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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA)


CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

LUCIELY BORDALLO DA CONCEIÇÃO CHAGAS

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE CULTIVARES DE MILHO NA


REGIÃO SUDESTE DO PARÁ

PARAUAPEBAS
2019
LUCIELY BORDALLO DA CONCEIÇÃO CHAGAS

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE CULTIVARES DE MILHO NA


REGIÃO SUDESTE DO PARÁ

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Comissão de Trabalho de
Conclusão de Curso e Estágio
Supervisionado (CTES) como requisito
para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Agronômica.

Área de concentração: Produção vegetal


Orientador: Prof. Dr. Raylon Pereira
Maciel

PARAUAPEBAS
2019
__________________________________________________________________

Chagas, Luciely Bordallo da Conceição

Características agronômicas de cultivares de milho na Região Sudeste do


Pará / Luciely Bordallo da Conceição Chagas. - Parauapebas , 2019.

29f. ; il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) –


Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas, 2019.

Orientador: Prof. Dr Raylon Pereira Maciel

1.Milho – Cultivo – Sudeste paraense 2.Zea mays L. 3.Milho – Variedade


híbrida I.Título II Maciel, Raylon Pereira (orient.)

CDD 23. Ed. – 633.15098115


AGRADECIMENTOS

À Deus, por me abençoar e proporcionar mais este momento de felicidade e


realização.
Aos meus pais, Luciana Bordallo da Conceição e Augusto dos Passos Chagas, que
sempre estiveram ao meu lado me incentivando e apoiando em todos os momentos.
Ao meu padrastro, Marcos de Oliveira Luz, que de forma igual me incentiva e
apoia em todos os momentos.
À minha família que confiou em todas as minhas decisões.
À Universidade Federal Rural da Amazônia pela oportunidade de realizar este
curso.
Ao meu orientador Prof. Dr. Raylon Pereira Maciel pela orientação neste trabalho,
ensinamento, amizade, incentivo, confiança e apoio nesta caminhada.
A todos os professores desta Instituição pela dedicação em suas atividades e
esforço em nos capacitar para a vida profissional.
Ao meu namorado, Rodolfo Ferreira de Sá, que esteve ao meu lado neste final de
graduação confortando-me com amor, amizade, incentivo, paciência e compreensão.
À minha amiga Debora Novotck Carvalho da Silva pela amizade, apoio e
companheirismo.
À “Equipe Milho” pela ajuda e parceria na realização dos experimentos.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Totais mensais da Precipitação Pluvial (mm mês-1) durante o período de março
a junho de 2017, medida na Estação Meteorológica da UFRA, Campus de
Parauapebas................................................................................................................... 11
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição das cultivares de milho utilizadas no experimento.........................12

Tabela 2 - Variáveis fitotécnicas da parte aérea: altura da planta (AP), altura de inserção
da espiga (AE), diâmetro de colmo (DC), número de folhas (NFOL) e índice de área foliar
(IAF) de cultivares de milho, na região de Carajás, Sudeste Paraense, 2017....................14

Tabela 3 - Variáveis fitotécnicas de componentes de produção: diâmetro da espiga


(DIAESP), altura da espiga (ALTESP), grãos por fileira (GRAF), fileiras de grãos
(FILG), massa de mil grãos (MMG) e produtividade total (PT) de cultivares de milho, na
região de Carajás, Sudeste Paraense, 2017.......................................................................16
SUMÁRIO

RESUMO......................................................................................................................... 8
ABSTRACT .................................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
2. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 11
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 14
4. CONCLUSÃO........................................................................................................... 18
ANEXO A – DIRETRIZES PARA AUTORES ......................................................... 22
8

Características agronômicas de cultivares de milho na região sudeste do Pará


Agronomic characteristics of maize cultivars in the southeastern region of Pará

RESUMO: A escolha da cultivar está diretamente ligada ao rendimento do milho,


conforme as exigências e a região de cultivo. Desta forma, objetivou-se com o estudo
avaliar o desempenho agronômico de cultivares de milho, híbridos e variedades, na região
Sudeste do Pará. O experimento foi conduzido no campo Agrostológico da Universidade
Federal Rural da Amazônia, campus de Parauapebas, no ano agrícola de 2017. Utilizou-
se delineamento em blocos casualizado com três repetições. Foram avaliadas nove
cultivares de milho: AS 1555, AS 1596, AS 1777, AS 1677, AS 1633, AG 1051, BR 205,
ANHEMBI e AL – BANDEIRANTE. As variáveis vegetativas e produtivas avaliadas
foram: altura da planta (AP), altura de inserção da espiga (AE), diâmetro de colmo (DC),
número de folhas (NFOL), índice de área foliar (IAF), diâmetro da espiga (DIAESP),
altura da espiga (ALTESP), grãos por fileira (GRAF), fileiras de grãos (FILG), massa de
mil grãos (MMG) e produtividade total (PT). Observou-se diferença (p<0,05) entre os
cultivares para as variáveis AE, AP, NFOL, IAF, DIAESP, FILG e MMG. As cultivares
de milho avaliadas proporciona elevada produtividade variando de 9.814 kg ha-1 a
16.927,333 kg ha-1, média de 12.245,02 kg ha-1, com potencial de indicação para cultivo
na região sudeste do Pará.

PALAVRAS-CHAVE: Zea mays L., variedade, híbrido

ABSTRACT: The choice of the cultivar is directly related to the maize yield, according
to the requirements and the region of cultivation. The experiment was carried out in the
Agrostological field of the Universidade Federal Rural da Amazônia, campus of
Parauapebas, in the agricultural year of 2017. A randomized block design with three
replicates was used. Nine maize cultivars: AS 1555, AS 1596, AS 1777, AS 1677, AS
1633, AG 1051, BR 205, ANHEMBI and AL - BANDEIRANTE were evaluated. The
vegetative and productive variables evaluated were: plant height (AP), height of spike
insertion (AE), stalk diameter (DC), number of leaves (NFOL), leaf area index (LAI),
spike diameter DIAESP), spike height (ALTESP), grains per row (GRAF), rows of grains
(FILG), mass of thousand grains (MMG) and total productivity (PT). There was a

Trabalho realizado de acordo com as normas editoriais de publicações da revista de


Ciências Agrárias-Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences
9

difference (p <0.05) between cultivars for the variables AE, AP, NFOL, IAF, DIAESP,
FILG and MMG. The evaluated maize cultivars provided a high productivity ranging
from 9,814 kg ha-1 to 16,927,333 kg ha-1, an average of 12,245.02 kg ha-1, with potential
for indication for cultivation in the southeastern region of Pará.

KEYWORDS: Zea mays L., variety, hybrid


10

1. INTRODUÇÃO
O milho, pertencente à família das Poaceae e ao gênero Zea, possui grande
importância mundial em virtude da ampla utilização dos grãos na alimentação humana
e/ou animal, além de constituir matéria prima de diversos subprodutos. No Brasil, a
cultura do milho ocorre em praticamente todas as regiões, sendo de grande importância
para o agronegócio nacional. O cultivo ocorre nas mais variadas condições de produção,
desde a agricultura de subsistência até lavouras de alto nível tecnológico, alcançado
maiores produtividades. Entre os anos-safra 2007/08 e 16/17, o Brasil foi responsável,
em média, por 8,09% da produção mundial de milho, situando-se na terceira posição de
maior produtor e exportador do cereal, ostentando ainda o segundo lugar no último ano-
safra (2017/2018) (Conab, 2018).
No estado do Pará, áreas localizadas principalmente nas regiões Nordeste,
Sudeste, Oeste, Baixo Tocantins e Região da Transamazônica, apresentam excelente
potencial para a produção de grãos, onde o rendimento das lavouras de milho (Souza et
al. 2016), vem aumentando gradativamente devido ao uso de cultivares que vêm sendo
desenvolvidas pela pesquisa, agrupadas à práticas culturais mais modernas. O milho é
uma planta que apresenta um ciclo vegetativo variado, o que evidencia que existem
cultivares superprecoces bem como tardias. Com isso, torna-se fundamental desenvolver
atividades de pesquisas destinadas a avaliação regional de cultivares, visando a seleção
de materiais adaptados e portadores de características agronômicas e produtivas
desejáveis a uma região específica.
Uma cultivar de milho pode ser entendida como o material disponibilizado e
comercializado, na forma de sementes, para cultivo pelos produtores. Normalmente se
dividem em dois grandes grupos: os híbridos e as variedades. Os híbridos são cultivares
resultantes do acasalamento ou cruzamento entre linhagens endogâmicas, podendo ser
simples, duplo ou triplo e as variedades são aquelas provenientes de um cruzamento
natural entre indivíduos da mesma linhagem.
De modo geral, Cruz & Pereira Filho (2006) citaram que a variedade/híbrido é
responsável por 50% do rendimento final, assim, na escolha da cultivar, deve-se
considerar aspectos relacionados às suas características e sistema de produção, como a
produtividade, estabilidade, ciclo, tolerância às principais doenças comuns na região,
qualidade do colmo e raiz, sanidade, textura e cor do grão, para que a lavoura tenha maior
11

potencial produtivo. O uso de cultivares adaptadas às condições edafoclimáticas para cada


região de cultivo é fator essencial para que o produtor obtenha altas produtividades no
desenvolvimento da atividade agrícola (Hanashiro et al., 2013). Dessa forma, o trabalho
foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o desempenho agronômico de nove cultivares
de milho na região Sudeste do Pará.

2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em condições de campo, no período de Março a
Junho de 2017, no campo Agrostológico da Universidade Federal Rural da Amazônia,
campus de Parauapebas – Pará, localizado na região Sudeste do Estado, com as seguintes
coordenadas geográficas: 06º 04’ 14” de latitude Sul, 49º 49’ 03” de longitude Oeste e
207 m de altitude. O índice pluviométrico no período experimental está apresentado na
Figura 1.

Figura 1. Variações médias mensais da Temperatura do Ar (ºC) e totais mensais da Precipitação pluvial
(mm mês-1), durante o período de março a junho de 2017, medida na Estação Meteorológica da UFRA,
Campus de Parauapebas.
Figure 1. Monthly variations of air temperature (ºC) and monthly values of rainfall (mm-month-1), during
the period from March to June 2017, at the UFRA Meteorological Station, Parauapebas Campus.

Foram avaliados nove cultivares de milho (Tabela 1), sendo elas, sete híbridos:
AS 1555, AS 1596, AS 1777, AS 1677, AS 1633, AG 1051, BR 205; e duas variedades:
ANHEMBI e AL – BANDEIRANTE, distribuídas em delineamento experimental em
12

blocos casualizado com três repetições. As parcelas (3 x 3,5 m) foram constituídos de


quatro linhas com espaçamento de 0,9 m entre linhas e 0,2 entre plantas totalizando uma
densidade populacional de 55.555 plantas ha-1. Para a avaliação, foi considerada como
área útil da parcela as duas linhas centrais, desprezando as duas linhas laterais para evitar
intempéries da bordadura e deixar as parcelas sob condições homogêneas.

Tabela 1. Descrição das cultivares de milho utilizadas no experimento.


Cultivar Tipo Ciclo Finalidade de uso
AS 1555 Híbrido simples Precoce Grãos e Silagem de grão umido
AS 1596 Híbrido simples Precoce Grãos e Silagem de grão umido
AS 1777 Híbrido simples Superprecoce Grãos
AS 1677 Híbrido simples Hiperprecoce Grãos
AS 1633 Híbrido simples Precoce Grãos
AG 1051 Híbrido duplo Semiprecoce Milho verde e Silagem de planta inteira
BR 205 Híbrido duplo Precoce Grãos
ANHEMBI Variedade Precoce Grãos e Silagem
AL-BANDEIRANTE Variedade Semiprecoce Grãos e Silagem

A semeadura ocorreu no dia 04 de março de 2017, de forma manual. A adubação


de semeadura foi realizada com superfosfato simples (18% P2O5) aplicando 74,85 kg/ha.
A adubação de cobertura foi realizada aos 18 e 34 dias após a semeadura com Ureia (45%
N) e Cloreto de Potássio (60% K2O), aplicando-se 5.184 g e 3.888 g em cada adubação,
respectivamente. Os tratos culturais realizados no experimento consistiram no controle
de plantas daninhas, onde foi realizado por meio da dessecação e mediante a aplicação
em pós-emergência do herbicida 2,4-D na dosagem de 0,5 kg ha-1, conforme sugestão de
Vargas et al. (2006), associado à realização de capinas manual quando necessário.

As avaliações fitotécnicas da parte aérea foram realizadas aos 57 dias após o


plantio por ocasião do pleno florescimento masculino (estágio fenológico Vt), isto é, do
pendoamento das plantas (Ritchie et al., 1993). Foram avaliadas as seguintes variáveis:
altura da planta (AP), altura de inserção da espiga (AE), diâmetro d e colmo (DC), número
de folhas (NFOL) e índice de área foliar (IAF). Para as variáveis altura da planta, altura
de inserção da espiga e diâmetro do colmo foram selecionadas 10 plantas representativas
da área útil de cada parcela. A avaliação da altura das plantas foi efetuada por meio da
mensuração do comprimento do colmo (medido da superfície do solo até a base da
inflorescência masculina) com o auxílio da fita métrica, bem como a altura de inserção
13

até a espiga, sendo avaliado dez plantas por parcela (Silva & Silva, 2003; Deparis et al.,
2007; Cruz et al., 2008; Lana et al., 2009). O diâmetro do colmo foi aferido por meio de
paquímetro digital, na altura de corte da planta. O número de folhas foi contabilizado por
contagem manual e o índice de área foliar avaliou cinco plantas de cada parcela
experimental, das quais foram mensurados o comprimento (C) e a largura (L), na parte
mediana de todas as folhas de cada uma das plantas, para a obtenção inicial da área foliar
(AF) (Sangoi et al., 2007).
O cálculo da área foliar foi feito mediante emprego da seguinte equação: AF (m²)
= 0,75 * C * L (Francis et al., 1969). Em seguida, foram somados os valores individuais
de todas as folhas para obter o valor total de área foliar por planta da unidade
experimental. Deste modo, o índice de área foliar foi calculado a partir das medidas de
área foliar, utilizando a seguinte equação: IAF = AF / (e1 * e2), em que e1 e e2 referem-
se ao espaçamento entre plantas na linha de plantio (m) e entre as linhas de plantio (m),
respectivamente.
As avaliações fitotécnicas dos componentes de produção foram realizadas aos 101
dias quando ocorreu a colheita, sendo esta realizada manualmente no período de
maturação fisiológica do milho. Foram determinadas: diâmetro da espiga (DIAESP),
altura da espiga (ALTESP), grãos por fileira (GRAF), fileiras de grãos (FILG), massa de
mil grãos (MMG) e produtividade total (PT). O diâmetro e altura de dez espigas foram
realizados, respectivamente, com auxílio de um paquímetro, medindo-se no terço basal
da espiga e com a utilização de uma régua graduada em centímetros. O número de grãos
por fileira foi realizado mensurando, aleatoriamente, dez espigas em cada parcela
experimental, mediante contagem simples dos grãos presentes em uma fileira de cada
espiga (Vieira et al., 2010). O número de fileiras de grãos por espiga será determinado
mediante contagem simples do número de fileiras presentes em uma espiga (Vieira et al.,
2010). A massa de mil grãos foi estimada mediante contagem simples de 100 grãos por
parcela, com 5 repetições, e pesados em balança analítica (Duete et al., 2008). Para avaliar
a produtividade, foi realizada trilhagem, pesagem dos grãos em balança analítica e
determinação do teor de umidade conforme descrito por Okumura et al. (2011). Os
resultados transformados em kg ha-1 padronizados a 13% de umidade, onde foram
utilizadas 5 espigas de cada parcela.
14

Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e as


médias comparadas pelo teste de Tukey utilizando o software SISVAR (Ferreira, 2011)
a 5% de probabilidade.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Tabela 2 estão demonstrados os dados médios referentes as variáveis
fitotécnicas da parte aérea das cultivares de milho avaliadas. Durante toda a fase
vegetativa da cultura, observou-se que houve uma diferença (p<0,05) nas médias para as
variáveis AE e AP, NFOL e IAF.

Tabela 2. Variáveis fitotécnicas da parte aérea: altura da planta (AP), altura de inserção da espiga (AE),
diâmetro de colmo (DC), número de folhas (NFOL) e índice de área foliar (IAF) de cultivares de milho, na
região de Carajás, Sudeste Paraense, 2017.
AP AE DC NFOL IAF
Hibrido/Variedade
---------------------- cm --------------------
AS 1555 204,63 ab 111,87 abc 1,82 a 10,47 cd 6,50 bc
AS 1596 226,10 a 129,33 ab 1,99 a 14,53 a 9,46 a
AS 1777 206,07 ab 109,60 abc 1,84ª a 10,00 d 4,71 c
AS 1677 203,50 ab 100,00 bc 1,96ª a 10,87 bcd 5,96 bc
AS 1633 215,97 a 108,63 abc 2,03ª a 11,87 bcd 7,95 ab
AG 1051 237,33 a 141,17 a 1,99ª a 12,13 bc 6,88 bc
BR 205 174,87 b 86,97 c 2,10 a 11,40 bcd 6,40 bc
ANHEMBI 219,83 a 114,40 abc 2,00 a 11,27 bcd 6,02 bc
AL BANDEIRANTE 219,18 a 132,63 ab 1,99 a 12,47 b 6,70 bc
Média 211,94 114,95 1,96 11,66 6,73
CV (%) 6.37 11.11 9.81 5.84 12.16
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; CV -
coeficiente de variação.

Para AP, as cultivares AG 1051, AS 1596, Anhembi, Al Bandeirante e AS 1633


apresentaram maiores valores, seguidos das cultivares AS 1777, AS 1555, AS 1677. Já a
variedade BR 205 apresentou menor valor, com 174,87 cm.
A cultivar AG 1051 apresentou maior valor de AE, seguida pelas cultivares, Al
Bandeirante, AS 1596, Anhembi, AS 1555, AS 1777, AS 1633, AS 1677 e BR 205 com
o menor valor, 86,97 cm. Paziani et al. (2009) relataram que a característica altura de
inserção de espiga está altamente correlacionada com a altura da planta, sendo sua
avaliação importante quando se busca maior facilidade e redução das perdas durante a
colheita. No Pará, Souza et al. (2016) avaliaram 36 híbridos de milho e constataram que
a variável AP apresentou variação de 188 a 210 cm e para a variável AE foi de 83 a 107
cm. Alvarez et al. (2006) observaram maiores alturas de plantas e de inserção da espiga
15

com o aumento da densidade populacional, indicando uma tendência natural de aumento


de altura de plantas quando existe competição por luz.
O híbrido AS 1596 apresentou maior NFOL (14,53 folhas) em relação ao hibrido
AS 1777 que obteve o menor valor (10 folhas). Esse resultado deve estar relacionado ao
maior porte e ciclo mais longo da cultivar AS 1596. Corroborando com o resultado, Klein
et al. (2018) ao avaliarem o desempenho de quatro cultivares, no Rio Grande do Sul,
também obtiveram como resultado que o híbrido AS 1596 apresentou maior número de
folhas (17,05 folhas). Almeida et al. (2000) afirmaram que quanto maior a precocidade
do material, menor é seu número de folhas expandidas na antese, menor a área foliar e
mais reduzida é a estatura final da planta, o que pode justificar o fato do híbrido AS 1777,
ciclo superprecoce, ter apresentado o menor número de folhas.
Para a análise do IAF, as cultivares AS 1596 e AS 1633, apresentaram maiores
valores de índice, sendo respectivamente, 9,46 e 7,95. Os menores valores de IAF
variaram entre 4,71 e 6,88, sendo o híbrido AS 1777 o menor valor. O resultado obtido
complementa a variável NFOL no qual segundo Pereira & Machado (1987), a área foliar
é um fator que depende do número e tamanho das folhas e do estádio fenológico.
Figueredo Júnior et al. (2005) evidenciaram que a fotossíntese depende da área foliar, a
produtividade de uma cultura será tanto maior quanto mais próximo for do IAF máximo
potencial e quanto mais tempo permanecer ativa; retardando a senescência. Porém,
segundo Fancelli & Dourado Neto (2004), relataram que o IAF ideal para cultura do milho
varia entre 3 e 5.
Não foi observada diferença para o DC entre as diferentes cultivares de milho
utilizados no ensaio, os valores variaram de 1,82 cm a 2,10 cm. De acordo com Demétrio
et al. (2008), o diâmetro do colmo tem relação positiva com a resistência das plantas ao
acamamento, fator que pode implicar perdas durante a colheita. Cunha et al. (2017)
avaliando o uso de fertilizantes nitrogenados na região de Parauapebas, obtiveram médias
entre 2,96 e 3,07 cm.
Na Tabela 3 estão descritos os dados médios referentes as variáveis fitotécnicas
dos componentes de produção das cultivares de milho avaliadas. Durante toda a fase
reprodutiva da cultura, observou diferença (p<0,05) das médias para as variáveis
DIAESP, FILG, e MMG. Vale ressaltar que no período de estabelecimento da cultura, o
16

índice pluviométrico tendeu a baixar, onde no mês de março mediu 355 mm e em junho
5,8 mm, com isso, as cultivares podem ter sofrido influência do déficit hídrico.

Tabela 3. Variáveis fitotécnicas de componentes de produção: diâmetro da espiga (DIAESP), altura da


espiga (ALTESP), grãos por fileira (GRAF), fileiras de grãos (FILG), massa de mil grãos (MMG) e
produtividade total (PT) de cultivares de milho, na região de Carajás, Sudeste Paraense, 2017.
DIAESP ALTESP GRAF FILG MMG PT
Hibrido/Variedade
------------- cm ------------- g kg ha-1
AS 1555 4,30 cd 15,88 a 28,17 a 14,20 bc 139,33 b 11.794,06 a
AS 1596 4,79 ab 15,35 a 30,87 a 16,73 a 155,72 b 16.927,35 a
AS 1777 4,23 cd 14,43 a 27,57 a 12,13 c 153,34 b 10.786,16 a
AS 1677 4,06 d 14,52 a 28,07 a 13,60 bc 124,41 b 9.813,92 a
AS 1633 4,90 a 16,37 a 29,20 a 14,13 bc 199,08 a 13,672,41 a
AG 1051 4,55 bc 13,65 a 27,90 a 15,07 ab 135,85 b 11.558,22 a
BR 205 4,33 cd 14,27 a 26,83 a 14,07 bc 146,90 b 10.370,71 a
ANHEMBI 4,46 c 15,28 a 28,37 a 14,37 abc 156,60 b 12.433,31 a
AL BANDEIRANTE 4,46 c 14,83 a 31,57 a 13,23 bc 155,82 b 12.849,10 a
Média 4,45 14,95 28,72 14,17 151,89 12.245,02
CV (%) 2,54 7,63 9,54 6,11 8,06 23,47
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; CV -
coeficiente de variação.

Com 4,90 cm e 4,79 cm, os híbridos AS 1633 e AS 1596, respectivamente,


apresentaram maior DIAESP. Batista et al. (2018) avaliando híbridos de milho na
safrinha, no Paraná, obtiveram resultado semelhante em relação a variável diâmetro de
espiga, sendo 4,64 cm, para o híbrido AS 1633.
As cultivares AS 1596, AG 1051 e Anhembi apresentaram maior quantidade de
fileiras de grãos, sendo, respectivamente, 16,73, 15,07 e 14,37. Costa et al. (2017) ao
avaliarem cultivares de milho no Tocantins, encontraram valor semelhante de fileiras de
grãos (16,5) para o híbrido AS 1596 quando cultivado em safrinha. Silva et al. (2014),
Araújo et al. (2017) e Silva et al. (2017) também verificaram diferenças no número de
fileiras por espiga em experimentos envolvendo diferentes híbridos de milho.
Com relação a MMG, a cultivar híbrido AS 1633 apresentou maior média com
199 g de massa e como inferência, a espiga apresentou grãos maiores e mais pesados em
comparação as demais cultivares. De forma geral, a massa de mil grãos de todas as
cultivares analisadas se demonstrou abaixo dos valores encontrados por Alves et al.
(2017) no Pará (279 a 458 g), e isso pode ter se dado pela baixa pluviosidade no período
de estabelecimento da cultura que pode ter proporcionado o menor enchimento de grãos.
A falta de chuva ocorreu próximo ao florescimento da cultura, onde de acordo com
17

Edmeades et al. (2000), o milho é particularmente muito sensível ao estresse hídrico no


estádio de florescimento. Estresses nesse estádio, causam baixa polinização e
consequentemente baixa granação da espiga, já que a seca causa a dessecação tanto dos
grãos de pólen como dos “cabelos” das espigas.
A variável ALTESP não apresentou diferenças significativas entre as cultivares,
sendo que os valores variaram de 13,65 cm a 16,37 cm. O comprimento da espiga é um
fator importante nos componentes de rendimento de milho, pois pode influenciar a
quantidade de grãos por fileira (Batista et al.,2018). Nesse contexto, a variável GRAF
também não apresentou diferença significativa entre as cultivares, onde os valores
tiveram uma amplitude de 26, 83 a 31,57.
Quanto a PT, não houve diferença (p>0,05) entre as cultivares. Porém, os
materiais de milho analisadas no presente estudo proporcionaram elevadas
produtividades variando de 9.814 kg ha-1 (163 sacos) a 16.927,333 kg ha-1 (282 sacos).
No Pará, Souza et al. (2016) avaliando 36 híbridos de milho, em três localidades distintas
(Paragominas, Belterra e Altamira), observaram que a produtividade apresentou uma
amplitude entre 4.939 kg ha-1 (82 sacos) a 9.599 kg ha-1 (159 sacos). Uma possível
explicação para essa variação considerável de produtividade está na altitude, onde o
município de Parauapebas se caracteriza por regiões que chegam a apresentar 716 m.
Durães et al. (2002) observaram-se os maiores rendimentos em ensaios conduzidos com
milho em locais de altitudes ≥700m. A altitude influencia a temperatura e radiação solar,
que afetam diretamente os processos fisiológicos de fotossíntese, crescimento, floração,
balanço hídrico, respiração e absorção de nutrientes (Durães, 2006), com isso pode-se
inferir que a altitude tem ação indireta na produtividade de milho.
Carvalho et al. (2001), relataram que variedades melhoradas e não melhoradas de
milho, embora tenham produzido cerca de 21,4% menos que os híbridos, apresentaram
bons rendimentos de grãos e, por isso, têm importância fundamental nos sistemas de
produção dos pequenos e médios produtores rurais. A média de produtividade de milho
obtida no estudo, 12.245,02 kg ha-1, supera significativamente a média do estado do Pará,
que foi de 3.232 kg ha-1 de acordo com o Levantamento da Produção Agropecuária do
ano de 2015.
As avaliações em conjunto das variáveis são de fundamental importância para a
cultura do milho, visto a correlação entre as mesmas para que se alcance o objetivo do
18

cultivo. Vian et al. (2016) destacam que a produtividade de grãos apresenta elevada
variabilidade espacial e temporal, e é condicionada por aspectos relacionados ao
estabelecimento e desenvolvimento da cultura.

4. CONCLUSÃO
As cultivares avaliadas, AS 1555, AS 1596, AS 1777, AS 1677, AS 1633, AG
1051, BR 205, ANHEMBI e AL – BANDEIRANTE, podem ser indicadas para cultivo
na região Sudeste do Pará, no município de Parauapebas, por apresentarem alta
produtividade, 9.814, a 16.927,333 kg/ha, e outras características de interesse que
facilitam a colheita e outras práticas culturais.

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Cultivares de milho e população de plantas que afetam a produtividade de espigas verdes.
Acta Scientiarum-Agronomy, Maringá, v. 32, n. 01, p. 81-86, 2010.
22

ANEXO A – DIRETRIZES PARA AUTORES


( Revista de Ciências Agrárias - Amazonian Journal of Agricultural and
Environmental Sciences )

Diretrizes para Autores

Os autores devem garantir que os trabalhos submetidos à Revista de Ciências Agrárias-


Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences não tenham sido
publicados anteriormente, e não estejam sendo apresentados para publicação em outra
revista.

Ao submeter um manuscrito, o (s) autor (es) aceita (m) que o copyright de seu artigo seja
transferido para a revista, se e quando o artigo for aceito para publicação. Em caso de
aceite, a revista envia ao autor correspondente a “Declaração de transferência de direitos
autorais”, que deve ser assinada pelo autor e devolvida. Artigos e ilustrações aceitos
tornam-se propriedade da Revista. Nenhum material submetido à revista será devolvido
aos autores.

Vale destacar que não serão aceitos trabalhos que se refiram apenas a testes sobre a
atividade de produtos químicos ou biológicos ou estresses fisiológicos, bem como
trabalhos gerados a partir de resultados de cultura in vitro, limitados ao melhoramento
dos protocolos ou que não forneçam novas informações ao campo. Também não serão
aceitos trabalhos que se limitem a registrar a ocorrência de espécies de pragas em
localidades dentro de regiões geográficas onde eles já sejam conhecidos.

O conteúdo dos trabalhos submetidos à publicação na Revista de Ciências Agrárias-


Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences é de responsabilidade
exclusiva de seu (s) autor (es).

Artigos Originais: devem conter até 20 páginas, incluindo, referências, figuras e tabelas;
devem apresentar as seguintes seções: Título em português, Resumo, Palavras-chave,
Título em inglês, Abstract, Keywords, Introdução, Material e Métodos, Resultados e
Discussão, Conclusões e Referências; os títulos de cada seção devem ser numerados
sequencialmente, a partir da introdução (à exceção do tópico Referências), grafados em
23

negrito e com letras iniciais maiúscula, e justificados à esquerda. Não são aceitos
subtítulos.

Formato e preparação do manuscrito

Todos os arquivos devem estar completos e revisados, segundo as “Diretrizes para


autores” desta revista. Devem ser preparados utilizando o editor de texto Microsoft Word
2007 ou posterior, conforme as seguintes especificações:

o Folha tamanho A4 (210 x 297 mm)


o Margens de 3 cm
o Recuo de parágrafos de 1,25 cm
o Espaçamento 1,5 entre linhas
o Formatação em coluna única
o Fonte Times New Roman, tamanho 12
o Numeração sequencial de páginas na parte superior direita em algarismos
arábicos
o Figuras e tabelas devem estar inseridas no corpo do documento, em
posição que proporcione o melhor fluxo de leitura.

Estrutura e organização dos manuscritos

Cada trabalho deve apresentar os itens a seguir, de acordo com seu tipo. O trabalho não
deve ser identificado e, portanto, não deve conter nome (s) de autor (es) ou quaisquer
outros itens que o(s) identifique(m). Os dados de autoria devem ser reservados para a
Página de Metadados e outros documentos acima mencionados.

Título no idioma principal do trabalho: deve ser conciso e indicar o conteúdo do trabalho;
deve estar centralizado, em negrito e somente com a primeira letra da sentença em
maiúscula; não deve ser iniciado com palavras como “efeito”, “influência” ou
“avaliação”; não deve possuir subtítulo, sigla ou fórmula; não deve conter nome
científico, exceto de espécies pouco conhecidas (neste caso, apresentar somente o nome
24

binário); não deve ultrapassar o limite de 15 palavras; deve conter palavras que facilitem
a recuperação do trabalho por índices desenvolvidos por bases de dados que catalogam a
literatura.

Título no segundo idioma do trabalho: estando o trabalho em português, o segundo título


deve ser apresentado em inglês e vice-versa; deve ser inserido logo após o primeiro título
e ser construído com as mesmas indicações atribuídas ao Título no idioma original do
trabalho.

Resumo e Abstract: Devem conter no máximo 250 palavras cada um, ser elaborado com
frases sucintas e em um só parágrafo; não devem repetir o título; cada frase deve ser uma
informação; não devem apresentar citações; devem ser iniciados por uma breve frase
introdutória, que justifique o trabalho, seguida pelos objetivos, objeto estudado,
resultados mais importantes e conclusões; toda e qualquer sigla deve vir precedida da
forma por extenso. Todo trabalho deve conter Resumo (em português) e Abstract (em
inglês).

Palavras-chave e Keywords: Devem respeitar o limite mínimo de três e máximo de


cinco, tanto em português quanto em inglês; devem estar grafadas em minúsculas,
separadas por vírgulas, sem ponto final, com informações que permitam a compreensão
e a indexação do trabalho; não são aceitas palavras que já constem no Título. Todo
trabalho deve conter Palavras-chave (em português) e Keywords (em inglês).

Introdução: Explanação de forma clara e objetiva do problema investigado ou das


hipóteses do trabalho; não deve ultrapassar duas páginas; deve abordar a pertinência e
relevância do trabalho, além de conter apenas citação de referências específicas, visando
estabelecer relação com trabalhos publicados sobre o assunto; no final da Introdução,
como último parágrafo, deve-se apresentar a hipótese científica e os objetivos do estudo.

Material e Métodos: Devem apresentar a seguinte sequência lógica: descrição do local,


período de realização da pesquisa, delineamento experimental e tratamentos, materiais e
técnicas utilizadas, análise estatística utilizada, bem como as transformações dos dados;
tratamentos e variáveis devem ser bem detalhados, porém deve-se evitar o uso de
abreviações ou siglas; técnicas e procedimentos de rotina devem ser apenas referenciados;
25

as informações devem ser suficientes para que outros pesquisadores possam repetir o
experimento.

Desenvolvimento (exclusivo para Artigos de Revisão): Deve ser escrito de forma crítica,
apresentando a evolução do conhecimento, as lacunas existentes e o estado atual da arte,
com base no referencial teórico disponível na literatura coligida. Pode conter subtítulos,
caso seja necessário.

Resultados e Discussão: Devem interpretar os resultados do trabalho de forma


consistente, evitando comparações desnecessárias, isto é, as novas descobertas devem ser
confrontadas com o conhecimento já obtido; comparações, quando pertinentes, devem ser
discutidas e redigidas de forma a facilitar a compreensão do leitor; dados não
apresentados não podem ser discutidos; tabelas e figuras não devem ser repetidas, no
entanto, todos os seus dados devem ser discutidos; deve-se evitar o uso de nomes de
variáveis e tratamentos abreviados.

Resultados devem ser apresentados juntamente com a discussão.

Conclusões: Devem ser apresentadas em frases sucintas, sem comentários adicionais,


com o verbo no presente do indicativo; não devem ser uma repetição dos resultados e
devem responder aos objetivos expressos no trabalho; não podem consistir em um resumo
dos resultados; devem apresentar as novas descobertas da pesquisa.

Citações no corpo do texto: Se o (s) autor (es) for (em) citado (s) entre parênteses, deve
(m) estar (em) apenas com a letra inicial maiúscula, separadas por ponto e vírgula e em
ordem cronológica.

 Exemplos: (Reis & Fernandes, 2009); mais de dois autores (Reis et al., 2009).

Quando o nome do autor estiver incluído na sentença (frase/oração), deve estar grafado
com as iniciais maiúsculas e com a indicação da data.

 Exemplo: Reis & Fernandes (2009).


26

Para mais de dois autores, em citações dentro ou fora dos parênteses, deve-se apresentar
o primeiro nome seguido da expressão “et al.”.

Toda a referência utilizada e citada no texto deverá, obrigatoriamente, estar na lista de


referências, assim como, toda a lista de referências deve estar citada no texto.

Referências: Devem estar de acordo com as normas da ABNT NBR 6023:2002 (abaixo
seguem alguns exemplos); devem respeitar a seguinte formatação: espaçamento simples,
separadas entre sim por um espaço simples, com alinhamento justificado, listadas em
ordem alfabética pelo sobrenome; devem contemplar toda e somente a bibliografia citada
no texto; títulos incluídos nas referências devem estar grafados em itálico; o trabalho deve
possuir, no máximo, 25 referências para artigo científico, 30 para artigo de revisão e
15 para comunicações.

Exemplos:

§ Livro:

SARRUGE, J. R.; HAAG, H. P. Análises químicas em plantas. Piracicaba: ESALQ,


1974. 56 p.

§ Capítulo de livro:

WILLIAMS, E. S. Canine distemper. In: WILLIAMS, E. S.; BARKER, I. K.


(Eds.). Infectious diseases of wild mammals. 3 ed. Ames: Iowa State University Press,
2001. p. 50-58.

§ Periódicos:

KOUTINAS, A. F.; POLIZOPOULOU, Z. S.; BAUMGAERTNER, W.; LEKKAS, S.;


KONTOS, V. Relation of clinical signs to pathological changes in 19 cases of canine
distemper encephalomyelitis. Journal of Comparative Pathology, v. 126, n. 1, p. 47-56,
2002.
27

§ Teses e Dissertações (deve ser evitada a citação):

GUEDES, E. M. S. Atributos químicos e físicos de um Latossolo Amarelo argiloso e


produção de soja em sistemas de manejo, no município de Paragominas/PA. 2009. 75 f.
Dissertação (Mestrado em Agronomia) -Universidade Federal Rural da Amazônia,
Belém, 2009.

§ Publicações eletrônicas:

SILVA, M. S.; SILVA, L. R. D.; SILVA, S. M.; SOBRINHO, R. S. D. Qualidade de jaca


dura (Artocarpus heterophylus) minimamente processada armazenada em diferentes
temperaturas. SENGE-PB, 2009. Disponível em: <http:/www.sengepb. com.br/site/wp-
content/uploads/2009/12/t023.pdf>. Acesso: 5 maio 2010.

§ Legislação:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 27, de 13 de janeiro de 1998. Aprova o


Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar (declarações
relacionadas ao conteúdo de nutrientes), constantes do anexo desta Portaria. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jan. 1998.

Tabelas: Devem estar numeradas com algarismos arábicos, apresentadas no decorrer do


texto; as legendas das tabelas iniciam-se com a palavra Tabela seguida da numeração em
algarismos arábicos, com ponto e em negrito, devem conter sempre um título
autoexplicativo, claro e conciso; título no segundo idioma do trabalho: estando o trabalho
em português, o segundo título deve ser apresentado em inglês e vice-versa; não devem
ser utilizadas linhas verticais; não devem possuir letras sobrescritas em seus valores;
linhas horizontais devem aparecer para separar o título do cabeçalho e este do conteúdo,
além de uma ao final, na base da tabela; devem ser editadas em Microsoft Word® 2007
ou posterior; não devem ser importadas do Excel® ou Powerpoint®; elementos enviados
no formato de imagem não serão aceitos e acarretarão atrasos na avaliação e na publicação
do trabalho; cada valor presente na tabela deve ser digitado em células distintas,
28

centralizado e alinhado; as tabelas devem ser dimensionadas da seguinte forma: largura


de uma coluna (8 cm) ou de uma página (17 cm).

Figuras: São considerados figuras todos os gráficos, desenhos, mapas, diagramas e


fotografias usados para ilustrar o texto; devem estar inseridas no corpo do texto, de modo
que proporcionem melhor fluxo de leitura e compreensão do texto como um todo; caso
haja texto dentro da figura, este deve acompanhar o idioma do trabalho e estar legível; as
legendas das figuras iniciam-se com a palavra Figura seguida da numeração em
algarismos arábicos, com ponto e em negrito, e posteriormente o respectivo título; toda
figura deve ser citada no texto, apresentar legenda e fonte de origem; toda legenda deve
indicar à que figura se refere; figuras não-originais (de outro autor ou trabalho) devem
conter, após o título, a fonte de origem; devem ser dimensionadas da seguinte forma:
largura de uma coluna (8 cm) ou de uma página 17 cm.; para fotos e mapas, coloridos ou
não, deve-se utilizar resolução de 150 a 300 dpi; não serão aceitas figuras que repitam as
informações das tabelas; fotos coloridas, quando imprescindíveis a critério da Equipe
Editorial, serão, também, aceitas; não devem ser utilizadas linhas de borda na área de
plotagem e nem na área do gráfico (figura); nos gráficos, as designações das variáveis
dos eixos X e Y devem ter iniciais maiúsculas, seguidas das unidades entre parênteses;
título no segundo idioma do trabalho: estando o trabalho em português, o segundo título
deve ser apresentado em inglês e vice-versa.

Uso de unidades: Nos exemplos seguintes, o formato correto é o que se encontra no lado
direito da igualdade: 10 horas = 10 h; 32 minutos = 32 min; 5 l (litros) = 5 L; 45 ml = 45
mL; l/s = L s-1; 27oC = 27 °C; 0,14 m3/min/m = 0,14 m3 min-1m-1; 100 g de peso/ave
= 100 g de peso por ave; g por planta = g/planta; 2 toneladas = 2 t; mm/dia = mm d-1;
2x3 = 2 x 3 (com espaçamento); 45,2 - 61,5 = 45,2-61,5 (sem espaçamento). A unidade
de % deve estar junto ao número (Ex.: 45%); quando, no texto, existirem valores
numéricos seguidos, deve-se colocar a unidade somente no último valor (Ex.: 20 e 40 m;
56,0, 82,5 e 90,2%); quando for pertinente, deve-se deixar os valores numéricos com,
no máximo, duas casas decimais; as grandezas devem ser expressas no SI (Sistema
Internacional) e a terminologia científica deve seguir as convenções internacionais de
cada área em questão.
29

Siglas e abreviações: Se a sigla for lida como uma palavra e contiver mais de três letras,
apenas a letra inicial deve ser grafada em maiúscula; nos demais casos (siglas até três
letras e as que são lidas letra a letra, sem formar palavra) todas as letras devem ser
grafadas em maiúsculas; o nome por extenso de uma instituição deve ter apenas a primeira
letra de cada nome em maiúscula; a abreviação do título da Revista de Ciências
Agrárias é Rev. Ciênc. Agrár. e deve ser utilizada em bibliografias, notas de rodapé,
referências e legendas bibliográficas.

Termos em latim: Devem-se apresentar os termos em latim em itálico, exceto para o


termo “et al.”

Termos estrangeiros: Devem ser mantidos em destaque somente termos específicos,


ressaltados no manuscrito; palavras incorporadas à língua portuguesa não devem ser
destacadas (Ex.: marketing, e-mail, software etc.).

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