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LIVRO DE CONSULTA E
INSTRUÇÃO BÁSICA.
1
Este livro foi originalmente concebido, compilado e escrito no ano de 2014 durante a permanência da Casa
(Conventículo da Serpente) no Rosa dos Ventos Conclave de Bruxaria – RVCB. Todo e qualquer conteúdo
produzido por membros que não pertencem atualmente à Casa do Cruzeiro do Sul foi excluído ou modificado.
Houveram inclusões, ampliações e atualizações.
This book was originally conceived, compiled and written in 2014 during the stay of the House (Conventículo da
Serpente) at the Rosa dos Ventos Conclave de Bruxaria – RVCB. Any and all content produced by members who
currently do not belong to Casa do Cruzeiro do Sul has been deleted or modified. There were additions, extensions
and updates.
Permitida a publicação de novas edições em formato exclusivamente digital, sem prejuízo de versões
impressas.
The publication of new editions in exclusively digital format is permitted, without prejudice to the printed versions.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
1.1 Conceito de Bruxaria: Um Ofício Mágico Espiritual 5
1.1.1 Etimologias do Termo “Bruxo” e Possíveis Significados 7
1.2 A Bruxaria e o Sacerdócio 9
1.3 O Fenômeno Bruxa-Sacerdotisa 13
2 A CASA E SUA HISTÓRIA, SUA ESTRUTURA, COSTUMES E CRENÇAS 16
2.1 Histórico da Casa 16
2.2 Orientação e Crenças 17
2.3 Costumes, Celebrações e Calendário Litúrgico 19
2.4 Administração e Estrutura Espiritual 22
2.5 Tabelas e Quadros Elucidativos Erro! Indicador não definido.
3 HISTÓRIA DA BRUXARIA 23
3.1 Introdução ao Fenômeno da Feitiçaria ao Longo do Tempo e do Espaço 23
3.2 Magia em Diferentes Povos 25
3.2.1 Suméria e Babilônia 25
3.2.2 Egito 26
3.2.3 Grécia 26
3.2.4 Roma 27
3.2.5 O pensamento Popular Greco-Romano 28
3.2.6 Terras Nórdicas 29
3.2.7 Terras Celtas 31
3.2.8 África 32
3.3 Idade Medieval, Inquisição e Imaginário Popular 34
3.3.1 Conversão da Europa ao Cristianismo e as sobrevivências pagãs 34
3.3.2 Contexto Social e Religioso da Europa Feudal 35
3.2.3 Heresia Cristã 37
3.2.4 Feiticeiras e Bruxas 37
3.2.5 Imaginário em Relação às Bruxas em um Contexto Feudal 40
3.2.6 Surgimento e características da caças às Bruxas na Idade Média 44
3.3.7 O Declínio da Caça às Bruxas 46
3.4 Século XIX, Século XX e o Fenômeno da Bruxaria Moderna 47
3.4.1 O Fenômeno da Bruxaria Moderna 50
4 CORRESPONDÊNCIAS MÁGICAS E SIMBOLOGIAS 53
4.1 Os Elementos 53
4.1.1 Ar 54
4.1.2 Fogo 55
4.1.3 Água 56
4.1.4 Terra 57
4.1.5 O Espírito 58
4.2 Os Dias da Semana e os Sete Planetas Astrológicos 59
4.2.1 Os Dias da Semana e Correlações Mágicas 62
4.3 Fases Lunares 70
4.3.1 Lua Nova ou Negra 72
4.3.2 Lua Emergente 72
4.3.3 Lua Quarto-Crescente 73
4.3.4 Lua Convexa ou Gibosa 73
4.3.5 Lua Cheia 73
4.3.6 Lua Disseminadora 74
3
deidades e seres mágicos, dos X – Uma prática que leva o adepto a entrar
mais diversos panteões culturais da em profunda comunhão com os elementos
da Natureza e os mais profundos níveis de
humanidade, manifestações consciência para causar transformação na
especiais do Sagrado, sendo então realidade que nos cerca, e, respectivamente,
também um caminho cujo se faz inerente a
possível sua celebração, de transmissão de conhecimento aos peregrinos
que assim buscarem e se mostrarem
maneira respeitosa a teofanias
merecedores.
desse patamar que compõem o
Universo.
mas que podem possuir estruturas litúrgicas e míticas próprias, formando essas,
sendas específicas dentro da Bruxaria – nem toda Bruxaria é igual.
A Bruxaria pode ser entendida de muitas formas. Para alguns, ela é somente
um ofício, uma prática mágica. Isso ao grosso modo significaria que ela existiria como
exercício e/ou conduta espiritual, independente de religião. Exemplo disso são
aquelas pessoas que entendem as curandeiras e benzedeiras católicas como Bruxas,
apesar de cristãs. Entretanto, para grande maioria dos pagãos contemporâneos, a
Bruxaria está intrinsecamente relacionada com a religiosidade, isto é, com algum tipo
de culto não cristão.
§ 4º – Acerca da Natureza dos seres humanos, é um sacerdote? Sim. Isso de fato significa,
essa congregação compreende que: em lato sensu, que um bruxo não é um
a) Não possuem maior ou menor sacerdote, vide todo o discursado acima. E
importância diante dos Deuses, em relação às também significa que um sacerdote não é um
outras formas de vida, sejam animais, mineiras
ou vegetais; bruxo. Mas o que essas palavras querem
dizer é que, nunca, em qualquer momento da
b) Pela forma de vida que tomaram,
conclui-se que são os responsáveis pela história da humanidade, o fato de alguém ter
manutenção consciente desse planeta, os
sido iniciado ao sacerdócio o elevou ao status
tornando necessariamente seres mais
responsáveis do que os demais; quo de bruxo e vice-versa. Essas duas
Os Bruxos sempre coexistiram nesse contexto. Eles nunca optaram por seguir
uma fé específica (talvez sincretizar várias), mas sim trabalharem por aquilo que
sabiam e queriam fazer. Curar, benzer, oracular para as pessoas em geral. Abençoar,
enfeitiçar, amaldiçoar, preparar poções, pós, filtros, óleos... E passar todo esse
conhecimento para a próxima geração. E quem sabe, além de tudo isso... Participar
SIM dos cultos ministrados pelo Templo de sua região. A atuação do Bruxo, para ele,
nunca foi contrária a qualquer coisa que ocorre ao seu redor. Ele é ponte entre os
Mundos. Para o Bruxo, a Magia é, sempre foi e sempre será, Universal.
RECONHECIMENTO
2.1 Histórico da Casa
PÚBLICO, HISTÓRICO E
DISTINÇÕES.
A CASA CRUZEIRO DO SUL é uma Na pessoa do Arquissacerdote
Fundador, estendem-se honras à
congregação que reúne praticantes da Bruxaria Casa:
Contemporânea sob o amparo e acolhimento do
Sacerdócio Honorário (Templo da Honorável
SANTUÁRIO FLEUR DE LIS, localizado na Constelação do Sul, Uruguai).
Rosa dos Ventos Conclave de Bruxaria em Sócio da Associação Brasileira da Arte e Filosofia
da Religião Wicca (2003 – 2007);
2014, sob o nome de Conventículo da Serpente.
Organizador do Encontro Social Pagão®-RS
Em 2017, após uma longa jornada e profunda (2004-2005);
Outrossim, tem-se que esta Casa de Bruxaria manifesta a maior parte de suas
práticas sacerdotais e cultos, por meio de uma veneração notadamente politeísta e
multicultural. A veneração das mais diversas Deidades, leva seus membros ao
entendimento de que as mesmas podem ser cultuadas na forma de Ancestrais que se
tornaram Deuses após sua passagem pela forma humana ou mesmo forma diversa
da humana, constituindo elemento basilar teológico. Há de se mencionar, ainda, a
influência do arcaico sistema de Sucessão Apostólica dos Mistérios Samotracianos e
Lemnianos (não confundir com Sucessão Apostólica Cristã), Mistérios esse
explorados em níveis de escalonamento de graus mais avançados.
Por fim, de uma forma generalista, (considerando que a Casa Cruzeiro do Sul
é uma Casa de Bruxaria), a Congregação lança suas bases sobre as crenças antigas
(e contemporâneas), ora amparadas pela filosofia e doutrina do Eterno Retorno. Isso
significa afirmar, que a Casa, preserva Seu Ofício e Espiritualidade Bruxa, baseando-
se no Ciclo do Nascimento, da Morte e do Renascimento (demonstrados de forma
crível e evidente pelos ciclos naturais, sazonais e lunares), crenças essas, fomentadas
pela sempre busca dos Espíritos em se encontrarem e se reencontrarem, para sempre
estarem juntos d’Aqueles que conheceram, de forma que se reconheçam e que juntos
novamente se amem e se protejam (“Merry meet, and merry part, and merry meet
again”).
19
Considerando que a CASA CRUZEIRO DO SUL deu início aos seus trabalhos
por meio do antigo Círculo Wiccaniano Serpente de Fogo, preservou por vários anos
os costumes, ensinamentos e o próprio calendário litúrgico da Religião Wicca. Tal
calendário consistia na celebração de 8 (oito) festivais sazonais (Solstício de Inverno
– “Yule”, Equinócio de Primavera – “Ostara”, Solstício de Verão – “Litha” e Equinócio
de Outono – “Mabon”, além dos 4 quatro festivais celtas agropastoris, quais sejam,
“Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnassadh/Lammas. Deve-se acrescentar, ainda, a
celebração obrigatória dos plenilúnios com os Ritos de Lua Cheia, além das
celebrações optativas da Lua Negra e da Lua Nova. A esse sistema, com o passar do
tempo e desenvolvimento da congregação, outras datas celebrativas foram incluídas
naturalmente e paulatinamente, tornando o Calendário Litúrgico um amplo corpo de
celebrações e de comunhão contínua com as Forças da Natureza.
por Casas Bruxas e outras sendas mágicas, pois são momentos de conexão profunda
com os Ciclos da Terra e de seu Sistema Energético.
Solstício de Inverno;
Equinócio de Primavera;
Solstício de Verão;
Equinócio de Outono.
ou planetários. A egrégoras trazida por essa data demonstra que desde tempos muito
remotos na parte mais ocidental da Eurásia
Sendo Morrighan uma das divindades madrinhas da Casa e dada sua relação
com esse antigo e complexo Festival, o mesmo é devotada à Ela e aos Mortos,
conjuntamente.
3 HISTÓRIA DA BRUXARIA
mesmo Feiticeiro realiza um feito sem fins comunitários, de alcance e com fins
pessoais, não é bem visto e é julgado socialmente.
Não é possível traçar uma história linear para a Feitiçaria, pois a mesma não
existe. O que existe, existiu e continuará existindo, são manifestações variadas de
práticas místicas em diversas culturas diferentes da humanidade. Cada cultura possui
o seu próprio quadro de referências e valores e a magia se insere nisso, estando
impregnada culturalmente. Pensar a história da magia em uma linha do tempo é um
grande erro, ao invés disso, pensemos diferentes planos históricos de manifestação
das práticas feiticeiras. Não é de nosso interesse utilizar um método comparativo entre
as diferentes formas de magia, visto que elas são únicas, ainda que algumas
apresentem regularidades semelhantes e outras não.
Deve-se ter em mente que o ofício Feiticeiro nunca foi totalmente aceito em
muitas sociedades e constantemente possuía um caráter marginal. A religião e o
sacerdócio possuíam uma posição mais central nas sociedades. A religião é uma
instituição social, está na axis da cultura, no centro do quadro de valores e referências,
guardando-o – o que confere a religião um caráter normativo e disciplinar, projetando
nos indivíduos os valores e normas daquela sociedade. Sendo assim, o papel da
religião é vital para a manutenção da sociedade, uma vez que promove que os
25
1
RUSSEL, B. Jeffrey; ALEXANDER, Brooks – História da Bruxaria, p. 54.
26
a partir do plano espiritual. Dentre os espíritos mais hostis estariam Lilitu (ou Lilith,
para os hebreus) e Labartu, ambos espíritos femininos. Lilitu era frígida, estéril,
possuía garras nas mãos e nos pés e asas, voava de forma veloz pela noite,
acompanhada por corujas e leões, seduzindo homens; Labartu andava com uma
serpente em cada mão, atacando crianças e suas mães.
Este universo mágico hostil e aterrador reflete-se nas práticas mágicas de tais
povos. A magia mesopotâmica era rica em amuletos, encantamentos e rituais de
proteção, bem como em exorcismos. Além disso, como já mencionado, cada pessoa
deveria ter um espírito tutelar.
3.2.2 Egito
3.2.3 Grécia
3.2.4 Roma
“Odin:
Sabes que eu dei
para aqueles que eu não deveria -
vitória para os covardes?
Tu tinha oito invernos
embaixo na terra,
vaca ordenhada como uma mulher,
e te lá ter filhos.
Agora que, me parece,
2
RUSSEL, B. Jeffrey; ALEXANDER, Brooks – História da Bruxaria.
30
Loki:
É sabido que as völvas (ou, como dito na Edda, Vala) vão de casa em casa
para revelar o futuro dos homens, prever o tempo, a qualidade das colheitas, etc.
As Eddas citam Freyja, dos Vanir, como a instrutora de Odin na arte do Seidhr,
e também citam a Seidhr sendo feita à noite, quando os homens dormem, por völvas
(feiticeiras) que rondam montadas em javalis, lobos ou tábuas. Se reuniam com
companheiros nos trolla-things, ou assembleias de espíritos.
3
Vala: vidente.
31
Aqui não discorremos muito sobre os celtas, uma vez que suas práticas
mágico-religiosas, que poderiam influenciar a caça às bruxas na idade média, já foram
muito abrangidas entre os tópicos antecessores e, principalmente, entre os nórdicos.
Podemos, entretanto, citar um hábito comum entre os germânicos e os celtas para a
adivinhação. Torna-se profeta quem senta-se sobre túmulos; torna-se “poeta”, ou seja,
inspirado, quem dorme sobre túmulos. O fili (poetas e videntes entre os celtas) comia
carne crua de touro, bebia seu sangue e adormecia envolto em sua pele; durante o
sono, “amigos invisíveis” comunicavam-lhe a resposta para a pergunta que o
atormentava. Ou então, para tornar-se profeta, era preciso dormir diretamente sobre
32
3.2.8 África
Magia Boa;
Feitiçaria;
Bruxaria.
Azande (Boro/Ira Mangu) possui a origem de seus poderes em uma região interna do
corpo, entre o fígado e o estômago, sendo um inchaço oval e escuro onde
encontravam-se vários objetos pequenos, ou uma bola redonda e peluda com dentes.
4
EVANS PRITCHARD, E.E. Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande. 24 Ed. Oxford, 1950, P.63-64.
34
Através da Idade Média, uma gama de costumes pagãos sobreviveu, o que não
significa que o Paganismo tenha sobrevivido. Não houve uma religião pagã da
fertilidade que sobrevivera ao longo dos séculos, como viria a dizer Margaret Murray
– o que sobreviveu foram alguns costumes folclóricos, que foram delegados à
classificação de superstições, pela Igreja Católica. Até o século XII, a Igreja focava
principalmente na conversão das crenças centrais do Paganismo e na aceitação da
mitologia e da cosmologia cristã, ao passo que não se atentava para a profundidade
dessa conversão. Ao invés de combater os costumes, a Igreja se apropriou deles,
transformando Deuses pagãos em Santos católicos, revestindo as antigas tradições,
não enfrentando e nem se antepondo, mas sim inserindo e incluindo, fundindo
coletividades em um mesmo rebanho cristão.
Por outro lado, houve um grande esforço por parte da Igreja em demonizar, na
medida do possível, ritos, práticas e crenças pagãs. Isso era feito de maneira oportuna
e estratégica: não se afirmou que uma divindade qualquer seria demoníaca, mas
criou-se um Diabo com características idênticas àquela divindade. Tornou-se herético
e contrário ao plano de salvação certos costumes folclóricos, as liberdades sexuais, a
crença nos Deuses, as oferendas, os prazeres da carne, entre outros elementos vivos
nas culturas pagãs. É válido mencionar que, em cada região conquistada, a Igreja
tornou pecaminoso um conjunto específico de práticas que, obviamente, tinham a ver
com os costumes da região em questão.
tempo, elas oscilavam ao sabor das guerras entre as nobrezas feudais. Poucos
nobres concentravam uma vasta riqueza, vide a fartura de suas vidas em palácios, ao
passo que uma multidão de servos miseráveis vivia nas vilas medievais, circunscritas
pelas muralhas do feudo. A Igreja Católica surge como a maior instituição da época,
legitimando essa realidade.
Além disso, ela possui os atributos de curar e envenenar, abençoar com uma mão e
amaldiçoar com a outra, carregando uma imagem dúbia. A imagem popular da
feiticeira tem suas origens no mundo clássico, as encontraremos nas feiticeiras da
Tessália, que se relacionavam com espíritos ctônicos e noturnos, e nas figuras
mitológicas de Circe, a feiticeira sedutora – talvez aqui esteja a origem das palavras
com forte teor sensual presentes no vocabulário Feiticeiro – e Medeia, a tragédia
feminina e as emoções desenfreadas, extremadas e vingativas.
5
NOGUEIRA, R. F. Carlos – Bruxaria e História.
6
Idem, ibidem.
39
Além disso, existe um conceito muito difundido de que o ato mágico da bruxa é
psíquico, fruto de poderes sobrenaturais, enquanto a feiticeira possui seus poderes
baseados nos seus feitiços, fórmulas e insumos. Ao passo que a feiticeira aprende
seus conhecimentos em livros e através da passagem oral do saber, a bruxa aprende
tudo do Diabo, recebendo dele seus conhecimentos e poderes, dando-lhe em troca a
sua alma.
7
Idem, ibidem.
41
8
Idem, ibidem.
42
O Sabbat seria uma comunhão com o Diabo, onde bruxas praticariam orgias,
sacrifícios, feitiços, danças obscenas, se deliciariam em mesas fartas de alimentos,
se entregariam aos prazeres carnais, entre outras práticas. Observa-se que ele é a
antítese da realidade medieval: tudo o que era proibido e reprimido na sociedade cristã
feudal, aqui é largamente praticado; em contraposição a toda miséria presente, que
trazia inúmeras mazelas ao povo medieval, o Sabbat apresentava mesas fartas e
belas; enquanto na realidade, as mulheres eram subjugadas e seus corpos eram
considerados pecaminosos, no Sabbat a mulher gozava de liberdade sobre seu corpo
e sobre sua sexualidade, e mais, além de livres, eram cultuadas. Estudiosos do
assunto interpretam que a criação do Sabbat no imaginário medieval fala de um sonho
reprimido e não aceito por parte da população que, por não poder realizá-lo, por conta
de preceitos morais, ou até mesmo da miséria, prefere reprimi-lo e atacar os outros –
este é um dos elementos do processo de transformação da bruxa em bode expiatório,
que será abordado a partir de agora.
9
FINNÉ, Jacques. Erotisme et sorcellerie. Paris, 1973. p. 33.
43
10
NOGUEIRA, R. F. Carlos – Bruxaria e História.
11
Idem, ibidem.
44
acompanhada pelo uso de uma brutal manifestação de força, o ódio coletivo para uma
atacante simbólica ao qual se atribui a iminente desintegração social. ”12
A partir do século XI, a morte de hereges na fogueira tornou-se cada vez mais
comum e, uma vez associada à heresia, a bruxaria se torna um crime de religião,
tendo a fogueira como penitência. Até o final do século XII, a única maneira de uma
pessoa ser condenada por praticar Feitiçaria era através da acusação pessoal. Mas,
quando os bispos passam a organizar inquisições em suas dioceses e, ao invés de
aguardar passivamente por denúncias de bruxas, passam a persegui-las ativamente,
se inicia a caça às bruxas, em meados do século XIII.
12
Idem, ibidem.
45
13
RUSSEL, B. Jeffrey; ALEXANDER, Brooks – História da Bruxaria.
46
É importante salientar que a Inquisição teve seus picos de atividade. Tais picos
ocorrem em épocas de maior tensão social, seja qual for o motivo. Para nós, é óbvio
que isso não ocorre por acaso, pois a cultura do bode expiatório, muito presente na
humanidade em geral, sempre buscará eleger um culpado, projetar as mazelas sociais
em um inimigo interno, desejando a sua expulsão – esta expulsão é quase simbólica:
uma vez que o indivíduo em questão seja eliminado, a sociedade como um todo se
sente purificada e livre; sensação altamente efêmera, pois não atua sobre as
estruturas sociais.
Esse processo, nem de longe, foi homogêneo. O século XVII é uma época
cravada para se começar a pensar no declínio – até então o processo não teria
ocorrido em nenhum lugar. Neste mesmo século, encontramos na Escandinávia e nos
Estados Unidos da América o auge de suas respectivas Inquisições. Não vamos nos
ater aos processos específicos de cada região, apenas é importante ter em mente que
tal declínio só pode ser pensado a partir do século XVII e que em países protestantes,
bem como em regiões periféricas, a caça tendeu a tardar mais para encontrar seu
declínio.
14
NOGUEIRA, R. F. Carlos – Bruxaria e História.
15
TREVOR-ROPER, H. R. The European witch-craze of the sixteenth and seventeenth century and other essays.
1969.
47
O fato é que até os fins do século XVIII e início do XIX não haveriam mais casos
de perseguição e tanto a casta intelectual, quanto a mentalidade popular, viriam a
considerar a bruxaria como uma fantasia que não existe no mundo real. Tal mudança
no pensamento pode ser atribuída ao positivismo cientificista muito inflamado na
cultura ocidental neste período, que não abria espaço para a preocupação com
questões que não poderiam ser provadas empiricamente. A Feitiçaria simples
continuou, assim como a publicação de grimórios e livros de ocultismo voltados para
a Kabbalah e para o Hermetismo, mas a bruxaria diabólica voltara ao reino das
fantasias, de onde inicialmente brotara.
Sem dúvidas, a mais famosa obra de Leland foi Aradia: O Evangelho das
Bruxas, onde a suposta bruxa Maddalena lhe transmite oralmente conhecimentos
antigos a respeito das crenças da Bruxaria Italiana e o autor compila parte dos
mesmos em sua obra. Basicamente, descreve importantes resquícios da Bruxaria
Italiana pré-cristã que sobreviveram ao mesclarem-se com o ambiente já cristianizado.
Também relata um possível culto das Bruxas italiana à deusa romana Diana e a uma
personagem que mais tarde teria uma importância grandiosa na Bruxaria Moderna:
Aradia, que segundo a obra de Leland, teria sido uma grande bruxa enviada
diretamente por Diana a Terra, considerada filha da própria deusa, por volta do século
XIV em Volterra, na Toscana, norte da Itália – trata-se de praticamente um avatar
feminino da Bruxaria Italiana que teria vindo para que ensinasse aos homens a antiga
arte da Bruxaria e trouxesse o reflorescimento da Antiga Religião Pagã. De acordo
com Leland, Maddalena o relatou que essa é uma história que foi transmitida de
geração para geração; da mesma forma, foram relatados feitiços e magias
compatíveis com a prática conhecida da Stregueria.
De toda forma, não existe nenhum tipo de comprovação histórica razoável que
sustente as teorias de Margaret Murray da forma que ela as descreveu. O fato, é que
Gerald Gardner, ao mais tarde publicar seu segundo livro “The Meaning of Witchcraft”
(O Significado da Bruxaria), e logo em seguida, costurando e emendando elementos
oriundos do Neo-Druidismo, da Thelema de Aleister Crowley e da Magia Cerimonial,
assim como das próprias sugestões históricas e antropológicas dos livros que
pesquisara até então, aparentemente passou a “dar vida” ao culto das Bruxas descrito
por Murray, entretanto, formulando em si só, um sistema próprio, o qual o denominou
de Wica (com somente um “c”), a Bruxaria Moderna. Mais tarde, com o advento de
novas vertentes que surgiram a partir da própria Bruxaria de Gardner, como a Tradição
fundada por Alex Sanders que ficou conhecida como “Alexandrina”, àquela original de
Gardner passou a ser denominada como “Gardneriana”, isso após a morte dele, em
1964, somente para diferenciar um caminho do outro.
com Gardner para se ostentarem como tradições de Wicca. Alguns raríssimos grupos
passaram a se denominar praticantes de Bruxaria Moderna ou simplesmente Bruxaria
Contemporânea.
4.1 Os Elementos
Independente disso faz-se importante saber que a teoria dos quatro elementos
é base para todo o ofício mágico-espiritual da Bruxaria antiga e moderna. Eles são a
expressão essencial de tudo aquilo que existe nesse e em todos os mundos, inclusive
nos corpos dos seres vivos. Na verdade, os elementos dentro da simbologia mágica
são os componentes básicos de tudo aquilo que existe. Os quatro elementos: Ar,
Fogo, Água e Terra, são ao mesmo tempo visíveis e invisíveis, espirituais e físicos.
54
Não é adequado, nem sábio encarar o Ar, o Fogo, a Água e a Terra como
elementos puramente físicos – o Fogo, por exemplo, é muito mais que uma labareda
e da mesma forma a Terra não refere-se apenas ao planeta em que vivemos, mas às
características terrenas, sólidas e estáveis que tudo possa ter ou adquirir.
4.1.1 Ar
Direção: Leste.
Estado físico da matéria: Gasoso.
Verbo: Querer.
Momento do Dia: Amanhecer.
Estação do Ano: Primavera.
Cores: Branco, amarelo, azul claro e tons pastéis.
55
4.1.2 Fogo
Direção: Sul.
Estado Físico da Matéria: Plasma
Verbo: Ousar.
Momento do Dia: Meio-Dia.
Estação do Ano: Verão.
Cores: Vermelho, laranja e dourado.
Signos: Áries, Leão e Sagitário.
Pedras: Jaspe sanguíneo, pedras vulcanizadas, topázio, pedra do sol e rubi.
Incensos: Canela, junípero, cravo, rosas vermelhas, sangue de dragão, gengibre,
laranja.
Lugares: Deserto, fontes termais e vulcões.
56
4.1.3 Água
Direção: Oeste.
Estado da Matéria: Líquido.
Verbo: Saber.
Momento do Dia: Anoitecer
Estação do Ano: Outono
Cores: Azul, branco e prata.
Signos: Câncer, escorpião e peixes.
Pedras: água marinha, topázio azul, lápis-lazúli, pedra da lua, quartzo azul.
Incensos: camomila, lírio, alfazema, rosa branca, sândalo, lavanda.
Lugares: lagos, rios, fontes, poços, praias, mar, oceano e cachoeiras.
Exercícios de Conexão: diluir, colocar na água, lavar e untar objetos com óleo.
57
4.1.4 Terra
Este é o elemento ao qual somos mais próximos, já que é a nossa casa, nosso
corpo, nosso chão. A TERRA não necessariamente representa a terra física. Ela é o
reino da abundância, prosperidade e riqueza. É o mais físico dos elementos, pois
sobre ela todos os outros três elementos se apoiam.
4.1.5 O Espírito
Aos primeiros dois dias foram atribuídos o Sol e a Lua; aos restantes, os deuses
Ares, Hermes, Zeus, Afrodite, e Cronos. Então, os dias passaram a chamar-se hemera
Heli(o)u, hemera Selenes, hemera Areos, hemera Hermu, hemera Dios, hemera
Aphrodites e hemera Khronu.
deus dos Céus e dos deuses (o deus grego supremo); Afrodite, deusa do amor e da
beleza. Cronos foi o deus que governou o Universo até ser destronado pelo seu filho
Zeus; julga-se que aquele representava, depois de destronado, o tempo atmosférico.
Por influência judaica e cristã, Saturni dies foi substituído por sabbatum
(Sábado), e Solis dies por dies dominica (Domingo). Sábado vem do hebreu Shabbat
e significa "cessar" ou "descansar", sendo o 7º dia no calendário judaico. Domingo,
com o significado de "Dia do Senhor", ou seja, da "Ressurreição de Cristo",
fundamenta-se unicamente na Bíblia, em que é tido, em várias passagens, como o 1º
dia da semana. No mesmo contexto, hebdomas foi traduzido para septimana.
Apesar deste sistema enumerativo, com a palavra feria, ter sido consagrado
pelo calendário eclesiástico, e de Santo Agostinho ter criticado a nomenclatura pagã
61
com deuses (In Psalmum XCIII, 3), apenas vingou na língua portuguesa (até aos
nossos dias) e, em parte, para o galego antigo (daqui apenas sobreviveu o Sábado
no Espanhol e no Português).
Em inglês, os nomes dos dias da semana constituem uma volta direta aos
antigos deuses pagãos:
Sunday, o Sol
Monday, a Lua
Tuesday, Tiu, deus da guerra e do céu
Wednesday, Wotan, rei dos deuses
Thursday, Thor, deus do trovão
Friday, Freya, deusa da paz e das colheitas
Saturday, Saturno, o deus romano do tempo e dos festejos
Após essa importante exposição teórica sobre o tema, serão abordadas agora
as correspondências mágicas e simbólicas de cada dia da semana, de acordo com
suas influências planetárias.
DOMINGO
SEGUNDA-FEIRA
Metal: Prata
Princípio Hermético: Polaridade
Número: 9
TERÇA-FEIRA
Metal: Ferro
Princípio Hermético: Causa e Efeito
Número: 5
QUARTA-FEIRA
Metal: Mercúrio
Princípio Hermético: Vibração
Número: 8
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
SÁBADO
16
FAUR. Mirella. O Anuário da Grande Mãe: Guia Prático de Rituais para celebrar a Deusa. Editora Gaia, São
Paulo, 1999. Página 345.
72
Gibosa também na verdade, nada mais são que subfases da Lua Crescente, assim
como a Lua Disseminadora e a Lua Balsâmica são subfases da Lua Minguante.
É o momento em que há escuridão plena no céu, exceto pela suave luz das
estrelas. A Lua está escondida por trás da Terra, de maneira que a sombra dessa faça
com que aquela fique sob a mais repleta penumbra. Há a diminuição do campo
magnético e o vazio se faz presente na atmosfera mágica. É um momento entre
mundos, onde só há vida em estado latente – é preciso plantar uma semente e
transformar através da ação mágica e do impulso, esse potencial latente em um
possível e futuro algo a ser concretizado. Aqui, o instinto prevalece. A intuição é mais
clara e está livre de ruídos.
A Lua Cheia em si, é um claro aviso dos Deuses de que naquela noite, quando
Ela brilha Soberana nos Céus, os Bruxos e Feiticeiros devem se reunir para celebrar
o esplendor das Forças da Vida, beber da plenitude de sua luz, e trabalhar com a
74
Inicia-se o processo de transformação daquilo que já não mais serve, para o total
extermínio e renascimento de algo novo na próxima lunação.
VERMELHO
A cor vermelha significa paixão, energia e excitação. É uma cor quente. Está
associada ao poder, à guerra, ao perigo e à violência. O vermelho é a cor do elemento
fogo, do sangue e do coração humano. Simboliza a chama que mantém vivo o desejo,
a excitação sexual e representa os sentimentos de amor e paixão. Além disso, essa
cor estimula o sistema nervoso, a circulação sanguínea, dá energia ao corpo e eleva
a autoestima. Suas palavras-chave são também amor, magnetismo, saúde física,
sexualidade, força, poder da vontade, vitalidade, movimento e calor.
LARANJA
Um ambiente com a cor laranja pode provocar os mesmos efeitos que a cor
vermelha no que se refere a estímulos do apetite e propensão para os diálogos. É
recomendável para cozinhas, salas de jantar e salas de visitas, sempre sem haver
excesso no seu uso. É uma cor forte e associada ao signo de Leão.
79
AMARELO
Um ambiente pintado de amarelo traz mais calor e iluminação. É ideal para dar
a sensação de calor em ambientes frios e escuros. Também proporciona
concentração e atenção, por isso, é recomendável para escritórios e salas de estudo.
Em excesso, pode provocar distração e ansiedade. O amarelo é a cor dos signos de
Gêmeos, Touro e Virgem. O signo de Leão está associado ao amarelo-ouro. A cor
amarelo-ouro (dourado) representa a riqueza, o dinheiro e o ouro. Está associada à
nobreza, à inteligência e ao luxo.
VERDE
O verde é uma cor que harmoniza qualquer ambiente e traz boas energias. É
recomendável o uso desta cor no banheiro para aumentar a energia do local. Apesar
de ser uma cor neutra, não se aconselha a sua mistura com cores como vermelho ou
amarelo para não criar um ambiente muito quente, em que predominam os
sentimentos de inveja, posse ou mesmo raiva. Está associada aos signos de Touro,
Libra, Virgem. Os tons mais escuros estão associados ao signo de Capricórnio e os
tons mais claros, aos signos de Aquários e Peixes.
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ROSA
AZUL
ÍNDIGO
O índigo é uma cor muito poderosa para a psique. Está associado com o
funcionamento do cérebro e é um estimulante para a imaginação e a intuição.
Também é um forte sedante. Suas demais correspondências assemelham-se as da
cor violeta, abaixo apresentada.
VIOLETA
BRANCO
MARROM
CINZA
Inevitavelmente, esta cor nos leva a ser demasiado autocríticos. Não obstante,
quando conseguimos aprender com isso e tomamos medidas, podemos conseguir
resultados positivos tanto do ponto de vista da organização como da capacidade de
compromisso com os demais. A cor cinza está associada aos signos de Gêmeos e
Aquário.
83
PRETO
A cor preta consiste na cor mais escura de todo o espectro das cores e para a
maioria do povo ocidental simboliza respeito, morte, isolamento, medo, solidão. Ela
pode ser obtida através da mistura das três cores primárias: vermelho (magenta),
amarelo e azul (ciano).
A cor preta também significa tristeza e reverência e por esse motivo pessoas
que estão em luto muitas vezes vestem roupa preta, sendo uma cor preponderante
em muitos funerais ocidentais.
4.6.2 Foice
4.6.3 Sino
4.6.4 Bastão
4.6.5 Taça
4.6.6 Caldeirão
4.6.7 Espelho
Além do cotidiano vidro com uma camada de prata, a lua também é um espelho,
assim como a água e certas pedras. Tudo aquilo que reflete a luz pode ser
considerado um espelho, ao menos para o uso feiticeiro. Espelhos são uma ponte
entre este e o outro lado o que os torna absolutamente úteis para a prática de “ver
através de”, ou “scrying”, ou seja, com ele podemos contemplar a nós mesmos, em
práticas voltadas ao autoconhecimento, além de servir como um oráculo, através do
qual é possível observar acontecimentos do passado, do presente, ou do futuro, bem
como obter respostas dos Espíritos.
86
ÁGATA
Nomes vulgares: ágata vermelha, ágata de sangue
Energia: várias (veja abaixo)
Planeta: Mercúrio (de maneira geral)
Elementos: vários (veja abaixo)
Poderes: força, coragem, longevidade, jardinagem, amor, cura, proteção
ÁGATA BANDADA
Energia: emissora.
Elemento: Fogo.
Poderes: Proteção. Restaura a energia corporal e alivia situações de tensão.
ÁGATA NEGRA
Energia: emissora.
Elemento: Fogo.
Poderes: Outra pedra protetora. Use-a para ter coragem e vencer competições.
17
CUNNINGHAM, Scott. Enciclopédia de Pedras Preciosas, Cristais e Metais. Editora Gaia. São Paulo, 2005.
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ÁGATA VERDE
Energia: receptora.
Elemento: Terra.
Poderes: Usada para melhorar a saúde dos olhos. No passado, a mulher que bebesse
a água onde fora colocado um anel de ágata verde estava magicamente protegida
contra a esterilidade.
ÁGATA VERMELHA
Energia: emissora.
Elemento: Fogo.
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Poderes: Também conhecida como "ágata de sangue". Essa pedra era usada na
Roma antiga para proteger contra picadas de insetos, purificar o sangue e promover
calma e paz.
ÁGUA-MARINHA
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: sensitividade, paz, coragem, purificação
ALEXANDRITA
Poderes: sorte, amor
Usos mágicos: Essa é uma gema rara e cara. Ao ser usada, a alexandrita atrai sorte
e prosperidade. Também serve para encantamentos de amor.
ALÚMEN
Energia: receptora
Planeta: Saturno
Elemento: Terra
Poder: proteção
AMAZONITA
Nome vulgar: pedra das amazonas
Energia: receptora
Planeta: Urano
Elemento: Terra
Poderes: Jogos de azar, sucesso
Usos mágicos: Esse feldspato verde-azulado é usado por jogadores para atrair sorte
e dinheiro, bem como por quem esteja tentando a sorte para ser bem-sucedido.
ÂMBAR
Energia: emissora
Planeta: Sol
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AMETISTA
Energia: receptora
Planeta: Júpiter, Netuno
Elemento: Água
Poderes: sonhos, alcoolismo, cura, sensitividade, paz, amor, protege de ladrões,
coragem, felicidade
AVENTURINA
Energia: emissora
Planeta: Mercúrio
Elemento: Ar
Poderes: poderes mentais, visão, jogos de azar, dinheiro, paz, cura, sorte.
AZEVICHE
Nomes vulgares: âmbar-de-bruxa, âmbar negro, lenhito
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Energia: receptora
Planeta: Saturno
Elementos: Terra e Espírito
Poderes: proteção, anti-pesadelos, sorte, divinação, saúde.
AZURITA
Nomes vulgares: lapis linguis, lapis língua
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Poderes: sensitividade, sonhos, divinação, cura
Usos mágicos: A azurita, uma bela pedra de azul profundo, há muito tem sido usada
na magia para desenvolver os poderes extra-sensoriais.
BERILO
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: sensitividade, cura, amor, energia, contra bisbilhotice.
CALCEDÔNIA
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: paz, anti-pesadelos, viagem, proteção, lactação, sorte.
CALCITA
Nome vulgar: espato-da-Islândia
Energias: várias (veja abaixo)
Planetas: vários (veja abaixo)
Elementos: vários (veja abaixo)
Poderes: espiritualidade, paz, amor, cura, purificação, dinheiro, proteção, energia.
Usos mágicos: A calcita, um cristal transparente, é encontrada numa grande
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CALCITA TRANSPARENTE
Energia: receptora.
Planeta: Lua.
Elemento: Água.
Poderes: Essa pedra é usada em rituais de espiritualidade. É perfeita como foco de
contemplação durante a meditação.
CALCITA ROSA
Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Água.
Poderes: Segura na mão, é calmante, centraliza e alinha. Também é empregada em
rituais de amor.
CALCITA AZUL
Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Água.
Poderes: A calcita azul é uma pedra de cura junto ao corpo ou colocada entre velas
azuis ou violetas acesas. Durante as cerimônias de purificação, use a calcita azul.
CALCITA VERDE
Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Terra.
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CALCITA LARANJA
Energia: emissora.
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo.
Poderes: A calcita laranja é uma pedra emissora e, segura na mão, introduz energia
física no corpo.
CARVÃO
Energia: receptora.
Planeta: Saturno
Elemento: Terra
Poderes: absorção de energias negativas.
CELESTITA
Energia: receptora
Planetas: Vênus, Netuno
Elemento: Água
Poderes: compaixão, cura, usada para criar eloquência e promover compaixão pela
Terra e nossos semelhantes. Serve para aliviar dores de cabeça e tensão, pois
remove o estresse do corpo físico.
CITRINO
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Poderes: anti-pesadelos, proteção, sensitividade
Usos mágicos: O citrino usado à noite remove o medo, evita pesadelos e garante
uma boa noite de sono. Sendo uma forma de quartzo, também facilita a percepção
extra-sensorial.
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CORAL
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elementos: Água, Espírito
Metais associados: prata, cobre
Poderes: cura, regulador da menstruação, agricultura, proteção, paz, sabedoria
CORNALINA
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Poderes: proteção, paz, eloquência, cura, coragem, energia sexual
CRISOCOLA
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Poderes: paz, sabedoria, amor (segurar na mão uma crisocola já foi outrora o meio
de livrar-se de ilusões e medos irracionais. É uma pedra da paz e tem um efeito
calmante sobre as emoções).
CRISOPRÁSIO
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Poderes: felicidade, sorte, sucesso, amizade, proteção, cura.
CRISTAL DE QUARTZO
Nomes vulgares: cristal, espelho de bruxa, pedra estelar, Íris (do efeito prismático
dos cristais de quartzo), Zaztnn (Maia)
Energias: emissora, receptora
Planetas: Sol, Lua
Elementos: Fogo, Água
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DIAMANTE
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Metais associados: platina, prata, aço
Poderes: espiritualidade, problemas sexuais, proteção, coragem, paz, reconciliação,
cura, força.
ENXOFRE
Nome vulgar: súlfur
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
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ESFÊNIO
Nome vulgar: titanita
Energia: emissora
Planeta: Mercúrio
Elemento: Ar
Poderes: poderes mentais, espiritualidade
ESMERALDA
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Metais associados: cobre, prata
Poderes: amor, dinheiro, poderes mentais, sensitividade, proteção, exorcismo, visão
ESPINÉLIO
Energia: emissora
Planeta: Plutão
Elemento: Fogo
Poderes: energia, dinheiro
Usos mágicos: O espinélio é encontrado em cristais negros, azuis, verdes e rosas, e
é bastante raro. É empregado em magia para fornecer energia física ao corpo. Usado
com esse propósito, impulsiona a força física durante períodos de esforço excessivo.
Em encantamentos, atrai riqueza e prosperidade.
ESTALAGMITES, ESTALACTITES
Energia: estalagmite: emissora; estalactite: receptora
Elemento: Terra
Saber e ritual mágico: As estalactites (que pendem dos tetos das cavernas) e as
estalagmites (que crescem do solo) são produzidas por água rica em calcário, que
pinga nas cavernas vindo de cima. Com a passagem de muitíssimo tempo, produzem
macias de calcita conhecidas por qualquer um que já tenha entrado numa caverna
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ESTAUROLITA
Nomes vulgares: cruz encantada, lágrimas encantadas, estaurotida, pedra-cruz
Elementos: Terra, Ar, Fogo e Água
Poderes: proteção, saúde, dinheiro, poderes dos elementos
FLUORITA
Energia: emissora
Poderes: poderes mentais e purificadores
FÓSSEIS
Nomes vulgares: esponja, pedra-da-bruxa, amonite, pedra-cobra, draconitas
Energia: receptora
Elemento: Espírito
Poderes: poder dos elementos, regressão a vidas passadas, proteção, longevidade
GEODOS
Nomes vulgares: Aetites, Echites, pedra-da-águia, ovo-do-trovão
Energia: receptora
Elemento: Água
Poderes: meditação, fertilidade, parto
GRANADA
Energia: emissora
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Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poderes: cura, proteção, força
HELIOTRÓPIO
Nomes vulgares: jaspe de sangue, hematita (que é uma pedra diferente)
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Erva associada: heliotrópio (Heliotropum europaeum) Poderes: anti-hemorrágico,
cura, vitória, coragem, riqueza, força, poder, assuntos legais, negócios, invisibilidade,
agricultura
HEMATITA
Nome vulgar: cuspe de vulcão
Energia: emissora
Planeta: Saturno
Elemento: Fogo
Poderes: cura, centramento, divinação
Saber e ritual mágico: A hematita é uma pedra estranha. É pesada, sólida e negro-
prateada. Seu nome já é um mistério. Para os antigos, a hematita era o que
conhecemos como heliotrópio, logo, quase todas as informações mágicas que se
referem à "hematita" nos velhos livros dizem respeito ao heliotrópio. Essa hematita,
porém, quando lapidada, "sangra" e, segundo dizem, produz manchas muito
parecidas com sangue.
Usos mágicos: Diz-se que é poderosa para eliminar doenças do corpo. Como todas
as pedras, deve ser segurada na mão durante a visualização e depois colocada sobre
a pele na área doente. Também se pode usar um pequeno colar para a cura. É
empregada também para centramento e estabilização e para concentrar a atenção no
plano físico.
JADE
Nome vulgar: piedra de hijada (em espanhol, "pedra do flanco")
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Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Poderes: amor, cura, longevidade, sabedoria, proteção, jardinagem, prosperidade,
JASPE
Nomes vulgares: Gug (assírio antigo), fazedor-de-chuva (índio americano) Energias:
várias (veja abaixo)
Planetas: vários (veja abaixo)
Elementos: vários (veja abaixo)
Poderes: cura, proteção, saúde, beleza
Usos mágicos: O jaspe é uma pedra comum, uma variedade opaca da calcedônia,
que é uma forma de quartzo. Encontrada numa vasta gama de cores - vermelha,
marrom e verde sendo bastante comuns - tem sido usada em magia desde os tempos
primitivos. Geralmente é empregada ou usada como adorno para fomentar a
inteligência e controlar desejos perigosos ou lamentos que possam levar a situações
de risco. Também é uma pedra protetora nos casos de perigos físicos e não-físicos.
Um pedaço seguro na mão da parturiente ampara a mãe e a criança. Empregada
também para aliviar a dor, principalmente durante o parto. Pontas de flecha
perfeitamente esculpidas são usadas para atrair a sorte para o usuário. Cada cor tem
sua própria natureza e usos mágicos:
JASPE VERMELHO
Energia: emissora.
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo.
Poderes: O jaspe vermelho era gravado com imagens de leões ou arqueiros e
carregado para proteger de venenos e curar febres. Uma bela pedra protetora, é
empregada na magia defensiva porque envia de volta a quem a mandou. Também é
empregada ou usada durante encantamentos de cura e para a saúde. O jaspe
vermelho é usado por jovens mulheres para promover a beleza e a graça.
JASPE VERDE
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Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Terra.
Poderes: Este é um amuleto de cura e um talismã da saúde. Faça um círculo de jaspe
verde ao redor de velas verdes para promover a cura do corpo ou guardar da doença.
Use no corpo para interromper alucinações e fomentar um sono repousante. Também
é usado para ter maior compreensão dos estados mentais e emocionais dos outros.
JASPE CASTANHO
Energia: receptora.
Planeta: Saturno.
Elemento: Terra.
Poderes: O jaspe castanho é empregado para o centramento e ancoramento,
principalmente depois de um ritual mágico pesado ou de um trabalho espiritual ou
sensitivo. Se você tende a viver com a cabeça nas nuvens a ponto de colocar em
perigo sua vida, use um jaspe castanho.
JASPE MOSQUEADO
Energia: emissora.
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Ar.
Poderes: Use essa pedra para protegê-lo de afogamentos. Diz-se que é muito
poderoso para esse fim quando gravado com a imagem de uma cruz de braços iguais,
representando os quatro elementos básicos e de controle.
KUNZITA
Energia: receptora
Planetas: Vênus, Plutão
Elemento: Terra
Poderes: relaxamento, paz, centramento
LÁGRIMA DE APACHE
Energia: emissora
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Planeta: Saturno
Elemento: Fogo
Poderes: proteção, sorte
Usos mágicos: A lágrima de apache, um glóbulo de obsidiana translúcido, é
carregado como amuleto de boa sorte. Também é usado para fins de proteção além
de todos aqueles atribuídos à obsidiana.
LÁPIS-LAZÚLI
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Metal associado: ouro
Poderes: cura, alegria, amor, fidelidade, sensitividade, proteção, coragem
Saber e ritual mágico: O lápis-lazúli tem associações eternas com reis e rainhas.
Usos mágicos: O lápis-lazúli, uma pedra bastante cara, cura e reconforta. Só de se
tocar o corpo com essa pedra melhora sua condição mental, física, espiritual, psíquica
e emocional. É empregada especificamente para diminuir febres e doenças do
sangue. Se for usada habitualmente, reforça a visão. Segura na mão durante um ritual
de cura, ou colocada ao redor de velas azuis ou violeta, ajuda a focalizar a energia
mágica no objetivo desejado. Se executar um ritual de cura para um amigo, segure a
pedra e visualize a pessoa já curada, saudável, um ser humano completo. Visualize a
energia fluindo para o interior da pedra, aumentada e específica, indo para a pessoa.
O lápis-lazúli é uma pedra estimulante e espiritual. Seu azul profundo reflete suas
vibrações calmantes. É útil para aliviar a depressão e promover a espiritualidade,
sendo também uma ótima pedra para a meditação, estimulando a suavidade em seu
usuário. É empregada em rituais para atrair amor espiritual. Pegue um pedaço de
lápis-lazúli bruto com um lado cortante. Impregne a pedra e uma vela cor-de-rosa com
sua necessidade de amor. Grave um coração com a pedra na vela, deixe o lápis-lazúli
junto dela, acenda-a, visualizando um amor entrando em sua vida. Ela é considerada
um amuleto de fidelidade poderoso e usada para reforçar os laços entre os que se
amam. Talvez hoje em dia seja mais comum reforçar a percepção extra-sensorial.
Essa pedra rompe o domínio da mente consciente sobre o subconsciente
(sensitividade) e permite que os impulsos intuitivos sejam conhecidos. Usar um colar
101
LAVA
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poder: proteção
Saber e ritual mágico: O vulcão é um antigo símbolo da criação. Sua erupção
representa os quatro elementos agindo: Terra e Fogo se misturam para criar a lava,
que é líquida (Água), e a fumaça (Ar) sobe da cratera. Quando a lava entra em contato
com a água, cria solo novo ao se esfriar e estende a massa de terra para dentro do
mar. Em muitas partes do mundo esses atributos impressionantes provocaram um
culto da lava com poderes mágicos.
LEPIDOLITA
Nome vulgar: pedra da paz
Energia: receptora
Planetas: Júpiter, Netuno
Elemento: Água
Poderes: paz, espiritualidade, sorte, proteção, anti-pesadelos, sensitividade, amor
102
MADEIRA PETRIFICADA
Energia: receptora
Elemento: Espírito
Poderes: longevidade, regressão a vidas passadas, cura, proteção.
Usos mágicos: A madeira petrificada consiste de antigas árvores que, em eras
passadas, foram cobertas por água rica em minerais. A água dissolveu lentamente a
madeira e a substituiu com os vários minerais. Esse processo produziu o que
conhecemos como "madeira petrificada". Devido à sua imensa antiguidade (a madeira
fossilizada tem milhões de anos), é empregada nos encantamentos com a finalidade
de estender a duração da vida ou aumentar seu gozo e a evolução interna de nossas
vidas. Também devido à sua idade, emprega-se para reviver encarnações passadas.
A "pedra" é carregada como um amuleto protetor devido à sua dureza e aparência
estranha. Nos tempos primitivos, achava-se que "espantava" o diabo. Atualmente, a
vemos como estabelecendo barreiras de energia que repelem a negatividade. A
madeira petrificada também serve como talismã contra o afogamento.
MADREPÉROLA
Energia: receptora
Planetas: Lua, Netuno
Elementos: Água, Espírito
Metal associado: prata
Poderes: proteção, riquezas
Saber e ritual mágico: A madrepérola é aquela parte lustrosa, opalescente no interior
de vários moluscos marinhos. Embora não seja uma pedra, foi incluída aqui devido a
seu longo uso em magia. Ela sempre tem sido empregada como joia em rituais. As
conchas eram o meio de troca (dinheiro) em muitas partes do mundo em que os metais
eram escassos ou ausentes, como na Polinésia. Já que essa substância é produto de
uma criatura viva - o esqueleto exterior ou concha - relaciona-se com o quinto
elemento, o Espírito.
Usos mágicos: A madrepérola é colocada em bebês para protegê-los dos perigos de
sua nova existência. É também uma ótima substância para usar-se em
encantamentos para riquezas, dinheiro e prosperidade. Outorgue poderes com sua
103
necessidade mágica de dinheiro. Unte com água do mar (que contém ouro) ou um
óleo que atraia dinheiro, como cedro ou patchuli. Coloque uma moeda de prata ou
qualquer pedaço de prata junto da concha. Envolva bem apertado com uma nota de
dólar, ou papel verde e amarre com um barbante verde. Ponha esse talismã em seu
altar entre duas velas verdes e deixe-as acesas enquanto visualiza durante uns dez
ou quinze minutos. Depois, tenha o amuleto com você.
MALAQUITA
Nome vulgar: Malaku (do grego "malva")
Energia: receptora Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Erva associada: malva
Poderes: poder, proteção, amor, paz, sucesso nos negócios
Saber e ritual mágico: Uma peça de malaquita é usada para detectar um perigo
iminente. As lendas dizem que essa pedra, em comum com muitas outras, se quebra
em pedaços para avisar seu usuário de um perigo iminente.
MÁRMORE
Nome vulgar: Nicomar
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: proteção, sucesso
Usos mágicos: O mármore é um carbonato de calcário. O coral, a calcita, as
estalagmites, o gesso, as conchas do mar e os ossos são todos de calcário, embora
tenham usos mágicos variáveis. Especificamente, o mármore é empregado nos
encantamentos de proteção. Um altar feito de mármore, no todo ou em parte, é um
local ideal para encantamentos de proteção. (Alguns magos utilizam uma placa de
mármore para o topo de seus altares). As mesas e os enfeites desse material
protegem o lar. Ele pode ser levado consigo ou usado para proteção pessoal como na
Índia. Também é útil nos encantamentos envolvendo sucesso pessoal num sentido
geral.
104
MICA
Energia: emissora
Planeta: Mercúrio
Elemento: Ar
Poderes: divinação, proteção
Usos mágicos: Mica, um termo geral para os minerais que possuem cristais na forma
de folhas flexíveis e finas como papel, é uma pedra comum.
OBSIDIANA
Energia: emissora
Planeta: Saturno
Elemento: Fogo
Poderes: proteção, centramento, divinação, paz
Saber e ritual mágico: A obsidiana é a lava que se resfriou tão rápido que os minerais
contidos não tiveram tempo de formar-se. É vidro natural. Os antigos astecas faziam
espelhos quadrados e achatados desse vidro negro para usá-los em divinação. De
acordo com a lenda, o famoso Dr. Dee, um mago e alquimista contratado pela Rainha
Elisabeth I da Inglaterra, pode ter usado um deles em suas sessões de leitura. Era
um material popular para fabricar facas de pedra, pontas de lança e de flechas e,
quando usada para tal, era conhecida muitas vezes por "flint" (sílex). Tais pontas de
flechas têm propriedades mágicas.
Usos mágicos: A obsidiana é uma pedra para centramento e ancoramento. Segure-
a em suas mãos, ou apoie seus pés nus em duas peças polidas e pequenas quando
estiver dispersivo ou não conseguir pôr em ordem sua vida física. Lembre-se: o físico
faz parte do espiritual. Um é reflexo do outro. Ela é eficaz quando levada ou
empregada em rituais protetores. Pode-se cercar uma vela branca com quatro pontas
de flechas de obsidiana, cada uma apontando numa direção. Isso estabelece energias
agressivas que defendem o lugar onde você se encontra. Esferas de obsidiana, ainda
em voga no México, são ótimos instrumentos de leitura. Se não obtiver resultados com
o cristal de quartzo, experimente um pedaço ou bola de obsidiana. Para alguns, o
negrume da pedra permite acesso mais fácil à mente subconsciente.
OLHO-DE-BOI
105
OLHO-DE-GATO
Energia: emissora
Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Poderes: riquezas, beleza, jogos de azar, proteção, cura, contra inveja.
OLHO-DE-TIGRE
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Metal associado: ouro
Poderes: dinheiro, proteção, coragem, energia, sorte, divinação, contra olho-gordo
Saber e ritual mágico: Os soldados romanos usavam o olho-de-tigre gravado com
símbolos para se protegerem nas batalhas.
Usos mágicos: O olho-de-tigre é uma bela pedra para promover riqueza e dinheiro.
Um encantamento simples para obtê-los: energize vários olhos-de-tigre com sua
necessidade de dinheiro e coloque-os ao redor de uma vela verde. Acenda-a e
visualize. Também são carregadas para proteger de todas as formas de perigo. Um
cabochão em ouro cria um anel ou pingente muito protetor. Regido pelo Sol e
possuindo uma faísca de luz dourada, o olho-de-tigre é usado para reforçar
convicções e criar coragem e segurança. É uma pedra cálida, promove o fluxo da
energia física pelo corpo, é também benéfica para os fracos ou doentes. Sente-se ao
ar livre num dia de sol. Segure um olho-de-tigre nas mãos e fixe seu olhar nas faíscas
de luz. Acalme sua mente consciente e olhe para o futuro, ou empregue a pedra como
instrumento para regressar a vidas passadas.
OLIVINA
Nomes vulgares: crisólito, chiysolithus, Lumahai (havaiano)
106
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Metais associados: ouro, magnetita
Poderes: dinheiro, proteção, amor, sorte
ÔNIX
Energia: emissora
Planetas: Marte, Saturno
Elemento: Fogo
Divindade: Marte
Pedra associada: diamante
Poderes: proteção, magia defensiva, redução de desejo sexual
OPALA
Energias: emissora, receptora
Planetas: todos os planetas
Elementos: todos os elementos
Erva associada: louro
Poderes: projeção astral, sensitividade, beleza, dinheiro, sorte, poder
Saber e ritual mágico: Para muitos, a opala é a pedra da desgraça, da tristeza e do
azar. No entanto, essa ideia moderna é falsa. Uma referência na Lista Enciclopédica
das Principais Pedras Mágicas feita por Sir Walter Scott, em seu romance Anne of
Gierstein, às desventuras ligadas à opala causou essa idéia sem fundamento.
Usos mágicos: A opala contém as cores bem como as qualidades de qualquer outra
pedra. Assim, pode ser "programada" ou energizada, virtualmente, com qualquer tipo
de energia e empregada nos encantamentos relacionados às necessidades mágicas.
No passado, foi empregada para criar a invisibilidade. A gema era envolta numa folha
fresca de louro e levada com esse propósito. Normalmente, as pedras (e ervas)
ligadas à invisibilidade eram empregadas para promover a projeção astral, e a opala
é ideal para isso. Não há espaço neste livro para descrever as várias técnicas
empregadas para separar conscientemente o corpo físico do astral. As opalas são
usadas durante a projeção astral para proteção, assim como para facilitar o processo.
107
PEDRA-CRUZ
Nomes vulgares: pedra-cruz, cruz encantada
Energias: emissora, receptora
Poderes: magia dos elementos, poder dos elementos, sorte
Usos mágicos: A pedra-cruz, aparentemente um tipo de andaluzita, é encontrada em
cristais brutos. Quando são abertos ou cortados, mostram um desenho de cruz
simétrica alternando luz e cores escuras. Devido à sua forma, a andaluzita é usada
ou levada por aqueles que praticam magia dos elementos ou desejam equilibrar os
quatro elementos em seu interior. É usada ou colocada no altar para atrair poder
durante rituais mágicos de qualquer tipo. Como todas as pedras com desenhos ou
formas originais, a pedra-cruz é usada para atrair sorte.
PEDRA-DA-LUA
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Pedra associada: cristal de quartzo
Metal associado: prata
Poderes: amor, divinação, sensitividade, sono, jardinagem, proteção, juventude,
regimes
Usos mágicos: Essa pedra é receptora e atrai o amor. Use-a, ou leve-a consigo, para
trazer o amor para sua vida. Numa noite de Lua Cheia e à sua luz, ponha cabochões
de pedra-da-lua ao redor de uma vela cor-de-rosa, acenda-a e visualize-se num
relacionamento amoroso. Também é apreciada pela capacidade de resolver
problemas entre enamorados, principalmente aqueles que tenham brigado
amargamente. Segurando uma, energize-a com vibrações de amor e a dê a seu
parceiro aborrecido. Melhor ainda, compartilhem esse ritual e troquem pedras. Devido
108
a suas associações com a Lua, aquela que traz o sono, muitas vezes é deixada
debaixo do travesseiro ou se usam contas na cama para garantir um sono repousante.
PEDRA-DO-SOL
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Pedra associada: pedra-da-lua
Metal associado: ouro
Poderes: proteção, energia, saúde, energia sexual
Saber e ritual mágico: Existem pelo menos duas pedras com o nome de pedra-do-
sol. Uma é um tipo de quartzo translúcido que possui um matiz ligeiro de laranja. Essa
é a pedra-do-sol do Oregon. Antigamente, uma forma de feldspato importado da Índia
era conhecido por esse nome. De certa forma, se assemelha a uma opala laranja com
uma faísca ardente multicolorida. Essa é a única usada em magia no passado. Na
Renascença, essa pedra era freqüentemente associada ao Sol devido a seus tons
brilhantes de laranja-dourado. Era incrustada em ouro e usada para trazer as
influências do Sol para o mago. Simbolicamente, a pedra-do-sol é ligada à pedra-da-
lua.
Usos mágicos: A pedra-do-sol, como a maioria das pedras brilhantes e com reflexos,
é protetora. Coloque uma de frente para uma vela branca em casa para espalhar as
energias protetoras na casa toda. Colocada numa bolsa de ervas curativas, reforça as
energias destas. Também é levada para fornecer energia física extra ao corpo durante
tempos de tensão ou de falta de saúde. Se usada próximo à região sexual, estimula a
excitação e aumenta a energia sexual. Infelizmente, seu emprego em magia parece
ter sido esquecido e nenhum livro moderno de magia com pedras refere-se a ela,
mesmo que só de passagem. Se encontrar uma pedra-do-sol, guarde-a como um
tesouro.
PEDRA-POMES
Energia: emissora
Planeta: Mercúrio
Elemento: Ar
109
PERIDOTO
Nomes vulgares: crisólito, crisólita, peridoto
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Terra
Metal associado: ouro
Poderes: proteção, saúde, riqueza, sono
PÉROLA
Nomes vulgares: Margan (Pérsia antiga), Neamhnuid (gálico)
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elementos: Água, Espírito
Metal associado: prata
Pedra associada: rubi
Poderes: amor, dinheiro, proteção, sorte
RODOCROSITA
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poderes: energia, paz, amor
RODONITA
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poderes: paz, anticonfusão
Usos mágicos: Tenha uma rodonita com você para ser calmo, livrar-se de confusões,
dúvidas e incoerências. Também é uma pedra ótima para fechar os centros psíquicos.
110
RUBI
Nome vulgar: carbúnculo
Energia: emissora
Elemento: Fogo
Poderes: riqueza, proteção, poder, alegria, anti-pesadelos
SAFIRA
Nomes vulgares: pedra sagrada, safira astérica: Astrae
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: sensitividade, amor, meditação, paz, magia defensiva, cura, poder, dinheiro
SAL
Energia: receptora
Elemento: Terra
Poderes: purificação, proteção, centramento, dinheiro
Saber e ritual mágico: O sal tem sido uma substância sagrada há muito tempo.
Encontrado em minas no solo ou evaporado da água do mar em bacias rasas, está
intimamente ligado à vida e à morte, à criação e à destruição, aos aspectos feminino
e masculino das energias da Terra. É um mineral de estrutura cristalina e por isso tem
seu lugar nesse livro. Examine o sal no microscópio. É composto de cubos regulares
de seis lados. Essa estrutura quadrada relaciona o sal à Terra. Seu uso na religião é
antiquíssimo. Era frequentemente oferecido às divindades, considerado aceitável
devido à sua escassez e pureza. Em algumas partes do mundo, como na Roma antiga
e na Abissínia, o sal era usado como moeda. O sal é necessário à vida e, no entanto,
seu excesso causa a morte. Da mesma forma, salgar os campos destrói sua
fertilidade. Ele é esterilizador, purificador e limpador. Sendo relacionado ao elemento
Terra (bem como à água do mar, que é a combinação dos dois elementos), é um
instrumento poderoso de magia.
Usos mágicos: O sal é um ótimo material para centramento e limpeza.
SARDO
111
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poderes: amor, proteção, coragem, auxilia no parto
SARDÔNICA
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Metais associados: prata, platina, ouro
Poderes: proteção, coragem, felicidade conjugal, eloquência, paz, sorte
SELENITA
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Poderes: reconciliação, energia
Usos mágicos: A selenita é um mineral transparente, em camadas, superficialmente
parecido com a calcita. Seu nome deriva de Selene, a deusa antiga da Lua. É trocada
entre enamorados para a reconciliação. A pedra também é usada para fornecer
energia física ao corpo.
SERPENTINA
Nome vulgar: Za-tu-mush-gir (assírio)
Energia: emissora
Planeta: Saturno
Elemento: Fogo
Poderes: proteção, lactação
SÍLEX
Nomes vulgares: pedra-de-raio, golpe-de-elfo, golpe-de-duende, flecha-de-duende,
pedra-serpente
Energia: emissora
Planeta: Marte
112
Elemento: Fogo
Metal associado: prata
Poderes: proteção, cura, divinação
SODALITA
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Poderes: cura, paz, meditação, sabedoria
Usos mágicos: A sodalita é uma pedra de azul profundo com veios brancos. Muitas
vezes é confundida com o lápis-lazúli, mas não possui as pintas douradas da pirita de
ferro contida nesta última. Na cura, é usada principalmente nas doenças de origem
emocional ou causadas pela tensão, nervosismo, raiva ou medo. Use-a ou esfregue-
a no corpo para dispersar o medo e a culpa, acalmar a mente, relaxar o corpo e aliviar
a tempestade interior. É uma ótima pedra para meditação e, se usada
conscienciosamente, promove a sabedoria.
SUGILITA
Energia: receptora
Planeta: Júpiter
Elemento: Água
Poderes: sensitividade, espiritualidade, cura, sabedoria
Usos mágicos: A sugilita é uma pedra relativamente nova, seus usos em magia
também, e muita pesquisa e experimentação está sendo feita atualmente. E uma
pedra arroxeada, densa, cara e de bom peso.
TOPÁZIO
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Metal associado: ouro
Pedra associada: olho-de-tigre
Poderes: proteção, cura, perda de peso, dinheiro, amor
113
Saber e ritual mágico: As pedras que conhecemos por peridoto e olivina no passado
distante chamavam-se topázio. Era usado outrora para se conseguir a invisibilidade.
Usos mágicos: O topázio é outra das gemas empregadas com a finalidade de
proteção. Considerada específica para inveja, intriga, doença, ferimentos, morte
súbita, feitiçaria, magia negativa e loucura.
TURMALINA
Energia: várias (veja abaixo)
Planeta: vários (veja abaixo)
Elemento: vários (veja abaixo)
Poderes: amor, amizade, dinheiro, negócios, saúde, paz, energia, coragem, viagem
Usos mágicos: A turmalina era desconhecida dos antigos magos e atualmente ainda
é pouco usada, embora sua popularidade esteja crescendo. É uma pedra única sob
vários aspectos. É transparente quando vista do lado do cristal, opaca de qualquer
extremidade. Quando aquecida ou esfregada para criar fricção, polariza-se, ou seja,
uma extremidade ficará positiva e atrairá cinzas e partículas minúsculas leves, ficando
a outra negativa. É encontrada numa variedade de cores, cada uma com seus
atributos mágicos. Alguns cristais possuem dois ou três matizes.
TURMALINA ROSA
Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Água.
Poderes: A turmalina rosa atrai o amor e a amizade. Use-a para promover a simpatia
dos outros.
TURMALINA VERDE
Energia: receptora.
Planeta: Vênus.
Elemento: Terra.
Poderes: Essa pedra é usada para atrair dinheiro e sucesso nos negócios. Coloque
uma em seu cofrinho ou porta-níqueis. A turmalina verde também estimula a
criatividade.
TURMALINA MELANCIA
Energias: emissora e receptora.
Planetas: Marte e Vênus.
Elementos: Fogo e Água.
Poderes: A turmalina melancia tem o interior vermelho ou rosa cercado de verde,
Uma turmalina melancia quebrada ou fatiada parece-se muito com a fruta que lhe dá
o nome. Usada para equilibrar as energias emissoras e receptoras (masculinas e
femininas) dentro do corpo. Também atrai o amor e funciona melhor para esse fim
quando usada por pessoas equilibradas.
QUARTZO TURMALINADO
115
Energia: receptora.
Planeta: Plutão.
Poderes: Use-a ou coloque-a debaixo do travesseiro para promover a projeção astral.
Ou obtenha uma bola de quartzo turmalinado e, fixando o olhar nela, acalme a mente
e projete seu corpo astral no cristal.
TURQUESA
Nomes vulgares: Fairuz (pedra da sorte, em árabe), pedra turca, pedra da Turquia,
Thyites (grego antigo), pedra-de-Vênus, talismã do cavaleiro
Energia: receptora
Planetas: Vênus, Netuno
Elemento: Terra
Metal associado: ouro
Poderes: proteção, coragem, dinheiro, amor, amizade, cura, sorte
ZIRCÃO
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Metal associado: ouro
Poderes: proteção, beleza, amor, paz, energia sexual, cura, contra roubos
4.8 Metais
AÇO
Energia: emissora
Planeta: Marte
18
CUNNINGHAM, Scott. Enciclopédia de Pedras Preciosas, Cristais e Metais. Editora Gaia. São Paulo, 2005.
116
Elemento: Fogo
Poderes: proteção, antipesadelos, cura
Saber e ritual mágico: Houve um tempo em que se achava que o aço protegia contra
duendes, que pareciam ser malvados.
Usos mágicos: O aço é um metal relativamente moderno e não tem muita história na
magia. Todavia, foram descobertos e preservados alguns usos. Por exemplo,
pedacinhos de aço são levados para proteger contra negatividade. Um anel de aço
também serve como um amuleto protetor.
ALUMÍNIO
Nome vulgar: alumínio
Energia: emissora
Planeta: Mercúrio
Elemento: Ar
Poderes: inteligência, viagem, magia com imagem
Usos mágicos: Na magia, pedacinhos de alumínio podem ser carregados para
estimular as atividades mentais (inteligência). Devido às suas modernas associações
com viagens, também é empregado nos encantamentos que envolvem jornadas a
terras distantes.
ANTIMÔNIO
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Poderes: proteção
Usos mágicos: Use um pedacinho de antimônio para proteger-se contra vibrações
negativas. O metal branco também pode ser levado consigo para o mesmo fim.
Pedacinhos acrescentados a combinações de pedras protetoras reforçam seus
poderes.
BRONZE
Energia: emissora
Planeta: Sol
117
Elemento: Fogo
Metal associado: ouro
Poderes: cura, dinheiro, proteção
Usos mágicos: O bronze há muito tem sido empregado como um substituto do ouro
em magia. Embora não possua todos os atributos do ouro, serve para os rituais que
atraem dinheiro. O bronze também tem sido usado em rituais de cura. Um anel de
bronze, por exemplo, acaba com as cãibras estomacais. Uma chave de bronze posta
na nuca, ou atirada para trás, é um encantamento antigo para acabar com
hemorragias nasais. Esse metal dourado e amarelado é também protetor. Joias de
bronze são usadas para proteger a pessoa. Também em magia defensiva devolve a
negatividade para quem a enviou. Objetos de bronze energizados na casa a
protegem.
CHUMBO
Energia: receptora
Planeta: Saturno
Elemento: Terra
Ervas associadas: rosa, urtiga, arruda, cominho
Poderes: divinação, proteção, magia defensiva
Saber e ritual mágico: O chumbo tem sido usado em magia há muito tempo. Na
Grécia antiga, lâminas desse metal eram energizadas em rituais e inscritas com
"palavras de poder". Geralmente eram empregadas nos conjuros negativos porque o
chumbo garantia a continuidade do encantamento. Durante o século XI na Índia,
amuletos e figuras feitas com o objetivo de provocar a concepção ou aumentar a
fertilidade dos jardins e pomares eram gravadas em tabuinhas de chumbo.
Usos mágicos: O chumbo é um metal pesado que provoca a morte quando absorvido
pelo corpo. É usado ou empregado em encantamentos de proteção. Pode ser posto
perto da entrada da casa para evitar que a negatividade entre.
COBRE
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
118
ESTANHO
Energia: emissora
Planeta: Júpiter
Elemento: Ar
119
FERRO
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Pedras associadas: cristal de quartzo, olho-de-boi
Metais associados: magnetita, meteorito
Poderes: proteção, magia defensiva, força, cura, centramento, recuperação de bens
roubados
Saber e ritual mágico: Pelo fato do ferro ser raramente encontrado puro, exceto nos
meteoritos, o mais antigo à disposição do homem foi obtido desses estranhos objetos
celestiais. Os meteoritos, que eram vistos caindo dos céus, eram empregados em
instrumentos simples do homem primitivo, complementando o osso e a pedra. Em
quase todo o mundo, os homens aprenderam eventualmente a remover o ferro do
minério, tornando-o mais disponível para um largo emprego. Depois que isso se deu,
o ferro foi logo limitado a aplicações puramente físicas e, restritamente, na magia e na
religião. Na Grécia antiga, por exemplo, o ferro não entrava nos templos. Os
sacerdotes romanos não podiam fazer a barba ou raspar-se com ferro durante a
limpeza do corpo. Irlanda, Escócia, Finlândia, China, Coréia, Índia e outros países têm
tabus severos contra o ferro. Vezes sem conta o fogo era feito nos rituais antigos sem
o ferro, os altares construídos sem ele e os rituais mágicos executados somente
depois de retirar do corpo todos os traços desse metal. As ervas eram geralmente
colhidas com facas sem ferro, devido à crença de que as vibrações desse metal
podiam "bloquear" ou "confundir" as energias da erva. Os hindus já acreditaram que
seu emprego em construção espalharia as epidemias e, mesmo hoje em dia, um
presente de ferro de qualquer tipo é visto como algo azarado. Todavia, o ferro teve
seu lugar na magia. Era empregado ou usado particularmente em rituais de proteção.
Suas vibrações emissoras poderosas eram vistas como capazes de espantar
demônios, fantasmas, duendes, gênios e outras criaturas fantásticas. Na China,
120
MAGNETITA
Nomes vulgares: magneto, pedra-guia, magnetis (grego antigo), shadanu sabitu
(assírio antigo), pedra Hércules, ímã.
Energia: receptora
Planeta: Vênus
Elemento: Água
Ervas associadas: sândalo, rosa, milefólio, lavanda
121
MERCÚRIO
Nome vulgar: azougue
Energias: emissora, receptora
122
Planeta: Mercúrio
Elementos: Água, Terra, Ar
Saber e ritual mágico: Mercúrio - aquela estranha "prata" brilhante que nunca se
solidifica. Mágica e misticamente, é um metal complexo. Possui uma natureza dupla -
emissor e receptor, yin e yang, metal e líquido. Devido a seu peso denso, o mercúrio
é regido pelo elemento Terra. Por aparecer no estado líquido, também é regido pela
Água, e seu movimento rápido significa Ar. Ele é tão venenoso que esse seu aspecto
poderia, talvez, ser regido pelo Fogo. Convenhamos que o mercúrio é estranho. Tem
sido empregado em magia, em parte, devido à sua aparência única e às suas
propriedades. Porções de mercúrio, por exemplo, eram outrora seguras nas mãos e
usadas como veículos de leitura. Com essa mesma finalidade, também se
empregavam esferas transparentes de vidro hermeticamente fechadas, com rolhas
cheias de mercúrio e colocadas de cabeça para baixo num aparador. É levada para
ter boa sorte em jogos de cartas, dados, cavalos e números. Porém, o mercúrio é
perigoso se for inspirado, ingerido ou mesmo tocado por períodos prolongados.
Seus empregos mágicos são por isso limitados e, talvez nem se precise dizer,
arriscados.
METEORITO
Nome vulgar: aerólito
Energia: emissora
Planeta: nenhum, os meteoritos são associados ao Universo
Elementos: Espírito, Fogo
Pedras associadas: peridoto, diamante
Poderes: proteção, projeção astral
Saber e ritual mágico: Os meteoritos há muito fascinam o homem. Têm sido vistos
como presentes dos deuses e das deusas. Alguns, como a pedra da Kaaba em Meca,
e aquela que se pensa representar a Grande Mãe na Frígia, têm sido objeto de
adoração como símbolos da divindade. Uma pedra de quatro toneladas vinha sendo
reverenciada na China como um objeto sagrado desde 1200. Ela tem a forma de um
boi agachado e fica num santuário budista. Os meteoritos, simbolicamente, podem ser
encarados como o espiritual penetrando o material, como poder astral, de ordem
divina ou capricho.
123
OURO
Energia: emissora
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Pedras associadas: cristal de quartzo, lápis-lazúli, olivina, peridoto, sardônica, pedra-
do-sol, topázio, turquesa, zircão (veja os itens sobre essas pedras para aplicações
específicas)
Metais associados: magnetita, pirita
Poderes: poder, cura, proteção, sabedoria, dinheiro, sucesso, problemas sexuais
masculinos
Saber e ritual mágico: O ouro está intimamente ligado a divindades, principalmente
a deuses associados ao Sol. Ao longo dos tempos, quando encontrado ou obtido por
meio de troca, era muitas vezes o material preferido para fazer imagens sagradas e
decorar altares. Era também considerado como a melhor oferenda às divindades.
Usos mágicos: O ouro, talvez o metal mais potente em magia, é empregado para
emprestar sua energia aos rituais. As joias de ouro realçam a capacidade do bruxo
em evocar e enviar poder. Usar joias de ouro na vida normalmente aumenta seu poder
pessoal, promovendo a coragem, a segurança e a força de vontade. Usam-se
correntes de ouro no pescoço para conservar a saúde e bandas de ouro para aliviar a
artrite. Usá-lo normalmente dizem que garante a longevidade. Devido a seu brilho
solar, é um metal protetor. O ouro puro pode ser empregado ou trazido consigo como
um guardião. Um anel especial de ouro e cravado com tachas de ouro também é
protetor. Durante a magia protetora e defensiva, ponha objetos ou joias de ouro no
altar. Como símbolo do Sol, o ouro é empregado em rituais que buscam o sucesso.
Usar ouro especialmente energizado também auxilia no alívio de problemas sexuais
masculinos (impotência).
124
PIRITA
Nomes vulgares: ouro de tolo, marcassita, pirita de ferro
Energia: emissora
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Poderes: dinheiro, divinação, sorte
Saber e ritual mágico: A pirita era usada pelos mexicanos antigos em forma de
espelhos polidos que podem ter servido para adivinhar o futuro. Pedaços desse
estranho mineral também eram postos nas bolsas de medicamentos dos xamãs dos
índios americanos. Na China antiga, essa pedra era usada para proteger-se de
ataques de crocodilos, um problema que, felizmente, a maioria de nós parece evitar
sem a pedra.
Usos mágicos: Popularmente conhecida como "ouro dos tolos", a pirita aparece
muitas vezes associada ao ouro verdadeiro. Devido ao amarelo tremeluzente e à
natureza brilhante dessa "pedra", ela é empregada para atrair riqueza e dinheiro.
PRATA
Energia: receptora
Planeta: Lua
Elemento: Água
Pedras associadas: esmeralda, pérola, jade, lápis-lazúli
Poderes: invocação, amor, sensitividade, sonhos, paz, proteção, viagem, dinheiro
Saber e ritual mágico: A prata é o metal da Lua. Por ser encontrada na forma pura,
era um dos melhores metais a ser usado pelo homem. Sua beleza e escassez fizeram
com que fosse empregada em imagens divinas e em peças de oferenda. É o metal
das emoções, do mundo psíquico, do amor e da cura.
Usos mágicos: Joias de prata ou pedras energizadas, como esmeraldas, pérolas,
jade ou lápis-lazúli, incrustadas em anéis de prata, são usados para atrair o amor. A
prata também é um metal que influencia o psíquico. Quando usada, estimula a
percepção extra-sensorial enquanto aquieta a mente consciente. Muitos sensitivos
usam constantemente a prata para evocarem mais facilmente o subconsciente. A
prata também é usada como proteção. Conforme a Lua reflete a luz do Sol, assim
125
4.10 Animais
ABELHA
Na Mitologia Grega, Zeus foi nutrido com leite e mel; a abelha era associada à
deusa Ártemis e à fertilidade da deusa Deméter, cujas sacerdotisas nos Mistérios de
Elêusis eram conhecidas como “abelhas”.
19
MATTHEWS, John. Xamanismo Celta. Editora Hi-Brasil. São Paulo, 2002.
20
SAMS, J. & CARSON, D. As Cartas Xamânicas. Editora Rocco. Rio de Janeiro, 2000.
21
MALLON, Brenda. Os Símbolos Místicos. Editora Larousse. São Paulo, 2009.
22
GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de Wicca e Bruxaria. Editora Gaia. São Paulo, 2004.
126
ÁGUIA
ALCE
Quando você descobrir a energia que decorre do amor pela própria espécie,
conseguirá sentir um novo tipo de camaradagem nascendo em seu coração. Esta
energia amorosa faz com que a amizade entre as pessoas do mesmo sexo não seja
conspurcada por sentimentos de ciúme, inveja ou de competitividade.
ALCE AMERICANO
ANDORINHA
128
ANTÍLOPE
AVESTRUZ
BORBOLETA
estágio da larva é o ponto no qual você decide inserir esta idéia no mundo físico que
o cerca. O estágio do casulo significa o movimento de "ir para dentro", desenvolvendo
algum projeto, alguma idéia ou, ainda, determinado aspecto de sua personalidade. O
estágio final da transformação é o abandono da crisálida. É a etapa do nascimento.
Este último passo - o da Borboleta esvoaçando - significa que agora você já está em
condições de compartilhar as cores e a alegria de sua criação com as outras pessoas.
Se você olhar atentamente para a lição que a Borboleta está tentando lhe
ensinar, verá que a vida está sempre em processo de transformação. É um ciclo sem
fim de autotransformação.
BÚFALO
O Búfalo era a maior fonte de subsistência para os índios das planícies norte-
americanas. Ele fornecia carne para a alimentação, pele para roupas e agasalhos para
os longos invernos, ossos para a confecção de diversos instrumentos, além dos
cascos, a partir dos quais se produzia uma substância adesiva usada como cola. À
cura do Búfalo é realizada por prece, louvor e gratidão pelos inúmeros dons que nos
foram concedidos. À energia do Búfalo também nos ensina que a abundância sempre
estará presente desde que todas as relações sejam honradas como sagradas e desde
que saibamos expressar nossa verdadeira gratidão pela existência de cada ser vivo
da criação.
CACHORRO
CASTOR
O Castor tem dentes muito afiados, sendo capaz de derrubar grandes árvores.
Imagine, portanto, o estrago que seus dentes são capazes de fazer no lombo dos
inimigos. Para ser capaz de compreender o simbolismo do Castor, deve-se
reconhecer o poder do trabalho e conscientizar-se da satisfação proporcionada pelo
bom cumprimento de uma tarefa. É preciso aprender que, para concretizar um sonho,
é necessário contar com o apoio do grupo e que, para trabalhar com os outros, você
precisa ter o espírito de grupo. O espírito de grupo simboliza a harmonia em seu mais
perfeito estágio, não conspurcada pelos egos individuais.
CAVALO
131
CISNE
COIOTE
O Coiote possui muitos poderes de cura, mas nem sempre eles funcionam em
seu próprio benefício, pois seu espírito trapaceiro às vezes acaba iludindo a si mesmo.
132
Ninguém Fica mais surpreso com o resultado de seus próprios truques do que o
Coiote, que se toma então capaz de cair na armadilha que ele mesmo criou.
Entretanto, de um jeito ou de outro, ele sempre sobrevive, muito embora seja incapaz
de aprender com os próprios erros e logo esteja se encaminhando para um erro ainda
maior.
Ele pode perder uma batalha, mas nunca se considera derrotado. O Coiote é
um animal sagrado e, na insensatez de seus atos, vemos o reflexo de nossa própria
insensatez. Ao caminhar de um desastre para outro, o Coiote vai aprimorando seus
recursos de auto sabotagem até chegar às raias da perfeição neste campo. Ninguém
pode cegar os outros ou a si mesmo para a realidade com mais graça e facilidade do
que este trapaceiro sagrado. As vezes o Coiote se leva tão a sério que se toma
incapaz de ver o óbvio: a locomotiva que está prestes a atropelá-lo. E por isso que ele
não acredita quando o desastre ocorre, e nem mesmo depois... A figura do Coiote
simboliza o humor de todos os tempos, de todos os povos e de todas as eras.
CORÇA
CORVO
O Corvo sempre foi o portador da magia. Este seu papel foi reconhecido pelas
mais diversas culturas, ao longo dos tempos, em todo o planeta. É considerado
sagrado honrar o Corvo como sendo o portador da magia. Se esta magia for ruim, ela
inspirará muito mais medo do que respeito. Àqueles que trabalham com a magia de
forma errada tem razoes para temer o Corvo, pois isto é sinal de que estão se
imiscuindo em áreas que não dominam, e os feitiços que estão fazendo certamente
133
CORUJA
A Coruja caça suas presas à noite, porque ela pode enxergar perfeitamente no
escuro, assim como é capaz de discernir e identificar com precisão qualquer som
ouvido em suas expedições noturnas, o que faz dela uma grande caçadora. As plumas
da Coruja são silenciosas, de modo que é impossível escutar seu voo - mas a presa
percebe imediatamente quando a Coruja a captura, porque tanto seu bico quando
suas garras são afiadíssimos.
DONINHA
ELEFANTE
ESQUILO
FALCÃO
FORMIGA
A Formiga é capaz de levar uma pesada tolha nas costas por quilômetros a tio,
se isto for necessário, e existe uma espécie de Formiga na África que é capaz de
devorar porções inteiras de densa mata, pois a estratégia da Formiga é a da paciência.
A Formiga é uma construtora, como o Castor, possui a agressividade do Texugo, a
vitalidade do Alce e a minúcia do Rato.
GAMBÁ
GAMBÁ AMERICANO
GATO
Os Egípcios associavam o Gato com a Lua e ele era consagrado a Deusa Ísis
e Bast. Entre os Celtas haviam diversos monstros em forma de gatos. O gato
encantado da Tradição Gaélica-Escocesa é descrito como sendo tão grande quanto
um cachorro. Ele é preto com uma macha branca no peito e mostra-se com as costas
arcadas e os pelos levantados. Esse gato da Tradição Gaélica-Escocesa pode estar
relacionado com os gatos demoníacos algumas vezes conhecidos como “Orelhas
Grandes” que era invocado em uma cerimônia de adivinhação celta e selvagem,
durante os quais os gatos eram assados vivos.
GOLFINHO
Esse animal é considerado o guardião do sopro sagrado da vida que nos ensina
a modular nossas emoções pelo ritmo de sua respiração. O Golfinho com seu próprio
ritmo vital ao nadar em meio às ondas, emergindo a intervalos regulares para respirar
e submergindo novamente, mantendo o fôlego enquanto permanece sob a água.
Quando o Golfinho emerge outra vez, expele o ar de forma vigorosa, como o estourar
da rolha de uma garrafa de champanhe. Nós também podemos empregar a mesma
técnica para expelir nossas tensões e obter o relaxamento total antes de penetrarmos
no silêncio para meditar.
GRALHA
A Gralha nos permite discernir que o mundo físico e mesmo o mundo espiritual,
tal como a humanidade os interpreta, não passam de ilusões. Existem bilhões de
mundos e uma infinidade de criaturas, e o Sagrado manifesta-se em todas elas.
JAVALI
LEÃO
Simboliza o soldado corajoso que tem certeza de sua causa e luta com
diligência, cautela e muita energia.
LEBRE
A Lebre simboliza um gosto por uma vida pacífica e resguardada, longe dos
temores e perigos. No entanto, o fato de Lebres – assim como os Coelhos – serem
conhecidos por sua reprodução abundante fez com que elas se tornassem símbolo
de fertilidade e luxúria.
LIBÉLULA
Algumas lendas afirmam que a Libélula foi um dia um Dragão, com escamas
coloridas similares àquelas encontradas nas asas da Libélula. O Dragão era muito
sábio e voava pela noite escura, espargindo a luz com seu hálito de fogo. Foi seu
hálito de fogo que trouxe para nosso mundo a arte da magia e a ilusão de mudar de
forma. Todavia, chegou o dia em que o Dragão sucumbiu à própria ilusão ao deixar-
se enganar pelo ardiloso Coiote, que o convenceu a mudar de forma para provar que
142
LINCE
Alguns autores acreditam que a grande esfinge do antigo Egito não seja um
Leão e sim um Lince. Este Lince não fala muito. Com seu sorriso enigmático, este
grande felino vigia silenciosamente as areias da eternidade.
LOBO
O Lobo tem os sentidos muito aguçados e tem na lua a sua aliada de poder. À
lua simboliza a energia psíquica, e também o inconsciente que guarda os segredos
da sabedoria e do conhecimento. Ao uivar para a lua, o Lobo manifesta seu desejo de
entrar em contato com as novas ideias que se ocultam sob a superfície da mente
consciente. À magia do Lobo fortalece e estimula o professor que existe dentro de
cada um de nós. O a energia do Lobo nos estimula a ensinar as crianças da Terra a
viver em harmonia e a compreender o Sagrado e o sentido da vida.
LONTRA
144
A Lontra é uma mãe devotada, que é capaz de passar horas brincando com os
seus filhotes, fazendo as mais fantásticas acrobacias. Ela vive na terra, mas sua
morada é sempre próxima da água. Os elementos Terra e Água são os elementos
femininos por excelência. Como a Lontra se sente em casa em ambos, ela é a
personificação da feminilidade: esguia, suave e graciosa.
A Lontra também nos ensina o desapego aos bens materiais, que possuem o
poder de nos deixar presos e amarrados, podendo se transformar num verdadeiro
fardo. Observando cuidadosamente os hábitos da Lontra você pode aprender a se
abrir para a felicidade contida no lado mais receptivo de sua natureza.
PATO
PAVÃO
145
PORCO
PORCO ESPINHO
percebe são seus espinhos, mas estes espinhos somente são utilizados quando se
rompe a confiança entre o Porco-espinho e outra criatura. O Porco-espinho é um ser
gentil, amoroso, brincalhão e amistoso, assim como a Lontra.
PUMA
RAPOSA
A capacidade da Raposa de passar despercebida faz com que ela possa ser a
guardiã da unidade familiar, pois percebe facilmente a aproximação do perigo e sabe
precisamente o que fazer para se defender. Ela tem a virtude de observar sem ser
percebida e sem incomodar os outros. Como a Raposa está sempre muito preocupada
com a segurança dos membros da família, ela representa um excelente talismã para
todos aqueles que são obrigados a empreender longas viagens.
RATO
SAPO
O Sapo canta a canção da chuva que limpa os campos e faz assentar a poeira
da estrada. Esse animal tem afinidade com a energia da água, ensinando-nos a louvar
nossas lágrimas, pois estas purificam nossa alma. Todos os rituais e as invocações
envolvendo o uso da água pertencem ao Sapo. A água purifica nosso corpo,
preparando-o para as cerimônias sagradas ao nos colocar em conexão com a pureza
primordial intrauterina. Assim como ocorre conosco, que vivemos primeiro no meio
149
SERPENTE
TARTARUGA
A Tartaruga enterra seus pensamentos na areia, como faz com seus ovos,
deixando ao sol a missão de chocá-los. Isto a ensina a amadurecer suas idéias antes
de deixá-las virem à luz. Lembre-se da antiga fábula da Lebre e da Tartaruga e decida
por si mesmo se você vai se alinhar com a Tartaruga ou com a sua oponente. Ser
grande, forte e rápido não são necessariamente os melhores requisitos para se atingir
um objetivo, pois quando você chegar à sua meta podem lhe perguntar onde esteve,
e talvez você não seja capaz de responder a essa pergunta. Neste caso, chegar
prematuramente à meta pode fazê-lo sentir-se muito imaturo. Siga o fluxo da
correnteza do rio.
TEXUGO
Conectar-se com a energia do Texugo faz com que o indivíduo crise resistência
a entrar em pânico e passa a desenvolver pronta reação e eficientemente às crises.
Assim como a mãe, que é capaz de permanecer dias a fio à cabeceira do filho doente,
o Texugo está sempre determinado a perseverar.
TOURO
152
URSO
Quando tentamos visualizar o cérebro por cima, vemos um círculo em seu topo
- o sul situa-se na fronte, o norte na parte traseira do crânio, o oeste no hemisfério
direito e o leste no hemisfério esquerdo, O Urso está a oeste, no lado direito, e,
portanto, na porção intuitiva do cérebro. Quando sai para hibernar, o Urso procura a
153
caverna: o centro dos quatro lobos, onde se situa a glândula pineal. Enquanto o Urso
hiberna e sonha na sua caverna, está buscando as respostas às suas questões e as
soluções para seus problemas. Encontrando-as, o Urso renasce na primavera, com o
mesmo frescor das flores que agora se abrem ao calor do sol. Esta é a força do Urso.
5 LEIS HERMÉTICAS
Esse capítulo abordará algo que essa Casa considera indispensável para o
agregar de conhecimento ao neófito, pois tratam-se das leis e dogmas universais no
que toca a prática mágica-espiritual. São paradigmas que instruem de forma
relativamente clara como funcionam os mecanismos energéticos, mágicos e
espirituais no Universo, que possibilita o norteamento do ofício bruxo para um trabalho
consciente, ético e livre de eventuais dificuldades oriundas de ações mal instruídas.
As sete Leis Herméticas são assim chamadas por serem atribuídas a Hermes
Trimegisto. Apesar da fonte escrita mais recente sobre elas serem de 1908 quando
da publicação do livro “O Caibalion”, a Tradição aponta que esses conhecimentos
foram preservados no decorrer dos tempos por magos, Bruxas e Feiticeiros
ocidentais, desde os tempos em que
eram ensinados no Egito, na Grécia e
em Roma.
O fato é que Hermes Trimegisto remonta suas origens a uma figura mítica indo-
europeia que ensinou alquimia, astrologia e quase todas as demais práticas que até
hoje formam a base da prática da Bruxaria enquanto ofício. Na verdade, se buscarmos
o conhecimento e cultura de povos muito distantes dos indo-europeus, encontraremos
evidências da manifestação dos Ensinamentos Herméticos até mesmo entre os
nativos norte-americanos, na essência dos deuses Coiote, Corvo e Lebre.
Veremos logo abaixo, cada uma das Sete Leis Herméticas, seus respectivos
ensinamentos e princípios.
Isso significa que tudo aquilo que existe, seja físico, emocional, mental ou
espiritual só existe por ser pensamento do Todo. E o Todo, isto é, o Universo e todos
os seus planos e dimensões, nada mais são que o resultado expresso e contínuo do
Pensamento do Sagrado. A matéria, por exemplo, é entendida como se fosse os
neurônios dessa Grande Mente Divina (que alguns chamam de Deus, Deusa, Deuses,
Divindade), nos levando a compreender também a imanência do Sagrado não
somente nos planos espirituais, como também no plano da matéria. Tudo aquilo que
157
existe, inclusive seres humanos, além de existirem por serem vontade e pensamento
da Grande Mente, são Co-Criadores e Co-Pensadores de toda a Existência, o que
explica claramente a possibilidade de se fazer magia e se obter resultados. Todo o
conhecimento inimaginável para a mente humana está presente na Mente Divina, mas
temos acesso àquilo que conseguimos tomar consciência, manusear e processar,
através de nosso cérebro e de nossos cinco sentidos. O Universo e toda a matéria
são consciência em processo de evolução23; os Bruxos diriam que essa inteligência
objetiva, essa consciência em evolução é a Mente do Sagrado24.
“Como está acima é como está embaixo; como está embaixo é como está
encima”
Sendo esse, sem dúvidas um dos princípios mais importantes para a prática da
Bruxaria, visto que nos lembra que vivemos em mais de um mundo, essa Lei nos diz
que a perspectiva muda de acordo com o referencial. Como nossa perspectiva é presa
à Terra, ela nos impede de ver com clareza os outros domínios da existência, sendo
os que estão “acima” ou “abaixo” de nós. Nossa intenção, naturalmente fica focada
em nosso microcosmo, que é a nossa realidade aparente. Entretanto, o princípio da
correspondência ensina que aquilo que é e existe no microcosmo, também assim o é
e existe no macrocosmo e vice-versa. É dessa forma que os Bruxos, ao extrapolarem
os limites da consciência comum humana, ao se utilizarem de seu conhecimento,
sabedoria e outras técnicas, fazem ser possíveis as correlações mágicas entre
planetas, signos e objetos materiais da Terra que utiliza-se para Magia, pois entende-
se que o que há aqui é o mesmo que há lá; a cor é uma das principais ferramentas
quando falamos em correspondência: sabemos que uma flor de coloração branca é
regida pela energia da Lua, assim como uma pedra de coloração amarela ou dourada
é regida pelo Sol. Em suma, tudo que está acima, pode ser encontrado, conhecido e
reconhecido abaixo, assim como o contrário.
23
BENTOV, Itzhak. Stalking the Wild Pendulum: On the Mechanics of Consciousness, E. P. Dutton, 1977.
24
CABOT, Laurie. O Poder da Bruxa. Editora Campus. São Paulo, 1990. Página 150.
158
Essa Lei Hermética diz que nada absolutamente está em repouso. Tudo se
movimenta e vibra, de acordo com seu próprio regime e sistema vibracional, desde as
partículas subatômicas até os sistemas solares, galáxias e buracos negros. Tudo é
movimento e a matéria, assim como as demais dimensões, não são passivas nem
inertes, são cheias de ritmo e movimento, dançando perpetuamente a música da
Criação. Segundo Fritjof Capra, todos os objetos são feitos de átomos e a enorme
variedade de estruturas moleculares não são rígidas nem imóveis, mas oscilam de
acordo com as vibrações térmicas de seu ambiente25. Esse princípio hermético é uma
das bases para os Bruxos explicarem e compreenderem alguns fenômenos, como por
exemplo, o campo vibratório em torno de objeto, seres e pessoas (aura) que
transcendem a questão da própria matéria. Mesmo os objetos inanimados imprimem
em si uma concentração única de energia no campo que o circunda, sendo possível
descobrir de onde ele veio ou o que aconteceu em sua presença, por um bruxo ou
sensitivo, através da vibração que ele emanará. Dessa forma, pelo princípio da
vibração, nenhum evento no Universo está perdido: desde o Big Bang até o último
acesso de fúria que alguém teve ou o nascimento de mais uma criança e a emoção
sentida por sua mãe.
Entendendo que tudo é duplo, que tudo contém o seu oposto, que todas as
verdades são meias-verdades, a polaridade é considerada a chave do poder no
sistema hermético. Ter a ciência da Lei da Polaridade, isto é, que os opostos são
realmente apenas dois extremos da mesma coisa, com muitos variáveis graus entre
eles, é ter nas mãos a chave para sempre fazer com que o Universo trabalhe ao nosso
favor e não contra nós. Isso significa compreender que só existe luz, se houver
25
CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. Editora Cultrix. São Paulo, 2000.
159
escuridão, só existe positivo se existir negativo, só existe vida se existir morte – são
extremos que se tocam, paradoxos que se reconciliam constantemente para que
permitam a continuidade dos ciclos. Os Bruxos utilizam o princípio da polaridade, pois
sabem que a carga energética de qualquer coisa pode ser alterada, isto é, todos os
objetos, estados de ânimo, físicos e mentais tem suas polaridades negativas e
positivas e muitos feitiços e magias nada mais são que a transferência de energias
positivas e/ou negativas através de seu poder. Ao empossar-se do conhecimento da
Lei da Polaridade, é possível transformar medo em coragem, ódio em amor, fracasso
em sucesso. Eles fazem parte da mesma moeda – basta saber vira-la.
“Tudo que sobre, desce; tudo tem seu fluxo; o ritmo é sua compensação”
pessoa que vibra determinada energia, irá gerar um ritmo de acordo com aquela
vibração e é aquele ritmo que irá “tocar” em seu ambiente. Da mesma forma, quando
se trata da prática de Bruxaria em grupo, por exemplo, é preciso entrar no ritmo
daquele corpo de pessoas ou automaticamente, pela própria Lei do Ritmo, essa
pessoa não conseguirá seguir seu curso, acompanhando as cheias, marés, idas e
vindas daqueles. Na Magia, quanto mais se souber sobre o ritmo daquilo que se
pretende atingir, melhor são as chances de tocá-lo e obter sucesso.
Assim, será sempre mais fácil conhecer como funcionam os muitos poderes da Vida
e da Criação.
“Todo efeito tem sua causa; toda causa tem seu efeito”
6 ÉTICA E ETIQUETA
162
José Roberto Nalini27 nos faz entender que a ética é uma disciplina normativa
por elucidar as normas e que seu conteúdo revela aos seres humanos os princípios
que devem conduzir suas vidas. Nesse caso, a Ética, enquanto disciplina, vem com o
objetivo de aperfeiçoar o sentido moral do comportamento, trazendo ao mesmo um
maior desenvolvimento e consequentemente uma boa influência sobre a conduta dos
indivíduos.
26
VASQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. Ed. Civilização Brasileira, 2003.
27
NALINI, José Roberto. Ética Geral e Profissional. Ed. Rt, 2008.
163
Segundo Nair de Souza Motta28, a ética é ainda indispensável àquele que está
investido de alguma função ou atividade, porque na ação humana "o fazer" e "o agir"
estão interligados. O fazer TAMBÉM diz respeito à competência, à eficiência que todo
bruxo deve possuir para exercer bem o seu ofício.
28
MOTTA, Nair de Souza. Ética e vida. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 1984.
164
Aristóteles em sua obra “Ética à Nicômaco” diz que “ética é tudo aquilo que
todos querem”30. Isso nos leva a entender que, o comportamento ético, quando
pautado na em uma boa conduta de vida – para si e para os outros – é aquele que
fará do convívio social – e aqui, voltando-se novamente ao âmbito de convívio, mas
tentando encaixá-lo no que diz respeito as ações mágicas em um todo repleto de
pessoas interligadas pela Teia do Universo – um arranjo harmonioso onde todos os
envolvidos possam sentir-se confortáveis no ambiente em que estiverem inseridos.
29
KIERKEGAARD e FOUCAULT (apud Goldin, 1997-2000, p.2), GOLDIN, José Roberto; Ética. p.1.Disponível em:
URL:http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/etica.htm. Acesso em 16.04.2012, 15h50.
30
ARISTOTELES - Ética a Nicômaco. Texto Integral, São Paulo; Coleção Obra Prima de cada Autor, v. 53, Ed. Martin
Claret, Trad. Pietro Nassetti, 2002.
165
Por esse motivo, seguem abaixo algumas regras mínimas de etiqueta para o
convívio mágico grupal, dentro e fora da prática ritual, isto é, também para o convívio
social do grupo:
Não faça perguntas durante um ritual, a não ser que seja de extrema
necessidade.
166
Na dúvida se deve ou não deve fazer algo, não faça. Pergunte, questione
e aguarde instruções de seu orientador.
168
31
RESTALL ORR, Emma. Ritual: Um Guia para o Amor, a Vida e a Inspiração. Editora Hi-Brasil. São Paulo, 2002.
Pág. 146.
170
Talvez se pode ser até um pouco mais ousado que a citação supramencionada,
e afirmarmos que não somente somos totalmente dependentes da Mãe Natureza,
como também formamos parte importante de seu próprio Corpo. Isso traz uma bela
importância a celebração dos Festivais Sazonais: vibrar junto com a Terra e com a
energia de nosso lugar, compondo a grande sinfonia da vida e da existência como
coautores ou coadjuvantes da realidade natural.
32
Idem, ibdem.
171
No Hemisfério Norte, local onde a maior parte das culturas que hoje influenciam
os cultos pagãos contemporâneos, o Solstício de Inverno ocorre entre os dias 19 e 23
de dezembro do Calendário Gregoriano, sendo que a partir do dia 25 desse mesmo
mês, visivelmente os dias que até então encurtavam, passam então novamente a ter
sua durabilidade aumentada. No Hemisfério Sul, o Solstício de Inverno ocorre entre
os dias 19 e 23 de junho.
Esse é o festival que marca a época mais escura e fria do ano, assim como o
também o renascimento do Sol. É nesse dia que acontece o Solstício de Inverno, o
rápido momento em que um dos hemisférios terrestres atinge de forma culminante
sua máxima distância da energia solar e quando imediatamente volta a aproximar-se
do Sol até atingir seu ápice no Solstício de Verão. Desde tempos imemoriáveis é
observado como um dia de poder, reservado à contemplação diante à esperança do
retorno da Luz e às celebrações em honra ao nascimento daquilo que muitas culturas
chamaram de “Criança Divina” (o próprio Deus-Sol renascido).
aos nascimentos de diversos deuses, dentre eles, Lugh, Mabon, Bel, Frey, Balder,
Apolo e Mithra.
Por serem oriundas do extremo norte europeu, entre antigas tradições nórdicas
haviam celebrações que duravam doze dias, o período em que não havia nascer do
Sol e seu mundo ficava mergulhado na escuridão. A véspera do solstício era
denominada como “A Noite da Mãe”, sendo dedicada à deusa Freya, como criadora
do Universo e responsável pelo renascimento do Sol-Menino.
33
No Hemisfério Norte o Equinócio de Primavera coincide com o início do Ano Novo Zodiacal, por volta de 20
de março. No Hemisfério Sul, o Equinócio de Equinócio de Primavera ocorre por volta de 20 de setembro.
175
São elementos ritualísticos desse festival, além das muitas flores, as cestas de
vime com ovos pintados ou inscritos com símbolos rúnicos. Estes ovos, chamados
“pysanky” nos países eslavos, são considerados amuletos mágicos de fertilidade,
proteção e prosperidade. Sem seus conteúdos, eles podem ser guardados no altar;
crus e galados, podem ser ofertados à Terra e, se cozidos antes de seres pintados,
podem ser comidos. Por representar um símbolo de renascimento, os ovos podem ser
enterrados nos túmulos dos familiares falecidos ou na terra, antes do plantio. Os rituais
celebram a vida, o renascimento, a criança interior, o equilíbrio e a harmonia. A
comemoração é feita com pães especiais, bolos de frutas, gelatinas coloridas e ovos
de chocolate.
para o inverno e a tristeza (para alguns a alegria) pelo fim do verão. No Ciclo Solar,
Equinócio de Outono é o oposto de Equinócio de Primavera e marca o fim da
vegetação e a diminuição da luz solar. No Mabinogion, uma antiga coletânea de mitos
celtas, descreve-se a derrota de Llew (uma versão galesa do irlandês Lugh e do
gaulês Lugus), deus da luz, por seu irmão Goronwy, deus da escuridão, esse último
sendo então derrotado por Llew em no Equinócio de Primavera, perpetuando assim o
ciclo.
Mas a mais famosa das celebrações antigas nesse período era dos Mistérios
Eleusinos. Durante nove dias, e estando centrada no culto às deusas Deméter e
Perséfone, a comemoração dos Mistérios revivia a interligação da morte com a vida.
Apesar dos rituais terem sido mantidos sob o mais absoluto silêncio e mistério, sabe-
se que sua finalidade era a expansão da consciência, mudando o nível de percepção
e compreendendo o mistério da vida e da morte, indo além dos medos e das
limitações.
Os temas desse festival são a gratidão à Mãe Terra, Aquela que nutre todos os
seus filhos, demonstrada por orações, oferendas e rituais de cura em benefício do
planeta, assim como a preparação para ingressar em um período de recolhimento,
introspecção e reavaliação pessoal. É o último festival sazonal antes do renascimento.
179
34
CABOT, Laurie. O Poder da Bruxa. Editora Campus. São Paulo, 1990. Página 175.
183
Com o seu “olho mental”, isto é, seu terceiro olho, visualize a uns 30
centímetros de distância de si uma tela totalmente branca. Na verdade, não deve ser
uma exatamente uma tela no sentido cartesiano, mas sim em um estado em que
assemelhe-se a um capacete que envolva toda sua cabeça, em 360º. É totalmente
possível atingir essa percepção através do olho mental. Lembre-se que durante todo
o Alfa você estará vendo com o olho da mente e não com olhos físicos.
finalmente o número 1 (UM) na cor VIOLETA. Esse último fixe em sua tela mental por
aproximadamente 50 segundos ou 1 minuto.
A partir desse momento você perceberá que, apesar de estar em Alfa, mantém
todo o controle sobre seu próprio corpo e tem plenas condições de saber o que está
acontecendo em torno de si. Entretanto, também estará profundamente aberto para
todas as formas alternativas de comunicação, como a clarividência, a telepatia,
precognição, visitação a outros lugares, a transposição mental, a investigação, a
realização de poderosas magias e feitiços e o recebimento de mensagens de
divindades e espíritos.
185
Quando tiver encerrado suas tarefas durante o período em que esteve Alfa, é
chegando o momento de retornar ao estado de vigília. Para isso, com suas próprias
mãos, apague tudo aquilo que está em sua tela mental. Ainda em alfa e de olhos
fechados, abençoe-se com uma desobstrução total de sua saúde da seguinte
maneira: coloque a mão uns 15 centímetros da cabeça com a palma voltada para
baixo – num suave movimento, abaixe a mão diante do rosto, peito e estômago, ao
mesmo tempo que volta a palma para fora e estende o braço para frente. Diga a si
mesmo: “estou me curando e a minha saúde está totalmente desobstruída”. É
importante que isso seja feito todas vezes em que esteja saindo do Alfa para que
restem quaisquer energias perniciosas que possa ter absorvido durante os trabalhos
e viagens realizados nesse período.
2. Faça uma viagem mental a algum local em sua cidade. Pode ser uma
loja, por exemplo. Veja como as peças estão dispostas e tudo mais aquilo que puder
ver. Vá até a loja e veja como as coisas realmente estão dispostas. Veja tudo aquilo
187
que você conseguiu acessar sua mente. Refaça esse exercício até atingir no mínimo
80% de acertos quanto ao conteúdo e disposição interna da loja.
Um excelente método para isso é, desde o início que começar a praticar o Alfa
como acima descrito é deixar cruzado o dedo médio da mão esquerda sobre o dedo
indicador e mentalmente programa-lo para que toda vez que fizer isso em estado de
vigília, automaticamente você ingressar no estado Alfa e poder fazer suas
visualizações, sem a necessidade de transcorrer todo o procedimento habitual. Sendo
assim, em uma situação de premente necessidade para se fazer uso do alfa, ao fazer
esse cruzamento com os dedos, automaticamente sua mente entenderá que deve
entrar em Alfa – faça o que deve ser feito, relaxe e descruze os dedos.
Cabe salientar que essa prática é eficaz para pessoas que tem total domínio
da prática e controle do Alfa. Mas, caso queira um dia poder dela se utilizar, é
importante desde já posicionar os dedos dessa maneira, toda a vez que for ingressar
188
Procure relaxar ficando em uma posição que lhe seja confortável e desde já
tenha um objeto de sua escolha para qual realizará a Transposição Mental. Nesse
primeiro momento, a sugestão é que seja um objeto tido como inanimado, isto é, uma
pedra, uma caneta, uma fruta, uma relíquia, uma nuvem etc. Siga os passos descritos
190
abaixo, que nada mais são, que um dos métodos mais simples para a realização de
Transposição Mental:
1. Limpe sua mente. Fixe absolutamente TODA sua atenção sobre o objeto (e
isso não é a mesma coisa que simplesmente ter o objeto em sua tela
mental). É necessário que você realmente direcione sua atenção para
FORA de si, como um feixe de luz na direção do objeto.
4. Para fazer sua consciência retornar ao estado normal, fixe sua atenção
sobre alguma parte de seu corpo. Concentre-se sobre a parte de seu corpo
escolhida, mantendo o foco e restabeleça seu domínio sobre a mesma e
aos poucos sobre todo o corpo. Mexa-se. Ao sentir-se absolutamente em
seu corpo, dominando-o completamente, a ligação com o objeto estará
encerrada e seu estado de consciência estará de volta ao normal.
191
O planeta Terra é uma das expressões do Sagrado que nós humanos mais
conhecemos e certamente mais temos a oportunidade de explorar, depois de nossos
próprios corpos, sentidos e almas. Desde o passado, nossos ancestrais têm
reconhecido a Terra como um ser vivo, uma persona individual, um corpo imbuído em
uma alma própria, exatamente assim como nós cremos sermos cada um de nós
enquanto indivíduos. Os gregos deram a Terra o nome de “Gaia” e inspirado nesse
conceito, até mesmo um pesquisador ambientalista chamado James E. Lovelock
desenvolveu a chamada “Hipótese Gaia”, defendendo a teoria de que nosso planeta
é um ser vivo consciente e que cada ser vivo contido nela, mesmo em sua
individualidade, seria uma de suas células.
É importante iniciar esse assunto falando sobre a Terra, exatamente para trazer
de uma maneira clara o conceito de divino e de corpo para o Paganismo, assim como
a percepção de que o padrão macrocósmico é sempre repetido em suas versões
menores e mais profundas. O Universo é repleto de planos vibracionais diferentes,
cada um expressando um determinado tipo de energia, vertentes da mesma fonte do
Poder. Cada galáxia, cada sistema estelar e planetário, expressa uma individualidade
baseada na característica do Todo. Cada planeta do sistema solar condensa em si
uma energia encontrada em níveis correspondentes, maiores ou menores em
diferentes partes do Cosmos, assim como alguns pontos de nosso planeta, e é claro,
de nosso próprio corpo – chegando ao cerne do propósito dessa leitura.
3. Cairo, Egito.
4. Uma montanha a cerca de 100 milhas do litoral do Peru, na região dos Andes,
imediatamente oposta a Arunachala.
5. Glastonbury, na Inglaterra.
35
GRIMASSI, Raven. Os Mistérios Wiccanos. Editora Gaia. São Paulo, 2001, página 136.
195
Por partes, vamos conhecer cada um dos pontos, desvendando suas funções,
descobrindo seus padrões energéticos e estabelecendo ligações com partes do corpo,
glândulas endócrinas, sons, pedras, cristais signos e Deuses que regem tal energia,
salientando que as correspondências aqui encontradas são fruto da aliança dos
conhecimentos tradicionais somados experiência que o Caminho da Bruxaria tem
proporcionado ao autor do texto sentir, intuir e vivenciar:
196
É o primeiro ponto de poder e está localizado numa área que abrange a base
da coluna, o cóccix, o períneo e os órgãos genitais. É o vórtice ligado a energia mais
bruta da Existência, ao próprio Submundo enquanto fonte nutridora da Vida,
fornecendo sustentação aos demais pontos e regendo as funções ligadas a
estabilidade, aos órgãos sexuais, reprodutores e excretores. Está diretamente ligado
aos nossos instintos mais primitivos de sobrevivência, aos nossos impulsos. É onde
reside a Serpente de Fogo adormecida (a também conhecida “Kundalini”), que quando
desperta, se eleva de uma maneira colossal pelos demais chakras potencializando
suas funções, atingindo o topo e alcançando uma intensa ligação das energias da
Terra com as do Céu. Trabalhar com esse chakra incentiva a vitalidade, a força, o
vigor, a longevidade e a sexualidade.
Cor: Vermelho (sentimentos como ódio, desgosto e raiva, assim como doenças,
podem tingi-lo de marrom ou castanho-avermelhado; o cansaço, o estresse e a fatiga
tendem a torná-lo um vermelho mais pálido).
Órgãos e partes do corpo: Ânus, rins, pés, coluna vertebral, órgãos reprodutores,
sexuais e excretores.
Deusas: Kali, Baba Yaga, Ereshkigal, Tiamat, Inanna, Oyá, Hécate, Nanã Burukê,
Perséfone, Pele, Medusa, Ceridwen, Morrighan, Freya, Cailleach, Sheelah Na Gig,
Baubo, Hel, Sekhmet, Néftis, Ísis, Macha, Eríneas, Coatlicue, Selkhet e Sedna.
Deuses: Cernunnos, Herne, Poseidon, Netuno, Dagda, Osíris, Seth, Hades, Plutão,
Odin, Arawn, Gwyn Ap Nudd e Baal.
Alimentos que o nutrem: Acerola, amora, cereja, carnes vermelhas, feijão preto,
maçã, goiaba, melancia, morango, tomate, rabanete, uva vermelha, pimentão
vermelho, pimentas, vinho, alimentos ricos em carotenoides e raízes comestíveis em
geral.
O segundo ponto de poder está localizado logo abaixo do umbigo e um pouco acima
da cintura. Esse chakra está ligado às necessidades não tão imediatas como a do
primeiro, mas ainda assim a necessidades extremamente importantes e vitais para a
nossa existência, como a purificação, a imunidade, o metabolismo e a capacidade de
criação e realização de coisas a nível material. Como o chakra básico, é responsável
pela manutenção do sistema urinário e por alguns órgãos internos do sistema
reprodutor, entretanto, atuando de uma maneira mais específica. É um ponto
extremamente ligado às energias telúricas que proporcionam a abundância, a
fertilidade e o crescimento e um bloqueio nesse chakra pode se manifestar inclusive
em deficiências no setor financeiro e outros ligados à prosperidade. Uma profunda e
constante ligação, assim como uma boa manutenção do chakra umbilical, proporciona
uma vida bastante estável, equilibrada e aberta aos mais saudáveis prazeres.
Planeta: Júpiter
Deusas: Gaia, Deméter, Oxum, Ceres, Pachamamma, Gaia, Bona Dea, A Mãe do
Milho, Nerthus, Tellus Mater, Danu, Lakhmi, Habondia, Afrodite, Hathor, Tailtu, Eostre
e Sulis.
Elemento: Fogo
Deusas: Ártemis, Diana, Amaterasu Omi Kami, Bast, Saule, Sunna, Etain e Andraste.
Deuses: Ogum, Marte, Ares, Tyr, Nuada, Indra, Lugh, Bel e Wotan.
coração e ligado ao Tino. Está ligado a intuição, no momento em que essa está ligada
a um sentimento; é através dele que sentimos como uma pessoa está e é ele que,
aliado ao próximo chakra, produzem aquele sentimento de aperto no peito e na
garganta, quando estamos pressentindo algo desagradável ou magoados e não
conseguimos expressar isso. Trabalhar com o chakra cardíaco desenvolve um
saudável sentimento de amor pelo próximo, por nós mesmos e traz equilíbrio para
agirmos nem tão instintivamente, nem tão racionalmente.
Cor: Verde (verde esmeralda ou verde grama intenso quando bem funcional; a tristeza
o deixa cinzento, o cansaço o deixa verde pálido e os sentimentos negativos, assim
como perdas o deixam turvo e escuro).
Elemento: Água
Planeta: Vênus
Pedras e cristais: Esmeralda, quarzto rosa, jade, turmalina verde, rosa ou melancia,
peridoto, diopstásio e kunsita.
Cor: Azul
Elemento: Ar
Outros nomes para o ponto: Ajna (sânscrito), Terceiro Olho, Chakra do Terceiro
Olho e Centro Psíquico.
Cor: Índigo
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Órgãos e partes do corpo: Olho esquerdo, nariz, ouvidos, parte média do cérebro.
Signos: Aquário
Alimentos que o nutrem: Carnes, ovos, leite, berinjela, alface roxa, uva roxa, alho
roxo, beterraba, figo, azeitona preta, amora, cebola roxa e chá de hortelã.
O Chakra Coronário é o único dos sete grandes centros de poder que se situa
além do corpo físico, nesse caso, pouco acima da cabeça, compondo assim nosso
corpo energético-espiritual. Alternando entre o branco e a cor violeta, é o ponto
máximo atingido na dança da Serpente por nosso corpo, irradiando luz, plenitude e
conectividade consciente e inconsciente com o conhecimento do Cosmos, dos
Deuses, fechando assim o Ciclo que nasce no “ninho da serpente”, no Chakra Básico.
Ele governa o cérebro e junto ao primeiro Centro de Poder, mantêm a vida-existência
fluindo constantemente. Quando em Alfa, estamos profundamente envolvidos pela
energia desse Chakra e é através dele que a maioria das canalizações ocorrem, sendo
então também responsável direto pelas ações espirituais e do corpo sacerdotal
enquanto instrumento dos Deuses agindo de forma especial no Mundo. Enxaquecas,
dores de cabeça, tonturas, fobias e distúrbios psico-motores ou psicossomáticos
podem indicar tanto uma deficiência quanto uma super atividade do Sétimo Ponto de
Poder de nossos corpos. Quando temos esse Chakra bloqueado, é comum a
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Elemento: Todos
Signos: Todos
Planeta: Todos
Deusas: Todas
Deuses: Todos
A primeira coisa para garantir sempre a proteção mágica são os cuidados para
com a saúde: a aura de uma pessoa saudável repele por si só uma grande quantidade
de energia negativa. Mas, para uma proteção mágica é imprescindível a criação de
um escudo psíquico. O Escudo psíquico é uma esfera de luz-energia que permanece
constantemente ao nosso redor com a função de nos proteger contra energias
negativas e intenções hostis.
O mais simples e fácil escudo psíquico que pode ser criado é visualizar ao seu
redor uma esfera de luz-energia que cerca seu corpo 24 horas por dia e lhe protege.
Você precisa saber constantemente que ele está lá e reforçá-lo sempre que possível.
Logo de início, você precisará pensar nele conscientemente; depois de um tempo, ele
estará tão entranhado em sua mente que sempre estará lá, mesmo quando você não
mais pensar nele. Ao criá-lo especifique de onde ele deve tirar energia para se manter.
A fonte de energia do escudo pode ser seu próprio corpo, luz, a Terra, etc. Você é
quem determina sua aparência e isso deve ser feito no momento de criar o escudo.
É deveras importante criar um escudo para sua casa e seu meio de transporte,
se o tiver. O escudo para a casa segue o mesmo princípio do escudo pessoal. Ele
será uma esfera que irá cercar totalmente a residência. Se você mora em um
apartamento, crie o escudo em forma de esfera depois faça-o aderir às paredes
externas de seu apartamento, de modo a não invadir os apartamentos vizinhos. O
escudo da casa também deve ser alimentado energeticamente a partir de alguma
fonte. O escudo para o meio de transporte segue a mesma teoria dos escudos
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pessoais e para a casa. Existem muitas formas de se criar um escudo para seu meio
de transporte e sua alimentação pode seguir no mesmo padrão dos demais. Será
possível ver mais sobre escudos mágicos no sub-tópico específico abaixo.
Quanto ao local de trabalho existem ações simples que podem garantir que seu
local de trabalho seja livre de acidentes e você, protegido contra inveja, maledicência,
fofocas, ações de pessoas que querem lhe destruir, ações de pessoas que não
gostam de você. Para proteger seu local de trabalho, ser discreto é o que importa,
assim sendo, tente: Use algo que possa servir como chocalho, quando estiver só ou
quando ninguém possa vê-lo. Abençoe o conteúdo para uma divindade associada ao
trabalho e comece a chacoalhar, banindo a negatividade do ambiente. Desenhe runas
ou símbolos de proteção sob sua cadeira, sob sua mesa, sob seu crachá e por dentro
de suas gavetas e armários. Se não puder desenhar, coloque ou cole pedaços de
papel com os símbolos. Coloque um guardião em sua mesa. A morada deste guardião
pode ser qualquer coisa, desde uma estátua a um pequeno cristal. Faça uso de
decorações de datas festivas e consagre-as com intenções mágicas, como paz,
harmonia, espírito de equipe, etc. Mantenha uma ampulheta consagrada em sua
mesa. Quando as coisas ficarem muito tensas ao seu redor, ou você estiver muito
estressado, vire a ampulheta. Enquanto a areia escorre, imagine e sinta as tensões e
o estresse se dissipando.
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Ás vezes nós necessitamos proteger outras pessoas, quer seja por um dia
apenas, quer seja por todo o tempo, neste caso devemos seguir algumas regras:
Lembre-se de que a pessoa tem o direito a fazer suas próprias escolhas, mesmo
erradas, sua proteção não deve restringir o livre arbítrio da pessoa. Jamais tente
proteger uma pessoa contra a vontade dela, salve raras exceções. Nunca mande seu
guardião pessoal proteger outra pessoa. Você só vai ficar seriamente desprotegido. E
também não se arme de direito de criar um guardião para esta pessoa, a não ser que
ela peça.
energias tendenciosas, como inveja ou raiva, não lhe atingindo, mas sendo absorvidas
pelo seu escudo de luz que automaticamente transforma esses sentimentos externos
na mais pura luz e poder, alimentando e dando cada vez mais força para seu escudo.
Visualize grandes perigos e ataques mágicos, simplesmente não conseguindo lhe
atingir, tamanha intensidade de sua Luz. Ela deverá CEGAR qualquer malfeitor, não
permitindo saber como lhe atingir.
Feito isso, retorne para o estado comum de consciência. Sempre que sentir
necessidade, proceda com Ancoramento e Centramento.
Caso sentir alguma falha no seu escudo energético e se sentir afetado por
algum mal, siga o mesmo procedimento da alimentação do escudo, mas ao final,
cristalize-o mentalmente, tornando-o reflexível como um espelho para qualquer
energia que possa estar lhe atingindo.
Observação: não mantenha seu escudo cristalizado por muitos dias, e sim
somente o período que julgar necessário. Ele terá cortado a ligação de seu corpo
astral com o Universo, não permitindo a fluidez e troca natural de energia.
Alecrim, alfazema, algodão, alho, amora preta, anis, arruda, babosa, bambu, bardana,
beladona, bétula, camomila, canela, cardo-santo, cardamono, cáscara sagrada,
ciclâmen, cipreste, cominho, cravos da índia, crisântemo, erva doce, estragão,
eucalipto, framboesa, freixo, gerânio, ginseng, hera, lírio, losna, louro, mamona,
manjericão, manjerona, milho, mostarda, olíbano, oliveira (folhas, raiz), orégano,
pimenta negra, papoula negra, patchouli, pinheiro (folhas e a pinha), poejo, salgueiro
(folhas, raiz, casca), rosa, salsa, sândalo, tanchagem, tomate, trigo, valeriana, vetiver,
violeta, visco, zimbro.
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Ágata, âmbar, lágrima de apache, asbesto, calcita, carnélia, calcedônia, citrino, coral,
cristal de quartzo, diamante, esmeralda, granada, hematita (bruta), jade, jaspe, lápis-
lazúli, lava, lepidolita, madeira petrificada, malaquita, mármore, mica, obsidiana, olho
de gato, olho de tigre, ônix, pedra da lua, pérola, peridoto, rubi, topázio, turmalina
melancia, turmalina negra, turmalina vermelha, turquesa, zircônia branca, zircônia
vermelha.