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ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
BOLETIM INFORMATIVO
OFICIAIS DE LIGAÇÃO E
INTERCÂMBIO NOS EUA E CANADÁ
Nr 01 – Jan/Fev/Mar
2019 1. GENERALIDADES
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de qualquer solução de IoT será uma tarefa importante. As CAF/DND devem procurar compreender
as armadilhas ou melhores práticas que militares de outros países enfrentaram na concepção e
implementação de tecnologias IoT. Qualquer solução futura precisará ser adaptada para as
necessidades das CAF/DND. Identificar como outros países implementaram esses sistemas também
poderia servir para reduzir o risco para as CAF/DND.
As CAF/DND devem identificar se outro departamento do governo está usando
soluções de IoT: semelhante à recomendação acima, seria útil para as CAF/DND
determinarem se outros departamentos do governo tentaram implementar soluções de IoT e, se
for o caso, identificar as armadilhas e as melhores práticas. Para fins de interoperabilidade
dentro do governo, quaisquer padrões de dados que sejam usados por outros departamentos do
governo devem ser anotados.
Iniciar o desenvolvimento dos requisitos da IoT e do conceito de operações: uma solução
de ativação de IoT será uma tarefa importante. O Exército deve começar a definir o que uma
solução de IoT poderia resolver para operações e para o CSS e identificar quais sistemas seriam
substituídos pela introdução de uma solução de IoT. Isto é uma etapa essencial para definir o que
uma IoT fará e, igualmente importante, identificar como um sistema IoT se encaixaria nos planos
das CAF/DND para projetos de IT.
Reexaminar a cadeia de suprimentos atual: as soluções de IoT são impulsionadas pelo
desejo de maior eficiência. O conceito promete maior eficiência na identificação de tendências em
dados. No entanto, um exame da cadeia de suprimentos atual poderia revelar limitações estruturais
para a eficiência, antes mesmo de considerar uma solução de IoT. Além disso, dados os
cronogramas para projetar e implementar uma solução IoT é provável que haja economia e
eficiência que possa ser percebida nesse ínterim.
2) Plataformas
Examinar apenas tecnologias viáveis: existem algumas tecnologias que provavelmente não
serão viáveis para a aplicação do Exército. O esforço deve ser focado nas tecnologias que se mostram
promissoras para o CSS do Exército e mais amplamente para o CSS das CAF.
Realizar um exame mais detalhado das tecnologias mais viáveis: as tecnologias mais
viáveis (maduras e promissoras) devem ser examinadas com mais detalhes para determinar como elas
poderiam ser implementadas para o CSS do Exército. Isso inclui sistemas habilitados para IoT
(abordados nas recomendações de IT), soluções de conteiners e paletes, soluções de geração de força
e energia, sistemas automatizados para manuseio de cargas e Sistema Conjunto de Lançamento Aéreo
de Precisão (Joint Precision Air Drop System -JPADS).
Começar a desenvolver os conceitos de operações e potenciais modelos de emprego para
tecnologias emergentes: as tecnologias que se mostrarem promissoras, mas que atualmente não
possuem maturidade suficiente, devem ser examinadas com os conceitos de operações ideais e
modelos de emprego desenvolvidos, para melhor entender exatamente como essas tecnologias
seriam implementadas para o CSS do Exército. Isso deve ser o mais detalhado possível,
entendendo que algumas dessas tecnologias ainda são conceitos. As tecnologias incluem o Sistema
Aéreo Embarcado Reconfigurável (Aerial Reconfigurable Embedded System – ARES),
helicópteros autônomos pequenos e médios, grandes UAS (somente helicópteros) e dirigíveis.
Determinar o papel da Real Força Aérea Canadense (Royal Canadian Air Force – RCAF)
nas tecnologias futuras: muitas das tecnologias examinadas no documento são tecnologias de
ressuprimento por via aérea. O foco do documento foi sobre como apoiar o CSS do Exército, embora
a RCAF tenha um papel no suporte de algumas tecnologias de ressuprimento por via aérea.
Continuar a varredura de novas tecnologias: o Exército deve manter a conscientização sobre
outras tecnologias emergentes não abordadas no documento e sobre quaisquer melhorias importantes
nas tecnologias mencionadas no relatório. A tecnologia avançará para sempre e as novas tecnologias
poderão superar as restrições e os limites anteriores, oferecendo novas oportunidades de melhoria.
Por fim, cabe ainda destacar que a natureza conjunta dos grandes desdobramentos significa
que, além das implicações para o CSS do Exército, a RCAF e a Real Marinha canadense estarão
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envolvidas nas funções de apoio ao combate e, dessa forma, precisam se engajar nesse processo de
modernização tecnológica tanto quanto o Exército.
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Figura 02: competition continuum
O conceito “MDO ao nível superior à Brigada" descreve os seis desafios que existem no âmbito
das operações de vários domínios e, como o exército pode manter a iniciativa através da competition
continuum e de todo o espectro de operações militares.
Para que o exército realize os quatro papéis estratégicos atribuídos (moldar o ambiente
operacional, impedir o conflito, prevalecer no combate terrestre, e consolidar o que foi alcan-
çado), é necessário ter uma formação superior a brigada capaz de:
-entender a profundidade do campo de batalha em todos os domínios;
-decidir por uma linha de ação em que as capacidades convergem em um ponto decisivo, para
moldar o campo de batalha através de ações de manobra e ataque em todos os domínios;
-possuir a capacidade de consolidar a vantagem adquirida.
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- exércitos de campanha orientados para a ameaça, para conseguir uma dissuasão segura,
realizando a "concorrência" abaixo do limiar do conflito, para rapidamente passar para operações de
combate em grande escala;
- corpos de exército versáteis que podem ser projetados rapidamente para múltiplas missões
ou papéis;
- divisões centradas no nível tático, cujo comando serão brigadas e com capacidades as quais
podem convergir em todos os domínios.
O US Army continua o desenvolvimento conceitual necessário para lidar com as ameaças
identificadas no novo ambiente operacional (operações de combate em grande escala contra
adversários e qualidades semelhantes).
Após a publicação da versão mais recente do conceito de operações multidomínio, tornou-se
evidente que a estrutura atual já não é a mais adequada (um exército modulado em brigadas com
escalões mais altos reduzidos a meros quartéis gerais sem estrutura fixa, mas com capacidade de
acolher as unidades necessárias para a missão que os confia).
O exército, a fim de cumprir sua missão em operações de vários domínios, deve realizar seus
treinamentos com os escalões de nível superior a brigada, desde o tempo de paz, com as capacidades
necessárias para cumprir as tarefas e papéis que devem ser atribuídos a ele nessas operações.
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O tempo de entrada em posição com o M-198 é da ordem de 7 minutos, enquanto o M-777
gasta pouco mais de 2 minutos. Isso é possível porque o M-777 emprega uma tecnologia mais
avançada, com navegação inercial, pontaria automática e auto-localização, enquanto o M-198
emprega o sistema de referência nas balizas. A saída de posição do M-777 também é mais rápida, em
cerca de 7 minutos, sendo que o M-198 gasta aproximadamente 11 minutos para iniciar o
deslocamento para outra área.
O peso do M-777 é bastante surpreendente para um Obuseiro de 155mm. Enquanto o M-198
pesa 7228 kg, o M-777 pesa apenas 4200 kg, pois são utilizadas ligas de alumínio e titânio na sua
fabricação, algo inovador na Artilharia de tubo, particularmente porque foi mantida a precisão, a
estabilidade e a mobilidade. O menor peso do M-777 não lhe rende grande vantagem quanto a
velocidade de deslocamento quando tracionado pela viatura tratora. Ambos os Obuseiros só atingem
cerca de 25 km/h quando realizam deslocamento através do campo. Em estradas, o M-777 consegue
atingir 88 km/h enquanto o M-198 fica limitado a 72 km/h. A diferença neste quesito está no tipo de
viatura tratora. O Obuseiro M-198 exige uma viatura de pelo menos 5 toneladas para tracioná-lo,
enquanto o M-198 pode ser tracionado por uma viatura de 2,5 toneladas. No que diz respeito ao
transporte aéreo, ambos podem ser embarcados no C-130, embora duas peças do M-777 possam voar
na mesma viagem, haja vista o menor peso.
A guarnição completa do M-198 é composta de 10 homens. Já a guarnição do M-777 é
composta de 8 militares. O maior peso do M-198 não exige um aumento considerável da guarnição,
já que o Obuseiro conta com sistema hidráulico que facilita a sua operação, particularmente durante
os trabalhos de entrada e de saída de posição. Os dois Obuseiros podem ser operados com guarnições
reduzidas, mas isso também diminui a eficiência das armas, levando a um maior tempo para o
desencadeamento dos fogos, bem como maior tempo para entrar e sair de posição.
A gama de munições que atendem os Obuseiros inclui granadas auto-explosivas, fumígenas,
incendiárias, iluminativas, de lançamento de submunições (anti-pessoal e anti-carro), químicas e de
guerra eletrônica. Os dois Obuseiros são capacitados para atirar com granadas do padrão da OTAN.
A vantagem do M-777, modelo A2, consiste em também poder atirar a granada excalibur, um tipo de
munição que possui guiamento por GPS e uma precisão anunciada de 10 metros, permitindo seu
emprego nas proximidades das tropas amigas sem o risco de fratricídio. A granada excalibur tem
grande importância no combate em localidade, devido as características especiais deste tipo de
operação.
Quanto ao alcance, o M-198 atira a 22 km e o M-777 a 24 km com as munições tradicionais.
Ambos atiram a 30 km com munições assistidas. A munição excalibur possui um alcance
diferenciado, da ordem de 40 km, oferecendo ao M-777, modelo A2, uma vantagem tática. Não há
notícias do emprego maciço de granadas excalibur nas operações recentes do Exército dos Estados
Unidos. Algumas fontes afirmam que o custo do projétil é muito elevado, o que inviabiliza o uso da
munição em larga escala, ficando o uso restrito a situações especiais e pontuais.
O Obuseiro M-777 possui um menor tempo de reação para o desencadeamento dos fogos. Os
elementos de tiro são enviados às peças por meio de displays, transmitidos simultaneamente para o
apontador, o atirador e o chefe de peça. O tubo é apontado nos elementos de tiro de forma digital. A
conferência da pontaria pelo chefe de peça é feito por meio do display apropriado. Essas facilidades
permitem que os fogos sejam executados de forma mais rápida e com uma melhor precisão.
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Figura 06: Sistema Digital de Transmissão dos Elementos de Tiro
A diferença de valor entre as duas armas é bastante significativa. Não existe a possibilidade de
comprar Obuseiros M-198 novos no mercado mundial, haja vista que a produção já foi interrompida.
Contudo, estima-se que o custo de recuperação deste Obuseiro, deixando-o totalmente operacional,
seja da ordem de U$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil dólares) por unidade. O custo
aproximado unitário do Obuseiro M-777 é da ordem de U$ 4,5 milhões. Para adquirir o sistema
de armas do Obuseiro M-777, é necessária a obtenção de autorização de venda pelo Congresso dos
Estados Unidos.
Atualmente, cerca de mil Obuseiros M-777 estão em serviço nos Estados Unidos e mais 200
peças nos exércitos do Canadá, Austrália e Índia. O M-198 é empregado por cerca de 11
países, totalizando cerca de oitocentas peças no serviço ativo. Na América do Sul, o M-198 é
um dos Obuseiros adotados pelo Equador.
Considerando os dados comparativos aqui apresentados, pode-se verificar que as
vantagens tecnológicas apresentadas pelo M-777, particularmente a versão A2, que possui a
capacidade de disparar a granada excalibur, são razoáveis. Por outro lado, a diferença de custo que
separa as duas armas é muito significativa. Também é preciso considerar o fator restritivo referente
ao elevado valor de aquisição da granada excalibur, única que oferece vantagem de alcance ao
Obuseiro M-777, fazendo com que não fosse usada em larga escala nem mesmo pelo Exército
dos Estados Unidos. Assim, observa-se que ambos os Obuseiros possuem significativa relevância
na atualidade, sendo o valor um fator de decisão de grande importância.
b. Meios de Reconhecimento no US ARMY
Nos três tipos de Brigade Combat Teams (BCT), existem basicamente duas unidades similares
às organizações militares de cavalaria do Exército Brasileiro, responsáveis, entre outras, pelas
missões de Reconhecimento e Segurança:
- o Combined Arms Battalion (CAB): unidade valor batalhão que combina companhias de
infantaria blindadas e esquadrões de carros de combate e é orgânico somente das brigadas blindadas
(Armored BCT); e
- o Cavalry Squadron: tropa valor unidade, com as missões típicas da cavalaria mecanizada
brasileira - reconhecimento e segurança. É orgânico dos três tipos de BCT.
2) Cavalry Squadron
Independente de sua natureza, toda BCT possui um Cavalry Squadron (a partir de agora
tratado como Regimento de Cavalaria) em sua organização. Cada unidade é adaptada para a apoiar
sua brigada enquadrante, com profundas diferenças entre elas.
O ATP 3-20.96, de 12 de maio de 2016, estabelece as missões, a organização, as capacidades
e as limitações do regimento, bem como as tropas que normalmente reforçam suas ações.
O quadro de organização e a dotação de material de cada regimento de cavalaria é bem
característico, mantendo a mesma natureza da brigada enquadrante. Desse modo, os regimentos são
dotados de tipos diferentes de viaturas e possuem esquadrões bastante heterogêneos, mantendo em
comum, somente, a missão de prover reconhecimento e segurança.
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a) Brigada Blindada
O regimento orgânico das brigadas blindadas é organizado a três esquadrões de cavalaria e
um esquadrão CC. Cada esquadrão de cavalaria é dotado de dois pelotões de reconhecimento
embarcados em viaturas de combate de cavalaria (CFV) e uma seção de morteiros 120 mm, também
embarcada em veículos blindados.
b) Brigada de Infantaria
O regimento de cavalaria orgânico das brigadas de infantaria é organizado a dois esquadrões
de cavalaria motorizados e um esquadrão de cavalaria “desmontado”. O esquadrão motorizado é
composto de três pelotões de reconhecimento dotados de viaturas táticas leves HUMVEE (HMMWV
M1151A1 / M1167A1) e uma seção de morteiros pesados.
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3) Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT)
O Exército dos EUA faz uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) ou Sistemas
Aéreos Remotamente Pilotados (SARP) para missões de reconhecimento, vigilância e inteligência.
Aeronaves de dotação das outras Forças Singulares, notadamente da Força Aérea dos Estados Unidos,
também, são empregadas em proveito de tropas do Exército em operações terrestres unificadas e
operações conjuntas. Ao todo, o Departamento de Defesa dos EUA possui mais de 7.500 (sete mil e
quinhentos) VANT, organizados em cinco categorias ou grupos, conforme as capacidades
operacionais, dimensões, tipo de emprego e custo de cada modelo.
Grupo 1 2 3
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Envergadura 1,4 m 2,8 m 3,11 m 4,27 m
Observação Asa Fixa Asa Fixa Quadricóptero Asa Fixa Asa Fixa
b) Características gerais dos VANT (os dados variam de acordo com o modelo e a versão)
O T-Hawk, de mais fácil uso, permite o emprego imediato em situações inopinadas. Os
modelos Raven e Puma, dotados de recursos mais sofisticados, tornam-se uma melhor opção para o
emprego sistematizado dentro do escopo de um plano de reconhecimento ou esforço de
busca específico.
As brigadas (Brigade Combat Team - BCT) são dotadas do sistema Shadow (grupo 3) para
emprego no nível tático. Um pelotão de VANT Shadow, orgânico da Companhia de Inteligência
Militar do batalhão de tropas de emprego geral da BCT, dispõe de:
- 04 (quatro) VANT com capacidade para operações diurnas e noturnas;
- 02 (duas) estações ou terminais terrestres de dados;
- 01 (um) lançador hidráulico (catapulta pneumática); e
- 02 (duas) viaturas sobre rodas.
O Pel Shadow orgânico da BCT possui um efetivo aproximado de 23 homens. Para transportar
todo o Pel (pessoal e material) são necessárias 03 (três) aeronaves C-130. As brigadas de aviação
(Combat Aviation Brigade - CAB) também dispõem desse modelo de VANT, empregando-os de
forma integrada com os helicópteros de ataque AH-64 Apache.
Ao contrário dos modelos pertencentes aos grupos 4 e 5, os VANT dos grupos 1, 2 e 3 não
realizam missões de ataque. A versão mais recente do míssil Hellfire (AGM-114 R Hellfire II) pode
ser transportada e disparada a grande altitude a partir de plataforma aérea remotamente pilotada – o
míssel hellfire faz parte da dotação do helicóptero Apache.
As divisões de exército não dispõem de unidades orgânicas de inteligência. Os Batalhões de
Inteligência Militar, orgânicos da Expeditionary Military Intelligence Brigade, pertencem ao escalões
corpo de exército ou superior, embora possam ser empregados sob o comando operacional das
divisões. Essas OM não possuem VANT, pois seu trabalho se concentra na análise e não na busca de
dados. O 75º Regimento Ranger possui um Batalhões de Inteligência Ranger experimental, sua
Companhia de Inteligência Militar é dotada de VANT do grupo 1.
4) Brigada de Aviação de Combate (CAB)
A CAB proporciona ao comandante de corpo ou divisão uma vantagem de manobra, que pode
superar os inconvenientes de terrenos limitados e longas distâncias. Aeronaves de ataque,
Reconhecimento, utilidade e carga podem manobrar independentemente, sob o controle do corpo ou
divisão na área profunda do escalão considerado ou dentro de uma Área de Operações atribuída.
Alternativamente, os meios de ataque, reconhecimento, utilidade e carga da CAB podem estar sob
controle operacional (OPCON), Controle Tático (TACON), apoio geral ou apoio direto a outra
brigada, conforme a situação apropriada.
5) Companhia de Inteligência Orgânicas dos Batalhões de Engenharia das BCT
As companhias de Inteligência dos Batalhões de Engenharia possuem pelotões de análise de
informações. Esses pelotões são dotados de uma seção de Sistema Aéreo Tático não Tripulado
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(TUAS) que fazem os apoio aos pelotões. Todas as informações obtidas dos reconhecimentos são
levadas ao decisor para a tomada de decisões.
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Figura 14: Alcance das capacidades do reconhecimento de engenharia.
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Nr Descrição Nr Descrição Nr Descrição Nr Descrição
Analisador
1 Cabo da antena 6 GPS 11 Bateria extra PC 16
de solo
Medidor de
2 Cabo para o PC 7 Computador 12 Câmera digital 17 qualidade de
água
Reconhecimento de Disponibilizar informações sobre: tipo, uso, dimensões, número de vãos, estruturas
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pontes críticas e classificação militar da ponte.
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Nr Capacidade Visão geral
Registro de campo de Criar o registro de campo de mina, utilizando o aplicativo. Registrar locais de
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mina passagem, dimensões e tipo de campo minado.
Suporte para Descrever ameaças que possam afetar a navegação marítima, construções marinhas,
9 reconhecimento dragagens e atividades relacionadas à extração e exploração de petróleo.
hidrográfico
Figura 16 e 17: Símbolo do Grupo Rangers e Grupo de Rangers Canadenses em Atividade de Patrulhamento.
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Os Rangers Canadenses (Canadians Rangers), com um efetivo aproximado de 5000 homens,
integram a chamada Força de Reserva do Exército e têm como principais missões:
- realizar patrulhas;
- informar atividades suspeitas;
- coletar dados locais;
- apoiar atividades de busca e salvamento; e
- apoiar missões de resposta a desastres naturais.
Além das missões supracitadas, algumas equipes de Rangers também atuam no monitoramento
de bases do Sistema de Alerta do Norte (“North Warning System”), atividade conduzida em
parceria com os Estados Unidos. Esse sistema é operado por intermédio de radares instalados, ao
longo de toda a região norte do Canadá e do Alaska, e tem por finalidade prover um sistema de
vigilância aérea contra incursões vindas do norte.
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5º CRPG Newfoundland e Labrador
O emprego dos Rangers tem se mostrado uma solução viável e pode ser considerada uma
alternativa relativamente barata para o desafio de manter sob vigilância a enorme e inóspita região
norte do território canadense.
Por fim, guardada as devidas proporções e considerando as peculiaridades de cada região,
inclusive acerca da legislação em vigor, a ideia de empregar habitantes locais, juntamente com um
sistema de radares de vigilância eficiente, faz-nos lembrar do desafio de defender e proteger a
Amazônia brasileira e pensar na possibilidade de implementação de um sistema similar ao usado pelo
Exército do Canadá.
b. Competição de Morteiros
A Competição de Morteiros (Best Mortar Competition - BMC) é uma competição anual
conduzida pela Infantry School (McoE-Fort Benning), na qual participam Seções de Morteiro das
Forças Armadas dos EUA e de países aliados e tem por finalidade avaliar o nível de adestramento
das guarnições constituídas de morteiros.
A competição tem duração de três jornadas, sendo composta por diversas provas como: pista
de obstáculos; técnicas e execução de tiro real (morteiros 60 mm, 81 mm e 120 mm); marcha
orientada (diurna e noturna); pistas de primeiros-socorros; entre outras.
As oficinas avaliam as principais habilidades dos combatentes de manobra, em especial,
aquelas relacionadas ao apoio de fogo de morteiro que buscam a rapidez, a precisão e a eficácia dos
tiros nas diversas situações do combate.
Participam da competição 01 (uma) equipe de cada Divisão ou de Brigadas independentes do
US Army, 01 (uma) dos Fuzileiros Navais, além de equipes internacionais convidadas. A competição
tem se mostrado, com o passar dos anos, como uma excelente ferramenta tanto para mensurar o nível
quanto o processo de condução do adestramento das guarnições das peças de morteiro, além de
proporcionar motivação e desenvolver a camaradagem entre os seus militares.
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Figura 21: I Competição de morteiro US Army
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de ensino universitário norte-americano. A análise do programa, particularmente de seu conteúdo,
permite afirmar que não há curso equivalente oferecido pelas escolas militares brasileiras. Possuir
massa crítica de oficiais habilitados nas competências desenvolvidas pela Escola de Estudos Militares
Avançados poderia contribuir, portanto, para o desenvolvimento do pensamento operacional e
estratégico, particularmente em cenários prospectivos.
O programa é concorrido. Todos os candidatos, nacionais e estrangeiros, precisam obter
aprovação em processo seletivo, composto das seguintes etapas: apresentação de títulos; prova de
proficiência no idioma inglês para estrangeiros (Nelson-Denny Test); prova teórica das disciplinas
geografia, história militar, geopolítica, doutrina militar terrestre e simbologia militar; redação sobre
assuntos geopolíticos contemporâneos; e, finalmente, entrevista. Para os oficiais estrangeiros, é
fundamental obter elevado resultado no Nelson-Denny Test. Por ser um curso de caráter analítico, o
domínio do idioma inglês, particularmente na capacidade leitora e escrita, possui caráter decisivo e
eliminatório. Nesse sentido, ressalta-se que um eventual candidato brasileiro irá concorrer em
igualdade de condições com oficiais ingleses, australianos, neozelandeses ou irlandeses. Todos são
considerados internacionais para efeitos de seleção. Desde 1984, quando a escola iniciou suas
atividades, o Brasil se fez representar com apenas um oficial, o Cel Inf Gerson Rolin da Silva, no ano
de 2012.
É possível alterar esse cenário. Em pesquisa informal conduzida com oficiais estrangeiros,
que obtiveram aprovação no concurso, três aspectos merecem destaque no que tange ao processo de
preparação: os estudos foram iniciados nos países de origem, antes, portanto, da chegada ao CGSC;
havia, nos países de origem, um oficial ex-aluno do AMSP/SAMS designado como orientador de
estudo; e, por fim, houve disponibilização de recursos humanos e materiais para auxiliar a preparação.
Seria oportuno, portanto, que oficiais brasileiros pudessem contar com estrutura semelhante, a fim de
minimizar o hiato que existe, atualmente, em relação à preparação individual para o concurso. A
maior parte dos oficiais brasileiros, por exemplo, toma conhecimento da existência do AMSP/
SAMS e dos detalhes do processo seletivo, durante a apresentação para o Curso de Comando e
Estado-Maior do Exército dos EUA, dois meses antes do primeiro exame.
Finalmente, embora haja rumores de critérios subjetivos no processo de seleção, nada nesse
sentido pode ser afirmado categoricamente. Essa variável só poderá ser testada a partir do momento
em que os oficiais brasileiros obtiverem o máximo desempenho possível nos critérios objetivos, ou
seja, nas provas do concurso de seleção, em especial a prova de inglês. Oficiais brasileiros que
frequentam o CGSC são frequentemente citados como exemplos de dedicação, inteligência e
destacada capacidade organizacional. Dessa forma, é possível afirmar que medidas como preparação
antecipada, orientação específica e disponibilização de recursos seriam suficientes para inseri-los no
seleto universo de alunos concludentes do AMSP/SAMS, contribuindo, portanto, para o
desenvolvimento do pensamento operacional e estratégico no Exército Brasileiro.
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Realização:
Contatos:
oligtradoc@gmail.com
oligmcoe@gmail.com
adjexeua@gmail.com
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