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2014
FÁBIO DE SOUSA NASCIMENTO GOMES
2014
Ficha Catalográfica
Agradeço a Deus por ter me abençoado e iluminado meu caminho, onde pude buscar
forças e serenidade nos momentos difíceis.
Aos meus familiares que compreenderam a minha ausência em vários momentos dessa
etapa e a todas as pessoas que diretamente ou indiretamente me apoiaram, deram conselhos,
trocaram experiências e conhecimentos.
Ao meu orientador Prof. Weslley Medeiros Torres e ao meu co-orientador Prof. Marco
Aurélio Fróes, pela ética, competência e dedicação demonstrada durante a realização deste
trabalho.
Autor desconhecido.
RESUMO
The objective of this graduating work is to develop a system to replace the ignition key on
departure, using the concept of biometrics consisting of a technology that analyzes the human
characteristics for security purposes. The conductor is identified by recognizing your
fingerprint, resulting in greater convenience for the user who bring these particularities can
permanently, not needing so carry any identification component as keys or cards. The
acquisition and identification of the user's fingerprint will be conducted through a biometric
reader of the optical type, which will replace the ignition key when starting the vehicle, in
order to add even more security against vehicle theft.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 18
3.1 HARDWARE.................................................................................................................. 54
3.1.1 CIRCUITO DO MICROCONTROLADOR ............................................................................. 54
3.1.2 CIRCUITO DISPLAY LCD............................................................................................... 55
3.1.3 CIRCUITO DE COMUNICAÇÃO SERIAL............................................................................ 55
3.1.4 CIRCUITO DE CONDICIONAMENTO DOS SINAIS DE ENTRADA ........................................ 56
3.1.5 CIRCUITO DE CONDICIONAMENTO DOS SINAIS DE SAÍDA .............................................. 56
3.2 SOFTWARE ................................................................................................................... 57
3.2.1 PROGRAMAÇÃO DO MICROCONTROLADOR ................................................................... 57
3.2.2 ESTRATÉGIA DE BLOQUEIO E PARTIDA DO MOTOR ....................................................... 58
3.2.3 ESTRATÉGIA DE CADASTRO DE USUÁRIOS .................................................................... 59
3.2.4 ESTRATÉGIA DE EXCLUSÃO DE USUÁRIOS .................................................................... 60
3.2.5 ESTRATÉGIA DA FUNÇÃO MANOBRISTA (VALET) ....................................................... 60
4. ANALISE E RESULTADOS............................................................................................. 62
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 65
INTRODUÇÃO
Com esse cenário nas ruas das cidades e com o constante avanço da tecnologia, a
indústria automobilística vem buscando e fazendo fortes investimentos para tornar os carros
mais eficientes contra furtos e roubos, onde sistemas de alarmes e imobilizadores cada vez
mais sofisticados estão sendo implantados nos veículos com o objetivo de minimizar esse
problema.
Mesmo com toda essa preocupação com a segurança esses sistemas são vulneráveis a
falha, as chaves podem ser perdidas, roubadas ou até mesmo o usuário pode ser abordado na
rua e o veículo levado.
Mas uma ideia que esta revolucionando todas as áreas que envolvem segurança e
reconhecimento de usuário é o uso da biometria, esse conceito está sendo cada vez mais
utilizado não só em ambientes que exigem alto nível de segurança, mas também em muitos
outros lugares, porque eles são convenientes e econômicos. Segundo pesquisas efetuadas
entre os vários sistemas biométricos comercializados, o de reconhecimento da impressão
digital ocupa a maior parte do mercado, pois é fácil de usar, de baixo custo e capaz de atender
vários tipos de aplicações. Tal conceito será explicado mais adiante.
Este trabalho tem como objetivo desenvolver um sistema que substitua a chave de
ignição no momento da partida, utilizando o conceito da biometria. O condutor será
identificado através do reconhecimento de sua impressão digital, ocasionando em uma maior
comodidade para o usuário que trazem essas particularidades permanentemente consigo, não
necessitando assim carregar nenhum componente de identificação como chaves ou cartões.
1.1.1 Chave
Acionamento da ignição;
Travamento mecânico da direção.
Travamento e abertura das portas do veículo.
1.1.2 Transponder
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-592205013-transponder-chip-t05-t16-t19-t32-t42-t44-toyota-g-
ch-_JM
Depois de ser alimentado pela bobina o transponder transmite o código secreto, que é
recepcionado pela antena do sistema e é verificado pela unidade do imobilizador se é uma
chave válida.
Adaptado de:
http://www.bestbuybrasil.com.br/products.php?product=Cilindro-de-Igni%C3%A7%C3%A3o-%252d-Bora-
%7B47%7D-Fox-%7B47%7D-Gol-%7B47%7D-Polo-%252d-3B0905855E
O led do sistema do imobilizador tem como função indicar o status do sistema, ao ligar
a ignição ela deve permanecer acessar por aproximadamente 3 segundos e apagar logo em
seguida indicando o correto funcionamento do sistema.
Na segunda ação, se por algum motivo o código do transponder não for reconhecido
pela unidade do imobilizador, está automaticamente envia uma mensagem negativa à unidade
de gerenciamento do motor que bloqueia todo o sistema de injeção, geralmente são
bloqueados os bicos injetores de combustível, a bomba de combustível e o sistema de ignição.
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1.3.1 Definição
O uso de características biológicas para identificação se mostra como uma ideia viável
porque cada pessoa possui as características mencionadas diferentes das outras. Por exemplo,
não há ninguém com a voz igual, com a mesma impressão digital ou com olhos exatamente
idênticos. Até mesmo entre irmãos gêmeos muito parecidos há diferenças.
Sabe-se, por exemplo, que o uso da impressão digital para assinar documentos foi
utilizado pelos antigos Assírios, Babilônios, Japoneses e Chineses.
O pessoal treinado media o comprimento e altura da cabeça, altura, largura dos braços
e dedos estendidos, etc. Em 1883, Bertillon começou a criar a sua base de dados de
criminosos e no mesmo ano teve reconhecimento público ao identificar um impostor.
Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/historia.html
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No final do século XIX, Sir Francis Galton apresentou uma nova classificação para as
impressões digitais usando os 10 dedos criando três padrões de classificação básicos. Galton
calculou em seu estudo que a chance de dois indivíduos possuírem a mesma impressão digital
era de 1 em 64 bilhões. Galton determinou por quais características as impressões digitais
poderiam ser reconhecidas (minúcias), que é basicamente o método em uso hoje.
O ser humano possui características que o torna único, como por exemplo, as
impressões digitais, a voz, o formato do rosto, a íris do olho. Sendo assim pode se dizer que
nós somos nossas próprias chaves de acesso. Transportando esse pensamento para o universo
da biometria, que consiste na identificação e verificação da identidade de forma automática de
um individuo, levando em conta as suas características biológicas e com o avanço
tecnológico, podemos realizar aplicações de identificação do usuário mais seguras e
confiáveis.
Por nem sempre necessitar da checagem do fundo do olho, é um método mais rápido
de identificação. A preferência por identificação da íris também se baseia no fato desta
praticamente não mudar durante a vida da pessoa.
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Para utilizá-lo, a pessoa deve posicionar sua mão no dispositivo leitor sempre da
mesma maneira como mostrado na figura 17, do contrário as informações de medidas poderão
ter diferenças. Por esse motivo, os dispositivos leitores contêm pinos que indicam onde cada
dedo deve ficar posicionado. Uma vez posicionado de forma correta câmeras captam uma
imagem superior e outra lateral de onde se extraem dados como altura, comprimento, área e
determinadas distâncias, transformando esses dados em um modelo matemático que é
comparado com uma base de padrões.
O reconhecimento facial pode ser realizado mediante uma câmera que captura dos
traços do rosto ou por padrões de emissão de calor infravermelho facial de uma pessoa.
Nesse processo a identificação funciona através da dicção de uma frase que atua como
senha. O usuário deverá informar a um reconhecedor a tal frase sempre que for necessária sua
identificação. O entrave dessa tecnologia é que ela deve ser usada em ambientes sem ruídos,
pois estes podem influenciar no processo. Além disso, se o indivíduo estiver rouco ou gripado
sua voz sairá diferente e poderá atrapalhar sua validação. Por esta razão, a identificação por
voz ainda é pouco aplicada.
que os vales entre esses sulcos como aparece em branco e estão em baixo relevo, a porção de
base das arestas de fricção.
Ultrassônica;
Capacitiva;
Térmica;
Por campo elétrico;
E óptica.
A oleosidade da pele não interfere nesse modelo de leitor que refletem bem a
topologia dos sulcos. Mas tem a desvantagem de serem unidades relativamente grandes e o
seu tempo no processo de captura maior do que os leitores ópticos.
Os leitores capacitivos utilizam corrente elétrica ao invés de luz como no óptico para
gerar a imagem das cristas e vales que compõem uma impressão digital.
Neste método cada pixel da matriz é parte de um micro capacitor. O pixel terá uma
placa do capacitor, a outra placa será a própria pele do usuário e o dielétrico será constituído
pelo material entre a pele e a placa do qual é constituído o suporte do dedo ou este material e
o ar que dependerá da parte do dedo que toca o pixel, se é um vale ou um sulco como
mostrado na figura 25.
No caso de um sulco tocar o pixel a capacitância será menor, pois a pele vai tocar
diretamente o material que separa a outra placa do capacitor. Se for um vale terá uma pequena
porção de ar entre a pele e o suporte, sendo assim o dielétrico terá uma constante maior que a
do outro caso, tendo a capacitância maior.
Nesse modelo a superfície de contato é mantida a uma dada temperatura não nociva. A
temperatura sem toque é conhecida em um pequeno intervalo de tempo após o contato com o
dedo a temperatura da superfície onde há o contato com os sulcos sofre uma variação,
enquanto na região dos vales sofre uma variação menor.
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O dedo deve tocar o gerador do sinal ao mesmo tempo que toca o sensor para que o
sinal seja captado na posição esperada e para que não sofra interferência de outros sinais
como é ilustrado na figura 27.
Esse tipo de leitor será usado neste trabalho e é um dos mais comuns utilizados
atualmente pelos desenvolvedores de aplicações com tecnologia biométrica através da
impressão digital.
Fonte: http://biometriabrasil.com/2012/08/29/leitores-de-impressao-digital-opticos/
O sistema CCD gera uma imagem invertida do dedo com áreas mais escuras
representando mais luz refletida pelos sulcos do dedo e áreas mais claras gerando menos luz
refletida pelos vales entre os sulcos iniciando o processo de digitalização.
entre a capturada e a armazenada, não existindo assim um número padrão para a programação
do scanner que dependerá do programador da aplicação, mas isso é um dado importante já
que pode afetar sua precisão e desempenho.
Com a necessidade de se transmitir e receber dados fora dos circuitos que constituem a
aplicação a ser desenvolvida, onde muitas vezes a longa distância gera uma distorção do sinal
elétrico que trafega em meios aos condutores, causando um problema de transmissão de dados
imprecisa.
Para sanar esse problema, foi criado um conceito chamado de comunicação de dados,
que estuda os meios de transmissão de mensagens digitais para dispositivos externos ao
circuito originador da mensagem, com o objetivo de que um sistema de comunicação forneça
a maior taxa de transmissão possível, com menor potência e com menor ruído possível.
dos dados que serão transmitidos e recebidos entre o microcontrolador e leitor de impressão
digital deste projeto.
Mas para que aja a transmissão de dados se faz necessário que se tenha um canal de
comunicação que nada mais é que um caminho sobre o qual a informação pode trafegar. Ela
pode ser definida por linhas físicas (fios), onde se conectam dispositivos de comunicação, ou
por rádio frequência, laser ou qualquer outra fonte.
Canal Half-duplex: Canal físico simples onde a direção de transmissão pode ser
revertida, podendo fluir nas duas direções, mas apenas uma de cada vez.
Esse leitor permite que se faça dois tipos de aplicações, sendo elas:
2.1.2 CARACTERISTICAS
Podemos observar a descrição dos pinos de conexão do módulo FIM5360 na tabela 05.
O display de cristal liquido LCD (Liquid Crystal Display) utilizado nesse projeto é um
dispositivo de visualização gráfica, para visualização de símbolos e caracteres. Ele tem a
função de servir como interface entre o usuário e o circuito mostrando as mensagens e
parâmetros que o sistema apresenta em seu funcionamento.
A maioria dos equipamentos digitais utilizam níveis de TTL ou CMOS. Portanto para
se conectar um dispositivo digital a uma interface RS232 é necessário transformar os níveis
TTL (0 a 5 volts) em RS232 e vice-versa. Para isso é utilizado circuitos integrados
denominados de conversores de níveis.
Ele inclui um circuito do tipo “charge pump” que é capaz de gerar tensões entre +10 e
-10 volts a partir de uma fonte de alimentação simples de +5 volts utilizando capacitores
externos conforme se pode observar na figura 39.
Devido à pequena faixa de corrente que temos nas saídas dos microcontroladores, no
caso do PIC18F4520 utilizado nesse projeto que está em torno de 20mA, o que no máximo
nos permite acender dois leds diretamente em sua porta, sem danificar o microcontrolador.
Componente esse que será utilizado em nosso trabalho e será descrito a seguir.
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2.5 CI ULN2003
3
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Conclui se então que o ganho deste tipo de configuração é maior, pois aproveita o
ganho dos transistores, no quais se multiplicam.
O circuito também é composto por diodos que serve de proteção contra corrente
reversa e resistores, que limitam a corrente de coletor e base.
3.1 HARDWARE
Partes do circuito elaborado no ISIS Professional serão demonstradas nas figuras que
descrevem a funcionalidade do projeto.
Microcontrolador;
Display LCD;
Circuito de comunicação serial;
Circuitos de condicionamento dos sinais de entrada;
Circuitos de condicionamento dos sinais de saída;
Módulo do sensor biométrico.
O circuito é composto por dois resistores de 10kΩ e 100kΩ, que tem como função
evitar continuas oscilações entre o nível lógico alto e baixo.
3.2 SOFTWARE
Esses pacotes possuem o tamanho máximo de 64 kBytes sendo formado pelo Start
Byte, Header, Data e Data Checksum, no qual esses dois últimos são opcionais e são enviados
apenas se necessário.
Para que isso fosse possível o código foi dividido em duas partes sendo condicionado
pelo sinal da porta do motorista seguindo a seguinte estratégia.
Para simular o relé de partida do veículo foi utilizado um cooler alimentado com uma
tensão de 12 Volts que representará o sistema indutivo do relé, onde o mesmo está sendo
chaveado por comando do microcontrolador após o usuário ser reconhecido pelo sistema
como mostra a figura 48 a seguir.
Essa estratégia foi dividida em duas partes por se ter a necessidade da função
manobrista que será explicado adiante.
Na primeira parte para que seja possível realizar o acionamento do motor de partida
será necessário que as seguintes condições sejam atendidas.
Essa função se faz necessária pelo problema do veículo ser levado a oficinas, lava
rápido e até mesmo pelo empréstimo do veículo a uma pessoa que não seja usuário do veículo
frequentemente.
Após esses procedimentos qualquer usuário poderá somente dar a partida no veículo não
sendo permitido qualquer outro procedimento. A partida deverá ser dada com a porta fechada
e pressionando o botão Start/Stop.
4. ANALISE E RESULTADOS
Para que isso fosse possível foi, utilizado um módulo de leitura óptico de impressões
digitais que utiliza a comunicação serial RS232 com o microcontrolador para efetuar o
cadastro e a identificação do usuário.
Esses pacotes são transmitidos e recepcionados tanto pelo leitor biométrico quanto
pelo microcontrolador.
Apesar da biometria através da impressão digital ser um sistema de alta precisão, ter
uma prevenção alta a acessos fraudulentos e ser uma tecnologia de fácil aplicação, ainda tem
desafios a serem vencidos, pois o sistema biométrico através da impressão digital sofre
interferência que foram observadas durante os testes do equipamento.
Essas interferências foram causadas por baixa oleosidade na digital, sujeira tanto na
lente do leitor quanto no dedo e principalmente pelo posicionamento incorreto do dedo no
leitor óptico que geraram falha na identificação como mostra a figura 57 que ilustra o
comando de solicitação de identificação do microcontrolador em amarelo para o leitor
biométrico que retornou uma resposta de falha na identificação.
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Esses detalhes geraram certo transtorno, pois teve que ser repetido o procedimento
desde o início. Sendo um desafio a ser superado como proposta futura.
5. CONCLUSÃO
Esse tipo de tecnologia tem a vantagem de ser de baixo custo, confiável e ter baixa
vulnerabilidade a falhas, tornando o veículo mais seguro contra furto e mais cômodo para
utilização do usuário, já que o mesmo não precisa se preocupar em carregar chaves ou cartões,
como utilizados nos veículos atualmente.
O mesmo sistema pode ser utilizado para outras aplicações, como a personalização de
outros sistemas de acordo com o perfil do usuário, por ser um sistema flexível e de fácil
utilização.
Alguns desafios precisam ainda ser vencidos para tornar o sistema mais eficiente, para
que ele se torne tão fácil de ser utilizado como a chave convencional evitando que usuário
tenha que repetir o procedimento.
Como por exemplo, o posicionamento correto do dedo no leitor biométrico, fator este
que influência no processo de identificação do usuário.
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Propostas Futuras
Mas o mesmo circuito pode ser empregado para outras funções de personalização e
conforto para tornar a utilização ainda mais segura e confortável para o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BOSCH, R. Manual de Tecnologia Automotiva. 25.ª Edição Alemã. ed. São Paulo: Ed.
Edgard Blucher, 2005.
Diagnostico nos Sistemas Imobilizadores III. Volkswagen do Brasil Ltda. São Bernardo do
Campo, p. 43. 2003.