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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA EQUATORIAL – FATEBE

COORDENAÇÃO DE TEOLOGIA

CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA

MARCOS PAULO ALVES DE OLIVEIRA

FICHAMENTO: MINISTRANDO COMO O MESTRE

Belém - PA

2021
FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA EQUATORIAL – FATEBE

COORDENAÇÃO DE TEOLOGIA

CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA

MARCOS PAULO ALVES DE OLIVEIRA

FICHAMENTO: MINISTRANDO COMO O MESTRE

Trabalho apresentado em cumprimento


às exigências da disciplina:
HOMILÉTICA E ORATÓRIA,
ministrada pelo Prof. Esp. Josué da Silva
de Lima, na Faculdade Teológica Batista
Equatorial, como avaliação parcial do
Curso de Bacharel em Teologia.

Belém - PA

2021
Fichamento: STUART, Elyott. Ministrando como o Mestre. São Paulo: editora Fiel,
2005.

O livro foi escrito com base nas pregações de Stuart Olyott na conferência em Leicester
para pastores, no ano de 2000. O autor aborda três pontos, que em sua visão, são úteis a
pregadores em todas as partes do mundo. O primeiro capítulo é uma lição com aroma de
sermão e os outros dois são sermões com sabor de lição. No primeiro capítulo ele
mostra que Cristo não era um pregador enfadonho. No segundo capítulo é dito que Jesus
era um pregador evangelista. E no terceiro é destacado que Jesus não era apenas um
pregador.

Capítulo 1 - Nosso Senhor não era um pregador enfadonho!

A forma de falar do Senhor era característica, clara, simples e fácil de copiar.


Aqueles que não tentam cultivar uma oratória semelhante não desejam realmente
ministrar como seu mestre, se comportam como se soubessem mais do que ele. (p.7)

Nosso Senhor explica, ilustra e aplica. As três correntes entrelaçadas nunca são
quebradas. As correntes são tecidas juntas, indissociavelmente. É impossível separá-las
e geralmente é até impossível distingui-las. Explicar-Ilustrar-Aplicar é a maneira divina
de ensinar verbalmente. (p.8-9)

O sermão do monte é um sermão de palavras comuns – e não acadêmicas,


eruditas, sofisticadas, ou do tipo usadas somente por uma certa classe social – nem
palavras do velho mundo. Ele foi proferido com palavras comuns, usadas por gente
comum, de vida comum. O uso de uma linguagem mais difícil pode ser a forma correta
em determinadas situações, mas não em pregações. Pregações são feitas verbalmente e
tem como objetivo a compreensão. Pregadores que não usam palavras do dia-a-dia em
suas mensagens não estão ministrando como o mestre. (p.10-11)

O Senhor Jesus foi um mestre nas perguntas retóricas e os melhores pregadores


na história tem seguido seu exemplo. Perguntas ajudam a recapturar o interesse das
pessoas e não tornam o pregador enfadonho. Que sábio é o pregador que trabalha para
desenvolver uma oratória semelhante à de Cristo. (p.12-13)

Ministrar como o mestre não é somente uma questão de ensinar a verdade. A


verdade precisa ser ensinada em contraste ao erro. Não é suficiente apontar o caminho
certo; também devemos descrever o caminho errado aos nossos ouvintes, e dizer aonde
ele conduz. Isso faz com que a verdade seja cristalina e liberta os circunstantes do
enfado, como rapidamente descobriram os ouvintes do Senhor. (p.15)

Em seus ensinamentos, Jesus usa frequentemente a voz ativa. Esse é um ponto


que devemos observar. A voz ativa é muito mais direta e, de conformidade com o
Mestre, deveríamos usá-la a maior parte do tempo. Nosso Senhor explica usando
palavras comuns, muitas frases curtas, perguntas que não requerem resposta, repetições,
contrates e principalmente a voz ativa. O maior sermão já pregado é simples em sua
apresentação. Se não faço as coisas da mesma maneira, preciso questionar se estou
ministrando como o mestre. (p.15-16)

Jesus se referia as coisas do seu cotidiano para fazer ilustrações. Aqueles que
seguem seus passos são chamados a fazer o mesmo. (p.17)

Se um pregador tiver seriedade em seguir o exemplo do seu Senhor, ele fará uso
de todas as coisas cotidianas para ilustrar as verdades que ensina e aplicá-las a vida de
seus ouvintes. Os melhores pregadores da história sempre seguiram seu Senhor neste
ponto. (p.18-19)

Nas ilustrações do Senhor, ele falava sobre a vida de acordo com o que seus
ouvintes conheciam naquele período. Hoje, se não pudermos usar ou adaptar as mesmas
ilustrações do mestre, devemos ser criativos na elaboração de nossas próprias
ilustrações. É preciso observar a vida e saber como ela é, quais são os objetos que as
pessoas veem todos os dias, quais são suas experiências diárias, o que é conhecido
delas. Essas são algumas perguntas que um pregador semelhante a Cristo deve fazer.
(p.20)

As aplicações de Jesus não são encontradas simplesmente no fim de um sermão,


elas percorrem todo o sermão. As aplicações constituem por volta de um terço do
sermão. O Senhor fez aplicações de formas bem diferentes. As vezes ele aplica por
afirmações. Outras aplicações são feitas de modo imperativo. E em outras ocasiões ele
aplica sua mensagem fazendo perguntas. Nosso Senhor não se contenta em apenas
ensinar teoria. Ele instrui seus ouvintes quanto ao que fazer em situações reais. Em
outro lugar o Senhor faz aplicações usando outros tipos de linguagem figurada. (p.21-
23)
Aplicações gerais na pregação são por via de regra úteis. O pregador não pode
tratar o seu auditório como se fossem todos iguais. É importante que se faça aplicações
relevantes a todos, crentes e incrédulos. O Senhor Jesus exemplifica isso no sermão do
monte. (p.26)

O Senhor Jesus não era um pregador enfadonho. Explicar-Ilustrar-Aplicar era


seu método. E será o nosso também, se formos tão sérios em nossa pregação como ele
foi. Ao pregar a mensagem de Cristo, ele nos chama a Explicar-Ilustrar-Aplicar, como
Ele mesmo fez, pois não era um pregador enfadonho. Agir de outra forma seria
representá-lo mal. A incumbência do pregador é passar a vida ministrando como o
mestre. (p.28-30)

Capítulo 2 – Nosso Senhor era um pregador evangelista!

Ministrar como o Mestre significa fazer a mesma coisa que Jesus fez. Significa
identificar grupos de pessoas com as quais falar em termos claríssimos. Significa
detalhar para eles o quão privilegiados são e quanto tem abusado destes privilégios.
Significa expor a dureza de coração. Significa mostrar-lhes o horror de permanecerem
impenitentes e que não há pecado a ser comparado com este. Significa falar isto de
modo que não haja mal-entendidos. (p.36-37)

A pregação evangelística não é fácil. Requer coragem moral e um falar franco.


Exige que vejamos o pecado como Deus o vê, não com a sociedade ou até mesmo a
igreja vê. Não é trabalho para os melindrosos ou covardes, mas para aqueles que em
nome de Cristo desejam ser confrontadores. No entanto, ninguém é forte o suficiente
para isso. Não temos força e desejo naturalmente. Devemos reconhecer o que o Senhor
requer de nós e confessar nossa fraqueza a Ele. Quando nosso senso de fraqueza é
verdadeiro, nós nos descobrimos como fortes. Não podemos ministrar como o Mestre
sem o Mestre! (p.37)

A fim de ministrar como o mestre, somos chamados a apontar pra diferentes


grupos de pessoas, pecados específicos e o Dia do Julgamento! Devemos apontar o dedo
e confrontar o povo em sua indolência. (p.39)

A indiferença é algo duro com o qual temos que lidar. Indiferença é o que as
vezes quebra o espírito de um pregador. Jesus, em meio a indiferença, mantém a
comunhão com o Pai através da oração. Ele dobra o joelho e ora, nós devemos fazer a
mesma coisa. (p.40-41)

Se queremos ministrar como o mestre, devemos olhar o mistério frente a frente


da escolha de Deus para a salvação e dizer: “Sim, ó Pai, porque assim foi do teu
agrado”. Filosofias humanas não alimentam um espírito reverente e quebrantado de um
filho de Deus. Questionamentos impacientes não dão luz à submissão piedosa. (p.44)

Um pregador evangelista deve olhar os homens e as mulheres nos olhos e


apontar o dedo. Deve olhar para eles na presença de Deus e dobrar os joelhos. Mas há
uma terceira coisa a fazer, que é convidar pecador. Jesus convida todas as pessoas que
estão sob o peso de um fardo esmagador para vir até Ele. Jesus convida a todos! E se
queremos ministrar como o mestre, o convite para vir a Cristo deve ser igualmente
amplo. Deve ser livre, desembaraçado, desinibido, sem restrição e universal. Abra os
braços – convide! (p. 45-47)

Convidar não é ficar longe, ou manter distância, mas se aproximar. O convite


não é para vir ao Cristianismo, nem para participar de alguma igreja e de suas
atividades, o convite é para vir a Cristo! (p.47)

Devemos prometer aos homens, mulheres e crianças que se eles realmente


vierem a Cristo, Ele lhes dará descanso. Que se desejarem se submeter à norma e o
domínio dEle, o descanso que lhes dará não será raso ou superficial, mas permanente.
Prometa que tal descanso pode ser imediatamente, sem demora, sem espera e sem
qualquer condição adicional. É isto que podemos aprender em nome de Cristo a todos
que se arrependem e creem. O convite do evangelho é maravilhosamente inefável.
Precisamos exibir diante de nossos ouvintes tudo que será deles, se vierem até Cristo.
(p.49)

Capítulo 3 – Nosso Senhor não era apena um pregador!

Jesus também se identifica com os pecadores. Tendo vivido entre pecadores a


tanto tempo e após ser declarado como não sendo um deles, Ele se coloca entre os
pecadores novamente, e abertamente se identifica com eles. Distância dos pecadores
não é uma opção, aproximação com pecadores não é suficiente – identificação é a rota a
seguirmos se queremos ministrar como o mestre. (p.54-55)
Jesus experimentou a tentação. Um aspecto importante no ministério cristão é
estabelecer para as pessoas que outros ministros, mesmo os melhores, são homens
vulneráveis. (p.56-57)

O Senhor Jesus fez discípulos por meio de conversas pessoais. Ele também tinha
preocupações evangelísticas quando não estava pregando. Se isso não é verdade em
mim, ainda não sou como ele. Os pregadores, como qualquer um, tem que fazer
discípulos por meio de conversas pessoais. (p.57-58)

O Senhor Jesus também confrontava o mal pessoalmente. O mal também deve


ser enfrentado e confrontado pessoalmente. É necessário não parar de pregar, mas não
apenas pregar. Devemos revestir-se de toda armadura de Deus, tomar a espada do
Espírito, apoiar-se no Vencedor que nunca pode conhecer a derrota e dedicar-se a
confrontar o mal pessoalmente. Esta é a realidade de ministrar como o mestre! (p.59-60)

Nosso Senhor também se preocupou com os doentes. Sou eu como um


embaixador de Cristo, tão acessível quanto meu Senhor? A pessoa ao meu redor estão
certas de que me preocupo? Elas estão confiantes disso a ponto de sentirem liberdade
para me contar sobre qualquer pessoa doente que pode ser beneficiada com uma visita?
Se elas não estão, há algo errado; e está claro quer ainda não estou ministrando como
meu Metre. (p.61)

No capítulo 1 de Marcos, Jesus se identifica com os pecadores. Ele é tentado.


Ele fala com pessoas e as torna discípulas por meio de conversas pessoas. Ele resiste ao
mal face a face. Ele se preocupa com uma pessoa mesmo quando tal pessoa está entre a
multidão. Ele é alguém “do povo’. Mas é importante destacarmos que Ele é muito mais
que tudo isso. (p.62)

Jesus manteve uma vida de oração secreta. Apesar de todos os afazeres e


ocupações, Cristo priorizava a comunhão com o Pai. Oração é o que encabeçava a lista
do nosso Senhor. Para ele, o lugar de oração não tinha rival. Era o primeiro de todos ou
outros. A oração deve ser a nossa maior prioridade. A oração deve ser feita a cada dia
da semana antes de qualquer outra coisa. A oração deve ser feita onde ninguém mais se
encontre. A oração deve durar até que seja interrompida. Se nossa vida de oração não é
prioridade, não estamos ministrando como o mestre. (p.63-64)
O Senhor Jesus toca os rejeitados. Ele toca alguém quando todos os outros
recusam se aproximar. Enquanto houver pessoas neste planeta, que eu não estiver
disposto a me aproximar, não estarei ministrando como o Mestre. Nosso Senhor era um
pregador. Ele não era um pregador enfadonho; era um pregador evangelista; mas não
era apenas um pregador. Isto aconteceu, porque toda a sua vida foi um ministério e
ministrar foi toda a sua vida. (p.65-66)

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