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“A verdade é algo tão

importante que deve andar, em


permanência, escoltada por um
grupo de mentiras”.

Winston Churchill

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Nem toda a Informação é crucial ou essencial do ponto de vista de
merecer cuidados especiais na sua obtenção, manuseio, gestão e
armazenamento.
Por outro lado, determinada informação pode ser tão vital que, o custo da
sua integridade, qualquer que seja, será sempre menor que o custo de
não dispor dela adequadamente.

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Existem 3 razões para a atribuição da classificação à informação:
LEGAL - Classificação de Informação que é imposta por Lei;
CRÍTICA - Classificação de Informação que protege essa mesma informação de ser acedida e
manuseada por fonte não autorizada ou hostil e que pode pôr em causa a integridade e/ou o
bom funcionamento do sistema;
ESTRATÉGICA - Classificação de Informação que protege políticas da Organização, ações e
medidas que são centrais e fundamentais para a mesma e de como ela se relaciona com os
elementos do seu ambiente, estejam a montante ou a jusante dos serviços prestados.

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Geralmente as Informações são catalogadas em 4 níveis de classificação:
PÚBLICA (ACESSO 1) - Informação que pode vir a público sem maiores consequências
danosas ao funcionamento normal da Organização e cuja integridade não é vital;
INTERNA (ACESSO 2) - O acesso a esse tipo de Informação deve ser evitado, embora
as consequências do uso não autorizado não sejam críticas. A sua integridade é
importante, mesmo que não seja vital;

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CONFIDENCIAL (ACESSO 3) - Informação restrita aos limites da Organização, cuja divulgação
ou perda pode levar a desequilíbrios operacionais e, eventualmente, a perdas financeiras ou
de confiabilidade perante o cliente externo, além de permitir vantagem expressiva a
opositores e críticos;
SECRETA (ACESSO 4) - Informação crítica para a atividade da Organização, cuja integridade
deve ser preservada, a qualquer custo, e cujo acesso deve ser restrito a um número bastante
reduzido de pessoas. A manipulação desse tipo de informação é vital para a Organização.

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Cada Organização deve implementar um sistema de Classificação de
Informação adaptada à sua realidade e à sua circunstância.
Por parte dos Colaboradores essa classificação deve ser seguida com
absoluto rigor e total exatidão, sem margem para erros ou para
exceções.

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“O desconhecido não
existe, mas somente o
temporariamente oculto”.

Stephen William Hawking

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Um MI acarreta, necessariamente caos e confusão.
A normalidade é seriamente afetada o que dificulta, em muito, a obtenção, análise e
disseminação da Informação.
No entanto, estes fatores nunca podem justificar a falta de Informação ou afetar a sua
qualidade.
Mas temos de ser realistas em relação à capacidade que o EMN, nas funções de IMN, tem de
tratar a Informação em cada uma das fases do EMC.

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Por exemplo, nas primeiras horas depois de uma ocorrência, é natural
que a informação não seja muito abundante nem muito confiável.
Nesta fase o maior desafio é produzir e disseminar informação, com
regularidade, e fazê-la chegar a quem necessita dela, pelos canais
adequados.

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Nesta situação é fundamental que as seguintes ações sejam garantidas:
§ O IMN tem maior sucesso quanto as medidas de IM estão previamente definidas e
delineadas, tanto no que respeita à obtenção como à produção e disseminação da
informação;
§ De modo a serem efetivos, os IMNs devem conhecer e ter contato com as fontes de
Informação mais fiáveis, mas isso, antes de qualquer emergência ocorrer, e têm de saber
dominar e ter acesso aos procedimentos, métodos e ferramentas de troca de informações
com essas mesmas fontes;

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§ De modo a melhorar o entendimento do impacto de uma
Emergência na população, o IMN deve ter acesso a Avaliações de
Risco e Vulnerabilidade, dados demográficos, indicadores socio-
económicos e todas os dados que possam ser úteis para enquadrar
e contextualizar a Informação gerada pela ocorrência.

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Como já foi referido, numa Emergência, a recolha, produção e disseminação da
Informação é vital, tanto para uso interno como externo.
Quando a Informação é produzida e disseminada com celeridade, maior é a
probabilidade de que boas decisões sejam tomadas rápida e assertivamente.
Essas Informações tornam-se a base das mensagens que guiam as ações, tanto
das forças envolvidas como das populações afetadas e do público em geral.

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Dependendo da situação, o IMN deve assumir um conjunto de tarefas que assegurem que a Informação
providencie todos os aspetos, em que é fundamental.
Essas tarefas são:
§ Obter todas as Informações produzidas pelos intervenientes na EM;
§ Preparar relatórios de situação, propostas de projetos, relatórios de projeto e outros documentos técnicos,
tanto para uso interno como para uso externo;
§ Coordenar rápida e eficazmente a disseminação e distribuição da Informação, tanto para uso interno como
externo;
§ Promover, facilitar ou produzir recursos que documentem o impacto das ações de EM;

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§ Aconselhar o PIO na gestão dos Media, monitorizando o seu trabalho e providenciando
coordenação e assistência nas necessidades inerentes às suas responsabilidades;
§ Monitorizar a cobertura dos Media do impacto da Emergência, assim como das forças,
operacionais e organizações envolvidas;
§ Suportar o desenvolvimento e implementação de um plano de comunicação em Emergências
que inclua a preparação, produção e distribuição de Informações, assim como de produtos
educacionais, bem como a promoção da segurança junto da população em geral;

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§ Promover e facilitar a visibilidade das organizações
envolvidas, em especial aquelas que podem obter retorno
do seu auxílio;
§ Aconselhar as autoridades no planeamento, design e
desenvolvimento de atividades de IM e Comunicação.

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Esta lista de tarefas demonstra que, durante uma Emergência, a IM pode (e
deve) ser o centro de toda a atividade de EM.
Porque a EM só se torna efetiva, real e plena se todos comunicarem entre si e
confiarem nessa comunicação.
A Comunicação garante que todos trabalham para alcançar o mesmo objetivo,
que avançam na mesma direção, que partilham a mesma vontade.

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A Comunicação garante que o todo se torne muito maior e melhor
que a soma das partes.
A Comunicação baseada em verdadeiras Informações garante assim
que existe
GESTÃO DE EMERGÊNCIA!

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“Os Homens não igualam os
seus discursos”.

John le Carré

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Todas as atividades humanas são baseadas na Comunicação.
Só assim se pode entender o porquê de termos desenvolvido
técnicas tão evoluídas de Comunicação, como a fala e a escrita.
No entanto, temos de assumir que a Comunicação só existe porque
surgiu a imperiosa necessidade de passar Informação.

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Só conseguindo obter Informação do meio e transmiti-la aos nossos semelhantes,
o Homem foi capaz de atingir o nível civilizacional em que hoje nos encontramos.
No contexto de uma Emergência, essa básica necessidade humana exponencia-se.
Temos de ser capazes de recolher informação que nos permita identificar os Riscos
e as Vulnerabilidades a que estamos expostos e passar essa informação, de modo
a que todos partilhem essa avaliação e, assim, possam preveni-la ou preparar-se.

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Essa prevenção e preparação tem de ser comunicada a todos de modo entendível, de maneira a
que todos façam o que deles se espera, diminuindo a sua vulnerabilidade, tomando medidas e
ações preventivas, alertando, educando, ensinando, formando, instruindo, treinando e
exercitando.
Do mesmo modo, têm de se comunicar os Riscos e Vulnerabilidades de modo a que, se forem
inevitáveis, se possam planear e preparar as RROs, dos gestores aos operacionais passando pela
população em geral e pelos Líderes e decisores das Comunidades/Organizações.

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Mesmo quando o inevitável acontece e temos de enfrentar uma Urgência, a Comunicação entre
as forças envolvidas nas RROs deve ser fiável, concisa e contínua, de modo a suportar essas
mesmas RROs e garantir que tudo está a ser feito para proteger vidas e património.
Em último e não por último, deve comunicar-se “para o futuro” de modo a que outros aprendam
com o que aconteceu, com o que foi feito, de mal e de bem.
No entanto, toda essa comunicação, para ser efetiva, tem de se basear em informação de
“elevada qualidade”.

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Como vimos e agora concluímos, todo este processo só é útil e tem nexo se for
realista, baseado em factos.
De outro modo não se trata de Informação, mas sim de ficção.
Desta forma, ficamos a saber da grande importância e responsabilidade da IM,
pois, no fundo, tudo se baseia nela.
E quando tantos e tanto dependem de nós, falhar não é uma opção.

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