Judicialização da saúde

A judicialização da saúde consiste em ações judiciais contra o Sistema Único de

Saúde para que este cumpra com o direito constitucional à saúde e dessa forma
forneça tratamentos médicos e/ou medicamentos que tiveram uma recusa
injustificada.

A constituição de 1988 assegurou a saúde como um direito de todos e um dever dos

Estados, sendo obrigação deste garantir esse direito sem distinção. Entretanto o
Sistema Único de Saúde possui alguns problemas, como por exemplo, escassez de
recursos financeiros, escassez de materiais hospitalares, atrasos nos atendimentos,
filas de espera muito longas, entre outros.

Junto com os problemas enfrentados pelo SUS, surge a judicialização da saúde, que
possui como pontos positivos: a garantia dos direitos à saúde através do poder
judiciário, materializando o direito constitucional, representando um avanço efetivo da
cidadania, e também podendo ser um instrumento de formação de políticas públicas,
evitando a negligência do Estado. Em contrapartida, a judicialização da saúde também
possui alguns pontos negativos: a elitização do acesso a direitos sociais que deveriam
ser fundamentais, o beneficiamento impróprio de empresas e laboratórios para
aumentar seus lucros, a prevalência do interesse individual com prejuízo do coletivo,
a falta de capacitação dos juízes, a desorganização da gestão e outros.

De um lado, se a judicialização da saúde não existisse, indivíduos seriam prejudicados

com a falta do direito à saúde; mas de outro lado, existindo a judicialização da saúde,
indivíduos também são prejudicados, uma vez que os valores concedidos nas
liminares são retirados do planejamento das políticas públicas. Dessa forma, não há
um lado que eu considere mais benéfico que o outro, visando que todos os indivíduos
devem ter direitos iguais. Vejo como uma possível melhora nesse quesito, a
capacitação dos juízes responsáveis por esses casos e a disponibilização igualitária
dos mesmos, para que estes possam identificar as necessidades individuais, sem que
empresas e laboratórios sejam beneficiados, assim como todos que necessitarem da
judicialização possam ter o acesso e as chances iguais de ganhar a causa. Também
vejo como uma outra opção, os valores liberados pelas liminares serem adicionais a
planejamento das políticas públicas, evitando assim que o coletivo esteja em
detrimento frente ao interesse individual.
 Saúde mental e pandemia

A saúde mental consiste no estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue realizar

suas tarefas cotidianas, sendo produtivo, contribuindo com a sociedade e consigo
mesmo.

Durante a pandemia, o mundo todo viu-se em um cenário jamais visto anteriormente,

as pessoas passaram a ficar em casa em isolamento social, muitos estabelecimentos
comerciais foram fechados, medidas restritivas começaram a ser impostas e com
todas essas e outras mudanças, a saúde mental de boa parte da população foi
afetada. Diversos cenários de estresse e ansiedade puderam ser vistos na pandemia,
são alguns exemplos: o medo de adoecer, o medo de perder entes e amigos queridos,
o medo do desemprego, o medo de procurar os serviços de saúde e se contaminar, a
preocupação com os filhos em casa, a frustração em perder a liberdade e a
convivência social, o medo de ficar sem alimentos e mantimentos, a ansiedade
causada pelas notícias e muitos outros.

Os indivíduos mais afetados pelo estresse, foram os idosos, que possuíam uma maior
taxa de mortalidade da doença comparados às outras faixas etárias e os profissionais
de saúde, que tinham que lidar de frente com a doença, aumentando o risco de
contaminação.

Acredito que a saúde mental é um dos aspectos mais importantes em nossas vidas,
como diz uma frase bem conhecida: “mente sã, corpo são”. Creio que a criação de
políticas públicas para atender os indivíduos necessitados é um bom partido para
melhorar o problema em questão, entretanto como o cenário é de pandemia, há a
necessidade da criação de novos canais de atendimento, assim como a capacitação
de profissionais da saúde, garantindo assim um maior acesso à população em geral.
Vejo também a notoriedade da divulgação nos canais de comunicação da importância
de cuidar da saúde mental e de expor os problemas agravados ou acarretados pela
pandemia, conseguindo assim levar informações para uma grande maioria e
principalmente às gerações mais antigas, as quais tem menos conhecimento e
resistem a aceitar que este problema é real. Com o conhecimento adquirido e um
incentivo à busca de auxílio para este problema, acredito em uma ajuda notável para
toda a sociedade.
Nome: Giulia Ornellas de Oliveira

RA: 11201922111