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LOMAR - Medja Pediculose
LOMAR - Medja Pediculose
Pediculose
Chimoio 2021
Formandos
Josefa Benjamim
Herder Paulino Guerra
Florência da Camela
Alexandre Uane
Turma: 1
Pediculose
Chimoio 2021
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Índice
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................. 1
1. Introdução ............................................................................................................................... 1
2. A pediculose ........................................................................................................................... 2
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO
1. Introdução
Neste presente aborda sobre pediculose. Pediculose é uma infestação causa pelo Pediculus
capitis, mais conhecido como piolho do couro cabeludo, afecta principalmente crianças em
idade escolar devido ao maior contacto e aglomeração de pessoas em escolas. É um problema
de saúde pública que traz sintomas físicos e psicológicos como coceira intensa e
constrangimento, respectivamente. Devido à coceira intensa que o piolho do couro cabeludo
provoca, pode levar ao ferimento da cabeça podendo abrir portas para outras infecções
secundárias, além disso, devido a perturbação que a criança sofre pode afectar seu rendimento
escolar além de causa um sentimento de vergonha perante os colegas. Muitos mitos rodeiam a
forma de contágio e tratamento desses parasitas, como a associação do pilho com a falta de
higiene e a pessoas menos favorecidas, ou a utilização de remédios caseiros, como, por
exemplo, água e sal para o tratamento. Há o uso descontrolado de xampus, que acabam
fortalecendo o parasito.
1.1. Objectivos
2. A pediculose
A pediculose é uma doença parasitária, comum na infância, causada por um insecto da
espécie Pediculus humanus capitis, vulgarmente conhecido como "piolho de cabeça". A
infestação por piolhos é endémica tanto em países desenvolvidos como em países em
desenvolvimento (PRÜSS, 2015).
Segundo (SOUZA, 2016) A pediculose é uma infestação parasitária causada pelo Pediculus
capitis, popularmente conhecido como piolho.
É um problema comum na infância, mas pode afectar qualquer pessoa independente de idade,
cor, sexo ou classe social.
2.2. Epidemiologia
A infestação por piolhos é endémica tanto em países desenvolvidos como em países em
desenvolvimento. Observa-se que todas as pessoas estão susceptíveis à pediculose,
independentemente de factores como níveis socioeconómicos ou idade. Porém, em relação
aos grupos etários, os piolhos infestam principalmente crianças em idade escolar, sendo que a
faixa etária mais comum é de 5 a 11 anos, alguns picos foram observados (JALEKO, 2018).
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O contacto directo cabeça-a-cabeça é a forma mais comum de transmissão, sendo que o uso
compartilhado de acessórios de cabeça, como bonés, gorros, escovas de cabelo e chapéus
também é uma forma de transmissão (LEUNG et al., 2005) citado por (JALEKO, 2018).
P. corporis P. capitis
Adultos Jovens e crianças
Países frios Sexo feminino
Partes cobertas do corpo Cabeça
Lêndeas aderidas as fibras das Lêndeas cimentadas na base dos ca
roupas belos
Dermatites, lesões na pele e infecções
Rickettsia e Borrelia
secundárias
Um trabalho feito por Catalá et. al., (2004) citado por (PRÜSS, 2015) mostrou que os
meninos têm susceptibilidade menor à pediculose do que o as meninas, atribuindo-se a isso o
fato de meninas terem o cabelo mais comprido, ficando mais expostos ao contágio, bem como
as dificuldades no tratamento, como no cuidado com cabelos durante a escovação com pente
fino.
2.5. Classificação
De acordo com (Eduardo, 2018) A pediculose é uma infestação parasitária causada pelo
Pediculus capitis, popularmente conhecido como piolho. O pediculose se classifica em três
espécies que parasitam o homem:
A nível mundial, nenhuma pessoa de qualquer idade, ou estrato social, está imune aos piolhos
P. h. capitis, ainda que esteja descrito que se houver grandes aglomerações de seres humanos,
estes estão mais sujeitos à infestação e se para além de grande aglomerações as condições de
higiene forem muito precárias e prolongadas, estão igualmente sujeitos a infestações por P. h.
humanus. Quanto à infestação por Phthirus pubis, também nenhuma pessoa está imune: no
caso de ser um adulto, se o companheiro ou companheira estiver parasitado, a transmissão irá
efectuar-se, na maior parte das vezes, por contacto sexual.
2.6. Localização
Segundo (JALEKO, 2018) Eles são artrópodes da classe Insecta e da subordem Anoplura. São
hematófagos, ou seja, insectos que se alimentam de sangue, acarretando diversos problemas
no que diz respeito à população mundial. Duas espécies são as mais estudadas e as que mais
importam dentro do estudo da parasitologia, que são:
2.8. Diagnostico
Clínico.
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Grau de Recomendação A.
A loção é o veículo preferido aos xampus.
Lave o cabelo com xampu, enxágue-o e enxugue com a toalha.
Deixe o produto agir por 10 minutos.
Passe o pente fino para a remoção dos piolhos e das lêndeas.
Enxágue o cabelo com água.
Se ainda houver piolhos após 7 dias da primeira aplicação, aplicar o medicamento pela
segunda vez.
2.10. Tratamento
Existem vários medicamentos para o combate a pediculose a base de organofosforados e
piretróides, mas é importante levar em consideração a resistência dos piolhos a estes
medicamentos, pois muitos destes são vendidos livremente sem receita médica (BARBOSA et
al, 2003; ANDRADE, 2006) citado por (SOUZA, 2016).
Muitos pais tentam combater os piolhos de forma caseira, utilizando vinagre, solução
de água e sal ou xampu a base de ervas medicinal como o boldo, porém, não se sabe o
real efeito desse tipo de tratamento caseiro.
O uso de pente fino é ainda a melhor medida a ser adoptada para a retirada dos
piolhos, entretanto, é preciso que haja também um trabalho educativo-preventivo para
que se possam evitar novas infestações.
Outros métodos manuais são: a catação, com a destruição do insecto em seguida
(preferencialmente ao fogo ou em imersão em frascos com álcool); escovação
frequente, para retirar principalmente adultos e ninfas, ou ainda, raspagem do cabelo
ou cortes mais curtos (NEVES et al., 2016).
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2.11. Complicações
De acordo com (PRÜSS, 2015) A pediculose tem como principais sinais e sintomas o prurido
(coceira), a irritação local, a presença de lêndeas (ovos) do parasita (“piolho”) aderidas ao
pêlo e a presença de parasitas em movimento (em especial quando do couro cabeludo).
A coçadura provoca escoriações que, além de tornar o prurido mais intenso, podem
provocar infecções de pele inicialmente localizadas como foliculite, impetigo ou celulite.
Estas, caso não tratadas, podem, ainda que raramente, evoluir para infecções sistémicas
potencialmente graves.
Caso uma criança não seja tratada/cuidada adequadamente, todas as outras crianças
ficam em risco de serem novamente infestadas. É importante enfatizar que o cuidado com o
coletivo de crianças é tão importante quanto o cuidado com cada uma delas.
2.12. Prevenção
Segundo (Faqueti, 2017):
Os ovos ficam incubados por um período de 6 a 9 dias, de onde eclode a ninfa I, essas
vão se alimentar perfurando a pele do couro cabeludo, sugando o sangue várias vezes por dia.
Após 3 a 5 dias a ninfa cresce para um segundo estágio. Mais 3 a 5 dias, ela mudam
novamente para um terceiro estádio de ninfa tendo praticamente o mesmo tamanho que o
adulto. Após três estágios, a ninfa transforma-se em adulto tornando-se sexualmente madura
(fig.1), (ANDRADE, 2006) citado por (SOUZA, 2016).
3.1. Conclusão
A pediculose é um problema de saúde a ser tratado colectivamente, onde as comunidades
precisam participar com atitudes preventivas. É importante que a escola tenha estratégias para
capacitar professores e mobilizar pais e alunos para que estes possam ter autonomia no
cuidado de sua própria saúde. Percebe-se pelos conteúdos expostos acima que a pediculose da
cabeça, além de ser mais prevalente em crianças, sua ocorrência pode sofrer influência de
vários factores, tais como: género, etnia, cultura, localização da população estudada (região
urbana ou rural) convivência ou não em ambientes colectivos, etc., que apresentam graus de
importância variados dependendo do perfil da população em estudo. Também chama atenção
o fato de que a maioria dos estudos é realizado em crianças em idade escolar. Isto se justifica
em grande parte pelo fato de que este é o grupo mais acometido e que sofre as principais
consequências desta ectoparasitose. Mas, a concentração dos estudos nesta faixa etária
também se deve às dificuldades geralmente encontradas em fazer estudos dessa natureza nas
demais faixas etárias/populacionais, principalmente nos adultos, os quais muitas vezes
resistem em ter suas cabeças examinadas para verificação da ocorrência da infestação.
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5. Nunes, S. C., Moroni, R. B., Mendes, J., Justiniano, S. C., & Moroni, F. T. (2015).
BIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA DA PEDICULOSE DA CABEÇA. Revista on-line
http://www.scientia.ufam.edu.br.