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ARMADURAS
PARA CONCRETO
ARMADO
.
.
Paulo R.L.Helene
IPT
Instituto de quisas Tecnológicas
do Estado de S o Paulo
PINI
EDITORA
Esta monografia enfoca a maio-
ria dos aspectos relacionados com o
problema da corrosão de armaduras
nas estruturas de concreto armado.
Revê os mecanismos de corrosão do
aço em presença de umidade, descre
vendo o papel do cobrimento de
concreto como barreira protetora e
contra a
passivadora da armadura
corrosão. A seguir, descreve as ma
neiras como essa proteção pode ser
quebrada e quais as características
oo4T8
Tel
CORROSÃO EM
ARMADURAS
PARA CONCRETO
ARMADO
LIVRARIA
CULTURA
FACIL ENCONTRAAR
o LIVRO qUE VOCE QUE
Av. Paullets, 20-Conj. Naga1
CE,
Tel.: (PBX) 28*33 U R
Telox (O11) 38632
São Paulo SP
SOCEAD DE
it.SPÖiSABiLI O LiATADA
ng. PAULO G.
YUGOVICH
1986, Editora Pini Ltda.
Rua Anhaia, 964 01130-São Paulo Brasil, que se reserva apropriedade desta edição.
Impresso no Brasil.
Instituto de
Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira
Butant-CEP 05508-SãoPaulo SP - Caixa Postal 7141 CEP 01000
Telex (011) 22831 INPT BR
Endereço Telegráfico TECNINST
Telefone (011) 268-2211
: :
Bibliografia.
ISBN 85-09-00004-2
-
1P7
Tecnológicas
Pesquisas
I n s t i t u t o de Instituto
de
Editicapões
do missão do
de a
da Divisão das
edificações,
O objetivo no campo de
tecnologia.
visando:
é fazer cumprir,
transferência
executados
com
d e s e n v o l v i m e n t o
têm sido de
e
pesquisas materiais
relativas a
estudos
trabalhos, destinados
äs
vários e
processos
esse
objetivo de produtos
construtivos
nos
seus
Para atingir tecnologias sistemas edificações,
instalações e
desenvolver e adaptar ciências das meio
equipamentos,
áreas das com o
componen
tes, c o n h e c i m e n t o
em
o
usudrio,
com
construçáo, o ter-relações l a b o r a t ó r i a s
ds s u a s in
aprofundar
desenvolver e manter
edificações;
e n o que s ó c i o - e c o n ô m i c o
epolítico; volvimento
da
tecnológicos
desen
aspectos contexto para o certificação
da
com o c o n t r i b u i n d o
e o
ambiente e controle com
metrológica,
programas
de contribuir
c o n f i a b i l i d a d e
de inovadores;
ås
nível de implantação
de alto
construtivos assistência
a da
nacional e para sistemas através
técnica
homologação
de civil, exeCução,
construção
e de área de
de p r o d u t o s nacional na e
componentes,
nacionais;
apoiar
qualidade materiais
tecnológico
fabricação
de empresas
d e s e n v o l v i m e n t o
médias responsaveis
responsáveis
pelo projeto, ênfase ås
pequenas
e entidades
com e as
empresas edifícios, municipais edificações;
de prefeituras drea de
manutenção
e
recuperação
governamen
tais, a s de políticas
na
habitacional
brasileiro;
os órgãos fomulação
tecnologicamente
legislaçso e do problema acumulados
planejamento, tecnológico,
a nivel
c o n h e c i m e n t o s
promoção,
pela e solução, intemacional,
os
equacionamento
no nacional e
contribuir técnico da Divisão. presente
o meio
técnicas
dreas insere a
diulgar, para nas
diversas
n a c i o n a l que
se
técnico Pini,
meio Editora
ao da
informações
tecnológicas
Edificações
do IPTe publicação
Divisão de
de a
planejou-se
de difusão conjunto da brasileiras,
E n a linha civil.
Em projeto e
arquitetura construção
publicação.
da engenharia de
n o campo aspectos
de tecnologia
consagrada diferentes para
empresa já livros
abordando
"Corrosão de
Armaduras
c o n h e c i m e n t o s que
e que
informações e
os
da construção civil
gerando as eprofissionais
estudantes
Roberto de Souza
IPT
Divisão de Edificações-
Diretor da
PREFACIOo
v a l o r i z a m ,
o
méritos
que
tema
Helene
os
importante
Lago
R. do
tratardo
Eng Paulo
a
primeiro
B r a s i l e i r a .
verbas
do sero Técnica
o
trabalho
por iteratura
imensas
ainda propõe,
se Concreto
a que
adequado.
Armaduras
para tratamento
falta de
s i m p l e s m e n t e
Corrosão
de
por Brasil,
de mundo
no
O p r o b l e m a
todo o t5o g r a v e
em
náo s e r
e s t u d a d o .
e esperamos,
sempre,
a p a r e n t o u ,
c o n h e c i d o
vicioso e,
quase circuito da
ser
a s s u n t o
não o doenças
por quebra dessas
inútil.
técnica, cara
e
obra profilaxia s
Helene,
com
sua
que
se faça maioria
das
vezes,
Paulo em
era a f e n ô m e n o s ,
O Eng
nova
emergéncia,
uma
de dos
inaugura terapêutica a gênese
não sobre proceder
armadura
e ensinamentos
como corrosão.
rico e m
ensinamentos
efeitos
da
rabalho
Esse ainaa o
é em d e s a s t r o s o s
mais m i n i m i z a r
os
ou
impedir
para
1986.
maio de
São Paulo,
S
FILHO
AMARAL
MELO DO
E P A M I N O N D A S
Consultor Técnico
Corrêa S/A
Comércio
Camargo
Construgöes e
AGRADECIMENTOS
Ana
Romeu Landi e Dra.
Aos Profs. Dr. Francisco
proporcionaram
Maria Adam, pelos ensinamentos que
da Escola Politécnica da
nos cursos pósgraduação
de
Paulo, nos quais tive oportunidade
Universidade de Sso
trabalho.
de apresen tar seminários embriões deste
Laboratório de Corrosão
Ao Dr. Stephan Wolynec do
do IPTe ao Quimico Roberto Godinho da Gerência de
Qualidade do Ar da CETESB Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental, pela boa vontade com que,
em conversas informas, formeceram subsídios indispen
sáveis para o desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas do IPT, Maria Alba Cincotto e Francisco Di
Giorgi, pelas valiosas experiências transmitidas nos
trabalhas em conjunto.
SUMÁR10
31
3.1 Proteção física .. 14.1 Galvanização 32
Inibidores químicos.
.
14.2
. .
. .
9
DA DE PROTEÇÃO armado para
edificações
Concreto
ANEXO B
-
6.1 O fenômeno-Conseqüências. 40
A influência da relação água/cimento
BSI CP-114).. .. . . .
6.2 10 edifica-
carbonatada. .
protendido para
Métodos de medir a espessura C Concreto
ANEXO
-
6.3 recomendados
CARACTERISTICAS
7 10 (Cobrimen-
concreto. Concreto pré-moldado
7.1 Permeabilidade do 10
ANEXOD recomendados por BSI
CP-116) 41
tos
Permeabilidade à água . .
armado (Cobri-
7.1.1 12 Concreto e c o n c r e t o
. ... ANEXO E
7.1.2Permeabilidade aos gases. 13 mentos
recomendados por DIN
4 2
7.2 13 edificações
do concreto. armado para
7.3 Fissuração
concreto
15 ANEXO F - Concreto recomendad os por
Resistividade do
.
(Cobrimentos
7.4 43
ANSI/ACI 318-77).. ...marítimas
. .
INCORPORA-
AGRESSIVOS
ELEMENTOS
8 16 Concre to para
estruturas
DOSAO cONCRETO..... ANEXO G -
recomendados por
(Cobrimen tos
AMBIENTE. 17 PCI/Set. 1975). . . .
44
INFLUÉNCIA DO MEIO
9 17 estruturas marítimas
' '''. ANEXO H Concreto para
.
-
9.5
MICRORREGIÃO DA termas das temperaturas mínimas
INFLUENCIA DA 1974.. 46
10 absolu tas, para o anode
. .
. 21
ESTRUTURA. .. . .
e secos.
bientes interiores mos
considerações
visam, portan to,
da
1 INTRODUÇÃO Estas
desses fatores no problema
trar a importáncia concreto armadJo,
armaduras de
-
rápido, justificar
estruturas
das
situações não é fácil, nem
corroída, dimento da patologia
estrutura
de uma
explicar o porquê semelhantese
armado.
tantas outras em tudo
quando
o problema.
Similares não apresentaram
cômoda, em geral, e
A justificativa mais adequado CORROSÃO DE
cobrimento DA
de
atribuir o fato à falta
MECANISMO
referëncia as 2
tomando-se como ARMADURAS
conreto,
de
e regulamen tos ofi
recomendações de normas
recorre-se
brasileiro, geralmente,
Ciais. No caso
(NB-1) "Proje- 2.1 Generalidades
às recomendações da'NBR-6118
Concreto
Armado"
a interação
de Obras de corrosão
como
tomadas c o m o sofrer as
devem ser Isso poderia, podem corrosão
todas as
situações.
cons-
rosão que
armado: a
oxidação e a
melhores para processos concreto
inviabilizar alguns comer-
para
exemplo, técnica e propriamente dita. provoca-
por o ataque
sáão possíveis, entende-se
que só
inferiores formação
trutivos
utilizando-se
cobrimentos Por oxidação gás-metal,
com
NBR-6118.
reação corrosão
cialmente, pela Este tipo de
uma
recomendados do por
atualmen te
finalidade
ícula de óxido. ambiente
aos
de concreto tem a
de u m a pel lento à
temperatura
das
cobrimento propicar
O armadura e e x t r e m a m e n t e substancial
fisicamente a
evite a corrosão é deterioração
existirem gases
de proteger que
elevado e não provoca
salvo se
meio
alcalino depende, metálicas, (WEXLER
um Essa proteçáo Superficies atmosfera
do aço. e agressivos na
por passivação das características e x t r e m a m e n t e
e s s e n c i a l m e n t e
de melho-
a por gases frio, para
exigência de trefilação a
contaminadas
mente mesma
Antes do aço
sofrer
Como
man ter uma
fatores regio- esta pel ícula, denomi
considerar
esses
riade suas propriedades, ser removida por
cobrimento
sem
em geral, signi laminação, deve
Aumentar o
cobrimento,
man-
nada carepa de decalaminação, ou
ou
nais? das peças do tipo
as
dimensões
processos físicos, ácidos. A
fica
aumentar
tar as secções
de aço,
decapagem com
dimensões e aumen
químicos, do tipo de fosfa-
ter as
da estrutura.
inicial é substitu ída por outra
O
Custo
pel ícula são
seja, aumentarmicrorregião, Onde se
encontra
hidróxido de cálcio, que
to de zinco ou de
ou
Também a do
estrutural e a própria
natureza
utilizados como lubrifican tes
do processo poden-
componen te paredes débeis prote-
o
viga ou pilares.e do ser, à semelhança da primeira,
componente-laje, em ambientes Por nãoo
em conta. Lajes corrosão úmida.
devem ser levados fenômeno de toras do aço contra a
sofrer muito mais
o
principal de corrosão nas
úmidos podem
elemen tos verticais. Da ser este o fenômeno
condensação do que estruturas convencionais, não será aprofundado
semi-en terrados poderão
mesma forma, pilares no presente trabalho.
mais rapidamente que pilares
em am
corroer-se
2 PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE
Por corrosão propriamente dita entende-se Esta corrosão conduz à formação de óxi
dos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão
O ataque de natureza preponderantemente ele avermelhados, pulverulentos e porosos, denomi-
troquímica, que ocorre em meio aquoso. A Cor
rosão acontece quando é formada uma pel lcula nados ferrugem, e só ocorre nas seguintes con
SUPERFICIE DO CONCRETO O2 S0 C
- 0:1:9..1:'s0)
'
Fe** .
ELETROLITO. 0 :'co i."0.:
D. (difusão)00°OH0
Fe.
ICONDUTOR (Barra de aço)
ZONA ZONA
ANÓDICA CATÓDICA '
(corrolda) i (não corrofda)
TO 0 0.FLETRÓLITO
0:difusão) :90.0.
- SOA
SUPERFICIE DO CONCRETO
O2 S04 Ce
CR e S04: elementos agressivos eventuais.
Exemplo válido somente para armadura despassivada.
FIGURA 1
Célula de corosão em concreto armado (PORRERO, 1975)
3
existir oxigênio
2.2.3 Deve
Como referência, tem-se os seguintes teores para a for
de umidade de equil íbrio no concreto normal, necessário que haja oxigênio de ferro),
E (óxido/hidróxido
4Fe +302
+6H20 >4 Fe(OH)a
líbrio 4% (95 litros de água/m*); reações são mais comple
de equi realidade, as fer-
para U.R. 95% D teor de umidade
=
Na corrosão,
denominado
de sim uma
líbrio8% (190 litros de água/m*). xas, e o produto
é FefOH)3,
mas
no sempre resultarn
há água nem de ferro
Como se pode notar, sempre rugem,
e
hidróxidos
(GOMS
2Fe** +4e
em uma
o aço 2Fe
Quando se submerge tende a passar
å ocorre o aumen
átomos de ferro em que
dos ferro é processo ou processo
ção, parte cátions
em NOTA:
Oxidação
o
positivas
de um fon,
oxigënio,
ou
transformando-se
duza concentração
formação
de ferrugem
umidade,
aeração, de desenca com
de aço, é capaz
emn
no
2 Fe * +40H
concreto e conectadas
no cadeias de pilhas micropi- +2H20+O2
ou 2Fe A
dear pilhas
formam-se
(OH)2 (ferrugem
Fe*+4OH 2 F e
vezes,
maioria das posição
a l t e r n a r de
série. Na
até mesmo generallizada
2
Ihas que
podem corrosão
ou FeO oB
ocasionando
a
os polos, redu-
(VERBECK, 1975). dimensões
são de
Q u a n d o os
anodos chamada
1/202 2Fe (OH), (ferrugem)
produzir a +Ha0+
estáveis, podem 2 Fe(OH)2
zidas e intensa e perigosa. ou Fe2Og H,0D
locallzada,
rara. e m
concreto
corosão
localizada é solúvel; B=
cordoa- fracamente
A
corrosão
em fios e Hidróxido
ferroso Hidróxido
frèqüente C=
NOTA: A
=
EH 2.0
1.8
Fe
1.6
1.2 PASSIVAÇÃO
(Oxido/hidróxidos estáveis)
0.8
0.6
Fe203
0.4
- cORROSÃO Faixa usual depoten
0.2 corrosão
do
cial de
ferro no concreto
Fe
0.2 Fe304
0.4
Fe(OH)2
0.6
0.8 IMUNIDADE
(Metal puro) Fe
1.2
1.4 13 14 pH
11 12
7 8 9 10 BASICO OU ALCALINO
1.6 6
0 1 2 3 4 5
NEUTRO
ÁCIDO o
sistema
FIGURA 2 Potencial x pH para
passivação e
t e r m o d i n â m i c o .
corrosão,
Diagrama
de equilíbrio prováveis de
Pourbaix. os dominios
Diagrama de imunidade (POURBAIX, 1961)
delimitando
Fe- H2 Oa 25 C,
agentes
agressi-
e
penetração
de CO, concreto.
e a do
tação causar o
lascamento
vos, podendo
(Foto 1, p.35). em geral, a
4 SINTOMAS
acompanha,
Essa fissuração mais
raramente
principal e
armadura
direção da não ser que
estes este
concreto não é ade- dos estribos, a
em que o a direção considerar que os
Nas regiões ou recobre
deficiente
superfície.
Deve-se
recobre, jam à perpendi-
quado, ou
não torna-se progres- estão na direção
corrOsão
armadura, a estribos, geralmente,
formação de óxi-hidró de compressão, o que
cular ao maior esforço
mente
consequente elemento
de
fissuração profunda do
a
ocupar volumes
com
siva
xidos de ferro,
que passama
volume original do pode impedir a
central de uma
10 superiores ao
vezes de concreto. Estribos da região
3 a pressões de inferior,
fissurar o concreto na face
podendo causar
aço da
armadura,
(150 kgf/cm2) viga podem
expansão superiores a
15 MPa mas dificilmente o região junto aos farão na
(FERNANDEZ CANOVAS, 1977).
inicialmente, a apoios(Foto 2, p.35). Normalmente, o que
observa em estribos é o lascamento direto do
Essas tensões provOcam,
concreto na direção paralela à se
fissuração do Concreto, sem fi_suras iniciais.
o que favorece a carbona-
armadura corroída,
PAULO ROBER TO DO LAGO HELENE
6
:.
dos
difusão, B) Fissuração devida ås forças de expansão
A) Penetração de agentes agressivos por produtos de corrosão
absorção ou permeabilidade
da
D) Lascamento acentuado e reduçso significativa
Lascamen to do concreto e corrosáo acentuada secção ada armadura
C)
vermelho-marrom-acastanhada e
manchas coloraçãso
Na maioria das vezes, aparecem solúveis, "escorrem
relativamente pela
marrom-avermelhadas na superfície do concreto sendo
superfície do concreto, manchan do-o.
e bordas das fissuras, completando o quadro onde. o
Figura 3 Nos componentes estruturais,
patológico, conforme indicado na sofrer tração e fissuras, tais como
(SHAFFER, 1971 & CAIRONI, 1977). concreto pode
dificuldade natural que lajes e vigas, o risco de corrosão é mais acen
Consideran do-se a
tuado do que painéis e componentes que tra
em
impede o cobrimento adequado de armaduras, balhem predominantemente à compressão, con
principalmente de lajes- pois cobrem grandes
forme mostrado na Figura 4, fruto de observa-
áreas, são finas e durante a concretagem cons
tituem a "pista" de movimentação do pessoal ção de estruturas marítimas.
e dos equipamentos- sáâo nesses componen tes O risco de corrosão também aumenta nas
estruturais que se nota, em geral, mais rapida- regiões angulosas, arestas e cantos da estrutura,
mente, o infcio da corrosão". Em pilarese vigas, conforme mostra a Foto 3 (p.35). E sempre
o primeiro indfcio, geralmente, não é dado pela aconselhável ter estruturas com cantos e arestas
armadura principal, mas sim pelos estribos, arredondados, assim como aumentar o cobri
vezes se apoiam diretamen te sobre as mento em situações de agressividade acentuada.
que por
fôrmas, sem cobrimento suficiente. No entanto, Em algumas situações especiais de corrosão
sob más condições "construtivas", a corrosão de armaduras imersas enm concretos leves e poro-
iniciar-se-á nos locais mnais quentes e mais sos (volume de vazios da ordem de 60%, enquan-
úmidos e onde o risco de condensação seja to que no concreto normal é de 10%), pode
maior. O processo é nitidamente visível, pois os ocorrer o aparecimento de manchas externas de
produ tos de corrosão tëm, predominantemente, ferrugem sem fissuração. E o fato ocorrido em
"brise soleils" de concreto leve empregados na
fachada de edifício localizado em cidade lito-
() Do ponto de vista da segurança estrutural é mais grave a
corrosão das armaduras principais de pilares, vigas e lajes, rânea do país, conforme apresentado na Foto
nesta ordem. 4 (p.35).
CORROSAO DE ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO
qualidade
do con
e
compacidade
menor
que o
concreto
deixa
parcial ou
total-
de destruindo,
a Foto 5 (p.35). do meio
ambien te, aumentar
o risco
-
para uma
essa
proteção
aceleração
de
mente, favorecer a
corrosão ou
de
1971), apresen
corrosão j á iniciada.
(SHAFFER,
Na Figura
5 influência
da com
a
FATORES QUE
AUMENTAM O RISCO DE ta-se,
e s q u e m
estado
a t i c a m e n t e ,
da superficie
do aço.
5 química e 1971), apresen
posição
CORROSAO 6
(SHAFFER,
diferen-
Na Figura de qualidades
a
ação de
concreto
diferencial seja
ta-se a aeração de
Acredita-se que a causa
geradora
da ar- tes.
tensão entre pontos
freqüente
mais
A diferença de causas,
tais
maior
e a
de
em várias diferenças de potencial. presença
pode ter origem a
madura
Embora seja
imprescindível
corrosão,
é justamen te
locais
como distintas no aço
e no
que haja próximos
a
mecânicas Oxigënio para acesso, anódicas
mesmo
solicitações do locais de
menor
zonas
próximas nos formam
as
de regiões se
conforme
aerados, que
Concreto corrosão,
Componente estrutural; mais de
e super
intensidade
química Com
maior
composição
diferenças na
m o s t r a d o na
Figura 7.
ou
flcie do aço devidas à maior
diferenças
de aeração
VIGAS
10
Forte
lascamento
PAREDES
2
70 80
40 50 60
Sem 20 30
10
corrosão ESTRUTURA (anos)
IDADE DA
FIGURA 4
variação da maré
degradação das estruturas mar ítimas na zona de respingos
e
Grau de
(BURG &DOMONE, 1974)
8 PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE
D:90:0. :6::06
.
04'o. .
, .. .
' 0.
. 0' ,
0. .
. .9 .
'a.
.
. 0,
FIGURA 55
e estado superficial dos fios e
Diferenças de potencial originadas por alterações na composição
barras de aço (SHAFFER, 1971)
DENSO PERMEAVEL-DENSO
0.
0'D
0 . 0.7
.
AÇO
(A) FISSURAS (B) VAZIOS (C) COMPACIDADE
SUPERFICIAIS VARIAVEL
FIGURA6
Diferenças de potencial originadas por fissuras, compacidade variável e qualidades diferentes de
concreto em um mesmo componente estrutural, decorrentes de diferenças de
acesso de oxigënio e diferenças de alcalinidade (SHAFFER, 1971)
Oa O
0
O2 O2 6
.
N CONCRETO
cONCRETO
0'
.
CONCRETO
DENSO
.b: CONCRETO
. POROSO
25
AGUA/CIMENTO = 0,95
AGUA/CIMENTO 0,60
KXXXKXXX
6 TEMPO (anos)
5
4
1 1967)
FIGURA 8 (SORET2,
água/cimento
como tempo e com a relação
carbonatação
da profundidade de
Variação construti-
técnicas
com as
urbano) e adensamento,
trial, o u lançamento, de
vas de transporte, a
profundidade
consequência, também
DO
CONCRETO
Cura etc. Como previsão e
6 CARBONATAÇAO é de difícil
carbonatação limites.
PERDA DE PROTEÇAO de amplos aumen-
profundidades
de prosse
As rapidez,
c o m grande assintotica-
inicialmente,
tendendo
Conseqüências tam, e
fenômeno
-
lentamente
Essa ten-
6.1 O guindo
mais máxima.
profundidade seer
de uma pode
expostas
das e s t r u t u r a s mente a
do
fenõmeno
cimento,
Nas superficies
e s t a c i o n a m e n t o
mente à de aumenta, do
Iliberado das reações que a
compacidade
transfor-
cálcio (Ca(OH)2) tempo.
Essa r e
água
suficiente', da
reduzida com
o
ação dos produtos
tação, pode ser
ação do CO2 Alie-se a isso, a
os poros
super
essencialmente, pela colmatam
ácidos, também presente
dução ocorre,
eoutros gases mação que acesso de CO2,
presente
na
atmosfera
Esse processo, deno ficiais, dificultan
do coo n c r e t o .
como SO e H2 S. ocorre
lenta interior do um papel
tais do concreto, no ar, ao água/cimento
é
minado
carbonatação
Tendo a relação a o s gases,
principal: permeabilidade
do concreto,
de modo a
e
de 23° C) do que
temperaturas
permeabilidade
cidade d e carbonatação.
úmidos, devido à diminuição da
efeito da presença de
do CO2 no concreto por
da relação água/cimento
6.2 A influência
é
água. resultados da
apresenta os
Figura 8
A carbonatação superficial dos,concretos A
(1967) realizada numa
natureza de seus, com- SORETZ
acordo com a observação de
variável de constituf-
Com o meio ambien te (rural, indus série de concretos de boa qualidade,
ponentes,
dos de agregados normais.
forma
hidr6xidos de sódio e de potássio po dem reagir de
(") Os os silicatos e aluminatos tambémn
semelhante. A longo prazo, ()Geralmente, a própria água "extra" liberada da reação da
ser atacados e
transformados em carbonato de cálcio,
podem carbonatação do concreto é suficiente.
hidratada (ROBERTS, 1981).
alumina e sflica
PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE
10
20
X,
X /
5
10
EAYITKHH
1,1 1,3
0,7 0,9
0,5 RELAÇÃO ÃGUA/CIMENTO
FIGURA9
(SORETZ, 1967)
profundidade de carbonatação
Influência da relação água/cimento na
e obturação ram
-
tamponamento
de dos capilares, água
penetração de
efeito dimensão rigorosa.
cimento e à menor
em
maior
que a necessário
de via de regra,
Considerando-se
é
apesar destes serem, 2) muito pequena,
nas rochas. sob pressão é argamassa
os presen
tes da
número que um agre a contribuição
ao
empregar-se contar com
Aparentemente, compen-
natureza,
não
de determinada
gado
(rochas) e pasta de
permeabilidade de agregados
TABELA 1-Comparação entre POWERS apud
NEVILLE, 1976)
(POWERS, 1958 &
cimento Portland
de
em (kg/kg) de pastas
Coeficiente de Relação água/cimento hidratadas
cimento Portland altamente
Agregado permeabilidade
(natureza da equivalentes em pemeabilidade
e pasta que recobrem os agregados e po Suas caracter ísticas moleculares, mas dificil
os gradientes de pressão são elevados
dem, portanto, diminuir a permeabilidade mente
(RILEM, 1976). A pressão parcial dos gases
total do concreto.
agressivos no ar é muito baixa- para o CO
Os concretos podem ser classificados, quan- da ordem de 10" MPa (~ 10-3 atm) - pois
to à sua impermeabilidade à água, em bons,
depende de sua concentração no ar, que também
normais e deficientes, segundo tenham coefi
é baixa comparativamente à concentração do
Ciente de permeabilidade (k) medido
a uma
105 cm/s O e Na
idade pré-estabelecida, de 100 cm/s, O dióxido de carbono (CO,) parece não
cm/s, respectivamente (CAIRONI, 1977).
10- carbonatada,
penetrar no concreto além da zona
e
Em outras palavras, poderse-ia dizer que para ao
2cm de cobri- sendo sua pressão de contato proporcional
alcançar uma profundidade de teor de CO, da atmosfera. Em geral,
a presso
mento, a agressiva levaria 15 meses, 5 dias
água de COq no ar varia de 0,3 a 1,2 10-3
parcial
e cerca de 1 hora, respectivamente, desde que a atmosferas, segundo a concentração
deste noS
pressões da ordem de 5 10 MPa (~5m.c.a."), diferentes locais. A permeabilidade ao CO2 dimi-
Usuais em estruturas convencionais. Esses cálcu- tende
nui com a carbonatação do concreto, que
los foram efetuados, empregando-se a definição
a colmatar os poros e capilares.
da lei de Darcy, a saber A permeabilidade'aos gases agressivos
reves
exem-
te-se de importância quando se trata, por
de interceptöres
v-k plo; de lajes e partes superiores
de esgoto. O fluido transportado pode gerar
de gás
onde sulfetos (S*) inicialmente em forma
contato com o
percolação da água, em cm/s; sulfídrico Ha S. Ao estar em
V= velocidade de bactérias aeróbias,
k coeficiente de permeabilidade do concreto, concreto e na presença de
transformando-se
esses gases podem oxidar-se,
em cm/s;
H= pressão de contato, em cm.c.a." em H2 S04 e contribuindo para a aceleração da
conforme visto no item 2.2.4.
x = espessura de concreto percolado pela água, corrosão,
em cm A permeabilidade aos gases diminui em
concretos e ambientes úmidos, pois,
além da
Q= vazão de água, em cm* /s;
S área da superficie confinada por onde per- eventual formação superficial de microfissuras
cola a água, em cm. de retração, a umidade e a água presentes nos
movimento dos gases. Daí
poros dificultam o
permeabilidade
vezes menos permeável que tubo cerâmico de
moldados no local (concretos tiveram
barro vidrado. elementos que já
pré-moldadas ou com o
peças equilíbrio
A permeabilidade à áqua e aos gases de pas de erntrar em
a
oportunidade
secar-se parcialmen te,
Tas e concretos compactos e com baixa relação ambiente e, portanto,
inevitável.
agua/cimento pode ser inferior à permeabil é
absorção de água demonstrado, no entan
tem
dade de rochas densas, devido às pequenas A experiéncia de águas agres
há a penetração
dimensões dos capilares e à ação de tampona to, que
também
Esse fato pode
saturados.
concretos
seja,
obturação do gel de cimento. em ou
mento e sivas fenômeno da difusão,
ser explicado pelo transporte
de massa
táneo de
um processo
espon efeito de gra-
ímico por
7.2 Absorção de água num
sistema físic0-qu
proporcionado
pelos
concentração, ínti
concreto é um
dos dien tes de em
contato
pilares e
caso de no aditivos
como concreto
problema, adicionar ao concreto
é hidrofu- do
semi-enterradas,
aditivos de ação 7.3 Fissuração refe-
de ar e incorporadas NBR-6118,
incorporadores
de ar da
bolhas
o item 4.2.2 as
do ar aprisio-
pequeninas inaceitáveis,
As diversa Segundo
gante.
de
natureza
deficiente- estados de fissuração para
não
a
-
ao ser do
concreto pór a
comunicação estruturas
devem
na superfície
nado ao de cortar
de fissuras
propriedade de água. aberturas
tem a diminuir a absorção gerarem
capilares e incorporados
à Concreto, superiores a :
entre os i m p e r m e a b i l i z a n t e s
em
meio
externos
Aditivos não-protegidas,
revestimentos
para peças
massa de concreto
e
reduzir drasticamen 0,1 mm
também podem às ar agressivo em meio
hidrófugos prejudicial não-protegidas,
absorção de água conve-
para peças
te o risco
de
De qualquer
é sempre forma, 0,2 mm
maduras. cobrimentos
de c o n c r e t o , não-agressivo;
de risco de
0S
aumentar para peças
protegidas.
0,3 mm
niente de situações
se está diante de precisamente o
quando as armaduras esclarece
águas
agressivas norma não direta
absorção de
Essa
se da ação
protegidas revesti
que são peças
experimentais,
aço. rebocose
recentes
determinações
da intempérie através
de
Em capilar, em corpos não-protegidas.
alturas de absorção variando de i m p e r m e á v e i s - e peças
obteve-se
água, mentos da
imersos 1 cm
em
refere-se ao problema
de-prova água/cimento variou Outra dificuldade da vista
a relação além
6cm, quando dias. Esse fato dessas fissuras, pois,
2 a
0,60 à idade de 28 medida distinguir uma fis-
0,40 a
importäncia de
lastros humana praticamente
não
de e a de
fissuras são irregulares e
necessidade
a quando a
reforça
concretos compactos e
espessos, Sura< 0,1 mm, as
de em terrenos agressivos. aberturas variáveis.
estiver asSsen te
estrutura
ser considerado
o fato do Além dessas fissuras analiticamente calcu
Finalmente, deve
saturação do concreto,
de mecânicos a partir
maior ou menor grau concretos ladas e previstas por efeitos
ou seja, não
há absorção de água em consideradas as
não há risco do projeto estrutural, devem ser
saturados. Portanto, aparentemente,
14 PAULO ROBER TO DO LAGO HEL ENE
CONCRETO)
SATURADO V
WAVA Ca Na SOLC
SATURADO
Ce
SO4 Ca D0L20H CP
SO
ZL Regiso
afetadaque
CO2 0 NH Mg tenta entrar em equilíbrio
FIGURA11
e outros autores, a presença de fissuras contribui faz - do que apenas sua abertura na superficie
não-corro ídas.
Nas mesmas
em
quanto mais cedo estas aparecem.
Verificaram
de potencial300
mV
também que carregamentos alternados contri alta diferença de uma
e s t r u t u r a corro
ida,
diferentes regiões potencial
velocidade de corrosão diferença de
buem para aumen tar a com baixa
O comparada de uma e s
em relação a carregamentos permanentes,
considerada 3 0 mV entre
regiões
diferentes
uma variável a ser
que indica mais trutura não-corroída;
concreto
de corrosão das arma 502 m em
30 a
no estudo e prevenção baixa
resistividade,
com 130 a
corroídas
comparadas
duras de concreto.
demonstrado que a de regiões de regiões não-cor
Nossa experiência tem
concretos
o traçado 150 2 m em
acompanha
corrosão das armaduras rofdas. (CR)
em alguns casos extremo0s, 0,6% de
cloretos
das fissuras e chega, de apenas de
Fotos 7 a 10 (p.36), a Teores
reduzir a
resistividade
mostrado nas
Como romper suficientes para (NEVILLE,
armadura e
eventualmente são de 15
vezes
seccionar a em c e r c a cloretos em
uma argamassa
concentrações
de
a estrutura. Diferentes pois
graves,
1979). s e r mais
mesma
massa parecem
significativas
de
uma
concreto diferenças
Resistividade do autogerar Daí não ser
7.4 podem a
corrosão.
promover acele
um e aditivos
comporta-se
como potencial
dosagem
de
úmido alterar a mesma
O concreto ordem de numa
r e s i s t i v i d a d e da
Conveniente
endurecimen to
semicondutor
com
estufa pode ser radores de pega e suspender
seu
emprego
seco em mesmo
que ou
1 0 2 m, enquanto tura
resistividade
te elétrico
c o m estru
sem planejamento antecipado. influên
Considerado
isolan
1979). visão da
(NEVILLE, fornece u m a
10 2 m 12 u m i d a d e de
equi-
elétrica no A Figura
da ordem de a corrente c l o r e t o s e da
c o n c l u i r que teor de
resistividade.
da
umidade é um exemplo,
concreto.
a um
aumento
de íons,
resistividade. Por resistividade apenas
sua sua
após 5
água/cimento, terada
eventual presença ter al
e da normal pode a o passar,
10 2m)
ambiente correspon-
deverá
tiva H* etc., (de 9 a 12 com U. R.
CR, S04", resistividade
do con 1,3 vezes
inicial de 30°C
tais como
da condição
uma
diminuição
dias, de uma
der a
da ordem de
do ferro é
Creto.
A
resistividade
inversamen-
105 2m líquido é
10 a
resistividade de um
disolvidos,
en- 250
2.0
A teor de sais
ao
proporcional
porosos é
inversamen TEOR DE CLORETO %
te materiai
200 EM RELAÇÃO
A MASSA
a de absorvida.
quanto que umidade
salina DE CIMENTO
proporcional
à varia c o n forme
te do
concreto
150
resistividade Corren te
A atravessa.
corrente que o
natureza da de
resistividade
a resultados 100
fornece contí-
alternada
menores
do que corren tes
ligeiramente f e n ö m e n o de
polarização provo-
ao 50
devido
nuas,
ultima.
esta
cado por (1974) relatam levan-
DOMONE 5.0 %
BURY & marítimas,
4.0
estruturas
efetuados em UMIDADE DE EQUILIBRIO
tamentos entre
medida a diferença de potencial
onde foi
FIGURA 112
Influência da umidade de equilíbrio e do teor de
entendida como a ação conjunta
ibnica pode ser eletrólito.
()Atividode e da força iônica do cloretos na resistividade do concreto
(produto) da concentração
específica, é
denominada resistência (BURY & DOMONE, 1974)
também
(*) Resistividode,elétrica e isotró-
resistência de um material homogeneo
a unitário.
de reta com área e comprimento
secção
pico
16 PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE
de 37% para uma final de 31°C, U.R. = 27%. Na realidade, o problema de corrosão é
Ja um concreto tipo celular, altamente poroso bastante complexo, envolvendo uma série de
(60% de volume de vazios), pode ter uma alte outros fatores que fazem com que ora ocorra
ração de 8,6 vezes (2,6 a 23,3 10 2 m), para corrosão e ora não ocorra, para teores iguais de
uma mesma variação das condições higrotérmi cloretos. Um dos fatores que parece alterar as
cas do ambiente (INSTITUTO DE PESQUISAS condições que favorecem a corrosão é a migra-
TECNOLOGICAS DO ESTADO DE SÃO ção - por ação de secagem, molhagem alter
norma
brasileira
NBR
ocasião a
em especial
Outra forma de limpeza ou prever, por A a H) e
essa
proteção adicional
cobrimen- com
reves
o concreto e o contam e
do projeto e execução, 6118
tipos de
argamassas
Concre-
to de armadura mais adequados. sendo que alguns aplicados
sobre o
também diretamernte
o que
Embora não muito
comum, timentos
oferecer.
de agre- não
pode acarretar problemas, é o emprego maioria to podemn
na
com concreções ferruginosas,
gados Agregados
decorrentes de rochas em alteração.
(sulfeto de ferro
(FeS, )encon AMBIENTE
do e n c o n t r a d o ferruginosas principais de
atmosfera,
Entre os de tipos
e concreções
casita, pirrotita e
solúveis ao oxida- através
concreto,
pode-se
de
c a r a c t e r i z a d o s
da
permeabilidade
reduçãoe
das réações
também. LER etali,
Os produtos
do
cobrimento.
marcasitas e
piritas podem 9.1 Atmosfera rural
ser
ácidos (as contribui-
livre, à
grande
podem sulfatos), que ao ar se
sulfúrico e regiões
gerar
ácido
do
fenömeno decarbo Considera-se
as
poluidoras
de ar, que
aceleramento
proteção fontes poluentes.
rão p a r a o reduzindo a das teor de
concreto,
distância baixo as
natação
do por
um
ação
agreSsiva
fraca
bastante
caracteriza
incorporar
os poderão de
permeabilidade processo cobrimento
serem
Entre lento o aci-
aumento
de sua
armadura. pelo Não há gases
o à proporcionada
or
alcalinidade.
para agressivos matéria ca deposita-
de sua alta para
da
considerados
teor quantidades e,
pode-se em expostas
esses agregado, torrões dos superfícies carbo-
presente no elevado de sobre as processo
de
ganica teor enxo rem-se o do
pulverulentos, e acelerarem lento
sulfetos mais
materiais carbonosas, quentemente,
a ser
nas também
matérias excesso
em passa regiões.
de argila, presentes
pela natação que outras
tualmente
exigidos em + NO,)
verificado
even limites
que aquele NOx (NO
fre,
de
escória. Os
pelas "Espe de SO, (sóli- H2S,
NO5 e NH4 m e n o s
Concreto"
e
adições Os teores
para (EB-1, EB-2, SO;", Ce",
Cimento"
"Agregados
a
EB-4
Brasileiras
de
desde que
atendi-
e NH3 (gases); desprezíveis,
cificações praticamente exemplo,
dos) são
EB-903), por
EB-758 e como,
EB-208, uma
fonte natural e SO2 na
ser
suficientes.
de cálcio de
O sulfato resultante da reação
e o produto 9.2 Atmosfera urbana
1/2 H, O) de cálcio
di-hidratado
o sul fato
endurecimento, principal- livre, dentro
têm caráter ácido, Considera-se as regiões ao ar
(CaSO4 2 H, O), da obtenção de
fer-
atmos Essas
mente os gessos decorren tes de centros populacionais
maiores.
industrial pode ori- impurezas
feras de cidade contêm, normalmen te,
subproduto
tilizantes. Esse
com pH por volta
ginar pastas
e argamassas
em forma de óxidos de
enxofre (SO, ), fuligem
temente, por serem poroSOS
de 6 e, consequen
PAULO ROBER TO DO LAGO HELENE
18
ácida e outros agentes agressivos, tais como CO,, ar normal. .. . .U.R.entre 50 e 60%;
a r úmido . ... U.R. entre 80 e 90%;
NO, H, S.,SO etc. . . U.R. de 100%.
Experiências de VE RNON (WEXLER et ar saturado
ali, 1976 & VERNON apud CECCINI, 1971) A umidade do ar é um dos fatores mais
do
comprovaram o notável efeito pernicioso importantes que afetarn a velocidade da cor-
SO, em teores de apenas 0,01%, conforme mos rosão atnosférica. A simples presença de água
trado na Figura 13. no ar, contudo, não causa Corrosão; ar puro,
saturado e com vapor de água determina apenas
uma corrosão muito leve en metais como, por
DURAÇÃO DO ENSAIO (dias)
TEMPO DA 13, a
80 100
exemplo, o ferro e o cobre. Na Figura
40 60
0 20
curva "A" representa a variação da velocidade
240 em função
de corrosão do ferro em ar puro,
da variação da umidade relativa e do tempo de
ainda que a
exposição. Pode-se observar que,
200 umidade relativa seja muito elevada (99%) por
a velocidade de corrosão
um temp0 apreciável,
Contrariamente,
do ferro mantém-se baixa.
de
160 a curva "B", quando é introduzido 0,01%
aumen ta
a velocidade de corrosão
SQ no ar,
umidade
consideravelmente ao alcançar uma
denominado umi
120 relativa de 75%. Este valor
umidade rela
dade crítica é definido como a
a corroer-se
tiva, acima da qualo metal começa
da pre-
de maneira apreciável, dependo ainda,
80
sença de contaminantes.
Os
produtos de corrosão em atmosferas 60 a 80 mais o processo de corrosão, quan
vezes
rurais equivalentes em at-
(puras) podem ser protetores e até do comparadas a situações
a intensidade
de corrosão, pois, em reduzir mosteras rurais (puras).
geral, são
Compactos e aderentes. Não é o que se verifica danosa dessas
atmosferas deve ser
A ação com a umi
em atmosferas marinhas, urbanas e industriais, Considerada sempre em conjunto
não for atingida
onde não há dade relativa da região, pois se
formação de barreira protetora não haverá risco de
corrosão
e o processo pode, inclusive, auto-acelerar-se, a umidade crítica,
o aço, a
acentuada.Essa umidade cr ítica para
pois a ferrugem promove um aumento da super 65 a 85%.
fície exposta e, conseqüentemente, um aumento 25° C, está por volta de de
as exigências
Daí pode-se concluir que
da condensação de umidade e deposição de de armaduras imersas
cobrimento e de proteção
cíclico, torna a em cidades
Tullgem que, num processo e s t r u t u r a s situadas
em c o n c r e t o de Horizonte,
aumentar a corrosão. Brasília e Belo
secas", tais como
ser as mesmas
podem
Com U.R. < 60%, não onde a
Recife e São Paulo,
9.3 Atmosfera marinha cidades como
de guns
80%, chegando, em
sobre o
U.R. é superiora acima de
ao ar livre,
permanecer
Vitória, a
Considera-se as regiões
marinha casos, c o m o em
A atmosfera de 1978.
mar e perto da costa. 90%, no ano do efeito de
fatores regio
e de magnésio, quer Fechando o ciclo ação da
contém cloretos de sódio também, a
forma de gotículas considerada,
(S0*).
fons sulfato
como
. .
Esses
elementos
visto no item diminuição menos, aumen
conforme
uma
condensação ou,
pelo umidade
contribuem, corrosão a a
sivos e de acarretar
então ultrapassar
aceleração do
processo
2.2.4, para a mesmo
tar a U.R., podendo
embebidas em concreto,
das
armaduras crítica. Brasileiro de Geogra
proporções. Instituto
em pequenas a velo- A Fundação periodicamen-
quando dizer
pode-se
que TBGE publica, u m i d a d e rela-
Como referëncia, atmosfera
marinha pode fia e Estatística fornecendo a
corrosão e m Brasil,
de superior à que do temperaturas,
cidade dadosS das
40 vezes te, isotermas
de 30 a
Daf o fato de
anual e as de prote
da ordem tiva média p r o g r a m a geral
ser
atmosfera rural (pura). orientar um indi
adequa- mais
ocorre em apresentarem-se
que podem concreto,
sendo
construtivos a r m a d u r a s de direta-
quando dados
ção às
-
processos interior os
no obter-se
após 8
localizadas a
obras no entanto, implantada
notável cado,
dos para corrosão só será onde será
eventual litoräneas não da região
mente
em regiões
uma
que sinais
típicas, pode-se
enquanto apresentando estrutura.
anos industriais
convenientes,
mostram 2 a 3 meses,
Como regiðes Cubatão, Votoran
se em apenas
de
corrosão
concluidas as Santo André,
acentuados
mesmo
de citar Capuava, em suspensão
antes partículas
teor de'
partículas sedi-
vezes o
algumas tim, onde
e de
obras. agressivos na
atmosfera
pode chegar 10004 g/m* a
mës. Os teores
Os teores de gases concentra-
mentáveis a cerca
de 100 g/m
indústrias
locais, da da ordem de
1 ppm e
das isoladas. S e NH3 são
dependem fon tes de SOa, H2 g/m*.
de cerca de 100u
eventuais
urbana e de
ção SO", Ce e NH3 ainda estão teores
esses
9.4 A t m o s f e r a industrial Como se verifica,
citados na
corrosivos limites
abaixo dos teores Na realidade, os
livre em z o n a s
ao ar bibliografia especializada.
C o n s i d e r a - s e as
regiões
por gases e cinzas,
têm como restrição prin
contaminadas
estudos experimentais
industriais
agressivos o Ha S,
SO, e
nem sempre são capba
frequentes e
SO4 cipal o tempo e, portanto, O
sendo mais oxidar-se, gerando H2 influências de teores baixos.
pode de quantificar
NO. O SO2 inconvenientes
já mos- zes
de baixos teores é
os consequen tes certo é que a ação permanente
a ação de altos
com
item 2.2.4. tão ou mais perniciosa do que
trados n o contribuem para a
gases ácidos Além diso,
Os outros aumentam teores por curto espaço de tempo.
concreto e
a l c a l i n i d a d e do as estrutu
redução da destruindo a pelí- deve ser considerado o fato de que
de carbonatação, e retém
a
velocidade ras de concreto são porosas, absorvem
do aço. tando assim,
cula passivadora agressivos, aumen
Atmosferas industriais podem acelerar de OS elemen tos
20 PAULO ROBER TO DO LAGO HEL ENE
com baixa taxa de renovação de ar. Nestes locais As bactérias necessitam de oxigênio para consu-
haver uma intensificação da concentraçãooe mir a matéria orgânica e quando o oxigënio
pode
livre não é dispon ível, certas espécies obtëm
o
às armaduras de
até geração de gases agressivos deixando livre
concreto. mesmo de fons sulfato (SO4 "),
de limos, da existência de
os sulfetos aparecem. mente, da presença
bactérias aeróbias e anaeróbias e do baixo
teor
Segundo LUDWIG & ALMEIDA (1979),
de oxigênio dissolvido.
o teor elevado de sulfetos no esgoto pode ter
CORROSÃO RESULTANTE
S+20- H SO4 (através da ação bacteriana)
(concreto e armadura)
HS H2S
O2 O2 02
H2S DISPONÍVEL NA ATMOSFERA SE A
PXODUÇÃO DE SULFETOS EXCEDE A ABSORÇÃO DE O2
ABSORÇÃO DE O2 NA
SUPERFICIE DO ESGOTO|
O2
NIVEL D'ÁGUA
H'S
S+2H H2S
S
LIMOS
GERAÇÃO DE SULFETOS
ATRAVES DA AÇÃO BACTERIANA S LIMOS
S
AREIA
FIGURA 14
Formação de ácido sulfúrico em coletores de esgoto (LUDWIG & ALMEIDA, 1979)
21
fluido
oferece ao difi
sa próprio
o
ESTRUTURA ção
n a t u r a l que
consi-
acesso
de oxigénio. deve ser
cultar o industriais,
instalações químicos
Ern tratamentos
alguns Os respin-
derada a ação de
uma construção a
galvanoplastia.
alcalinos
A umidade relativa em exernplo,
ácidos e
por
microrregião que Como,
dos
banhos
junto
pode variável, segundo a
ser inevitáveis
e
contribuir,
indicado
ao
elevada do que junto
corrosão
de exemplo,
é
10 a 20% mais o rentes graus
mais freqüente por
1976). E
como,
estrutural
iniciar-se, ou concentração da
alternaa
críticas
do que esta as
mais condições
e
problemas
Afortunadamente,
ímica do (que intensidade
cional.
de proteção qu riscos,
capacidade estara maiores e a
maior
ain da não
ambiente
com a rosão de armaduras.
concreto que temperatura
que
cobrimento de caso de
armazena-
da fazem
com
carbonatado.
No cuidadosamen-
O
aumento
relativa concreto,
umidade
fortemente
fato deve
ser
diminuição
da penetram
no
deste,
mento de aços,
esse
o prazo seja longo, salinas, que superfíie
vários
condensação, sais são Após
maior risco de passarelas
e saca esses
interior do
concreto.
c o n c e n t r a ç ã o
da construção.
radiação
solar Essa alteração armadura,
são alta
mais secos à a
podem atingir
expostas apresentam
Sempre há
o
cobertura sais que
lajes de da noite. de alguns de volumee
à friagem
c a r a c t e r í s t i c a s
aumentar
dia e inferior e supe- Daí
durante o
partes podendo
nas na higroscopicidade, superficialmente.
condensação
risco de
principalmente
m a s isto
ocorre
desagregar
o
concreto
e
concretos ade
e secagem e
rior da laje
cobrimentos
ciclos de
molhagem
da necessidade de as regiões
Esses aceleração a especialmente
para
inferior.
para a estudados
maré.
de cálcio,
contribuem
hidróxido quados, variação da
sujeitas à
alternados
do
velocidade de lixiviação baixa alcalini- da estrutura
precoce e
carbonatação corrosão é
causando
Geralmen te, a
concreto. cons
do a
dade aparecer ogo após
inevitável, podendo mais de u s o da
ou CONSTRUTIVOS
após 10
anos
trução,
como
mostrado na Foto 11 11 ALGUNS DETALHES
conforme
construção,
(p.37).
e com baixa ventilação
Locais úmidos
à corrosão, pois fenômeno da corrosão de
armadu-
majs sujeitos Sendo o
também são liberam, do
bolor e fungos que e uniformidade
podem dar
origem a
m e t a b o l i s m o , produtos
orgänicos ácidos ras depen dente da qualidadenatural as técni-
em seu da carbonata- cobrimento de concreto, é que
aumento
contribuir o para o
cas construtivas empregadas na execução da es
que cobrimento de concreto.
baixa do pH do maior ou m e n o r
ção e
de concreto armado que
trutura determinem, também, a
Em tubulações questão
as regi ões superio proteção oferecida pelo concreto em
não trabalhem a seção plena, de descrever e
res e as da
interface ar/fluido são as que mais Não se trata, neste capítulo,
22 PAULO ROBER TODO LAGO HELENE
LAJE
.5 .,6
zONA1 zONA 1
zONA
FUNDO DO MAR
zONA 2
PISO
ZONA 6
TAXA DE CORROSAO
ZKITIKVIKY
BLOCO DDE
FUNDAÇÃO
TAXA DE CORROSAO-
ZONA 1-Aérea
zONA 2Sujeita a respingos zONA 1 - Altamente arejadae mais seca
ZONA 3 Variação da maré
2ONA 4 -Constan temente submersa ZONA 2- Umida e com menor acesso de oxigënio
ZONA 3 - Enterrada sem acesso de oxigênio
ZONA 5 - Enterrada
FIGURA 15
de um mesmo elemento estrutural
Variação das taxas de corrosão segundo a relativa da
posição região
11.1 Armazenamento das barras e fios de aço 11.2 Utilização de barras e fios corro ídos
ção de uma pel ícula (carepa de laminação) ade é justificável - parece ser a necessidade de uma
e
förmas
certamente
concreto
das
armaduras o
consequëncia, concreta-
Como de
11.3 Efeito parede concreto.
e das
retomadas
por
pilares poroso
movimenta- bases dos é mais
entende-se a geralmente "caminho".
juntas,
Por efeito parede pelo
con- em ficou
de superfícies gem que concreto
ção de
argamassa
o
concreto,
solução é camada
inicial
restringem melhor uma
limites que movimentação A ou lançar antes do
tinuas
armaduras.
Essa argamassado concreto)
förmas e
custa do empbreci- mais
(igual à do
como
à argamassa
ser conseguida concreto
(COU- só de
sO pode interior do Concreto normal.
massa do
mento da
armaduras,
TINHO, 1973). densidade de 11.4 Pastilhamento
alta elevada,
Peças
com
superfície/volume
seja arma-
da
onde a com o
trechos Lembrando que e protegido
apresentar
argamassa
porque
estará passivado
ten dema de fortemente
baixOS
teores
superfície, protendido meio
uma do e
estiver e m
um
longo de
com hidratação
menos
ao quando de
pelas reações
c o n c e n t r o u - s e
corrosão
16. cobrimen-
esta na Figura alcalino,
propiciado os
conforme
indicado
deve-se
fazer cumprir estrutura.
do cimento,
no projeto da O
exigidos com
tos
minimos
ser garantido
S U P E R F I C I E LIMITE
-PLANOS DE CORTE cobrimento pode distribuí-
Esse u n i f o r m e m e n t e
emprego
de pastilhas estrutural. O espa-
a o longo do c o m p o n e n t e será função
das a frequência
e n t r e estas
e
çamento armadura em questão
espessura
(rigidez) da estrutural. E
da componente
natureza do em uma
e da de pastilhas
número
necessário maior movimeñtação
de
servirá de "pista
laje, que do que num pilar
equipamentos,
de pessoal e
concreto.
ou viga de diferentes natu-
ser de
As pastilhas podem
as de argamassa,
mais indicadas
rezas, sendo Mais
aderência ao c o n c r e t o .
devido à melhor
uniformidade do cobri-
ser a
importante parece variar
este variar, também poderá
P Superfície limite mento, pois se vizi
(concreto denso) concreto de um trecho
teor de de
Maior
finos
poroso que a alcalinidade do
T falta finos (concretoa da pilhas de corrosão eletro-
T2 Eventual coincidir com
posição nho a outro, gerando
justamente
pode
quimica por concentração e aeração diferencial.
armadura)
Pode-se ter vários tipos de pastilhas
(DANTAS, 1979), como é destacado a seguir.
FIGURA 16
1973) Pastilhas de argamassa: são as mais baratas,
Efeito parede (COUTINHO,
de maior emprego, e podem ser facilmente
24 PAULO ROBER TO DO LAGO HEL ENE
obtidas em obra com o auxílio de fôrmas de tro de concreto magro. Estes cordões espaça-
madeira, de isopor (caixas de ovos), de plás dos, segundo a densidade e diametro das
tico (para fazer gelo) etc. armaduras, facilitam a execução e garantem o
Tratando-se de material que deverá proteger a cobrimento mínimo exigido. Na confecção
4 PONTAS DE
ARAME
ARGAMASSA 1:2
C COBRIMENTODE PROJETO
BARRA DE ARMADURA
FORMA
FIGURA 17
Detalhe de colocação de pastilhas (TERZIAN et ali, 1980)
CORROSÃO DE ARMADURAS 25
PARA CONCRE TO
ARMADO
11.5
Espaçadores e fixadores de fôrmas Após a concretagem,
deixando o
desparafusa-se o
núcleo de aço per-
seg-
mento saliente,
Os concreto. Para evi tar-se proble-
espaçadores podem de dois dido nam a s s a de
COBRIMENTO DE ARMADURA
E S P E C I F I C A D A EM P R O J E T O
.
PASTILHA DE ARGAMASSA
RA DE
MOLDADA
NA BAR
AÇO
E
NÚCLEO DE AÇO
COM
EX
E SP
TARÇ
EAMD
IDOA
RD E S C O M A R G A M A S S A
ESPAÇADOR DE ARGAMASSA
FIGURA 18
(DANTAS,
1979)
de fôrmas
Espaçadores
CALÇO DE MADEIRA
OU METÁLICO
C COBRIMENTO
DE PROJETO
CALÇO DE MADEIRA
OU METALICO
TARUGO DE MADEIRA
PORCA
COMUM C/
PORCA DO NÚCLEO
zzzzzi
ARRUELA
PERDIDO
ARMADURA
PARAFUS0
C/ROSCA
NAS DUAS FORMAS
EXTREMI
DADES
TRAVESSA HORIZONTAL
"COSTELAS" DAS FÖRMAS
FIGURA 19
Espaçador e fixador de fôrmas (TERZIAN et ali, 1980)
PAULO ROBER TO DO LAGO HELENE
26
proteger a armadura.
relativa-
A cura adequada da superflcie de concreto No caso de lajes, a cura correta é
tal
é um dos fatores de maior importância na garan mente de fácil execução, bastando para
tia da qualidade do concreto de cobrimento. preencher com uma lâmina d'água de espessura
cobrir as
A ausência de cura não só vai aumentar a da ordem de 3cm. Pode-se também
permeabilidade do componente estrutural
como superffcies com areia úmida, serragem, algodão,
criar uma série juta ou quaisquer outras substäncias que rete
um todo, mas, principalmente, nham água. Recomenda-se, no entanto, o sim
de canal ículos superficiais no concreto, justa-
mente numa espessura da ordem do
cobrimento. ples lançamento de água e a manutenção desta
30 dias. Com
per lodo não inferior
a
Todos os fenômenos de permeabilidade à água, por um
minimos de cobrimento
11.7 Proteção temporáia de arranques documentos, os valores
exposição da estru-
cada situação de
adequados a tazendo
em referëncia,
ambien te,
oda armadura embutida no concreto, com ra ao meio
concreto.
do
à constituição
finalidad de garantir a ancoragem ao trecho se- alguns casos,
Acredita-se ainda que devem
ser levados
em
consideração
guinte, deve ser convenientemente protegida, fatores, tais como a
conta outros a
principalmente em obras paradas ou locais onde atmosferas (fatores regionais),
de diferentes
localiza a peça
haver demora na retomada da concretagem. e s t r u t u r a onde se
microrregião da r e z a da soliCl
Essa proteção pode ser facilmente efetuada te estru tural,
a n a t u
ou c o m p o n e n (predominan-
com pintura de nata de cimento sobre as arma estará sujeita
tação mecânica queestática) e a qualidade das
a
duras. Por ocasião da retomada de concretagem ou
temen te cÍclica na obtenção
do
bastará remover essa película com algumas pan técnicas
construtivas
empregadas
até mesmo
cadas estratégicas na armadura ou Componen te. prin
esses são os fatores
utilizando-se jato de água. Evidentemente,
levados e m
na conta
diferente é o grau de
DEFINIR (Anexos A a H). BSI, preocu-
PARA norma como a
ROTEIRO entidades, cada
PROPOSTA E Algumas microrregião,
12 cada
O COBRIMENTO em
identificar
construtivo (se pré
pam-se elemento
cada ou para
atmosfera, armado,
ou inclu-
protendido,
ou chegando,
fabricado,
o problema de cor ou u s o geral etc.),
cimnento, a
rela-
que
Consideran do-se do
relacionado edificaçQes,
natureza
con-
está dire
tamente especificara cloretos do
armadura apresentar, Sive, a de
rosão de procura-se água/cimento,
o teor
do con
econômico, compressão
problema geral para ção resistência à
ao metodologia até a
uma creto e
cap ítulo,
concreto,
neste
cobrimento
adequado de
possi- creto. até 1978 (enquanto
vi-
escolha do ser o
menor
a ABNT, proteção
este deve econömi- No Brasil, que a
admitindo-se que o mais NB-1/60),
recomendava
seguinte
exceções, o
raríssimas
eficiente gorou a deveria
obedecer
vel. Salvo menor
cobrimento
armaduras
especificar o
das
co é
cobrimento de enunciado:
superficial
do con-
aumenta-se: que:
riscos de fissuração interior de
lajese paredes
no
os -
em . . 1,0cm
mantida
creto; ternas das peças,
edifícios 1,5cm
dimensões ex resistência livre
total de ao ar
as
lajes e paredes
-
capacidade em de
uma
mesma
a rcos n o interior
e
ma
em vigas, pilares . . 1,5cm
mecanica; das peça_ e
dificuldade de execução edifícios. livre 2,0cm
ar
a e a r c o s ao
nutenção do cobrimento;
isso em vigas, pilares 2,0cmm
pré-moldados o solo .
peças em contato com
. . .
atmosfera
postos à ação prejudicial de agentes ex ternos, questão poderia ser: qual a
Outra
tais como ácidos, álcalis, águas agressivas, óleo (ambiente) que envolve essa estrutura? Confor-
me já mostrado, o pH da água de chuva pode
e gases nocivos, altas e baixas temperaturas.
variar de 3 a 6, segundo esta chuva precipite em
A partir de outubro de 1978 passou a vigo atmosfera industrial ou rural, respectivamente.
rar a nova redação constante da NBR-6118, que Só esse fato pode trazer consequëncias desastro-
sas e diferenciadas às
estruturas.
é a seguinte:
de distribui
A Tabela 2 apresenta uma Sugestão, tipo
Qualquer barra da armadura, inclusive ser escolhido o cobri
deve ter cobrimento roteiro, de como poderia
ção, de montagem e estribos, a proteção da
mento de concreto para garantir
de concreto pelo menos igual ao seu diâmetro, armadura. Como se pode notar, não há exigën
ou superior
cia de que o cobrimento seja igual
mas não menor que:
em
.. 1,5cm do espaço
em lajes e paredes ao ar livre . culdade de execução e preenchimento
interior de necessidade de um
emvigas, pilares e arcos no entre a förma e a barra -éa
. .1,5cm a absorção
edifícios volume m ínimo de concreto para
- em vigas, pilares e arcos ao ar livre . . 2,0cm das tensões
das tensões tangenciais e distribuição finas é,
de armaduras
b) para concreto aparente: de aderência. A corrosão armaduras
- no interior de edifícios. 2 , 0 c m
no perigosa que a de
entanto, mais
mais rapidamen te a
grossas, pois pode-se perder
- a o ar livre.. . ... 2,5cm
semn
seção resisten te. Não hâ, portanto,
concreto em contato com o solo. . 3,0cm porque
c) para uma
- se o solo não for rochoso, sob a estrutura cobrimento maior
para
pre exigir-se um
deverá ser interposta uma camada de concre mais mas sim, e principalmente,
barra grossa,
cobrimento de concreto
to simples, não considerada no cálculo,
com
exigir-se sempre um
de 250kg de cimento ambas as barras, finas
o consumo mínimo adequado e compacto em
espessura de pele menos utiliza-se concretos com agre
or metro cúbico e grossas. Para tal,
e
20 20
5 15
locais secos (U.R. 70%)
escritórios e quartos)
(salas,
25
25
20
locais úmidos (cozinha, 10
Locais abrigados e banheiros)
áreas de serviço
das in tempéries 35
35
35
locais úmidos
com risco de 35
condensação superficial
doce)
(reservatóriosde água 25
25
10 15
(U.R. < 70%) 25
regioes secas 25
15 20
regiðes úmidas
Locais ao ar livre
em contato direto
50
4 40
com a atmosfera úmidos com risco de
30 35
locais
e intempéries condensação superficial
e sótãos)
(lajes, porões
solos não-agressivos e 30
impermeáveis (garagens e
andar térreo)
pilares de
do mar 50
marinho e água
solo(portos marítimos e
plataformas marítimas)
Regiões semi-enter-
260
radas em ambientes
agressivos (sujeitos servidas (coletores e
águas
de esgoto)
a respingos, interceptores
diferença de aeração
etc.) sem gradiente sulfatadas
50
solos e águas
de pressaão
(solos gessíferos e
tanquesindustriais)
40
permeáveis ou água
solos muito
doce (portos fluviais)
10
ambiente não-agressivo
40 .
Regiões completamente
enterradas ou submersas ambiente agressivo
de pressão
sem
gradiente 40
ambiente não-agressivo
Regiões semi-en-
60
terradas com
ambiente agressivo
gradiente de pressãso
de gesso não armadura, até pelo etc.), o cobrimento deve ser tal que, além da
protegem a
Contrário, podem agredf-la. proteçãoà armadura, propicie uma camada
Para concretos amassados com cimento pozo- de "sacrifício" que poderá ser deteriorada
lânico (POZ-250 ou P0z-320, conforme EB pelo meio, no temp0.
758), com cimento de alto forno (AF-250ou
AF-208) ou com cimentos MRS ou ARS,
conforme EB-903, com relação água/cimento
0,55 e desde que curados adequadamente 13 RECUPERAÇÃO
por pelo menos 40 dias consecutivos, pode-se
reduzir em 5mm todos os cobrimentos suge-
ridos. A recuperação deste tipo de fenômeno pa
Para concretos curados adequadamente por corrosão de armaduras é delicada
tológico -
Concreto "'novo", e
Ções finais maiores quegeralmente acarreta sec 1 4 RECURSOS ESPECIAIS
as iniciais com pre
jufzos estéticos (Foto 15, p.38).
Concretos e argamassas
de
poliméricas obtidas proteção das armaduras de concreto
resinas à base de epóxi ou metil metacri Na
emprego de
recursos espe-
lato. Têm alta durabilidade, pode ser necessário o
impermeabilida ciais de proteção quando, por exemplo:
de, aderência ao concreto "velho" e à arma-
dura, porém necessitam fôrma e requerem n ã o há como se obter o cobrimento mínimo
mão-de-obra especializada e testes prévios de adequado;
n ã o há como se impedir o uso ou acesso de
desempenho, muita flutuação nas
pois há agentes agressivOs;
características desses produtos. Esses con- impedir a existência de cor
n ã o há como se
cretos e argamassas têm a vantagem
de não férreas em geral), que
rentes de fuga (linhas
acarretarem problemas estéticos, pois podem significativas de
causar diferenças
podem
ser moldados em pequenos "espaços dispo-
potencial; proximidade de
níveis. Em geral são caros. se impedir a
não há como
3), tais
Concretos e argamassas especiais para "'grau- metais mais eletropositivos
(Tabela
à armadura;
teamento". Esses produtos não apresentam tubulações de
cobre junto
auto- como
aderência e podem ser
retração, têm boa de secção
h á vantagens econômicas. citan-
adensáveis, não exigindo aumento
recursos dispon íveis,
inconvenientemente, Vários são os
além da original; porém,
deles.
a seguir, apenas alguns
requerem förmas.
do-se,
"comúns", bem pro-
Concretos e argamassas
água/cimento 14.1 Galvanização
porcionados, com
baixa relação técnicas
fôrma, dentro das armadura é galvanizada
com a
aplicados geral, do
e
solução geralmente Como regra
pela
imersão
de bem
construir. Essa
e requer
alto imersão quente, isto é,
a de fusão.
a u m e n t o de secção por e m estado
grande para banho de zinco este
exige de c o n c r e t o
aço e m
u m
produzida por
de tecnologia ""velho" a o de
revestimento
Conhecimento A m a s s a (SHAFFER,
aderência do c o n c r e t o de 600 g/m2
ser
a pode depositado
é, o zinco af
assegurar método
c o n c r e t o ""novo'". superior, isto
antes de 1971) ou
maneiras:
lembrar que, de duas
Finalmente, cabe identificadas e protege o aço e o meio
devem s e r barreira entre o aço
qualquer
recuperação,
seja
observado,
atuando. como
Caso isso não
sanadas as causas. corrosão em
outros ambiente agressivo; sacrifício, prote-
acarretar
anodo de
corre-se
risco de
o na
descontinuidade
atuando como eventualmente
mais o aço,
haver criado existiam. catodicamente
locais por originalmente gendo ou falhas de reves-
ACTION
SEAo concluiu
servação, BROOK (1979)
MURDOCK & colunas em
apud dos pilares e
deterioração corrosão
15 CONSIDERAÇPES FINAIS que a principalmente,
à
deve-se,
águas de mar
míni-
dos cobrimen tos
das armaduras.
observância
ar-
A fiel concreto e
da uniformida
no concreto do
corrosão das armadur s mos, da qualidade esse problema.
A evitar
quando podem
fenômeno que só
ocorre fenömeno
é de de execução sendo um
mado um
proporcionadas pelo De qualquer
forma,
torna-se
visível
condições de proteção
casos
dos
rápida de
as insuficientes. maioria
na
de concreto são ser
expansivo,
a
tomada
cobrimento
como visto, pode tempo,
possibilitando
insuficiência, a proteção.
Essa em
diferentes
recuperação e
com origem medidas de
por agentes
acarretada
necessário identificá-las,
sendo sempre
fon tes,
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n t
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anaj ogJens
S1y was ogsoijoo ap soinpoJd ap ojuawiaiedy -
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OgsoiJo9 ap sosJ SO We]uawne
-
a seisaje'esojnbue saoibau £
so]Ues
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ebIn ep enbjej o1uauiiJqo
was 'o1aiouoo ap
a sepunjoid seinssIJ o1aiouo
*opeuwe
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oavwuv 013HONOI VUVd SvHNa VWHV
30
0ysoHHOo
GE
PAULO R0BERTO D0 LAGO HEL ENE
6
13
12
reservatórios.
cobertura de
em laje de
11-Corrosão
de armaduras armado
concreto
12-Corrosão e degradação de estruturas de
em ambientes industriais.
corrolda.
Jateamento
de concre
Restauração de viga e laje Primeiro, a
estrutura
13 de
cobrimento.
Jateamento de concreto pa
14 Recuperação de pilar corroído. nova armadura suple:
e cobrir a
ra restaurar a seção de c o n c r e t o com limpeza da
Primeiro, a estruturafoi "preparada
mentar. saturar
areia e jato de água para
ferrugem e do concreto, jato de
concreto "velho" e a u m e n t a r a
aderência. A armadura suple
o armadura
mentar está apoiada com pastil has sobre o núcleo de
e concreto "velhos" (Foto cedida por Jatocret).
14
PAULO RoBER TO DO LAGO HEL ENE
38
6
15
17
ANEXO A
Concreto estrutural
(Cobrimentos recomendados por Bsi CP-110)
em m m
Cobrimento nominaF
Máxima
contra as 0,65
Suave: completamente protegida 15 5
agressivos, salvo 20 15
intempéries e ambientes 25
normal durante
breve período de exposição
a construção.
severas e 0,55
contra chuvas 20
Moderada: protegida
enterrado 40 30 25
Concreto
contra congelamento.
sob água não-agres
permanentemente
ou
siva.
chuvas intensas
e áci
25
0,45
Severa: exposição a
40 30
e eventual risco 50
e secagem
das, à molhagem condensação ou
Sujeito à
de congelamento.
gases agressivos. 0,45
60 50
de m a r ou
à água
Muito severa: exposição
à abrasão.
marinha° e
25 0,55
atmosfera
50d 40d
descongelamen to.
usados em
Sujeito a sais
superfície do
revestimento.
desse refe-
quando a
pode induir a espessura
destes ao meio ambiente,
total
creto, o
cobrimento
relação å concentração e classe
tipo
exigências são feitas
em
à natureza,
sulfatos, as também em relação
de exposição
a
n o máximo
de 0,55, c o m o
()No caso
água/cimento,
rindo-se não só
à relação
e 0,35%
do cimento. ento. c o n c r e t o protendido
do peso de cimento para lembrando que:
de sons cloro são: K0,06% concreto armado,
limites para teor de cimento para
)Os valores maior que 0,50% do peso
nenhum individual
(quantl de 95%), NaCk;
on cloro
x 1,648=% equivalente de
%
1,565 =
% de
equivalente Ca Ck2.
% fon cloro x
concretos com ar
incorporado.
)Somente em
40 PAULO ROBER TO DO LAGO HELENE
ANEXO B
Concreto armado para edificaçßes
Cobrimentos recomendados por BSi CP-114)
Concrete in Buildings
Code of Practice for the Structural Use of Reinforced
CP-114:1969 (atualizado até julho de 1977)
ANEXO C
Concreto protendido para edificações
(Cobrimentos recomendados por BSI CP-115)
ANEXO DD
Concreto pré-moldado
(Cobrimentos recomendados por BSI CP-116)
nominal" em mmm
Cobrimento
40 50
30
21 25,5
15 15
15 15
19
15 15
não-agressivos 15
9
25
agressivos (condensação) 25 25
25
38
(gases agressivos) 20
agressividade severa 25
20
25 25
25 20
zona residencial
25
25
40
zona industrial 25 25
40
25
e congelamento em
-
secagem
molhagem,
25 25
zona rural 40
sulfatos 50
ação suave de 50
industrial. e
zona
25b
a t m o s f e r a agressiva 40
25
m a r ou
água de
descongelamento
sais usados para
em função de:
a cada situação,
podendo ser alterado
recomendado
mínimo
cobrimento
nominal é o
()Cobrimento
25mm.
r i s c o s de incêndio; não menos que
deve-se
conereto
leve
n o caso
de
concreto
com ar incorporado.
Somente
()
42 PAULO R0BER TO DO LAGO HELENE
ANEXO E
Concreto e concreto armado
(Cobrimentos recomendados por DIN-1045)
Cobrimento nominal° em mm
fck28 25 ok2835
fok2815MPa
12 210
14 16-18 215
20 22 >20
25 28 25
>28 30
Em peças especiais de concreto pré-moldado para interiores, pode ser reduzido para um mínimo de 10 mm.
Aumentar em Smm quando a dimensão máxima caracterlstica do agregado graido, Dmáx. 232mm.
Aumentar em 5mm quando há risco de danos por ação mecânica.
Considerar açfo de fogo deacordo com DIN-4102.
Relação água/cimento 0,65para cimentos Z-25 (CP-250) e 0,75 para cimentos Z-35 (CP 320).
Consultar especialistas no caso de am bientes agressivos, cloretos, revestimentos protetores etc.
43
CORROS DE ARMADURAS PARA CONCRETO
ARMADO
ANEXO FF
Concreto armado para edificaçQes
ANSI/ACI 318-77)
(Cobrimentos recomendados por
76
1. Concreto armado
*** 51
a) Em contato com o solo.
. . .
.. 38
b) Exposto à intempérie: barras de o 19 a 57 mm..
16mm.
barras de d<
.
38
c) Não exposto às intempéries 19
-
19
. '
- vigas e pilares . 13
-
cascas e arcos: barras de 219mm.
16mm..
barras de p<
2. Concreto pré-fabricado 38
c o m solo ou
in tempéries 19
a) Em c o n t a to 57mm.. . .
painéis de parede:
barras
a
de o 43 >51
barras de o 43
.
32
6a 11mm. . .
componentes:
outros
barras de Ù
barras de os 16mm
. .
32
às in tempéries: 57 m m .
16
43
b) Não exposto e paredes:
barras de o a
16 e 38
painéis de lajes
. .
barras de o 36mm ( p ) .
-
10
armadura principal
com diâmetro 1 16
vigas e pilares: estribos, emendas etc 2110
d 1 9mm
.
barras de .
arcos:
e
cascas 16mm
. . .
barras de o
76
(incluindo
bainhas)
Concreto
protendido
3. solo. 25
.
. .
.
a) Em contato
como
à intempérie: 238
b) Exposto .
lajes e paredes.
. .
.
.
componentes. 19
-
outros
intempéries:
exposto às 238
c) Não
- lajes e paredes....
armadura principal.
25
-
vigas e pilares: a r m a d u r as e c u n d á r i a ..
10
16mm pe> 19
barras de pS
. .
cascas e arcos:
barras de o>16mm..
-
ANEXO G
Concreto para estruturas marítimas
(Cobrimentos recomendados por PCI/Sept 1975)
1. Cimento:
portland comum com C3A 4%
portland de alto forno com alto teor de escória
portland pozolânico
2. Consumo:
370 kg/m3
3. Relação ajua/cimento:
0,45 (preferível 0,42)
4. Cobrimento da armadura em componentes espessos (30cm):
quando totalmente submersos:50 mm
na zona de respingos:>62,5 mm
(em qualquer situação)
bainhas, cabos, cordoalhas e fios de protensão:75mm
5. Cobrimento da armadura em componentes esbeltos (K 30cm):
22 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo
>2 vezes o diâmetro nominal da armadura
vezes o diâmetro nominal do cabo, da
cordoalha ou do fio de protensão + 12,5 mm
2
cORROS DE A
RMADURAS PARA CONCRETO 45
ARMADO
ANEXO H
Concreto para estruturas mar ítimas
(Cobrimentos recomendados por FIP/Jul. 1977)
Fédération Internationale de la
Précontrainte- FIP
Hecomendations for the Design and Construction of Concrete
Sea Structures
Jul. 1977
1. Cimento:
portland comum com Ca A 4%
portland de alto forno com alto teor de escória
portland pozolânico
2. Consumo:
2400kg/m° na zona de respingos
= 40mm aérea
320kg/m' para concretos com Dmáx. zona submersa
ou
com Dmáx.
=
20mm
360kg/m para concretos
na z o n a
submersa:
cordoalhas e fios de protensão
7 5 m m para
armaduras
na zona
aérea: 40mm para e fios de protensão
100mm para cordoalhas
esbeltos (K50cm):
armadura emcomponen tes
Cobrimento da do agregado graúdo
7.
dimensão máxima
característica
a
1 , 5 vezes nominal da armadura
diâmetro
vezes o
1,5
PAULO R0BER TO DO LAGO HEL ENE
46
ANEXO
de umidade relativa média anual e as isotermas das
Mapa do Brasil, com as zonas
temperaturas mínimas absolutas, para o ano de 1974
62 54 46 38
70
38
B8-
-16
16
24 o 740 24
mais de 80
250 50OKm
EImenos de 70
32
32
70 62 54 46 38
O mapa acima apresentado serve apenas como orientação prévia. Em função do desmatamento perma-
nente, da mudança de cultura cultivada em uma região e da própria industrialização (polos industriais) e
urbanização, o dlima das regiðes é permanentemente alterado. Ë sempre conveniente consultar dados
atuais e, se poss/vel, do local da obra,
recomendando-se:
a) ANUARIO ESTATI`TICO DO BRASIL Rio de Janeiro, Fundacão Instituto de Geografia e Estatísti
ca 1BGE, 1979. 856p. v.40.
b) NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística IBGE, Superintendência de Recursos Naturais e Meio Ambiente Supren, 1979.
422p. (Recursos Naturais e Meio Ambiente, n°4).
QUESTOES sOBRE CORROSAO DE ARMADURAS
do cobrimento de
protendida, a espessura
trata de estru tura
se
Quando
ser maior ou menor? Justifique. causas? Quais?
mesma causa
ou há várias
corroem-se
devido a uma
armaduras sempre
/) As Quais? Por que?
aumentar o risco de corrosão? Como
podem muito tempo
8) Há agregados que no canteiro
de obras por
corro ída que ficou
barra de aço
Pode-se utilizar
uma
9)
fazer para aproveitá-la?
concreto
armado pode s e r estocadae
adequada
uma barra de aço para armazená-la
máximo que proceder para
10) Qual o período de tempo protendido?
Como deve-se
concreto
expostos por
um
ficam
e esperas dos mesmos?
os a r r a n q u e s corrosão
que risco de da
11) Sempre evitar ou reduzir
o
corros o nas
diversas regiões
proceder para os riscos de salas etc.)
edifício), cozinhas,
um reservatórios,
(por exemplo térreo, pavimento,
último
estrutura
mesma
Numa
12)
(fundações, pilares, vigas, lajes, riscos de
corrosão?
mesma
onde mais
há contribuem para
iguais? Se há diferença, corrosão ou
são uma aceleração da mesmos podem
efeito colateral componentes
dos
como
certos
aditivos têm corrosão? Que aditivos e
de
13) Por que
de aparecimen to
aumentar os riscos
desfavorável?
e não o po-
sentido concretos simples
atuar n e s s e ser
utilizadas para produzir
podem
as areias e a água de mar