Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PESQUISA EM DIREITOS
HUMANOS FUNDAMENTAIS E
METODOLOGIA DA PESQUISA
JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
PESQUISAS EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E
METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
VOLUME 1: DIREITOS HUMANOS & EMPRESA
ISBN: 978-17-047-3137-7
Capa: Lásló Moholy-Nagy. Sem Título de Konstruktionen. (Kestermappe 6 –
Construções. Kertner Portfolio6), 1923.
COORDENAÇÃO GERAL:
Célia Barbosa Abreu
Manoel Messias Peixinho
Tauã Lima Verdan Rangel
COORDENAÇÃO ACADÊMICA:
Edson Alvisi
Sérgio Gustavo de Mattos Pauseiro
ORGANIZAÇÃO:
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direitos, Instituições e Negócios
(PPGDIN/UFF)
APOIADORES:
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Econômico e Desenvolvimento
da Universidade Cândido Mendes (UCAM)
Editora: Kindle Edition
CONSELHO CIENTÍFICO & EDITORIAL
A Comissão Científica será presidida pelos Professores Dra. Célia Barbosa Abreu, Fábio
Carvalho Leite e Manoel Messias Peixinho, sendo composta pelos seguintes membros:
André Ordacgy; Antón Lois Fernandez Alvarez; Caitlin Sampaio Mulholland; Cândido
Francisco Duarte dos Santos e Silva; Carla Appollinário de Castro; Carolina Altoé Velasco;
Clarisse Inês de Oliveira; Eder Fernandes Monica; Edson Alvisi Neves; Fábio Carvalho
Leite; Fabrízia Bittencourt; Fernanda Pontes Pimentel; Fernando Gama de Miranda Netto;
Giselle Picorelli Yacoub Marques; João Marcelo de Lima Assafim; Marcus Fabiano
Gonçalves; Monica Paraguassu; Patrícia Garcia dos Santos; Plínio Lacerda Martins;
Rogério Pacheco Alves; Sérgio Gustavo de Mattos Pauseiro; Thadeu Andrade da Cunha.
COMISSÃO EXECUTIVA
A Comissão Executiva será presidida pelos Professores Dra. Célia Barbosa Abreu,
Fábio Carvalho Leite e Manoel Messias Peixinho, sendo composta pelos seguintes
membros: Alex Assis de Mendonça; Alexander Seixas da Costa; Andrea Drumond de
meireles Seyller; Anna Terra; Aurea Luise Abreu Alves; Camille Pacheco Carvalho;
Beatriz Azevedo Rangel; Caroline Juvencio Mariano de Medeiros; Daiane Conde da
Costa; Eduardo Langoni de Oliveira Filho; Fernanda Franklin Seixas Arakaki; Iara
Duque Soares; Isabelle Goulart Porto Nunes; João Pedro Schuab Stangari Silva; João
Victor Santilli; Joyce Abreu de Lira; Jorgina Peixoto Bonifácio; Karina Abreu Freire;
Leonardo Martins Costa; Luiza Paula Gomes; Pedro Paulo Carneiro Gasparri; Rafael
Bitencourt Carvalhaes; Rinara Coimbra de Morais; Rebeca Cordeiro da Rota Mota;
Renata Meda; Rosana Maria de Moraes e Silva Antunes; Tauã Lima Verdan Rangel;
Taís Silva; Tatiana Fernandes Dias da Silva; Thiago Villar Figueiredo; Verônica
Batista Nascimento; Wagner da Silva Reis.
EDITORAÇÃO, PADRONIZAÇÃO e FORMATAÇÃO DE TEXTO
Célia Barbosa Abreu (PPGDIN/UFF)
Tauã Lima Verdan Rangel (FAMESC/MULTIVIX)
CONTEÚDO, CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
É de inteira responsabilidade dos autores o conteúdo aqui apresentado.
Reprodução dos textos autorizada mediante citação da fonte.
COORDENAÇÃO GERAL
Célia Barbosa Abreu
Pós-Doutorado em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ/2016). Doutora em Direito Civil pela Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ. 2008). Mestre em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ/2000). Graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC/RJ. 1991). Professora Associada de Direito Civil da Universidade Federal
Fluminense. Professora do Corpo Docente do PPGDIN (Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Direito, Instituições e Negócios) da Faculdade de Direito - UFF. Autora das obras:
Contornos Dogmáticos & Eficácia da Boa-fé Objetiva, Curatela & Interdição Civil (1a e 2a edição)
e Primeiras Linhas sobre a Interdição após o Novo Código de Processo Civil, além de artigos
publicados em revistas especializadas e capítulos de livros publicados. Experiência em Direito,
com ênfase em Direito Comparado; Direito Constitucional Comparado nas Relações Privadas &
Públicas; Direitos Fundamentais nas Relações Privadas & Públicas; Direito Fundamental à Saúde
(especialmente, Saúde Mental); Direito Civil-Constitucional. Advogada.
Manoel Messias Peixinho
Pós-Doutorado. Université Paris - Nanterre. (2013-2014). Doutorado em Direito. Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil (2000-2004). Mestrado em Direito.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil. (1995-1997).
Aperfeiçoamento em Direito. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil
(1988 - 1992). Graduação em Direito. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-
Rio, Brasil (1987 - 1992) Graduação em Teologia. Seminário Metodista. (1987 - 1990).
Atualmente é professor do Departamento de direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro e do Mestrado em Direito da Universidade Cândido Mendes. É professor colaborador
da Fundação Getúlio Vargas e da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. A militância
na advocacia é dedicada, prioritariamente, às matérias especializadas em licitações e contratos
administrativos, ao servidor público e à responsabilidade civil do Estado.
Tauã Lima Verdan Rangel
Pós-Doutorando, com bolsa FAPERJ, vinculado ao Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em
Sociologia Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Doutorado e
Mestrado, com bolsa (CAPES), em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-Graduação
em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Especialista Lato Sensu em
Gestão Educacional e Práticas Pedagógicas pela Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC).
Especialista Lato Sensu em Direito Administrativo pela Faculdade de Venda Nova do Imigrante
(FAVENI). Especialista Lato Sensu em Direito Ambiental pela Faculdade de Venda Nova do
Imigrante (FAVENI). Especialista Lato Sensu em Direito de Família pela Faculdade de Venda
Nova do Imigrante (FAVENI). Especialista Lato Sensu em Práticas Processuais, Processo Civil,
Processo Penal e Processo do Trabalho pelo Centro Universitário São Camilo-ES. Docente dos
Cursos de Direito e de Medicina da Faculdade Metropolita São Carlos – unidade de Bom Jesus do
Itabapoana-RJ e do Curso de Direito do Instituto de Ensino Superior do Espírito Santo – unidade
de Cachoeiro de Itapemirim-ES. Integrante do Grupo de Pesquisa Direitos Fundamentais UFF,
coordenado pela Professora Dra. Célia Barbosa Abreu (PPGDC-UFF), e Ecossocial, coordenado
pelo Professor Dr. Wilson Madeira Filho (PPGSD-UFF). Coordenador do Grupo de Pesquisa
“Faces e Interfaces do Direito” e “Direito e Direitos Revisitados”. Experiência em Direito, com
especial ênfase para as Propedêuticas Jurídicas (História do Direito e Hermenêutica Jurídica) e
Direito Público (Direito Constitucional, Direito Administrativo e Direito Ambiental).
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
SUMÁRIO
Prefácio ......................................................................................................................... 7
Célia Barbosa Abreu, Fábio Carvalho Leite & Manoel Messias Peixinho
Compliance e Operadoras de Planos de Assistência à Saúde ......................... 8
Marcella da Costa Moreira de Paiva
Condição Humana e Empresa Simples de Crédito ............................................ 12
Carlos André Coutinho Teles & Fernando Rangel Alvarez dos Santos
Propriedade Industrial: revolução tecnológica com patentes e marcas .... 17
Diogo Menchise Ferreira & Rose Mary Gouvêa Menchise
Empresas Públicas e inclusão social: a função dos Correios na promoção da
dignidade da pessoa humana ................................................................................. 24
Fabiano Ramos de Moras Sacramento, João Miguel Grigório da Silva & Rodrigo
Soares da Silva
Compliance e Direitos Humanos ............................................................................ 29
Daniela Juliano Silva
6
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
P R E F Á C I O
Prezados Leitores, com satisfação, prefaciamos a coleção Pesquisa em Direitos
Humanos Fundamentais e Metodologia da Pesquisa Jurídica, que reúne pesquisas de
docentes e discentes de diferentes universidades.
Esta coleção é metódica e cientificamente organizada em nove volumes, que
versam sobre os direitos humanos e a empresa; e o consumidor; e os meios alternativos
de solução dos conflitos; e as famílias contemporâneas; e o futuro da sexualidade; e o
direito do trabalho; e os grupos vulneráveis e sua inclusão social, bem como o de
metodologia da pesquisa jurídica.
Desejamos a todos uma boa leitura.
Niterói, 31 de outubro de 2019.
Célia Barbosa Abreu
Fábio Carvalho Leite
Manoel Messias Peixinho
7
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
1
Doutoranda na UFF. Professora na UNIVERSO. Membro do NEPAC, UNIVERSO. E-mail:
marcellacmpaiva@hotmail.com
8
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
9
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
10
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
CONCLUSÕES
O presente artigo se apresenta ainda em estado embrionário, porém é
possível a menção de algumas conclusões iniciais. Primeiramente, aponta-se aqui a
institucionalização das formas de reprodução sistêmica, e a perspectiva utilitarista
presente, de forma geral, nas organizações da sociedade. Verifica-se uma lógica de
base securitária e utilitária em um setor que possui relação direta como um direito
tão essencial como o da saúde.
Neste sentido, deve haver determinados parâmetros com o intuito de efetivar
tal direito e de ampliar a credibilidade referente ao sistema e dentro do próprio
sistema de saúde suplementar. Inicialmente sustenta-se a possibilidade dos
programas de integridade potencialmente a atuarem como mecanismo para tais
questões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade /Anthony Giddens; tradução
de Raul Fiker. – São Paulo: Editora UNESP, 1991.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Tradução de
Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 2 v.
RODRIGUES, Leo Peixoto; NEVES, Fabrício Monteiro. Niklas Luhmann: a sociedade
como sistema. Porto Alegre: Edipucrs, 2012.
11
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
2
Doutorando em Direito pelo PPGDIN-UFF. Mestre em Direito pelo PPGD-UVA (2018). Especialista em
Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor (2006) pela UCAM e em Direito e Processo do Trabalho
pelo IBMEC (2016). Advogado. E-mail: carlos.teles@ctfl.adv.br. Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1989831234582230
3
Doutor em Direito pelo PPGD (2019). Mestre em Direito (2007) e Especialista em Direito Civil e Processual
Civil (2001) pela UNESA e em Direito Corporativo pelo IBMEC (2015). Advogado. E-mail:
frangel2005@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/0098582266948944
4
A FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos) destaca os seguintes progressos no setor bancário, desde
a década de 1960: automação bancária, criação do Banco Central do Brasil, padronização dos boletos de
cobrança e a criação da compensação nacional.
5
BIELSCHOWSKY (2004, p. 420) esclarece que a reforma bancária tinha, dentre outros, o propósito da
expansão do crédito: “A discussão sobre a reforma bancária girava em torno da necessidade de
reestruturar o sistema financeiro, de modo a: (a) [...]; (b) criar novas instituições financeiras e novos
instrumentos de financiamento para o consumo, capital de giro e inversão fixa [...]
6
JANTALIA (2012, p. 10) ressalta a importância da criação do Banco da Inglaterra para a expansão do
crédito: “Justamente impulsionado por elementos políticos, em 1694 foi instituído o Banco da Inglaterra,
com o objetivo de proporcionar crédito à Coroa e financiar a participação inglesa na Guerra dos Nove
Anos.”
12
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
7
SILVA (2014, p. 50) trata tal papel do crédito como “função social do crédito”: “O crédito, sem dúvida,
cumpre importante papel econômico e social, a saber: (a) possibilita às empresas aumentarem seu nível
de atividade; (b) estimula o consumo, influenciando a demanda; (c) ajuda as pessoas a obterem, bens e até
alimentos; (d) facilita a execução de projetos para os quais as empresas não disponham de recursos
próprios suficientes.
13
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
14
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
banco, bem como não pode se identificar como ‘autorizada’ pelo Banco Central.
Partindo-se do pressuposto que tais empresas de crédito têm âmbito municipal, por
que não as admiti-las como bancárias? A resposta parece mais aproximá-la do
sistema do que do ambiente social em que ela vai empreender. Imagine na cidade
pequena, será que ninguém conhece seu proprietário? Tal situação se coloca mais
ao lado da condição humana (Arendt) do que da realidade social.
2) O capital inicial deve ser realizado em moeda corrente (Art. 1º parágrafo
2º) – Contrariamente, as sociedades limitadas que não são empresas sociais de
crédito, podem integralizar capital com outras espécies de bens. A distância social
se faz perceber quando a ESC pode se constituir por empresários individuais que
necessariamente tem que ter a quantia em espécie disponível para fornecer o
crédito. Para que suas operações sejam bem sucedidas, tanto no aspecto do
adimplemento, quanto da avaliação de risco da empresa de crédito, tais ESCs
deverão exigir garantias reais dos contraentes, pois a fiança não é de tal forma tão
consistente quanto um bem dado em garantia, o que dificulta demasiadamente, o
início das operações das ESCs. Mais um contingenciamento da condição humana,
sem pensar no ambiente das operações;
3) As ESCs deverão manter escrituração com observância das leis comerciais
e fiscais e Escrituração Contábil Digital por meio do Sistema público de Escrituração
Digital – neste ponto, a obrigação é voltada à fiscalidade8, o que vai gerar custo para
uma empresa de expressão pequena e, não é demasiado lembrar que a
integralização de seu capital tem que ser feita em moeda corrente. Mais um exemplo
de que a norma se voltou para o sistema, neste caso, o fiscal, ou seja, caracterizando
o condicionamento humano, e se afastou da realidade.
O que se observa, dentre os poucos exemplos mencionados é que há
‘entificação’ nas normas em uma estrutura jurídica dita simples (ESC), e que, com
isso não mais se percebe um espaço público de discussão das normas a serem
8
A própria Receita Federal do Brasil, ao fazer um histórico do sistema, assim o descreve: “O Sped, no âmbito
da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira
(PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação integrados,
tecnologia da informação e infra-estrutura logística adequados.”
15
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
9
A autora divide o termo público em duas acepções: 1) ‘o que pode ser visto e ouvido por todos e tem a
maior divulgação possível; p. 59 2) “Em segundo lugar, o termo ‘público’ significa o próprio mundo, na
medida em que é comum a todos nós e diferente do lugar que nos cabe dentro dele.” (ARENDT, 2007, p.
62)
16
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
10
Doutorando em Direitos, Instituições e Negócios pela Universidade Federal Fluminense/RJ (PPGDIN-UFF).
Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense/RJ (PPGSD-UFF).Servidor
Público do Ministério Público Federal. E-mail: diogomenchise@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/1542336461406074
11
Doutoranda em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense/RJ (PPGSD-UFF).
Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense/RJ (PPGSD-UFF) Master de
Desenvolvimento Local, Inovação e Tecnologia (2011), Universidade Federal Fluminense-UFF e
Universidade de Milão Bicocca. Direito pelo Centro Universitário Plínio Leite (2008). Graduação em Ciência
Econômica (1979), Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. E-mail: rosemenchise@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/5358122607423156
17
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
18
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
12
HARVEY, David. Condição pós-moderna. “A transformação político-econômica do capitalismo do final do
século XX”. Parte II, 1992.
13
BECATTINI, Giacomo. Modelli locali di sviluppo, 1989. Professor do Departamento de Ciência Econômicas
da Universidade de Florença.
14
ALVIM, J. L. R.; JEAMMAUD, A.; FRAGALE FILHO, R. S. Trabalho, Cidadania & Magistratura. Rio de Janeiro:
Edições Trabalhistas, 2000.
15
POCHAMANN, Márcio. O emprego na globalização. “O curso atual da divisão internacional do trabalho”.
Parte 1, 2001.
19
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
16
Semiperiféricos: que possibilitou a conformação de um conjunto de nações semiperiféricas, a partir de
sua parcial industrialização como: Indonésia, Índia, Coreia, Cingapura, Brasil, entre outros.
20
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
CONCLUSÕES
Com o aprofundamento da concorrência intercapitalista tem havido uma
maior concentração e centralização do capital, seja nos setores produtivos, seja no
setor bancário e financeiro, o que concede maior importância ao papel das grandes
corporações transnacionais. Formam-se oligopólios mundiais, responsáveis pela
dominação dos principais mercados, como é o caso no setor de computadores com
apenas 10 empresas controlando 70% da produção, ou de 10 empresas que
correspondem por 82% da produção de automóveis, ou de 8 empresas que
dominam 90% do processamento de dados, ou de 8 empresas que dominam 71%
do setor petroquímico ou ainda de 7 empresas que respondem por 92% do setor de
material de saúde (POCHMANN, 2001).
Nesse sentido, assiste-se, desde a década de 70, a uma modificação
substancial na divisão internacional do trabalho. Embora o comando da nova divisão
internacional do trabalho pertença à dimensão financeira, há dois vetores
estruturais que influenciam a partir do centro do capitalismo mundial. O primeiro
vetor está associado ao processo de reestruturação empresarial, acompanhado da
maturação de uma nova Revolução Tecnológica com aumento significativo das
patentes e marcas.
REFERÊNCIAS
ALVIM, J. L. R.; JEAMMAUD, A.; FRAGALE FILHO, R. S. Trabalho, Cidadania &
Magistratura. Rio de Janeiro: Edições Trabalhistas, 2000.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ed. Cortez, 1998.
_________________. Os Sentidos do Trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do
trabalho. Editorial, Boitempo, 2000
_________________; Luiz Coltro. A nova morfologia do trabalho no Brasil:
ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX: dinheiro, poder e as origens do nosso
tempo. Rio de Janeiro: Contraponto, São Paulo: Editora Unesp, 1996.
21
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
22
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
23
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
17
Doutorando e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (PPGSA/UFRJ). Bacharelando pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (FND/UFRJ). Bacharel em Defesa e Gestão Estratégica Internacional pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (DGEI/UFRJ). Email:< fabianosacramento@hotmail.com> Lattes:
<http://lattes.cnpq.br/0273493417125062>.
18
Bacharelando pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FND/UFRJ).
Email: <grigorio.p47@gmail.com>. Lattes:< http://lattes.cnpq.br/1157906476968353>
19
Bacharelando pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FND/UFRJ).
Email: <rodrigorjst@gmail.com>. Lattes: < http://lattes.cnpq.br/8501575451321320>.
24
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
lucro, mas também pelo compromisso com a oferta desses tipos de serviço ao maior
número de pessoas possível.
Nesse trabalho, busca-se brevemente apresentar a função social dos
Correios como responsiva aos direitos fundamentais, ressaltando as preocupações
para com um modelo sustentável que não determina o alcance das atividades com
base simplesmente na lógica do lucro. Para tanto, esse trabalho será dividido em três
partes: (1) apresentação de argumentos favoráveis e contrários à privatização dos
Correios; (2) análise da missão dos Correios, sua política, e como pode ser articulada
com as principais noções acerca dos direitos fundamentais; (3) consideração acerca
do cenário político e as prospecções de privatização dos Correios.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Há que se destacar, primeiramente, as principais definições e matrizes
epistemológicas a serem utilizadas neste trabalho. Nesse sentido, faz-se necessária
tal abordagem não só em se tratando do direito à vida, mas também da dignidade da
pessoa humana. Primeiro por ser o fundamento axiológico do ordenamento jurídico
brasileiro, segundo, segundo por estar garantida não só nas Leis Maiores da maioria
dos países ditos democráticos, mas também no preâmbulo e no artigo primeiro da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para que entendamos o direito à vida precisamos compreender que os
direitos fundamentais foram desenvolvidos em contextos antropocêntricos e que,
por isso, vigeu unanimemente uma interpretação que levava em conta apenas o
homem como ser vivo e, em decorrência disso, único destinatário legítimo para tal
dispositivo. Contudo, tal unanimidade não é mais absoluta, haja vista que é comum
interpretarmos como legítimos ao gozo do direito à vida não só seres humanos, mas
também aquilo que extrapola o ser humano, mas mesmo extrapolando ainda é
dotado e tem direito à vida. Além disso, o direito à vida está intimamente ligado a
duas acepções, quais sejam, o direito de se permanecer vivo e o direito à uma vida
digna. Ambas acepções se apresentam de forma explicíta no texto da Constituição
25
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
26
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
27
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
28
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
20
Doutora e Mestra em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e
Direito da Universidade Federal Fluminense. Professora convidada da FGV Direito Rio e na UNESA.
Coordenadora da linha de pesquisa “Tributação e Novas Tecnologias” do Laboratório Empresa e Direitos
Humanos da Universidade Federal Fluminense (LEDH.uff). danjulsil@yahoo.com (Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4620285328081573).
29
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
21
Elisa Rodrigues Alves Larroudé, em dissertação de Mestrado (2006) intitulada “Accountability de
organizações do espaço público não estatal: uma apreciação crítica da regulação brasileira”, na tentativa
de dar significado ao termo “accountability” brilhantemente leciona: “A transposição do conceito de
accountability para o contexto da América Latina vem sendo tema de especial preocupação para o Centro
Latino Americano de Administración para el Desarrollo (CLAD), para quem o termo alude, em sua acepção
original, “al cumplimiento de una obligación del funcionario público de rendir cuentas, sea a un organismo
de control, al parlamento o a la sociedad misma” (CLAD, 1999, p. 329, ênfases no original) e não encontra
um equivalente direto e preciso nos idiomas latinos. A conclusão oferecida para tanto é que “si un idioma
es incapaz de expresar conceptos […] con una sola palabra, ello se debe a que la idea que subyace a esos
conceptos no forma parte de la cultura vigente” (grifo nosso) (CLAD, 1999, p. 329)”.
22
COIMBRA, Marcelo de Aguiar; MANZI, Vanessa A. Manual de Compliance. São Paulo: Editora Atlas, 2010,
p. 42.
23
“Função Compliance” (2009). Disponível em:
http://www.abbi.com.br/download/funcaodecompliance_09.pdf. Consulta em: Fev. 2018.
30
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
31
PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA
Volume 1: Direitos Humanos & Empresa
32