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[i]Yu andava tranquilamente pelas ruas pouco limpas de sua cidade, a universidade era

consideravelmente longe, além de sua parada vaga na padaria, demoraria alguns minutos
para chegar na mesma. Yang se lembrava que ainda não tinha entregado seus trabalhos e
isso o preocupava quase todos os dias, porém, ele realmente tinha uma grande dificuldade
nas matérias de exatas, agora mais ainda pois resolveram contratar um outro professor
para dar aulas, ele já tinha se acostumado com o cotidiano do velho rabugento que seu
antigo professor era e mudanças não era o grande foco de Yu Yang tinha em sua vida. Na
verdade, era um garoto bem instável com grandes mudanças de humor e opiniões, mas,
não transparecia isso com muita frequência para seus colegas ou pessoas próximas,
deixava toda essa agitação dentro de si e tentava acompanhar o ritmo que as coisas
costumavam levar.
[i]Passo após passo, uma perna alcançava lentamente a outra ultrapassando-a assim que
sentia o impacto do pé no concreto da rua, o ciclo se repetia é ninguém realmente dava a
mínima para todos aqueles caracóis enroscados e embaraçados que eram as pequenas
coisas, a mente do jovem fervilhava com os pensamentos brutos e sem manipulação do
controle miúdo de sua fantasmagórica realidade, totalmente visível, mas mesmo assim
inotável; era fácil de entender, mas, dificil de compreender quando a duvida surgia em
mentes vazias. O dia estava bom, Yu realmente não queria estragar seu dia filosofando
sobre a existência de tudo, queria apenas viver e prestar a atenção da aula, então tratou de
deixar aquele pensamento no fundo de sua caixola, mas, no fundo sabia que todo aquele
mar de ideias escorreria em textos e derramaria em mãos erradas algum dia, os textos
tinham mais de si próprio do que podia imaginar, se realmente alguém prestasse a atenção
saberia que não eram apenas palavras tolas ou coisas genéricas, eram seus pobres
sentimentos afundados em tinta de caneta e teclas de celular, o pobre sentimento de não
saber colocar tudo para fora de maneira correta ou com ações corretas, talvez, esse seja o
real desespero de um coração esmagado pelo tempo.
[i]Chegou na padaria bonita e bem arrumadinha, era seu lugar favorito, acolhedor e quente.
A decoração era rustica e tudo parecia brilhar no local, o chão de madeira era sempre bem
limpo, as paredes em tom creme e o sorriso do vendedor quando olhava para porta e
avistava um novo cliente, parecia realmente uma casa acolhedora esperando por seus
filhos, havia grandes quantidades de amor.

— Bom dia! — Invejei aquela tranquilidade e amor.

Sabia que era errado invejar algo dos outros, mas, se pudesse teria algo igual ou parecido
com aquilo, balançou a cabeça e abriu um sorriso cheio de culpa.

— Duas rosquinhas doces, por favor!

O dono do estabelecimento assentiu enquanto preparava tudo de forma delicada, era brutal,
era realmente brutal entender sentimentos… Seus olhos não deixaram de brilhar um
segundo enquanto preparava o pedido, o sorriso maravilhado e as bochechas gordinhas e
rosadas junto com o bronzeado da pele deixavam aquela cena uma maravilha, um bom
quadro se soubesse pintar, mas, enquanto isso se acabava na faculdade de contabilidade.

— Aqui, o pedido — Falou o dono com uma voz animada — Gosto do senhorzinho, vem sempre
aqui muito cedo para fazer a primeira compra.
Um sorriso verdadeiro brotou nos lábios de Yu, tudo bem sentir inveja momentânea, no final não
fazia nada de mal para ninguém, apenas para si mesmo; depois de pagar as rosquinhas seguiu
para o caminho da universidade e não se demorou para andar mais depressa, no meio do
caminho acabou notando um carro de luxo estacionado perto das extremidades da parada, não
era comum ter um ali então parou para observar o brilho do carro, era certamente muito bonito,
mas, depois de um tempo apenas passou reto sentindo-se envergonhado por observar o carro
dos outros, uma grande falta de educação. Chegou na universidade e foi diretamente para sua
primeira aula.

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