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1. No que tange ao regime orçamentário, de acordo com a Lei Federal no 4.320/1964, pertence ao exercício
financeiro de 2018 a realização da seguinte transação:

(A) o pagamento, no mês de fevereiro de 2018, de despesas empenhadas no exercício de 2017.


(B) a depreciação mensal, no exercício de 2018, de bens móveis.
(C) a emissão de nota de empenho no mês de abril de 2018 para aquisição de veículos.
(D) o reconhecimento de crédito tributário a receber referente as receitas de impostos previstas na Lei Orçamentária
do exercício de 2018.
(E) a inscrição, no mês de julho de 2018, em dívida ativa, de impostos lançados no exercício de 2017.

2. Sobre as despesas públicas, é correto afirmar que:

(A) são despesas correntes as de custeio e as de amortização da dívida pública.


(B) as despesas de capital comportam os investimentos, as inversões financeiras e os pagamentos de juros.
(C) É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos especiais, previstos na legislação
específica, poderá ser dispensado o empenho.
(E) não podem ser efetuadas sem a prévia autorização do Poder Legislativo.

3. O Governo de um determinado Estado da Federação promoveu licitação para a aquisição de cestas


básicas destinadas à população carente, tendo os fatos ocorridos da seguinte forma:

Essa cronologia de fatos, permite inferir que

(A) houve falha no pagamento da segunda parcela, uma vez que sujeitou o fornecedor a entregar as cestas básicas
antecipadamente.
(B) houve falha na fase de empenhamento, pois, mesmo tendo ocorrido a entrega das cestas básicas de forma
parcelada, o empenho foi global.
(C) o pagamento da primeira parcela foi legal, uma vez que o fornecedor tem o direito de receber primeiro da
Administração e depois entregar o bem que foi adquirido, já que foi o vencedor da licitação.
(D) houve falha na execução do planejado, uma vez que o empenhamento ocorreu de uma só vez, ao passo que o
pagamento e a liquidação foram parcelados.
(E) houve falha no pagamento da primeira parcela, pois realizado sem a regular liquidação.

RESTOS A PAGAR

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No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas em Restos a Pagar e
constituirão a Dívida Flutuante.

Podem-se distinguir dois tipos de Restos a Pagar, os Processados e os Não-processados.

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Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro,
distinguindo-se as processadas das não processadas.

NÃO HAVERÁ OBRIGAÇÃO

HAVERÁ OBRIGAÇÃO

RP PROCESSADO

Restos a Pagar Processados:

Compreendem as despesas legalmente empenhadas, cujo objeto do empenho, já foi recebido, ou seja, já ocorreu
a liquidação da despesa, mas não houve o pagamento.

RP NÃO PROCESSADO

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Restos a Pagar Não Processados:

Compreendem as despesas legalmente empenhadas, que não foram liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro
do mesmo exercício.

DÍVIDA FLUTUANTE

Art. 92. A dívida flutuante compreende:

I. Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;


II. Os serviços da dívida a pagar;
III. Os depósitos;
IV. Os débitos de Tesouraria.

REGISTRO

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ART. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as
despesas processadas das não processadas.

1. Por ano de inscrição


2. Por credor
3. Por fase da despesa

PAGAMENTO

Espera-se que seja realizado no ano seguinte ao da sua inscrição (despesa extra-orçamentária), com base na
liquidação da despesa.

PAGAMENTO DO RP PROCESSADO

PAGAMENTO DO RP NÃO PROCESSADO

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VIGÊNCIA

DEC 7.654, DE 23/12/2011

Altera o Decreto no 93.872, de 23 de dezembro de 1986, que dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do
Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, e dá outras providências.

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota
de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação da
despesa.

ART. 68 § 1o A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indicação pelo
ordenador de despesas.

§ 2o Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados posteriormente terão validade
até 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, ressalvado o disposto no § 3 o.

§ 3o Permanecem válidos, após a data estabelecida no § 2o, os restos a pagar não processados que:

I - refiram-se às despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da União ou mediante transferência
ou descentralização aos Estados, Distrito Federal e Municípios, com execução iniciada até a data prevista no § 2o;

§ 4o Considera-se como execução iniciada para efeito do inciso I do § 3o:

I - nos casos de aquisição de bens, a despesa verificada pela quantidade parcial entregue, atestada e aferida; e
II - nos casos de realização de serviços e obras, a despesa verificada pela realização parcial com a medição
correspondente atestada e aferida.

I - refiram-se às despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da União ou mediante transferência
ou descentralização aos Estados, Distrito Federal e Municípios, com execução iniciada até a data prevista no § 2o;

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II – ou sejam relativos às despesas

a) do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC


b) do Ministério da Saúde; ou
c) do Ministério da Educação financiadas com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

CANCELAMENTO

MANUAL DA DESPESA

Os Restos a Pagar Processados não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços
cumpriu com a obrigação de fazer e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob
pena de estar deixando de cumprir os Princípios da Moralidade que rege a Administração Pública e está previsto
no artigo 37 da Constituição Federal.

O cancelamento caracteriza, inclusive, forma de enriquecimento ilícito, conforme Parecer nº 401/2000 da


Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

PRESCRIÇÃO

DECRETO 93.872/86

Art . 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.

LRF, Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas


compromissadas a pagar até o final do exercício.

1. Em relação aos Restos a Pagar, assinale a afirmativa correta.

(A) Seu pagamento deve ser contabilizado como despesa orçamentária.


(B) Representam as despesas empenhadas e pagas até o dia 31 de dezembro.
(C) Não há distinção entre as despesas processadas e as não processadas em seu registro.
(D) Seu registro será feito por credor e por exercício.
(E) despesas liquidadas, mas não empenhadas até o encerramento do exercício financeiro.

2. Restos a Pagar

(A) provêm do regime de caixa da despesa, integrando a dívida flutuante.


(B) advêm do regime de competência da despesa, compondo a dívida fundada.
(C) subdividem-se em liquidados e processados.
(D) decorrem do regime de competência da despesa, compondo a dívida flutuante.
(E) são despesas liquidadas e pagas no mesmo exercício de competência.

3. Em relação aos Restos a Pagar e de acordo com a Lei nº 101/2000, é vedado ao titular do Poder Executivo,
contrair obrigação de despesas que não possa ser cumprida integralmente ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito

(A) nos últimos dois meses de cada exercício.


(B) nos últimos dois trimestres do seu mandato.
(C) nos últimos dois bimestres do seu mandato.

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(D) nos últimos dois quadrimestres do seu mandato.
(E) no último quadrimestre do seu mandato.

LRF: Lei de Responsabilidade Fiscal

101, 04/05/200

ORIGEM BRASILEIRA DA LRF

A LRF disciplina os artigos 163 e 169 da CF/88.

O QUE SE ENTENDE POR RESPONSABILIDADE FISCAL?

Pode-se dizer que a responsabilidade fiscal em nosso país constitui-se em instrumentos norteadores na
busca do Equilíbrio orçamentário-financeiro do Estado brasileiro, em cada uma das unidades da Federação
e dentro de cada Poder.

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

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OBJETIVO DA LRF

APLICABILIDADE

Art. 1º § 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

§ 3º Nas referências:

I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:

a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério
Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;

II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;


III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando
houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;

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RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

RECEITA CORRENTE

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

CÁLCULO

SETEMBRO X1

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JANEIRO 2018

DEDUÇÕES

Art. 2º IV

a) na UNIÃO, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos ESTADOS, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na UNIÃO, nos ESTADOS e nos MUNICÍPIOS, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da
Constituição.

CAPÍTULO II

DO PLANEJAMENTO

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:...

Art. 4º § 2o O Anexo conterá, ainda:

I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;


II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas
com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos
recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas


obrigatórias de caráter continuado.

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.

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Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

LIMITAÇÃO DE EMPENHO

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 9º § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

Se houver limitação de empenho em 25% da despesa fixada e o restabelecimento da receita for de 100%; a
recomposição da dotação deve ocorrer proporcionalmente à redução de 25% até se atingir o valor da despesa fixada
inicialmente. Essa medida tem o objetivo de manter o equilíbrio inicial do orçamento, definido pela fixação das
despesas , ainda que a arrecadação da receita ocorra em níveis maiores do que o previsto inicialmente.

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DESPESAS QUE NÃO PODERÃO SOFRER LIMITAÇÃO DE EMPENHO

Art. 9º; § 2º

Art. 9º § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente,
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias.

1. Obrigações constitucionais e legais do ente federativo, como por exemplo, a aplicação do percentual de impostos
na manutenção e desenvolvimento do ensino (art. 212 da CF/88);
2. Destinadas ao pagamento do serviço da dívida;
3. Ressalvadas pela LDO.

CASOS DISPENSADOS PARA LIMITAÇÃO DE EMPENHO

Art. 65

Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas
Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:

II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9o.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da
Constituição.

ATENÇÃO!

Art. 9º § 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no
prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios
fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento
das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1 o do art. 166 da
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

1. Receita verificada bimestralmente;


2. Queda da receita prejudicando o RN ou RP;
3. Os Poderes e o MP limitarão o empenho nos 30 dias subsequentes;
4. Exceções: Obrig. Const. e Legais + Serv. Dív. + Ressalvada pela LDO;

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5. Casos que dispensam: CP – ED – ES (C PEDES).

CAPÍTULO III

DA RECEITA PÚBLICA

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arre-
cadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no
caput, no que se refere aos impostos.

EXCEÇÃO

Art. 25, § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei
Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

RENÚNCIA DE RECEITA

NA CF/88

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:

§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido MEDIANTE LEI ESPECÍFICA,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente
tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.

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GABARITO 01

01 C
02 E
03 E

GABARITO 02

01 E
02 D
03 D

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