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THIAGO DA SILVA MENDES FERREIRA

A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA GESTÃO


CORPORATIVA PARA O FOMENTO AO
EMPREENDEDORISMO

Bacabal
2021
THIAGO DA SILVA MENDES FERREIRA

A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA GESTÃO


CORPORATIVA PARA O FOMENTO AO
EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Administração.

Orientador(a): Flavia Silva

Bacabal
2021
3

THIAGO DA SILVA MENDES FERREIRA

A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA GESTÃO


CORPORATIVA PARA O FOMENTO AO
EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Administração.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Bacabal,18 de novembro de 2021.


4

Dedico este trabalho aos meus pais e


familiares que me apoiaram desde o
começo nesta jornada, aos meus
professores e amigos que acreditaram em
mim que atingiria o objetivo final.
5

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por tudo o que ele fez, sem ele não sou nada
e com a permissão dele conseguir atingir meus objetivos. E quero agradecer às
seguintes pessoas:
Aos meus pais, pelo incentivo me dado no começo do curso e apoio total no
decorrer do mesmo.
A minha namorada e futura esposa Flávia, que esteve presente me ajudando
sempre e deixando meu dia mais feliz.
Aos meus amigos da faculdade, Rener, Andreína, Gonçalo, João Rodolfo,
Dusyvan, Amável, Tamiris, Gleyce etc.
A minha família em geral, minha irmã Edvania que me deu apoio quando
realmente precisava.
Aos meus professores e coordenadores, que sempre estiveram presente para
ajudar no que fosse preciso.
Diante de tudo isso, eu fico grato a todos, aos que citei e não citei, pessoas que
fizeram parte desta jornada, estou grato por marcarem a minha vida positivamente e
irei levar no meu coração em toda a minha vida profissional.
6

“Há três tipos de empresas: Empresas que tentam


levar os seus clientes onde eles não querem ir;
empresas que ouvem os seus clientes e depois
respondem às suas necessidades; e empresas que
levam os seus clientes aonde eles ainda não sabem
que querem ir.” (Gary Hamel)
7

FERREIRA, Thiago da Silva Mendes Ferreira. A importância dos princípios da


gestão corporativa para o fomento ao empreendedorismo. 2021. X folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso de Administração – Faculdade Pitágoras, Bacabal,
2021.

RESUMO

Observa-se que no nosso cotidiano nota-se vários empreendedores ingressando no


mercado de trabalho, e que muitos deles têm problema para se desenvolver como
empreendedor ou até mesmo seu próprio negócio, seja por insuficiência de
conhecimento ou experiência, fazendo com que muitos desistam dos seus objetivos e
realizações como empresário. A problemática levantada para o objetivo de estudo é,
como a importância da Gestão Corporativa pode levar ao fomento do
empreendedorismo? Objetivou-se neste estudo compreender como a importância da
Gestão Corporativa pode fomentar o empreendedorismo. A metodologia aplica-se
através de uma revisão de literatura, qualitativa e descritiva, no qual foi realizada uma
consulta a livros, dissertações e por artigos científicos em sites confiáveis, publicados
nos anos de 2000 a 2021. Nos resultados confirmou-se a existência dos assuntos
abordados com mais frequência nos artigos estudados, abrangendo as seguintes
temáticas: conceitos envolvendo o empreendedorismo, gestão corporativa,
características e suas premissas, estímulos e crescimento. Finalizando-se que ainda
há muitos obstáculos para qualquer tipo de empreendedor que não pratica a gestão
corporativa, mas aquele que se esforça para entender e como se aplica a gestão em
sua empresa, este tem mais probabilidade de sucesso e estabilidade econômica e
geral.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Gestão Corporativa. Características e


Premissas.
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FERREIRA, Thiago da Silva Mendes Ferreira. The importance of corporate


management principles for fostering entrepreneurship. 2021. X sheets. Business
Administration Course Final Paper – Faculdade Pitágoras, Bacabal, 2021.

ABSTRACT

It is observed that in our daily life there are several entrepreneurs entering the labor
market, and that many of them have problems to develop as an entrepreneur or even
their own business, either due to insufficient knowledge or experience, causing many
to give up on the your goals and achievements as an entrepreneur. The issue raised
for the purpose of this study is, how can the importance of Corporate Management
lead to the encouragement of entrepreneurship? The aim of this study was to
understand how the importance of Corporate Management can foster
entrepreneurship. The methodology is applied through a literature review, qualitative
and descriptive, in which books, dissertations and scientific articles were consulted on
reliable websites, published in the years 2000 to 2021. The results confirmed the
existence of subjects addressed most frequently in the articles studied, covering the
following topics: concepts involving entrepreneurship, corporate management,
characteristics and its premises, stimuli and growth. Finally, there are still many
obstacles for any type of entrepreneur who does not practice corporate management,
but one who strives to understand and how management is applied in his company,
he has more probability of success and economic and general stability.

Keywords: Entrepreneurship. Corporate Management. Characteristics and


Assumptions.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBGC Instituto Brasileiro de Gestão Corporativa


CEO Chief Executive Officer
ANAO Australian National Audit Office
IFAC International Federetion of Accountants
CCE Característica de Comportamento do Empreendedor
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 CONCEITOS DE GESTÃO CORPORATIVA E EMPREENDEDORISMO............. 13
2.1 PREMISSAS E PRINCÍPIOS DA GESTÃO CORPORATIVA.............................. 14
2.2 EMPREENDEDORISMO..................................................................................... 16
2.3 MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO ....................................................... 16
3 APLICAÇÃO DA G. C. NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL................................19
3.1 APLICAÇÃO DA GESTÃO CORPORTIVA NO SETOR PÚBLICO.......................21
3.2 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS MINDSETS DE EMPREENDEDORES...................23
4 GESTÃO CORPORATIVA PARA FOMENTAR O EMPREENDEDORISMO.........26
4.1 EMPREENDEDORSMO CORPORATIVO...........................................................26
4.2 CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES........................................................28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................29
REFERÊNCIAS..........................................................................................................30
11

1 INTRODUÇÃO

Certamente em nosso mundo contemporâneo, o mercado em geral está cada


vez mais exigente e agressivo para novos empreendedores, e muitos não conseguem
sobreviver a este mercado por falta de conhecimento ou inexperiência, é normal que
algum empreendedor tenha bastante dificuldade no começo de seu empreendimento,
o mesmo fica na expectativa de dar certo, ou ficam ansiosos ao colocar em risco seu
capital e tempo para tentar evoluir seu negócio. Agora nos tempos atuais, tem crescido
bastante o número de empreendedores no Brasil, por vários motivos, como
autorrealização, independência, responsabilidade, novas tendências, mudanças no
mercado externo, fechamento de grandes empresas etc.
Justifica-se esta pesquisa visando entender como os princípios da Gestão
Corporativa pode impactar em grande escala positivamente o empreendedorismo e
que constitua um fortalecimento destas práticas internamente no ambiente de
trabalho, causando desenvolvimento no aspecto geral da empresa. Também dando
uma ressalva sobre qual mindset é necessário para aplicação da Gestão Corporativa
no ambiente organizacional. As organizações e a sociedade em geral serão
beneficiadas com tal pesquisa, pois terão a sua visão ampliada e poderão absorver
princípios em que poderão utilizar de várias maneiras em suas vidas, assim como
poderão utilizar em sua carreira profissional. Terão uma visão global e uma
perspectiva abrangente, que irá melhorar e desenvolver qualquer tipo de processo.
É bem verdade que existem vários estudos sobre o empreendedorismo, e
memo que seja básico ou nulo o conhecimento do empreendedor sobre tais estudos,
o empresário iniciante sempre irá tentar esboçar alguma estratégia para tentar
gerenciar seu empreendimento, incontáveis são as estratégias para gerenciar, nisso
implica a necessidade do empreendedor buscar estudos e estratégias para alavancar
seu empreendimento pessoal, uma estratégia que sirva tanto para microempresa,
quanto para empresas grandes do capital aberto, ou seja, uma estratégia que tenha
boas práticas para que consista em alavancar o empreendimento pessoal ao máximo.
É desfavorável, e de grande impacto negativo, uma ausência de estratégia de
gestão ao empreendedor iniciante, pois o mesmo irá passar por vários problemas e
conflitos, no qual não se dará por resolver na brutalidade, o empreendedor deve
buscar conhecimento sobre gestão e melhores práticas de corporação para começar
ou gerenciar seu negócio, sendo assim, encontrará um caminho nas práticas e
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premissas para ser um gestor de qualidade no seu empreendimento. Isso é bastante


relevante para quem quer gerenciar seu negócio com consciência e qualidade, e serve
para quem vai gerir uma empresa de capital aberto também, certamente quem escolhe
alguma estratégia de melhores práticas, tem maiores chances de sucesso no
empreendimento. A pesquisa aqui apresentada gira em torno da resolução da
seguinte problemática: como a importância da gestão corporativa pode levar ao
fomento do empreendedorismo?
O estudo teve como foco o objetivo geral compreender como a importância da
Gestão Corporativa pode fomentar o empreendedorismo. Os objetivos específicos
foram: definir gestão corporativa e empreendedorismo; conhecer as premissas
básicas de aplicação da Gestão Corporativa em um ambiente organizacional; explicar
e identificar qual mindset é necessário para o empreendedor iniciante ou experiente;
entender como os princípios e práticas da gestão corporativa pode estimular o
crescimento do empreendedorismo.
A metodologia adotada nesta pesquisa trata-se de revisão de literatura com
método de revisão bibliográfica qualitativa e descritiva, com base nos autores IBGC
(2015), Lodi (2000), Lameira (2001), Lethbridge (1997), Dornelas (2001), etc. Ao se
utilizar este tipo de pesquisa bastante específica, os procedimentos técnicos usados
serão elaborados a partir de material já publicado, como livros, artigos, periódicos e
Internet publicados preferencialmente nos últimos anos de maneira que se permita o
amplo e detalhado conhecimento. Os critérios de exclusão se basearam no descarte
de artigos sem teor científico. Serão utilizadas as palavras – chave: Gestão
Corporativa, Empreendedorismo, Organização.
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2 CONCEITOS DE GESTÃO CORPORATIVA E EMPREENDEDORISMO

Certamente, com a globalização e mudanças de mercado, gerou-se a


necessidade de criar princípios de governança corporativa para melhorar o
desempenho das organizações nas tomadas de decisões, para tentar mitigar os riscos
e padronizar as metodologias que são utilizadas na gestão.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015, p. 20), define
governança corporativa como o sistema pelo qual as empresas e demais
organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os
relacionamentos entre sócios, conselhos de administração, diretoria órgãos de
fiscalização e controle e demais partes interessadas.
A governança corporativa é um colapso nos mecanismos decisórios normais,
em virtude do qual um indivíduo ou grupo experimenta dificuldades na escolha de uma
alternativa de ação. Portanto, existe um conflito quando um indivíduo ou grupo se
defronta com um problema de decisão (LAMEIRA, 2001).
Um sistema como o conjunto de instituições, regulamentos e convenções
culturais que rege a relação entre as administrações das empresas e os acionistas ou
outros grupos aos quais as administrações devem prestar contas (LETHBRIDGE,
1997).
Lodi (2000, p.40) define quê:

Governança Corporativa é o sistema que assegura aos sócios proprietários o


governo estratégico da empresa e efetiva monitoração da diretoria executiva.
A relação entre propriedade e gestão se dá através do Conselho de
Administração, Administração, Auditoria Independente e Conselho Fiscal,
instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A boa governança
assegura aos sócios equidade, transparência, responsabilidade pelos
resultados (accountability) e obediência às leis do país (compliance).

Então com todas as mudanças das organizações no mundo contemporâneo a


gestão corporativa se tornou exponencialmente importante para as organizações, pois
ela surge em decorrências de necessidades de gestão, surgiu na busca por melhores
práticas de gerenciamento. No Brasil em 1995 foi criado o IBGC, Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa com intuito de melhorar as práticas das organizações,
criou um código de melhores práticas para melhorar o desempenho das empresas, o
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acesso ao capital e contribuindo fortemente para sociedade em geral, nos termos de


equidade, transparência e justiça.

2.1 PREMISSAS E PRINCÍPIOS DA GESTÃO CORPORATIVA

O IBGC (2015, p. 20) afirma que os princípios básicos da governança


corporativa permeiam, em maior grau, todas as práticas do Código, e sua adequada
adoção resulta em um clima de confiança tanto internamente quanto nas relações com
terceiros.
Certamente isso causa um impacto altamente positivo na empresa em quem
pôr isto em prática, ou seja, as boas práticas de governança corporativa convertem
princípios básicos em recomendações objetivas, alinhados interesses com a
finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização,
facilitando o seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da
organização, sua longevidade e bem comum (IBGC, 2015).
O IBGC (2015, p. 21) classifica e define os princípios básicos em quatro partes,
transparência, equidade, prestação de conta e responsabilidade corporativa,
respectivamente:
- Transparência: disponibilizar para as partes interessadas as informações de
grande valia que sejam de seu interesse, sendo assim, norteando a todos para a ação
gerencial e sua tomada de decisão;
- Equidade: se caracteriza pelo respeito mútuo entre todos, desde o funcionário
mais básico até o chefe proprietário, utilizando de tratamento justo e isonômico de
todos os funcionários e partes interessadas e cada um com seus direitos e
responsabilidades;
- Prestação de Contas: os administradores e agentes da governança em sua
organização devem prestar contas de sua atuação de modo claro e transparente,
assumindo em sua totalidade as consequências de seus atos e omissões e atuando
com diligência e responsabilidade no âmbito de seus papéis;
-Responsabilidade Corporativa: os administradores e agentes da
governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações,
reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar
as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos
capitais, no curto, médio e longo prazo.
15

Certamente alguns princípios criados ajudam até nos dias de hoje, norteando
empresas utilizando métodos por cargos para cada um exercerem suas respectivas
funções com transparência e fluidez, para a junção como um todo a organização
atingir os objetivos principais e consequentemente ao sucesso.
Seguindo os princípios eles têm por base começando pelo Conselho de
Administração, que devem se reunir periodicamente, ter controle sobre a companhia
e monitorar a gestão, a divisão de responsabilidade deve ser clara, deve haver
equilíbrio na distribuição de poder e autoridade. Se o CEO e o presidente do conselho
forem a mesma pessoa, deve haver membros independentes seniores no conselho, o
conselho pode pedir aconselhamento a profissionais independentes se necessário, às
custas da companhia (MONKS, 1992).
Para os Conselheiros não-executivos devem ter postura independente ao julgar
questões estratégicas, de performance, recursos, padrões de conduta, e a maioria do
conselho deve ser independente, as renovações de mandato não devem ser
automáticas. A seleção deve ser através de processo formal, e o processo e indicação
são atribuições do conselho como um todo (MONKS, 1992).
Já os Diretores-executivos devem haver total transparência sobre a
remuneração dos executivos (salário, stock options, bônus, etc), e a remuneração
deve ser objeto de recomendação um comitê de remuneração composto total ou
principalmente de conselheiros independentes (MONKS, 1992).
Sobre os relatórios e controles a recomendação é que seja de responsabilidade
do conselho apresentar uma avaliação equilibrada e compreensível da situação da
organização, o conselho deve assegurar uma relação objetiva e profissional com os
auditores, o conselho deve estabelecer um comitê de auditoria com no mínimo três
conselheiros que não sejam executivos da organização. O conselho deve explicar sua
participação na elaboração dos relatórios contábeis junto a um comunicado dos
auditores sobre suas responsabilidades, o conselho deve informar sobre a efetividade
do sistema de controle interno da empresa (MONKS, 1992).
As probabilidades de sucesso da empresa que adquirir estes princípios
aumentar é grande, é justo comparar estes princípios a grandes pilares de alguma
estrutura, ou seja, serve como uma base para que empresas devam sair do começo
e devam buscar competitividade além do que possam imaginar, uma organização que
leva estes princípios e realmente levam literalmente o nome organização por serem
organizadas podem alcançar níveis de mercado inimagináveis. De fato é relevante
16

afirmar que muitas empresas tem falhas organizacionais por falta de imposição de
princípios.
2.2 EMPREENDEDORISMO

Ultimamente nos tempos atuais o empreendedorismo vem ganhando bastante


força no mercado de trabalho, as pessoas tendem a seguir seus desejos e sonhos
montando seu próprio negócio e arriscando seu capital e tempo para atingir o sucesso
dentro deste mercado feroz. Certamente existem vários tipos de empreendedores e
seus extensos papéis, cada um com suas diferentes características, isso tem tornado
o empreendedorismo mais valorizado.
A palavra empreendedorismo, de origem francesa (entrepreneur), significa
aquele que assume riscos e começa algo novo (DORNELAS, 2001).
Uma das características do empreendedor é a motivação, que para Knudson
et al. (2004), os empreendedores são indivíduos altamente motivados para iniciar
novos empreendimentos, lançar novos produtos ou abrir novos mercados.
Outra característica do empreendedorismo que se torna um fator motivacional
para abrirem seus negócios é a realização pessoal, percepção de oportunidade no
mercado, problemas com o trabalho anterior, entre outros (MACHADO et al., 2003).
Dentre tantos motivos e circunstâncias para iniciar o empreendimento, existem
pessoas que começam o empreendimento com conhecimento prévio, como
experiências passadas, e existem pessoas que iniciam o empreendimento sem
conhecimento ou experiência alguma, também há pessoas com conhecimento
acadêmico e iniciam o seu próprio negócio. Subsistem tipos de pensamentos
denominados mindset e que são importantes para o empreendedor iniciante, pois seu
modo de pensar pode impactar grandemente em seu negócio.

2.3 MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO

De fato, o empreendedorismo trouxe vários aspectos fundamentais para um


bom empresário, seja iniciante ou experiente, para estudar, analisar e aplicar em seus
negócios, contudo existem várias dúvidas para os empreendedores, e informações
não verdadeiras podem acabar comprometendo o seu negócio, e o correto seria o
empresário buscar respostas claras e objetivas para alavancar sua empresa.
17

Michael Gerber, um renomado autor norte-americano, cita sem seu livro O Mito
do Empreendedor (2011), uma chamativa metáfora sobre o comportamento do
profissional diante da sua atividade de trabalho. Segundo ele, todas as pessoas tem
suas características variadas e peculiares.
Existe uma teoria criada por Gerber (2011) chamada de “a suposição fatal’’ que
retrata um gerente com excelentes habilidades em determinada empresa,
consequentemente o mesmo é questionado se não poderia abrir uma própria empresa
e começar seu negócio, e que ele pode ser dotado de entendimento e técnica na sua
empresa atual e com isso o mesmo supõe que poderá levar tais habilidades para abrir
seu empreendimento. A fatalidade segundo o autor está no fato de que não é verdade
isso, e que essa suposição é responsável por vários fracassos de empresas.
No que se afirma o autor, é relevante atentar-se:

“O lado técnico de um negócio e uma empresa que lida com essa técnica
são duas coisas totalmente diferentes! Porém, o técnico que inicia um
negócio próprio não vê essa diferença. Para ele, um negócio não é um
negócio, mas um local de trabalho.” (GERBER, 2011, p. 17).

É relevante afirmar que existe três tipos de personagens que se encaixam aos
profissionais de empresa, são eles: o empreendedor, o gerente e o técnico. O
empreendedor é aquele transforma a situação mais trivial em uma oportunidade
excepcional, é visionário e sonhador, é o fogo que alimenta o futuro, vive no futuro,
nunca no passado e raramente no presente, nos negócios é inovador, o grande
estrategista, o criador de novos métodos para penetrar nos novo mercados (GERBER,
2011).
O administrador é aquele que observa os cenários mercadológicos, planeja,
organiza e controla a organização, visando aumentar sua produtividade e inserção no
mercado. O técnico é aquele que executa, adora consertar coisas, vive no presente,
fica satisfeito no controle do fluxo de trabalho e é um individualista determinado.
Importante lembrar que é preciso derrubar o mito de que as empresas são
criadas por empreendedores que arriscam seu capital em busca do lucro: “as razões
pelas quais alguém abre uma empresa pouco tem a ver com empreendedorismo’’
(GERBER, 2011).
O autor Gerber (2011) refere em seu livro alguns mitos que podem ser evitados
como:
-Mito 1: empreendedores não são feitos, nascem;
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-Realidade 1: o empreendedor é formado pela acumulação das habilidades,


experiência e contatos. Com o tempo o mesmo desenvolve habilidades como
aproveitar diversas oportunidades de mercado após anos de experiência;

-Mito 2: qualquer um pode começar o um negócio;


-Realidade 2: os empreendedores que diferem entre ideia e oportunidade são
estes que têm mais chances de sobreviver no mercado, é bem mais fácil começar o
negócio, o mais difícil é sustentar;

-Mito 3: empreendedores são jogadores;


-Realidade 3: empreendedores de sucesso assumem riscos calculados,
procuram minimizá-los e tentam influenciar a sorte;

-Mito 4: se o empreendedor é talentoso, o sucesso acontecerá em um ou dois


anos;
-Realidade 4: raramente um negócio ter solidez em menos de três ou quatro
anos, os capitalistas diriam “o limão amadurece em dois anos e meio, mas as pérolas
levam sete ou oito anos’’;

-Mito 5: empreendedores devem ser jovens e ter energia;


-Realidade: idade não é barreira, a idade média de empreendedores de
sucesso é de 35 anos, mas há inúmeros exemplos de empreendedores com idade de
25 e 60 anos. O importante é a experiência com o mercado independente da idade;

-Mito 6: empreendedores experimentam grande estresse e pagam alto preço


por isso;
-Realidade 6: é verdade, mas não mais que outras profissões. Entretanto,
acham seu trabalho mais gratificante e preferem não se aposentar.
Com alguns mitos e realidades pode-se diferir como o empreendedor deve se
comportar perante o mercado, a sua sobrevivência também não depende só de prática
e experiências vividas, e sim a combinação de vários processos até sua característica
empreendedora estiver formada, sendo assim tornando um empresário forte e sólido
para qualquer desafio tendo elevado sua chance de sucesso dentro do mercado forte
e feroz.
19

3 APLICAÇÃO DA GESTÃO CORPORATIVA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Para aplicar ou implementar a gestão corporativa é necessária uma equipe de


gestão, e esse time deve ter um alto compromisso institucional, vinculado aos valores
morais, à missão e à visão que regem a organização. É possível estabelecer uma
governança corporativa desde o nascimento de uma empresa, isso pode ser feito por
meio da definição de estruturas de governos, alguns processos podem mudar
dependendo da empresa (CONTENT, 2019).
A primeira coisa a ser feita é estabelecer a estrutura organizacional através da
qual será possível aumentar a transparência da empresa, otimizar os recursos e definir
políticas que governarão cada processo. Deve-se tomar nota de todas as ideias que
surgirem e optar pelo mais importante e lógico, isso levará ao diálogo com parceiros
e acionistas para chegar a um acordo, identificar possibilidades de crescimento e
esclarecer dúvidas sobre o futuro da empresa. Uma vez formado o organograma, é
importante definir a missão, a visão e os valores da empresa e, posteriormente,
desenvolver a governança, métodos de controle e procedimentos de auditoria
(CONTENT, 2019).
Para Content (2019), a aplicação de um sistema de governança corporativa
permite que a empresa visualize objetivos a longo prazo, além disso, melhora a
qualidade do trabalho com um clima organizacional que possibilita que as ideias fluam
sem entraves. Essas características se refletem diretamente no interesse dos
investidores, que prezam em participar de uma empresa de sucesso, comprometida
com a sociedade e que acima de tudo seja transparente na execução de suas metas
e objetivos. As chances de passar por crises financeiras também são reduzidas, à
medida que os processos são mais controlados, o que facilita a tomada de decisões
(CONTENT, 2019).
Segundo o autor Content (2019), relevante dizer que qualquer empresa pode
usufruir dessa estratégia que ajuda a melhorar a direção dos negócios e permite tomar
decisões formais e apropriadas. Para uma empresa ter sucesso, é importante manter
o foco no desenvolvimento de processos que ajudam a identificar as necessidades do
cliente para satisfazê-lo da melhor forma possível.
Entendemos que a adoção correta de práticas de governança impactará
positivamente o desempenho corporativo de longo prazo. As ações que podem tomar
para implantar a governança corporativa na empresa: definir papéis e
20

responsabilidades; todos devem saber a quem responder. Isso é especialmente


importante para empresas em fase de crescimento. Nesses casos, é comum os
colaboradores receberem demandas de diferentes líderes, acumulando funções. Em
médio e longo prazo isso pode ser prejudicial para o negócio, pois sua capacidade de
entrega em algum momento ficará comprometida. Então, para começar a implantar a
governança corporativa, a dica é: primeiro coloque ordem na casa. Defina papéis e
funcionalidades e estabeleça uma hierarquia com líderes e liderados. Além da
segregação de funções, determine também um plano de remuneração para
executivos (GLICFAS, 2019).

Como define o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), “o


Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do processo de decisão
de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico. Ele exerce o
papel de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da
organização, sendo seu principal componente.” É recomendado ter um número ímpar
de conselheiros, os quais são eleitos pelos sócios. Ainda, é importante contar
com diversidade de perfis para que haja a pluralidade de argumentos.

Empresas devem identificar e avaliar regularmente os riscos que enfrentam,


incluindo riscos financeiros, operacionais, de reputação, ambientais, relacionados ao
setor e legais. Cabe à diretoria estabelecer o apetite ao risco da organização e
desenvolver uma estrutura e responsabilidades claras para gerenciar riscos. Já os
controles internos referem-se ao conjunto de procedimentos e métodos adotados em
toda a organização para garantir eficácia e eficiência das operações, precisão dos
registros, confiabilidade de relatórios financeiros, entre outros. Eles são
implementados pelo Conselho de Administração, pela diretoria ou por todos que
tencionam garantir os seguintes objetivos: salvaguardar ativos, conformidade com leis
e regulamentos, confiabilidade e transparência dos relatórios financeiros e eficiência
e eficácia das operações (GLICFAS, 2019).
Segundo Glicfas (2019) destaca-se que a adequação dos sistemas e controles
que a gerência implementa para identificar, avaliar, mitigar e monitorar o risco deve
ser revisada e melhorada constantemente.
Organizar processos de maneira geral é um dos requisitos para implantar a
governança corporativa. Isso porque eles auxiliam na definição de responsabilidades,
controles internos e padrões de trabalho a fim de garantir consistência e conformidade.
21

Implantar a Governança Corporativa significa acompanhar projetos e indicadores,


determinar planos de ação e monitorar o progresso da empresa. Para isso, deve-se
apostar nas reuniões periódicas entre sócios, diretores e Conselho Administrativo. É
fundamental que esses encontros sejam registrados em atas (GLICFAS, 2019).
A fim de que haja otimização do valor da empresa, é necessário que primeiro
seja feito um mapeamento para que se possa entender como estão os controles da
organização, em que grau é realizado o gerenciamento de riscos, quais processos
possui, como estão as definições de papéis, como é a transparência na divulgação
das informações, entre outros.

3.1 APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NO SETOR PÚBLICO

Nos Estados democráticos existem três órgãos de decisão altamente


importantes: o executivo, o legislativo e judicial. E é de se referir que é bem importante
para a governança pública o Tribunal de Contas detém um papel importante. Trata-se
de uma instituição independente, que controla o poder executivo. Nalguns países o
poder do Tribunal de Contas é mais restrito que noutros, mas em resultados dos
grandes escândalos ocorridos nos Estados Unidos, os governos estão a impor regras
que claramente separem o poder executivo das funções de auditoria. Está aqui uma
área em que a governança corporativa aprendeu diretamente da public governance,
mas apenas depois de elevados custos (Frey, 2003, p.21; Kaplan, 2003).
Os passos fundamentais para se atingir uma efetiva governança corporativa,
segundo o Australian National Audit Oficce – ANAO e de acordo com a literatura
existente sobre o tema (Barret, 2003) são seis, que as entidades públicas devem
seguir e aplicar para atingirem as melhores práticas de governança corporativa. Três
destes elementos, liderança integridade e compromisso remetem-nos para as
qualidades pessoais de todos na organização. Os outros três elementos,
responsabilidade, integração e transparência, são principalmente o produto das
estratégias, sistemas, políticas e processos estabelecidos (Días Zurro, 2001, p.21).
Segundo ANAO (2002), a governança do setor público requer liderança desde
o governo e/ou do órgão executivo da organização. Um quadro efetivo requer a clara
identificação e articulação da responsabilidade, bem como a compreensão real e
apreciação das várias relações entre os interessados da organização e aqueles que
são responsáveis pela gestão dos recursos e obtenção dos desejados resultados. No
22

setor público, é necessário uma lúcida e transparente comunicação com o Ministro e


é fundamental o estabelecimento de prioridades governamentais de modo claro.
A boa governança é muito mais do quê pôr as estruturas a funcionar, pugnar
pela obtenção de bons resultados e não é um fim em si mesma. As melhores práticas
de governança pública requerem um forte compromisso de todos os participantes,
para serem implementados todos os elementos da governança corporativa.
Isto exige uma boa orientação das pessoas, que envolve uma comunicação
melhor, uma abordagem sistemática à gestão da organização, uma grande ênfase nos
valores da entidade e conduta ética, gestão de risco, relacionamento com os cidadãos
e os clientes e prestação de serviço de qualidade (ANAO, 2002).
Para ANAO (2002), a integridade tem a ver com a honestidade e objetividade,
assim como altos valores sobre propriedade e probidade na administração dos fundos
públicos e gestão dos negócios da entidade. Ela é dependente da eficácia do controlo
estabelecido e dos padrões pessoais e profissionalismo dos indivíduos dentro da
organização. A integridade reflete-se nas práticas e processos de tomada de decisão
e na qualidade e credibilidade do seu relatório de performance.
Os princípios da governança corporativa requerem de todos os envolvidos que
identifiquem e articulem as suas responsabilidades e as suas relações, considerem
quem é responsável por quê, perante quem, e quando, o reconhecimento da relação
existente entre os interessados e aqueles a quem confiam a gestão dos recursos e
que apresentam resultados. (ANAO, 2002).
Requer também uma compreensão clara e apreciação dos papéis e
responsabilidades dos participantes no quadro da governança, onde os Ministros, a
Administração da entidade e o CEO são componentes chaves de uma
responsabilidade saudável. O afastamento destes requisitos impede a organização de
conseguir seus objetivos.
A abertura, ou a transparência, consiste em providenciar aos interessados a
confiança no processo de tomada de decisão e nas ações de gestão de entidades
públicas durante a sua atividade. Sendo aberta, através de significativos encontros
com os interessados na empresa, com comunicações completas e informação segura
e transparente, as ações são mais atempadas e efetivas. A transparência é também
essencial para ajudar a assegurar que os corpos dirigentes são verdadeiramente
responsáveis, e isso é importante para uma boa governança (ANAO, 2002).
23

A International Federation of Accountants - IFAC (2001) realça que "a


transparência é mais do que estruturas ou processos. Ela é também uma atitude e
uma crença entre os intervenientes chaves, políticos, funcionários públicos e
outros stakeholders, a quem a informação tem de ser exibida, e não é detida por
qualquer entidade particular, ela é um recurso público, assim como o dinheiro público
ou os ativos".
O desafio real não é simplesmente definir os vários elementos de uma efetiva
governança corporativa, mas garantir que eles estão holisticamente integrados dentro
de uma abordagem de organização, pelos seus funcionários e bem compreendida e
aplicada dentro das entidades. Se estiver corretamente implementada, a governança
corporativa pode providenciar a integração do quadro de gestão estratégica,
necessária para obter os padrões de performance de resultados requeridos para
atingir as suas metas e objetivos (ANAO, 2002).
Os cidadãos esperam uma boa governança corporativa das suas autoridades
governamentais e, por isso, a sociedade reclama cada vez mais que as autoridades
governamentais prestem contas. O governo é não só responsável perante o
Parlamento como também perante outras partes, nomeadamente a sociedade. Esta
situação é causada por todas as vertentes do progresso da sociedade, tais como o
incremento no nível de educação das pessoas, acompanhado por um aumento na
emancipação, dos progressos verificados no campo das tecnologias da informação, e
a influência dos meios de comunicação. É importante que um gestor no sector público
saiba controlar os riscos associados à sua posição na administração pública, pelo que
uma análise governamental se mostra como ferramenta útil para se alcançar isso.
Este trabalho discute a forma como essa análise pode ser realizada.

3.2 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS MINDSETS DE EMPREENDEDORES

Para Dweck (2017, p. 12-13) existe dois mindsets em uso nos seres humanos,
o mindset fixo, que cria a necessidade constante de provar a si mesmo seu valor. Se
você possui apenas uma quantidade limitada de inteligência, determinada
personalidade e certo caráter moral, nesse caso terá de provar a si mesmo que essas
doses são saudáveis, caso contrário seria ruim se sentir-se deficiente em tais
qualidades limitadas. O mindset de crescimento se baseia na crença de que você é
capaz de cultivar suas qualidades básicas por meio de seus próprios esforços.
24

Embora as pessoas possam diferir umas das outras de muitas maneiras em


seus talentos e aptidões iniciais, interesses ou temperamentos, cada um de nós é
capaz de se modificar e desenvolver por meio do esforço e experiência (DWECK,
2017). Sendo assim, para aplicar isto ao empreendedorismo e começar o negócio
inicial, é sábio ter o mindset de crescimento, pois assim o empreendedor pode se
moldar com conhecimentos e experiência, sempre evoluindo para melhorar seu
negócio, logo, o empresário poderá ter a mentalidade de desenvolvimento, sendo
capaz de sempre absorver conhecimentos novos e aplicar ao seu empreendimento.
Segundo Minuzzi, Vargas e Fialho (2016), as características referentes à
realização estão relacionadas com o desafio pessoal e a competição como forma de
autoavaliação; já em relação ao planejamento, as CCEs estão associadas ao modo
como se planeja fazer determinado trabalho. E por último, as CCEs referentes ao
poder representam a influência exercida sobre as pessoas e o poder de mudar a
opinião de terceiros (MINUZZI; VARGAS; FIALHO, 2016). Essas características
empreendedoras contribuem para alcançar o êxito nos negócios e enfrentar os
desafios de empreender, da mesma forma que sua inexistência pode inviabilizar a
formação de um negócio.
O Mindset é uma atitude direcionada a determinado tipo de objetivo, sendo este
de aprendizado/ desenvolvimento ou de desempenho (DWECK, 1999, 2017). Quando
um indivíduo possui um direcionamento a objetivos de aprendizado (Mindset de
crescimento), este irá se empenhar em aprender coisas novas, irá procurar sempre
se desenvolver, em qualquer setor da sua vida, seja pessoal ou profissional, haja vista
que acreditará que suas habilidades são maleáveis, não se conformando com seu
status-quo. Isso não acontece quando o indivíduo tem uma propensão a objetivos de
desempenho (Mindset fixo), que caracteriza aquele que acredita que suas habilidades
já são pré-definidas, determinadas pela genética, limitadas, e, por isso, empenha-se
em mostrar que é bom naquilo que já faz, tornando-se competitivo, visto sua
necessidade de mostrar que seu status-quo é algo de que deve se orgulhar e em que
deve se agarrar com afinco, mesmo que signifique bloquear toda a oportunidade de
desenvolvimento e mudança que venha a enfrentar (DWECK, 1999, 2017). Esse
comportamento direcionado às teorias incrementais e de entidade foi comprovado na
metanálise realizada por Burnette et al. (2013).
Analisando também as características do Mindset fixo, Mindset de crescimento
e o Potencial Empreendedor, percebe-se que as características de indivíduos com
25

Mindset de crescimento se assemelham às características dos indivíduos com


Potencial Empreendedor. Em contrapartida, as características dos indivíduos com
Mindset fixo não possuem similaridade com os traços das pessoas que possuem o
Potencial Empreendedor. As Dificuldades para empreender, as quais foram
analisadas pela pesquisa, são fatores que inibem o ato de empreender. Segundo
Baggio e Baggio (2015), no Brasil há uma parcela significativa de empreendedores
em potencial, os quais não estão empreendendo devido às dificuldades que estão
presentes no país. Dessa forma, propõe-se que tais fatores causam um efeito negativo
no Potencial Empreendedor. Além disso, alguns autores (DORNELAS, 2012; GEM,
2016; ESLABÃO; VECCHIO, 2016) afirmam que em países em desenvolvimento,
como o Brasil, é mais comum o empreendedorismo por necessidade, devido às
dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Ou seja, os indivíduos “decidem
empreender por não possuírem melhores alternativas de emprego, propondo-se criar
um negócio que gere rendimentos, visando basicamente a sua subsistência e de seus
familiares” (GEM, 2016, p. 29).
Diferente das pessoas com o Mindset fixo, aquelas com o Mindset de
crescimento acreditam que as habilidades podem ser desenvolvidas por meio do
esforço, orientação e boas estratégias (DWECK, 2017). Por isso procuram
desenvolver sua cognição por meio do aprendizado e do desafio, enxergando o
fracasso não como falta de inteligência e competência, mas como um estímulo para o
crescimento e ampliação de suas habilidades (DWECK, 2017; DWECK, 2012). Com
essa visão, esses indivíduos procuram por tarefas desafiadoras e mudanças que
penetrem em sua zona de conforto, estando mais dispostos a assumirem riscos,
enfrentarem os obstáculos e suas limitações (DWECK, 2017).
Portanto, indivíduos com Mindset de crescimento estão mais dispostos a lidar
com a incerteza e aceitar os resultados indesejados, não temendo os desafios que
surgiram para atingir seus objetivos. Portanto essas características auxiliam o
indivíduo a desenvolver o Potencial Empreendedor e não ter receio em abrir seu
negócio, refreando o entendimento de que o fato de o negócio não ter tido sucesso
não o qualifica o indivíduo como alguém desprovido de habilidade e inteligência. Ele
enxerga os obstáculos sob uma perspectiva de evolução cognitiva e, por meio do
aprendizado, não se intimida em abrir seu próprio negócio, persistindo em seus
objetivos, procurando sempre aprender com seus pares e com o ambiente ao seu
redor.
26

4 GESTÃO CORPORATIVA PARA FOMENTAR O EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo que utiliza as práticas da gestão corporativa pode se


tornar uma arma de gerar lucro para qualquer organização que a utilize, como o
empreendedorismo vem com objetivo de criar valor organizacional e melhorar os
processos e inovação e ampliar seu poder competitivo, a empresa precisa se preparar
adequadamente, ou seja, os gestores tem que implementar as práticas e premissas
no ambiente organizacional.
Segundo Cunha e Santos (2006) identificam que uma empresa inovadora
estimula o empreendedorismo com as práticas da gestão corporativa como ferramenta
de alavancagem de inovação.
Grego et al. (2009) afirma que uma empresa que tem empreendedores que
usam e aplicam das premissas e princípios da gestão corporativa é caracterizado pela
participação dos empregados na inovação da empresa, ou seja, quando se pretende
buscar o sucesso, utilizam-se por meio das políticas e práticas de incentivo e estímulo
ao funcionário, em que resulta o comportamento automático dos empregados gerando
inovação.
Hornsby, Kuratko e Zahra (2002) realizaram um estudo com gerentes de nível
organizacional intermediário, em que utilizaram duas amostras separadas, uma com
231 gerentes que participavam de um programa de treinamento de uma universidade
norte-americana e outra com 530 gerentes de empresas norte-americanas e
canadenses de manufatura, serviços e organizações financeiras de 17 empresas
diferentes. No estudo, Hornsby et al. (2002) identificaram 84 tipos de práticas
gerenciais de promoção, estímulo e apoio ao empreendedorismo corporativo, que
foram agrupadas em cinco fatores: apoio da diretoria, flexibilidade nas atribuições do
cargo, recompensas e incentivos oferecidos aos empreendedores corporativos,
disponibilidade de tempo para ser alocado em projetos empreendedores e flexibilidade
para interagir com diferentes níveis hierárquicos da empresa. Isso mostra o quão a
empresa e seus empreendedores podem chegar ao sucesso utilizando os princípios
e premissas da gestão corporativa em seu ambiente organizacional.

4.1 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO


27

Kuratko et al. (2005) mostraram que empresas que fomentam ações de


empreendedorismo corporativo conseguem identificar e viabilizar a exploração de
novas oportunidades de inovações. Para esses autores, esse processo estimula a
manifestação de ações proativas, típicas de empreendedores corporativos, e contribui
para que a empresa crie vantagens competitivas. Outros autores, como Shane e
Venkataraman (2000) e Zahra e Dess (2001), de forma pioneira, haviam identificado
que empresas empreendedoras se distinguem das demais por sua capacidade de
reconhecer e perseguir oportunidades antes de seus concorrentes, mesmo que
disponham de uma base limitada de recursos.
Para que as empresas possam ter ações de empreendedorismo corporativo,
Ferraz, Costa, Duarte, Oliveira e Leocádio (2008) identificaram que o surgimento
dessas ações resultava da existência de mecanismos capazes de reconhecê-las e
apoiá-las dentro de empresas já existentes. Em relação aos resultados obtidos pelas
iniciativas de empreendedorismo corporativo, Zahra e Garvis (2000) ressaltaram a
melhora do desempenho competitivo da empresa por meio de inovações pioneiras.
Esse pioneirismo decorre da busca proativa de oportunidades.
Mair (2002) classificou como resultados obtidos com ações típicas de
empreendedorismo corporativo, dentre outros: desenvolvimento de novos produtos
e/ou serviços; abertura de novos negócios na empresa mãe; entrada em novos
mercados; criação de novas empresas independentes, mas com participação da
empresa mãe. Na mesma linha, Antoncic e Hisrich (2001) agregaram à lista anterior
de resultados o desenvolvimento de novas tecnologias, novas técnicas
administrativas, novas estratégias e até mesmo novos posicionamentos competitivos.
Sharma e Chrisman (1999) e Seiffert (2005) acrescentaram como ações típicas de
empreendedorismo corporativo as atividades de criação de negócios e a renovação
estratégica do negócio principal da empresa mãe.
O empreendedorismo corporativo tem como objetivo final gerar novas fontes
de receita para a empresa mãe (Ahuja & Lampert, 2001), melhorar sua posição
competitiva (Barringer & Bluedorn, 1999; Kuratko et al., 2005), ou melhorar seu
desempenho financeiro (Zahra & Covin, 1995; Zahra & Garvis, 2000; Kuratko et al.,
2005). É possível entender que todos esses objetivos, para serem alcançados,
dependem de a empresa ter criado valor adicional para o cliente ou ter aprimorada
sua operação.
28

As influências das ações de empreendedorismo corporativo nos resultados das


empresas foram objeto de estudo de Antoncic e Hisrich (2001) e de Kuratko, Ireland
e Hornsby (2001), que demonstraram que tais ações influenciam positivamente uma
série de indicadores de desempenho da empresa. Exemplos desses indicadores
incluem lucratividade, tíquete médio por venda, taxa de crescimento na receita e nos
ativos, dentre outros (Kuratko & Goldsby, 2004).

4.2 CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES

O código de conduta tem por finalidade principal promover princípios éticos e


refletir a identidade e a cultura organizacionais, fundamentado em responsabilidade,
respeito, ética e considerações de ordem social e ambiental. A criação e o
cumprimento de um código de conduta elevam o nível de confiança interno e externo
na organização e, como resultado, o valor de dois de seus ativos mais importantes:
sua reputação e imagem (IBGC, 2015).
Segundo o IBGC (2015), a administração é responsável por dar o exemplo no
cumprimento do código de conduta. O conselho de administração é o guardião dos
princípios e valores da organização. Entre suas responsabilidades está disseminar e
monitorar, com apoio da diretoria, a incorporação de padrões de conduta em todos os
níveis da organização.
O código de conduta deve ser elaborado segundo os valores e princípios éticos
da organização. Ele deve fomentar a transparência, disciplinar as relações internas e
externas da organização, administrar conflitos de interesses, proteger o patrimônio
físico e intelectual e consolidar as boas práticas de governança corporativa. Deve
complementar as obrigações legais e regulamentares, para que considerações éticas
e relativas à identidade e à cultura organizacionais influenciem a gestão. Princípios
éticos devem fundamentar a negociação de contratos, acordos, o estatuto/contrato
social, bem como as políticas que orientam a diretoria (IBGC, 2015).
O código de conduta deve também estabelecer um valor máximo até o qual
administradores e funcionários possam aceitar bens ou serviços de terceiros de forma
gratuita ou favorecida.
29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Enfatizou-se a transcendência deste tema sobre a importância dos princípios


da gestão corporativa para o fomento ao empreendedorismo, pois de acordo com o
cenário atual proposto pelo mercado é de importância ressalvar que se torna mais
necessário o empreendedor aprender a gestão corporativa para aplicar em seu
empreendimento, seja inexperiente ou iniciante, seja um empreendedor nato
experiente, de certo que poderá aumentar as chances de sucesso de sua empresa.
Dentro deste estudo, buscou-se descrever sobre o conceito de gestão
corporativa, no qual é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios,
conselhos de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais
partes interessadas. Fala-se também sobre empreendedorismo, no qual é a ação
onde o indivíduo ou um grupo de pessoas dotadas de habilidades ou não decidem
inovar em seu négócio/empresa, afim de suprir de maneira diferenciada as demandas
de seus clientes e atração de novos clientes, para manter-se vivo e em
competitividade no mercado de trabalho. Nesse estudo, destaca-se as características
da gestão corporativa e empreendedorismo, falando sobre os mitos e verdades e suas
premissas.
Pontua-se sobre a aplicação da gestão corporativa no ambiente organizacional,
a importância de ter uma equipe em que a comunicação seja transparente e que essa
aplicação melhora a qualidade de trabalho, organização de membros e empresa, e
que é possível fazer essa aplicação no nascimento da empresa. Citou-se ainda sobre
os tipos de mindset e quais os necessários para vincular com os princípios da gestão
corporativa, também foi falado sobre a aplicação da gestão corporativa no setor
público, visando melhora de serviços e transparência nos serviços governamentais.
Portanto, mesmo diante de vários desafios e desvantagens impostos pelo
mercado, sai na frente quem aplica os princípios da governança corporativa em seu
negócio, assim gera grande vantagem competitiva e organização de vários setores
dentro da empresa, sendo assim, o empreendedor pode conseguir grandes resultados
sem muito esforço e só com organização, utilizando os princípios da gestão
corporativa.
30

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