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O coração partido de Noah Arthur.

CAP 1

Ao observar o monte ohial, os olhos mais sagazes


distinguiriam em meio a paisagem uma silhueta.
Com a alma melancólica e o coração despedaçado.
O seu olhar expressava o mais profundo vazio.

A verdade... é que o amor o havia pregado a pior das


peças.

O que fizera em fim aquele pobre homem... para


merecer tamanha desgraça...?

Pois bem, quando era apenas uma criança o


chamado Noah Arthur via-se perdido na maldade da
realidade. O fato de ter todos os olhos voltados para
si o trasformou alvo de grande expectativa. Porém
não se tratava de uma boa expectativa e sim de uma
doentia pressão fisica e psicológica, quando ele não
pode atender a todas as demandas, foi julgado como
incapaz pela sua própria mãe, que o criou sozinha e
resolveu o mandar para a casa de seus avós, um lugar
preenchido com florestas, lagos e montanhas.
O clima entre noah e sua mãe Eloa nunca foi dos
melhores, sua mãe não o escondia que jamais o
desejou.
Apos chegar na casa de seus pais Eloa apenas
ignorou seu filho que estava ao seu lado, e com a voz
áspera falou.

- Mãe, eu não sei o que fasso com esse menino.-


disse Eloa com um tom de desprezo, suas
sombrancelhas finas caidas numa expressão de raiva.
Fora sempre da mesma forma ela não se importava se
Noah ouvia ou não seus desaforos.
- Eu realmente pensei quando o vi naquele
campeonato que daria certo!-
A Sra. Eva olhava para os olhos castanhos de sua
filha como se procurasse algo dentro deles.

Não poderia julga-la por ser uma mãe desnaturada,


ela nunca havia desejado aquela criança, que foi fruto
da pior das maldades humanas.

- Certo querida, pode deixá-lo aqui para descansar da


correria do campeonato.-
Disse a mais velha com seu sorriso brilhante um
tanto abalado.
- Afinal, é apenas um menino de 13 anos que vai
passar um tempo com sua vó, não é mesmo?-
Perguntou inicialmente a mulher logo levando
sua visão para o seu jovem neto, aquele que era
hospedeiro de lindos olhos esverdeados, cabelos
encaracolados em um tom de ébano e pele bronzeada.

A grande mansão que hospedava Sra.Eva e seu ma‐


rido Sr.Manoel era tão velha quanto os próprios, assim
que sua primogênita saio deixando o garoto, a Sra.Eva
se empenhou em mostrar o quarto do garoto que
embora fosse grande, era o tanto empoeirado como
se não fosse usado a décadas, a porta era de madeira
escura a cama de casal seguia o mesmo estilo
medieval junto com os quadros quase imperceptíveis
com o acumulado de pó, no chão embaixo da cama
um tapete vermelho em um tom mais escuro como
bordô e uma grande janela que dava visão ao lado de
fora, numa bela paisagem de montanhas e florestas.

Um longo suspiro escapou dos lábios do garoto,


o tempo gasto para arrumar as roupas da sua mala
naquele imenso quarda roupa era interminável e
entediante.
Porque não explorar a mansão bem sobre seus pés?

O menino era um tanto ativo, porém nunca foi de


arrumar poblemas, talvez por um grande senso de
independência, ele mesmo lhe fazia comida, cuidava
de suas roupas e sempre teve notas exemplares na
escola, com um notável destaque em matemática.

Talves esse tenha sido o seu maior erro.

Um desafio idiota que lhe custara a tranquilidade.

Um maldito desafio que o fez entrar no campeonato


de matemática da escola.
Ele ganhou o campeonato, mais perdeu sua paz.

Saindo do seu quarto sem destino algum, seus


olhos astutos caminhavam sobre os corredores
enormes daquele lugar.
Abrindo de porta em porta a procura de algo que
pudesse livra-lo da monotonia, meramente via quartos
e salas, já havia contado mais de uma sala de jantar e
no mínimo três quartos.

Quando, depois de cinco portas consecutivas,


finalmente algo que o chama-se atenção, na cor de
marrom fosco com detalhes dourados a porta que
parecia ter no mínimo 2 metros de altura parecia pedir
para que fosse aberta, então lentamente Noah abriu
aquela porta que por conta do tempo fez um barulho
consideravelmente alto ao ser aberta.

Seus olhos examinaram todo aquele lugar, que o


deixara em completo êxtase, não se poderia deixar de
notar o sorriso que se formava nos lábios do garoto,
como não tinha pensado nisso antes é claro que em
meio aquele amontoado de portas extiria alguma
que desse acesso a pelo menos uma biblioteca. Com
imensas estantes que portavam livros de todos os
tamanhos e estilos, via ali algo com qual ele se dera
muito bem, livros.

Logo a senhora daquela casa foi a sua preucura,


como uma coruja em busca de seus filhotes. Ela
sempre fora cuidadosa e muito protetora, mais estava
preucupada com a adaptação do seu neto, era seu
único neto da sua única filha.
- Aqui esta você. Estive te proucurando para
jantarmos.- disse com sua voz aveludada enquanto
passava a mão pelas madejas negras de seu neto.
O menor, porém quase de seu tamanho a
acompanhou, a grisalha falava algumas coisas e era
respondida sempre com sim ou não.
Quando chegaram a mesa amadeirada rústica, com
6 lugares e um belíssimo vaso de vidro que continha
lírios e rosas todas vivas e belas, já estava sentado o
senhor da casa com sua feição séria e cabelos quase
tão grisalhos quanto os de sua esposa, ele vendo o
garoto distante em seus pensamentos pôs-se a iniciar
um diálogo.
- Soube que gostava de matemática, verdade rapaz?
Os olhos verdeais do menino logo encontrou
os castanhos de seu avô e tratou de sauda-lo e
responde-lo com um "sim" uma de suas incontáveis
dificuldades era conseguir achar asuntos para
prolongar uma conversa, um silêncio curto se fez
presente até o senhor apresentar um novo som
- No meu tempo de escola, eu também era o melhor da
minha sala.
A Sra.Eva chegou com uma grande panela em mãos e
retrocou
- Ah! não minta você era muito rebelde nesta época
Manoel.
Ela o falou de uma forma tão cômica que o garoto
apresentou um pequeno sorriso tímido, deixando seus
dentes a amostra, os donos da casa não tardaram
notar a sua feição mais suave.
Eles apreciaram aquela deliciosa comida, sua
mãe não cozinhava e quando o fazia nunca lhe era
agradável come-la, Sr.Manoel logo soltou
- Sua avó e eu pensamos em colocar você na
escola perto da vila, três gerações da nossa família
estudaram lá, incluindo sua mãe. Começará na
próxima semana.
Noah ouvia atentamente as palavras de seu avô, a
vila se encontrava perto dali várias casas coloridase e
lojas, ele se lembrava de ter visto pela janela do carro
um hospital e um grande castelo o qual julgava ser a
falada escola, aquilo era a prova definitiva de que sua
mãe não o buscaria tão cedo.
Suas noites de sono nunca foram sossegadas, sua
mente atingia avidez máxima durante as madrugadas,
ele estava sobre a janela maltratada pelo tempo, de lá
ele observava o escuro infinito e o perfeito contraste
do brilho das estrelas.

Ele era a imensa escuridão em busca de suas


estrelas.

CAP 2

Só de pensar que sua mãe estudara ali algo lhe


incomodou, talvez a ideia de começa tudo outra
vez, nova escola, novas pessoas, novos temas de
estudos... ou então o medo de que seus erros se
repetissem. Era um lugar grande como um castelo,
uma escadaria dava acesso ao portão principal aonde
os alunos entravam, os largos corredores decorados
com quadros e pinturas clássicas, do lado de dentro
da escola longe do centro tinha uma imensa quadra,
o garoto entrou e em suas mãos se encontravam o
número de sua sala que o diretor o Sr.Rocha lhe dera.
Os olhos elevados aos quadros acima das portas
lendo com o objetivo de achar sua sala, sua mente não
limitava-se apenas com preocupações, era sempre
assim pensava em tudo e as vezes tudo isso era
como um mar, o qual ele sucumbia cada vez mais, era
profundo, turbulento, ele odiava.

Finalmente achara aquela sala e tocando a


maçaneta um suspiro necessitado saio de seus
lábios, girou-a e adentrou a sala aquela que estava
quase totalmente ocupada os olhares curiosos se
voltaram para ele; já havia se acostumado, avistando
uma cadeira vazia próxima a janela apressou-se e
sentou-se, nas suas costa podia ouvir o mesclar
barulhento de um chiclete, aviões de papel voavam
acima de sua cabeça, " nada de novo" pensou
deixando o caos externo de lado.
- Você é novo não é?- a voz um pouco estridente o
tirou de seu transe o fazendo proucurar o dono, era um
garoto sentado ao seu lado direito com o seu rosto um
pouco abaixado. Logo respondeu
- Sim.-
Ele Observou que os olhos do garoto um tom claro
de castanho estavam fixos nos seus e mais uma
pergunta saiu de seus lábios róseos
- E qual é o seu nome?- Fora realmente intrigante
como o tom pardo fusco de seus cabelos era cabal
com a cor de mel que tinham seus olhos, saindo deste
ponto tratou de novamente responde-lo
-Noah, Noah Arthur.- assim que terminou o outro
pronunciou
- O meu é Levi.-

No exato momento a professora entrou no


sala caregando seus livros, ela tinha seus cabelos
cacheados grisalhos apesar de não aparentar tal
velhice, os olhos escuros e fundo vestindo um vestido
de bolinhas coloridas com cores vibrantes.
- Silêncio! vamos começar.-
A senhorita Luciana era tão contente quanto seu
vestido expressava, ela observou Noah por um
instante com um sorriso no rosto e logo o chamou
- Pessoal quero que conheçam seu novo colega Noah
Arthur, venha querido.-
O garoto era um pouco tìmido e hesitou por um
instante mais logo foi para frente da classe, com os
olhos baixos se apresentou e levantou os olhos até
Levi, o único que soubera o nome até agora, e viu
ao lado de seu brilhante sorriso lindas covinhas, era
aconchegante a forma que eles se olhavam, como se
já conhececem a tempos.
- Pode sentar Noah.-
O garoto despertou de seu transe.

- Oque?! Aquela casona no meio da floresta?-


- Sim, me mudei há poucos dias para morar com
meus avos.- Os dois dialogavam preucurando saber
cada vez mais um do outro, Noah olhava os olhos de
Levi respondendo suas várias perguntas enquanto
o outro se encontrava com a cabeça deitada na
carteira sempre sorrindo e deixando suas covinhas a
mostra. Em meio a conversa os dois ouviram um alto
e ensurdecedor barulho os avisando que estavam no
intervalo, Levi se apresou e tirou uma bola branca com
listras vermelhas da bolsa, ele a agarrou e antes de
se enfriutrar na multidão para sair da sala olhou para
Noah
- Não vai vir?- perguntou apreensivo.
O de cabelos cacheados, ainda surpreso correu junto
ao outro para a gigantesca quadra da Los'anjos, as
grades chegavam ha 7 ou 8 metros, tinha um cesta de
basquete, trave para futebol, linhas para corrida, Noah
em todas as suas antigas escolas nunca vira algo
assim. Quando chegaram Levi tratou de apresentar
seus amigos.
- Este é João ele adora a diretoria.- falou apontando
a um garoto alto com alguns machucados- Aquele e
Brau, ele tem 7 irmãos.- Brau era moreno, tinha olhos
e orelhas grandes e sorria mais do que o comum.- E
por fim Juca, ele é bem lento quando joga bola então
não teremos ele no nosso time.- Juca era bastante
espaçoso.
No final como tinham poucas pessoas Juca ficaria
na trave impedindo qualquer um de fazer gol, Brau
e João fizeram um time, Noah e Levi fizeram outro,
o time que tivesse mais gols ganharia. Levi jogava
MUITO bem mais acabaram perdendo para o primeiro
time.

- Me desculpa, agente perdeu por minha causa.-


-Ah? O jogo? Não importa, é a pratica que leva a
perfeição e eu vou te treinar até chegar ao meu
nível!...se você quiser, claro.-
Noah chegava a rir da animação do garoto.
- Claro, mestre.-
Levi deixou uma risada escapar deixando a mostra
suas covinhas. Nem seque perceberam uma
aproximação repentina, uma menina de longos
cabelos vermelhos-alaranjados.
- Se eu fosse você não conversaria com alguém assim
novato.- Ela disse autoritária olhando para Levi em
uma visível expressão de nojo.

Última modificação: 23 de nov de 2023

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