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03/08/2022

4 Riolitos e relacionadas
Prof. Dr. Fábio Braz Machado

 Rochas ácidas e intermediárias.

 O geólogo inexperiente considera essas


rochas como produto de cristalização
fracionada de basaltos.

 No entanto ocorrem também como produto


de fusão parcial da crosta sendo
característico de zonas de suprassubducção.

 Volumes numéricamente relevantes em Lips.

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andesito dacito riolito


Minerais Plag. zonado Plag. Feld
essenciais Na/Qz/Feld alk alk/Qz/Plag
Minerais Aug/enst/ol/hor Horn/biot/gra/p Horn/biot/px
qualificadores n x
IC mesoleucocrátic leucocrático Difícil (vidro)
o
Tamanho porfirítico Porfirítica Porfirítica
relativo dos (qz/feld alk) (qz/feld alk) em
cristais matriz vítrea

 Quanto tem análise geoquímica usamos o


TAS

 Quando possível, dacito e riolito podem ser


definidos por QAPF.

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 Andesito: rocha ígnea (não necessariamente


vulcânica), fina (não necessariamente)
mesoleucocrática, composta por muito plag + um
ou mais minerais máficos. Comumente porfirítico
com fenocristais de plag zonados. Pode ser
classificada em amostras de mão como gabróide.

 Dacito: rocha ígnea


lecocrática, fina, Geminação em macla/
geminação da sanidina/
Cristal maclado

geralmente com
fenocristais de plag.
Composto sobretudo
por plag Na + qz +
Feld AlK. Plag > Feld Geminação tabuleiro de xadrez/
tartan/microclínio

Alk

Geminação albita / Geminação polissintética

 Riolito: rocha ígnea leucocrática, fina,


geralmente composta por fenocristais de
qz+feldAlk em matriz vítrea ou
microcristalina.

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 Andesitos menos evoluídos são bem


parecidos com basaltos, a pista está no plag
zonado e teores altos de opx.

 Os andesitos tem temperatura de fusão mais


baixa que o basalto. Isso permite a
cristalização de minerais máficos hidratados
de baixa temperatura como horn (verde e/ou
marrom) e bit.

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Minerais máficos hidratados sempre mais


pleocróicos quando comparados com ol e
px.
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 Entre dacito e andesito a diferença é o qz em


abundância no primeiro. Raramente os
dacitos podem conter granada (contaminação
crustal)

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 Já o riolito tem mais feld AlK que o dacito,


muitas (mas muitas) vezes com matriz vítrea,
fraturas perlíticas (fraturas no virdro) e
estrutura esferulítica.

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 A cor varia com a composição, o


grau de intemperismo e a
granulação;

 Quanto menor o tamanho do grão


mais escura será uma amostra de
mão (independe da composição);

 Basaltos alterados tendem a formar


esfoliação esferoidal marrom-
chocolate, ao passo que andesitos
se desgastam para vermelho, cinza
ou verde.

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 O riolito se altera para cor branca / creme,


sendo o interior ainda escuro conforme grau
de alteração.

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 Derrames de andesito são semelhante aos


basálticos, mas são mais viscosos (maior
polimerização por SiO2).

 Resistência ao escoamento se movem menos que


o basalto. Nunca com feição pohoehoe, mas
comumente brechado.

 Dacitos e riolitos comumente formam domos de


lava (podem ser tabulares), muito frequente no
Brasil principalmente na região sul.

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Os derrames podem ser


tabulares ou na forma de
domos com múltiplas
injeções.

Lima et. al. (2012)

A prova dessas múltiplas injeções em domos são


as estrias de lava, marcando a própria rocha
mais antiga com cristas de até 2 mm mostrando
resistência ao escoamento (dacitos e riolitos).

http://fabiobrazmachado.com.br/

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Domo de lava ácida

Waichel et. al. (2012)

 Altos teores de SiO2 e as temperaturas mais


baixas dos líquidos magmáticos elevam a
viscosidade desses magmas.

 A maior evidência disso são os domos de lava


que se erguem diretamente sobre o conduto
na forma de flor.

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 1 – o liquido magmático diminui a


viscosidade a baixas temperaturas;
 2 – a presença de gases exsolvidos na
forma de bolhas diminui a capacidade
de escoamento do líquido (aumenta a
coesão);
 3 – o teor de voláteis dissolvidos
diminui a viscosidade;
 4 – teor dos cristais aumenta a
resistência ao escoamento;
 5 – A pressão alta da H2O, em
profundidade, rebaixa o solidus
inibindo a cristalização.

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 Os depósitos de púmice bandado em


depósitos piroclásticos podem gerar
ignimbridos soldado que passa a fluir e
parecer com um derrame de lava.

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 Andesitos e dacitos são frequentemente


porfiríticos, entre os fenocristais aparecem o
opx, horn (verde, marrom), biot, opacos, apa,
qz.

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 A frequência e a composição dos fenocristais


varia de acordo com a cristalização
fracionada.

 O arranjo seriado também é comum


evidenciando a cristalização polibárica.

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Quartzo, Feldspato
Essencial:
Alcalino.
Forma dos
Subédricos Biotita, zircão, Apatita
Minerais:
Acessória: e Rutilo, dentre
Holovitrea a
Cristalinidade outros.
Hipovitrea
Porfiritica ou
Tamanho relativo
Vitrofirica

Tamanho relativo Inequigranular.

Ácida,
Acidez e Sílica- Supersaturada
Saturação: (Assim como o
granito)
Índice de Cor: Hololeucocrática
Compacta, Magmas pobres em voláteis a
Estrutura: temperatura liquidus solidus
Maciça
diminuem com o progresso da
ascensão.

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 O fenocristais formados durante a ascensão


podem exibir foliação devido ao fluxo. O
bandamento é evidencia de mistura
(MINGLING) do magma em câmeras
magmáticas subvulcânicas.

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 A geminação do tipo sanidina é uma


característica dos feldaspatos alcalinos usada
como identificação do mineral e posterior uso
no QAPF.

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 Podem ocorrer tb zonação, sendo definida


como uma variação radial na composição de
um cristal. É detectada com facilidade em
plagioclásios

◦ Zonação Normal sem anéis: a composição varia em


uma direção a partir do núcleo rico em An para
borda empobrecida em An.

◦ Zonação Oscilante com anéis: A composição varia


de forma cíclica do núcleo a borda produzindo
anéis concêntricos.

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 O crescimento rápido dos fenocristais pode


aprisionar inclusões fluídas do próprio
liquido magmático na forma vítrea.

 A análise das inclusões proporciona o teor


real de voláteis no líquido. Que mostram 8%
de H2O em magmas de arco e 2500 ppm de
CO2

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 Uma queda de pressão em virtude a


ascensão pode fazer com que a
temperatura do magma subsaturado em
H2O se aproxime da temperatura
liquídus.

 O magma “m” está na cotética de


200MPa de H2O. Contem fenos de FA e
qz. Se a pressão cai a 50MPa a mesma
composição “m” estará na área do FA,
instabilizando o qz. O sistema torna-se
instável.

 O cristal de qz é reabsorvido em busca


da estabilidade.

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 A mistura de uma magma A com um magma


B primitivo (de maior temperatura) pode levar
à reabsorção ou zonação reversa dos
fenoscristais originalmente em equilíbrio em
A.

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 A evidência de reabsorção das partes internas


em um fenocristal de plag é o contorno
interno a nicóis paralelos. A readsorção pode
provocar CORROSÃO INTERNA FORMANDO a
arranjo peneira (SIEVE).

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 Diagrama AFM, a tendência das


rochas riolíticas dirigi-se ao FeO
antes de se inclinar para esquerda.
Reflete a redução do MgO no líquido
magmático e aumento de alk.

 Os pontos pretos, rochas com ponto


de inversão mais evidente no
diagrama, são de área de rifte
(distante de margens ativas).

 Os pontos brancos, mas espalhados e


menor curvatura, são rochas de zona
de subducção.

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 Rochas vulcânicas associadas


com arcos variam muito em
termo de teor de K2O o qual
se relaciona com estágio
evolutivo do arco e com a
localização da rocha relativa
ao eixo dele.

 A relação K2O – SiO2 e


aplicado apenas para magmas
de zonas de subducção.

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◦ Andesitos, dacitos e riolitos podem se formar como


produtos de CF de basaltos subalcalinos em
qualquer ambiente. Mas não é tão simples.
◦ A maior parte das ocorrências estão associados à
zonas de subducção.
◦ LIPs produzem, em média, 7% de andesitos e 3% de
riolitos e dacitos.

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 Arcos de Ilha

◦ É o ambiente onde a maioria


do volume extravasam sendo
intraoceânico e margem
continental ativa podendo
ultrapassar 2,5 km³ por ano.

◦ Os teores de voláteis são mais


altos principalmente H2O e
K2O chegando entre 4% a 7%.

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 Arcos de Ilha/insular

◦ É o ambiente onde a maioria


do volume extravasam sendo
intraoceânico e margem
continental ativa podendo
ultrapassar 2,5 km³ por ano.

◦ Os teores de voláteis são mais


altos principalmente H2O e K2O
chegando entre 4% a 7%.

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 Arcos de Ilha

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 Arcos de Ilha
◦ Tb possuem assinatura d
elementos traços como mostra a
figura a seguir.

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 Arcos de Ilha
◦ Tb possuem assinatura d
elementos traços como mostra a
figura a seguir.

Zona de rifte
Zona de subducção
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 Arcos de Ilha
◦ O teor de K2O para uma mesma %
de SiO2 , maior distante da
subducção ( de maneira geral).

+K2O

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 Arcos de Ilha
◦ O teor de K2O para uma mesma %
de SiO2 , menor próximo da
subducção ( de maneira geral).

+K2O

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 Arcos Continentais
◦ A petrogénese dos arcos continentais é geralmente diferente da que
ocorre nos arcos de ilha e em meio oceânico, pelo que predominam as
rochas pertencentes à série calco-alcalina e alcalina, com menos
toleítos e menos rochas POBRES em potássio;

◦ Os magmas ascendem por porções da crosta mais ESPESSA, menos


densas cujas composições se liquefazem (>>Sr). Extravasam a mais de
6000m nm , o que favorece a cristalização fracionada.

 Andesitos, dacitos e riolitos são encontrados


em diversos ambientes geotectônicos, mas
em maior abundância são encontrados em
zonas de suprasubducção;

◦ Esse vulcanismo se origina da fusão principalmente


do interior da cunha mantélica e não na placa
mergulhante

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 A H2O desempenha papel essencial na gênese


dos magmas por meio do rebaixamento do
sólidos;

 Texturas de reabsorção e de
sobrecrescimento, além da zonação
oscilatória, registram o histórico longo e
complexo da cristalização do magma;

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