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Nome No USP
1 Introdução
1.1 Argumento 1
1.1.1 Sub-argumento
1.2 Argumento 2
1.2.1 Sub-argumento
1.2.2 Contra-argumento
1.3 Argumento 3
2.1 Os dados
2.2.1 Sub-argumento
2.3.1 Sub-argumento
3 Conclusão
ACESSO À JUSTIÇA E O PAPEL DOS DEFENSORES E PROMOTORES
PÚBLICOS NO LITÍGIO SOBRE DIREITO À SAÚDE NA CIDADE DE SÃO
PAULO
1 Introdução
1.1 Argumento 1
1.1.1 Sub-argumento
1.2 Argumento 2
1.2.1 Sub-argumento
Uma visão crítica sugere que, ao beneficiar uma minoria privilegiada, o modelo de
litígio brasileiro na área da saúde pode intensificar as desigualdades sociais, ao invés de
reduzi-las, contradizendo o objetivo da Constituição de 1988 de diminuir as
disparidades em saúde e outros bens sociais.
1.2.2 Contra-argumento
Apesar das críticas, existe uma perspectiva dentro do campo pró-litígio que reconhece a
necessidade de reformar o modelo brasileiro de litígio na saúde. Essa vertente
argumenta que os tribunais poderiam servir como um meio importante para que os
menos favorecidos apresentem suas reivindicações, desde que haja um acesso mais
amplo à Justiça.
1.3 Argumento 3
2.1 Os dados
Perfil dos Litigantes Representados pela Defensoria Pública: É importante notar que
a pobreza não pode ser completamente quantificada, sendo necessária a análise de
diversos fatores além do simples indicador de renda per capita, que muitas vezes não
reflete com precisão a linha de pobreza e as condições de extrema carência. A
Defensoria Pública considera outros indicadores socioeconômicos, como a renda
familiar e a localização geográfica, para avaliar a situação dos indivíduos que buscam
seus serviços, especialmente em áreas específicas da cidade de São Paulo.
2.2.1 Sub-argumento
Embora a análise financeira seja relevante para medir a pobreza, em alguns casos ela
pode ser inadequada. Portanto, outros métodos, como o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) e o Índice Nacional de Saúde (INS), são utilizados para complementar
essa avaliação. O IDH é uma medida do desenvolvimento humano que inclui o Produto
Interno Bruto (PIB) per capita, a expectativa de vida e a educação. Analisando esses
dados, observa-se que 60% da população de São Paulo vive em áreas com baixo IDH.
No entanto, é irônico que os litigantes que residem em bairros de classe média tenham
uma representação proporcionalmente maior na Defensoria Pública, uma vez que,
apesar de apresentarem uma menor fatia da sociedade, eles tendem a ter maior
conhecimento e aproveitam os benefícios disponíveis. O INS, por sua vez, é utilizado
para identificar as áreas de São Paulo com maior necessidade de acesso à saúde, com
base em dados demográficos, epidemiológicos e condições sociais de cada bairro.
Surpreendentemente, apenas 42% dos representados pela Defensoria Pública são de
áreas consideradas precárias, enquanto 58% são de áreas de classe média/baixa.
O texto analisa as ações civis públicas interpostas pelo Ministério Público (MP),
destacando que elas diferem das ações da Defensoria Pública por focarem em mudanças
estruturais em políticas públicas de saúde, impactando assim um grande número de
pessoas, ao invés de beneficiar indivíduos específicos. Estas ações são complexas,
especialmente ao considerar seu impacto nos mais pobres, pois envolvem políticas
públicas de grande escala. Um exemplo notável é a ação civil pública que demandou
transporte gratuito para mulheres grávidas de baixa renda, um dos raros casos
claramente voltados para beneficiar os pobres. No entanto, essas políticas nem sempre
são executadas com eficiência e podem não alcançar todos os beneficiários potenciais.
2.3.1 Sub-argumento
Com uma interpretação não neutra, ou seja, que visa favorecer os mais pobres, o
litígio deve ser estendido para incluir os mais desfavorecidos no que diz respeito às
necessidades em saúde. Desse modo, deve-se melhorar o acesso à Justiça, pois
atualmente esse litígio em São Paulo é restrito a um grupo de membros da classe média
ou alta, representados por advogados particulares. Ademais, é necessário deslocar o
foco desse litígio de tratamentos novos e caros para ações e serviços de saúde
considerados prioritários para grupos menos favorecidos, principalmente unidades e
tratamentos do sistema básico de saúde.
Com isso, a maioria dos casos representados pela Defensoria Pública trata de
ações individuais, porém, casos individuais raramente promoverão mudanças
estruturais em políticas de saúde que podem beneficiar uma parcela mais ampla da
população pobre. Assim, a taxa de êxito das ações civis públicas patrocinadas pelo
Ministério Público em tribunais superiores é menor do que em casos individuais, o que
indica que os tribunais estão mais propensos a lidar com a resolução desses casos do
que com problemas estruturais.
3 Conclusão