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Ginastera sonata

Sem dúvida, Alberto. Os estudos do Villa, ou mesmo de Giuliani, são bem mais gostosos
de tocar que de ouvir. 
E o caminho difícil que leva da estranheza ao interesse não é exclusividade da música
contemporânea. Tente tocar uma missa de Machaut ou a Oferenda Musical para quem só
está acostumado a ouvir Chopin. Tente tocar Sor para quem só ouve Bruno & Marrone. 
Todo mundo, em algum nível, tem algum grau de estranheza em relação a alguma
linguagem musical. 
Não acho que o Ginastera precise de muita explicação; muita gente se impressiona com a
evidente teatralidade da obra, com seu vigor físico e seus ritmos empolgantes. Mas ele
precisa ser entendido por quem toca, do contrário fica uma versão adulterada, distorcida
da música, o que interfere com a apreciação. A gente sempre acha que Bach ou Giuliani
sofrem por serem mal tocados, mas uma peça como essa sofre tanto quanto. 
Existe uma linha que une Estancia https://www.youtube....h?v=JOG4Ct75DKk, 
com a 1a sonata de piano , https://www.youtube....h?v=ElimSlLfW7U
com com o 2º quarteto,  https://www.youtube....h?v=duUn84ErOMw
com a sonata para violão
e com a Cantata para América Mágica   https://www.youtube.com/watch?v=NHZRGIhlSgU.
Se a gente não vê isso e não lê a partitura da sonata direito, a apreciação fica muito
comprometida, vira só barulho. 

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