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1
Descargas em gases
2
Aperfeiçoamento dos tubos de descarga
3
William Crookes
Experiências com raios catódicos
Em 1890 os físicos eram familiares com os raios catódicos.
Estes raios eram gerados a partir de um eléctrodo metálico num tubo onde era criada
uma pressão baixa e aplicada uma tensão elevada entre eléctrodos.
4
Descoberta dos raios-X e do electrão
5
Observação dos raios X
6
7
Descoberta dos raios-X (1895)
8
Produção de raios-X
Os electrões ao passar na matéria perdem energia e produzem radiação de travagem
(“bremsstrahlung” em alemão). A interacção dá-se preferencialmente com o núcleo dos
átomos do material, sendo transferida para este muito pouca energia (dada a diferença
de massas).
Ef =Ei−hf
9
Princípio de funcionamento do tubo de raios-X
Radiação
característica alvo
tungsténio
5.00E+08
DV
4.50E+08
4.00E+08
3.50E+08
Intensidade (u.a.)
3.00E+08
2.50E+08
2.00E+08
1.50E+08
Emax
X =e Δ V
1.00E+08
5.00E+07
0.00E+00
0 20 40 60 80 100 120
10
E (keV)
Os raios-X como ondas E.M.
11
Dispersão de raios-X
12
Lei de Bragg (1914)
14
Vários planos podem participar
na “reflexão” dos raios-X
15
Radiação de corpo negro
16
Radiação térmica
Corpo isolado, com trocas de energia apenas por radiação (por exemplo
corpo no vazio).
el- emissividade: razão entre a energia emitida pela parede do corpo pela
quantidade de energia que seria emitida se o corpo fosse negro, para um
determinado c.d.o.
17
Radiação térmica
Corpo isolado, com trocas de energia apenas por radiação (por exemplo
corpo no vazio).
18
Radiação térmica
em equilíbrio termodinâmico al = el
19
Lei de Kirchhoff para a radiação térmica
el- emissividade: razão entre a energia emitida pela parede do corpo pela
quantidade de energia que seria emitida se o corpo fosse negro, para um
determinado c.d.o.
em equilíbrio
termodinâmico al = el
20
Lei de Kirchhoff para a radiação térmica
Um corpo reflector (espelho) é um corpo que não absorve e portanto também não
De forma experimental Stefan chegou à conclusão que a potência total irradiada por unidade
de área aumenta com a potência quarta da temperatura
P dR 4
=R(T) = ε ∫ d λ=ε σ T
A dλ
e é a emissividade, para o corpo negro é igual a 1, sendo inferior a 1 para os outros corpos.
23
Emissividade à temperatura ambiente (T=300 K)
4 4
Δ P=ε σ A (T corpo −T amb )
https://en.wikipedia.org/wiki/Emissivity 24
Lei de Wien para a radiação corpo negro
1 dE A
= u(λ , T)= 5 exp(−β/(λ T))
V dλ λ
25
Lei de deslocamento de Wien
A lei da radiação corpo negro de Wien permite obter correctamente a Lei de Wien do
deslocamento: O máximo da distribuição da potência emitida desloca-se para comprimentos
de onda menores quando a temperatura aumenta.
−3
λ max T=2.898×10 m.K
26
Fórmula de Rayleigh-Jeans para o
espectro do corpo negro
8 π kT
u(λ , T)= 4
λ
(densidade de energia por comprimento onda)
A 8 π kT
u(λ , T)= 5
exp(−β/(λ T)) u(λ , T)= 4
λ λ
1 dE densidade de energia
u(λ , T) =
V dλ por unidade de c.d.o
1 dN densidade do Nº de
ρ(λ) = estados disponíveis
V dλ por unidade de c.d.o
u(λ , T) = ρ(λ)×⟨E⟩
29
Número de modos dos osciladores dentro da cavidade
2 2 2 2
∂ F ∂ F ∂ F 1 ∂ F
2
+ 2+ 2= 2 2 ondas EM
∂x ∂y ∂z c ∂t
onda estacionária
nλ 2π 2πc
L= , k= , ω=
2 λ λ
n1 π 2 n 2 π 2 n3 π 2 1 2 π c 2
( ) ( )( ) ( )
L
+
L
+
L
= 2
c λ
30
Número de modos dos osciladores dentro da cavidade
n1 π 2 n 2 π 2 n3 π 2 1 2 π c 2
( ) ( )( )
L
+
L
+
L
= 2
c λ ( ) é a equação de uma esfera
DL=p/L
nº de modos no quadrado
N=n1n2=(L/DL)2 número de quadrados
N=A/DL2
31
2
2
n1 π
2
n2 π
2
n3 π 1 2πc 2 2 2 2 4 L
n1 +n2 +n3 = 2
( )( ) ( ) ( )
L
+
L
+
L
= 2
c λ λ
2L
Esfera de raio
λ
intervalo entre os ponto é =1
3
4 π 2L
N=
3 λ
( )
32
Só contam os modos com n positivo o que
corresponde a 1/8 do volume
1 4π 2L 3
8 π L3
N= ×2×
8 3 λ
( ) N=
3 λ3
1 dN 8π
=− 4 o sinal negativo lembra que N diminui com l
L dλ
3
λ
33
Número de modos por unidade de frequência
1 dN 8π
=−
L 3 dλ λ4
1 dN 1 dN d λ c dλ c
= 3 λ= ν ⇒ =− 2
L dν L dλ dν
3 dν ν
1 dN 8 π ν2
3
= 3
L dν c
34
Energia dos osciladores clássicos
1
f B (E) = exp(−E/kT)
kT
35
Energia média de osciladores clássicos em
equilíbrio termodinâmico
1
f B (E) = exp(−E/kT) distribuição de Boltzmann
kT
∞ ∞
E
⟨E⟩ = ∫ E f B (E)dE = ∫ exp(−E/kT)dE
0 0 kT
∞
E
⟨E⟩ = exp (−E/kT)|∞0 +∫ exp (−E/kT)dE
kT 0
⟨E⟩ = kT
36
Fórmula de Rayleigh-Jeans
para densidade de energia na cavidade
Nº modos por unidade 1 dN 8π
comprimento onda e volume =− 4
V dλ λ
1 dN 1 d(NkT) 1 dE
u(λ , T) = ×kT = =
V dλ V dλ V dλ
8π
u(λ , T) = 4 kT
λ
37
Fórmula de Rayleigh-Jeans
para densidade de energia na cavidade
Em termos da frequência n
1 dE 1 dE d λ
=
V dν V dλ dν
c dλ c
λ= ν , =− 2
dν ν
4
c
u(ν , T) = 8 π ν
c
kT 2
( ) ν ( )
8 π ν2
u(ν , T) = 3
kT
c 38
Fórmula de Planck: os quanta
E=nhn
39
Energia média dos osciladores
∞
∑ (nh ν)exp(−(nh ν)/ kT)
n=0
⟨E⟩ = ∞
∑ exp(−(nh ν)/ kT) 40
n=0
Energia média dos osciladores com frequência n
∞
1
∑ exp(−(nh ν)/kT) = 1−e
−h ν /kT
n=0
∞
∑ (nh ν)exp(−(nh ν)/kT)=h ν e−h ν /kT
n=0
hν
⟨E⟩ =
eh ν /kT −1
41
Energia média dos osciladores
Classicamente: ⟨E⟩ = kT
À temperatura ambiente T=300 K
2 −2 −1
⟨E⟩ = 1.3806E-23 m kg s K ×300 K /1.602E-19 eV/ J
⟨E⟩ = 0.0258 eV
hν
⟨E⟩ = se hn = 1 eV
eh ν / kT −1
1
⟨E⟩ = 1/ 0.0258
=1.5E-17 eV
e −1 42
Distribuição espectral de Planck para a densidade de energia
8 π ν2
u(ν , T) = 3
⟨E⟩
c
8 π h ν3 1
u(ν , T) =
c 3 eh ν /kT−1
44
Integrando para todos os d3r em coordenadas polares
cΔt π /2 2π
n
⃗ r Δ A cos θ
Δ E λ = ∫ r 2 dr ∫ sin θ d θ ∫ d ϕ
0 0 0
( 4πr
2 )
u(λ)
DA
cΔt 1 2π
ΔA
Δ Eλ= ∫ dr ∫ cos(θ) d(cos(θ))∫ d ϕ
4π 0 0 0
ΔA 1
Δ Eλ= ×c Δ t× ×2 π×u(λ)
4π 2
45
ΔA 1
Δ Eλ= ×c Δ t×2 π× ×u(λ)
4π 2
d3r
q
potência por unidade área por cdo
n
⃗ r
Δ Pλ ΔE λ c
= = u(λ)
DA ΔA ΔA Δt 4
46
Potência radiada por unidade de área e cdo
pelo corpo negro *
dR (ν) Δ P( ν) c
= = u(ν)
dν ΔA 4
dR (ν) 2 π h ν3 1
=
dν c 2 eh ν /kT −1
dR d R d ν
=
dλ dν dλ
dR (λ) 2 π h c 2 1
=
dλ λ 5 ehc /λ kT −1
47
Emissão de electrões pela matéria
Emissão secundária: O electrão ganha energia por choque com uma outra partícula sendo
ejectado do material.
Emissão com campo: Um campo eléctrico exterior intenso é aplicado ao material retirando
os electrões.
48
Efeito fotoeléctrico
●
Quando luz incide sobre uma superfície Ecmax=eDVs
metálica há libertação de electrões.
●
O efeito foi descoberto por Hertz
Intensidade
corrente Intensidade
luminosa alta
Intensidade
luminosa Baixa
Tensão aplicada
49
Setup Experimental
50
Resultados experimentais
51
Resultados experimentais
O valor máximo da energia cinética dos electrões, para um dado material, só depende
da frequência do feixe de luz.
52
A teoria clássica não explica:
53
A teoria clássica não explica:
Ecmax=eDVs
A teoria clássica prevê que para intensidades luminosas muito baixas seria
necessário um tempo longo até serem ejectados fotoelectrões.
55
Teoria de Einstein
E=hf
h é a constante de Planck.
l= c/f
56
Teoria de Einstein
Conservação da energia:
2
hf =ϕ+1 /2 m v
57
Visão gráfica
58
Interpretação quântica
59
Medição da constante de Planck
60
Fotocélulas
61
Efeito fotoeléctrico para fotões energéticos
➔
O fotão é absorvido pelo átomo e um electrão (fotoelectrão) é ejectado.
hn = Ee + b
➔
80% das interacções dão-se tipicamente com ejecção de electrões da
camada K.
➔
Para energias baixas (< 100 keV) o efeito fotoeléctrico é dominante
62
Efeito fotoeléctrico: dependência da probabilidade com a energia
1E+4
1E+3 Fotoelectrico
1E+2
1E+1
mu/rho (cm2/g)
1E+0
1E-1
1E-2
1E-3
1E-3 1E-2 1E-1 1E+0 1E+1
E(MeV)
63
Fluorescência de raios-X
Xray detector
Silicon
Fitting piece
Be window Shielding
Source
Sample
64
Analisando uma obra de arte
Efeito de Compton
65
Efeito de Compton
Fotão l’
q
Electrão
Fotão l0
Interpretação quântica
➢
Interacção importante com electrões exteriores
68
2 2
(p γ −p 'γ cos θ) = (pe cos ϕ)
2 2
(sin ϕ) +(cos ϕ) = 1
2 2
(p ' γ sinθ) = (pe sin ϕ)
2 2 2 2 2 2
pγ −2 pγ p' γ cos θ+(p 'γ sinθ) +(p' γ cos θ) = pe (sinθ) +(cos θ) = 1
2 2 2
pγ −2 pγ p' γ cos θ+p' γ = pe Eγ
pγ =
c
(cpe )2 =E2e −(me c 2 )2
2 2 2 2 2
Eγ Eγ E' γ E 'γ Ee −(me c )
( ) ( )( )
c
−2
c c
cos θ+ ( )
c
=
c
2
2 2 2 2 2
( E γ ) −2 ( Eγ )( E 'γ ) cos θ+ ( E ' γ ) = Ee −(me c )
69
2 2
( E γ ) −2 ( Eγ )( E 'γ ) cos θ+ ( E ' γ ) = E2e −(me c 2 )2
2 2
Eγ −2 Eγ E' γ cos θ+E' γ =
2 2 2 2 2 2 2 2
E γ +(me c ) +E' γ +2 Eγ me c −2E γ E ' γ −2 E' γ me c −(me c )
70
Eγ E' γ (1−cos θ) =(E γ −E 'γ )me c 2
(1−cos θ) Eγ −E ' γ
2
=
me c Eγ E 'γ
1 1 (1−cos θ)
− = 2
E' γ E γ me c
71
A variação do comprimento de onda l depende apenas do ângulo de
emissão q do fotão disperso.
hc
E = h = Energia do fotão
1 1 1 h
− = 1−cos λ−λ 0 = (1−cos θ)
E' E me c 2
me c
72
O mínimo de energia transportada pelo fotão disperso obtém-se quando ele
é retrodisperso (q=180º)
Eγ
E 'γ (θ=180 º) =
2 Eγ
1+
me c 2
Neste caso o electrão segue na linha de voo do fotão incidente, i.e. f=0 e é
transferida para o electrão o máximo de energia numa única colisão. A sua
energia cinética é então dada por
e Eγ
E = Eγ −
k
2 Eγ
1+ 2
me c 73
Secção eficaz para a interacção de Compton
Compton
1E-1
mu/rho (cm2/g)
1E-2
1E-3
1E-3 1E-2 1E-1 1E+0 1E+1 1E+2
E(MeV)
74
Dispersão de Compton e o blurring de imagens radiográficas
fonte detector de
Cs-137 radioactiva Iodeto de Sódio
2.0E+5
pico rx
pico gama
1.5E+5
contagem
1.0E+5
pico
retrodispersão
limiar de
5.0E+4 Compton
0.0E+0
0 100 200 300
patamar de canal
Compton
76
Criação de pares e+e-
g
e-
g*
e+
núcleo
Q=E γ −2 me c 2 77
Criação de tripletos e+e- e-
78
Limiar criação de tripletos *
- - - +
γ+e → e e e no cm da colisão a energia mínima é 3me c2
√ s = 3 me c 2
s = (E γ +Ee )2−( cP ⃗ )2
⃗ γ + cP
e
s = (E γ +me c 2 )2−( cP
⃗ γ )2=(3m c 2 )2
e
como o fotão não tem massa
E2γ + 2E γ me c 2 +m2e c 4−(cP γ )2 =9 m2e c 4 E2γ −(cP γ )2=0
A secção eficaz tem uma forte dependência no comprimento de onda do fotão (~ 1/l4)
na zona do visível e UV
80
Efeito de Rayleigh em chumbo
1E+2
1E+0
mu/rho (cm2/g)
Ray −2 2.5
atom ∝ h Z
1E-1
dependência aproximada da
1E-2
secção eficaz atómica na zona de
energias elevadas
1E-3
1E-3 1E-2 1E-1 1E+0 1E+1
E(MeV)
81
Comparação dos vários efeitos em termos da
dependência na energia do fotão *
1E+3 Rayleigh
Rayleigh 1E+3
Compton
Compton
Fotoelectrico
1E+2 Fotoelectrico 1E+2 Pares
Pares Total
mu/rho (cm2/g)
mu/rho (cm2/g)
1E+1 Total
1E+1
1E+0 1E+0
1E-1 1E-1
1E-2 1E-2
1E-3 1E-3
1E-3 1E-2 1E-1 1E+0 1E+1 1E+2 1E+3 1E+4 1E-3 1E-2 1E-1 1E+0 1E+1 1E+2 1E+3 1E+4
E(MeV) E (MeV)
82