distinguiriam em meio a paisagem uma silhueta. Com a alma melancólica e o coração despedaçado. O seu olhar expressava o mais profundo vazio.
A verdade... é que o amor o havia pregado a pior das
peças.
O que fizera em fim aquele pobre homem... para
merecer tamanha desgraça...?
Pois bem, quando era apenas uma criança o
chamado Noah Arthur via-se perdido na maldade da realidade. O fato de ter todos os olhos voltados para si o trasformou alvo de grande expectativa. Porém não se tratava de uma boa expectativa e sim de uma doentia pressão fisica e psicológica, quando ele não pode atender a todas as demandas, foi julgado como incapaz pela sua própria mãe, que o criou sozinha e resolveu o mandar para a casa de seus avós, um lugar preenchido com florestas, lagos e montanhas. O clima entre noah e sua mãe Eloa nunca foi dos melhores, sua mãe não o escondia que jamais o desejou. Apos chegar na casa de seus pais Eloa apenas ignorou seu filho que estava ao seu lado, e com a voz áspera falou.
- Mãe, eu não sei o que fasso com esse menino.-
disse Eloa com um tom de desprezo, suas sombrancelhas finas caidas numa expressão de raiva. Fora sempre da mesma forma ela não se importava se Noah ouvia ou não seus desaforos. - Eu realmente pensei quando o vi naquele campeonato que daria certo!- A Sra. Eva olhava para os olhos castanhos de sua filha como se procurasse algo dentro deles.
Não poderia julga-la por ser uma mãe desnaturada,
ela nunca havia desejado aquela criança, que foi fruto da pior das maldades humanas.
- Certo querida, pode deixá-lo aqui para descansar da
correria do campeonato.- Disse a mais velha com seu sorriso brilhante um tanto abalado. - Afinal, é apenas um menino de 13 anos que vai passar um tempo com sua vó, não é mesmo?- Perguntou inicialmente a mulher logo levando sua visão para o seu jovem neto, aquele que era hospedeiro de lindos olhos esverdeados, cabelos encaracolados em um tom de ébano e pele bronzeada.
A grande mansão que hospedava Sra.Eva e seu ma‐
rido Sr.Manoel era tão velha quanto os próprios, assim que sua primogênita saio deixando o garoto, a Sra.Eva se empenhou em mostrar o quarto do garoto que embora fosse grande, era o tanto empoeirado como se não fosse usado a décadas, a porta era de madeira escura a cama de casal seguia o mesmo estilo medieval junto com os quadros quase imperceptíveis com o acumulado de pó, no chão embaixo da cama um tapete vermelho em um tom mais escuro como bordô e uma grande janela que dava visão ao lado de fora, numa bela paisagem de montanhas e florestas.
Um longo suspiro escapou dos lábios do garoto,
o tempo gasto para arrumar as roupas da sua mala naquele imenso quarda roupa era interminável e entediante. Porque não explorar a mansão bem sobre seus pés?
O menino era um tanto ativo, porém nunca foi de
arrumar poblemas, talvez por um grande senso de independência, ele mesmo lhe fazia comida, cuidava de suas roupas e sempre teve notas exemplares na escola, com um notável destaque em matemática.
Talves esse tenha sido o seu maior erro.
Um desafio idiota que lhe custara a tranquilidade.
Um maldito desafio que o fez entrar no campeonato
de matemática da escola. Ele ganhou o campeonato, mais perdeu sua paz.
Saindo do seu quarto sem destino algum, seus
olhos astutos caminhavam sobre os corredores enormes daquele lugar. Abrindo de porta em porta a procura de algo que pudesse livra-lo da monotonia, meramente via quartos e salas, já havia contado mais de uma sala de jantar e no mínimo três quartos.
Quando, depois de cinco portas consecutivas,
finalmente algo que o chama-se atenção, na cor de marrom fosco com detalhes dourados a porta que parecia ter no mínimo 2 metros de altura parecia pedir para que fosse aberta, então lentamente Noah abriu aquela porta que por conta do tempo fez um barulho consideravelmente alto ao ser aberta.
Seus olhos examinaram todo aquele lugar, que o
deixara em completo êxtase, não se poderia deixar de notar o sorriso que se formava nos lábios do garoto, como não tinha pensado nisso antes é claro que em meio aquele amontoado de portas extiria alguma que desse acesso a pelo menos uma biblioteca. Com imensas estantes que portavam livros de todos os tamanhos e estilos, via ali algo com qual ele se dera muito bem, livros.
Logo a senhora daquela casa foi a sua preucura,
como uma coruja em busca de seus filhotes. Ela sempre fora cuidadosa e muito protetora, mais estava preucupada com a adaptação do seu neto, era seu único neto da sua única filha. - Aqui esta você. Estive te proucurando para jantarmos.- disse com sua voz aveludada enquanto passava a mão pelas madejas negras de seu neto. O menor, porém quase de seu tamanho a acompanhou, a grisalha falava algumas coisas e era respondida sempre com sim ou não. Quando chegaram a mesa amadeirada rústica, com 6 lugares e um belíssimo vaso de vidro que continha lírios e rosas todas vivas e belas, já estava sentado o senhor da casa com sua feição séria e cabelos quase tão grisalhos quanto os de sua esposa, ele vendo o garoto distante em seus pensamentos pôs-se a iniciar um diálogo. - Soube que gostava de matemática, verdade rapaz? Os olhos verdeais do menino logo encontrou os castanhos de seu avô e tratou de sauda-lo e responde-lo com um "sim" uma de suas incontáveis dificuldades era conseguir achar asuntos para prolongar uma conversa, um silêncio curto se fez presente até o senhor apresentar um novo som - No meu tempo de escola, eu também era o melhor da minha sala. A Sra.Eva chegou com uma grande panela em mãos e retrocou - Ah! não minta você era muito rebelde nesta época Manoel. Ela o falou de uma forma tão cômica que o garoto apresentou um pequeno sorriso tímido, deixando seus dentes a amostra, os donos da casa não tardaram notar a sua feição mais suave. Eles apreciaram aquela deliciosa comida, sua mãe não cozinhava e quando o fazia nunca lhe era agradável come-la, Sr.Manoel logo soltou - Sua avó e eu pensamos em colocar você na escola perto da vila, três gerações da nossa família estudaram lá, incluindo sua mãe. Começará na próxima semana. Noah ouvia atentamente as palavras de seu avô, a vila se encontrava perto dali várias casas coloridase e lojas, ele se lembrava de ter visto pela janela do carro um hospital e um grande castelo o qual julgava ser a falada escola, aquilo era a prova definitiva de que sua mãe não o buscaria tão cedo. Suas noites de sono nunca foram sossegadas, sua mente atingia avidez máxima durante as madrugadas, ele estava sobre a janela maltratada pelo tempo, de lá ele observava o escuro infinito e o perfeito contraste do brilho das estrelas.
Ele era a imensa escuridão em busca de suas
estrelas.
CAP 2
Só de pensar que sua mãe estudara ali algo lhe
incomodou, talvez a ideia de começa tudo outra vez, nova escola, novas pessoas, novos temas de estudos... ou então o medo de que seus erros se repetissem. Era um lugar grande como um castelo, uma escadaria dava acesso ao portão principal aonde os alunos entravam, os largos corredores decorados com quadros e pinturas clássicas, do lado de dentro da escola longe do centro tinha uma imensa quadra, o garoto entrou e em suas mãos se encontravam o número de sua sala que o diretor o Sr.Rocha lhe dera. Os olhos elevados aos quadros acima das portas lendo com o objetivo de achar sua sala, sua mente não limitava-se apenas com preocupações, era sempre assim pensava em tudo e as vezes tudo isso era como um mar, o qual ele sucumbia cada vez mais, era profundo, turbulento, ele odiava.
Finalmente achara aquela sala e tocando a
maçaneta um suspiro necessitado saio de seus lábios, girou-a e adentrou a sala aquela que estava quase totalmente ocupada os olhares curiosos se voltaram para ele; já havia se acostumado, avistando uma cadeira vazia próxima a janela apressou-se e sentou-se, nas suas costa podia ouvir o mesclar barulhento de um chiclete, aviões de papel voavam acima de sua cabeça, " nada de novo" pensou deixando o caos externo de lado. - Você é novo não é?- a voz um pouco estridente o tirou de seu transe o fazendo proucurar o dono, era um garoto sentado ao seu lado direito com o seu rosto um pouco abaixado. Logo respondeu - Sim.- Ele Observou que os olhos do garoto um tom claro de castanho estavam fixos nos seus e mais uma pergunta saiu de seus lábios róseos - E qual é o seu nome?- Fora realmente intrigante como o tom pardo fusco de seus cabelos era cabal com a cor de mel que tinham seus olhos, saindo deste ponto tratou de novamente responde-lo -Noah, Noah Arthur.- assim que terminou o outro pronunciou - O meu é Levi.-
No exato momento a professora entrou no
sala caregando seus livros, ela tinha seus cabelos cacheados grisalhos apesar de não aparentar tal velhice, os olhos escuros e fundo vestindo um vestido de bolinhas coloridas com cores vibrantes. - Silêncio! vamos começar.- A senhorita Luciana era tão contente quanto seu vestido expressava, ela observou Noah por um instante com um sorriso no rosto e logo o chamou - Pessoal quero que conheçam seu novo colega Noah Arthur, venha querido.- O garoto era um pouco tìmido e hesitou por um instante mais logo foi para frente da classe, com os olhos baixos se apresentou e levantou os olhos até Levi, o único que soubera o nome até agora, e viu ao lado de seu brilhante sorriso lindas covinhas, era aconchegante a forma que eles se olhavam, como se já conhececem a tempos. - Pode sentar Noah.- O garoto despertou de seu transe.
- Oque?! Aquela casona no meio da floresta?-
- Sim, me mudei há poucos dias para morar com meus avos.- Os dois dialogavam preucurando saber cada vez mais um do outro, Noah olhava os olhos de Levi respondendo suas várias perguntas enquanto o outro se encontrava com a cabeça deitada na carteira sempre sorrindo e deixando suas covinhas a mostra. Em meio a conversa os dois ouviram um alto e ensurdecedor barulho os avisando que estavam no intervalo, Levi se apresou e tirou uma bola branca com listras vermelhas da bolsa, ele a agarrou e antes de se enfriutrar na multidão para sair da sala olhou para Noah - Não vai vir?- perguntou apreensivo. O de cabelos cacheados, ainda surpreso correu junto ao outro para a gigantesca quadra da Los'anjos, as grades chegavam ha 7 ou 8 metros, tinha um cesta de basquete, trave para futebol, linhas para corrida, Noah em todas as suas antigas escolas nunca vira algo assim. Quando chegaram Levi tratou de apresentar seus amigos. - Este é João ele adora a diretoria.- falou apontando a um garoto alto com alguns machucados- Aquele e Brau, ele tem 7 irmãos.- Brau era moreno, tinha olhos e orelhas grandes e sorria mais do que o comum.- E por fim Juca, ele é bem lento quando joga bola então não teremos ele no nosso time.- Juca era bastante espaçoso. No final como tinham poucas pessoas Juca ficaria na trave impedindo qualquer um de fazer gol, Brau e João fizeram um time, Noah e Levi fizeram outro, o time que tivesse mais gols ganharia. Levi jogava MUITO bem mais acabaram perdendo para o primeiro time.
- Me desculpa, agente perdeu por minha causa.-
-Ah? O jogo? Não importa, é a pratica que leva a perfeição e eu vou te treinar até chegar ao meu nível!...se você quiser, claro.- Noah chegava a rir da animação do garoto. - Claro, mestre.- Levi deixou uma risada escapar deixando a mostra suas covinhas. Nem seque perceberam uma aproximação repentina, uma menina de longos cabelos vermelhos-alaranjados. - Se eu fosse você não conversaria com alguém assim novato.- Ela disse autoritária olhando para Levi em uma visível expressão de nojo.