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152p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-075-2
CDD 616.5
SUMÁRIO
2.1.1 Epiderme.....................................................................................................................................11
6.2.2 Pinça..........................................................................................................................................62
GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................139
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................144
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1 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
DEPILAÇÃO A LASER
Olá, seja bem-vindo (a) ao Curso de Depilação a Laser. Nosso objetivo é trazer a você
informações importantes em relação a essa técnica que ganhou destaque nos últimos anos
7
tornando-se uma interessante ferramenta de trabalho para os profissionais que atuam na área de
medicina estética e afins.
Cada vez mais, no mundo moderno, buscam-se soluções rápidas e seguras para
resolver situações corriqueiras do dia a dia. Múltiplas funções se acumulam e sobra pouco tempo
para nos dedicarmos ao embelezamento pessoal. Dentro desse contexto, a depilação a laser
definitivamente ganhou papel de destaque.
O laser pode ser utilizado em todos os tipos de pele, sem muita dor e com resultados
garantidos, reduzindo aproximadamente 80% dos fios na região tratada. Existem vários tipos de
equipamentos. Entre eles podem ser citados: o Laser Diodo; o Laser Nd: Yag; o Laser Soprano
XL, entre outros. As características destes equipamentos serão detalhadas nos módulos
seguintes.
Para que você entenda perfeitamente como funciona o processo de depilação a laser é
importante conhecer detalhadamente os componentes anatômicos do sistema tegumentar e da
unidade pilossebácea. Dessa maneira, você irá compreender como o equipamento consegue
agir sobre essas estruturas e remover definitivamente os fios nos locais tratados.
2 SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é formado pela pele (epiderme e derme), pela hipoderme (tela
subcutânea) e pelos anexos cutâneos (folículos pilosos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas
sudoríparas) (CEDERJ, 2011).
2.1 PELE
Sensibilidade (a pele possui terminações nervosas para tato, pressão, calor e dor);
A espessura da epiderme varia de acordo com o local do corpo, sendo mais espessa
na palma das mãos e na planta dos pés. Em geral, podemos dizer que a epiderme é formada por
cinco camadas ou estratos: córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal (CEDERJ, 2011)
(FIGURA 4):
Camada córnea: camada mais superficial, formada por células achatadas e
mortas que descamam continuamente;
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Você sabia?
Além dos queratinócitos, na epiderme existem ainda duas importantes células: o melanócito, que
sintetiza e secreta a melanina, um dos pigmentos responsáveis pela coloração da pele e as
células de Langerhans, que exercem função de defesa imunitária (CEDERJ, 2011).
2.1.2 Derme
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A derme é formada por duas camadas: camada papilar (parte mais externa da derme
que está em contato direto com a epiderme) e camada reticular (mais profunda e que constitui a
parte principal da derme) (CEDERJ, 2011) (FIGURA 8).
FIGURA 8 – CAMADAS DA DERME - Derme: camada papilar (DP) e camada reticular (DR)
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de proteínas que
dão origem a fibras colágenas e elásticas que proporcionam sustentação e elasticidade para a
pele. A derme possui, ainda, inúmeros corpúsculos sensoriais e táteis e terminações nervosas
(CEDERJ, 2011).
Assim como a epiderme, a derme também exerce funções importantes para a pele. O
quadro abaixo resume algumas dessas funções (QUADRO 3):
QUADRO 3 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA DERME
Logo abaixo da pele está situada a hipoderme ou tela subcutânea que exerce papel de
sustentação e reserva energética.
A hipoderme ou tela subcutânea não faz parte da pele, porém está intimamente ligada
a ela. É constituída por septos de colágeno, vasos sanguíneos e células adiposas. Além de
funcionar como depósito energético, a hipoderme exerce as funções de proteção contra
choques, manutenção da temperatura orgânica e modelagem corporal (AZULAY; AZULAY,
1999).
A hipoderme é formada por duas camadas separadas por uma lâmina fibrosa: a
camada areolar (superficial), formada por adipócitos globulares, volumosos, numerosos e
delicados vasos sanguíneos; e a camada lamelar (profunda). A camada lamelar aumenta sua
espessura (hiperplasia) quando ocorre ganho de peso (AZULAY; AZULAY, 1999) (FIGURA 10).
FIGURA 10 – HIPODERME
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Unhas são lâminas córneas formadas pela camada córnea. Em sua extremidade
proximal uma estreita prega da epiderme se estende, formando o eponíquo.
Possuem coloração rosada;
Glândulas sebáceas: são encontradas anexas aos pelos em todas as regiões do
corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde os pelos
são abundantes. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídios cuja função é
a lubrificação da pele;
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FIGURA 11 – ANEXOS CUTÂNEOS
Você entendeu?
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3 ESTUDO DA UNIDADE PILOSSEBÁCEA
1 – Pelo;
2 – Superfície da pele;
3 – Sebo;
4 – Folículo piloso;
5 – Glândula sebácea.
A função principal dos pelos, como já dissemos, é a de proteção. Os pelos presentes nas
narinas, ouvidos, olhos, axilas, púbis e os cabelos, protegem a pele e o couro cabeludo contra a luz solar,
o frio e o calor. Além dessa função fisiológica, no ser humano, pelos e cabelos exercem também
importante função estética. Suas alterações muitas vezes influenciam negativamente a qualidade de vida
dos indivíduos (SAMPAIO; RIVITTI, 2001).
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FIGURA 13 – FOLÍCULO PILOSO
FONTE: REGIS. Pelo. Disponível em: <http://clinicaregis.com.br/>. Acesso em: 07 out. 2011
As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo, que é constituída por
queratinócitos e melanócitos. À medida que os queratinócitos da raiz do pelo se diferenciam,
eles vão sofrendo queratinização, incorporando melanina e aflorando na superfície da epiderme
(CEDERJ, 2011).
A forma dos pelos depende das fibrilas, que são substâncias formadas por proteínas,
que dão força e resistência aos pelos. Se as fibrilas são retas, os pelos são lisos, mas se as
fibrilas tiverem a forma de anéis, o pelo será ondulado (TONEDERM, 2011).
Córtex: camada intermediária que envolve a medula e ocupa a maior parte do pelo.
Possui células epiteliais ricas em melanina, responsáveis pela coloração do pelo. A
cor do pelo é relacionada à quantidade de melanina formada durante seu
crescimento e depositada no córtex. Se o pigmento dominante for melanina a cor
será preta, e se o pigmento principal for à feomelanina a cor será amarela ou
vermelha;
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FONTE: LAROCHE-POSAY. Bulbo capilar ou raiz capilar. Disponível em: <http://www.laroche-posay.pt>. Acesso
em: 07 out. 2011
Na bainha conjuntiva que circunda o folículo piloso, existe o músculo eretor do pelo
se fixando, de um lado, na bainha e de outro, na derme. A sua contração provoca o eriçamento
do pelo (CEDERJ, 2011) (FIGURAS 15 e 16).
FIGURA 15 – DETALHAMENTO DA MICROESTRUTURA DO PELO
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Você entendeu?
O pelo é uma estrutura semiviva que recobre o corpo e exerce a função de proteção da pele e do
couro cabeludo contra a luz solar, o frio e o calor. Ele surge de uma invaginação da epiderme
denominada folículo piloso. Quando o pelo está em crescimento, o folículo apresenta uma
dilatação terminal chamada bulbo piloso e na sua porção central, uma papila dérmica, que induz
o crescimento do pelo. As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo. O formato dos
pelos depende das fibrilas que dão força e resistência aos pelos. Um pelo completo é formado
por três regiões: medula (porção mais central e pouco queratinizada); córtex (camada
intermediária que envolve a medula e ocupa a maior parte do pelo) e cutícula (camada mais
externa e mais queratinizada). Perifericamente, o folículo piloso é envolvido pelas bainhas
radiculares interna e externa. Nessa bainha existe o músculo eretor do pelo que provoca seu
eriçamento.
3.1 TIPOS DE PELOS
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo humano
(Meira, 2011): lanugem, vêlus e o pelo terminal.
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FIGURA 17 – VERNIX CASEOSO: MISTURA DE SEBO GORDUROSO E LANUGEM QUE RECOBRE O CORPO
DO RECÉM-NASCIDO
Velus: é o pelo que substitui a lanugem após o nascimento. É macio, fino (<0,1
mm), curto (< 2 cm) e pouco pigmentado. Pode ser encontrado normalmente nas
faces das mulheres (FIGURA 18) ou na área de calvície dos homens;
FIGURA 18 – VELUS
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FONTE: LAY-ANG. Hirsutismo. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/hirsutismo.htm>. Acesso em:
07 out. 2011
Pelo terminal: é o pelo que substitui o velus. É mais comprido (> 2cm), mais grosso
(até 0,6 mm), pigmentado, visível e medulado. Encontrado nas axilas, regiões
pubianas, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos do couro cabeludo.
Dentre todas as regiões que possuem pelos terminais e que, portanto, podem ser
depiladas, a axila e a virilha são as mais solicitadas, sobretudo, pelas mulheres. No homem, a
depilação é mais comum na região do tórax e abdômen. Daí a importância de conhecermos um
pouco mais sobre as características dos pelos dessas regiões (WIKIPÉDIA, 2011):
Pelos púbicos (pubianos): pelos grossos localizados na região frontal da pelve, acima
e à volta dos órgãos sexuais masculino e feminino. Sua função no ser humano é a
proteção dos órgãos sexuais contra o frio. Uma função secundária é o estímulo pelo
atrito durante o ato sexual (FIGURA 19).
FIGURA 19 – PELOS TERMINAIS AXILARES E PUBIANOS
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FONTE: WIKIPÉDIA. Pelos axilares. Disponível em: FONTE: WIKIPÉDIA. Pelos pubianos. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Axilla_hairy.jpg>. Acesso <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pubic_Hair_(natural,
em: 8 out. 2011 _untrimmed)_01.jpg>. Acesso em: 08 out. 2011
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Resumindo...
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo humano: lanugem
(pelo que cobre o feto, e desaparece após o nascimento); vêlus (pelo que substitui a lanugem
após o nascimento e que também pode ser encontrado nas faces femininas ou nas áreas de
calvície em homens) e o pelo terminal (pelo mais comprido, mais grosso e pigmentado,
encontrado nas axilas, pubis, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos). Dentre
todas as regiões que possuem pelos terminais (podem ser depiladas), a axila e a virilha são as
mais solicitadas por mulheres e a região do tórax e abdomem por homens.
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FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 09 out. 2011.
3.2.2 Fase Catágena
FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 15 out. 2011.
3.2.3 Fase Telógena
Fase em que o enfraquecimento da união entre a base do folículo e o pelo produz sua
queda. Nesta fase, nasce um novo pelo dentro do folículo e à medida que cresce, vai
empurrando para fora o pelo velho. Dura de três a quatro meses e 5% dos pelos estão nesta
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fase. Em seguida, os pelos passam por uma fase de repouso e entram novamente na fase
anágena, reiniciando o ciclo (REGIS, 2011) (FIGURA 24).
FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 15 out. 2011.
A duração destas fases difere entre as regiões do corpo, assim como a taxa de
crescimento diária dos pelos (o que caracteriza os diferentes tamanhos dos folículos pilosos),
conforme descrito no quadro 4, a seguir:
QUADRO 4 – CICLO DO PELO DE ACORDO COM A REGIÃO ANATÔMICA
Você sabia?
O melhor período para executar-se a depilação definitiva vai desde o momento final da fase
anágena até o início da fase catágena. Isso porque neste intervalo de tempo é certo que os
pelos estejam em contato direto com suas matrizes germinativas e possam melhor ser atingidos
pelo laser. Porém, como nem todos os pelos encontram-se ao mesmo tempo em igual fase de
desenvolvimento, não é possível realizar uma depilação definitiva em uma única sessão.
Resumindo...
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4 CLASSIFICAÇÃO DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS (ESCALA DE FITZPATRICK)
Você se lembra?
A coloração da pele é dada pelos melanócitos, células presentes na pele, que são responsáveis
pela produção de um pigmento chamando melanina. A melanina é a substância que determina a
coloração da pele. Todos os indivíduos, independentemente da raça, possuem quantidades
semelhantes de melanócitos. O que difere a coloração de brancos e negros é a capacidade de
produção de cada um. Negros possuem melanócitos com atividade celular mais acentuada.
Como regra geral, peles mais claras quase nunca desenvolvem hiperpigmentações
pós-inflamatórias, sendo excelentes candidatas à depilação a laser. Pessoas com peles mais
escuras têm possibilidades maiores de desenvolver hiperpigmentação pós-inflamatória. Existem
equipamentos específicos para serem utilizados em pessoas morenas.
Além disso, pessoas com pele clara e pelos escuros alcançam resultados melhores e
mais rápidos ao realizar a depilação a laser devido ao contraste de coloração entre pelo e pele.
Fototipo II: indivíduo branco, com pele clara, olhos azuis, verdes ou castanhos
claros e cabelos loiros ou ruivos. Quando expostos ao sol se queimam com
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facilidade e bronzeiam-se muito pouco. Pele considerada sensível;
Fototipo III: indivíduo moreno claro. Pode possuir olhos claros ou não, porém
sempre com cabelos um pouco mais escuros que o fototipo anterior. Quando
expostos ao sol, queimam-se e bronzeiam-se moderadamente. Pele com
sensibilidade considerada normal;
Fototipo IV: indivíduo moreno moderado. Possui pele clara ou morena clara,
cabelos castanhos escuros e olhos escuros. Quando expostos ao sol queimam-se
pouco e bronzeiam-se com facilidade. Pele com sensibilidade considerada normal;
Fototipo VI: indivíduo negro. Possui pele e olhos negros. Cabelos negros e
crespos (étnicos). Quando expostos ao sol nunca se queimam uma vez que a sua
pele é totalmente pigmentada. Pele considerada insensível.
FIGURA 25 – FOTOTIPOS CUTÂNEOS
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Fototipo VI
Características Pele Negra – Olhos negros – Cabelos crespos
Cor Negra
Descrição Nunca queima – Totalmente pigmentada
Sensibilidade Insensível
FONTE: PETERSEN, C. Fototipos cutâneos. Disponível em:
<http://crispetersen.blogspot.com/2011/03/fototipos.html>. Acesso em: 15 out. 2011.
Vimos também que o pelo é uma matéria semiviva que recobre determinadas partes do
corpo com função protetora. Para a depilação, trabalhamos com os pelos terminais que são mais
grossos, resistentes e tem maior comprimento. Também são mais pigmentados e localizados em
regiões como axilas, região pubiana, pernas, tórax e abdômen masculino, entre outros locais.
Como falamos, os pelos do nosso corpo crescem em três fases sucessivas: anágena
(fase de crescimento – 85% dos pelos estão nesta fase); catágena (fase em que o crescimento
já terminou, sendo o período ideal para se realizar a depilação – 10% dos pelos estão nesta
fase) e telógena (fase em que o pelo enfraquece e cai, surgindo um novo pelo – 5% dos pelos
estão nesta fase).
5.1 HIRSUTISMO
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5.2 HIPERTRICOSE
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Lesão caracterizada por um nódulo doloroso, vermelho e quente que drena pus
causada por infecção do folículo piloso e da glândula sebácea, por estafilococos. Pode surgir em
qualquer parte do corpo, exceto na planta do pé, tendo preferência por regiões ricas em pelos e
submetidas à fricção e transpiração (pescoço, face, axilas, nádegas e virilha). Ocorre mais em
homens, principalmente após a puberdade. O aparecimento pode ser favorecido pelo uso de 50
substâncias gordurosas na pele, pelo uso de roupas justas, que levam à fricção, e por foliculites
sequenciais no mesmo local (WIKIPÉDIA, 2011) (FIGURA 31).
FIGURA 31 - FURÚNCULO
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Presença de nódulos em pontos das hastes dos pelos axilares e pubianos pela
secreção das fibras por traumas físicos ou químicos (AGUILAR, 2001) (FIGURA 32).
Presença de mais de um pelo por óstio folicular. Apresenta pontos negros no nariz,
barba, couro cabeludo e outras áreas do corpo. A retirada pode ser feita por meio de depilação
(AGUILAR, 2001).
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5.8 LEUCOTRICOSE
Você entendeu?
Algumas doenças que atingem os pelos podem ser agravadas por processos depilatórios ou
contraindicar alguma técnica. Entre elas estão:
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6 CONCEITOS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
Você sabia?
Na idade média (idade das trevas), havia uma preocupação muito grande com o pudor, até
hábitos básicos de higiene, como tomar banho, eram tidos como pecaminosos. Nessa época, a
depilação era totalmente condenada, e quem ousasse tirar seus pelos poderia até mesmo ser
acusado de bruxaria ou heresia e pagar com a própria vida a vaidade.
A remoção de pelos pode ser realizada por dois modos: a depilação e a epilação. A
seguir, falaremos sobre cada um desses modos de remoção de pelos.
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6.1.1 Lâmina
Método popular e muito conhecido, indolor, que remove os pelos cortando-os pela sua
haste, por meio de uma lâmina (FIGURA 33). Pode ser usada nas pernas, axilas, região pubiana
e barba em homens, sempre com cautela para evitar machucados na pele.
Existe um mito de que o uso de lâminas engrossa os fios, o que é uma inverdade. O
que ocorre é que os pelos crescem sem ponta uma vez que foram arrancados pela sua haste,
dando a impressão de estarem mais ásperos. É o método depilatório que gera menos fios
encravados. Sua desvantagem é o rápido crescimento dos pelos, uma vez que foram removidos
parcialmente, além da alta incidência de foliculite pós-depilação.
FIGURA 33 – DEPILAÇÃO COM LÂMINA
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Tem ação similar à das lâminas de barbear, removendo o pelo superficialmente, porém
agridem menos a pele. São mais caros em relação às lâminas e o tempo de duração da depilação
é similar. Não devem ser utilizados em peles machucadas, propensas a irritação ou que tenham
sido expostas ao sol (FIGURA 35).
A depilação é a remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as porções internas
dos folículos pilosos. Os pelos são apenas aparados ou cortados. Entre eles estão: lâmina
(método popular e indolor, que remove os pelos cortando-os pela sua haste, por meio de uma
lâmina); cremes depilatórios (produtos que amolecem os pelos e provocam sua queda);
aparelhos elétricos (tem ação similar à das lâminas de barbear, removendo o pelo
superficialmente, porém agridem menos a pele); depilação a linha ou fio (os pelos são removidos
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fio a fio com uma linha de seda ou de algodão).
A EPILAÇÃO realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as porções
abaixo da pele, como parte do bulbo piloso. Proporciona a remoção de toda a haste do pelo e
tem maior durabilidade: ceras quentes e frias, pinças, aparelhos elétricos que arrancam os pelos,
eletrólise, luz intensa pulsada, laser.
Um dos métodos mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo. Existem vários tipos
de cera, específicas para o uso em determinadas regiões do corpo e a maioria delas utiliza ceras
de abelha ou resinas sintéticas.
As ceras podem ser utilizadas quentes ou frias:
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Deve-se ter extremo cuidado com a temperatura da cera para não causar queimaduras na
pele. O pelo deve estar longo para ser removido por completo. A duração do efeito da depilação
por cera quente é de aproximadamente um mês.
A cera é aplicada em faixas sobre a região a ser tratada, sem aquecimento local
(FIGURA 38). É uma das técnicas depilatórias mais dolorosas, porém é ideal para a depilação de
áreas sensíveis ao calor ou com sensibilidade alterada. 61
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Obtido via internet. Disponível em:
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011.
De todas, é a técnica que causa mais irritação local e ressecamento da pele. Pode
provocar foliculite. Assim como na depilação com cera quente, o pelo deve estar longo para ser
removido por completo. A duração do efeito da depilação é de aproximadamente um mês.
6.2.2 Pinça
Existem aparelhos elétricos para depilação que tem a capacidade de enrolar e remover
os pelos por completo. Tem aplicação mais dolorosa, porém, efeito bem mais duradouro (cerca
de 30 dias).
63
Você entendeu?
A epilação realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as porções abaixo da
pele, como parte do bulbo piloso. Entre as técnicas estão: cera quente e fria (um dos métodos
mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo que utiliza ceras de abelha ou resinas sintéticas);
pinça (usada para depilação fio a fio e delineamento das sobrancelhas utilizando um instrumento
específico, isto é, a pinça); aparelhos elétricos que arrancam os pelos (aparelhos elétricos para
depilação que tem a capacidade de enrolar e remover os pelos por completo).
Quando usamos o termo epilação definitiva temos a falsa impressão de que todos os
folículos pilosos serão destruídos e nunca mais, em toda a vida, irá nascer um pelo. Isso não é
verdade. Nenhuma técnica de epilação pode dar garantias de que jamais o pelo voltará a nascer.
Por essa razão reajustou-se o termo de epilação definitiva para epilação permanente,
progressiva ou de longa duração.
Entre essas técnicas que proporcionam epilação permanente estão: a eletrólise, a luz
intensa pulsada (LIP) e o laser.
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6.2.4.1 Eletrólise
Remoção dos pelos por meio de uma corrente elétrica aplicada utilizando-se uma fina
agulha inserida na base do folículo piloso, destruindo a papila dérmica (FIGURA 40). Trata-se de
uma técnica dolorosa, porém eficiente. Pode ser usada na face e no corpo. A eletrólise é um
procedimento caro, demorado e restrito a pequenas áreas, pois apenas 50 a 100 pelos podem
ser removidos a cada sessão.
FIGURA 40 – ELETRÓLISE
A epilação por luz intensa pulsada também pode ser chamada de fotoepilação. Os
equipamentos de luz pulsada agem pelo princípio da fototermólise seletiva (FIGURA 41).
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Quando a luz incide na pele transforma-se em calor e destrói as células germinativas do folículo
piloso de forma seletiva.
Pode ser utilizada na maioria das tonalidades do pelo, assim como todas as
espessuras de pelos, do fino ao grosso. Reduz os pelos entre 80 a 85%. Os pelos que
reaparecem ao longo dos anos, crescem mais lentamente e são mais leves e finos. Quando
finalizado o tratamento, o pelo que pode surgir ao longo de anos (5-10 anos) é fino e frágil,
podendo ser feita uma sessão de revisão para eliminação definitiva. O número de sessões
depende da cor e da espessura do pelo, da pele e da área a tratar.
66
O laser foi desenvolvido em 1960 por um físico americano chamado Maiman. Seus
estudos foram baseados nas pesquisas de Albert Einsten que, por volta de 1916, propôs o
conceito de emissão estimulada de radiação: uma espécie de clonagem em nível atômico, em
que um fóton (menor fração de luz) ao interagir com um átomo excitado produz outro fóton que é 70
seu gêmeo idêntico, tem a mesma cor, oscilam em fase e caminham na mesma direção, como
atletas de nado sincronizado. Repetindo-se esse processo muitas vezes, obtém-se um feixe de
luz extremamente pura, intensa e unidirecional. Porém, pela dificuldade em criar matérias
excitáveis, a ideia de Einstein ficou esquecida por anos (KAMINSK, 2011).
Nos anos 50, o americano Charles Townes criou um dispositivo baseado no princípio
de Einstein, no espectro eletromagnético das microondas, que denominou MASER (abreviatura,
em inglês, de amplificação de microondas por emissão estimulada de radiação) e ganhou o
Nobel de Física em 1964. Na mesma época, outro americano, Gordon Gould, abordou em seus
estudos a ideia do acrônimo LASER (em que o L de “luz” substitui o M de “microondas”)
(KAMINSK, 2011).
71
Lasers vasculares;
Lasers pigmentares;
Lasers de rejuvenescimento;
Lasers epilatórios (objetos do presente estudo).
Você entendeu?
O laser foi desenvolvido em 1960 por um físico americano chamado Maiman, por meio de um
pequeno cristal cor-de-rosa e uma lâmpada semelhante a um flash fotográfico. Após a
descoberta, muitos pesquisadores trabalharam no desenvolvimento dos lasers. O uso do laser
possibilitou um grande avanço nos procedimentos médicos e revolucionou técnicas terapêuticas.
Em dermatologia, o laser é utilizado para o tratamento para diversas disfunções (manchas,
varizes, cirurgias dermatológicas, peelings, remoção de tatuagens, epilação, entre outros).
8 FUNDAMENTOS FÍSICOS DO LASER
A LUZ é a parte de radiação que é percebida pelo olho humano. Os lasers podem
emitir radiações de todas as freqüências.
Vamos ver, então, o que significa o restante da palavra: ASER = amplificação por
emissão estimulada de radiação, que é o processo por meio do qual essa forma de luz é gerada
(GORETTI, 2009).
menor gasto de energia e consequentemente o mais estável. Quando o átomo recebe um fóton
(= energia) passa a um estado excitado, instável e tende a emiti-lo o mais depressa possível
para voltar ao seu estado estável.
Os lasers são dispositivos que geram radiação eletromagnética (REM) com características
próprias. A REM, cuja unidade elementar é o fóton, é uma onda que se autopropaga no espaço
resultante da interação de campos elétricos e magnéticos. A LUZ é a parte de radiação que é
percebida pelo olho humano e a amplificação por emissão estimulada de radiação, é o processo
por meio do qual essa forma de luz é gerada: quando um grupo de átomos é transportado para 76
estados excitados os fótons são emitidos espontaneamente. Como aos fótons iniciais fornecidos
a partir de uma fonte externa de energia juntam-se os fótons reemitidos pelos átomos
adjacentes, gera-se um efeito cascata em que esses fótons estimulam os átomos vizinhos
gerando novos fótons idênticos.
9 CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER
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Coerente: as ondas estão em fase no tempo e no espaço, alinhadas entre si;
Alta intensidade: pelo fato de ser monocromática pode interagir muito com certas
substâncias e pouco com outras. Como é emitida na forma de um feixe altamente
colimado, pode ser direcionada com grande precisão para distâncias
significativas.
FIGURA 48 – CARACTERÍSTICAS DO LASER
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Você entendeu?
Características da luz laser: coerente (ondas alinhadas entre si); monocromática (mesmo
comprimento de onda/mesma cor); colimada (concentrada); alta intensidade (precisa).
10 CONSTITUIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE LASER
O laser é composto por três componentes essenciais (GORETTI, 2009) (FIGURA 49):
Meio laser: fica dentro de uma cavidade ótica. É o meio ativo onde se dá a
emissão estimulada de radiação. A inversão da população do meio laser faz-se 79
por um sistema denominado bombagem;
Fonte de energia: a energia inicial é fornecida a partir de uma fonte externa que
pode ser a corrente elétrica, a luz de uma lâmpada de flash ou outro laser. Deste
modo a luz é amplificada e os fótons emitidos saltam dentro da cavidade;
Resumindo: o laser é formado por três componentes essenciais: meio laser (meio ativo onde se
dá a emissão estimulada de radiação); fonte de energia (corrente elétrica, luz de uma lâmpada
de flash ou outro laser) e espelhos refletores (por onde passa uma pequena parte da luz gerada
no seu interior).
80
11 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DO LASER
O laser pode ser classificado e nomeado segundo o meio ativo e o tipo de excitação
utilizada para desencadear o processo (DRUMMOND, 2007):
Sólido: Rubi 694 nm, Alexandrite 755 nm, Diodo 810-900-950-1.450 nm, 81
Neodimium-Yag 1064 nm, Erbium-Glass 1.540-1.550 nm, Erbium-Yag 2.940 nm;
Gasoso: mais comuns e mais antigos. Excimer 308 nm, Argônio 488 e 514 nm,
CO2 10.600 nm.
12 MODOS DE EMISSÃO DO LASER
O laser pode ser enviado ao tecido de duas formas: contínua ou pulsada (GORETTI,
2009) (FIGURA 50):
82
Contínua: sem interrupção da luz. Emitem radiação de forma contínua com mais de um segundo
de duração. Exemplos de lasers que utilizam a forma contínua são o laser de CO 2 e o laser
argônio;
Pulsada: o disparo de luz é emitido em pulsos regulares. A maioria dos lasers usados na
dermatologia é pulsada. Esses impulsos podem ter maior ou menor duração. A taxa de repetição
é o número de impulsos emitidos por segundo e mede-se em Hertz. Pode ser: muito baixa
(menos de um impulso por segundo) ou muito alta (mais de 100 impulsos por segundo). Os
lasers pulsados podem ter pulsos tão rápidos (10 pulsos por segundo) que parecem ser
contínuos e são denominados lasers pseudocontínuos. Também podem ser muito longos como
os lasers diodo, rubi, alexandrite e Nd:YAG de pulso longo.
Os meios ativos do laser podem ser: sólidos, líquidos ou gasosos. O laser pode ser enviado ao
tecido de forma pulsada (em pulsos interrompidos regulares) ou contínua (de forma ininterrupta).
83
13 MECANISMOS DE AÇÃO DO LASER
Comprimento de onda; 84
Duração do impulso;
Interação entre a luz emitida pelo laser e o alvo determinado. Os principais alvos
do laser médico são: pigmentos naturais; pigmentos externos e água
intracelular.
Porém, como lidar com tantos parâmetros e saber quais são mais eficientes e
seguros? Para responder a essa pergunta é preciso pensar no mecanismo de funcionamento do
laser e em alguns conceitos teóricos (GORETTI, 2009): 85
Duração do pulso: devem ser utilizados pulsos mais longos para proteger os
melanossomos epidérmicos (seletividade termocinética) e também para se
conseguir a destruição das camadas mais externas do folículo, por difusão do
calor. Procura-se usar pulsos que estejam entre o tempo de relaxamento da
camada basal da epiderme (0,5 a 1 mseg) e o tempo de relaxamento do folículo
(30 a 50 mseg);
Você entendeu?
A ação do laser varia em função do comprimento de onda; duração do impulso; tamanho, tipo e
87
profundidade do alvo e interação entre a luz emitida pelo laser e o alvo determinado. O
cromóforo constitui um grupo de átomos que dá cor a uma substância e absorve luz com um
comprimento de onda específico no espectro do visível. No caso de pelo, o cromóforo é a
melanina.
Parâmetros importantes:
O tempo de relaxamento térmico é o tempo necessário para que o calor gerado com o
impulso laser arrefeça até metade do inicial. O comprimento de onda determina não só a
absorção pelo cromóforo, mas também a profundidade de penetração da luz. O espectro visível
vai dos 380 até aos 750 nm. Em geral quanto maior é o comprimento de onda maior é a
penetração nos tecidos (FIGURA 52).
89
A fototermólise seletiva está relacionada à habilidade de remover o pelo sem danificar
a pele adjacente e preconiza que uma determinada onda, com certa duração de pulso e
determinada fluência, provoque um dano térmico localizado somente no alvo que contém a
molécula que absorverá a energia, ou seja, o cromóforo. No caso da epilação, o alvo é a
melanina da haste do pelo e da matriz.
Lasers com comprimento de onda entre 600 e 1.100 nm são bem absorvidos pela
melanina e são adequados para fazer epilação. Teoricamente, a duração do pulso pode ser
menor ou igual ao tempo de relaxamento térmico do folículo piloso (10-100 milissegundos), no
entanto, usando pulsos mais longos que o tempo de relaxamento térmico da haste do pelo
permite a propagação do dano térmico para as células germinativas amelanóticas que são alvo
importante para o sucesso da epilação. O uso de aparelhos com longa duração de pulso baseia-
se nesse conceito.
Você entendeu?
A utilização de laser para epilação baseia-se no fenômeno da fototermólise seletiva, ou seja,
absorção da luz de um determinado comprimento de onda pelo alvo desejado, o folículo piloso. A
luz, ao atingir a pele, penetra na derme e vai por meio do aquecimento desnaturar as proteínas
do folículo, levando à sua destruição. Para se obter a destruição definitiva do pelo é necessária a
destruição das células do folículo piloso localizadas numa área denominada bulbo que fica
próxima à inserção do músculo eretor do pelo. Algumas variáveis são necessárias para que se
realize este processo. O comprimento de onda deve ter afinidade pela melanina, pois este é o
cromóforo do pelo. A energia deve ser adequada. A duração do pulso é um fator importante.
Deve ser próxima ou menor que o tempo de relaxamento térmico do folículo (30-100ms) e maior
que o tempo de resfriamento da epiderme (3-10ms), para que esta seja preservada. Neste
sentido, os sistemas de resfriamento são fundamentais para evitar lesões.
90
14 EFEITOS GERAIS DO USO DO LASER
Você entendeu?
Os efeitos gerais para o uso do laser são: efeitos bioquímicos (estímulo à liberação de
substâncias e às reações enzimáticas); efeitos bioelétricos (equilíbrio da atividade funcional 92
celular; atuação sobre a mobilidade iônica; aumento da quantidade de ATP produzido na célula);
efeitos bioenergéticos (estimulam, em todos os níveis, a troficidade e fisiologia celular,
normalizando as deficiências e equilibrando as desigualdades); efeitos bioestimulativos
(estimulam a produção de ATP; os fibroblastos conduzindo formação do colágeno e elastina;
aumentam a circulação nos tecidos por vasodilatação, ação antiedematosa e anti-inflamatória;
estímulo à microcirculação (as arteríolas comunicam-se mediante uma rede capilar, por meio da
atuação de um músculo chamado esfíncter pré-capilar).
15 TIPOS DE LASER USADOS PARA DEPILAÇÃO DEFINITIVA
Vários aparelhos podem ser utilizados para a remoção dos pelos, sendo que a sua
escolha depende da cor de pele e da espessura e tonalidade do pelo. A ausência de melanina
no pelo (pelo branco) impede a ação do laser.
93
Todos os aparelhos no mercado que são utilizados nas peles claras (fototipos I-III)
produzem uma redução nos pelos em torno de 75%. O laser de rubi (694 nm), o alexandrite (755
nm) e o diode (810 nm), assim como a luz pulsada, são os aparelhos mais comumente
empregados no tratamento para epilação. O Nd:YAG de pulso longo (1.064 nm) é o aparelho de
laser mais seguro para epilação com laser nos pacientes de pele escura, porque o comprimento
de onda é longo, embora os lasers de diodo, alexandrite e a luz pulsada também possam ser
utilizados.
A escolha do laser adequado para cada tipo de pelo e cor de pele e o treinamento para
a utilização correta do equipamento são fundamentais para que se obtenham os melhores
resultados.
15.1 LASER RUBI DE PULSO LONGO (694nm)
O laser rubi está indicado para pelos escuros em pacientes de pele clara (fototipos I-
III). Estudos demonstram que a eficácia do tratamento fica em torno de 20% a 60% de redução
com uma única aplicação e de 50% a 78% após vários tratamentos (DRUMMOND, 2007).
95
96
97
Os Nd:YAG lasers operam com comprimento de onda 1.064 nm. Esse comprimento
permite menor absorção da luz pela epiderme, sendo uma opção para o tratamento de pacientes
com fototipos altos (FIGURA 57).
FIGURA 57 – EQUIPAMENTO DE LASER ND: YAG DE PULSO LONGO (1064NM)
98
FONTE: IPLSUPPLY. ND: YAG. Disponível em: <http://www.iplsupply.com/products/3_2_b.jpg>. Acesso em: 25 nov.
2011
99
Vários equipamentos possuem a fonte laser Nd:YAG, que emite um radiação infra-
vermelha e uma fonte laser Hélio Neônio (HeNe), capaz de emitir uma radiação vermelha na
porção visível do espectro. O feixe de radiação do HeNe é coaxial com o feixe de radiação
emitido pelo Nd:YAG, e é utilizado como uma mira que define o ponto onde o laser Nd:YAG irá
atuar (Drummond, 2007).
O Quadro 7, apresentado a seguir, resume as características de alguns aparelhos do
mercado:
QUADRO 7 – CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE LASER
Existe um tipo de luz não laser, tipo flashlamp, denominada luz intensa pulsada, que
não possibilita pico de energia alto e, normalmente, é usada para tratar áreas maiores que o
laser. A IPL produz vários espectros de luz, possibilitando tratar ao mesmo tempo lesões
pigmentadas, lesões vasculares e realizar epilação (DRUMMOND, 2007) (FIGURA 59).
FIGURA 59 – EQUIPAMENTO DE IPL
101
A IPL é uma fonte de luz de alta intensidade que emite luz policromática, não coerente
e inserida em um amplo espectro de comprimento de onda. O filamento da lâmpada de Xenônio
se aquece devido à corrente elétrica que o atravessa (efeito Joule). As lâmpadas de Xenônio
(flashlamps) dos equipamentos IPL são alimentadas por um banco de capacitores. A luz emitida
dirige-se à superfície da pele por meio de uma espécie de “guia”, também chamado de “cristal”,
confeccionado por tipos diferentes de materiais (quartz ou safira) (DRUMMOND, 2007).
Nos equipamentos IPL existem filtros entre a fonte luminosa e o cristal, que têm a
finalidade de definir o espectro de emissão que atingirá o tecido. O bom desempenho do
equipamento IPL está relacionado à qualidade da lâmpada (flashlamp) e, principalmente, à
qualidade e tecnologia dos filtros utilizados (DRUMMOND, 2007).
Nestes equipamentos IPL, os pelos são utilizados como guias que conduzem a energia
aos folículos pilosos, danificando-os, como também ocorre com o uso do laser. Os pelos
recebem a radiação IPL e o cromóforo absorve a radiação, eliminando os pelos do local
(DRUMMOND, 2007) (FIGURA 60).
102
O IPL funciona por meio do acionamento de um pedal que ativa o equipamento a cada
intervalo de tempo de três ou quatro segundos. A programação deve ser adequada ao
tratamento e ao tipo de pele do paciente. Um eletrodo manual é encostado na pele e a luz
pulsada é emitida pressionando-se o pedal que aciona o IPL, dando início à transmissão de radiação
luminosa ao tecido. O pedal é então aliviado e o eletrodo posicionado em outra região para
prosseguir o tratamento (DRUMMOND, 2007).
Indivíduos com peles escuras não devem sofrer ação de pulsos sobrepostos pelo risco 103
de superaquecimento e queimadura da pele. Mesmo em peles claras não devem ser
administrados pulsos repetidos na mesma região sem intervalos de tempo adequados
(DRUMMOND, 2007).
ÁREA DE AÇÃO Área de ação menor que a área de Área de ação menor que a área de
ação do IPL ação do IPL
USO MÉDICO Uma finalidade especifica para cada Vários usos com apenas um
comprimento de onda equipamento
Avisos: devem ser colocados avisos nas portas da sala onde está instalado o
laser e no próprio aparelho prevenindo contra as radiações visíveis e/ou invisíveis
diretas ou dispersas (FIGURA 61);
Campo operatório: a pele deve ser limpa antes do tratamento com soluções não
alcoólicas como, por exemplo, o soro fisiológico. Devem ser colocadas
compressas úmidas na periferia do campo operatório para evitar lesões;
107
Os lasers podem ser agrupados em quatro áreas, conforme seu potencial em causar
dano biológico. Todo laser deve possuir um rótulo com uma das quatro classes descritas abaixo:
Classe IA: designação especial aplicada somente aos lasers que "não devem
ser vistos", tais como a leitora de preços a laser de um supermercado. O limite
superior de energia da Classe I.A. é de 4 mW;
Classe II: lasers visíveis de baixa energia que emitem acima dos níveis da
Classe I, mas com uma energia radiante que não ultrapasse 1 mW. A ideia é
que a reação de aversão à luz brilhante inata nos seres humanos irá proteger
a pessoa;
Classe IV: composta pelos lasers de alta energia (contínuos: 500 mW,
pulsados: 10 J/cm2 ou o limite de reflexão difusa). São perigosos para a visão
em qualquer circunstância (diretamente ou espalhados difusamente) e
apresentam provável risco de incêndio e risco à pele. Medidas significativas de
controle são requeridas em instalações que contêm laser Classe IV.
Em ambientes onde existem equipamentos emissores de raios laser, deve haver uma
sinalização para alertar dos riscos aos quais operador e paciente estão submetidos (FIGURA
63).
Os lasers são dispositivos que geram radiação eletromagnética - REM (onda que se
autopropaga no espaço resultante da interação de campos elétricos e magnéticos). A unidade
elementar de REM é o fóton, que é simultaneamente onda e partícula. A luz é gerada por meio
da amplificação por emissão estimulada de radiação que se baseia no efeito cascata da
estimulação de átomos em repouso e na geração de novos fótons idênticos.
Vimos, também, que a luz laser tem características próprias e bem específicas:
coerência (estão em fase no tempo e no espaço, alinhadas entre si); monocromaticidade
(mesmo comprimento de onda e mesma cor); colimação (mesma direção); alta intensidade. E
que o laser é composto por três componentes essenciais: meio laser (meio ativo onde se dá a
109
emissão estimulada de radiação); fonte de energia (corrente elétrica, luz de uma lâmpada de
flash ou outro laser) e espelhos refletores (por onde passa uma pequena parte da luz gerada no
seu interior.). Você estudou que os meios ativos do laser podem ser: sólidos, líquidos ou
gasosos. O laser pode ser enviado ao tecido de forma pulsada (em pulsos interrompidos
regulares) ou contínua (de forma ininterrupta).
Entre os vários aparelhos que podem ser utilizados para a remoção dos pelos estão:
rubi de pulso longo (694nm); alexandrite de pulso longo (755nm); diodo de pulso longo (810nm);
Nd:YAG de pulso longo (1064nm); Q-switched Nd:YAG (1064nm) e a luz intensa pulsada (IPL).
A escolha do laser adequado para cada tipo de pelo e cor de pele e o treinamento para a
utilização correta do equipamento são fundamentais para que se obtenham os melhores
resultados.
O paciente ideal é aquele que tem pelo escuro e grosso, com a pele clara, pois a 110
absorção do laser pela melanina será máxima, com baixo risco de eventos adversos decorrentes
de dano térmico à epiderme, embora atualmente existam equipamentos que podem ser
utilizados em qualquer fototipo de pele. Muitas vezes pacientes com pele de fototipo três e
quatro respondem muito bem ao tratamento por ocorrer menor reflexão da luz do aparelho.
Os pelos do rosto costumam ser mais resistentes à epilação, necessitando de múltiplas
sessões para atingir o resultado desejado. Assim como indivíduos com pelos muito finos tipo
Velus. Pelos brancos ou claros também não respondem bem ao tratamento, pois têm pouca
concentração de melanina. Áreas com grande densidade de pelos respondem melhor, como
axila, virilha e pernas.
17.2 INDICAÇÕES
Depilação cosmética de áreas que ficam expostas pelas roupas (axila, pernas,
virilha, pelos da face, entre outros);
Colagenases;
Câncer de pele;
Gravidez;
Você entendeu?
O melhor candidato para a epilação a laser é aquele que tem pelo escuro e grosso, com a pele
clara, pois a absorção do laser pela melanina será máxima, com baixo risco de eventos adversos
decorrentes de dano térmico à epiderme. Pelos brancos ou muito finos não respondem bem ao
tratamento, pois têm pouca concentração de melanina. A princípio, deve-se buscar a máxima
fluência tolerada para cada paciente e o uso de pulsos mais longos (10 ou 20 mseg). Spots
maiores são melhores porque são mais rápidos e podem aumentar a penetração da luz e atingir
estruturas mais profundas. A potência laser de saída selecionada é escolhida de acordo com o
tipo de pele do paciente e o objetivo terapêutico.
113
O laser cujo raio pode ser visto a olho nu (laser visível) permite um maior número de
variações quando comparado aos invisíveis (BORGES, 2006):
Existem regras gerais de aplicação do laser visível que devem sempre ser observadas
(BORGES, 2006):
Sempre que possível, a sonda de tratamento deve ser aplicada com uma firme
pressão na área do tecido a ser tratado (contato direto), isto torna a aplicação mais
segura, pois reduz a possibilidade de visualização acidental. Além disso, dessa
forma, há a maximização da irradiância ou da densidade de potência no interior do
tecido alvo, assegurando um aumento na eficácia do tratamento;
Quando não é possível utilizar o contato direto (porque a aplicação seria dolorosa 114
Potência (w)
Relembrando...
O laser visível permite um maior número de variações quando comparado aos invisíveis,
podendo ser aplicado por pontos ou por varredura. O laser invisível possui limitações quanto às
formas de aplicação porque como não é possível ver a dimensão da zona que se está irradiando
é aconselhável que, com este tipo de laser, se utilize apenas a aplicação por pontos.
19 AVALIAÇÃO DO CLIENTE E REGISTROS DE ACOMPANHAMENTO
Para realizar a epilação a laser ou luz pulsada com segurança, é importante realizar
uma criteriosa avaliação da região a ser tratada. Os itens que compõem a avaliação são:
Anamnese; 116
Exame físico.
19.1 ANAMNESE
Coleta de dados pessoais, como nome, endereço, estado civil, profissão, data de
nascimento e dados de contato.
19.1.2 Coleta da história clínica geral e depilatória
118
19.2.1Classificação da pele
Para você relembrar, a pele, de acordo com essa escala, pode ser classificada em seis
tipos, sendo o I o mais claro e o VI o mais escuro. Para a epilação a laser, os indivíduos com
fototipos entre I e IV são melhores candidatos, embora existam equipamentos seguros para uso
em peles mais escuras.
19.2.2 Inspeção
Tipo, cor e quantidade dos pelos na área a ser depilada. Quanto mais escuro e
calibroso for o pelo, mais rapidamente ocorrerá a destruição pelo laser;
Presença de discromias (acromias, hipercromias, hipocromias); 119
19.2.3 Palpação
120
Data:_______________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________
Endereço:___________________________________________________________
E-mail: ______________________________ Telefone: _______________________
Sexo: _______________________________ Raça: __________________________
Data de nascimento: ___________________ Idade: _________________________
ANAMNESE
História clínica
História Depilatória
EXAME FÍSICO
Classificação da pele
Inspeção
Palpação
Temperatura
( ) normal ( ) elevada ( ) diminuída
Espessura
( ) normal ( ) aumentada ( ) diminuída
Tônus
( ) normal ( ) aumentado ( ) diminuída
Equipamento utilizado:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Profissional responsável:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Fui orientado em relação aos cuidados que devo seguir para o sucesso do tratamento
e para evitar os efeitos secundários: evitar bronzeamento 30 dias antes das sessões de
depilação, pois as peles bronzeadas reagem menos eficientemente ao tratamento do que as não
bronzeadas. Em caso de exposição solar, avisar antes de cada sessão para ajustamento dos
parâmetros de tratamento.
Não depilar a região tratada com cera ou arrancar com pinça o pelo para não
prejudicar o tratamento, mas sempre utilizar lâminas de depilação. Não descolorir os pelos no
período de tratamento. Evitar o uso de maquiagem sobre o rosto ou desodorante nas axilas, pois
esses produtos podem conter substâncias que provocam inflamação na pele quando reagem
com a luz do laser. Não utilizar cosméticos que contenham ácido glicólico ou ácido retinoico três
dias antes do procedimento.
Dias depois de uma sessão, alguns pelos deverão ir se desprendendo facilmente dos
seus folículos e nesse período, deve-se sempre utilizar protetor solar de no mínimo 30 SPF na
área tratada.
Assim, após estes esclarecimentos sobre as informações da depilação à laser dou meu
consentimento para que seja realizado o tratamento.
125
Data: __________________________________
Nome:_____________________________________________________________
Documento de identidade: ____________________________________________
Assinatura: _________________________________________________________
20 ORIENTAÇÕES GERAIS AO TRATAMENTO
Uso de fotoprotetores e proteção física nas áreas expostas a serem epiladas por, pelo 126
menos, quatro semanas antes do procedimento, entre as sessões e por, pelo menos,
quatro semanas após o tratamento;
O pelo deve estar curto, rente à saída do folículo para minimizar dano epidérmico e
aumentar a eficiência do laser. Para a primeira sessão, a área a ser epilada deve ser
raspada no momento do tratamento, para se avaliar o tipo de pelo e a extensão. Após a
primeira sessão, o paciente, se preferir, pode fazer a raspagem na véspera. Pode-se
marcar a área a ser epilada e usar pontos de referência com caneta com tinta vermelha
ou branca. A tinta preta ou escura irá absorver luz e poderá lesar a epiderme;
127
No momento da epilação a LASER não estar com maquiagem, desodorante ou cremes
na região a ser tratada;
Realiza-se limpeza prévia da região a ser tratada: se aplicarmos o laser sobre a pele
com cremes, pomadas, maquiagem ou excesso de oleosidade, haverá um aumento da
reflexão de qualquer feixe luminoso acima de seu nível normal, diminuindo a efetividade
do tratamento;
Deve ser utilizado o equipamento mais indicado para a cor da pele e dos pelos de cada
indivíduo;
Lesões benignas melanocíticas, tatuagens devem ser cobertas com um material branco
opaco para evitar a absorção pela melanina durante o tratamento;
Logo após a sessão, o local tratado pode apresentar-se avermelhado e com sensação
de queimadura (FIGURA 64). Podem ser colocadas compressas geladas após o término
do uso do laser. Após a aplicação do gelo, podem ser usadas pomadas de corticoide
tópico para diminuir a resposta inflamatória local;
128
Podem ser realizados testes com diferentes fluências antes do procedimento como
forma de se obter um parâmetro para se determinar a fluência a ser usada, especialmente para
pacientes com pele mais escura e operadores inexperientes. Para isso, usa-se como resposta
padrão o aparecimento de pequena elevação avermelhada na pele 15 minutos após a aplicação.
A fluência será excessiva se houver a formação de vesícula, o aparecimento de cor acinzentada
ou ablação da epiderme.
20.2.2 Recursos relacionados ao alívio da dor
Devem ser tomadas precauções quanto ao uso do laser para epilação em peles com fototipo
alto (V e VI).
131
22 RESULTADOS DE DEPILAÇÃO DEFINITIVA
A eficiência cai para pelos finos, claros e peles mais escuras, pois é necessário ajustar
os parâmetros para minimizar os possíveis efeitos colaterais. Os pelos que voltam a crescer,
geralmente, são cada vez mais finos e claros após as sucessivas sessões de laser. O método é
falho para pelos muito finos e claros, ruivos ou brancos.
133
134
Existem reações que podem ocorrer com o uso do laser para epilação e que não
significam, necessariamente, sinais de complicações:
Coceira;
135
Hiperemia;
136
137
FONTE: MACEDO, FS, MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em:
<www.cibersaude.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>.
FIGURA 71 – VESÍCULAS
ÁCIDO ÚRICO: produto final da degradação das purinas orgânicas e alimentares, presente no
sangue. Pode acumular-se em certos estados patológicos, tais como a gota. Normalmente é
eliminado pela urina.
ACNE: afecção crônica inflamatória dos folículos pilossebáceos, que é o conjunto do pelo e da
139
glândula sebácea, originado pela invaginação da epiderme e localizado na derme.
AMÔNIA: solução de gás amoníaco em água. É uma base fraca, com odor muito picante,
tóxico e irritante para as mucosas.
ANOREXIA: disfunção alimentar, caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar.
ANTIBIÓTICOS: grupo de substâncias com estrutura química variada que, embora interajam
com o ADN e inibam a síntese deste ácido ou de proteínas, não atuam especificamente sobre
uma determinada fase do ciclo celular.
CATARATA: patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de
sua cápsula.
CICATRIZ HIPERTRÓFICA: alteração do processo cicatricial normal frequentemente
confundida com queloides, pelo fato de serem muito parecidas em um primeiro momento.
Porém, as cicatrizes hipertróficas permanecem dentro dos limites da incisão original ou ferida.
Geralmente, regridem de forma espontânea, com o passar do tempo.
ELETRÓLITOS: condutor iônico, líquido, sólido ou pastoso, que ao ser dissolvido na água,
forma uma solução que pode conduzir eletricidade.
FENITOÍNA: fármaco do grupo dos antiepilépticos.
FIBROBLASTOS: células do tecido conjuntivo que secretam uma matriz extracelular rica em
colágeno e outras macromoléculas.
GLAUCOMA: designação genérica de um grupo de doenças que atingem o nervo óptico e 141
envolvem a perda de células ganglionares da retina.
INSULINA: hormônio proteico secretado pelas células beta do pâncreas. Exerce um papel
fundamental na regulação do metabolismo da glicose, geralmente promovendo a utilização
celular da glicose. Também é um regulador importante do metabolismo proteico e lipídico.
LINFONODOS: estruturas encontradas no corpo que agem como filtro e armadilha para
partículas externas. Contêm células brancas sanguíneas, dessa forma são importantes para o
funcionamento do sistema imunológico.
LIPÍDIOS: substância orgânica que é composta de ácidos graxos, insolúvel em água, formando
142
uma reserva calórica para o organismo ou fornecendo elementos para produção de compostos
complexos como hormônios.
METABOLISMO: conjunto de reações químicas que ocorrem no organismo a fim de que esse
gaste energia.
PÚSTULAS: elevação circunscrita, com até 1 cm em tamanho, causada por uma reação
inflamatória da pele, com pus.
QUELOIDE: cicatrizes grossas, enrugadas e elevadas que crescem, de forma contínua, além
das bordas da ferida ou incisão. Elas são frequentemente vermelhas ou mais escuras que a
pele normal e raramente regridem espontaneamente.
TIREOIDE: importante glândula do organismo humano que produz hormônios e que tem como
uma das suas principais funções regular o metabolismo.
UREIA: composto gerado no fígado a partir da amônia produzida pela desaminação dos
aminoácidos. É o principal produto final do catabolismo das proteínas e constitui
143
aproximadamente metade do total de sólidos urinários.
AZULAY, RD, AZULAY, DR. A pele: embriologia, estrutura e fisiologia. In: AZULAY, RD,
AZULAY, DR. Dermatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
146
DIÁRIO DE BIOLOGIA. Disponível em: <http://diariodebiologia.com/2009/01/hipertricose-
lanuginosa-congenita-sindrome-de-lobisomem/>. Acesso em: 20 out. 2011.
ESTEVES, JÁ; BAPTISTA, AP; RODRIGO, FG. Dermatologia. São Paulo: Fundação Calouste
Gulbenkan, 1991.
GARDNER, E.; GRAY, D.J.; O’RAHILLY, R. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1978.
147
HABIF, T.P. et al. Doenças da pele: diagnósticos e tratamentos. Porto Alegre: Artmed, 2002.
JUNQUEIRA, LC, CARNEIRO, J. Histologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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KAMINSK, SK. Aparelhos de laser e equipamentos correlatos. RBM Jun 09 V 66. Edição
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MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 20 out.
2011.