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Judicialização da saúde
Conflitos de normativas dos tribunais nacionais com Órgãos da Saúde
Pública e Suplementar
SÃO PAULO
2022
Larissa Razzano De Araujo
Judicialização da saúde
Conflitos de normativas dos tribunais nacionais com Órgãos da Saúde
Pública e Suplementar
São Paulo
2022
SUMÁRIO
1. Introdução – Tema…………….………………………………………………………….
2. Problematização ………..………………………………………………………………..
3. Justificativa………………..…………………………………………………….…………
Referências……………………………………………………………………………………
1. Introdução – Tema
O tema abordara uma análise na raiz do que seria a problemática das ações
Judiciais ao Sistema de Saúde Público e o Suplementar, visto que como uma corda
bamba, a cada ano o sistema Publico edita leis e decretos na busca de aumentar
acessibilidade da população a tratamentos economicamente encarecidos, enquanto
Tribunais Superiores analisam anualmente abrangência de procedimentos no
objetivo de equilibrar a máquina particular e publica, inversivelmente a ação contra o
Sistema Publico cresce, enquanto muitos entendem do senso comum que a
liberalidade gera a persecução de efetividade aplicável, na prática a sociedade,
desenvolve-se a realidade factiva desta temática tanto em cerne matemático quanto
social.
2. Problematização
A Autarquia foi criada para garantir que a iniciativa privada não abusasse e
ultrapasse direitos do consumidor, visto que ocorreu uma demanda grande de
indivíduos que para não utilizarem o Sistema Público optaram pelo Privado, a
Agência garante a ética e moral nos tratamentos, inclusive ditando os procedimentos
que devem ser obrigatoriamente dados pelas Operadoras, prevê a Resolução
Normativa (RN) nº 465/2021 sobre os procedimentos, a qual causou extrema
polêmica após decisão do STJ de tornar o rol “Taxativo” – Cobertura apenas o que é
previsto – Além de exemplificativo como normalmente o Judiciário estabeleceu,
entende-se:
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“a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu ser taxativo,
em regra, o rol de procedimentos e eventos estabelecido pela Agência Nacional
de Saúde (ANS), não estando as operadoras de saúde obrigadas a cobrirem
tratamentos não previstos na lista. Contudo, o colegiado fixou parâmetros para
que, em situações excepcionais, os planos custeiem procedimentos não previstos
na lista, a exemplo de terapias com recomendação médica, sem substituto
terapêutico no rol, e que tenham comprovação de órgãos técnicos e aprovação
de instituições que regulam o setor. Por maioria de votos, a seção definiu as
seguintes teses:
1. O rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar é, em regra, taxativo;
2. A operadora de plano ou seguro de saúde não é obrigada a arcar com
tratamento não constante do rol da ANS se existe, para a cura do paciente, outro
procedimento eficaz, efetivo e seguro já incorporado ao rol; 3. É possível a
contratação de cobertura ampliada ou a negociação de aditivo contratual para a
cobertura de procedimento extra rol; 4. Não havendo substituto terapêutico ou
esgotados os procedimentos do rol da ANS, pode haver, a título excepcional, a
cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo assistente, desde
que (i) não tenha sido indeferido expressamente, pela ANS, a incorporação do
procedimento ao rol da saúde suplementar; (ii) haja comprovação da eficácia do
tratamento à luz da medicina baseada em evidências; (iii) haja recomendações
de órgãos técnicos de renome nacionais (como Conitec e Natjus) e estrangeiros;
e (iv) seja realizado, quando possível, o diálogo interinstitucional do magistrado
com entes ou pessoas com expertise técnica na área da saúde, incluída a
Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde
Suplementar, sem deslocamento da competência do julgamento do feito para a
Justiça Federal, ante a ilegitimidade passiva ad causam da ANS.”
E por detrimento do trabalho aplicar casos práticos para nortear desde a raiz
da judicialização até os grandes tribunais, a atuação profissional na areá do Direito
Médico é fator que define como último método a Pesquisa Empírica, em especial, a
atuação profissional em planos privados a qual possibilita este pesquisador ao
contato direto com Órgãos nacionais e decisões recorrentes que contraindicam o
posicionamento das normas internas e regulamentares destes órgãos, em especial
também Conselhos federais de carreiras dentro da Medicina que também obtêm
regulações próprias, portanto, a análise e observância direta dos casos e atuações
dos órgãos em âmbito profissional, o que possibilita a pesquisa tornar-se mais
realista do que meramente, conclusão de dados e pesquisas teóricos.
Referências
4
SANTOS, Lenir. Direito da saúde no Brasil. Campinas: Editora Saberes, 2010, p.
147-148
5
CONASS.Gestão do SUS. [s.l: s.n.].
6
Secretária Do Estado de Saúde. SUS: 27 anos transformando a história da saúde
no Brasil. > Disponivel em https://www.saude.mg.gov.br/component/gmg/story/7152-
sus-27-anos-transformando-a-historia-da-saude-no-brasil#:~:text=O%20SUS%20foi
%20criado%20em,a%20toda%20a%20popula%C3%A7%C3%A3o%20brasileira.,
acesso em 19/11/2022.
7
STF. Plenário. RE657718/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min.Roberto Barroso, julgado em 22/5/2019 do STF.
8
STJ. Rol da ANS é taxativo, com possibilidades de cobertura de procedimentos não
previstos na lista. EREsp 1886929 EREsp 1889704 – DISPONÍVEL EM:
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/08062022-Rol-da-
ANS-e-taxativo—com-possibilidades-de-cobertura-de-procedimentos-nao-previstos-
na-lista.asp. >acesso em 22/11/2022.
9
ANS: mudança de rol taxativo pode deixar planos de saúde mais caros. Disponivel
em: https://economia.uol.com.br/noticias/agencia-brasil/2022/07/20/ans-mudanca-
de-rol-taxativo-pode-deixar-planos-de-saude-mais-caros.htm?cmpid=copiaecola >
acesso em 22/11/2022