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Centro Universitário Unifavip|Wyden

Aluna: Sandrielly Souza Araújo (202103172661)

Pediculus capitis
O piolho é um inseto ectoparasita que estabelece uma relação desarmônica com os seres
humanos. Alimentando-se do nosso sangue, o piolho é responsável por desencadear uma
doença chamada pediculose. Três tipos de pediculose são reconhecidos: a da cabeça, a
do corpo e a da região pubiana. A pediculose da cabeça é uma doença muito comum em
crianças em idade escolar e destaca-se por ser o mais conhecido tipo de pediculose.

O piolho é um inseto áptero (sem asas) que se alimenta de sangue e parasita os seres
humanos. Ele pode ser encontrado na cabeça, no corpo e na região pubiana. Os piolhos
da cabeça desenvolvem-se nessa região e apresentam nome científico Pediculus humanus
capitis. São, sem dúvidas, os mais conhecidos. O piolho do corpo é chamado de Pediculus
humanus corporis, e seu nome popular é “muquirana”. Por fim, o piolho da região pubiana
recebe o nome de Phthirus pubis e popularmente é conhecido como “chato”.

O Pediculus humanus capitis ou


piolho da cabeça é um inseto pequeno, medindo cerca de 0,3 cm de comprimento, sem
asas. Possui garras de formato adaptado à preensão aos fios de cabelo. Seu aparelho bucal é
do tipo sugador-picador, sendo, portanto, hematófago.
Epidemiologia
Dada a frequência em diversas cidades do Brasil, de precárias condições de vida,
promiscuidade, ausência de saneamento básico e negligência das autoridades sanitárias tal
ocorrência poderá ser maior do que um simples caso isolado. Pediculus. Pediculose,
epidemiologia.
Uma pesquisa com 4.112 crianças do ensino fundamental que vivem em Kuala Lumpur,
malásia, revelou que 12,9% das crianças estavam infestadas de Pediculus humanus capitis.
Índios (28,3%) e malaios (18,9%) têm prevalência maior que os chineses (4,6%). A maior
prevalência entre índios e malaios correlaciona-se bem com seu menor status
socioeconômico na comunidade; cabelos longos também contribuem para as maiores taxas
de pediculose entre eles. A prevalência foi encontrada relacionada ao estado
socioeconômico, comprimento do cabelo, tamanho da família, idade, aglomeração e higiene
pessoal. O tratamento com 0,2% e 0,5% de malathion no óleo de coco deu taxas de cura de
93% e 100%. O tratamento com gammexano e actellic com concentração de 0,5% deu uma
taxa de cura de 100% contra adultos e ninfas de Pediculus humanus capitis. (Trecho de um
artigo National Library of Medicine).

Ciclo de vida
Sobrevivem de 3 a 4 semanas; ovipostura de aproximadamente 300 ovos. Causador da
pediculose do corpo, o Pediculus humanus encontra-se principalmente nas dobras do corpo
ou preso à roupa. Suas picadas causam inflamação aguda da pele e prurido.
O inseto passa por um ciclo de vida paurometábolo (metamorfose gradual) com cinco fases.
A primeira fase é a de ovo (a lêndea do piolho), que é posto perto da base dos pelos (até um
centímetro acima do couro cabeludo), pois a temperatura desse local permite a eclosão. As
fêmeas adultas põem cerca de 4 ovos por dia ou cerca de 88 ovos ao longo da sua vida.
Os ovos (lêndeas) ficam firmemente presos à haste do cabelo, cerca de 0,6 cm acima da raiz
do cabelo. As lêndeas aderidas aos fios vão se afastando, à medida que os cabelos crescem,
de modo que aquelas situadas além de 0,7cm da base do cabelo seriam lêndeas mortas ou
já eclodidas, uma vez que os ovos necessitam do calor da cabeça para eclodir. Eles são
muito pequenos e difíceis de ver. Sua cor varia entre o bege mais ou menos amarelado e o
castanho médio. São frequentemente confundidos com caspa, crostas ou resíduos de
fixador de cabelo. Levam normalmente 8 a 9 dias para eclodir em ninfas, as quais se tornam
insetos adultos depois de 9 a 12 dias a partir da eclosão do ovo. As três fases seguintes são
de ninfa (primeiro, segundo e terceiro estágios). Da primeira ninfa ao piolho adulto, passam-
se cerca de 15 dias. O último estágio é o do inseto adulto, reprodutivamente maduro. O
tempo total de vida do piolho pode chegar a quarenta dias, desde que tenha um
hospedeiro. Fora dele, o inseto sobrevive apenas cerca de oito horas, e a viabilidade das
lêndeas também é comprometida.
Transmissão
Os piolhos são transmitidos por meio do contato direto com uma pessoa que os tenha. No
caso do piolho da cabeça, você pode adquiri-lo, por exemplo, encostando sua cabeça na de
outra pessoa. Além disso, emprestar objetos de uso pessoal também pode garantir a
transmissão. Escovas de cabelo, prendedores, lenços, bandanas, capacetes, chapéus e bonés,
por exemplo, podem proporcionar a disseminação da doença.
A pediculose da cabeça é muito comum em crianças em fase escolar, uma vez que elas
costumam ter contato próximo com os colegas, o que facilita o contágio. Um fato curioso é
que algumas crianças não sentem a coceira característica causada pelo piolho, o que pode
favorecer ainda mais a disseminação. É importante deixar claro que a transmissão do piolho
não está relacionada com falta de higiene.
No caso do piolho de corpo, esse pode ser transmitido por compartilhamento de roupas. A
pediculose pubiana, por sua, vez pode ser adquirida por contato sexual.

Sintomas
A pediculose pode causar alguns sintomas, sendo o principal deles a coceira intensa,
desencadeada por substâncias anestésicas e anticoagulantes liberadas pelo parasita no
momento de sua alimentação. No caso da pediculose de cabeça, a região geralmente mais
acometida é a parte de trás dessa parte do corpo. Além da coceira, pontos avermelhados
podem surgir, bem como ferimentos, devido ao ato de coçar, o que pode conduzir a
infecções secundárias. Ínguas na região da nuca e atrás das orelhas podem também se
desenvolver nesses casos.

Nas pediculoses do corpo e pubiana, a coceira está também presente. Pequenas lesões
hemorrágicas e pápulas podem ser observadas no tronco, abdome e glúteo de pessoas com
pediculose de corpo. No caso da pediculose pubiana, pode-se observar na região manchas
violáceas e escoriações. Assim como na pediculose da cabeça, nas pediculoses pubiana e
do corpo também podem ser observadas infecções secundárias.
Tratamento e prevenção
O tratamento da pediculose da cabeça envolve o uso de shampoos especiais e a retirada,
com pente fino ou manualmente, dos piolhos e lêndeas. Em alguns casos, a medicação oral
pode ser recomendada pelo médico. Vale destacar que, mesmo após o uso de shampoos,
loções ou medicamento oral, deve-se retirar as lêndeas, pois esses produtos não as eliminam.

As lêndeas podem ser retiradas utilizando-se uma mistura de água e vinagre na proporção
de 1:1 (partes iguais). O uso do vinagre ajuda a soltá-las dos fios. Para a retirada, pode-se
embeber os cabelos com a mistura, aguardar por meia hora, e depois usar o pente fino ou
mesmo as mãos. Pode-se, também, molhar o algodão na mistura e ir passando nos fios de
cabelo, da região da raiz até as pontas. Todas as pessoas que têm contato com o indivíduo
com pediculose da cabeça devem fazer o tratamento. É por isso que as escolas devem estar
atentas a essa questão, pois um aluno com a doença pode ser responsável por uma
infestação.
As principais maneiras de prevenir-se as diversas formas de pediculose são: evitando o
contato com pessoas infectadas pelo piolho e não compartilhando objetos de uso pessoal.
É importante que os responsáveis de crianças em idade escolar façam com frequência a
observação do couro cabeludo delas e, se possível, realizem com frequência a passagem do
pente fino.

É importante lembrar que a pediculose da cabeça é uma questão que deve ser comunicada
às escolas e creches, pois, mesmo que uma pessoa faça o tratamento de uma criança, ela
pode recontaminar-se caso não seja feito um esforço coletivo para barrar o problema.

Diagnóstico
O diagnóstico de pediculose é efetuado através da deteção de um ou mais piolhos vivos pela
observação direta do cabelo. Caracteristicamente vamos encontrar os piolhos a
movimentarem-se e as lêndeas ativas até cerca de 1 cm da base do cabelo. Um pente de
dentes finos auxilia nesta tarefa.
Sarcoptes scabiei

Sarcoptes scabiei é um artrópode que parasita tanto animais domésticos quanto o homem,
causando uma doença conhecida como escabiose no homem e sarna sarcóptica nos animais.
Sua distribuição é cosmopolita e é totalmente democrática em sua escolha das vítimas. A
prevalência é global é de aproximadamente 300 milhões de casos.

Sarcoptes scabiei é um ácaro que, como membro do


domínio Eukarya, é composto de células eucarióticas. Dentro deles, o DNA é devidamente
embalado no núcleo, formando os cromossomos. Eles são multicelulares porque são
compostos de vários tipos de células.

Eles são tripoblásticos e coelomed. Isso tem a ver com seu desenvolvimento embrionário.
Nesse período, fica evidente a presença de três camadas germinativas: endoderme,
mesoderme e ectoderme. São importantes porque a partir deles são formados os diferentes
órgãos e estruturas que irão constituir o indivíduo adulto.
Além disso, eles têm uma cavidade interna chamada celoma. Eles têm simetria bilateral, o
que significa que seu corpo é composto por duas metades exatamente iguais, unidas no
plano longitudinal.
Eles são dióicos, o que implica que os sexos são separados. Eles se reproduzem de forma
sexual, com fecundação interna e desenvolvimento indireto.
Da mesma forma, são de hábitos parasitários, especificamente ectoparasitas. Isso significa
que, para sobreviver, eles devem ser fixados à superfície do corpo do hospedeiro.
Finalmente, existem diferentes variedades de Sarcoptes scabiei, cuja classificação depende
do animal que utilizam como hospedeiro. É assim que isso é Sarcoptes scabiei var hominis,
que afeta o homem; Sarcoptes scabiei var bovis, que afeta o gado; Y Sarcoptes scabiei var
cuniculi, que ataca coelhos, entre outros.
Morfologia
Sarcoptes scabiei é um parasita extremamente pequeno, cujos indivíduos adultos têm entre
0,3 e 0,5 mm de comprimento. Como em muitas espécies de animais, as fêmeas tendem a
ser maiores que os machos.

O corpo tem aparência globosa e é composto por duas áreas ou zonas: gnatossoma e
idiossomo. Na sua superfície dorsal podem-se observar elementos como espinhos, estrias
transversais, cerdas e escamas.
O gnatossoma corresponde ao que seria a cabeça. Lá você pode ver as chamadas quelíceras,
que são apêndices em forma de pinça dotados de dentes.

Por outro lado, o idiossomo é a maior parte do corpo animal. Daí surgem as pernas, que se
organizam em quatro pares. Dois pares são orientados para a região anterior e os outros
dois para a parte posterior.
É importante mencionar que as pernas dianteiras são muito mais desenvolvidas do que as
traseiras. As fêmeas apresentam sugadores nos pares de patas 1 e 2, enquanto os machos
os apresentam nos pares 1, 2 e 4.
Da mesma forma, também existem diferenças quanto à localização do poro genital. No caso
dos machos, está localizado atrás do par 4 de patas, enquanto nas fêmeas está localizado
entre os pares de patas 2 e 3.

Ciclo de vida
Pelo fato de este ácaro apresentar um desenvolvimento indireto, ao longo de seu ciclo de
vida apresenta várias fases, quais sejam: ovo, larva, ninfa e, por fim, indivíduo adulto.
Todo o ciclo biológico ocorre em seu único hospedeiro, o ser humano. Como se sabe, este é
um parasita que se deposita nas camadas da pele, por isso é ali, especificamente, onde
causa estragos.
Sua reprodução é sexual, portanto, um processo de cópula é necessário entre a fêmea e o
macho. Assim que isso acontecer, ocorre a fertilização. É importante ressaltar que esse
processo ocorre na superfície da pele do hospedeiro.
Em seguida, a fêmea inicia sua transferência para o interior das camadas da pele,
especificamente para a camada córnea. Ao longo do percurso, ele cria túneis e também
desova, ou seja, sai dos ovos. Deixa em média 3 ovos por dia. O período de incubação é de 3
a 8 dias. A fêmea morre dentro dos túneis cavados por ela, aproximadamente 5 semanas
após a fecundação. O macho morre muito mais cedo, imediatamente após a fertilização.

Epidemiologia
Utilizando três marcadores microssatélites hipervariáveis, mostramos anteriormente que os
ácaros das sarnas nas pessoas são geneticamente distintos daqueles em cães em
populações simpatricas no norte da Austrália. Isso teve importantes ramificações na
formulação de políticas públicas de controle da saúde. Em contraste, análises filogenéticas
usando marcadores mitocondriais em ácaros sarna infectando vários hospedeiros animais
em outros lugares do mundo não poderiam diferenciar qualquer variação genética entre o
haplotipo ácaro e as espécies hospedeiras. Aqui analisamos ainda a relação intraespecífica
de Sarcoptes scabiei var. hominis com S. scabiei var. canis usando dna mitocondrial e um
sistema de marcador de microsatélite nuclear expandido. Estudos filogenéticos utilizando
sequências dos genes mitocondriais codificando para a subunidade 16S rRNA e Cytochrome
Oxidase eu demonstrei relações significativas entre haplotipos de S. scabiei MtDNA,
espécies hospedeiras e localização geográfica. Genotipagem multi-lócus usando 15
marcadores de microssatélites comprovaram dados anteriores de que o fluxo genético entre
populações de ácaros e ácaros em hospedeiros humanos e cães é extremamente raro no
norte da Austrália. Esses dados apoiam claramente nossa alegação anterior de que os
programas de controle de sarnas humanas em áreas endêmicas com s. scabiei var. hominis
e var. canis devem se concentrar na transmissão humano-humano. A divisão genética de
ácaros derivados de cães e humanos também tem implicações importantes no
desenvolvimento de testes de vacinas e diagnósticos, bem como o surgimento e
monitoramento da resistência a medicamentos em S. scabiei, no norte da Austrália.
Patogenia
Sarcoptes scabiei é o agente causador de uma doença chamada sarna. Coloquialmente, essa
doença também é conhecida como sarna.
É uma patologia bastante incômoda, caracterizada por lesões cutâneas e muita coceira. Está
amplamente distribuído por todo o planeta, mas é especialmente abundante em locais com
higiene precária e em locais onde as pessoas estão superlotadas.

Transmissão
A sarna é transmitida pelo contato direto entre uma pessoa infectada e uma pessoa
saudável. Isso ocorre porque o parasita é encontrado na superfície da pele.
Geralmente, a forma de infecção mais frequente é através da relação sexual ou dormindo
juntos, já que nessas atividades o contato pele a pele é prolongado, permitindo a
transferência do ácaro.
Da mesma forma, o contágio é possível, embora em menor grau, pelo compartilhamento de
itens pessoais como toalhas, roupas e lençóis.
Existem locais onde pode ocorrer surto de escabiose, pois ali existem muitas pessoas que
estão em contato constante. São escolas, creches, lares de idosos e até prisões.

Sintomas
A escabiose é uma patologia que apresenta sintomas bastante característicos. Os sintomas
que ocorrem incluem:

• Prurido. Isso é extremamente irritante, especialmente porque se intensifica à noite,


quando a fêmea bota os ovos. Pode ser generalizado ou localizado nas dobras
cutâneas, onde o parasita se aloja preferencialmente.
• Acne. Isso pode ser representado por pequenas saliências localizadas principalmente
no espaço entre os dedos, as dobras dos joelhos, o cotovelo ou punhos, o umbigo, a
dobra abaixo dos seios, a parte inferior das nádegas e nas axilas.
• Linhas finas na superfície da pele, que evidenciam os pequenos túneis que escavam
tanto as fêmeas quanto as larvas do parasita.
• Úlceras na pele. Isso é consequência do intenso arranhão das lesões cutâneas.
O tempo decorrido entre a infecção e a apresentação
dos sintomas é de aproximadamente seis semanas.

Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente baseado na observação das manifestações clínicas da infecção
por Sarcoptes scabiei. O médico pode observar a presença de lesões cutâneas feitas pelo
parasita e suas larvas à medida que ele se desloca pelas camadas da pele. Da mesma forma,
a presença simultânea de prurido ajuda a orientar o diagnóstico.

No entanto, para ter mais certeza, há especialistas que preferem colher uma amostra de
pele raspando-a. Esta amostra é observada ao microscópio e assim a infecção pode ser
confirmada, identificando ovos, larvas, ninfas e até ácaros adultos na referida amostra. Às
vezes, o médico pode até remover os ácaros das lesões superficiais da pele.

Tratamento e prevenção
O tratamento da escabiose é baseado na erradicação total do ácaro. Tanto a pessoa
infectada como aqueles que vivem com ela devem ser tratados igualmente, mesmo que não
apresentem sintomas. Os medicamentos mais comumente usados são permetrina, lindano,
benzoato de benzila, cromatiton e enxofre com vaselina. São medicamentos tópicos que
devem ser colocados, não só nas lesões, mas também em toda a superfície do corpo, do
pescoço para baixo. Da mesma forma, o tratamento também inclui profilaxia com todas as
roupas afetadas. Nesse sentido, roupas e lençóis devem ser lavados a uma temperatura de
aproximadamente 60 ° C. Em seguida, também devem ser secos em altas temperaturas,
para erradicar parasitas, ovos ou larvas que ali possam ser encontrados. Se todas as roupas
da pessoa afetada não puderem ser lavadas, é importante mantê-las longe do paciente e de
outras pessoas por 72 horas. Desta forma, se houver algum parasita, eles morrerão, pois
não podem sobreviver mais de 3 dias sem estar em contato com um hospedeiro.
Novamente, isso deve se aplicar a todos que vivem com a pessoa infectada com Sarcoptes
scabiei.
Porque a transmissão de Sarcoptes scabiei É baseado no contato direto entre as pessoas,
bem como no uso de implementos pessoais, as medidas preventivas são orientadas para
isso.

Em primeiro lugar, a primeira coisa a evitar é compartilhar roupas, toalhas e lençóis com
outras pessoas, especialmente se alguém estiver infectado com esse ácaro.
Da mesma forma, se alguém que você conhece foi diagnosticado com escabiose, é
importante evitar o contato direto de pele a pele com essa pessoa. Também é importante
lavar todas as roupas em água quente o suficiente para que você possa matar o parasita.

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