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ALUNO(A): ANNA CECÍLIA OLIVEIRA SOARES CORREIA

CURSO: DIREITO – 2 º PERÍODO A


DISCIPLINA: DIREITO DO CONSUMIDOR I
PROFESSOR( SABRINA NUNES BORGES
A):

RELATÓRIO SOBRE O 1º CONGRESSO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PRIVADAS –


RELAIZAÇÃO UNIMED

Palestra 01: SAÚDE PÚBLICA E PRIVADA - TENDÊNCIAS, ATUALIDADES E


PERSPECTIVAS

O tema acima foi abordado pela palestrante Simone Letícia Severo e Sousa
Dabés Leão, que possui graduação em Letras pelo Centro Universitário de Patos
de Minas - UNIPAM (1997), graduação em Direito pelo Centro Universitário de
Patos de Minas - UNIPAM (2000), mestrado em Direito Empresarial pela
Universidade de Franca (2003) e doutorado em Direito pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (2013). Tem experiência na área de
Direito, com ênfase em Direito Civil, atuando principalmente nos seguintes
temas: direito de família, penal, direito do trabalho, ordenamento jurídico e
pessoa jurídica.

Especialista no Sistema Público de Saúde do Brasil, Simone aponta as principais


características do mesmo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da
Saúde), a saude é o completo bem estar físico, mental e social e não meramente a
ausência de doença ou enfermidade. A saúde é um direito de suma importância e
deve ser discutido, pois é o bem mais precioso do ser humano.

O Brasil tem um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. O maior


problema enfrentado é a falta ou a má aplicabilidade das políticas públicas e
ações regulatórias do estado, tornando esse um dos temas mais enfrentados pelo
judiciário.

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recomenda a adoção de medidas para


subsidiar os magistrados e os demais operadores do direito,para assim obter
maior eficiência nas demandas que envolvem saúde. Em exemplo de uma dessas
medidas, faz-se necessário conhecer o NATS - Núcleo de Avaliação de
Tecnologias em Saúde - uma estratégia do Ministério da Saúde como passo
inicial para expansão da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde
(REBRATS) nos serviços de saúde. Busca um apoio técnico de especialistas no
assunto que servem de subsídios para os operadores do direito diante decisões
sobre a saúde.

Simone destaca a importância de um relatório médico detalhado e bem feito para


o âmbito jurídico. O Relatório Médico Legal é elaborado para descrever a perícia
médica diante de solicitações específicas, ou seja, auxilia nas questões jurídicas e
facilita a ação judicializada.

Diante dos argumentos apresentados, compreende-se portanto que, é inadiável o


direito à saúde. No viés analítico-jurídico nota-se a necessidade de se pautar
critérios específicos com base nos relatórios médicos e nas necessidades reais de
cada paciente antes de tomar decisões dos casos.

Palestra 02: A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: INTENVENÇÃO DO JUDICIÁRIO NA


CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A palestra em questão tratou de assuntos relacionados a judicialização da


saúde, ou seja, a intervenção do judiciário na concretização dos direitos à saúde e suas
consequências. A palestra foi ministrada pela Desembargadora da 8ª Camada Cível do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Teresa Cristina Da Cunha Peixoto. Graduada em
direito pela PUC Minas em 1978, com menção honrosa no concurso de Estudos e
Trabalhos Jurídicos – OAB/MG (1982), medalhista de Ouro pelo 2º lugar nos exames de
Estágio Profissional (1979), Medalha de Honra Presidente Juscelino Kubitschek –
concedida pelo Governador do Estado de Minas Gerais (2008) e Medalha Mérito
Desembargador Ruy Gouthier de Vilhena (2009); na magistratura se destacou como
Juíza do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais – 2000/05 e também como
Juíza Presidente da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada de Minas Gerais. Seu vasto
currículo a tornou uma mulher em evidência no judiciário e também, uma pessoa a
quem se inspirar!
A desembargadora Teresa Cristina durante seu tempo de palestra no 1º
Congresso de Políticas Públicas e Privada de Saúde – realização Unimed, transmitiu sua
experiencia e conhecimento ao processo de Judicialização da Saúde. No início de sua
fala ela diz uma frase para ser o norte de seu discurso: “Saúde só dá uma safra!”, nessa
linha de pensamento compreende-se, portanto, que a saúde é o bem mais precioso que
um ser humano pode ter, que deveria ser superestimado assim como o sucesso é, pois
sem saúde nada é possível.
No decorrer da palestra foram explicados os diferentes conceitos de saúde. O
país utiliza-se de um sistema híbrido de saúde, com participação da saúde pública, saúde
complementar e saúde suplementar. A Saúde Pública é o nome dado às práticas e
medidas de responsabilidade do Estado para garantir que todo cidadão tenha acesso à
saúde física, mental e social (SUS – Sistema Único de Saúde). Saúde Suplementar
engloba ações e serviços privados prestados por meio de planos de saúde, trata-se da
prestação de serviço exclusivamente na esfera privada. E a Saúde Complementar é a
atuação da iniciativa privada na área da saúde pública.
A judicialização da saúde tem tido um notório crescimento. O direito à saúde é
um direito igualitário, compete a todos que residem no país e não só a aqueles que são
natos, ou seja, trata-se da universalização da saúde. E com isso programas vão surgindo
para acompanhar essa proposta e para encaminhar a saúde para eficiência quase que
absoluta. O fato de se ter um plano de saúde privada não condiz com a afirmativa de que
não possa usufruir do sistema público de saúde, pois o Art. 196 da CF/88 prevê a saúde
como um direito inerente a todo e qualquer cidadão.
A judicialização da saúde, tem dois paradigmas: um direito já estabelecido e que
precisa ser apresentado na justiça e um direto ainda não reconhecido e que precisa ser
judicializado. O judiciário está atravancado com as demandas relacionadas a saúde, com
milhares de ações ajuizadas. O TJMG por si só teve um aumento de 29.927 ações no
ano de 2015, para 203.177 em 2020.
Dessa forma ao fim da palestra ministrada pela Desembargadora Tereza Cristina
conclui-se que, o acesso ao judiciário não é igualitário pois é franqueado aquele que tem
melhores condições de vida. Quem sofre com a precarização desse acesso são as
pessoas de classe baixa que por falta de poder aquisitivo, midiático e até informacional
são preconizados pelo Estado e não têm o direito a isonomia como é descrito na
Constituição Federal de modo efetivo, demandando do magistrado uma cautela muito
grande ao resolver questões na esfera da saúde.

Palestra 03: BOAS PRÁTICAS NA SAÚDE PRIVADA: DA JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE


SUPLEMENTAR NOS PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS

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