
constRutuoRas apoiadoRas:
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM
DISCUSSÃO NO III SOBRATEMA FÓRUM
BRASIL INFRAESTRUTURA
Estão abertas as inscrições para o III Sobra- as desse setor da economia. Nesta nova edição, – diretor Técnico da Unidade de Sustentabilida-
tema Fórum Brasil Infraestrutura – Tecnologia e tecnologia e inovação estão no foco das discus- de do CTE; Tecnologias Inovadoras e a Susten-
Inovação. O evento, a se realizar no dia 30 de sões, por ocuparem papel decisivo na construção tabilidade em Arquitetura e Construção, com o
outubro, no Centro Fecomércio de Eventos (SP), da infraestrutura brasileira, já que através delas engenheiro agrícola Antonio Ludovico Beraldo,
contará com oito palestras, que debaterão os é possível reduzir os prazos e custos e obter a do Departamento de Construções Rurais da
principais aspectos relacionados à inovação sustentabilidade necessária para atender os pa- Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp;
e à tecnologia na área de infraestrutura. Será râmetros de conformidade que as milhares de e Construção Civil: Tecnologia em Materiais e
uma ótima oportunidade para os participantes obras espalhadas por todo o Brasil necessitam. Processos, proferida por Ercio Thomaz, pesqui-
conhecerem novidades nesse segmento e ad- O III Sobratema Fórum – Brasil Infraestrutura sador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
quirirem informações relevantes para a tomada tem como público alvo o profissional do merca- Estado de São Paulo (IPT), entre outras.
de decisões em seu negócio. Entre os assuntos do da Construção que necessita de informações Ao final, os participantes serão brindados com a
abordados estão: sustentabilidade, tecnologias para compreender o cenário técnico e macroeco- palestra Perspectivas da Economia Brasileira, com
inovadoras, processos construtivos, normas e nômico, e tomar decisões estratégicas. o economista e ex-ministro Mailson da Nóbrega.
certificações verdes, incentivos fiscais, pesquisa, A programação contará com palestras de- Na ocasião, a Sobratema fará a apresentação
desenvolvimento e inovação (P,D&I), e conjuntu- dicadas a tema como Sustentabilidade em da pesquisa Principais Investimentos em Infraes-
ra econômica, política e social. Processos Construtivos, a ser proferida por trutura no Brasil até 2016.
Essa é a terceira edição do fórum, que se con- José Joaquim do Amaral Ferreira – Engenheiro
Inscrições e informações pelos telefones
solida como espaço de discussão de temas fun- Mecânico, Diretor Executivo Financeiro e Dire-
(11) 3060-6377 ou 3662-4159, pelos e-mails
damentais para o fortalecimento da cadeia da tor de Certificação da Fundação Carlos Alberto contato@sobratemaforum.com.br e
Construção no Brasil, e também a ampliação das Vanzolini; Certificações Green Building no Bra- giovana@sobratema.org.br ou ainda pelo
perspectivas dos profissionais das diversas áre- sil, sob a responsabilidade de Anderson Benite site www.sobratemaforum.com.br.
BRASIL
Setembro INFO: 30 de setembro a 5 de outubro, no Centro de
Tel. (11) 3060-5000 Convenções do Grupo Mendes, localizado na
CONSTRUIR BAHIA – 12ª FEIRA INTER- E-mail: antonio.alves@reedalcantara.com.br Avenida General Francisco Glicério n° 206,
NACIONAL DA CONSTRUÇÃO. De 12 a15 Site: www.expogbcbrasil.org.br/ CEP 11065-400, Santos (SP). Promoção: So-
de setembro, no Centro de Convenções de Twitter: @reedcomunica ciedade Brasileira de Geologia. Organização:
Salvador, em Salvador (BA). Acqua Consultoria.
18ª SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-
INFO: FERROVIÁRIA – De 11 a 14 de setembro, INFO:
Tel.: (21) 3035-3100 Tel.: (11) 3868-0726
no Centro de Convenções Frei Caneca,
E-mail: feiraconstruir@fagga.com.br E-mail: 46cbg@acquacon.com.br
na Rua Frei Caneca, 596, São Paulo (SP).
Site: www.feiraconstruir.com.br/ba/ Site: http://www.46cbg.com.br
Promoção da Associação dos Engenheiros e
GREENBUILDING BRASIL 2012. Arquitetos de Metrô (Aeamesp).
TERCEIRA EDIÇÃO DE CONFERÊNCIA INFO: Outubro
E EXPOSIÇÃO SOBRE OS VÁRIOS Tels. : (11) 3667-0640/ 5574-1103 / 5579-2918 /
ASPECTOS DA SUSTENTABILIDADE NA 9740-6122
41a REUNIÃO ANUAL DE PAVIMEN-
E-mail: siqueira.katia@digitalassessoria.com.br
CONSTRUÇÃO. De 11 a 13 de setembro, Site : http://semana.aeamesp.org.br/18a/default.aspx TAÇÃO- RAP\ EXPOPAVIMENTAÇÃO
no Transamérica Expo Center, em São Paulo – FEIRA DE MATERIAIS E EQUIPAMEN-
(SP). Realização: Green Building Concil Brasil. 46º CONGRESSO BRASILEIRO DE TOS PARA PAVIMENTAÇÃO. De 1 a 5 de
Organização: Reed Exhibitions Alcantara GEOLOGIA/ 1º DE GEOLOGIA DOS outubro, no Pavilhão Leste, em Fortaleza (CE).
Machado. Promoção da Associação Brasileira de Pavi-
PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. De
70 / Grandes Construções
mentação (ABPv) e da International Society for Asphalt Paviments
a armatek vem modificando
(ISAP), em Parceria com a Universidade Federal do Ceará.
INFO:
os serviços de armação de
Tel.: (85) 3261-1111
E-mail: contato@expopavimentacao.com.br
aço na construção civil.
Site: www.expopavimentacao.com.br
Há dois anos no Brasil, a Armatek, empresa líder mundial, apresenta
540 CBC - CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. De 08 soluções e sistemas construtivos. O que garante maior eficiência,
a 11 de outubro, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, economia e segurança para sua obra.
em Maceió (AL). Promovido pelo Instituto Brasileiro do Concreto –
Ibracon.
INFO:
Site: //www.ibracon.org.br/eventos/54CBC/
Facebook: ibraconOffice
Twitter: @ibraconOffice
Novembro
EXPOSIBRAM AMAZÔNIA – 15ª EXPOSIÇÃO INTERNACIO-
11 3071.0900 - São Paulo
Agosto 2012 / 71
www.armatek.net
AGENDA 2012
NAL DE MINERAÇÃO E 3º CONGRESSO RIO INFRA – 3ª FEIRA DE PRODUTOS EXPO URBANO 2012 - De 21 a 23 de
DE MINERAÇÃO. De 5 a 8 de novembro, E SERVIÇOS PARA OBRAS DE INFRA- novembro, no Pavilhão Azul do Expo Center
no Centro de Conveções da Amazônia, Belém ESTRUTURA - De 14 a 16 de novembro, no Norte, em São Paulo (SP). Organização: Real
(PA). Riocentro, Rio de Janeiro (RJ). Organização e Alliance.
INFO: promoção: Reed Exhibitions Alcantara Macha- INFO:
Tels.: (91) 3229-6468 e 3269-5503 do e Fagga Eventos. Tel.: +55 (21) 4042-8704
E-mail: ibram@ibram.org.br Tel. / Fax.: +55 (21) 2516-1761
INFO:
Site: www.exposibram.org.br E-mail: info@real-alliance.com
Tel: (11) 3060-5000
Site: www.expo-urbano.com.br
Twitter: @rioinfra2012
30TH INTERNATIONAL NO-DIG 2012. De E-Mail: rioinfraestrutura@fagga.com.br
12 a 14 de novembro de 2012, no Transamé- Site: www.rioinfra.com.br
7º SEMINÁRIO NACIONAL MODERNAS
rica Expo Center, São Paulo (SP). Promoção: TÉCNICAS RODOVIÁRIAS. De 25 a 28 de
Associação Brasileira de Tecnologia Não EXPO ESTÁDIO 2012- De 21a 23 de novembro, no Centro de Eventos da Associa-
Destrutiva (ABRATT) e International Society novembro, no Pavilhão Azul do Expo Center ção Catarinense de Engenheiros (ACE-SC),
Trenchless Technology (ISTT). Organização: Norte, em São Paulo (SP). Organização: Real em Florianópolis (SC). Promoção da ACE-SC.
Acqua Consultoria. Alliance. INFO:
INFO: INFO: Tel.: (48) 3248-3553 / 8407-7100
Tel / Fax: +55 (11) 3868-0726 Tel: +55 (21) 4042-8704 E-mail: ivancoelhoeventos@gmail.com
E-mail: nodig2012@acquacon.com.br Tel / Fax: +55 (21) 2516-1761 Site: http://ace-sc.com.br/eventos/
Site: www.nodigsaopaulo2012.com.br E-mail: info@real-alliance.com
Twitter: @ExpoEstadio
Site: www.expoestadio.com.br
72 / Grandes Construções
ÍNDICE DE ANUNCIANTES
ANUNCIANTE PÁGINA SITE ANUNCIANTE PÁGINA SITE
AFITEMAQ 33 www.afitemaq.com.br LIUGONG 35 www.liugongla.com
ARMATEK 71 www.armatek.net MACHBERT 17 www.machbert.com.br
BIDIM 43 www.bidim.com.br MARKO 7 www.rollon.com.br
BMC 41 www.brasilmaquinas.com METSO 15 www.metso.com.br
CATERPILLAR 55 www.marcosa.com.br/ www.pesa. NEW HOLLAND 45 www.newholland.com.br
com.br/ www.sotreq.com.br PARKER 65 www.parker.com.br
CHN 61 www.canalchn.com.br RECICLOTEC 66 www.reciclotec.com.br
CONSTRUCTION 69 www.contructionexpo.com.br ROCA 51 www.rocafundacoes.com.br
CPB 19 www.cpbconcretoprojetado.com.br ROSSETTI 63 www.rossetti.com.br
CSM 13 www.csm.ind.br S. PONTES 37
DÂNICA 53 www.danica.com.br SHANTUI 75 www.shantui.com
DOW 59 www.dow.com/rio
SEW 73 www.sew-eurodrive.com.br
ENCOPEL 31 www. encopelpecas.com.br
SH FÔRMAS 11 www.sh.com.br
FESQUA 74 www.fesqua.com.br
SIDRASUL 49 www.sidrasul.com.br
FÓRUM 67 www.sobratemaforum.com.br
GEOFIX 29 www.geofix.com.br SYMEK 5 www.symek.com.br
ITUBOMBAS 31 www.itubombas.com.br TEREX 2 www.genielift.com
KANAFLEX 23 www.kanaflex.com.br TUPER 57 www.tuper.com.br
KOTRA 25 www.kotra.com.br TIPFORM 27 www.tipform.com.br
LIEBHERR 9 www.liebherr.com.br ULMA 76 www.ulma-c.com.br
Anúncio_Fesqua_21x28cm.indd 1 24/8/2012 09:53:38
09:53:38