Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2.1 – INTRODUÇÃO
Atualmente, em geral são usados três tipos de descrições cinemáticas na análise não linear
geométrica através do método dos elementos finitos, que podem ser distinguidas entre si,
basicamente, pela escolha da configuração de referência. A primeira delas é a descrição
lagrangiana total, na qual a configuração de referência é raramente ou nunca mudada,
sendo, em geral, igual à configuração inicial ao longo de toda a análise, com as tensões e
deformações medidas em relação a esta configuração. A segunda descrição é a lagrangiana
atualizada, para a qual a última configuração em equilíbrio, uma vez atingida, passa a ser a
nova configuração de referência para os passos subsequentes, sendo as tensões e
deformações redefinidas assim que a configuração de referência é atualizada. Já, na
chamada descrição co-rotacional, a configuração de referência é dividida em duas partes,
sendo as tensões e deformações medidas a partir de uma configuração co-rotacionada, ao
passo que a configuração inicial é mantida como configuração de referência para medir os
deslocamentos de corpo rígido.
Segundo Felippa (2001), a descrição lagrangiana total permanece sendo a formulação mais
utilizada hoje em dia, ao passo que o interesse pela descrição lagrangiana atualizada está
diminuindo bastante e sendo gradualmente substituída pela descrição co-rotacional. No
presente capítulo, será apresentada a descrição cinemática referente à formulação co-
rotacional para o caso de elementos de barra bi-articulados (treliças) no plano e no espaço
de acordo com Menin & Taylor (2003ª). O principal conceito desta formulação é a divisão
ou decomposição da configuração de referência em duas parcelas:
13
Seguindo a metodologia apresentada por Crisfield (1991), no presente capítulo, são
utilizadas quatro medidas distintas de deformações, sendo duas delas descritas em
coordenadas materiais (deformação de engenharia e Green-Lagrange) e duas descritas em
coordenadas espaciais (deformação de Biot e Almansi). A descrição cinemática do
elemento é feita em relação à configuração inicial ou indeformada, supondo uma relação
linear entre o par conjugado de tensão e deformação do tipo σ = Eε, sendo E o módulo de
elasticidade do material e adotando-se o mesmo valor de E para as distintas medidas de
deformações. Será demonstrado por meio de simulações numéricas que no caso de
deformações infinitesimais, as configurações inicial e atual se confundem e, portanto, se
obtém unicidade na resposta de uma estrutura, independentemente da configuração em que
se escolhe o modelo constitutivo e do tipo de deformação que se utilize, porém, no regime
de deformações finitas, esta hipótese implica na definição de materiais diferentes e em
conseqüência não se obtém unicidade na resposta. Para obter unicidade na resposta em
regime de deformações finitas é necessário recorrer a transformações tensoriais, que fazem
o mapeamento do tensor constitutivo entre as configurações inicial ou indeformada e a
atual, tema que não será abordado neste trabalho.
14
e
y e , yR
e
P x e , xR
P
PR u D PR u D
ψ (+)
CR O = OR
C xR
uR
e
z e , zR u x
Y , y, y0e , y R uR u0
u
C0 P0
X P
O0 X X , x, x0e , xR O0 0
Z , z , z0e , z R
Figura 2.1 – Elemento finito de barra articulado nas configurações inicial e atual.
Tomando-se uma partícula qualquer P0 de coordenadas (X,Y) em C0, que se move ao ponto
PR de coordenadas (xR,yR) em CR, e em seguida se move para o ponto P de coordenadas
(x,y) em C, então, o deslocamento total u da partícula, em coordenadas globais, pode ser
descrito por:
u=x–X (2.1)
Este deslocamento pode então ser decomposto em uma parte deformacional uD e outra que
corresponde ao deslocamento de corpo rígido uR, de modo que:
sendo Q uma matriz de rotação 2x2 (treliça plana) ou 3x3 (treliça espacial) para
transformar do sistema global (X,Y,Z) para o sistema local (xe,ye,ze). Os deslocamentos
deformacionais uDe são utilizados para obter o vetor de forças internas e a matriz de rigidez
tangente, conforme será comentado posteriormente.
15
2.2.1 – Sistemas de coordenadas
Esta relação expressa na equação acima pode ser visualizada através da Figura 2.1, sendo
u0 o vetor que representa o deslocamento do ponto O0 em C0 ao ponto O em C. A matriz
de rotação Q que aparece nas Equações (2.3) e (2.4) pode ser definida, segundo Gere &
Weaver (1981), no caso de treliça plana como:
Cx Cy
Q= (2.5)
− C y C x
Já no caso de treliça espacial, a matriz de rotação Q pode ser expressa, também segundo
Gere & Weaver (1981) por:
Cx Cy Cz
CxC y C yCz
Q = −
2 2
Cx + Cz − (2.6)
2
Cx + Cz
2 2
Cx + Cz
2
Cz Cx
− 2 2
0
2 2
Cx + Cz Cx + Cz
Deve-se ressaltar que a matriz Q apresentada na Equação (2.6) é valida para todas as
posições do elemento de barra no espaço, exceto quando o elemento está alinhado com o
eixo Y, para o qual Cx = 0 e Cz = 0, e a matriz de rotação Q resulta em:
0 Cy 0
Q = − C y 0 0 (2.7)
0 0 1
16
sendo (Cx, Cy) no caso de treliça plana e (Cx, Cy, Cz) no caso de treliça espacial, os co-senos
diretores do elemento de barra na configuração atual C (direção do eixo local xe), em
relação ao sistema global de coordenadas, conforme será comentado posteriormente. Uma
vez que a matriz Q é uma matriz ortogonal, ou seja QTQ = QQT = I, sendo I a matriz
identidade, então a Equação (2.4) pode ser reescrita como:
x = QTxe + u0 (2.8)
x C x − C y X u 0
xR = R = . + = QTX + u0 (2.9)
y R C y C x Y v0
A interpretação geométrica da Equação (2.9) para o caso de uma treliça plana pode ser
visualizada na Figura 2.2, na qual os co-senos diretores (Cx, Cy) do elemento de barra na
configuração atual C (direção do eixo local xe) são calculados em função do ângulo ψ entre
os eixos locais x0e e xe, no sentido anti-horário, sendo designados por (cosψ, senψ).
X . cosψ
e
y e , yR Y . senψ
e
x e , xR
PR ψ (+)
Y . cosψ
X . senψ
CR OR
x0e
yR
v0
C0 P0
Y u0
O0
X
xR
17
Já as coordenadas da partícula P na configuração atual C podem ser expressas por:
x X + u
x= = = X + u = IX + u (2.10)
y Y + v
u x − x R 1 − C x C y X u − u 0 T
uD = D = = . + = (I – Q )X + u – u0 (2.11)
v D y − y R − C y 1 − C x Y v − v0
xR X u0
T
xR = y R = Q . Y + v0 = QTX + u0 (2.13)
z Z w
R 0
x X + u
x = y = Y + v = X + u = IX + u (2.14)
z Z + w
u D x − xR X u − u0
T
uD = v D = y − y R = (I – Q ). Y + v − v 0 = (I – QT)X + u – u0 (2.15)
w z − z Z w − w
D R 0
18
sendo a matriz de rotação QT que aparece nas Equações (2.13) e (2.15), definida pela
transposta da matriz de rotação expressa na Equação (2.6) ou (2.7), conforme a posição da
barra em relação ao eixo global Y. Vale lembrar que o deslocamento deformacional em
relação às coordenadas locais no caso tridimensional, também, pode ser expresso pela
Equação (2.12), definida para o caso bidimensional, bastando usar os vetores e matrizes
correspondentes no espaço.
u1 u ( X 1 , Y1 ) u (− 1 2 L0 ,0 )
u 1 v1 v( X 1 , Y1 ) v(− 1 2 L0 ,0 )
u= = = = (2.16)
u 2 u 2 u ( X 2 , Y2 ) u (1 2 L0 ,0 )
v 2 v( X 2 , Y2 ) v(1 2 L0 ,0 )
u1D e u D e ( X 1 , Y1 ) u D e (− 1 2 L0 ,0)
u 1 D e v1D e v D e ( X 1 , Y1 ) v D e (− 1 2 L0 ,0 )
uDe = e = e = e = e (2.17)
u u
2D 2D D u ( X 2 , Y )
2 u D (1 2 L0 ,0)
v e v e ( X , Y ) v e (1 2 L ,0 )
2D D 2 2 D 0
Uma vez definida a Equação (2.17), a Equação (2.12) pode então ser re-escrita após
algebrismos simples em função dos deslocamentos nodais:
u1D e C x Cy 0 0 u1 − u 0 1 − C x
e
v − C y Cx 0 0 v1 − v0 1 C y
uD = 1D e =
e
+ L (2.18)
u 2 D 0 0 Cx C y u 2 − u 0 2 0 C x − 1
v e 0 0 − Cy C x v 2 − v0 − C y
2D
19
Uma vez que o campo de deslocamentos do elemento é linear em X e em Y, o elemento
permanece reto na configuração atual C e portanto se pode escrever que:
O próximo passo é definir os valores dos co-senos diretores (Cx, Cy) em função dos
deslocamentos nodais, e em seguida achar o comprimento do elemento (L) na configuração
atual, conforme apresentado a seguir na Figura 2.3. Vale ressaltar que nesta dedução, a
configuração inicial já não se encontra mais alinhada com os eixos globais.
v21rot
L
Y xe
ye v2rot
X
ψ (+)
u1rot Lo + u21rot
yoe
xoe u2rot
v1rot
α
Lo
cos α = X 21 L0 = ( X 2 − X 1 ) L0
sen α = Y L = (Y − Y ) L
21 0 2 1 0
(2.21)
u 21 = u 2 − u1
v 21 = v 2 − v1
20
Uma vez conhecidos os deslocamentos nodais rotacionados, segundo a Equação (2.20), é
possível definir as demais variáveis cinemáticas envolvidas na formulação co-rotacional
em função das relações geométricas apresentadas na Figura 2.3:
rot rot
L0 + u 21 v 21
Cx = cosψ = ; C y = senψ = (2.22)
L L
L= (L 0 + u 21 ) + (v )
rot 2
21
rot 2
(2.23)
Nas próximas seções, serão obtidos o vetor de forças internas e a matriz de rigidez tangente
dos elementos através das derivadas primeira e segunda do funcional da energia de
deformação, respectivamente. Assim, será calculada a derivada primeira de L em relação
aos deslocamentos nodais u, de modo que:
∂L ∂L ∂L ∂L
=− = cosψ , =− = senψ (2.24)
∂u 2 ∂u1 ∂v 2 ∂v1
− cosψ
∂L − senψ
= (2.25)
∂u cosψ
senψ
Utilizando as Equações (2.22), (2.23) e (2.24) e a relação sen2ψ + cos2ψ = 1, pode-se obter
a derivada segunda de L em relação aos deslocamentos nodais u:
21
O procedimento utilizado para o caso bidimensional pode, também, ser estendido de forma
análoga para o caso de uma treliça espacial, na qual as coordenadas nodais do elemento em
C0 com relação aos eixos locais são X2 = – X1 = ½ L0, Y2 = Y1 = 0 e Z1 = Z2 = 0 sendo L0 o
comprimento do elemento nesta configuração. Os deslocamentos dos nós de extremidade
podem ser então definidos por:
u1 u ( X 1 , Y1 , Z 1 ) u (− 1 2 L0 ,0,0 )
v v( X , Y , Z ) v(− 1 2 L ,0,0)
1 1 1 1 0
u w w( X 1 , Y1 , Z 1 ) w(− 1 2 L0 ,0,0)
u = 1 = 1 = = (2.27)
u 2 u 2 u ( X 2 , Y2 , Z 2 ) u (1 2 L0 ,0,0 )
v 2 v( X 2 , Y2 , Z 2 ) v(1 2 L0 ,0,0)
w2 w( X 2 , Y2 , Z 2 ) w(1 2 L0 ,0,0)
u1D e u D e ( X 1 , Y1 , Z 1 ) u D e (− 1 2 L0 ,0,0 )
e e e
v1D v D ( X 1 , Y1 , Z 1 ) v D (− 1 2 L0 ,0,0 )
e u1D e w1D e wD e ( X 1 , Y1 , Z 1 ) wD e (− 1 2 L0 ,0,0 )
uD = e = e = e = (2.28)
u 2 D u 2 D u D ( X 2 , Y2 , Z 2 ) u D (1 2 L0 ,0,0 )
e
v e v e ( X , Y , Z ) v e (1 2 L ,0,0 )
2D e D e 2 2 2 D e 0
w2 D wD ( X 2 , Y2 , Z 2 ) wD (1 2 L0 ,0,0)
Uma vez definida a Equação (2.28), a Equação (2.12) pode então ser re-escrita para o caso
tridimensional em função dos deslocamentos nodais:
u1D e u1 − u 0 X1
e v −v Y
v1D 1 0 1
w e Q 0 3x3 w1 − w0 Q 3x3 − I 0 3x3 Z 1
uDe = 1D e = 3x3 + (2.29)
u 2 D 0 3x3 Q 3x3 u 2 − u 0 0 3x3 Q 3x3 − I X 2
v e v2 − v0 Y2
2D e
w2 D w2 − w0 Z 2
sendo Q3x3 a matriz de rotação definida na Equação (2.6) ou (2.7) conforme a posição do
elemento de barra, 03x3 uma matriz quadrada nula e I a matriz identidade de ordem 3.
22
Uma vez que o campo de deslocamentos do elemento é linear em X, Y e Z o elemento
permanece reto na configuração atual C e portanto se pode escrever que:
O próximo passo é definir os valores dos co-senos diretores (Cx, Cy, Cz) em função dos
deslocamentos nodais, e em seguida achar o comprimento do elemento (L) na configuração
atual, lembrando que nesta dedução, a configuração inicial já não se encontra mais
alinhada com os eixos globais. Assim como no caso bidimensional, inicialmente é feita a
rotação dos deslocamentos nodais em relação ao sistema de eixos locais definidos na
configuração inicial:
C x rot = X 21 L0 = ( X 2 − X 1 ) L0
C y = Y21 L0 = (Y2 − Y1 ) L0
rot
(2.32)
C rot = Z L = (Z − Z ) L
z 21 0 2 1 0
L= (L 0 + u 21 ) + (v ) + (w )
rot 2
21
rot 2
21
rot 2
(2.34)
23
Nas próximas seções, serão obtidos o vetor de forças internas e a matriz de rigidez tangente
dos elementos através das derivadas primeira e segunda do funcional da energia de
deformação, respectivamente. Assim, será calculada a derivada primeira de L em relação
aos deslocamentos nodais u, utilizando-se as Equações (2.33) e (2.34) de modo que:
∂L ∂L ∂L ∂L ∂L ∂L
=− = Cx , =− = Cy , =− = Cz (2.35)
∂u 2 ∂u1 ∂v 2 ∂v1 ∂w2 ∂w1
Utilizando as Equações (2.33), (2.34) e (2.35) e a relação Cx2+ Cy2+ Cz2 = 1, pode-se obter
a derivada segunda de L em relação aos deslocamentos nodais u:
(
C y 2 + Cz 2 ) − C xC y − C xC z (
− C y 2 + Cz 2 ) C xC y C xC z
− C xC y (C x
2
+ Cz 2 ) − C yCz C xC y (
− Cx2 + Cz 2 ) C yCz
∂ L 1 − C xC z
2 − C yCz (C x
2
+ Cy 2
) C xC z C yCz (
− Cx 2 + C y 2 )
(2.37)
=
(
∂u2 L − C y 2 + C z 2 ) C xC y C xC z (C y
2
+ Cz 2 ) − C xC y − C xC z
CC
x y (
− Cx 2 + Cz 2 ) C yC z − C xC y (C x
2
+ Cz 2 ) − C yC z
C xC z
C yC z ( 2
− Cx + C y 2
) − C xC z − C yCz (C x
2
+ Cy2 )
Admitindo uma relação linear entre o par conjugado de tensão e deformação, pode-se
definir a seguinte relação entre tensões e deformações nas configurações inicial e atual:
σX = E.εX em C0 (2.38)
σx = E.εx em C (2.39)
24
sendo E o módulo de elasticidade longitudinal do material. Considerando-se esta hipótese
e definindo-se a área da seção transversal dos elementos em C0 e C como sendo,
respectivamente, A0 e A, as energias de deformação de um elemento de treliça nas
configurações inicial e atual podem ser definidas, respectivamente, da seguinte forma:
L
U0 = 1 . ∫ EA0 ε X 2 dX e
0
em C0 (2.40)
2 0
L
U = 1 .∫ EAε x 2 dx e em C (2.41)
2 0
L − L0
ε X eng = = λ −1
L0
2
L2 − L0
ε X green = 2
(1
= λ 2 −1
2
)
2 L0 (2.42)
L − L0
ε x biot = = 1 − λ−1
L
2
2
−
ε x almansi =
L L0
2
( 1
= 1 −λ − 2
2
)
2L
O vetor de forças internas descrito em coordenadas materiais pode ser obtido através da
primeira derivada do funcional da energia de deformação em relação aos deslocamentos
nodais, de modo que, derivando a Equação (2.40) se obtém a seguinte expressão:
L L
∂U 0 1 0 ∂ε X 0
∂ε X
fˆ e = = ∫ 2 EA0 ε X dX e = ∫ EA0 ε X dX e (2.43)
∂u 20 ∂u 0
∂u
25
Já o vetor de forças internas descrito em coordenadas espaciais pode ser obtido de forma
análoga ao anterior, derivando a Equação (2.41) em relação aos deslocamentos nodais:
∂U 1
L
∂ε L
∂ε
fe = = ∫ 2 EAε x x dx e = ∫ EAε x x dx e (2.44)
∂u 2 0 ∂u 0
∂u
Os esforços axiais nos elementos de treliça nas configurações inicial e atual podem ser
definidos, respectivamente, da seguinte forma:
Levando-se em conta a Equação (2.25) para o caso bidimensional ou Equação (2.36) para o
caso tridimensional, além das Equações (2.42) e (2.45) e efetuando a integração das
Equações (2.43) e (2.44), se chega às expressões do vetor de forças internas em
coordenadas materiais e espaciais dados, respectivamente, por:
β 0 = 1 ⇒ Engenharia
β = λ ⇒ Green − Lagrange
∂L ∂L 0
fˆ e = N 0 β 0 , f e = Nβ , (2.46)
∂u ∂u β = λ −1 ⇒ Biot
β = λ − 2 ⇒ Almansi
fˆge = R T fˆ e , f ge = R T f e (2.47)
Q T 0
R =
T
(2.48)
0 QT
26
onde RT é a matriz de rotação que transforma do sistema de coordenadas local para o
sistema de coordenadas global, 0 é uma matriz nula e QT, a transposta da matriz Q,
expressa na Equação (2.5) para o caso bidimensional ou Equações (2.6) e (2.7) para o caso
tridimensional, com os co-senos diretores definidos nas Equações (2.21) ou (2.32),
conforme se trate de treliça plana ou de treliça espacial, respectivamente.
A matriz de rigidez tangente em relação às coordenadas materiais pode ser obtida pelo
cálculo da segunda derivada do funcional da energia de deformação definida em C0 com
relação aos deslocamentos nodais:
L0
T
ˆ e = ∂ U 0 = EA ∂ε X ∂ε X + ε ∂ ε X dX e
2 2
K
∂u 2 ∫
0
0
∂u ∂u
X
∂u
2
(2.49)
T
ˆ e = EA0 α ∂L ∂L + N β ∂ L
2
α 0 = 1 ⇒ Engenharia
K (2.50)
L0
0
∂u ∂u
0 0
∂u 2
( 2
)
α 0 = 3λ − 1 / 2 ⇒ Green − Lagr.
∂ 2U
L ∂ε x ∂ε x T ∂ 2ε x e
∂u 2 ∫0 ∂u ∂u
K =
e
= EA +εx dx (2.51)
∂u 2
27
T
EA ∂L ∂L ∂2L α = 3λ−2 − 2λ−1 ⇒ Biot
K =
e
α + Nβ 2 (2.52)
L ∂u ∂u ∂u α = (5λ− 4 − 3λ− 2 ) / 2 ⇒ Almansi
Kˆ ge = R T Kˆ e R , K ge = R T K e R (2.53)
ν = 0 → A = A0
L ≈ L0
ε eng ≈ ε green ≈ ε biot ≈ ε almansi
σ eng ≈ σ green ≈ σ biot ≈ σ almansi fˆ e ≈ f e
λJ1 Ö Ö ˆe (2.54)
N ≈ N0 K ≈ K
e
α ≈ α0
β ≈ β0
k ≈ k0
28
Já para o caso de deformações finitas, as diferentes medidas de deformações utilizadas
apresentam valores diferentes e portanto se pode concluir que as componentes do vetor de
forças internas diferem entre si. Além disso, os coeficientes da matriz de rigidez tangente
também são diferentes e de um modo geral pode-se dizer que:
ν = 0 → A = A0
L ≠ L0
ε eng ≠ ε green ≠ ε biot ≠ ε almansi
σ eng ≠ σ green ≠ σ biot ≠ σ almansi fˆ e ≠ f e
λ≠1 Ö Ö ˆe (2.55)
N ≠ N0 K ≠ K
e
α ≠ α0
β ≠ β0
k ≠ k0
29