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Língua Portuguesa – Profª Neusa

Tema: Leitura e interpretação de texto

(Barro Branco – 2019) Leia o texto para responder às questões de números 1 a 2.

O amor na era digital


O amor no tempo das cartas era belo e romântico, com suas longas e dolorosas esperas e
dúvidas, com cartas roubadas, indispensáveis em qualquer novela. Mas o WhatsApp, o Skype
eo e-mail, além do telefone, tornaram viver um amor em algo muito diferente. E muito melhor.
Acabou a distância e o tempo entre as mensagens. Na verdade, o que os olhos veem o coração
sente. Falar vendo os olhos e as expressões do ser amado na tela é quase tão bom quanto ao
vivo.
Uma das melhores novidades é a DR1 digital. Esfrie a cabeça, pense bem no que o incomoda,
provoca dúvidas e o faz sofrer, escreva com cuidado. Receba as queixas, os medos e as dúvidas
do outro com atenção, leia várias vezes. Responda pensando bem, revisando e equilibrando
o que escreveu, frequentemente há exageros. Só mande no dia seguinte, depois de reler com
cuidado o que disse: vale o escrito!
Uniões são salvas e brigas feias de casal são evitadas pelo e-mail ou pelo zap, que ainda criam
a garantia de promessas, acordos e desculpas por escrito. Para serem lidos e relidos e
eventualmente cobrados ou discutidos. É bem mais fácil admitir erros por escrito do que no calor
de uma discussão, e muito mais eficiente.
(Nelson Motta. https://oglobo.globo.com, 12.04.2019.

Adaptado)1 DR: discussão de relacionamento.

1) Entre as vantagens do “amor na era digital”, o autor aponta


(A) o fato de que os meios digitais fazem com que não haja diferença entre o contato
presenciale a discussão a distância.
(B) a maior proximidade entre os casais e a possibilidade de evitar ou resolver conflitos
maisponderadamente por escrito.
(C) o caráter instantâneo da troca de mensagens, favorecendo o improviso e a
passionalidadena comunicação.
(D) a certeza de que o outro entenderá exatamente o que se pretende que ele entenda
damensagem enviada.
(E) a possibilidade de editar o texto enviado mesmo depois de recebido pelo outro, o que
podeevitar desentendimentos.

2) Da leitura do terceiro parágrafo, deduz-se que

(A) a comunicação escrita entre os amantes passou a ser mais formal e afetada na era digital.

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(B) o relacionamento amoroso na era digital é comprovadamente mais maduro que
antigamente.
(C) certas regras devem ser seguidas para que a DR digital seja eficaz.
(D) o conteúdo da DR digital é diferente do conteúdo das demais discussões de
relacionamento.
(E) casais que discutem sua relação por meios virtuais tendem a omitir o que sentem.

(Barro Branco – 2018) Leia as duas primeiras estrofes do poema “Minha terra!”, de Gonçalves
Dias, pararesponder às questões de números 3 e 4.

Quanto é grato em terra estranha,


Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;

Ouvir a pátria linguagem


Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos – da terra amada!
(Poesia lírica e indianista. São Paulo, Ática, 2003, p. 108)

3) Uma frase coerente com a mensagem da primeira estrofe é:

(A) Um rosto estranho ao se tornar amigável faz com que o estrangeiro se sinta em casa.
(B) Um semblante menos querido em terra estrangeira torna-se apreciado por ser conhecido.
(C) Difícil é encontrar um rosto amigável em terra estranha quando não somos bem-vindos.
(D) Quando não se tem amigos, sente-se estrangeiro mesmo diante de um rosto conhecido.
(E) É muito bom encontrar um rosto familiar quando se está em uma terra estrangeira.

4) O uso do sinal gráfico de exclamação, ao final da segunda estrofe, enfatiza, por parte do
sujeito lírico, um sentimento de

(A) nostalgia.
(B) indignação.
(C) dúvida.
(D) resignação.
(E) reprovação.

(Barro Branco – 2015) Leia os quadrinhos para responder às questões.

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(Folha de S.Paulo, 18.06.2015. Adaptado

5) Analisando o sentido dos quadrinhos, é correto relacioná-los ao seguinte dito popular:

(A) Nem tudo que reluz é ouro.


(B) Quem espera sempre alcança.
(C) Quem tem boca vai a Roma.
(D) Falar é prata, calar é ouro.
(E) Devagar se vai ao longe

6) No contexto em que estão empregadas, as locuções verbais “Vai carpir” e “Vai grafitar”
sugerem
atitudes de

(A) intolerância.
(B) resignação.
(C) dissimulação.
(D) polidez.
(E) disciplina

7) (Barro Branco – 2019) Considere a tira para responder à questão.

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O comentário do garoto no último quadrinho – “Não sei e nem quero saber.” –

(A) demonstra que a fala do terceiro quadrinho não deve ser interpretada literalmente,
já que elereconhece a utilidade do que ainda pode aprender na escola.
(B) confirma sua ignorância generalizada, sugerindo que ele só estava brincando
quando afirmou: “Gostava mais das coisas quando não as entendia!” (2o quadrinho).
(C) questiona todas as afirmações feitas por ele anteriormente, tendo em vista que ele
concorda com asugestão do Tigre de que não se deve permanecer ignorante.
(D) reafirma seu desejo de permanecer ignorante, embora fragilize seu argumento expresso
no terceiro quadrinho (“Estão violando meus direitos!”).
(E) demonstra que o Tigre foi mais convincente que o garoto, levando-o a se envergonhar por
demonstrar ignorância de seus direitos.

(Barro Branco – 2016) Leia o texto para responder à questão.

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a mais que no
ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no bolso. Manipular esse
aparelho tão práticoé algo de tal forma óbvio que quase nos faz esquecer o que ele nos impõe
em troca e sobre o que repousa toda a economia digital: as empresas do Vale do Silício
oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais.
Localização, histórico da atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados
e revendidos a anunciantes publicitários felizes em mirar as “pessoas certas, transmitindo-lhes
sua mensagem certa no momento certo”, como alardeia a direção do Facebook. “Se é gratuito,
então você é o produto”, já anunciava um slogan dos anos 1970.
Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de Edward
Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase não é percebida como
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uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e podendo se tornar objeto de uma
deliberação coletiva. Fora das associações especializadas, ela praticamente não mobiliza
ninguém. Talvez porque é pouco conhecida. Nos anos 1970, o economista norte-americano
Dallas Smythe avisava que qualquer pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que
ignora a si próprio. A televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta da
atenção dos telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. “Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a publicidade”. O
labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do espectador. Nas redes sociais,
nós mesmos convertemos nossas amizades, emoções, desejos e cólera em dados que podem
ser explorados por algoritmos. Cada perfil, cada “curtir”, cada tweet, cada solicitação, cada
clique derrama uma gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados
instalados pela Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.
(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil,
setembro de 2016)

8) A intenção do autor do texto é

(A) convencer os internautas a adquirirem novos produtos, ocasionando aumento significativo


nas vendas de smartphones.
(B) promover uma crítica quanto à manipulação dos dados pessoais dos internautas,
para fins de publicidade e comércio digital.
(C) estabelecer um enfrentamento direto em relação à ação de associações especializadas
que coíbem o comércio digital.
(D) mostrar o quanto são improdutivas para os internautas as controvérsias quanto ao uso de
informações sigilosas na internet.
(E) enfatizar a importância do comércio digital a partir do aumento de publicidade na
internet como deliberação coletiva

9) (Barro Branco – 2018) Considere o cartum para responder à questão.

Um dos temas abordados no cartum diz respeito

(A) à falta de figuras dispostas a tomar a frente na disputa pelo poder político.
(B) à lentidão no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a comunicação.
(C) à dificuldade de certos grupos em determinar quem sejam seus líderes.
(D) ao descaso com que os humanos tratam da existência de vida extraterrestre.
(E) aos avanços que o diálogo entre diferentes comunidades trouxe à sociedade atual.

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