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Until The Sun Falls From the Sky

Kristen Ashley

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Tradução: Cartaxo

Revisão Inicial: Lady Euphoria, Leilane, Laila, Lari,

Gilciara, Gilma, Josy,Ana, Barbara Moreira

Revisão Final Milena Calegari

Formatação: Milena Calegari

Leitura Final: Lola

Verificação: Aninha

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Sinopse

A família de Leah Buchanan tem estado ao serviço dos


vampiros por cinco séculos. Mesmo assim, Leah não quer ter nada a
ver com o legado de sua família. Mas quando ela é convocada para
a sua seleção pelo Domínio Vampiro, sob a pressão familiar, ela não
tem escolha, a não ser ir.
Lucien tem vivido sob os ditames estritos do Domínio
Vampiro durante séculos, mas ele está cansado dessas leis antigas e
deseja despojar-se de tudo o que é a essência do vampiro.
Então ele está tomando o controle.
E isto porque Lucien tem assistido e esperado durante
décadas por Leah se tornar disponível para a seleção e ele não vai se
limitar com o que ele pode fazer com ela. Ele a terá, toda ela.
Portanto, Lucien vai domar Leah, mesmo que ele seja caçado
e morto por isso.
O que nem Leah nem Lucien esperavam é o forte vínculo que
se formará entre eles, conectando-os em níveis sem precedentes para
os mortais ou imortais. E o que vai crescer entre eles significa que
eles vão desafiar os seus modos de vida e da sua união começarão as
profecias que os torna um dos três casais que irá salvar a
humanidade...ou morrer tentando.

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Dedicação

Este livro é dedicado a Stephanie Redman Smith, minha


melhor amiga desde sempre.

Principalmente porque ela gosta de vampiros, de filmes de


terror e de caras quentes.

E eu gosto dela.

Reconhecimento

Outro grito grande, gordo para Chasity Jenkins. Você sabe o


que você faz, menina, tudo que você faz e não está apenas me
ajudando a decidir quais sapatos comprar online. Obrigado por me
manter sã.

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Capítulo Um

A Seleção

Meu vestido era vermelho sangue.

Isso, pensei, era uma farsa. Quero dizer vermelho


sangue? Eles estavam falando sério?

— Sorria. Seja agradável. Respeitosa. Sempre


respeitosa. Lembre-se, você está representando os Buchanan,
— a minha mãe ao meu lado sussurrou urgentemente para
mim. Seus olhos não deixaram o comprimento do corredor e
sua postura era rígida enquanto caminhávamos lado-a-lado.

Ela estava nervosa e animada. Insuportavelmente.

Isso estava me deixando louca.

Eu não precisava que ela dissesse isso para mim.


Desde que eu recebi o meu convite para a Seleção ela estava
me persuadindo, me treinando e constantemente me
lembrando que eu era um Buchanan e o que isso significava.

Como se eu fosse esquecer.

Na verdade, uma vez que me foi dito quando eu tinha


treze anos o que ser uma mulher Buchanan significava, eu
nunca tinha esquecido. Nem uma palavra. Elas ficaram
queimadas no meu cérebro.

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Eu não lhe respondi, apenas olhei para o longo
corredor.

Foi, como seria, exuberante, mas assustador. Um


corredor com um carpete cinza escuro ladeado por polidos
pisos de madeira escura. Combinando com paredes cinza
com molduras e tetos brancos. A cada um metro e meio ou
dois um pequeno candeiro requintado com gotas de cristais
estava afixado na parede, o suficiente deles apenas para
iluminar o caminho, mas não o suficiente para acabar com as
sombras. Ao longo das paredes havia portas distanciadas
entre si, todas elas fechadas. Em uma das extremidades
estava o elevador por onde descemos em várias ocasiões e na
outra extremidade a porta para onde estávamos indo.

E no meio, eu fazia está longa caminhada.

Um caminho muito longo que eu percorria com sapatos


de cetim vermelho sangue com um salto fino de lápis e uma
pulseira de tornozelo que era tão delicada que ameaçava
quebrar a cada passo que eu dava.

— Eu acho que esses sapatos foram uma má ideia, —


eu resmunguei baixinho para minha mãe.

— Leah..., — ela começou no tom de advertência de


mãe que eu tinha ouvido usar comigo muitas vezes ao longo
dos anos.

— Não, sério, eu temo um incidente maciço pelo


sapato. O Buchanan não pode ter um incidente enorme pelo

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sapato, não em algo tão importante como uma seleção. O que
vai fazer para a nossa reputação?

— Não se preocupe com os seus sapatos. Seus sapatos


vão ficar bem.

— Não, eu não acho que eles vão. Acho que devemos


sair, encontrar outro par de sapatos e voltar, — eu sugeri.

— Você não tem outro par de sapatos que fosse


apropriado.

Ela estava certa sobre isso. Quem possuía dois pares


de sapatos de noite, sexys, vermelho sangue de setecentos
dólares?

— Bem, então talvez nós devêssemos falar com os


poderes constituídos e dizer que eu não poderia fazê-lo devido
a uma falha de sapato e eu poderia ter outra chance na
próxima seleção...

Com minhas palavras, sua cabeça virou o rosto para


mim e ela parecia em pânico. Isso me assustou mais do que
eu já estava, estava apavorada com a própria perspectiva das
festividades desta noite.

— Você tem que assistir a esta seleção. Para você, não


há outra seleção, — ela sussurrou, não com raiva. Ela estava
desesperada.

Tão frenético que por força do hábito, mesmo que eu


não entendesse sua ansiedade, encontrei-me acalmando-a.

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— Tudo bem, mãe. Vou trabalhar estes sapatos. Vai
dar tudo certo.

Ela respirou fundo e se virou novamente para enfrentar


o corredor. Assim como ela estava apavorada. Ela tinha
estado fora de si de alegria e, estranhamente, enervou-se
quando eu recebi o meu convite. Não é porque todo mundo
em toda a minha família pensasse que eu nunca iria
conseguir um convite para uma seleção (e eu estava
esperando que, desde que eu descobri que a minha família
era e o que eles fizeram, que estaria certo), mas porque eu
recebi um para esta seleção.

Embora ela nunca tivesse explicado.

— Mãe, tem alguma coisa...?

Eu não terminei. Estávamos a um metro e meio de


distância da porta no final do corredor. Ela abriu-se, um
homem vestido de noite saiu e fechou-a atrás de si.

Eu olhei para ele em choque.

Ele tinha que ter 2,10 m, muito magro e a cabeça calva


e brilhante. Ele tinha uma grade e protuberante testa, sem
sobrancelhas, olhos grandes, escuros e longos, longos
membros que combinavam com sua altura. Suas mãos eram
incrivelmente longas e finas, mais do que seu corpo exigia,
com dedos finos e nodosos.

Embora ele fosse um homem de aparência incomum,


ele era de alguma forma sedutor, mesmo bonito.

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Seus olhos foram diretamente para a minha mãe e ele
sorriu com cordialidade. Ele tinha lindos dentes brancos e
fortes.

Meu Deus. Era assim que os vampiros se pareciam?

Na visão dele, o meu passo gaguejou. Minha mãe


colocou a mão no meu cotovelo para impulsionar-nos para a
frente os últimos metros para parar na frente dele.

— Avery, — ela cumprimentou e sorriu para ele.

— Lydia. — Ele pegou a mão dela, curvou-se e


aproximou-a contra seus lábios. — É sempre um prazer, —
continuou ele depois de deixar sua mão. — Ouvi dizer que a
nossa Lana está se saindo bem.

Ele sabia da minha irmã, Lana. E ele sabia que ela


estava se saindo bem.

Isto era verdade. Lana tinha tido a sua seleção, há três


anos. Ela foi selecionada, de acordo com a minha mãe,
poucos minutos após a sua chegada. Ela fez muito bem para
os Buchanan; um vampiro com algum status a tinha
escolhido. Ela ainda estava em seu arranjo com o vampiro
que a selecionou sem qualquer indício que ela estaria
liberada.

Isso era incomum. Tinham-me dito depois que eu


recebi o meu convite que anunciavam o tempo, e os novos
segredos que poderiam ser compartilhados, que os Arranjos
duravam, em média, dois a três anos antes do vampiro

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libertar-se da sua concubina e seguisse em frente. Qualquer
arranjo que durasse mais do que isso era conhecido por ser
particularmente bem-sucedido.

As mulheres Buchanan há 500 anos tinham o hábito


de tais realizações. O Arranjo da minha mãe tinha durado
sete anos. Ela era praticamente uma lenda. Pelo menos foi o
que minha tia Millicent me disse com alguma inveja, seu
arranjo durou quatro anos e três quartos de ano. Os “três
quartos” foram uma adição muito importante para a tia
Millicent.

Eu nunca tinha conhecido o vampiro de Lana. Como


não iniciada, não era permitido. Eu nem sequer sei o seu
nome. Eu já tinha visto Lana inúmeras vezes desde a sua
Seleção. Ela estava em êxtase feliz, ela não poderia me dizer o
porquê, mas era fácil de ver que ela estava.

— E esta é Leah, — disse Avery, as suas palavras


saíram baixas, dando-me a estranha impressão de que havia
algum significado para eles além do fato de que eu era, na
verdade, Leah.

Ele tinha me tirado de meus pensamentos e os meus


olhos focaram nele para ver que ele estava me estudando e
tinha a sua grande mão estendida na minha direção, com a
palma para cima.

Minha mãe me cutucou.

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Eu coloquei minha mão na sua e ele levantou-a, roçou
os lábios contra ela e, em seguida, apertou apertado. Ele não
a soltou enquanto ele olhava nos meus olhos.

— Eu estive ansioso para conhecê-la.

Mais uma vez, não havia sentido nisto. Mais do que eu


ser uma Buchanan, a primeira família concubina que colocou
seu nome no Acordo Imortal e Mortal 500 anos atrás. Mais do
que eu ser filha de Legendária Lydia. Mais do que apenas
cortesia.

— Obrigado, — eu sussurrei minha voz suave e não a


minha própria, principalmente porque ele estava me
assustando ainda mais.

Ele sorriu para mim, soltou a minha mão e olhou para


minha mãe.

— Lucien vai ficar muito contente.

Minha mãe abaixou a cabeça e olhou para Avery sob


seus cílios antes de murmurar,

— Eu espero que sim.

O que foi isso? Quem era Lucien e por que ele iria ficar
satisfeito?

— Quem é....? — Eu comecei, mas Avery puxou o braço


para fora, cortando a minha pergunta.

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Ele pegou em mim e na minha mãe em seu
comprimento e se virou. Ele abriu a porta larga e pesada sem
esforço aparente e gentilmente conduziu-nos.

Eu pisquei para a luz repentina.

— Lydia Buchanan, Distinta, — Avery gritou atrás de


nós, — e Leah Buchanan, não iniciada!

O murmúrio suave de conversa subitamente cessou


com suas palavras. Todos se viraram para olhar.

Olhei para trás.

Havia muita coisa para olhar. Demais. Eu não podia


assimilar tudo.

O quarto era oval. Opulento. Eu nunca tinha visto


nada parecido com sua elegância simples.

Ricas, paredes vermelho sangue, novamente com as


molduras e tetos brancos, sem janelas porque nós estavam
bem abaixo da superfície da terra. Não havia pinturas, nem
espelhos, apenas muito, muito vermelho sangue. Um enorme
lustre oval iluminava a sala, seus milhões de cristais
dançavam prismas de luz em todos os lugares. Havia um
tapete oval no chão, de pelúcia vermelho sangue, que não
atingia os cantos da sala e você poderia ver no escuro,
madeira brilhando nas laterais.

Havia pessoas lá, talvez uma centena, talvez mais.


Mesmo com tantas pessoas a sala estava longe de estar cheia

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tão grande que era. Todo mundo estava vestindo preto, como
a minha mãe. Os homens de traje de noite preto com camisas
brancas brilhantes. As ex-concubinas, Distintas, (mães, tias
ou avós das não iniciadas) em vestidos pretos glamourosos.
As vampiras, aparecendo muito mais jovens do que os
machos, mas não menos elegantes, também em vestidos
pretos.

Havia talvez apenas uma dúzia de mulheres usando


vestidos vermelho sangue entre o grupo e eu notei que o meu
vestido era diferente.

Este, percebi de imediato, foi um erro tático de minha


parte. Mesmo que eu fosse uma em apenas poucas que
usavam vermelho sangue, eu ia me destacar.

Eu não queria me destacar. Eu não queria ser


selecionada.

Dane-se tudo para o inferno.

Eu ia ter que dar o braço a torcer sobre o vestido. Não


que minha mãe quisesse que eu vestisse o que algumas das
outras Não-Iniciadas estavam vestindo. No entanto, ela
queria um pouco mais de deslumbramento, que eu pensei
que iria chamar a atenção indesejada para mim mesmo para
não mencionar, eu não era um tipo de pessoa que
deslumbrava.

As outras tinham apostado em pleno no


deslumbramento. Quantidades inacreditáveis de jóias em

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seus pescoços, pulsos, orelhas, elaborados de pedras
brilhantes afixados em seus cabelos. Olho para todo o tipo de
vestidos, desde Beleza-do-sul-enraivecida a muita pele
ousadamente apresentada (principalmente decotes) e muita
lantejoulas que provavelmente pesavam meia tonelada.

Cada vestido único, cada jóia, cada onda torcida presa


no alto da cabeça de alguém que gritava: escolha-me!

Meu vestido era de cetim, encaixe no corpete, cintura e


quadris, confortável. Ele tinha uma saia longa que foi cortada
em viés e pendia bem e rodava suavemente nas minhas
pernas quando eu andava. O vestido ia dos meus ombros,
tinha uma cintura império, o decote sutil onde o material
cobria meus seios foi costurado e se reunia na cintura. O
mesmo na parte de trás sob meus ombros, expondo a pele em
minhas costas, ao redor dos meus ombros, no meu decote,
mas nada muito ousado.

Eu usava apenas brincos antigos herdados da família


Buchanan que tinham um rubi oval cercada por diamantes
criados na base, e pendendo um rubi maior em forma de
lágrima maior. Eu também usava um rubi oval muito maior
rodeado de diamantes no dedo anelar direito.

Eu tinha puxado o meu cabelo loiro para trás do meu


rosto e fixei-o em um coque trançado na nuca do meu
pescoço. Eu fiz isso e eu não acho que eu me sai mal.

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Parecia que eu estava indo em uma cerimônia de
premiação de Hollywood (pelo menos era isso que eu disse a
mim mesma).

O resto das Não-Iniciadas parecia que eles estavam


num passeio de meninas em uma festa de formatura
desesperadas para serem convidadas para dançar.

— Merda, — eu murmurei tão baixo que a minha mãe


não me ouviu porque se ela tivesse, me daria um olhar
assassino pelo menos.

Mesmo assim, vi alguns homens, seus olhos ainda


fixados em mim (na verdade, todos os olhos estavam ainda
presos a mim) sorriram da minha palavra.

Como minha mãe me impeliu a descer os degraus com


a mão novamente ao meu lado eu me lembrei que eu estava
agora entre os vampiros. Seus sentidos foram aumentados a
extremos. Eles podiam ouvir melhor, ver melhor, os seus
sentidos do olfato, paladar e tato eram muito mais agudos e
eles se moviam mais rápido.

Pelo que tinham me dito.

E, foi importante observar, eles não se pareciam com


Avery. Nenhum deles.

Eles também não se pareciam com vampiros. Pelo


menos não o que a cultura popular nos levou a acreditar que
era a aparência dos vampiros.

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Eles não eram magros e pálidos e vestindo fitas
vermelhas em torno de suas gargantas onde tinham uma
cruz. Eles também não têm mullets e usam roupas de rock 'n'
roll.

Eram todos de diferentes alturas, mas nenhum deles


era menor do que o que você descreveria como alto. Eles
tinham diferentes tamanhos de corpo, mas nenhum deles era
leve ou delgado, nem eram pesados ou obesos, eles eram
todos musculosos e poderosos. E todos tinham diferentes
cores de olhos e de cabelo.

As mulheres vampiros eram iguais, exceto a parte


musculosa, mas não a parte poderosa, mesmo nelas este era
um poder percebido ao invés do físico dos homens exibidos.

Sua pele era normal tonificada, denotando calor e


humanidade.

E, por fim, eram todos lindos.

Quando chegamos ao último degrau, eu controlei a


minha forte vontade de murmurar mais uns palavrões
diferentes.

A conversa começou a movimentar-se novamente o que


foi um alívio, porque isso significava que eu tinha deixado de
ser o centro das atenções. Esse alívio durou pouco.

— Lydia. — Um homem, loiro escuro, de olhos verdes,


alto, lindo, aproximou-se de súbito.

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Uau. Meu primeiro encontro com um vampiro.

— Cosmo, — sussurrou minha mãe, com a cabeça


inclinada para trás, aquele olhar estranho, um pouco triste,
mas muito familiar que ela geralmente tinha em seus olhos
havia derretido. Em vez disso, seus olhos se iluminaram e
havia um sorriso doce e sensual que eu nunca a tinha visto
usar em seus lábios.

Ele se curvou e beijou a dobra de sua mandíbula. Algo


sobre esse gesto era tão íntimo, eu virei meus olhos.

Cosmo. Eu conhecia o nome. Minha mãe tinha me dito


o nome apenas alguns dias antes.

O vampiro da minha mãe.

Meu Deus.

— Cosmo, eu quero que você conheça Leah. — Eu ouvi


minha mãe dizer e eu me virei para trás.

Minha mãe estava na casa dos sessenta. Ela não


parecia nem sequer perto disso. Mas ela ainda parecia mais
velha do que Cosmo que parecia ter não mais do que trinta e
cinco. Ela tinha estado na casa dos vinte, quando ela lhe
tinha atendido.

Mudou-se para mim e inclinou-se. Eu congelei quando


seus lábios tocaram o cabelo em minha têmpora, em seguida,
a cabeça mergulhou mais e com a boca no meu ouvido, ele
murmurou,

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— Leah.

Um trinado correu pela minha espinha.

Não era exatamente o medo; também não me deixava


temerosa.

Também não era desagradável. Nem um pouco.

Que estranho.

Por favor, minha mente implorou, não deixe o vampiro


da minha mãe me escolher. Por favor, por favor, por favor. Isso
seria tanto estranho como nojento. Muito nojento. Ick!

Sua cabeça se moveu para longe, mas seu corpo não o


fez.

Eu encontrei a minha voz e fiz o meu melhor para


transformá-la em fria e acrescentei, para uma boa medida,
um olhar gelado no meu rosto quando o olhei,

— Cosmo.

Na presença do meu gelo, ele sorriu. Seu sorriso fez


sua beleza sair da escala. Por isso, eu perdi o gelo e olhei.

Ele se virou para minha mãe e disse:

— Os rumores são verdadeiros.

Minha mãe balançou a cabeça, dando-me um olhar de


reprovação, mas ela respondeu a Cosmo.

— Temo que sim.

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— Eu gosto disso, — ele murmurou e se virou para
inspecionar meu rosto, em seguida, seus olhos verdes
mudaram para o comprimento do meu corpo, em seguida, de
volta ao meu rosto antes de ele continuar, — Lucien vai
gostar ainda mais.

Senti meu corpo tremer com outra referência ao


desconhecido Lucien. Antes que eu pudesse abrir a boca,
porém, minha mãe falou.

— Você acha? — Ela perguntou esperançosa.

— Ah, sim, — Cosmo respondeu, sem tirar os olhos dos


meus.

— Quem é....? — Eu comecei, mas uma vampira se


juntou ao nosso grupo.

Ela era alta, magra, mas curvilínea, cabelos


encaracolados escuros, belos olhos azuis e ela estava usando
um vestido sem alças, com uma fenda até a perna direita,
que terminou no alto de seu quadril em uma cortina graciosa
de material.

— Finalmente. Leah, — anunciou ela, ao chegar no


nosso pequeno grupo. Antes que alguém pudesse dizer
qualquer coisa, ela levantou a mão e estalou os dedos.

Um garçom com uma bandeja de taças de champanhe


apareceu ao nosso lado. Cosmo pegou um copo e entregou-o
a minha mãe, em seguida, um outro que ele entregou para
mim.

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Quando ele fez isso a mulher, com seu olhar em mim,
implorou a Cosmo:

— Por favor me diga que isso vai ser interessante.

Cosmo, também me observando, afirmou:

— Isso vai ser interessante.

Eu estava perdendo a paciência.

Em qualquer dia, até mesmo um bom dia, eu não


tendia a ter muita paciência. Mas nestas circunstâncias
extraordinárias eu não tinha quase nenhuma. Portanto, esta
não foi uma surpresa.

Isto significava que eu também estava perdendo a


paciência, algo que também acontecia com facilidade e,
infelizmente, com frequência.

— Alguém, por favor, pode me dizer o que todo mundo


está falando? Quem é Lucien? — Minha voz permanecia fria e
agora também afiada.

Em minhas palavras, eu senti minha mãe virar pedra


no horror ao meu lado. Cosmo sorriu. A vampira me
examinou por um momento, em seguida, ela jogou a cabeça
para trás e riu.

— O que é engraçado? — Eu bati.

Ela parou de rir, mas, mesmo assim, ela ainda dançou


em seus olhos quando ela respondeu:

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— Eu sou Stephanie.

— Isso é muito bom, você é Stephanie e tudo mais, mas


não responde à minha pergunta, — eu disse a ela.

— Leah, — minha mãe disse suavemente em seu tom


de mãe, este também soando um pouco alarmado.

— Deixe-a ser ela, Lydia, — Cosmo ordenou


suavemente. — Nenhum mal virá para ela.

Senti meus olhos se arregalam. Nenhum dano viria


para mim?

O que isso significa?

Eu pensei que toda esta farsa era cercada de


urbanidade e de civilidade. Como poderia prejudicar o que
viria a mim? Ou que mal viria para mim se eu fosse
selecionada, é claro.

— Ela é uma Buchanan, afinal, — Stephanie


adicionado antes que eu pudesse formar uma pergunta.

— Sim. Não é que, é claro, Lucien, — Cosmo comentou


e Stephanie virou-se para ele.

— Onde está Lucien? Eu pensei que ele nunca perderia


a sua chegada, — Stephanie perguntou a Cosmo.

— Ele vai vir mais tarde. Ele está tendo alguma


dificuldade com Katrina. Ela está... — Cosmo fez uma pausa

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e olhou para mim antes de olhar de volta para Stephanie, —
não está feliz com ele assistindo a esta seleção especial.

Eu assisti, sem a pequena quantidade de mal-estar,


quando o rosto de Stephanie cresceu duro.

— O que ela queria que ele fizesse? Morresse com a


fome?

— Eu acho que, neste caso, — Eu observava os olhos


de Cosmo deslocarem-se novamente antes de voltar para
Stephanie, — ela.

— Prostituta, — Stephanie cuspiu com tão feroz e


aterradora emoção, eu não poderia me ajudar, eu dei um
passo para trás.

— Calma, Teffie, você está assustando Leah, — Cosmo


advertiu.

Eu senti que era importante salvar a face. Quer dizer,


eu estava com medo. Stephanie estava assustando a merda
fora de mim, mas eu não queria que eles soubessem disso.

— Eu não estou com medo, eu estou irritada, — eu


anunciei. — Ninguém respondeu às minhas perguntas.

Os olhos de Cosmo voltaram para mim.

— Você vai ter suas respostas em breve, amor.

Isso não soa muito bem.

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Cosmo mudou-se para a minha mãe e tomou seu
cotovelo.

— Vamos pegar algo para você comer, meu amor.


Lembro-me que você gosta de comer.

Como a minha mãe se afastou com Cosmo ouvi sua


resposta com uma voz cheia de riso Apaixonado,

— Eu lembro que você também gostava.

Cosmo riu. Eu não poderia ajudá-lo, eu fiz uma careta.


Quero dizer, mesmo que fosse a minha mãe, ainda era
nojento.

— Você vai gostar também, — disse Stephanie e meus


olhos fixaram-na.

— Desculpe?

— Você vai gostar também, — ela repetiu.

— O quê? — Eu perguntei, embora eu soubesse.

— A alimentação, — respondeu ela.

Eu não penso assim.

— Eu duvido, — eu compartilhei friamente.

Ela sorriu, toda a raiva que estava na sua expressão


anteriormente já não era visível, ela estava novamente em
modo bela. Ela também, eu notei, não se afetou em nada com
a minha atitude gelada.

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Sua mão disparou para fora e seus dedos se fecharam
ao redor do meu braço com uma força que não deveria ter
sido surpreendente, mas que era.

Ela me levou para dentro da sala. Eu vi e senti os olhos


em nós quando nós nos movemos. Ela parou-nos perto de
uma parede exterior em um bolso onde ninguém estava por
perto. Ela deixou cair o braço e tomou um gole de seu
champanhe que eu achei chocante. Em primeiro lugar, eu
não tinha notado que ela estava carregando um copo. Em
segundo lugar, eu não achei que os vampiros bebiam nada,
além de sangue.

Tomei meu primeiro gole, bem antes de perguntar:

— Será que ninguém vai explicar sobre esse cara


Lucien?

— Eu acho que nós deveríamos deixar Lucien fazer as


explicações, — ela me disse, seus olhos azuis no meu rosto.

— O que ele tem a ver comigo? — Eu perguntei.

Eu era, é importante notar, assim como impaciente e


mal-humorada, também teimosa. Eu tinha um monte de
características ruins. Eu sabia isso e eu trabalhei isso com as
pessoas que me preocupava. Como minha mãe, minha irmã,
minhas tias, embora todas elas me levavam a uma grande
perda de tempo e sobretudo, com os meus amigos.

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Eu também tinha um monte de boas características, o
que significava a minha mãe, irmã e tias me aturavam.
Também significava que eu tinha um monte de amigos.

No entanto, eu não ia mostrar as minhas qualidades.


Não está noite.

— Tudo, — Stephanie respondeu à minha pergunta e,


em seguida, a cabeça movimentando-se bruscamente para a
direita antes de seus olhos se estreitaram e o olhar
assustador e duro voltar para seu rosto. — Foda-se, — ela
sussurrou.

Olhei na direção que ela estava olhando. Um homem


estava se aproximando de nós... Bonito, cabelo alto, moreno,
pele morena e, estranhamente com sua coloração, intensos
olhos cinza-claro.

Ele estava sorrindo. Para mim. Sedutoramente.

Eu senti um outro arrepio subindo pela minha


espinha. Este era de medo total. Medo completo e total. Eu
nunca tinha sentido nada parecido e isso assustou o inferno
fora de mim.

Sim, isso era verdade. O nível do meu medo assustou o


inferno fora de mim. Portanto, eu estava duplamente
apavorada.

Stephanie moveu-se ligeiramente, colocando-se mais


perto de mim e parcialmente em minha frente como um
escudo.

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De repente, eu decidi que eu gostava de Stephanie.

O novo vampiro chegou ao nosso grupo nunca tirando


os olhos do meu rosto até que ele parou, então ele se mudou
para minha garganta e eu assisti com horror o que se viu
como fome.

Meu Deus.

O arrepio em minha espinha percorreu de volta para


baixo. Desta vez foi um calafrio.

— Nestor, — Stephanie rosnou, sua voz de contralto


realizou um estrondo hostil distinto.

Nestor olhou para Stephanie. — Uma guarda? Em uma


seleção? Lucien deve ser um menino muito ruim.

— Leah e eu estamos conversando, — Stephanie


respondeu.

Seus lábios se curvaram enquanto falava.

— Você está insinuando que você está pensando


declarar suas intenções, certo?

— Está certo. Cai fora, — Stephanie advertiu.

— Eu tenho que acreditar nisso? — Nestor cortou.

— Você deveria aderir à tradição, — Stephanie voltou.

— Eu devia? Será que você vai soltar Reed e eu não


ouvi falar? — Perguntou Nestor.

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— Dá o....fora, — Stephanie retrucou, então ela ficou
tensa e ouvi um grunhido feroz vindo de sua garganta e eu
olhei para além de Nestor.

Mais dois vampiros do sexo masculino vinham em


nossa direção, grandes, também escuros, ambos com
intenções perigosas escritas claramente em seus rostos.

Algo não estava certo. Eu não tinha ideia do que estava


acontecendo, eu só sabia que, fosse o que fosse, não
augurava nada de bom para mim.

Ou Stephanie.

Ela chegou mais perto, me empurrando, dando um


passo para trás, forçando-me quase na parede.

Terror correu através de mim e meus olhos voaram ao


redor da sala em busca de minha mãe. Eu não era uma
covarde, mas estes eram vampiros. Eles tinham força sobre-
humana. Eles tinham dentes que poderiam rasgar a minha
carne. Eles bebiam sangue pelo amor de Deus. O sangue
humano! Isso era o que todo este circo tinha tudo a ver!

Esta seleção, eu sabia instintivamente, tinha se


transformado a partir do que deveria ser - uma cerimônia de
culto, controlado, onde os não iniciados estavam exibindo-se
na esperança de conseguir ser selecionados para servir o seu
Mestre ou Mestres, conforme o caso pode ser.

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Após a entrada ele se sentia seguro,
independentemente do que o processo acabaria por dizer ao
selecionado.

Agora eu estava tudo menos segura.

Meus olhos encontraram minha mãe e ela estava


olhando para mim, um antepasto na mão no meio do
caminho congelado para sua boca.

Eu sabia pela sua palidez que meus instintos estavam


certos.

Confirmando isso, eu notei que Cosmo a tinha deixado.


Ele estava se movendo no meio da multidão rapidamente, o
rosto demonstrava raiva e vinha na nossa direção. Enquanto
ele se movia, os dois novos vampiros aproximavam-se.

Sem saber por que, meu corpo se preparou para correr.

— Lucien! — Avery gritou da porta e todos, não apenas


Stephanie, Cosmo, Nestor e os dois vampiros que haviam
abordado, mas toda a sala parou, ficou em silêncio e se virou
para a porta.

Eu também parei.

No topo da escada estava um homem.

Não, não era um homem, um vampiro.

Homem ou vampiro, ele não tinha igual.

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Ao olhar para ele, eu me senti como se alguém tivesse
colocado a mão no meu pescoço, ao mesmo tempo que
empurrou outra no meu peito, tanto na garganta e no peito
eu senti um aperto doloroso.

Alto, mais alto do que qualquer um ali, pelo menos


1,95 m, talvez 1,98 m, ele era enorme. Ele não era magro
musculado, compactado. Seu músculo não era magro, não
era compactado. Era enorme, poderoso, mesmo brutal. Seu
cabelo era preto, tão preto que brilhava e era grosso, tinha
até uma pequena onda. Era muito comprido, não de uma
forma em que parecia despenteado, de uma forma que dizia
que não tinha tempo para se preocupar com essas coisas sem
importância como cortes de cabelo de rotina.

Parecia ótimo nele.

Tudo parecia ótimo nele.

Seu terno escuro, camisa escura, um fato de que ele


era o único homem não vestindo uma camisa e gravata
borboleta, mas os primeiros botões de sua camisa estavam
abertos, expondo uma coluna atraente de garganta com um
fio.

Ele não era bonito, ele não era nem um pouco bonito,
não era o tipo de beleza de todos os dias.

Seu olhar era muito áspero, muito acidentado, de


alguma forma, tanto selvagem como atraente.

32
Era loucura pensar isso, mas ele tinha o nariz mais
perfeito que eu já vi, reto e longo. Idem com o queixo,
quadrado e forte. Idem com as maçãs do rosto acentuadas,
seus lábios cheios, e mesmo o queixo.

E, porra, seus olhos. Negros, intensos e olhando para


mim.

— Oh meu Deus, — eu respirei.

Então vi do outro lado da sala, fascinada e extasiada


como suas pálpebras baixaram, apenas parcialmente,
dissimulando aqueles olhos espetaculares e seus lábios se
contraíram magníficos como se ele estivesse lutando contra
um sorriso.

Ele me ouviu.

Porra! Eu pensei.

Tanta coisa para aparecer fria, desgostosa e indiferente


com toda essa confusão, e agora eu praticamente babava.

Ele desceu as escadas não graciosamente, mas


poderosamente, seus movimentos de alguma forma
parecendo devorar a distância.

Seus olhos me deixaram e foram em direção a Cosmo.

— Não é tão bravo agora, hmm, Nestor? — Stephanie


insultou e rasguei meu olhar de Lucien para Nestor e
Stephanie continuou. — Leah não teria sangrado seu
contrato de qualquer maneira.

33
— Eu não esperava que ela o fizesse. — Nestor estava
calmo, os outros dois vampiros que começaram a aproximar-
se agora se afastavam. — Eu esperava declarar as minhas
intenções e levá-la a um quarto contrato. Ela se recusaria e
seria forçada a deixar a seleção. Não há segunda chance,
infelizmente. Não até outra seleção. Por esse tempo, Lucien
necessitaria se alimentar, ele ia ter que selecionar esta noite.
Mas Leah não seria uma escolha.

— Não é muito brilhante expor seu plano, — Stephanie


comentou com escárnio.

Nestor deu um sorriso satisfeito.

— Ele não era meu. Foi de Katrina. — Stephanie chiou


com raiva com essa notícia, mas Nestor a ignorou e virou os
olhos para mim. — Ainda que, vendo você, eu teria sido
tentado, mesmo tentado persuadi-la a sangrar meu contrato.
— Ele se inclinou em torno de Stephanie, ignorando seu
corpo enrijecer novamente, o rosnado emissor de sua
garganta, ele chegou perto de mim e murmurou: — Eu acho
que eu iria ajudá-la a bater o recorde de sua mãe. Sete anos
não seria o suficiente de você. — Ele se afastou e disse a
Stephanie, — Katrina tem razões para estar irritada, só de
olhar para ela. — Sua cabeça virou em minha direção.

— Eu vejo-a, — Stephanie entre dentes.

— Você cheira-a? — Nestor sussurrou quase com


reverência e eu senti a mão na minha garganta, e a outra no
meu coração e elas estavam apertando novamente. Então

34
Nestor riu. — Claro que sim, só que não é o seu tipo de
perfume, é?

— Dá o fora, — Stephanie cortou.

— Será que vocês dois podem parar de falar de mim


como se não estivesse aqui? — Eu quis saber, farta e
apavorada.

Nestor ficou imóvel, suas sobrancelhas arqueadas


juntas e ele me lançou um olhar tão feroz que me fez sentir
como se momentos antes eu não estivesse realmente com
medo.

Agora eu estava com medo.

— O que ela disse? — Ele perguntou a Stephanie em


um sussurro enfurecido, mas seus olhos nunca me deixaram.

— Parece que Magnus acabou de eleger a menina


Warrington, — Stephanie disse a ele, em vez de responder à
sua pergunta. — Se você não se mover rápido, Nestor, a
única que sobrar será a Howard.

A cabeça de Nestor virou e nós assistimos um vampiro


com cabelo castanho escuro que conduzia uma muito bonita
e um pouco menos desesperadamente vestida Não-Iniciada
subir as escadas.

— Puta que pariu, — Nestor murmurou, lançou um


olhar para Stephanie, me varreu de cima a baixo com seus
olhos cinzentos e então ele se afastou.

35
— Cuzão, — Stephanie murmurou.

— Um, você quer me dizer o que foi tudo isso? —


Perguntei.

Stephanie pegou meu braço em sua mão e me moveu


para o quarto o tempo todo falando em voz baixa.

— A primeira parte, eu vou deixar Lucien explicar-lhe


se ele desejar. A última, você deve saber. Você obviamente
não foi ensinada, mas eu suspeito que sua mãe lhe deu
algumas instruções. Eu não sei se você está ignorando-as ou
tem um desejo de morte. — Ela parou e se virou para mim,
nós éramos da mesma altura e seus olhos nivelados nos
meus. O dela era sério. — Nunca desrespeite um vampiro,
Leah. Cosmo e eu, hoje à noite, sem problema. Lucien,
nunca. Nunca desrespeite Lucien. Depois de fazer o seu
estudo, Cosmo e eu não vamos ser pacientes com isso
também. Você precisa saber isso. E hoje à noite qualquer
vampiro que se aproxime de você, você trata com respeito. É
importante, para a sua mãe, sua família, o legado de seu
passado familiar e presente e, acima de tudo, é importante
para Lucien.

Eu tinha que admitir que estava ficando mais do que


um pouco cansada dessa coisa com Lucien. Principalmente
não saber o que diabos todo mundo estava falando e,
especialmente agora que eu tinha posto os olhos em cima
dele.

36
No entanto, não era estúpida. Stephanie estava falando
sério, também estava sendo realista. Ela não estava tentando
me assustar, estava me dizendo como era. Ela estava
tentando me proteger. Mesmo que ela fosse um vampiro, eu
decidi não jogar isso de volta em seu rosto. Eu poderia ser
um monte de coisas, mas eu não era uma pessoa que faria
isso.

— Agora eu vou apresentá-la a um dos meus velhos


concubinas, — ela me disse de volta com uma voz simpática e
alegre.

Ela levou-me a um homem que devia ter 70 anos de


idade e, acrescentarei, Stephanie parecia ter cerca de vinte e
cinco anos, mas ele era fantástico, ainda belo aos 70 anos de
idade, mais bonito que o outro homem de trinta e poucos
anos. O mais jovem era o único homem na sala vestindo um
laço vermelho.

Um laço vermelho sangue. Outro Não-Iniciado. Um


macho.

Uau.

Eu tentei ser legal, mesmo que isso era algo que a


minha mãe não tinha compartilhado comigo.

Era óbvio Stephanie gostava de ambos os homens. Eles


riram, conversaram, eles me chamaram para a conversa.

Depois nos despedimos, Stephanie me levou embora e


eu disse:

37
— Eu não sabia que havia concubinas do sexo
masculino.

— Não havia, — Stephanie respondeu. — Mas eu


pressionei o Domínio, o que significa que eu reclamei e gemi
muito à cento e cinquenta anos atrás, eles recrutaram
homens, graças a Cristo. — Ela virou-se para mim, arrancou
minha taça de champanhe vazia da minha mão e trocou-a
por uma cheia da bandeja de um garçom que passava. —
Sem ofensa. — Ela sorriu enquanto ela me deu o meu novo
copo.

— Sem ofensa? — Perguntei.

Ela ainda estava sorrindo quando ela disse:

— As meninas sabem bem. Meninos sabem muito


melhor.

— Oh, — eu sussurrei, olhando para o chão e voltando


a ser virada para fora por todo esse negócio.

— Não é surpresa que um monte de vampiros do sexo


feminino ficou muito satisfeito com os novos recrutas.
Também não é de surpreender que também alguns machos.
— Ela riu e o som era tão bonito quanto ela. Tanto é assim,
eu levantei meus olhos para ela quando ela continuou: —
Embora, algumas mulheres ainda preferem as suas meninas.
É a maneira do mundo, não?

Eu balancei a cabeça, porque era, de fato.

38
Assustadoramente, eu tinha que admitir, eu gostava
dela. Por isso, cheguei mais perto para lhe dizer alguma
coisa. Algo que eu não tinha, até aquele momento, admitido a
mim mesma.

— Alguma coisa está errada, — eu sussurrei e ela ficou


tensa.

— O quê? — Perguntou ela.

Eu balancei a cabeça e olhei em volta.

Então eu peguei os olhos.

— Eu não sei. Eu me sinto estranha. — E eu me sentia.

Após Nestor me deixar...

Não, foi antes disso. Depois de que Lucien chegou,


aconteceu. Não foi as coisas suas mãos na garganta e no
coração. Era outra coisa. Algo que puxou as bordas da minha
consciência. Algo que me fazia sentir estranha, como se
estivesse drogado.

Olhei para o meu champanhe.

— Eu acho que eu fui drogada, — eu respirei.

A rigidez deixou seu corpo, seu rosto ficou mole e ela


chegou perto.

— Você não foi drogada, Leah.

— Eu não fui?

39
— Não, você não foi. Ele está rastreando você.

Pisquei depois fiquei rígida.

— O quê? Quem?

— Lucien, — foi tudo o que ela disse.

Meus olhos voaram ao redor da sala. Não foi difícil


localizá-lo. Ele estava de pé, conversando com dois homens e
uma mulher.

Mas seus olhos negros estavam em mim.

— Me Rastreamento? — Eu sussurrei, olhando


diretamente para aqueles olhos.

Sim, bichinho. Rastreando você. Marcando você. Minha.

Larguei minha taça de champanhe.

Em um lampejo de movimento que não consegui


observar, a mão de Stephanie disparou e pegou o copo antes
de cair para o tapete.

Essas palavras, pronunciadas com uma voz profunda,


gutural, não soaram em voz alta, mas na minha cabeça.

— Oh meu Deus, — eu ainda estava sussurrando.

— Sim, querida, acompanhando você. — A voz de


Stephanie soava divertida e eu rasguei meus olhos de Lucien
e olhei para ela. No minuto em que eu fiz ela sorriu. — Oh,
Leah, é bom. Quando digo isso, quero dizer que é bom. As

40
mulheres Buchanan apontaram para Lucien durante séculos.
Todo mundo aponta para ele. O mais perto que chegaram foi
a Cosmo e sua mãe teve-o, — ela fez uma pausa, em seguida,
deu um sorriso insolente, — e, é claro, a mim. — Ela riu e
disse: — Você não tem que ficar assustada.

— Ele só... Stephanie, ele só... — gaguejei em seguida,


ouvi mais palavras na minha cabeça.

Não, Leah. Não diga a ela.

Minha boca se fechou. Eu não a quis calar; ela só fez o


que lhe foi dito.

Oh meu Deus, eu repeti na minha cabeça, o pânico me


oprimindo.

Relaxe, bichinho. Ele falou de novo, também em minha


cabeça.

Me deixe em paz! Eu gritei, sim, mais uma vez, na


minha cabeça.

Ouvi sua risada não com meus ouvidos. Era ainda


mais bonita do que da Stephanie. Era tão bonita, era
fascinante. E não foi apenas um riso divertido, soou um
pouco surpreso, um pouco expectante, até mesmo, eu podia
sentir, um pouco excitado.

Que diabos?

— Eu posso ouvi-lo, — disse Stephanie baixinho, me


arrancando de minha conversa não-verbal. — E vê-lo, — ela

41
continuou e eu olhava para ela. — Ele marcou você a cada
movimento. Mesmo o menor movimento que você fez, Leah,
ele marcou. Seu coração está batendo em conjunto exato com
o seu. Todo mundo sabe, todo vampiro, todos eles podem
ouvi-lo, vê-lo, senti-lo. — Sua voz ficou mais suave,
transformando-se em reverencial. — Ninguém pode fazer isso
como Lucien. É lindo.

Ela não estava falando dele falando na minha cabeça.


Ela estava explicando o que significava rastreamento.

Ainda assim, eu estava presa em outro ponto.

— Seu coração está batendo? — Eu perguntei a ela.

Ela assentiu com a cabeça em outro sorriso.

— Você tem muito para aprender, querida.

Fiquei tão chocada com essa notícia eu esqueci que um


vampiro em uma sala lotada estava falando na minha cabeça.

— Os corações dos vampiros não batem, — disse eu a


Stephanie estupidamente, como ela tinha um, ela deveria
saber.

— Oh sim, eles fazem. Você vai ver, — ela cantarolou,


agarrando minha mão me movendo, indo na direção de
Lucien. — Eu não sei o que ele está jogando, mas o suficiente
é o suficiente. Estou com fome.

Ela estava nos movendo em direção a Lucien.

42
Não. Realmente, realmente, não.

Eu arrastei meus pés e sussurrei:

— O que você está fazendo?

Ela não respondeu à minha pergunta, em vez disso ela


disse:

— Eu acho que ele está te mostrando. É um caminho


que normalmente é bastante interessante, mas agora é chato.
Estou cansada de jogar de guarda-costas. Mais uma vez, sem
ofensa, mas eu quero começar o Reed essa noite. — Seus
dedos deram a meu braço um aperto carinhoso e sua força
não me permitiu arrastar os meus pés, me fez andar sempre
para a frente.

Eu puxei meu braço. Seus dedos me deram outro


aperto, um aperto diferente, me dizendo que eu não iria fugir.

Eu tentei algo diferente.

— Ouça, Stephanie, eu não quero ser selecionada esta


noite.

— Sem chance de isso não acontecer, — ela disse-me


feliz quando me puxou para mais perto.

Parei de falar quando eu olhei para Lucien. Seus olhos


estavam novamente trancados em mim, me marcando, como
disse Stephanie e, finalmente, eu entendi.

43
Eram possessivos, declarando propriedade, resumindo,
eu era sua. Eu podia ver isso, mesmo à distância.

Eu poderia até senti-lo.

Outros observavam, balançando seus olhares entre ele


e eu.

Meu coração começou a bater ainda mais depressa as


pessoas com quem ele estava de pé notaram a nossa
presença e deram um passo para o lado, abrindo um
caminho para ele.

Não! Não, não, não, não! Minha mente gritou, os olhos


novamente trancados nos seus.

Sim, ele disse na minha cabeça.

Sério, pare de fazer isso! Meu cérebro gritou com ele.

Ouvi outra risada na minha cabeça.

Fiz uma careta para ele.

Ele começou a rir, desta vez não na minha cabeça, mas


em voz alta.

Por esse motivo, todos aqueles ao seu redor, sem


saberem o motivo aparente olharam para ele, atordoados.
Mas eu sabia o motivo.

Minha carranca foi acompanhada por meu nariz


enrugando em irritação.

44
Ele balançou a cabeça, um sorriso ainda estava em sua
boca bonita.

Stephanie me trouxe e me colocou bem na frente dele.

Ele era mais alto do que parecia de longe, maior, mais


poderoso, completamente irresistível. Ele me fez sentir
pequena.

Eu não era pequena, não por qualquer trecho da


imaginação. Eu tinha 1,79 metros, mais de 1,82 em meus
sapatos vermelho sangue. Eu usava um sutiã taça C. Minha
bunda era a minha inimiga, ela sempre tinha sido. Era
completamente impermeável a cada dieta conhecida pelo
homem.

Um indivíduo, normal, médio não poderia me pegar,


não mais do que um par de segundos de qualquer maneira.

Este homem, mesmo que ele não fosse um vampiro,


poderia ter feito isso. Sem dúvida.

Eu me senti frágil perto dele. Quebrável. Delicada.

Todas as conversas na sala tinham morrido de novo.

A sala inteira ficou em silêncio. Todo mundo estava


assistindo.

Eu abri minha boca para dizer algo, algo provavelmente


insensato, quando Stephanie falou.

— Lucien... — ela começou, a voz impaciente.

45
Ele a cortou, com os olhos presos nos meus, ele não
esboçou nenhum movimento, nem sequer disse um Olá.

Em vez disso, sua voz profunda, forte, gutural


anunciou em voz alta:

— Eu declaro minhas intenções.

Oh merda.

— Obrigado, Deus, — minha mãe respirava


alegremente atrás de mim.

46
Capítulo Dois

O Contrato

— Saiam, — Lucien resmungou.

Isso não estava indo bem e ele não gostou.

Leah olhou para ele.

Sua mãe, Lydia, olhou com horror, com o


comportamento de sua filha ou quebra da tradição de Lucien,
ele não sabia. Ele também não se importou.

Cosmo, que estava sorrindo até o momento que Lucien


resmungou, agora franziu a testa com preocupação.

Avery se adiantou.

— Lucien, você conhece a lei. Você precisa do


consentimento. Seu segundo deve estar presente como deve
estar o Distinto dos não-iniciados. Mesmo você não pode… —
Avery começou.

Lucien ergueu a mão e Avery parou de falar.

Ele sabia. Ele vivia este pesadelo há 500 anos. Ele bem
sabia.

47
Isso era algo sobre o qual ele também não se
importava.

— Vá, — Lucien entre dentes.

— Lucien, não faça isso, — Cosmo implorou.

Lucien baixou a voz para um estrondo perigoso.

— Agora.

Houve uma hesitação antes de Avery, como sempre,


jogar como diplomata.

Olhando para os ocupantes da sala, Avery disse em um


sussurro:

— Não há um caminho. Ninguém precisa saber,


Cosmo. Isso não sai desta sala.

— Eu não gosto disso, — Cosmo respondeu a Avery.

— Lucien, deixe-me falar com ela, — Lydia se declarou,


com a mão vindo em sua direção.

— Eu não vou dizer isso de novo, — Lucien rosnou.

Com isso, eles sabiam que tinham tentado a sua


paciência, eles sabiam o que isso significava e sem mais
hesitações todos eles se moveram para sair.

Incluindo Leah.

— Não, — ele exigiu e todos se viraram.

48
— O quê? — Perguntou Leah, sua voz suave, doce de
ralar em seus nervos.

— Não você. Você fica.

Seus olhos correram para os da sua mãe, Cosmo, Avery


depois voltando para os de Lucien.

— Mas eu pensei…

— Venha aqui, — Lucien ordenou, cortando suas


palavras enquanto os outros de forma rápida e silenciosa
saiam do quarto.

Ela não fez como ele mandou. Em vez disso, ela olhou
para a porta fechada em confusão.

Na verdade, desde que ela pisou no quarto do Contrato


ela não tinha feito uma única coisa que ele tinha ordenado.

Não era apenas a sua voz que o estava irritando, era


tudo sobre ela.

Ele esperava desfrutar disto. Ele não teve um desafio


em 500 anos.

Ele não estava gostando disso.

— Leah, — ele chamou sua voz tão tensa como a


paciência.

Sua cabeça girou.

— O quê? — Ela perguntou abruptamente.

49
Ele sentiu seu corpo ficar tenso, mais o desejo de
ensinar-lhe o respeito que lhe era devido.

Em vez de agir sobre esse desejo, ele avisou em voz


baixa,

— Nunca mais fale comigo desse jeito.

Ela olhou para ele, a confusão em guerra com o medo


em seu rosto, um outro olhar que não tinha visto em muito
tempo. Um olhar que ele gostava, um olhar que ele perdeu,
um olhar que ele desejava.

Isso apaziguou sua ira. Não toda, mas o suficiente.

— Eu não entendo, — disse ela, o mesmo medo e


confusão em sua voz e ele sentiu agitar seu sangue.

Especialmente o medo.

Cada concubina queria ser selecionada. Isso servia a


um propósito, mas também erradicava a perseguição, a
captura, a domesticação.

Tudo o que Lucien também gostava, perdeu e mais


seguramente ansiava.

Seu medo era tão delicioso quanto o rosto, o cabelo, os


olhos, os seios, a bunda, sua merda de cheiro que
praticamente o trouxe de joelhos no minuto em que tinha
entrado na seleção e o sentiu.

50
Tal como tinha feito na primeira vez em que a viu,
cheirou-a, anos atrás, depois que ele havia marcado Leah
Buchanan como sua. Todo mundo sabia disso, eles souberam
durante décadas.

Exceto, é claro, Leah.

Ela continuou falando.

— Eu pensei que se eu recusasse o seu contrato de


sangue que eu estava livre para ir.

Lucien puxou uma respiração calmante.

Ele não conseguiu acalmá-la, no entanto sua voz


soando menos impaciente quando ele explicou:

— Se Nestor houvesse declarado sua intenção. Sim.


Magnus? Sim. Hamish? O mesmo. Qualquer um deles, — ele
fez uma pausa, apontando para a porta com a mão para
indicar a seleção antes de ele terminar, — Eu? Não.

— Por que não você? — Ela perguntou.

— Porque eu quero você.

— Mas eu não quero você.

— Isso não importa. Você é minha.

Ela piscou, então se reuniram,

— Mas, mamãe disse que as regras são absolutas.


Ninguém pode quebrá-las. Nunca.

51
— Eu não sou ninguém.

Sua cabeça se sacudiu com surpresa.

— Quem é você?

— Eu sou o seu mestre.

Agora ela começou a olhar com raiva.

— Ninguém é, meu mestre.

— Eu sou.

Ela olhou para ele, a raiva substituindo o medo, as


mãos fechadas em punhos e ela se inclinou em direção a ele
antes que ela declarasse:

— Você. Não. É.

Ele tinha o suficiente.

Venha aqui, Leah.

Imediatamente ela moveu-se para ele. Lucien viu como


a raiva desapareceu e a confusão voltou.

Assim fez o medo. Uma grande parte dela.

Tanto o quarto cheirava a ele. É misturado com o


cheiro dela. Ele tinha o desejo proibido de pegá-la em seus
braços, rasgar a sua garganta, ao mesmo tempo, arrancar as
roupas dela e enterrar seu pênis tão profundamente, que ele
sentiria seus próprios impulsos quando seu sangue se
derramava em sua boca.

52
— Pare de fazer isso, — ela sussurrou enquanto ela
parou a menos de um pé dele.

Silêncio, ele exigiu e sua boca se fechou. Melhor, ele


disse a ela. Ela olhou para ele, com as mãos novamente em
seu lado, mas ela não se moveu para longe dele. Ela estava se
esforçando para fazê-lo, mas não podia. Ele não estava
permitindo.

Não importava, ela lutou contra ele. Ele gostava disso.

Dê-me sua mão.

Ela levantou a mão para ele e assistiu-o se mover,


horror e raiva em seus olhos.

Ele se virou, seus dedos enrolando ao redor do punhal


afiado que foi uma das quatro coisas sobre a mesa de brilhar,
oval próxima a ele.

Houve também o seu contrato, tão grande como um


cartaz, o pergaminho do marfim, pequenas palavras
caligrafadas desde o topo até perto do fundo. Havia apenas
um centímetro de espaço para as suas assinaturas. Todas
eram palavras que declaravam seu sangue como dele, dando-
lhe direitos de alimentação e em troca ele iria cuidar dela,
não através da duração do convênio, mas até que ela desse
seu último suspiro nesta terra.

O que ela não sabia, Cosmo não sabia, a mãe não


sabia, mas Avery sabia era que Lucien tinha o antigo acordo
dos 500 anos alterado.

53
Na entrada do quarto, ela se sentou e ler cada palavra,
algo que nem uma única concubina que ele selecionou em
500 anos tinha feito. Ela não tinha nenhuma maneira de
saber as mudanças que ele havia encomendado a Avery para
fazer ou ela não iria saber até que terminasse os seus
estudos. Ele tinha planejado isso e estava preparado para as
consequências.

Apesar disso, ou provável, porque, depois que ela


terminasse de lê-lo, com o rosto pálido, com os olhos
ardentes, ela jogou-o sobre a mesa, pegou o olhar de Lucien e
anunciou:

— Nunca na vida.

Assim começaram as demandas de Lucien,


implorarações de sua mãe, risadas de Cosmo e sorriso de
Avery.

Sem mencionar a irritação de Lucien.

Também sobre a mesa estava a pena e a Bacia Unir,


uma pequena, placa oval de cristal que estava assentado
sobre quatro pés minúsculos cristais pela pena.

Tanto que, Lucien decidiu, eles seriam usados agora.

A mão de Lucien ergueu a dela e os dedos em torno


dele. Ele forçou seu dedo indicador em linha reta e ela lutou
contra isso também. Ela sabia que nunca iria ganhar, mas
ela fez isso de qualquer maneira.

54
Ele finalmente disse.

— Continue lutando, meu bichinho, eu gosto.

Ela parou de lutar imediatamente.

Ele sorriu para ela. Ela fez uma careta para ele.

Ele levantou a adaga para perfurar o dedo, mas parou e


olhou para ela. Seus olhos voaram de seu dedo para os seus.

Ele podia ver a súplica.

Sim, ele estava gostando disso.

Ele deixou cair o punhal sobre a mesa.

Ele sentiu seu alívio atingir o quarto. Seu coração


começou a bater descontroladamente, tropeçando em si
mesmo. Agora ele começava a desacelerar.

Seus olhos se moveram para os dela quando ele


levantou a mão para a boca, o dedo ainda forçado pelo seu
polegar.

Ele sentiu o corpo tenso, o medo invadir, com o coração


pegando o ritmo enquanto a mão resistia à sua subida.

Ela era magnífica.

Não! Ela chorou em seu cérebro.

Ele abriu a boca, pôs o dedo nos lábios e sugou-o para


dentro. Ela ficou completamente imóvel e seus olhos caíram
para a boca.

55
Com esforço, ele lutou contra a excitação que sentiu no
seu primeiro gosto dela e a direção de seu olhar.

Cristo, ela tem um gosto bom para caralho.

Ele usou um único dente para rasgar a ponta de seu


dedo.

Meu Deus! Ela respirou em sua mente quando sentiu a


breve dor.

Ele estava errado, sua pele saboreava agradável, mas


seu sangue era glorioso.

Com pesar ele extraiu o dedo da boca, empurrou a mão


para uma extremidade da Bacia Juntando e pressionou
algumas gotas de sangue do ferimento na bacia.

Ela resistiu a isso também e Lucien achou isso


surpreendente. Ela sabia que não podia ganhar. Ele tinha-a
presa com sua mente e mesmo que ele não fizesse, ela nunca
poderia dominá-lo fisicamente.

Ele descobriu que gostava dela teimosa quando ele a


tinha em seu comando.

Foi quando ele não achou chato.

Quando ele terminou, ele voltou seu dedo aos lábios e


sua língua saiu, atacando o corte. A hemorragia parou
imediatamente. Através de sua saliva na ferida seria curada
dentro de uma hora.

56
Ele soltou a mão dela, mas exigiu, mergulhe a pena em
seu sangue e assine o contrato.

Seu corpo estremeceu, tensa e, ele ficou intrigado ao


ver, que ela hesitou um segundo antes dela fazer como lhe foi
dito. Ele observou enquanto ela fazia isso, o rosto pálido, seu
corpo tremia.

Ela poderia lutar contra o encantamento?

Era, ele sabia, impossível. No entanto, se pudesse, ela


seria ainda mais divertida.

Ela colocou a pena para baixo e se virou para ele.

Te odeio.

Ele colocou uma mão em seu pescoço, o polegar


descansando ao longo de sua jugular, seu coração batendo
fortemente contra a sua pele e em seus ouvidos.

— Isso não vai durar muito tempo, bichinho, —


garantiu ele.

Não me chame de seu bichinho.

— Você é o meu bichinho.

Ela torceu o nariz para ele, que serviu para comunicar


sua irritação e repugnância. No entanto, ele achou adorável.

Até que ela fez isso na seleção, ninguém lhe tinha


respondido tão impertinente enquanto ele estava se

57
comunicando não-verbalmente. Ele tinha sido surpreendido e
agradado, ela tinha essa habilidade até então desconhecida.

Isso tornaria as coisas mais interessantes. Inferno, do


que já era.

Ele virou-se para a mesa, pegou o punhal e furou o


próprio dedo. Percorrendo os mesmos movimentos que ela
tinha feito, ele assinou o contrato.

Depois de concluído, ele usou a ponta do punhal para


misturar seu sangue no prato enquanto ela estava tremendo
ao lado dele.

Mudou-se para ela e seu corpo ficou tenso.

— Você não pode lutar contra isso, Leah.

Isso não pode ser legal, ela retrucou.

Ela estava certa. Não era absolutamente. Se alguém


soubesse que ele tinha forçado sua assinatura através do
encantamento, ele seria punido. Ou eles iam tentar puni-lo.

Eles não teriam sucesso, é claro. Eles teriam que matá-


lo primeiro.

Ela, ele sabia, sem dúvida, iria valer a pena qualquer


risco.

Ele posicionou-a na frente dele, um de seus braços


indo ao redor de sua cintura, segurando-a com força contra

58
seu peito e estômago. Seu doce traseiro pressionado nas suas
coxas.

Sentindo seu corpo suave contra o seu duro, ele sabia


que seria uma longa semana de espera para o derramamento
de sangue.

Ele chegou na frente e pegou a pena e ele mergulhou-o


em seu sangue combinado.

Pegue minha mão na sua, ele ordenou.

Ela fez o que lhe foi dito.

Juntos, eles escreveram a palavra Ligação entre seus


nomes em seu sangue misturado.

Estava feito. Ela era sua.

Triunfo passou por dele.

Ele não sentia isso há muito tempo e ele achou o


melhor de todos.

Seu braço ficou tenso ao longo de sua cintura


enquanto ele empurrou o rosto em seu pescoço, sentindo o
cheiro de sua pele, seu cabelo, o perfume que ela não
precisava, ouvindo o cantar do sangue quente e úmido em
suas veias. Ele ouviu o movimento da respiração dela em um
suspiro e sabia que ele estava usando muita força.

Ele manteve-a presa a ele e não a soltou.

Minha, declarou.

59
Nunca, ela voltou.

Sua boca se moveu para seu ouvido e murmurou:

— Vamos ver.

Ele sentiu-a tremer.

Em seguida, ele libertou sua mente e seu corpo de seu


controle.

Sentiu-o imediatamente, se virou em seu braço para


olhar para ele por um momento antes de se soltar e correr
diretamente da sala.

60
Capítulo Três

A Sangria

Eu estava na janela olhando para a noite.

O céu estava livre de nuvens, a lua cheia, o brilho da


geada, o jardim imaculado escuro abaixo de uma forma que
era apropriadamente assustador.

Meus olhos se moviam a partir do jardim e eu peguei o


meu reflexo no vidro.

Eu parecia uma idiota.

Eu estava vestindo uma camisola rosa pálido, simples,


sem adornos de renda ou qualquer outro adereço. Era na
altura do tornozelo, tinha aberturas de ambos os lados todo o
caminho até meus quadris com alças finas segurando o
corpete e as costas sob meus ombros entre um V. profundo e
exposto.

Uma estranha mulher chamada Edwina tinha chegado


para fazer meu cabelo e maquiagem. Ela tinha sido tranquila
e atenta, mas sorrindo e obviamente animada como se eu
estivesse prestes a ser coroada rainha do mundo.

61
Deixei que ela fizesse o que tinha a fazer e fiquei quieta
demais. Eu tinha muito em minha mente.

Eu não deveria ter ficado quieta. Ela me deu muita


forma ao cabelo. Ela também me deu muita, muita
maquiagem.

Eu, em breve, iria ter a minha garganta aberta pelos


dentes da porra do vampiro, ele ia chupar meu sangue e, em
seguida, eu iria para sua casa como sua companheira.

Por que toda essa confusão?

Após a seleção eu disse à minha mãe o que aconteceu


no quarto contrato e exigi que ela entrasse em contato com o
Domínio Vampiro e reclamasse do contrato.

Na primeira, ela parecia abalada. Em seguida, ela


chamou minhas tias. Minhas tias chamaram a minha irmã,
mas, surpreendentemente, não os meus primos.

Elas tiveram uma reunião e eu não fui convidada, o


que me deixou fula.

Em seguida, elas entraram em contato com o Domínio,


mas não para reclamar do contrato, para obter uma cópia do
mesmo.

Como era meu e meu direito, o recebemos. Avery


entregou pessoalmente. As portas fechadas, sem me ter lá,
elas leram por horas.

Ok, mais uma hora, mas parecia um milhão delas.

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Minha irmã saiu primeiro, com o rosto pálido, os olhos
chocados. Ela não disse uma única palavra e em seguida
saiu. Isto foi surpreendente. Lana era tagarela. Ela poderia
queimar a orelha de uma pessoa de tanto falar. Eu acho que
não era mesmo dela não dizer uma única palavra.

Isso não era um bom sinal.

Minha tia Kate saiu depois. Por alguma razão, ela


parecia chocada também, mas determinada. A mais antiga
das quatro matriarcas Buchanan, como a tradição enraizada
em mim há quatro décadas, ela tinha a palavra final. Eu só
não gostei da palavra final.

Foi esta:

— Você vai respeitar o contrato.

— O quê? — Eu gritei.

— Todo ele, — ela voltou. Então, sem mais uma


palavra, como se ela estivesse com medo de que essas
palavras poderiam ser e eu juro que tia Kate não tinha medo
de nada, ela saiu.

Assim como Millicent e Nadia.

Minha mãe estava diante de mim e eu exigi,

— Elas não podem estar falando sério.

— Se você for contra nós, você será banida de nossa


família, — minha mãe respondeu suavemente tentando tirar

63
o ferrão de suas palavras terríveis. — Se você for contra
Lucien, com aquele contrato assinado, ele vai ter certos
direitos, Leah. Direitos que você não vai querer que ele
invoque. Direitos, que eu tenho a certeza que ele invocará.

— E esses serão? — Eu bati, cansada dos segredos e


não interessada em ir para os meus estudos Vampíricos até o
dia seguinte. Estudos vampíricos, eram dois dias de aprender
todas as coisas de vampiros e todas as coisas de concubina,
algo que eu não estava ansiosa em fazer, nem naquele
momento, tinha intenção de fazer.

— Ele tem permissão para caçá-la e quando ele


encontrar você, o que ele irá, ele está autorizado a fazer o que
ele quiser, — respondeu a mãe.

— E ‘o que ele quiser’ significa sugar o meu sangue,


que é exatamente o que o contrato permite que ele faça, entre
outras coisas.

Ela empalideceu com as minhas palavras, algo que eu


não poderia colocar o dedo sobre não estar bem atrás de seus
olhos, mas suas próximas palavras forçaram a minha
atenção noutro lugar.

— Alimentar, sim, e não parar.

— Desculpe? — Perguntei.

— Ele tem todo o direito de se alimentar e não parar.


Como sua concubina disposta, ele tem permissão para se
alimentar. Uma vez que ele te inicia e você se acostume com a

64
alimentação, ele pode fazê-lo quando e quantas vezes ele
desejar. Mas ele deve parar, não apenas antes que ele te mate
você, mas antes que ele indevidamente enfraqueça você. Se
você desafiar esse contrato, ele pode caçar você e pode se
alimentar de você até que você esteja morta.

Eu não tinha nada a dizer sobre isso porque era


absolutamente aterrorizante.

Lucien me caçar e sugar o sangue para fora do meu


corpo até que eu estivesse morta.

Ele faria isso. Se eu o desafiasse, o bastardo não só


faria-o, ele iria adorar cada minuto disso.

— Isso nunca aconteceu. Nem uma vez. Não em 500


anos: — Mamãe me informou, chegou mais perto e segurou
minhas mãos, as duas, com fervor apertando-as em suas
próprias. — Não faças que a primeira seja uma Buchanan.
Por favor, não, — ela me implorou. — Nosso nome é
impecável. Temos as mais altas Seleções, os acordos mais
longos. A vergonha que você criaria significaria que nenhum
vampiro iria se associar conosco por anos, décadas, talvez
nunca. Sua irmã seria liberada e isso iria devastá-la. Rafe a
adora. Ele não perdeu o gosto por ela. Ela está preparada
para desafiar a minha realização. Suas primas seriam
liberadas também. E suas primas não vieram para as suas
Seleções ainda..., mas elas querem, Leah... pense nelas.

— Eu não posso acreditar que você está pedindo isso


de mim, — eu sussurrei, e eu não podia.

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Foi horroroso. Tudo isso.

As mãos dela deram às minhas um aperto.

— Você não entende. Vá para os seus estudos, você vai


aprender. Vai para Lucien. Ele vai ser bom para você, Leah.
Depois que ele iniciar você, eu prometo, você vai entender.

— Quem é esse cara? — Perguntei.

— Ele é Lucien, — ela respondeu, como se isso dissesse


tudo.

— Eu acho que preciso de mais informações.

Ela concordou, mas disse:

— E eu vou dar-lhe mais, depois dos seus estudos,


após o primeiro derramamento de sangue, quando você
entender. Então eu vou te dizer sobre Lucien.

— Por que depois?

— Primeiro, você deve entender. — Ela apertou minhas


mãos novamente. — Eu não tenho nenhuma dúvida de que
ele vai fazer você entender. Depois disso, — ela sorriu, — você
pode até não se importar.

Eu duvidava disso. Eu duvidava que agora, de pé nesta


sala bonita, o meu quarto bonito, na minha nova casa bonita,
um quarto (e uma casa) que o Bastardo Vampiro Lucien tinha
fornecido para mim.

Eu o odiava com todo o meu coração batendo.

66
Com esse pensamento, a porta se abriu. Virei-me para
ele e quando eu terminei o meu giro, eu o vi fechar a porta.

Eu não o tinha visto em uma semana.

Ele estava novamente vestindo um terno escuro com


uma camisa escura aberta no pescoço. Seus olhos nunca me
deixaram quando ele atravessou a sala para uma
espreguiçadeira onde ele tirou a jaqueta e jogou-a no lounge.

Com os olhos ainda em mim, ele caminhou até o lado


da cama onde ele parou, levantou-se e disse:

— Venha aqui, Leah.

Mais uma vez, eu notei, ele nem sequer dizer ‘Olá’.

Eu não reclamei com a falta de saudação. Nem eu o


cumprimentei.

Eu andei em direção a ele.

Não porque eu não tinha controle sobre meu próprio


corpo. Isso tinha sido muito humilhante para aguentar
novamente.

Mas porque eu não tinha escolha.

O que era uma merda.

Ele era tão grande e esmagador como eu me lembrava.


Mais do que isso, neste quarto menor comigo sem sapatos.

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Seus olhos eram mais intensos também. Muito mais
intensos. Assustadoramente mais intensos.

Parei na frente dele e inclinei a cabeça para trás para


olhar para ele. Eu não o conhecia de todo, mas ele parecia
estranhamente desapontado.

Eu percebi o porquê quando ele falou.

— Não está se sentindo teimosa, esta noite?

Eu era teimosa todas as noites. E todos os dias neste


assunto. Eu só não era estúpida.

— Minha mãe diz que, se eu correr e quebrar o


contrato, você pode me caçar e me matar.

Sua cabeça inclinou ligeiramente para o lado.

Então ele disse um pouco hesitante,

— Isso é certo.

— Bem, mesmo que os próximos tempos com você vão


feder, eu meio que gosto de respirar e eu definitivamente não
quero que você comece seu plano de tomar minha vida, por
isso, não. Não estou me sentindo teimosa. — Eu inclinei a
cabeça para trás, expondo minha garganta, enrijecendo meu
corpo e não graciosamente convidativo, — Tome-o.

Esperei um pouco em pânico e, definitivamente, com


medo, de ser dilacerada.

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Em vez disso, eu ouvi sua rica gargalhada antes que eu
me encontrasse em seu colo.

Está certo. Um segundo eu estava com um pé na frente


dele oferecendo-lhe meu sangue como tábua de salvação. A
seguir (ou talvez meio segundo depois), ele estava sentado e
eu estava em seu colo, um de seus braços apertados ao redor
da minha frente e quadril, o outro forte ao longo da minha
coluna entre meus ombros, seus dedos em meu cabelo. Meu
tronco foi pressionado para o calor surpreendente do seu, os
meus braços esmagados em meus lados.

Seu rosto estava em meu pescoço e ele ainda estava


rindo.

Ele fez isso por um tempo. Sentei-me duro em seu colo,


enquanto ele fez.

Em seguida, mudou-se com a cabeça, a boca foi para


minha orelha e murmurou,

— Eu sabia que você ia ser divertida.

— Eu não estou tentando ser divertida, — disse para a


parede atrás dele com veracidade total.

Ele gentilmente puxou meu cabelo para puxar minha


cabeça para trás e levantou seu próprio rosto para mim.

— Eu sei. É por isso que você é divertida.

Eu olhei. Ele sorriu.

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Ele parecia bom sorrindo ou devo dizer, ainda melhor,
então eu suspirei.

— Podemos acabar com isso, por favor?

Seus olhos percorreram meu rosto e cabelo.

— Isso é tudo para mim?

— O quê?

Seu braço veio ao redor da minha frente e sua mão


apontou para minha cabeça. Uma mão, eu poderia
acrescentar, que era tão atraente quanto ele, todo o dedo
longo e afilados com veias fortes, realmente, não era justo.

— O quê? — Eu repeti, ainda sem saber o que ele


estava falando.

— Você é muito mais bonita sem todo esse lixo.

Eu o ignorei me chamando de bonita. Ele não ia ser um


dominador estupido, me dizendo que ele era o meu mestre
num encontro e, em seguida, me encantando por me chamar
de linda.

— Ou você está tentando me desligar? — Perguntou.

— Você quer dizer o cabelo e maquiagem?

— Sim.

Isso realmente me confundiu, tanto assim que não


guardei a minha resposta.

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— Sua senhora fez isso.

— Minha senhora?

— Edwina. Ela veio mais cedo e fez isso. Eu pensei que


era parte do negócio.

— Edwina, — ele murmurou, com um sorriso puxando


os cantos de sua boca, — muitas boas intenções, sem sentido
de estica.

— Desculpe?

Seus olhos focados nos meus.

— Leah, Edwina é a sua governanta. Ela não é a sua


servente de quarto. Faça o que quiser com o seu cabelo e seu
rosto. — Ele fez uma pausa e disse: — Ou, devo dizer, fazer o
que eu quiser com o seu cabelo e seu rosto, o que significa
não mais disso.

Eu decidi imediatamente que Edwina ia fazer meu


cabelo e maquiagem cada vez que ele viesse.

Ele deve ter lido minha mente, porque ele caiu na


gargalhada. Ele fez isso quando ele me pegou em seus braços
novamente, me puxando para perto de seu peito e
empurrando o rosto no meu pescoço para que sua barba que
formigava, indesejavelmente (mas também não desagradável),
ao longo da minha pele.

— Estou tão feliz que você está tendo um bom


momento, — eu resmunguei para a parede.

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— Eu também estou. Obrigado. — Sua gratidão foi
também expressa contra a pele no meu pescoço em um
humor seco que só o fez rir.

— Será que isso vai levar a noite toda? — Eu ficava


resmungando.

Sua boca passou de meu pescoço para minha orelha,


onde ele murmurou,

— Impaciente.

Pela primeira vez na minha vida eu não estava. Não


realmente. Havia dois bilhões e cinco outras coisas que eu
preferiria estar fazendo. No entanto, uma vez que esta foi a
minha única escolha, eu estava (tipo que) pronta para ter logo
com isso.

Seu rosto saiu do meu pescoço, ele se afastou e olhou


para mim.

— Eu vejo que seus estudos não a convenceram de que


isso era algo que você gostaria.

— Eu fui expulsa, — eu anunciei.

Suas sobrancelhas se uniram antes que ele dissesse:

— Perdão?

— Eu fui expulsa- eu repeti.

— Você foi expulsa, — ele repetiu depois de mim.

72
Eu balancei a cabeça.

— Dos estudos vampíricos, — continuou ele.

Eu balancei a cabeça novamente.

Suas sobrancelhas se ergueram ainda mais juntas,


mais ameaçadoramente.

— Por que eu não sei disso?

Eu ignorei o enrugar de testa sinistro.

— Minha tia Kate e tia Millicent foram falar com o


instrutor. Elas pediram segredo: — Eu acenei minha mão
entre nossos rostos, — a reputação Buchanan e tudo isso.
Eles não querem que ela seja manchada.

— O que você fez? — Perguntou.

— Desculpe?

— Para ser expulsa, o que você fez?

Decidi responder.

Por que não? O que poderia dar errado?

— Eu enviei mensagens de texto meus amigos, você


sabe, para dizer adeus, porque eu tenho de ficar aqui e não é
perto. Foi uma coisa rápida. Obviamente, eu não poderia
dizer a eles que eu era uma concubina de um vampiro porque
sei que eles não sabem que vocês existem e eles pensariam
que eu precisava de um manicômio. Então eu tive que dizer a

73
eles que eu tinha que parar de trabalhar e cuidar de uma tia
inválida que nunca tinham ouvido falar. Eles estavam em
pânico.

Lucien olhou com raiva, que eu sentia que


(surpreendentemente) não para mim.

— Eles poderiam ter simplesmente confiscado seu


telefone.

— Eles fizeram, — Eu informei a ele. — Então eu


comecei a passar notas em sala de aula.

Seus olhos presos nos meus então piscaram muito


lentamente.

— Por quê? — Perguntou.

— Por quê?

— Por que você passou notas em sala de aula?

— Eu estava entediada. — Ele não respondeu então eu


expliquei: — Estávamos na parte de história de vampiros,
isso é chato. Parecia que durava para sempre. As outras
concubinas não gostaram muito da passagem de notas. Elas
agiram como se a história dos vampiros tivesse um
verdadeiro significado na sua vida por elas, foi o que me
disseram.

Ele suspirou e disse:

— Leah, você tem 40 anos de idade.

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— Sim. E daí?

— Não é um pouco juvenil estar passando notas em


sala de aula na sua idade?

Eu tinha ouvido isso antes.

Ser juvenil foi mais uma das minhas características


ruins, ou o que os outros pensavam. Como minha tia Kate. E
a minha tia Millicent. E a minha tia Nadia (às vezes, a maior
parte do tempo tia Nadia pensava que era uma piada). E a
minha interpretação perfeita dos bons-sapatinhos da prima
Myrna.

Senti meu corpo crescer duro e meu nariz, por vontade


própria, subiu um centímetro acima no ar antes de eu
declarasse:

— Eu vou crescer, quando eu tiver 93 anos de idade,


não um dia mais cedo. Eu fiz uma promessa para ser uma
menina até então e eu estou aderindo a ela. — Lucien ficou
em silêncio assim que eu terminar com: — Eu ainda tenho
mais 53 anos.

Ele balançou a cabeça e deixou cair a seu lado na cama


me levando com ele, a minha cabeça estava sobre os
travesseiros, mas minha bunda estava escondida em seu
colo, minhas panturrilhas pairavam sobre suas coxas. Seu
grande corpo estava em um ângulo direito, as pernas ainda
estavam parcialmente para o lado da cama, mas ele ergueu
um joelho assim sua coxa ficou mais fundo na minha bunda

75
e ele subiu em seu antebraço ao meu lado. Ele estava
elevando-se sobre mim, tudo enorme, vampiro volumoso e ele
descansou seu outro braço em uma inclinação em meu
abdômen, os dedos casualmente enrolados em meu quadril.

— Isso ainda não é razão de expulsão, — anunciou ele,


enquanto eu me concentrei em não hiperventilar na nova
posição íntima.

Ele estava agindo como se nós nos deitássemos na


cama, tocássemo-nos fisicamente, despreocupadamente
discutindo o tempo e minhas frequentes palhaçadas e o
sentido da vida, a cada dia maldito!

Não como nós mal nos conhecêssemos, o que nós não


fazíamos.

Não como se ele não fosse um vampiro arrogante que


tinha feito a minha vida num inferno com seus jogos mentais.

Não como se ele fosse um ser que eu odiava com todo o


meu coração.

Não como se ele estivesse lá para sugar o meu sangue


do meu corpo para torná-lo imortal e sobre-humano.

Não.

Estávamos como se fossemos algo completamente


diferente.

— Eu não fui expulsa por isso, — eu disse e ele ficou


ofegante.

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Eu até assisti próximo como a língua molhou os lábios,
em seguida, ele apertou-os juntos. Eu não sei ao certo, mas
este não parecia ser um bom sinal.

Por fim, ele disse:

— Vamos pular todas as suas outras travessuras e


chegar à parte que você foi expulsa.

Eu decidi que era uma boa ideia. Eu estava, devo


observar, errada.

Eu não sabia que assim que eu lhe informei:

— Em vez de fazer o teste de ensaio no final do


primeiro dia, eu escrevi a minha vontade.

— Sua vontade?

— A minha última vontade e testamento. Isso assustou


algumas meninas. Levou o instrutor um tempo para acalmá-
las. Eu não queria…

Eu estava tão ocupada explicando, que eu perdi o


estreitamento dos seus olhos. Eu deveria ter prestado
atenção.

Sua voz soou com raiva, desta vez definitivamente para


mim, quando ele me interrompeu, perguntando:

— Por que porra você estava escrevendo a sua última


vontade em Estudos vampíricos?

Oh meu.

77
Talvez eu não devesse ter admitido a expulsão. Era
claro que eu definitivamente não deveria ter explicado o
porquê.

Era tarde demais. Eu tinha que terminá-lo.

— Você é um vampiro, — eu disse o óbvio.

— Sim. E?

— Você suga o sangue das pessoas.

— Se você tivesse prestado atenção na aula, bichinho,


você saberia que nós preferimos chamar-lhe a alimentação.

— Seja como for, — Eu acenei minha mão entre nós de


novo, — ele ainda é o meu sangue. As coisas podem dar
errado. E se algo der errado?

Seus olhos se estreitaram ainda mais.

— Nada vai dar errado.

— Você não sabe disso.

— Eu venho fazendo isso por um longo tempo.

— E se você ficar realmente com fome?

— Eu vou repetir, se você tivesse prestado atenção na


aula, você saberia a resposta para isso.

— Bem, eu não o fiz, então talvez você deve me contar.

— Eu não tenho o tempo, ou vontade, para lhe contar.

78
Em suas palavras, meu corpo congelou e eu senti meu
sangue começar a correr.

— Então você vai para su.... Quer dizer, se alimentar?


Agora?

Ele olhou para mim, em seguida, fechou os olhos e


puxou uma respiração profunda. Quando os abriu
novamente, eles estavam na minha garganta.

Meu coração começou a bater tão rápido que eu podia


sentir isso.

— Não, — ele disse suavemente, — não agora. — Sua


mão no meu quadril se moveu, deslizando para o lado da
minha coxa para o meu joelho. Em seguida, novamente. Em
seguida, volta novamente. A fenda do meu vestido abriu, isso
significava seus movimentos suaves eram pele contra pele.

Isso era bom. Eu não queria admitir, mas meu corpo


não estava deixando me negar.

Eu ignorei o meu corpo e sussurrei:

— Por que não agora?

— Seu coração está batendo muito rápido, bichinho. Se


alguma coisa pudesse dar errado, que não vai, isso é o que a
tornaria a dar errado.

— Como você sabe que o bater do meu coração está


muito rápido?

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— Eu posso ouvi-lo.

— Sério?

Ele acenou com a cabeça.

É claro que ele podia. Eu provavelmente teria


aprendido isso na sala de aula também.

— O que poderia dar errado? — Perguntei.

Estudou-me provavelmente pesando a sabedoria de


responder.

Então ele disse:

— Depois que você já teve o bastante, eu tenho que


parar o sangue de chegar para que eu possa curar a ferida.
Se ele estiver bombeando muito, eu poderia não ser capaz de
fazer isso.

— Isso não soa bem, — eu sussurrei.

— Não seria, — respondeu ele, com a mão ainda


acariciando minha coxa. — É por isso que precisamos
acalmá-la.

— Eu não tenho certeza de que vai funcionar, — eu


admiti. — Me acalmar, eu quero dizer.

Ele deslizou o braço para fora sob sua parte superior


do corpo, mas inclinou seu cotovelo e colocou a cabeça na
mão. Isso pressionou seu peito quente contra o meu lado e
trouxe seu rosto muito mais perto do meu.

80
— Vamos tentar, ok? — Sugeriu.

Eu não quero tentar. Na verdade, eu senti esperança,


pela primeira vez em uma semana. Na verdade, pela primeira
vez em quatro semanas, desde que eu tive o meu convite para
a seleção.

— Talvez a gente não deva fazer isso esta noite, — eu


tentei. — Talvez devêssemos tentar amanhã à noite. Ou, —
Eu hesitei, — na próxima semana.

Ou nunca, mas eu não iria tão longe, ainda não.

Minha esperança muito fraca foi tracejada.

— Eu não posso, — respondeu ele.

— Por que não?

Ele suspirou e sua mão parou de acariciar minha coxa.


Seus dedos se fecharam em meu quadril novamente e ele me
rolou para o meu lado de frente para ele, como as pernas
saindo de debaixo das minhas e ele estendeu-se ao meu lado.
Seu braço se moveu em torno de mim, sua mão deslizando
pelas minhas costas para pegar uma mecha de cabelo e
começar a jogar com ele.

— Eu vou te dar uma pequena lição que você devia ter


aprendido nos estudos, — ele começou com um tom de
desaprovação antes que eu pudesse entrar em
hiperventilação na nossa, mais recente posição, muito mais
íntima.

81
Eu puxei meus lábios entre meus dentes e assenti.

— Cinco semanas atrás, eu informei o Conselho de que


eu iria soltar a minha concubina e que eu precisaria assistir
a uma seleção. Há uma semana, três horas antes de eu
chegar à sua seleção, eu e ela terminamos oficialmente nosso
acordo. Por lei eu não estou autorizado a alimentar-me até
que eu tenha a minha nova concubina. Nem mesmo em uma
festa. Isso significa que eu não fui alimentado em uma
semana. Isso é muito tempo, bichinho, — ele terminou em
um sussurro e depois seguiu em frente sussurrando: — Eu
preciso de você. Hoje à noite.

Eu ignorei a sua admissão de necessidade, o que me


fez sentir estranhamente excitada. O que ajudou a que a
excitação (muita), foi a forma como ele sussurrou, sua voz
profunda e suave baixo e de alguma forma física.

Em vez disso, eu perguntei,

— O que é uma festa?

Sua mão foi jogada quase com ternura (tudo bem, por
isso foi carinhosamente, eu não podia negar isso) com o meu
cabelo, a correr pelas minhas costas e desenhando pequenos
círculos.

Isso era bom demais, tanto meu corpo e mente admitiu


que, sem demora ou briga. Ele só achou legal. Muito bom.

— Isso eu vou deixar a sua mãe ou Edwina explicar, —


ele me disse, ainda falando baixo.

82
— Então, você está com fome?

Ele balançou a cabeça e respondeu:

— Muita.

— Por que você tem que esperar? Isso parece estúpido.

Algo passou pelo rosto dele, aborrecimento,


definitivamente, impaciência também, assim como frustração,
eu estava muito certa. Depois, há o que parecia ser desafio,
mas que era tão fugaz que eu não podia ter certeza.

— Não é inteligente, você está correta, no entanto, é


também a lei, — ele respondeu.

— Não teria que fazer a primeira Sangria, o início é


bastante perigoso se o vampiro está com fome?

Eu pensei que ele ia mentir.

Em vez disso, ele concordou, dizendo:

— Sim.

— Isso não faz sentido, — eu sussurrei, e eu podia


sentir meu coração, que havia começado a abrandar, a
recomeçar a acelerar novamente.

— Eu estava lá quando se escreveu a lei e eu ainda não


a entendo. — Ele parou de falar, porque eu não estava
escutando.

Eu estava em pânico.

83
Sua cabeça inclinou ligeiramente em seguida, seus
dedos deixaram de desenhar em minhas costas e sua mão
achatada, movendo-se sobre o meu fundo e até meu quadril.

— Leah, o seu coração, — alertou.

— Eu não posso evitar! — Eu explodi. — Você mesmo


admitiu que estava com fome. E se você não puder parar?

— Eu vou parar!

— E se você não puder?

— Leah, eu vou parar.

Eu balancei minha cabeça e comecei-me a afastar, mas


a mão dele deslizou por meu quadril, sobre o meu fundo de
novo, mas desta vez ele me puxou para mais perto,
pressionando meus quadris nos dele.

Ele estava excitado demais, muito excitado, senti-o


imediatamente. E sua excitação me deixou ainda mais
excitada. Era uma loucura, mas era verdade.

Meu Deus. O que havia de errado comigo?

Eu acalmei contra o seu corpo e os meus olhos viram o


seu choque nisso.

Seu rosto chegou perto, sua boca apenas a um fôlego


da minha antes que ele prometesse:

— Eu não vou te machucar.

84
— Você não pode evita-lo.

— Eu não posso.

— Por favor, não faça isso, — eu sussurrei o meu apelo.

Ele respirou pelas suas narinas e os olhos negros, tão


perto, que perdeu o foco.

— Deus, você cheira doce, — ele murmurou.

— Lucien.

Quando eu disse o nome dele, seus olhos focaram-se


nos meus e eles estavam mais intensos do que nunca.

— Você vai gostar, — ele disse-me em voz baixa.

Eu balancei minha cabeça. Meu pânico era manter o


ritmo com a minha excitação. Ele estava me ligando e me
assustando até a morte ao mesmo tempo. Como, eu não sei,
mas ele estava fazendo isso.

Era como se ele percebesse isso e ele gostou. Ele gostou


muito, eu poderia dizer, porque seus olhos começaram a
queimar, o que me ligou também.

— Em uma semana, você estará me implorando para


isto, — disse ele calmamente.

Meu pulso disparou e minha respiração ficou irregular.


Seus olhos queimavam.

85
— Calma, bichinho, — ele murmurou, sua mão
apertando a minha trás, os quadris começaram a moer
contra os meus.

Isso era muito bom.

Meus lábios se separaram, os meus seios incharam e


os meus mamilos ficaram duros, tudo ao mesmo tempo, uma
onda de calor inundou entre as minhas pernas.

Em um segundo eu ia beijá-lo. Eu precisava. Não era


nem mesmo a minha escolha. Eu não estava no controle de
mim mesma. Eu não estava me importando com jogos. Isto
não eram até mesmo jogos de cabeça. Isso era tudo eu.

Meus olhos caíram para a sua boca.

— Leah, — ele chamou, mas eu não conseguia tirar os


olhos de sua boca e meus quadris começaram a se mover
contra o seu.

— Leah, pare, você está fazendo isso mais difícil para


mim, — alertou e sua mão na minha bunda mudou a minha
volta.

Mas eu não podia parar. Fui conduzida, por algum


motivo fora de controle.

Foi então que eu cometi o próximo erro fatal.

Em um esforço para chegar mais perto, me juntei a


minha perna sobre o seu quadril.

86
No instante em que o fiz, a cabeça empurrou para
baixo quase colidindo com a minha e ele olhou para baixo
entre os nossos corpos na direção do meu colo.

Eu o ouvi puxar outra respiração pelas narinas. Esta


parecia urgente, primordial, animal.

Quando sua cabeça disparou de volta, eu vi seus olhos


estavam em chamas.

Esfomeado.

Esfomeado.

Esfomeado.

Fome estava escrita por todo o rosto.

— Foda-se, — ele rosnou, rolou por cima de mim,


prendeu meu corpo com seu peso colossal, um de seus
braços em volta de mim criando uma gaiola quente, apertado
e duas coisas aconteceram ao mesmo tempo.

A primeira, sua boca estava na minha garganta. Eu


senti uma dor insuportável lá assim que os dentes rasgaram
a minha carne e meu sangue irrompeu em sua boca.

A segunda, sua outra mão foi entre as minhas pernas,


me colocando sobre a minha camisola, minha calcinha,
super-humanamente dedos fortes pressionando, invadindo.

Eu engasguei, agarrei seus ombros largos e empurrei


com tudo o que eu tinha.

87
Ele não se moveu.

Perdi a noção do que sua mão estava fazendo entre as


minhas pernas, porque a dor no meu pescoço estava
agonizando, insuportável, meu sangue correndo para fora de
mim em um dilúvio hediondo quente.

— Lucien! — Eu chorei, contrariando, empurrando,


lutando.

Ele não se moveu, ele só bebeu.

Doeu. Dor assassina.

Intolerável.

Eu sentia a força deixar-me como o meu sangue


derramado de mim em sua boca, me enfraquecendo.

— Lucien, — eu ofegante, empurrando ainda, a


negritude penetrando nas laterais dos meus olhos. Foi a
resposta do meu corpo, tanto para a terrível dor ou a perda
de sangue ou ambas.

Saudei a perda de consciência. Eu não aguentava mais.

Minhas mãos se afastaram de seus ombros enquanto a


escuridão se arrastou mais perto, minha força desapareceu e
eu estava mancando em seu braço.

Antes da escuridão permear, senti a retaguarda da sua


cabeça longe da minha garganta e a última coisa que eu
lembrei foi dizer em um gemido frágil,

88
— Você prometeu.

Então não havia nada.

89
Capítulo Quatro

O dia seguinte

Abri os olhos e vi que era de manhã. O sol brilhava


fraco em torno das bordas das pesadas cortinas fechadas.

Eu senti um momento de confusão, sem saber onde


estava, esse ambiente não era familiar.

Então, eu me lembrei.

Meu corpo congelou forte.

Houve um movimento atrás de mim e antes que eu


pudesse registrá-lo, fui gentilmente colocada de costas.
Lucien estava totalmente visível, mas sobrepujado à luz fraca,
em cima de mim apoiado pelo antebraço, elevando-se sobre
mim.

Um terror gritante surgiu através de mim. Eu fiquei


tensa, preparando-me para escapar.

No segundo seguinte, eu estava esmagada em seus


braços, meu rosto aconchegado em sua garganta, sua mão
grande segurando a parte de trás da minha cabeça, uma de
suas coxas pesadas jogada sobre as minhas.

90
— Leah, — ele sussurrou.

Meu nome parecia atormentado em seus lábios.

Eu não me importava. Podia se sentir tão mal como


quisesse. Ele poderia ficar atormentado para sempre por suas
ações e sempre era um longo tempo para um vampiro.

Prometer que ele não me machucaria e então infligir a


pior dor que eu já senti.

Prometer que pararia e depois quase me matar.

Eu avaliei minhas opções.

Eu não poderia lutar com ele, eu nunca ganharia.


Mesmo se eu fugisse, ele podia controlar minha mente, meus
movimentos.

Portanto, eu não tinha opções.

Deus, eu realmente o odiava.

— Por favor, deixe-me ir, — eu exigi em sua garganta,


minha voz soava rouca, frágil e isso me assustou muito.

— Leah, você tem que me escutar.

Eu balancei minha cabeça. Isso não doeu. Eu não senti


nenhuma dor em minha garganta onde ele tinha rasgado
minha carne, apenas uma dormência estranha, mas
profunda, como quando injetam analgésico em suas gengivas.
Eu decidi não pensar na estranheza daquele momento.

91
Decidi me concentrar em outra coisa.

— O contrato não dizia palavra nenhuma sobre eu ter


que ouvir você. Você se alimentar de mim, sim. Você me
foder, sim. Eu escutar você, não.

Sua mão deixou minha cabeça e foi para o meu queixo.


Seu polegar debaixo do meu queixo pressionava-se
cuidadosamente enquanto ele inclinava a cabeça para baixo
para olhar para mim.

— Eu vou explicar, — declarou ele.

Eu não tinha ideia se esta foi uma declaração aceitável.


Desde que eu tinha sido expulsa dos Estudos Vampíricos, eu
não tinha ideia que vampiros se explicavam. Mesmo que eu
tivesse uma ideia, eu não teria dado a mínima para isso
também.

— Você está com fome? — Perguntei.

— Leah.

— Bem? E você?

— Claro que não, — disse ele com um suspiro.

— Não, claro que não, — eu respondo de volta. — Se


saciou na noite passada, não foi?

Seu rosto ficou obscuro conforme seus braços me


apertaram mais forte, até o limite da dor, mas ainda sem
chegar lá.

92
— Ouça-me, bichinho.

— Pare de me chamar assim. — Eu dei um silvo e vi


seu rosto ficar ainda mais sombrio.

Isso deveria ter me assustado.

Não me assustou. Eu sabia o que ele podia fazer de


pior para realmente terminar o trabalho.

A ignorância não é uma benção. A ignorância é uma


tortura.

— Você vai me foder? — Eu rebati em face de sua ira.

Sua cabeça se sacudiu antes dele perguntar:

— Perdão?

— Foda-me. Você se alimentou ontem à noite, você não


está com fome, mas você ainda está aqui. Pergunto-me o
porquê? Pergunto-me como devo servi-lo agora, Mestre.

Seus braços se apertaram de novo, indo até o limite da


dor por um segundo fugaz, antes dele me rolar de costas e
apoiar um pouco de seu peso sólido em mim.

Sua mão foi para o lado da minha cabeça, seus dedos


se enroscando no meu cabelo naquele local, não suave, não
inteiramente doloroso também.

Eu olhei para o rosto dele que era esculpido em pedra,


mas seus olhos brilhavam como na noite passada, mas não
com fome ou desejo.

93
Com fúria.

Ok, então talvez agora eu devesse estar um pouco


assustada.

Seus olhos queimaram nos meus por um longo


momento antes dele respirar fundo.

Em seu expirar, ele disse:

— Considerando o que aconteceu ontem à noite Leah,


eu vou perdoar seu comportamento esta manhã.

— Bem, obrigado, — eu rebato com um sarcasmo


profundo.

Sua mão se apertou em meu cabelo. A parte não


totalmente dolorosa se tornou um pouco mais dolorosa, mas
não insuportável.

— Não tente a sua sorte, — alertou ele.

Eu realmente queria tentar a minha sorte. Cada


característica ruim em mim gritava para que eu me
arriscasse. Em vez disso, meus olhos deslizaram para o lado,
então eu os fechei para que eu não tivesse que olhar para ele
nem pela minha visão periférica.

— Eu odeio você, — eu sussurrei. Soou fraco, mesmo


com medo e eu não me importava com isso também.

Seus dedos se afrouxaram em meu cabelo e ele


respondeu baixinho,

94
— Isso é compreensível.

Com minha cabeça quase liberta, eu a virei no


travesseiro para longe dele.

— Por favor, vá, — eu implorei.

Ele começou a passear os dedos pelo meu cabelo na


lateral da minha cabeça. Era bom. Eu não queria que isso
fosse bom e eu o odiava por isso também.

Sua voz profunda cortou meus pensamentos.

— Eu vou, Leah, mas voltarei esta noite.

Meus olhos se abriram e minha cabeça foi para trás


para encará-lo.

— Hoje à noite? — Eu resmunguei, minha voz


quebrada de medo.

Seu dedo médio tocou minha têmpora suavemente, em


seguida, sua mão se achatou cuidadosamente contra a lateral
do meu rosto.

— Hoje à noite.

— Mas, você não pode precisar…

— Eu não vou me alimentar.

Oh, meu Deus. Isso significava que nós estaríamos …

— Eu não vou te foder também, — continuou ele.

95
Eu balancei minha cabeça.

— Então por que você está vai voltar hoje à noite?

— Nós precisamos conversar.

Olhei para ele um segundo antes de balançar minha


cabeça de novo.

— Não, nós não precisamos.

— Nós precisamos.

— Nós não precisamos.

Ele suspirou de novo e seu rosto mergulhou para mais


perto do meu. Prendi a respiração.

— Nós precisamos. — Repetiu ele.

Agora eu estava com raiva, apavorada, odiando-o, com


medo dele e confusa.

— Mas eu pensei… — Eu comecei.

Ele me cortou.

— Hoje à noite.

— Lucien...

Seu rosto se aproximou ainda mais perto, tão perto que


eu não respirei. Parei de respirar completamente.

Em seguida, seus lábios tocaram os meus, brevemente,


suavemente. Então, ele saiu da cama.

96
Me apoiei em um cotovelo. Isso me deixou fora de mim,
minha cabeça ondulou de forma alarmante e eu caí de volta
na cama.

Uau.

O que foi aquilo? Que diabos foi aquilo?

Antes que eu pudesse processar isso, ele estava de


volta, completamente vestido exceto pelo paletó que estava
em sua grande mão.

Ele se inclinou, colocou um punho na cama de cada


lado de mim e se aproximou.

— Você precisa descansar, bichinho. Durante o dia


todo, — ele ordenou.

— Mas...

— Descanse.

— Mas...

— O dia todo.

— Mas...

Sua boca tocou a minha, mas ele não me beijou e ele


manteve os olhos abertos, perfurando os meus.

Eu fiquei quieta.

— Eu bebi muito de você na noite passada, — ele


murmurou contra meus lábios. — Você precisa descansar.

97
Minha boca se abriu sob a sua e comecei a falar:

— Eu...

Eu parei de falar quando sua língua disparou e tocou a


minha, me assustando. Foi um toque fugaz, mas, mesmo
assim, com seus olhos abertos mantendo os meus cativos e
eu registrei uma distinta e excitante agitação na região da
minha barriga.

Agora.

Exatamente.

O que foi aquilo?

Uma agitação? Causada por um beijo do meu quase-


assassino?

Isso provou aquilo. Eu estava louca.

— Descanse, — ele sussurrou contra a minha boca.

Antes que eu percebesse, ele se foi.

*****
Abri os olhos novamente quando senti uma
movimentação no quarto.

Era a luz, eu ainda podia ver o sol brilhando em torno


das cortinas por isso não foi ainda não era noite, o que
significava, eu esperava, que a movimentação não fosse de
Lucien.

98
Não era. Era Edwina andando na ponta dos pés ao
redor da cama.

— Eu estou acordada, — eu anunciei, cautelosamente


me erguendo sobre um cotovelo.

Ela pulou ao som da minha voz e virou-se para me


encarar.

— Você está acordada, — repetiu.

Eu balancei a cabeça, concentrando-me nela. Ela era


uma mulher bonita, mais velha, mais velha do que minha
mãe. Como eu soube disso eu não sei, porque seu rosto
estava quase sem rugas, mas eu imaginei que fosse verdade.
Seu cabelo era grosso, longo e branco e parecia macio. Estava
puxado para trás em um rabo de cavalo na nuca. Como
ontem, ela estava usando uma roupa transparente, uma saia
rosa cor-de-pêssego rodada e blusa bege-rosa delicada
amarrada com um lenço igualmente delicado em sua cintura.

Ela parecia uma hippie elegante. Estranho, mas


verdadeiro.

— Lucien passou a noite, — declarou ela em um


sussurro contido.

Eu continuei olhando para ela.

Então, perguntei:

— O quê?

99
— Lucien, — disse ela e então não falou mais nada.

— Sim, Lucien… — eu incentivei.

— Passou a noite, — ela inspirou de uma forma de


profunda surpresa.

Deus, ela era estranha.

— Sim, ele passou a noite, — eu respondi lentamente.

— Por quê? — Ela perguntou, ainda com a voz


entrecortada e atordoada.

Por que Lucien fez alguma coisa? Porque Lucien queria,


era por isso.

— Ele apenas fez, — eu respondi.

— Eu não... ele nunca... — Ela parou em seguida, girou


bruscamente e caminhou com passos largos para as janelas,
abrindo as cortinas enquanto continuava falando. — Isso é
inédito, sem precedentes. Eu não sei o que dizer. Eu não
posso nem mesmo...

— Edwina, — eu a cortei.

Ela virou-se novamente e no minuto que seus olhos


bateram em mim, eles se arregalaram, que quase saltaram
para fora da cabeça dela e ela engasgou. Em voz alta.

Ao mesmo tempo, sua mão voou para a boca.

100
Eu sabia que eu tinha desmaiado antes de ser capaz de
passar um pente no meu cabelo e tirar minha maquiagem
pesada, mas mesmo sabendo qual era a visão de mim na
manhã após as ministrações fervorosas dele, eu não poderia
esperar essa resposta.

— O quê? — Eu perguntei em uma voz assustada.

— A sua garganta, — ela sussurrou atrás de sua mão.

Minha mão voou para a minha garganta. Ainda sentia


aquela estranha dormência e o olhar horrorizado de Edwina
estava me deixando estranhamente envergonhada.

Eu cobri a área que Lucien se alimentou ontem à noite


e saí da cama. Eu ainda estava tonta, mas eu lutei contra
isso, coloquei meus pés no chão, me levantei e fui ao
banheiro.

Meu quarto...

Não. Aceite isso.

Quarto de Lucien (eu não iria reivindicar qualquer


coisa que ele me deu) era o maior quarto no qual já estive.
Pintado um rubor quente, possuía uma cama king-size
coberta com um edredom decadente e macio com uma capa
de algodão-cetim um pouco mais escura, bastante bordada
na parte inferior da colcha e serpenteando a mais leve até
parte de cima. Pilhas de almofadas felpudas de todos os
tamanhos das realezas até o padrão europeu em estojos e
fronhas que variavam do mais profundo para o mais delicado

101
adornado na parte de cima, alguns deles suaves, alguns deles
bordados. Tinha uma espreguiçadeira em um canto coberta
de veludo creme, e nas bordas uma reluzente madeira escura
e esculpida. Posicionada estrategicamente ao lado de seu
único braço havia uma pequena e ornamentada mesa
circular. Poltronas imponentes, mas confortáveis
combinavam cada uma com seus espaldares altos,
aveludados, arredondados dispostas em outro canto. As
cadeiras rodeavam uma mesa de madeira esculpida. Uma
charmosa mesa de escritório com um computador portátil e
elegantes acessórios de mesa encaravam o quarto do lado
oposto das cadeiras.

Eu não vi nada disso.

Ontem à tarde, depois que eu cheguei, eu inspecionei


toda a gaiola pródiga que Lucien tinha fornecido para mim.
Eu percorri toda a casa de seis quartos de cima a baixo. Por
que ele pensou que eu precisaria de seis quartos com uma
cozinha gigantesca, incluindo copa e área de estar
confortável, uma sala de jantar formal, uma sala de espera,
uma sala de estar, uma sala de família, uma de estudo,
quatro banheiros... a lista continuava... eu nunca saberia.

Naquele momento eu não queria saber. Tudo o que eu


conseguia pensar era em minha garganta.

Eu fui para o banheiro. Outro lugar enorme com duas


pias, espelho enorme, uma banheira grande e marmorizada
colocada em uma plataforma, sob um vitral (se você pode

102
acreditar), um cubículo separado para banho com vários
chuveiros (alguns nas paredes) e o vaso sanitário tinha seu
próprio quarto.

Virei-me para o espelho e, lentamente, me encolhi um


pouco para me preparar para a mutilação que veria, tirei
minha mão da minha garganta.

Então eu pisquei.

Havia apenas uma insignificante, com dois centímetros


de largura e ligeiramente brilhante cicatriz rosada.

— Que diabos? — Eu sussurrei.

— Eu sei, — disse Edwina, materializando-se atrás de


mim. — Você pode acreditar nisso?

— Não, — eu fiquei boquiaberta para a ferida


inexistente, me lembrando da sensação dilacerante da noite
passada, da dor, da poderosa sucção da boca de Lucien, —
Eu não consigo acreditar nisso.

— Eu não posso acreditar que não está curado, —


Edwina respirava.

Meus olhos voaram para os dela pelo espelho.

— O quê?

— Não está curado. Como pode ser isso? Elas sempre


se curaram antes do amanhecer. Geralmente mais cedo.

Meu queixo caiu.

103
Eu a fechei rápido momentos antes de perguntar,

— Você está brincando?

A cabeça dela se inclinou para o lado.

— Claro que não. Você sabe disso.

Não, eu não sabia disso.

Eu tinha sido expulsa da maldita aula de Estudos


Vampíricos e o tempo que eu estive lá eu não prestei um
pingo de atenção.

Afastei-me ao espelho, caminhando em direção ao


enorme closet que estava no lado oposto do quarto.

Este quarto também era enorme, as paredes cheias de


trilhos, prateleiras, gavetas e um espelho de três partes.
Havia espaço suficiente para abrigar os guarda-roupas de
uma família de cinco pessoas. O closet ainda incluía uma
penteadeira embutida e generosa com dezenas de gavetas,
um espelho grande cercado por luzes de camarim e com um
banquinho estofado de veludo vermelho. Sem brincadeira, o
lugar tinha saído de um filme.

A maior parte era não utilizada, pois eu só trouxe duas


malas e uma bagagem de mão comigo. Minha mãe e tias
estavam arrumando tudo aquilo que eu precisava para ser
enviado. Mesmo quando elas enviassem, ainda não
preencheria o espaço e Lucien estava verificando o aluguel do
meu apartamento enquanto eu o estivesse servindo.

104
Quando entrei com tudo no closet, falei,

— Preciso ligar para minha mãe.

Caminhei até a penteadeira e tive que colocar me


apoiar na mão para me equilibrar. Eu ainda estava me
sentindo tonta e fraca. Eu precisava de comida. E, por mais
que eu odiasse dar razão ao cara, Lucien estava certo, eu
precisava de descanso.

— Hum... querida... — disse Edwina atrás de mim


enquanto eu recuperava meu fôlego, segurava minha bolsa
para pegar meu celular.

Eu a ignorei e comecei a cavar através de minha bolsa.

— Querida... — Edwina me chamou mais perto.

— Onde está? — Eu murmurei. — Eu tenho certeza


que...

— Leah, — disse Edwina do meu lado — Lucien me


disse que não era para você ligar para ninguém.

Minha cabeça se virou rápido e eu olhei para ela.

— Como é?

— Ordens diretas. Nenhuma ligação.

— Por que não? — Perguntei.

Ela deu de ombros parecendo desconfortável.

105
Eu olhei de volta para a minha bolsa e continuei
procurando

— Bem, ele pode dar as ordens que ele quiser. Eu


ainda vou....

— Você não vai encontrá-lo. Lucien pegou seu telefone.

Minha cabeça se virou de novo e eu fiquei olhando.

Tudo o que eu podia fazer era olhar. Meu coração


parou de bater, o que foi bastante estranho, já que o meu
sangue estava fervendo.

Finalmente, eu encontrei minha voz.

— Ele pegou meu telefone?

— Sim, e ele me disse para esconder todos os outros.

— E você escondeu?

Ela assentiu com a cabeça.

Arrumei e a encarei.

— Bem, me dê um.

— Eu não posso.

— Você pode.

— Lucien ficaria com raiva.

— Eu não me importo, — eu rebati.

106
O rosto dela empalideceu. Não precisava ler mentes
para saber que ela não queria fazer nada que pudesse deixar
Lucien com raiva.

Eu podia entender isso. Ele podia ser um cara muito


assustador. E, eu não a conhecia, mas eu ainda não queria
assustá-la.

Frustrada novamente pelo odioso Lucien.

— Eu vou matá-lo, — eu falei, minha emoção se


apoderou de mim e eu tive que me apoiar na penteadeira
para ficar de pé.

— Você precisa de comida. Lucien falou no minuto em


que você acordou que eu precisava alimentá-la.

— Lucien pode ir para o inferno, — eu repliquei.

Ela me estudou por um momento, com surpresa por


trás de seus olhos, sua cabeça inclinada para o lado, como a
de um pássaro.

— Eu acho que algo não está certo aqui, — ela


anunciou.

— Você acha? — Eu perguntei sarcasticamente.

— Por que você está com raiva de Lucien? Ninguém


nunca está zangado com Lucien. Bem, não ninguém. Ele tem
inimigos, é claro. Mas não suas concubinas. Jamais
concubinas. Todas o amam.

107
Oh, por favor.

— Eu não sou como as outras, — eu proclamei.

— Eu estou vendo isso, — ela concordou com um


aceno compreensivo.

Abaixei minha cabeça e levantei a minha mão para


minha testa.

— Eu acho que preciso de espaço, — eu disse a ela,


sem querer ser rude, mas já sendo.

Neste momento de tumulto na minha vida, eu odiava


admitir isso, mas eu realmente precisava da minha mãe,
mesmo que ela e sua ascendência de adorar concubinas de
vampiros tenha me metido nessa confusão.

De repente, senti as mãos suaves de Edwina em mim


enquanto ela me puxou para longe do closet.

— O que você precisa é de cama e comida, nessa


ordem, — declarou ela.

Fui com ela porque eu não tinha a força para lutar.

Eu pus a culpa em Lucien principalmente porque era


culpa dele.

E eu arquivei isso na minha lista “Por que eu odeio


Lucien”.

Edwina me colocou na cama. Ela voltou com uma


bandeja coberta de comida, meia hora depois, tempo que

108
passei organizando todos os muitos, muitos arquivos na
minha lista “Por que eu odeio Lucien”. Uma pilha de
panquecas macias e encharcadas de manteiga de verdade e
aquecidas com xarope. Bacon assado. Amoras suculentas.
Salsichas grelhadas.

Comi sem reclamar.

Normalmente eu nunca teria comido tanta comida


assim, especialmente naquelas quantidades, magicamente
ampliados para dez vezes o seu tamanho e peso antes que se
estabelecessem na minha bunda.

Mas eu precisava da minha força. Para esta noite, eu


estaria lutando com Lucien.

109
Capítulo Cinco

Essa Noite

Lucien dirigiu para a casa de Leah sentindo uma


sensação de boas-vindas de antecipação depois de não ter
tido um dia muito bom.

Ela iria estar, ele sabia, fria ou furiosa, mas ele não
poderia se importar menos.

De qualquer jeito que ela estivesse, não seria ansiosa,


não seria bajuladora, não seria devotada e não seria
complacente.

Seria algo diferente, algo que ele apreciava, algo que ele
não tinha tido em um tempo muito longo.

Naquela manhã, depois que ele chegou na casa que


dividia com sua companheira, Katrina estava esperando por
ele.

No minuto em que ele fechou a porta atrás de si, ela


libertou a fúria que ele sabia que ela tinha mantido reprimida
durante toda a noite à espera de seu retorno.

110
Mesmo que ele ainda estivesse furioso com ela pela
conspiração que ela tentou realizar na Seleção de Leah, ela
tinha todo o direito de estar com raiva. Um vampiro não
dormia com a sua concubina, em qualquer sentido da
palavra. Ele ou ela não passavam a noite.

Porções generosas da noite, talvez. A totalidade dela,


nunca.

Vampiros dormiam com seus companheiros vampiros


em todos os sentidos da palavra.

As coisas podiam, e muitas vezes podiam (e O Domínio


se fazia de cego), sair do controle nos Banquetes, mas não
com as concubinas. As linhas foram traçadas, os limites
compreendidos e ninguém, nem mesmo Lucien, poderia
quebrá-los.

Ele ignorou a sua companheira, algo que ele já vinha


fazendo pela última década, subiu as escadas direto para o
seu quarto, despiu-se e entrou no chuveiro.

Ela o seguiu, nem respirava em sua tirada empolada.

Lucien estava com raiva de si mesmo por perder o


controle com Leah e quase tirar sua vida, algo que ele iria
sentir falta, mesmo a conhecendo por tão pouco tempo. Não
só porque o sangue dela era o paraíso, mas também porque
ela não tinha a intenção de crescer até que tivesse 93 anos de
idade. Esse foi um conceito que ele achou intrigante e que
queria muito ter o tempo para explorar.

111
Ele também estava com raiva que a tivesse levado a
experimentar tal terror puro.

O medo era delicioso, especialmente quando era


misturado com emoção.

Terror, ou pelo menos o terror que ele tinha


testemunhado de Leah naquela manhã, quando ela acordou,
foi revoltante.

Por último, e mais importante, não importava o quanto


ele tentasse, ele não conseguia tirar o som dela dizendo, seus
olhos cheios de dor e acusação, “Você prometeu”, fora de sua
cabeça.

Por isso, ele não estava com humor para lidar


pacientemente com Katrina.

Ele saiu do chuveiro todo molhado e colocou uma mão


na garganta dela, silenciando sua investida. Ele a ergueu e a
chocou contra a parede, o crânio estalando contra o gesso e a
manteve ali, seus dedos apertando.

Ela arranhou seu braço com as unhas, sem sucesso.

Ele a segurou se contorcendo contra a parede,


habilmente evitando as pernas chutando até que ele sentiu
que ela compreendeu o que ele queria dizer. Em seguida, ele
a soltou.

Ela caiu agilmente de quatro em um agachamento


gracioso, sua cabeça se levantando, sua nuvem de longos

112
cabelos negros caindo sobre suas costas, seus olhos azuis
gelo olhando para ele. Seu rosto deslumbrante estava
contorcido de raiva.

Ela estava se preparando para o ataque.

— Nem sequer pense em me desafiar. — Sua exigência


foi tranquila e letal.

A indecisão cintilou nos olhos dela que era um erro


estratégico. Ela deveria ter prendido há muito tempo a
dominar qualquer situação e indecisão que mostrasse
fraqueza.

Ela era uma vampira jovem, com apenas 200 anos de


idade.

Mesmo assim ela nunca aprenderia. Ela nunca fez. Ele


esteve tentando ensiná-la durante 50 anos.

No começo ela era bem parecida com Leah, jovem,


divertida, desafiadora, bonita e talvez mais importante,
incrivelmente sexy.

No minuto em que finalizou a Reivindicação, ela tinha


mudado. Tornou-se possessiva, intolerável até, ciumenta,
mesmo de suas concubinas e, até Leah, ele nunca tinha lhe
dado motivo para essa emoção ridícula. Exigir ir com ele para
os Banquetes (isso ele não permitiu). Resistente a seus
ensinamentos.

113
Ela tinha sido cheia de promessas quando ele a
conheceu. Ela se tornou uma decepção.

Ele viu a linha fluida de seus ombros caírem em


derrota, uma ação que definia seu descontentamento com o
seu emparelhamento e sem dizer uma palavra, ele virou-se e
caminhou de volta para o chuveiro.

No chuveiro, ele chegou à decisão rápida de se


apresentar à Separação. Ele esteve brincando com isso
durante anos. Agora era o momento.

Não era inédito para companheiros vampiros se


separarem. Isso também não era tão comum como o divórcio
dos mortais. Vampiros, a grande maioria das vezes, se
acasalavam por toda eternidade, o que por serem imortais,
significava literalmente.

Embora tenha sido desaprovada, Separação também


nunca foi negada. Não era uma boa ideia forçar dois vampiros
a viverem juntos. Isso era, eles descobriram séculos atrás,
mortal.

Quando ele saiu do chuveiro Katrina tinha se


acalmado. Ele a encontrou enrolada como uma bola no lado
dela da cama, uma cama, com a visão de sua companheira
derrotada e de mau humor, ele tomou a decisão instantânea
de que nunca compartilharia com ela novamente.

— Você deve saber que eu mereço uma explicação, —


ela sussurrou.

114
Ele não respondeu, principalmente porque ele não
sabia nada do tipo.

— Ninguém passa a noite com as suas concubinas, —


continuou ela. — Você perderia a cabeça se eu passasse a
noite com Kyle.

Isso não era verdade. Havia uma boa possibilidade de


que ele nem percebesse.

A voz dela ficou mais baixa que um sussurro quando


ela perguntou:

— O que ela tem?

Lucien esteve se vestindo enquanto ela falava.

Terminando, ele se virou para ela e respondeu


simplesmente:

— Ela é vida.

Ele viu o corpo dela se sacudir como se tivesse sido


atingido.

Então, ela se levantou em um braço só, seu rosto


preenchido de descrença e retorcido com amargura.

— A sua vida? Você mal a conhece.

Ele cruzou os braços sobre o peito e olhou para sua


companheira.

— Não a minha vida, Rina. Vida.

115
Ela balançou a cabeça.

— Eu não sei o que isso significa.

Ela não saberia.

Katrina não sabia a diferença entre o champanhe


barato e o mais fino do vintage e nenhuma quantidade de
instrução ou consumo iria fazê-la entender essa distinção.

Ele sabia disso porque ele tinha tentado lhe ensinar


durante 50 anos essa mesma lição.

Havia sangue e havia o sangue de Leah Buchanan. Era


a diferença entre comer poeira e permitir que o melhor
chocolate belga derretesse em sua língua.

Alimentar-se de Leah foi como beber no céu.

Fazê-lo com a mão entre as pernas dela, seu corpo


suave preso sob o peso de seu, envolto no cheiro que era todo
dela e misturado com o cheiro de seu sexo em um estado
elevado de excitação, foi o nirvana.

Ele estava ansioso para a domesticação de Leah.

Independentemente de como isso aconteceu, se a


beleza da noite passada foi alguma indicação, alimentar-se
dela enquanto eles estavam juntos fisicamente e ela
entregava-se totalmente a ele seria arrebatamento.

— Lucien, — Katrina chamou.

116
Arrancado de seus pensamentos e não gostando disso,
Lucien anunciou:

— Acabamos nossa conversa.

Ele assistiu o corpo dela ficar tenso conforme suas


palavras a penetravam.

— Agora, o que isso significa? — Perguntou Katrina em


um piscar de olhos irritados.

Ele não respondeu. Ele saiu e a tirou de sua mente.

Isso não foi difícil.

Ele se reuniu com Stephanie naquele dia. E Avery.

Havia planos para serem feitos e ele os estava fazendo.


Ele os estava fazendo desde que recebeu a notícia de seu
informante que Leah tinha se livrado de mais um de seus
namorados horrivelmente mal adequados. O fim de seu
relacionamento mortal, a abriu para a Seleção. Com vasta e
frustrante experiência de lidar com as ondas tempestuosas
da vida amorosa de Leah, ele não tinha atrasado em
aproveitar sua chance e ele, entre outros, tinham colocado o
nome dela em sua lista para receber um convite para a
Seleção.

Lucien sabia que O Conselho não ficaria cego para o


que ele estava fazendo por muito tempo. Eles descobririam.
Provável, uma vez que ele entrasse com o pedido de
Separação, Katrina iria contar-lhes. Provavelmente, a família

117
de Leah também, muito embora ele soubesse que eles
exigiriam analisar o contrato e ela não só tinha ido para o
Estudo, mas os Buchanan a haviam despachado para a
Moradia.

Se não aqueles, sem dúvida, o Conselho ouvirá de suas


ações de alguma forma.

E ele estava pronto.

Stephanie tinha sido sempre impaciente com o Acordo


Imortal e Mortal. Ela mesma tinha ficado indecisa sobre qual
lado ela lutaria antes Da Revolução.

Ela era uma aliada definitiva.

Avery foi uma surpresa. Ele esteve trabalhando em seu


papel para o Conselho do Domínio por séculos. Lucien só
tinha sentido a sua vontade de se tornar um traidor.

E Lucien estava certo.

Cosmo, por outro lado, ele o tinha evitado desde


Seleção de Leah, algo que ele não conseguiu fazer naquele
dia.

No final da tarde, Cosmo apareceu no escritório de


Lucien, a secretária de Lucien, Sally, estava colada em seus
calcanhares.

Sally parou quando Cosmo sussurrou,

— Você está planejando uma revolta?

118
Lucien acenou para Sally que se retirou.

Assim que ela fechou a porta atrás dela, ele nivelou


seus olhos com os do seu amigo e respondeu

— Não.

— Então o que é tudo isso? — Cosmo falou. — Eu


estava lá, Lucien. Leah se recusou a fazer o contrato de
sangue. A próxima coisa que eu soube foi que ele foi
assinado, Avery tinha arquivado, você lhe deu a Moradia e a
Sangria foi ontem à noite.

Lucien não falou.

Cosmo continuou,

— Katrina contou a Nestor que contou a Jordan, que


disse à Hamish que me contou que você passou a noite com
ela.

Lucien sabia que seu segredo não duraria muito.

— Eu passei.

— Você ficou louco? — Cosmo berrou.

Lucien ficou de pé, sacudindo a cabeça.

— Cosmo, acalme-se.

— O Conselho vai ouvir sobre isso, — Cosmo falou com


força.

119
— Eles provavelmente já ouviram. Katrina estava em
um estado esta manhã. Ela não pensará antes de agir.

Não que ela já tenha feito isso, ele pensou.

— Eles vão te deter, — Cosmo advertiu.

— É provável.

Cosmo se endireitou e imitou a compostura de Lucien


antes de perguntar

— O que aconteceu? Você adormeceu?

— Sim, após a iniciação, eu adormeci.

Isto era verdade. Depois dele quase tê-la matado, ele


parou a sucção, tratou da ferida, esperou, observando e
impaciente por longos minutos, enquanto a cura começava.
Em seguida, ele assistiu por longas horas conforme a cura
progrediu. Quando ficou satisfeito que tudo estaria bem, só
então, ele puxou Leah para seus braços e adormeceu.

No entanto, ele tinha toda intenção de passar a noite


com Leah, mesmo se ele não tivesse perdido o controle que
necessitava para esperar a cura. E ele tinha toda a intenção
de passar todas as noites com Leah até que perdesse o
interesse nela e a libertasse.

Cosmo continuou a estudá-lo antes de se pronunciar


em dúvida,

— Então, foi tudo inocente.

120
— Não, — Lucien respondeu honestamente. — Aquilo
estava longe de ser inocente.

Cosmo fechou os olhos.

Em voz baixa, que continha uma veia de aço, Lucien


declarou

— Eu não vou viver assim por mais um dia, Cosmo.

Cosmo abriu os olhos.

— Você está planejando uma revolta.

— Talvez não chegue a isso.

— Você sabe que vai.

Lucien deu de ombros.

— Então é guerra.

Cosmo puxou a respiração pelas narinas às palavras de


Lucien, mas seu rosto e olhos ficaram sem expressão,
escondendo seus pensamentos. Katrina poderia aprender
com Cosmo.

Silenciosamente, Cosmo falou.

— Eu a vi, Lucien. Eu senti o cheiro dela. Eu gosto


dela. Ela é fascinante. Ela é engraçada. Ela é diferente. Mas,
— ele fez uma pausa antes de terminar, — ela não vale uma a
guerra.

121
— Você não a provou, — Lucien respondeu
decisivamente.

A cabeça de Cosmo se inclinou para o lado, intrigado


apesar de si mesmo.

— Ela é tão boa assim?

— Melhor.

As sobrancelhas de Cosmo se franziram antes dele


murmurar,

— Jesus. — Então, ele continuou em voz baixa, — Você


fodeu ela?

— Ainda não.

— Você pretende?

— Absolutamente.

— Cristo, Lucien.

Lucien perdeu a paciência.

— Se bem me lembro, houve muitas noites, por sete


anos, que você deixou a mãe dela e foi direto comigo para um
Banquete. Não para se alimentar, para foder, do jeito que
você queria foder a Lydia. Se bem me lembro, por sete anos,
você queria Lydia de uma forma que não poderia tê-la por
causa do ‘O Acordo’ disse que você não podia. Isso quase o
deixou louco. Você teve que soltá-la antes do que você queria

122
apenas para acabar com o tormento. Você se lembra? —
Lucien exigiu.

— Eu me lembro, — respondeu Cosmo, sua mandíbula


se apertando.

— Isso não vai acontecer comigo, — afirmou Lucien. —


Eu quero Leah, tudo de Leah, e vou tê-la sim. Estou cansado
desses decretos antigos e absurdos governando minha vida,
sua vida, a vida de Stephanie. Nós somos vampiros pelo amor
de Deus e tudo o que é a nossa essência foi arrancada. Não
mais. Estou tomando-a de volta. Se eles tentarem me punir,
eu lutarei.

O rosto de Cosmo novamente perdeu toda a expressão.


Porque chegaria o tempo onde ele precisaria de aliados, e
Cosmo seria um excelente, para não mencionar que ele era
um amigo de confiança, Lucien continuou a explicar.

— Fazem mais de 500 anos desde que eu senti um


cheiro tão extraordinário como o de Leah.

Compreensão iluminou os olhos de Cosmo.

— Maggie, — murmurou Cosmo.

Levou um extremo esforço de vontade, mesmo depois


de todos esses anos, para Lucien não vacilar no nome dela.

Ele ignorou murmúrios de seu amigo e continuou,

— Eu senti o cheiro de Leah vinte anos atrás. Eu


deveria tê-la possuído na época. Eu deveria ter sido capaz de

123
pegar o que eu queria. Mas eu tinha que esperar. Vinte anos,
Cosmo. Perdi 20 anos. Ou, mais ao ponto, ela envelheceu 20
anos e eu perdi isso. Minha hora chegou, assim como a de
Leah, e não haverá barreiras, sem fronteiras, sem leis de
merda que me digam que não posso fazer o que eu quiser.

— Você pretende domá-la, — Cosmo supôs.

— Eu já comecei, — Lucien anunciou.

A hesitação de Cosmo foi breve antes de ele suspirar e


balançar a cabeça.

— Eu suponho que haverá aqueles que vão se


prontificar para serem seus campeões.

— Eu gostaria que você fosse um deles.

Cosmo ficou estático, seu rosto permaneceu sem


expressão, antes dele perguntar em voz baixa

— Você duvidava que eu iria?

Lucien não respondeu.

Ainda falando suavemente, Cosmo disse:

— Eu queimaria por você Lucien. Eu já provei isso


antes.

— Você provou, — Lucien concordou.

124
Eles ficaram olhando um para o outro por longos
momentos antes de Cosmo quebrar seu silencioso e renovado
voto de lealdade, dizendo:

— Ela não vai ser facilmente domesticada.

Pela primeira vez desde que viu seu amigo, Lucien


sorriu.

— Isso é bastante verdadeiro.

Cosmo sorriu de volta.

— Como ela estava na noite passada?

— Indomável.

Cosmo jogou a cabeça para trás e riu.

Assim terminou a conversa tensa.

Lucien entrou na garagem da casa que tinha comprado


para Leah três meses antes, apenas semanas depois de ela
ter terminado seu último relacionamento.

Ele havia quebrado sua própria rotina e procurado por


si só. Ele deu a Sally seus requisitos e participou das
visitações pessoalmente, vinte delas, antes de encontrar o
que queria dar a Leah. Então ele contratou uma equipe de
decoradores para ajustá-la a suas especificações exatas.

Quando ele encontrou Edwina lá, há apenas alguns


dias antes de dar-lhe as chaves para sua nova casa e local de
trabalho, ela estava chocada com o que viu.

125
Edwina tinha sido a governanta de suas concubinas
atuais por quarenta anos. Ela sabia que Lucien tinha uma
reputação de ser particularmente generoso com elas. Ele as
mantinha bem, enquanto elas o servissem e as deixava bem
quando as libertava. Todos os vampiros faziam o mesmo, mas
ou as deixavam na miséria ou incapazes financeiramente,
eles não faziam como Lucien, porque ele não era avarento e
ele estava longe de ser financeiramente incapaz.

Mas uma mansão de seis quartos em um terreno de


quinze hectares ia além até mesmo para os padrões de
Lucien.

Ele alcançou o portão da garagem e deslizou seu


elegante Porsche Turbo preto ao lado do igualmente elegante,
Cayenne preto que ele tinha comprado para Leah.

Edwina, provavelmente curiosa ao ouvir seu carro


estacionar na garagem, o encontrou na porta da cozinha, com
o rosto assustado.

— Lucien, — ela respirou.

— Edwina, — ele respondeu em saudação, sem parar,


mas passando por ela.

— Você está aqui, — observou ela desnecessariamente.

Ele parou, a fim de perguntar onde Leah estava uma


vez que ele não estava com vontade de ir procurar por ela e se
voltou para Edwina.

126
— Sim, eu estou. Onde está Leah?

Ele observou os olhos dela se arregalarem antes que ela


desabafasse:

— Ela não está pronta para outra alimentação! E você


não pode estar pronto para outra também.

O olhar de Lucien se nivelou com o dela e ele viu a cor


fugindo de seu rosto.

— Desculpe. Eu sinto muito, — ela murmurou,


desviando o olhar.

— Onde está Leah? — Lucien repetiu com impaciência


mal disfarçada.

— Em seu quarto.

Lucien se virou, imediatamente, para as escadas.

— Lucien! — Edwina chamou e, com relutância, Lucien


voltou. — Ela está... — Ela fez uma pausa, com o rosto ainda
pálido, seu medo perfumando o ambiente.

— Ela está o quê? — Lucien perguntou quando ela não


continuou.

O corpo dela estremeceu, em seguida, ela continuou:

— Ela está... — e parou novamente.

— Edwina, — a voz de Lucien era um silvo perigoso.

127
— Ela está em um... um... — ele a observou engolindo
antes de terminar — ela está em um estado de espírito.

Leah estava em um estado de espírito. Esta foi uma


excelente notícia.

Lentamente, Lucien sorriu. Edwina engasgou.

Lucien voltou-se para as escadas.

Como Edwina disse, Leah estava em seu quarto


embora ele soubesse disso desde que ele ouviu seu coração
batendo e cheirou seu perfume no momento em que entrou
no salão no andar de baixo.

Quando ele entrou pela porta, a viu sentada na


espreguiçadeira, suas costas apoiadas nos braços, com as
pernas dobradas na frente dela. Ela usava jeans desbotados,
uma camisola rosa pálido e um cardigã verde pálido leve.
Seus pés estavam descalços, mas as unhas dos pés estavam
pintadas de uma nova cor. Ontem à noite estava em um rosa
claro, esta noite estava em um fúcsia brilhante, evidenciando
o fato dela, obviamente, desobedecer suas ordens de
descansar e em vez disso fez as unhas dos pés... Seus longos
cabelos loiros caíam em camadas ao redor de seus ombros
em ondas macias, os tendões de seu pescoço, emoldurando a
linha graciosa de sua garganta em um convite que ela
provavelmente não sabia que estava dando, mas que ele
saboreou.

128
Sua cabeça disparou quando ele chegou e ele notou
que ela lia um livro que havia aberto em suas coxas.

Ele se virou para fechar a porta. Quando ele voltou, a


cabeça dela estava novamente abaixada para o livro. Ele
olhava para ela enquanto entrava na sala, tirando seu paletó.
Ele continuou a observá-la conforme ele o jogava no pé da
cama e se aproximava. E ele continuou a observá-la quando
passou por ela até a mesa pequena no braço da
espreguiçadeira.

Ela manteve a cabeça inclinada para seu livro o tempo


todo, ignorando-o, mas seu coração estava acelerado e ele
cheirou seu medo.

Ele inclinou-se e pegou o marcador que estava


descansando sobre a mesa ao lado de uma bebida fria e
caminhou até a espreguiçadeira, sentando-se a centímetros
dos pés dela.

Então, ele torceu o torso, estendeu a mão e puxou o


livro das mãos dela.

A cabeça dela se levantou e ela gritou com raiva

— Ei!

Desta vez, ele a ignorou, colocou o marcador no livro e


se inclinou para ela.

129
Ela se encolheu de volta contra o braço da cadeira, com
a cabeça virada um pouco para o lado, o ritmo de seu coração
aumentando.

Lucien ignorou isso também.

Ele colocou o livro sobre a mesa, inclinou-se mais


ainda e colocou a mão em ambos os lados dos quadris dela,
seu estômago e seu peito roçavam as coxas dela.

Seus olhos encontraram os cautelosos olhos dela e ele


exigiu,

— Quando eu venho até você, Leah, eu quero que você


me cumprimente.

Ele viu a mandíbula dela se apertar e o brilho em seus


olhos e ele esperou pela resposta dela.

Ela deu a ele.

— Sinto muito, oh Grande Mestre. Olá. Como foi seu


dia?

Ele sorriu antes de se mudar.

Ele decidiu não esconder as suas elevadas capacidades


dela. Ele não seria nada além do que ele era com Leah.

No segundo que ele a tirou de onde ela estava


encostada e ficou em seu lugar, estendido atrás dela e
apoiado em seu antebraço no espaldar lateral inclinando-se

130
sobre ela, a parte inferior do corpo dele pressionava-se contra
o dela.

Quando ele acabou, os escuros olhos azuis dela


estavam arregalados, seus lábios cheios se separaram e sua
respiração tinha parado.

— Você não tem que usar a parte “grande”, meu


bichinho. “Mestre” vai servir, — ele a provocou, ainda
sorrindo.

Ela torceu o nariz e o olhou furiosa. Ele jogou a cabeça


para trás e riu, mal controlando o desejo de enterrar seu
rosto no pescoço dela para se aproximar de seu perfume, seu
pulso, dela.

Em vez disso, quando ele parou de rir, colocou a mão


no pescoço totalmente curado dela e passou o polegar pela
sua jugular, enquanto seus olhos observavam seus
movimentos.

Então seu olhar capturou o dela.

— Como você está se sentindo? — Ele perguntou em


voz baixa.

— Cheia, — ela respondeu com uma voz aguda, hostil.


— Edwina não é acanhada com suas porções.

Suas sobrancelhas se ergueram.

— Você já comeu?

131
— Sim.

Seu polegar continuou acariciando o pescoço dela e


seus olhos se voltaram para ele enquanto ele murmurava:

— Eu teria gostado de ter partilhado o jantar com você.

Ele sentiu o corpo dela dar uma pequena sacudida, seu


olhar foi para o dela e ele viu o espanto antes que ela pudesse
escondê-lo.

— Você está surpresa? — Perguntou.

Ela lutou brevemente com alguma coisa antes de


concordar.

— Por que você está surpresa? — Ele continuou. —


Porque eu como ou porque gostaria de comer com você?

— Porque você come. — A voz dela ainda estava


contida, entrecortada, hostil.

Mesmo assim o corpo dele relaxou, pressionando-se


mais perto do dela, e permanecendo assim. O corpo dela ficou
tenso.

— Eu como, eu bebo, eu durmo, eu tomo banho. Eu


faço tudo que você faz, — Lucien disse a ela.

Ela não fez nenhum comentário a isso, embora seu


rosto estivesse cheio de curiosidade.

Ela escondeu a curiosidade e decidiu mudar de


assunto, exigindo,

132
— Será que vamos conversar?

— Estamos conversando.

Ela levantou a mão e acenou ao redor.

— Não, não conversa fiada. Conversar sobre o que quer


que fosse que você queria falar esta manhã.

— Nós vamos chegar lá.

— Podemos fazer isso agora para você poder ir?

— Isso tem uma resposta em duas partes, — explicou


ele e as sobrancelhas dela franziram.

— É uma questão de sim ou não, — ela o informou.

— Então, não, para ambas as partes.

Ele observou a mandíbula dela se apertar novamente e


ele ouviu seus dentes rangerem. Levou outro esforço enorme
para não rir.

— Por que não podemos acabar logo com isso? — Ela


insistiu.

— Porque eu gostaria de um momento para relaxar e


tomar uma bebida.

Ela fez menção de se mover e ele permitiu que mais de


seu peso caísse sobre ela até que ela ficou parada.

— Se você deixar eu me levantar, eu pego uma bebida


para você, — ela ofereceu com falsa cortesia.

133
Ele ignorou sua tentativa de fugir dele e seu olhar
mudou-se para o copo dela.

— O que você está bebendo?

Ela não respondeu conforme ele tirava a sua mão do


pescoço dela e pegava o copo. Ele o levou ao nariz e inalou
seu perfume. Era Coca-Cola diet e rum.

Seus olhos se moveram para ela.

— Você não devia beber bebidas espirituais, — ele


advertiu.

A cabeça dela se inclinou para o lado e seus olhos


azuis ficaram mais escuros.

— Isso é uma ordem?

— Por esta noite, enquanto você ainda está se


recuperando, sim. Em qualquer outro momento você pode
beber o que quiser.

— Eu não acredito em você, — ela sussurrou com raiva


sob sua respiração.

Isso era outra coisa que ele ignorou enquanto tomava


um gole do copo dela. Por alguma razão, isso a fez protestar,
a mão dela se moveu rápido, seus dedos envolveram-se em
torno do pulso dele e puxou sem sucesso.

— Ei! Não beba da minha bebida!

Ele recolocou o copo sobre a mesa e olhou para ela.

134
— Por quê?

— É a minha bebida!

— Sim. E?

— Você não pode beber a minha bebida!

— E por que não?

— Porque é a minha bebida.

Ele suspirou o nome dela,

— Leah.

Ela imitou seu suspiro sarcástico.

— Lucien.

Ele não poderia suportar isso por mais tempo. Ela era,
simplesmente, encantadora.

Ele caiu na gargalhada, enterrando o rosto no seu


pescoço dela enquanto ele a colocava de lado, o encarando, os
braços dele envoltos firmemente em torno dela, pressionando
o torso dela bem forte contra seu peito.

— Pare de me abraçar, — ela resmungou por cima do


ombro, com as mãos entre eles empurrando.

As mãos dele deslizaram até o final das costas dela,


bem acima sua bunda e ele apertou.

135
— Eu não consigo evitar, meu bichinho, você está
totalmente abraçável.

— Estou abraçável?

Ele levantou a cabeça e sorriu para ela.

— Totalmente.

Os olhos se estreitaram.

— Sabe Lucien, você precisa se decidir. Ou você é este


cara ou você é o cara idiota e controlador que eu conheci na
Seleção ou você é o cara quase assassino da noite passada.
Escolha um. Estou ficando confusa.

Ele se afastou um pouco, inclinou seu cotovelo e


apoiou a cabeça em sua mão, olhando para ela.

— Eu sou todos aqueles caras...

— Podemos fazer um acordo onde eu posso começar a


escolher qual eu quero?

Ele ainda sorria quando perguntou:

— E qual você escolheria?

— Nenhum deles, em um mundo perfeito. — Ela riu e


falou com ele. — Mas este, uma vez que não vivemos em um
mundo perfeito.

— Sorte para você, você tem este agora.

— Então este me devolveria meu telefone.

136
O sorriso dele morreu.

— Eu não vou devolver seu telefone.

— Ok, então, — ela rebateu. — Nem o que é um pouco


tolerável. Tenho o idiota, o controlador.

Ele ignorou suas palavras acaloradas e disse:

— Há coisas que você precisa aprender.

— Sim, e se eu pudesse ligar para a minha mãe, ela me


ensinaria.

— Eu vou te ensinar.

A boca dela se fechou e ela o encarou antes de


perguntar em uma voz suave e atordoada:

— Você?

— Eu.

— Por que você?

Tinha sido uma benção que ela tivesse sido expulsa de


Estudos Vampíricos embora o motivo o irritasse. Ela não
tinha ideia de seu papel ou das limitações dele. Tudo o que
ela sabia era que o contrato ia direto ao rosto da lei. Até que
ele soubesse o porquê dos Buchanan a terem enviado para
ele mesmo depois de examinar o contrato alterado, ela não
teria nada a ver com eles ou qualquer um.

137
Enquanto isso, seu caminho estava claro, pelo menos
com Leah.

E isso era tudo o que era importante.

Ele, obviamente, não lhe disse nada disso.

— Porque a ideia de fazer isso me diverte.

Ela revirou os olhos.

— Leah, — ele chamou e o olhar dela foi para seu. —


Vou levar sua instrução a sério e eu espero que você faça o
mesmo.

— No caso de você não ter notado, não há ninguém


para passar notas e eu não tenho um telefone para que eu
possa trocar mensagens com meus amigos.

Ele estendeu a mão e passou os dedos pelo cabelo


macio no lado de sua cabeça. Um homem mortal poderia não
ter notado o arrepio delicado que trespassou através da pele
dela ao seu toque. E um mortal não perceberia a repentina
aceleração do coração dela.

Lucien não.

Isso o agradou.

Enormemente.

Ele não fez nenhuma menção disso nem lhe deu


qualquer indicação que sentiu.

138
Seus olhos colados com os dela.

— Bom, então terei sua completa atenção.

— Podemos começar? — Ela retrucou.

— Você é muito impaciente, — ele lhe disse, lutando


contra um sorriso.

Os olhos dela foram para a boca dele e se desviaram


quando ela anunciou:

— Eu sou um monte de coisas, nenhuma delas é boa.

— Notei que é um monte de coisas, meu bichinho, mas


eu discordo. Eu acho que todas elas são boas.

Ela fechou os olhos em desespero enquanto


murmurava:

— Ótimo.

Ele riu e deslizou para debaixo dela, puxando-a sobre o


seu corpo, até que ela ficou quase que completamente em
cima dele, parte dela estava ao seu lado contra as costas da
espreguiçadeira. Ele manteve seus braços em volta da cintura
enquanto ela se apoiava no antebraço e olhava para ele. O
cabelo dela caía em uma espessa cortina em volta do seu
rosto, a fragrância dele o envolvia em uma mistura inebriante
de peônias com um toque de toranja.

Ele conteve a vontade de puxar o cabelo dela e ela para


mais perto e, ao invés disso, falou,

139
— Começaremos com a noite passada, não?

— Finalmente, — ela suspirou e ele deu-lhe um aperto


suave, mas inconfundível.

— Leah, — ele acrescentou uma advertência verbal à


física.

Ela respirou fundo e exalou alto.

Em seguida, ela convidou,

— Comece, oh Grande Mestre.

Mais uma vez ele lutou contra um sorriso.

— Você está prestes a ganhar outro abraço.

— Você já está me abraçando.

Ele deixou a sensação dela, a visão dela e o aroma


divino dela lhe penetrarem.

Ele perdeu o foco e uma de suas mãos percorria a


espinha dela, enquanto ele murmurava:

— Na verdade, estou.

— Lucien, — ela chamou. — Você vai me dar a grande


sabedoria vampiresca?

Ele preferia beijá-la. Ele também preferia rasgar as


roupas dela e provar de sua pele, dos seus seios, do calor
entre as pernas dela.

140
Ele não fez nada disso não importou o quanto quisesse.

Em vez disso, ele disse a ela:

— Ontem à noite não saiu como eu planejei.

Ele a observou pressionar os lábios em um esforço para


reprimir suas próprias palavras.

— Você fez com que saísse do controle, meu bichinho,


— disse ele calmamente e as sobrancelhas dela se ergueram
quando ela, reflexivamente, empurrou seu peito, novamente
sem sucesso.

— Eu? — Ela perguntou rápido quando parou de


empurrar.

— Você, — ele respondeu de volta.

— Como eu fui responsável pela noite passada?

— Você ficou muito excitada.

— Muito... — ela fez uma pausa e repetiu, — muito...


— Em seguida, ela fez um barulho estrangulado, incapaz de
continuar.

A mão dele deslizou mais para cima das costas dela,


pegou uma mecha do cabelo e ele começou a torcê-lo em
torno de seu dedo.

— Você me queria, — ele murmurou e ela engoliu em


seco.

141
— Não queria, — ela sussurrou-lhe a mentira.

— Você queria, eu senti o cheiro.

Ela arregalou os olhos e entreabriu os lábios. Lucien


decidiu que era a sua favorita dentre as muitas expressões de
Leah.

— Meus sentidos são muito mais aguçados que o seu,


— ele explicou.

— Eu sei disso.

— Então, você sabe que eu posso sentir o cheiro da sua


excitação.

Os olhos dela se afastaram para longe e ela murmurou


com vergonha:

— Eu não sabia disso.

Ele descobriu que estava surpreso com o embaraço


dela, encantado, mas surpreso. Mesmo assim, ele procurou
aliviá-la.

— Eu queria você também, — ele disse a ela


suavemente.

Os olhos dela deslizaram para trás fugazmente, ele viu


o rosa nas bochechas dela aparecerem e ele ouviu seu
coração dar um pulo. Em seguida, ela mudou seu olhar para
estudar o braço da cadeira.

Seu braço apertou a cintura dela.

142
— Olhe para mim, meu bichinho.

Ela hesitou e depois fez o que ele mandou.

— Vampiros são humanos, — ele a informou e em vez


de apenas seus lábios ficarem entreabertos, a boca dela é que
ficou boquiaberta. Ele continuou, apesar de sua reação de
espanto. — A teoria é, que nós sofremos mutação a partir do
homo sapiens há muito tempo. Com o passar os milênios,
nós desenvolvemos traços, instintos, habilidades necessárias
para a nossa sobrevivência e para a sobrevivência das
espécies que nos mantêm vivos.

Ela continuou a olhar para ele, então, sussurrou:

— Você é humano?

— Uma espécie de humano, sim, do tipo imortal.

— Não é magia negra?

Ele balançou a cabeça e disse:

— Não.

— Sobrenatural?

— Não.

— Paranormal?

— Leah, eu sou como você, só que diferente.

— Sim, você é muito diferente! Você chupa sangue


humano! — Sua voz se elevou e ela tentou se afastar, mas ele

143
parou de torcer o cabelo dela e puxou-a para mais perto com
ambos os braços em volta dela.

— Nos alimentamos de sangue humano, sim.

— Isso é errado.

— É natural.

— É uma loucura!

— Isso vem acontecendo desde o início dos tempos.

Ela balançou a cabeça olhando para qualquer lugar


exceto para ele, visivelmente incapaz de processar esta
informação.

— Isso é loucura, — ela murmurou com uma ponta de


histeria.

— Não é.

Finalmente, ela olhou para ele.

— É doente.

Os braços dele se apertaram ainda mais e ele detinha o


controle de seu temperamento, mas sua voz o traiu quando
ele explicou:

— Você deveria saber que isso é ofensivo, meu


bichinho.

Os olhos dela se desviaram e ela falou em tom


acusatório por sobre o ombro,

144
— Você se move mais rápido do que qualquer um que
eu já vi. Isso não é natural.

— Você nunca esteve com um vampiro.

— Você cheira coisas, ouve coisas...

Ele a cortou.

— Leah, isso não é difícil de entender.

Seus olhos dispararam para os dele.

— É fácil para você dizer!

— Espécies vêm evoluindo desde que o planeta se


formou. É totalmente natural, o que posso fazer, como posso
alimentar. É quem eu sou. É o costume do meu povo.

— Eu não posso acreditar nisso, — ela sussurrou.

— É verdade.

Ela o estudou brevemente, seus olhos trabalhando,


seus pensamentos mudando, expressões selvagemente
diferentes, rapidamente, passeavam em suas feições,
permanecendo em uma. Desconfiança misturada com horror.

— Então, o que, nós somos a sua presa? Meu povo, é


isso. Neste “mundo natural” seu.

Ele não hesitou em sua resposta:

— Sim.

145
Ela ficou paralisada e olhou para ele, claramente
atordoada, tanto pela sua resposta e sua honestidade.

Ele se aproveitou.

— O que eu ainda não expliquei é que há mais que


podemos fazer. Algo que eu não fiz ontem à noite. Algo que
teria feito as coisas ficarem muito melhor para você, se você
não tivesse me feito perder o controle.

Ela cerrou os dentes em outra menção de sua


responsabilidade pelos acontecimentos da noite passada
antes de perguntar:

— E isso seria?

— Eu posso anestesiar sua pele.

O corpo dela estremeceu antes que ela dissesse:

— Como é?

— Antes da alimentação, somente antes da


alimentação, minha saliva tem um agente anestésico que se
libera. Não só anestesia, ele tem propriedades curativas.
Fortes. A cura começa antes mesmo de eu terminar a
alimentação.

Leah piscou, a desconfiança e horror se foram,


confusão e descrença tomaram seu lugar.

Lucien continuou,

146
— Se eu tivesse preparado você antes de começar, você
não teria sentido a carne rasgando, apenas a alimentação, o
que é altamente prazeroso para os mortais.

O rosto dela, instantaneamente, assumiu a expressão


que ele gostava, aquela cheia de admiração.

Então ela disse:

— Você está brincando.

Ele balançou a cabeça.

— Sua espécie acha que é uma experiência sensual.

— Não, — ela balançou a cabeça, empurrando para


cima de novo, não chegou a lugar nenhum e desistiu, caindo
contra ele. — Eu estava errada sobre o que você disse antes.
Aquilo não era loucura. Isso é loucura.

— Não é.

Ela o ignorou e seus olhos se estreitaram.

— Então por que você não... me preparou?

O braço dele em sua cintura circundou mais. Sua


outra mão deslizou pelo o pescoço dela e para dentro de seu
cabelo, trazendo seu rosto mais perto.

Calmamente, ele explicou,

— Você estava excitada, movendo-se contra mim,


agitada, estimulada. Você se sentiu bem. Você cheirava bem,

147
— a voz dela mergulhou fundo naquela memória, — tão boa
para caralho que eu perdi o controle.

A cabeça dela era pressionada contra a mão dele e não


parou mesmo que seu esforço fosse inútil.

— Amanhã à noite, quando fizermos de novo, vou


prepará-la, — ele murmurou, os olhos dele caindo na
garganta dela.

Ela parou de lutar e ele ouviu o pulso dela enquanto


ele se acelerava.

— Não, — ela sussurrou.

Ele ergueu seu olhar para se fixar no dela.

— Você vai gostar.

A voz dela continha um tremor quando ela falou:

— Você disse isso na última vez.

— Amanhã, eu não vou estar com tanta fome. Amanhã,


eu vou cuidar de você.

— Eu supostamente tenho que confiar nisso?

A voz dele estava muito séria quando ele respondeu:

— Sim, Leah. Com a alimentação e com tudo, você


deveria confiar em mim.

A cabeça dela se sacudiu contra a mão dele e os dedos


dele se enroscaram em seu cabelo até que ela ficou parada.

148
— Eu não confio em você, — ela retrucou.

— Você vai, — ele retrucou de volta.

— Eu não vou.

— Você irá.

— Nunca, — ela sibilou, perdendo seu choque e ficando


com raiva.

Maldição, ela era teimosa.

— Eu vou ter que provar isso para você, — ele


prometeu.

— Eu nunca vou fazer aquilo de novo, — ela anunciou


e os dedos dele torceram o um pouco o cabelo dela conforme
sua paciência diminuía.

— Você irá, amanhã à noite. — Sua voz era implacável.

— Só sobre o meu cadáver, — ela falou, seus olhos


brilhavam, seu insulto estava claro como cristal e ele sentiu
isso cortando dolorosamente seu interior.

— Sem chance, — ele falou em troca.

Ela olhou para ele. Ele fez uma careta de volta.

Ela cedeu primeiro quando exigiu saber,

— Será que já acabamos com a minha lição hoje?

— Sim, — ele rosnou.

149
— Bem, então você está indo?

— Não.

O corpo dela se sacudiu novamente e ela perguntou:

— O quê?

— Essa é a resposta para a segunda parte da sua


pergunta anterior. Eu não vou embora. Vou passar a noite
aqui.

Seus olhos se arregalaram novamente quando ela


perguntou:

— Por quê?

— Eu gosto do seu cheiro quando eu durmo.

— O quê? — Ela gritou horrorizada.

— E a sensação da sua presença, — continuou ele.

Ela revirou os olhos e murmurou,

— Oh, meu Deus. Isso só fica pior e pior.

Ele ignorou a oração não verbal dela e falou,

— Leah. — Os olhos dela se voltaram para o rosto dele


e ela voltou a olhar firmemente. — Estarei aqui todas as
noites.

Seu nariz se franziu antes de ela murmurou,

— Sim. Fica pior e pior.

150
Lucien decidiu que era o suficiente e que era hora de
seguir em frente. Por isso, ele continuou.

— Agora, você tem três opções, — informou ele.

A cabeça dela se inclinou e sua mandíbula se apertou


antes que ela falasse através dos dentes trincados,

— Que são?

— Você pode compartilhar uma bebida comigo


enquanto eu janto, a sua sendo não alcoólica.

— Próxima, — ela retrucou.

— Você pode colocar sua roupa de dormir, ir para a


cama e ler.

— Isso dá para fazer.

— Eu vou me juntar a você.

— Próxima, — ela exigiu imediatamente.

— Por último, você pode começar a sua próxima lição.

— Que seria?

— Eu lhe ensinar como eu gostaria de ser beijado.

Seu rosto empalideceu e o corpo dela ficou paralisado.

Depois de um longo momento, ela sussurrou,

— Eu vou escolher a porta número dois.

151
Ele se livrou de sua irritação e impaciência
instantaneamente pois escolheu assim. Embora a sua
escolha fosse, na verdade, a número três, mas ele sabia que
ela não estava pronta para isso ainda.

Os dedos dele soltaram-lhe o cabelo e sua mão, em


concha, segurou a cabeça dela, trazendo seu rosto para mais
perto dele.

— Eu disse que escolho a porta número dois, Lucien,


— ela respirou, empurrando a cabeça contra a mão dela.

Ele a pressionou para frente até que a boca dela


estivesse a um fôlego da sua.

— Vá trocar de roupa. Eu preciso de comida, falar com


Edwina e eu vou te encontrar na cama.

— Certamente, oh Grande Mestre.

Com as palavras dela, Lucien mudou de ideia e decidiu


que sua próxima lição seria agora. E que lição seria que você
sempre deve respeitar um vampiro.

Ele trouxe a cabeça dela para frente um fôlego de


distância e os lábios dela roçavam levemente sobre o dele.

— Esta é a sua única advertência, meu bichinho. Se


você me chamar de “Oh, Grande Mestre” de novo, eu vou ser
obrigado a puni-la.

152
Ela sustentou o olhar desafiadoramente, sua boca
suave contra a dele, sua cabeça pressionando contra sua
mão.

Segundos se passaram.

Então, Lucien ficou desapontado em ver, que ela parou


de lutar e ele observou as pálpebras dela lentamente caírem
em derrota.

Um rápido segundo depois, suas pálpebras levantaram,


seus olhos inflamaram e ela sussurrou apaixonadamente
contra a boca dele:

— Deus, eu te odeio.

Ele sorriu contra seus lábios.

Sim, ele estava certo, ela estava totalmente


encantadora.

153
Capítulo Seis

O Beijo

Meus olhos se abriram para uma parede de pele


lustrosa sobre os músculos duros de um peito enorme.

Olhei para ele, confusa.

Justin tinha cabelo no peito. Será que ele raspava o


peito?

E ele estava malhando, tipo, muito?

Então me lembrei de que este não era Justin. Justin


estava muito longe. Há quatro meses desaparecido.

Este era Lucien.

Lucien que me deixou ontem à noite para conseguir


comida e conversar com Edwina. Lucien que voltou meia hora
depois, carregando um olhar e uma bolsa de couro preta cara
que parecia cheia. Lucien que desapareceu no banheiro e
saiu 10 minutos mais tarde vestindo nada além de um par de
pijamas pretos, com calças de cordão, me deixando ver pela
primeira vez seus bíceps protuberantes, antebraços

154
musculosos, ombros largos, clavícula e tórax definidos
afinados que estreitavam em um pacote de seis.

Sem brincadeira, ele era perfeito a partir do topo da


cabeça até a cintura. Cada centímetro.

Eu parei de respirar e tentei não babar.

Ele sentiu totalmente minha reação. Eu sabia disso


porque seus olhos diminuíram e ele sorriu.

Minha primeira reação foi ofegar quando seus olhos


ficaram todo vampiro sexy e tudo mais.

Minha segunda reação foi muito diferente. Eu resisti


(mal) o desejo de lançar meu livro nele.

Ele ficou na cama ao meu lado. Eu o ignorei, virando


de costas para ele e me concentrando em meu livro, uma
página que li quinze vezes antes de me afundar.

Eu não sabia o que Lucien estava fazendo. Eu não


olhei. Eu acho que ele estava lendo porque ouvi páginas
virando. Ele não me tocou e eu finalmente acabei apagando a
minha luz e tentei dormir.

Ele não fez o mesmo. Ele continuou fazendo o que quer


que fosse que estava fazendo por um bom tempo mantendo a
luz acesa.

Eventualmente, isso me obrigou a perguntar, irritada:

— Você nunca vai desligar a sua luz?

155
— Em um minuto, meu bichinho.

Deus, eu odiava quando ele me chamava de seu


“bichinho”. Era muito pesado.

— Eu não consigo dormir com a luz acesa, — Eu o


informei, irritada, ainda de costas para ele, falando com a
parede oposta.

— Você vai aprender, — ele respondeu casualmente.

Eu apertei minha boca fechada. Então eu estava lá e


fervia. Lucien tomou seu tempo e eu pensei que foi uma
incrível falta de consideração. Finalmente, ele apagou a sua
luz.

Comecei a forçar-me a relaxar.

Este esforço foi imediatamente considerado inútil


quando ele me puxou para ele, o comprimento das minhas
costas pressionadas ao comprimento de sua frente e seu
braço apertado ao meu redor.

— Eu não sou uma aconchegadora, — eu compartilhei.

— Você vai aprender isso também, — ele voltou.

Que idiota!

— Lucien... — eu comecei.

Ele me cortou.

— Quieta, Leah, eu estou cansado.

156
Ele disse isso como se ele esperasse que eu obedecesse
sem questionar. O que eu supunha que ele fez. E pior, eu não
tinha praticamente nenhuma escolha a não ser fazê-lo.

— Minha vida é uma merda, — eu anunciei no escuro.

Ele riu contra o cabelo na parte de trás da minha


cabeça.

Eu não sei quando ele adormeceu. Nem quando eu o


fiz. Eu só sei que eu fiz, porque agora eu estava de frente
para ele, olhando para seu peito glorioso.

Eu tinha que sair dali.

Meu corpo ficou tenso com o voo. No instante em que o


fez, sua mão subiu, agarrou um punhado de cabelos e me
puxou para baixo, forçando minha cabeça para trás. Eu olhei
para o seu rosto ainda sonolento e prendi a respiração.

Eu o odiava, mas não havia como negar que ele era


lindo, especialmente na parte da manhã com o rosto ainda
sonolento.

Sua cabeça estava inclinando para mim e antes que eu


pudesse processar o significado por trás de seu movimento,
sua boca estava na minha.

Isso me surpreendeu. Não que ele fosse me beijar


porque a descrição do meu trabalho era muito clara.

Não, o que me surpreendeu foi que o beijo foi suave,


gentil, exploratório, não foi difícil, exigente e invasivo.

157
Fiquei tão surpresa que eu nem sequer pensei em me
soltar.

Seus lábios se moviam nos meus na descoberta


sensual, com a cabeça inclinada muito ligeiramente
pressionando mais profundo. Foi bom, me mexendo, mas não
me assustando.

Senti em seguida o calor de seu corpo, a pele macia


sobre o forte músculo do peito em minhas mãos. Isso foi bom
também.

Sua mão no meu quadril deslizou para as minhas


costas, logo acima da minha bunda me pressionando.

Mais calor, mais dureza, mais pressão sobre a minha


boca, tudo isso controlado, mas delicioso. Sem pensar eu
ajudei me contorcendo para chegar mais perto, gostando do
que eu estava sentindo.

Ele abriu a boca sobre a minha e, como se fosse a coisa


mais natural do mundo, a minha abriu sob a sua.

Sua língua deslizou para dentro.

Num piscar de olhos toda a exploração suave tinha ido


embora. No minuto em que sua língua tocou a minha, meu
corpo explodiu. Meu estômago caiu, meus dedos dos pés
curvaram, meus mamilos endureceram e eu senti uma onda
de fogo correndo entre as minhas pernas.

Foi fantástico.

158
Incapaz de me conter e nem mesmo tentar, eu
pressionei contra ele o corpo inteiro, tentando chegar o mais
perto que pode. Mesmo estando deitada, minhas mãos
deslizaram por seu peito e seguraram em seus ombros com
força, como se se eu não fizesse, eu cairia.

No meu toque, ele rosnou baixo no fundo de sua


garganta, o poder dele vibrando através de minha boca,
contra a minha língua e eu perdi. Não que eu tivesse muito a
perder.

Uma das minhas mãos empurrou debaixo do braço,


envolvendo em torno de suas costas. A outra enrolada em
volta do pescoço e para cima, deslizando em seu cabelo
espesso e macio.

Ele rolou para cima de mim, inclinando a cabeça ainda


mais, aprofundando o beijo, com a mão nas minhas costas
deslizando sobre minha bunda, me colocando, pressionando.
Nossas línguas emaranhadas e ele provou bonito. Eu nunca
tinha experimentado qualquer um (especialmente na parte da
manhã), que incrível.

Eu gostei. Eu ansiava por ele. Eu queria mais e eu


peguei. Levei-o como eu precisava, como se a minha vida
tivesse um limite e se eu não conseguisse tanto dele quanto
eu pudesse, eu pararia de respirar no instante seguinte.

Ele sentiu a minha urgência e me rolou totalmente a


minha volta, o peso dele me prendendo, seus quadris
esmagavam os meus e eu podia sentir sua excitação. Meu

159
corpo respondeu com um delicioso frio na barriga e uma
onda de calor no meu âmago. Minha mão apertou seu cabelo
e eu não me importei se estava doendo. Eu o segurei durante
todo o tempo que demorei para sentir que aquele beijo
alucinante era suficiente.

De repente, sua boca arrancou da minha. Sua cabeça


foi para cima e inclinou ligeiramente para o lado.

Eu não gostei disso.

Eu segurei seu cabelo apertado em meu punho, meu


corpo se contorcendo sob ele para ressuscitar nosso contato,
minha respiração estava ofegante.

— Temos companhia, — ele murmurou, seus olhos


escuros e sem foco, um olhar estranho de aborrecimento em
seu rosto.

— O quê? Eu respirei.

Ele olhou para mim e quando ele o fez seu rosto


suavizou.

— Companhia, — ele repetiu e eu não processei isso.


Eu não podia. Minha concentração estava totalmente
centrada em sua boca, seus olhos, seu rosto, seu corpo, sua
dureza, seu calor e do intenso sentimento muito agradável
entre as minhas pernas.

Seu rosto chegou mais perto e minha mente e meu


corpo se alegram.

160
Mas ele não me beijou (infelizmente).

Em vez disso, sua mão segurou meu queixo e ele


murmurou,

— Eu não posso nem dizer o quanto me agrada que


você não precise de instruções para me beijar como eu gosto.

Isso me agradou muito. Intensamente. Considerando


que eu o odiava com todas as fibras do meu ser isso também
me confundiu. Intensamente. E, considerando que eu o
odiava com uma profundidade que era assustadora, isso
também me irritou. Ainda mais intensamente.

Antes que eu pudesse chegar a um acordo com tudo


isso, sua boca roçou a minha e então ele sussurrou,

— Eu volto logo.

Num piscar de olhos, ele estava fora da cama. Ele


hesitou ao meu lado, olhando para mim.

Eu pisquei, sem entender como ele conseguia se mover


com tanta rapidez sem mencionar a visão de seu peito.

Eu vi seu rosto ficar duro e ele ordenou:

— Não se mova.

Em seguida, ele foi até a porta.

Deitei na cama me perguntando o que diabos


aconteceu.

161
Meu corpo não queria saber. Ele sabe o que aconteceu.
Ele gostou do que aconteceu. Ele queria mais do que
aconteceu.

— Oh meu Deus, — eu respirei em voz alta.

Eu estava perturbada.

Eu gostei de ser beijada por um vampiro. Pior! Eu


gostei de ser beijada por Lucien, o Grande, Mau, Idiota e
Controlador Vampiro.

Eu tinha enlouquecido.

Em seguida, ele disse que eu tinha companhia.

Como eu poderia ter companhia? Ninguém sabia onde


eu morava. Mesmo eu não tinha certeza de onde morava,
considerando que um motorista me pegou no aeroporto e me
trouxe até aqui. Eu estava muito ocupada lamentando minha
vida chata para prestar atenção para onde estávamos indo.

Ignorando sua ordem para não me mover, eu joguei as


cobertas e me levantei. Isso fez com que eu sentisse uma
onda de tontura. Claramente, eu não estava totalmente
recuperada de sua investida na Sangria.

Eu deixei minha cabeça se ajustar e em seguida, corri


para o banheiro. Agarrando meu roupão de flanela curto de
cor cremosa para fora do gancho na parte de trás da porta,
dei de ombros e corri para fora do quarto. Amarrando o cinto,

162
eu corri o mais rápido que minhas pernas conseguiram sem
tropeçar ou me causar danos corporais.

Eu voei ao redor do pouso. Quando eu estava descendo


o último lance de escadas, bem em frente a mim na porta, vi
Lucien poderosamente musculoso de volta em seu pijama. Eu
também vi que ele estava segurando-se rígido e eu não sabia
o motivo. Provavelmente, raiva ou frustração.

Eu também vi que ele estava de frente para minhas tias


Kate, Millicent e Nadia, todas estavam de pé ao lado da porta.

Aleluia!

Antes de fazer meu caminho até a porta e abrir minha


boca para falar, Lucien virou seu corpo e ficou de frente para
mim. Eu peguei o olhar em seu rosto e percebi que não era
raiva ou frustração.

Era fúria.

Eu não cheguei a cumprimentar a minha família.


Lucien falou primeiro.

— O que eu disse a você? — Ele perguntou, sua voz tão


dura que foi uma chicotada.

— Desculpe? — Perguntei parando a dois passos do


final da escada, em um esforço de autopreservação. Eu
esperava que a distância fosse me ajudar a evitar o chicote
quase físico de sua língua.

163
— O que eu disse a você? — Ele repetiu, voltando
lentamente para mim.

Meus olhos brilharam para as minhas tias que estavam


olhando pálidas e preocupadas, os seus olhares se
deslocavam entre Lucien e eu.

— Volte lá para cima, — Lucien falou quando eu não


respondi.

Eu olhei de volta para ele e disse o que eu achava que


era logico,

— Mas, minhas tias estão…

Eu não terminei.

Eu me encontrei encima do seu ombro e no quarto


onde ele me jogou na cama. Isso aconteceu tão rápido que a
única coisa que eu podia sentir era o vento criado por seu
movimento.

Eu saltei sobre a cama uma vez, duas vezes, olhando


para ele.

Então eu disse em um sussurro furioso:

— Você não fez exatamente…

Lucien me interrompeu.

— Não se mexa.

164
A raiva me envolveu, eu fiquei de pé sobre a cama e
gritei:

— Não se atreva a me dizer…

Ele me cortou novamente, desta vez usando o controle


da mente.

Deite-se, Leah.

Eu lutei contra ele. Bem, minha mente fez. Isso durou


cerca de três segundos.

Humilhantemente rápido, me deitei na cama.

Sinta-se confortável, ele ordenou e eu fiz como me foi


dito com o melhor que pude, quando eu estava lutando
contra a minha mente que estava em seu domínio.

Não faça um barulho e não faça nenhuma jogada de


merda, ele terminou e, sem mais delongas, ele saiu.

Deitei-me na cama imóvel, mas confortável conforme se


passavam os minutos. Havia se passado um bom número
deles antes que ele retornasse. Eu não tinha ideia do por que
vieram minhas tias ou por que eles estavam mesmo aqui. Eu
não tinha ideia do que estava acontecendo.

A única coisa que eu sabia era que eu o odiava agora


mais do que nunca.

165
Ele sentou-se ao lado da cama. Meus olhos o viram
fazer isso e eu gritei meu ódio por ele na minha cabeça
enquanto ele me puxava pela cama para o seu colo.

Eu não lutei. Eu não fiz porque eu não podia me


mover.

Seus olhos presos nos meus.

— Você tem que aprender a me respeitar.

Vá para o inferno! Minha mente gritou.

Ele balançou a cabeça e me segurou mais perto,


falando baixinho,

— Você precisa aprender esta lição, bichinho.

Foda-se e não me chame de bichinho! Minha mente


gritou.

Ele segurou o meu corpo em seus braços e me olhou


com o olhar calmo enquanto eu tentava desesperadamente
disparando raios laser dos meus olhos a aniquilá-lo.

Isto, infelizmente, não funcionou.

— Eu não vou tolerar desobediência. — Ele continuou


falando baixinho.

Não duh? Minha mente perguntou sarcasticamente.

Ele suspirou e então declarou:

166
— Leah, se você me desafiar novamente, especialmente
se você fizer isso na frente dos outros, você vai ser punida.

Faça o seu pior! Minha mente o desafiou. Não pode ser


pior do que o que você já fez.

Ele parou de usar sua voz de vez e falou diretamente a


minha mente. Você não tem ideia.

Deslumbre-me, minha mente estalou.

Nossos olhos se encontraram por longos momentos


antes de ele aceitar o meu desafio. Como quiser. Hoje à noite
eu me alimento. Em seguida, seu castigo começa.

Eu não posso esperar, eu menti.

Eu definitivamente poderia esperar. Essa coisa toda foi


me enlouquecendo.

Ele olhou com raiva, mas conformado, ele murmurou,

— Teimosa.

Minha mente ficou em silêncio.

— Seu castigo será tão difícil para mim como é para


você, Leah.

Boa! Minha mente jogou para fora.

Seus olhos se moviam sobre o meu rosto, a raiva


derivou do seu e eu podia jurar que ele parecia quase
satisfeito.

167
— Uma coisa sobre você, bichinho, você não é uma
decepção.

Eu não tinha ideia do que ele quis dizer com isso e,


portanto, não teve uma réplica.

Senti minha mente livre, o meu corpo ao meu comando


novamente e eu não hesitei. Sai do seu colo e apoiei-me
rapidamente quando se levantou do lado da cama.

— Minha lição esta noite pode ser sobre como matar


vampiros? — Eu perguntei em uma voz feia.

Chocantemente, Lucien respondeu imediatamente,

— Queimados até que virem cinzas, em seguida


espalhe os restos mortais.

— Bem, então Lucien, é melhor você pedir a Edwina


para esconder fósforos de merda, — retruquei e sem outra
palavra virei em meus calcanhares e corri para o banheiro,
batendo a porta e trancando-a.

Eu coloquei minhas costas na porta e fui escorregando


minha bunda até o chão.

Eu descansei minha testa nos joelhos e percebi que o


meu corpo inteiro estava tremendo.

Deus, eu o odiava.

*****

168
Este foi o resto do meu dia em branco:

Em primeiro lugar, eu tinha que sair do banheiro. Eu


não poderia viver lá, tanto quanto eu queria naquele
momento. Havia água, mas não havia comida e eu estava
com fome.

Quando eu sai a cama tinha sido feita e Edwina estava


arrumando a mesa entre as poltronas com pratos e talheres.

Ela se virou para mim, toda governanta alegre, e sorriu,


perguntando:

— E como é que vamos esta manhã?

— Mortal, — eu respondi.

Seu corpo se contraiu e com a cabeça inclinada para o


lado em forma de um pássaro estranho.

Ela levou um momento para me estudar.

— Eu vejo que você não está em um bom estado de


espírito, — observou ela.

— Não. Eu. Não. Estou, — retruquei. — Onde está


Lucien?

— Aqui, — ele declarou, passeando friamente como se


ele não tivesse acabado de me humilhar, me impedir de ver
minha família, me algemando com sua mente.

— Você não partiu ainda? — Eu joguei a minha


pergunta.

169
— Eu estava tomando banho, nós vamos compartilhar
o café da manhã, então eu vou embora.

Já estava na ponta da minha língua para dizer-lhe para


começar a se mexer quando eu percebi que Edwina ainda
estava no quarto. Não querendo uma repetição de 20 minutos
atrás, eu apertei os lábios e passei meus braços em volta de
mim.

Lucien me viu fazer isso e então, enquanto caminhava


para o banheiro, ele murmurou,

— Você está aprendendo.

Virei-me para Edwina e perguntei:

— Será que temos algum fluido de isqueiro?

As sobrancelhas de Edwina subiram até a linha dos


cabelos quando ouvi uma gargalhada do banheiro cortado em
meados de estrondo de Lucien quando ele fechou a porta.
Isso fez com que eu cerrasse os punhos das minhas mãos.

— Eu acho que não, querida, — respondeu Edwina,


confusa com a pergunta e a mímica.

— Talvez você deva colocá-lo em sua lista de compras,


— eu sugeri.

— Você está planejando um churrasco? — Perguntou


ela.

— Sim, — eu respondi. — Um dos grandes.

170
Foi quando eu ouvi a segunda gargalhada de Lucien.

Dane-se o vampiro.

*****
Lucien e eu compartilhamos o café da manhã.

Sentamo-nos nas poltronas do meu quarto e ele comia


tranquilamente ao ler o jornal, enquanto eu fazia outra
tentativa de obter feixes de laser para atirar para fora dos
meus olhos.

Desnecessário dizer que falhei nessa empreitada.

Incapaz de tomar o silêncio, perguntei:

— Por que estamos comendo no quarto?

— Porque eu quero, — respondeu ele.

— Mas por quê? — Eu empurrei.

Seus olhos presos nos meus dizendo de uma maneira


que eu estava testando e eu definitivamente não deveria.

— Desculpe por questionar você, meu Senhor e Mestre,


— eu murmurei, empurrando mais uma deliciosa torrada
francesa de Edwina em minha boca, decidindo se eu ganharia
45 quilos (o que eu podia, sem suor), ele não iria me querer
mais.

— Eu acho que eu expliquei como me sinto sobre seus


títulos sarcásticos, Leah, — Lucien me lembrou.

171
Eu olhei para ele e mastiguei.

Depois que eu engoli, informei-lhe:

— Você disse que eu não poderia chamá-lo de 'oh


Grande Mestre'.

Ele me olhou por um longo momento antes de falar.

— Você está certa, — ele disse. — Então, agora eu vou


te dizer que eu não vou tolerar qualquer um dos seus títulos
sarcásticos.

Eu girei meu garfo no ar, olhando para o meu prato,


dizendo:

— Que seja.

Mais silêncio, em seguida, Lucien dobrou o jornal e o


jogou sobre a mesa. Eu olhei para cima, esperançosa de que
ele tivesse acabado para que eu pudesse colocar em ação o
plano que surgiu no banheiro.

Ele estava me observando.

— Um pacote vai chegar hoje, — ele começou e eu


assenti, porque o prato estava limpo e eu levei isso como um
bom sinal. — Você estará vestindo o que está no pacote
quando eu chegar em casa hoje à noite.

Minha mente estava deslizando através de mil imagens


de mim em diferentes tipos de artes de escravidão. Por isso
eu perdi o seu rápido movimento em se levantar e puxar

172
minha cadeira ao redor para que ele pudesse se apoiar em
mim, uma mão em cada braço.

— Você me ouviu?

Eu olhei para ele e respondi com azedume:

— Sim, querido.

Algo brilhou em seus olhos, algo estranho, algo que


parecia alegria.

Seus olhos caíram para a minha boca e murmurou,

— Eu gosto disso.

— O quê?

— Você me chamando de 'querido'.

Que idiota eu era!

Decidi de imediato que nunca mais o chamaria assim


de novo.

Ele leu minha mente, sua mão veio ao meu pescoço e


ele ordenou:

— Eu quero que você me chame de querido a partir de


agora.

— Você está me mandando chamá-lo de 'querido'? —


Perguntei com descrença.

— Sim.

173
— Isso é loucura! — Eu protestei.

— Você vai fazer isso, — ele afirmou.

Olhei para o teto e murmurei,

— Eu sou uma idiota.

Como eu estava olhando para o teto, sua boca roçando


a minha foi uma surpresa. Quando meus olhos rolaram para
ele, pude ver de perto que ele estava sorrindo.

— Você é adorável, — ele sussurrou.

E com isso, ele saiu.

E com isso, eu fiquei com perguntando como eu


poderia detestar um ser tanto e ainda sentir um pouco de
emoção com ele me chamando de adorável e me dando um
selinho sobre os lábios.

*****
Meu plano para escapar foi frustrado.

Veja, eu decidi deixar Lucien caçar-me no chão e me


matar.

Eu não quero morrer. Eu também não acho que ele


faria isso.

Matar-me.

174
Parecia, estranho o suficiente, ele realmente gostava de
mim do seu jeito de vampiro bizarro.

Quando me encontrasse (e ele iria), eu estava contando


com o fato de que ele acharia que eu iria implorar por minha
vida, descobrir que eu era mais uma dor na bunda em seu
caminho do que valia a pena e ele me libertaria.

Era um plano ridículo que apareceu em um quadro


histérico de raiva de espírito.

No entanto, o meu dia acabou bastante movimentado e


eu nunca tive a chance de colocá-lo em ação.

Primeiro eu tentei fazer com que Edwina me dissesse se


ela sabia o que aconteceu com as minhas tias. Ela disse que
não sabia. Eu não a conhecia o suficiente para saber se
estava mentindo ou não, mas eu a deixei ir.

Em seguida, comecei a planejar minha fuga.

Obviamente, eu precisaria de dinheiro, cartões de


crédito e de identificação. Então, logicamente, eu comecei
com a minha bolsa.

Lá encontrei o que temia, detestava Lucien que não só


havia confiscado o meu telefone; ele também tinha levado
minha carteira e meu passaporte.

O bastardo.

175
Isso foi tudo bem. Eu tinha algumas peças de jóias que
valiam algum dinheiro. Eu os penhoraria para conseguir
algum dinheiro.

Fui até a gaveta da minha penteadeira que tinha uma


seção de jóias embutida forrada de veludo.

Minhas jóias não estavam lá.

Droga!

O quê? Será que ele leu minha mente no café da


manhã?

Sem desanimar, eu decidi apenas ir. Após examinar a


casa há dois dias, eu também examinei a garagem e vi o
Cayenne que Edwina me disse que Lucien tinha comprado
para mim. Eu poderia vender o Cayenne para um galpão de
carga de dinheiro.

Ao pesquisar exaustivamente e, eventualmente,


perguntar a Edwina, descobri que não havia chaves. Lucien
tinha levado.

— Ele está preocupado com você, querida, — Edwina


explicou o que ela achava que era a verdade. — Você não
estava firme em seus pés ontem. Você precisa de um pouco
de tempo para se instalar e não vai ajudar ir se divertir ao
redor do campo.

Depois de oferecer essa pérola de sabedoria, ela


rapidamente se distanciou.

176
Eu estava olhando para as costas ao mesmo tempo
considerando carregar de prata uma fronha e pegar carona
até a cidade mais próxima quando a próxima coisa
aconteceu.

A campainha tocou e Edwina e eu a alcançamos ao


mesmo tempo. Esperando que fossem minhas tias, ou
melhor, ainda, a minha mãe. Edwina sabia quem era.

Eram dois homens que vinham trazendo muitas e


muitas caixas.

Edwina estava obviamente esperando por isso e,


embora ela agisse um pouco esquisita sobre isso, mas não
compartilhasse o porquê, ela começou a guia-los em torno de
aonde as caixas iriam.

Quando os homens levaram alguma para o quarto, eu


os segui e Edwina estava esperando por eles no camarim.
Sem hesitar, ela rasgou uma aberta e começou a puxar as
coisas da caixa.

As coisas na caixa, por sinal, eram roupas masculinas.


Bem costuradas, roupas masculinas de grife caras que
pareciam caber em Lucien.

Havia um monte de roupas.

Eu saí do camarim e desci as escadas e vi que outras


caixas estavam sendo colocados em outras salas.
Principalmente a de estudos.

177
Eu estava perplexa entre este burburinho.

Ele estava se mudando?

Quer dizer, eu estava certa de que Rafe não morava


com Lana. Eu estava igualmente certa de que Duncan não
morava com a minha prima Natalie.

A propósito, eu aprendi (com o meu primo favorito) o


nome do vampiro com quem Natalie estava: Duncan, após a
minha Seleção, quando eu aprendi todos os nomes dos meus
primos vampiros. Eu tinha seis primos, quatro deles
selecionados, dois deles ainda não.

Todos eles, eu estava muito certa, não viviam com os


vampiros.

Além disso, eu tinha certeza que minha mãe não


morava com Cosmo.

Quando eu estava de pé no corredor observando os


homens voltarem para seu caminhão para pegar ainda mais
caixas, Stephanie valsou na porta aberta.

Ela parecia fantástica em uma blusa de cetim azul


royal e saia combinando que lhe cabia como uma segunda
pele e batia em seus joelhos. Seu salto alto, azul royal,
sandálias de tiras eram, há outras palavras para isso, uma
bomba.

Como mulher, independentemente da minha atual


tumultuada situação, eu não conseguia parar de chorar,

178
— Eu amei a sua roupa!

Ela colocou as mãos para fora e sorriu.

— Mara, não é? Nós vamos pegar o cartão de Lucien e


eu vou levá-la para a loja onde eu as comprei, gracinha.

Meu prazer em sua roupa desapareceu e eu enruguei


meu nariz.

— Eu acho que não, — eu disse.

Ela chegou perto, suas sobrancelhas arqueadas, um


pequeno sorriso em sua boca.

— Por que isso?

— Eu não quero nada de Lucien, — eu anunciei


grandiosamente.

Por alguma razão enlouquecida isso a fez rir em voz


alta como se eu fosse hilária.

Então, com os olhos em mim, ela sussurrou:

— Deus, eu a invejo.

Rapaz, os vampiros eram estranhos.

De repente, algo me ocorreu e eu olhei para o sol


escaldante Stephanie tinha apenas caminhado até chegar à
casa.

— Você não pode ficar ao sol! — Eu gritei e soei como


uma acusação.

179
Ela perguntou através de uma risada,

— O quê?

— Você, — eu disse apontando para ela, — apenas


caminhou pelo sol. — Eu apontei para a porta antes de deixar
cair a minha mão. — Eu pensei que a luz do sol era mortal
para os vampiros.

Confusão passou através de seu rosto antes que ela


murmurasse para si mesma,

— Os estudos vampíricos não são o que costumavam


ser.

— Fui expulsa, — Eu divulgo.

Seus belos olhos azuis se arregalaram, então ela jogou


a cabeça para trás e riu, ruidosamente eu poderia
acrescentar, o tempo todo vindo em minha direção e
deslizando o braço em volta da minha cintura. Ela me levou
para a sala onde ela se sentou de frente para mim no sofá.

— Os vampiros são humanos, — ela me disse.

Acenei minha mão entre nós e disse:

— Eu sei disso. Lucien explicou na noite passada.

— Sol não é mortal para nós.

Eu não sabia, mas eu não compartilhei principalmente


porque ela já sabia que eu não sabia disso a partir de minha
reação.

180
Ela continuou:

— Saímos a noite e voltávamos de dia. Isso é como esse


boato começou.

— Oh, — eu disse só para dizer alguma coisa.

Isso fazia sentido. Na verdade, tudo fez sentido o que


foi um pouco decepcionante. Eu preferiria que fosse magia
negra ou algo sinistro e do mal. Ele iria me dar outra coisa
para colocar no meu arquivo ‘Por que eu odeio Lucien’.

— Então, vocês obviamente não são noturnos agora, —


eu comentei.

— Alguns ainda mantem as velhas formas. — Ela se


inclinou e sorriu. — Pessoalmente, eu nunca acordei antes do
meio-dia, pelo menos. Nós ouvimos os homens voltarem. Ela
olhou por cima do ombro para a porta, em seguida, para mim
e perguntou: — O que são as caixas?

— Parece que Lucien está se mudando, — eu respondi,


incapaz de esconder o meu desagrado por esta ideia.

Ela olhou por cima do ombro para a porta de novo e de


novo murmurou baixinho:

— Ele com certeza não perde tempo.

— Perde tempo do quê? — Perguntei.

Ela olhou para mim e respondeu:

— Eu vou deixar Lucien explicá-lo.

181
Eu balancei minha cabeça.

— Stephanie, sem desrespeito, mas eu prefiro que você


mesma me explique.

Os olhos dela se suavizaram e ela disse baixinho,

— Eu acredito que as coisas não estão indo bem entre


vocês dois.

— Não, — eu respondi imediatamente.

— Será que ele não te alimenta? — Ela perguntou,


parecendo um pouco incrédula.

— Yep. Ele alimenta, — eu compartilhei. — As coisas


saíram do controle e ele se esqueceu de me anestesiar, — Eu
acenei minha mão no ar, — ou seja o que for.

Vi o rosto fechado e percebi que era para mascarar a


reação dela.

Em seguida, sua mão saiu e pegou a minha antes, ela


sussurrou em uma voz que pingava compaixão,

— Oh, querida.

Em suas palavras e o tom em que foram proferidas eu


queria chorar. Eu realmente fiz. Ela, obviamente,
compreendeu, mesmo que fosse de seu ponto de vista, não o
da vítima. Foi bom sentar em frente de alguém, mesmo
alguém que eu mal conhecia, que entendesse.

182
Mas eu não queria chorar. Senti as lágrimas, mas eu as
segurei de volta. Demorou muito, mas porra, me fez bem.

Ela viu minha luta e quando eu sai vitoriosa, ela deu


um aperto de mão firme.

— Você precisa ficar bêbada, — declarou ela, levando a


mão dela.

Eu pensei que era uma excelente ideia. Lembrei-me


então por que não podia ser uma excelente ideia.

— Lucien disse que está se alimentando de novo hoje à


noite.

Ela se levantou e me puxou com ela.

— Bom. Isso vai servi-lo bem para obter um pouco de


álcool de segunda mão em seu sistema, — ela comentou com
sentimento e se inclinou para mim, enquanto ela saiu da
sala. — Alimentar-se de alguém embriagado, — ela deu um
arrepio simulado, — tem gosto de porcaria.

Ao ter conhecimento disso, eu gostei dela planejando


melhor.

*****
Stephanie e eu estávamos fora sentadas nos bancos
que ficavam ao redor da barra da enorme ilha que separava a
enorme cozinha da copa e cozinha, área de estar confortável.
Sim, eu tinha uma cozinha, uma sala de estar confortável,

183
com um grande sofá macio, um atrativo, uma mesa baixa de
café e um gigantesco puf redondo que cabiam dois pequenos
adultos. Quem precisa de tudo isso? Eu já tinha uma sala de
estar e sala de família pelo amor de Deus!

Ambos Stephanie e eu tínhamos consumido mais do


que o nosso quinhão de martinis de vodca sob o olhar atento
e de reprovação (devo acrescentar) de Edwina quando a
próxima coisa aconteceu.

Mais caixas chegaram.

Estas não eram caixas de papelão cheias de roupas de


Lucien. Estes eram caixas pretas brilhantes de todas as
formas e tamanhos, cada uma delas amarradas com um laço
de cetim vermelho-sangue.

Em um minuto Stephanie olhou para o homem da


entrega que levava uma torre de caixas e gritou,

— Yippee! Lucien foi às compras.

Esta notícia não me deixou feliz.

— Oh, minha querida. Você pode estar mal-humorada,


mas você deve tê-lo agradado de alguma forma, — Edwina
pronunciou depois de ter perdido seu olhar severo e vestindo
um sorriso reluzente. Ela estava seguindo o entregador
número dois.

184
Ignorei Edwina e observei Stephanie que já estava
cavando o esconderijo com um abandono que foi um pouco
assustador.

Ele disse que um pacote chegaria. Um pacote.

Será que ele espera que eu use todas essas coisas ao


mesmo tempo?

Stephanie pegou um flash de material, balançando-o


ao redor e, em seguida, alisando-a contra sua frente.

— Isso é impressionante. Venha aqui, Leah, tente isso,


— ela perguntou.

Eu olhei para o que ela segurava.

Ela estava certa. Era impressionante. Foi a coisa mais


requintada que eu já vi.

Um vestido de noite de seda preto fosco, saia com uma


fenda até a frente forrada em cetim berinjela, com tampo de
cabresto e sem encosto.

Ambos os carregadores vieram de novo, cada um com


uma outra torre de caixas.

— Mais? — Eu sussurrei.

Stephanie não me ouviu ou me ignorou, provavelmente


no segundo, ela estava em uma missão.

— Venha aqui, Leah. Este primeiro, — ela estava


tremendo o vestido preto para mim, — então isso. — Ela

185
pegou o que parecia ser uma saia de cor creme forrado em
azul pálido e tinha uma prega.

Desci do meu banquinho e bêbada, cambaleei para a


área da confortável-cozinha-sala.

Eu toquei o tecido do vestido preto. Era glorioso.

Stephanie o deixou ir para virar a sua atenção para


outra caixa e eu o peguei antes que ele caísse no chão.

Eu segurei o vestido na minha frente.

Eu realmente queria gostar disso. Eu realmente,


realmente queria. Mas em vez disso, me fez sentir mais presa,
mais sufocada, mais possuída.

Lucien queria vestir seu bichinho. E eu era o seu


bichinho.

Isso me fez sentir de alguma forma suja.

— Por que diabos ele me comprou tudo isso? Eu nunca


vou usá-lo, — eu murmurei, devo dizer, arrastada. Nós
tomamos um monte de martinis.

Stephanie fez uma pausa em sua atividade alegre e


olhou para mim.

— O que você quer dizer, com você nunca vai usá-lo?

— Eu moro em uma casa no meio do nada. Meu


trabalho é ficar por aqui até um vampiro querer se alimentar
de mim.

186
Stephanie endireitou e pegou meus olhos.

— Sim, isso é parte do seu trabalho. Outra parte do


seu trabalho é sair com ele que quer mostrar-te. Na ópera.
Ou um jantar. Ou uma festa.

Deus, eu esperava que Lucien não gostasse de ópera.


Isso seria péssimo, porque eu detestava isso.

Decidi focar em outra coisa que ela disse, Lucien tinha


mencionado algo antes.

— Uma festa?

Ela assentiu com a cabeça.

— A Festa. Alguns vampiros levam suas concubinas


para Festas. Eu não, mas eu sei que de vez em quando
Lucien faz.

— O que é uma festa? — Eu perguntei e Edwina fez um


pouco de barulho e ambas, Stephanie e eu balançamos os
olhos para ela.

— Você não aprova? — Perguntou Stephanie, não


perigosamente, curiosamente.

— Não a levar as suas meninas lá, não, — Edwina


respondeu suavemente, em seguida, começou a reunir os
descartados de tecidos, fitas e caixas. — Elas podem ficar
perigosas.

187
— O que é uma festa? — Perguntei novamente, mas
Stephanie ainda estava estudando Edwina.

— Lucien nunca iria deixar nada acontecer com uma


de suas concubinas.

— Eu sei, — disse Edwina e se endireitou. — É só


que... — ela hesitou, olhou entre nós e terminou,
proclamando, — minhas meninas são boas meninas.

Isso me deixou ainda mais intrigada, então eu


perguntei, desta vez mais alto,

— O que é uma festa?

— Ela pode precisar de outro Martini para isso, —


Edwina resmungou, deixou cair os detritos e se dirigiu para o
misturador de Martini.

Eu já não estava intrigada, eu estava preocupada.


Tanto assim que eu pulei do sofá fofo no meio de uma
montanha de papel de seda, enquanto os dois homens de
entrega acrescentaram mais duas torres de caixas junto com
as outras.

Stephanie havia se colocado ao meu lado e Edwina foi


buscar os martinis frescos.

Em seguida, explicou Stephanie.

— Vampiros podem se alimentar a partir de dois


lugares, suas concubinas e qualquer mortal que frequenta
uma festa. É isso aí. Essa é a lei.

188
— Então, por que eles são perigosos? Será que eles
completam as vítimas...? — Eu parei de falar quando o rosto
de Stephanie cresceu assustadoramente duro.

— Eles não são vítimas, Leah. Eles escolhem estar lá.


— Sua voz era tão dura quanto seu rosto.

Eu ignorei a voz, principalmente porque eu não podia


imaginar que o que ela disse era verdade.

Ela estudou a minha expressão e seu rosto se


suavizou.

— Não é como foi com você e Lucien, — disse ela em


voz baixa para que Edwina, que estava arrumando meu novo
guarda-roupa extravagante, não pudesse ouvir. — A maioria
dos mortais adora. Alguns até se tornam viciados a eles. Há
até mesmo ex-concubinas lá.

Senti meus olhos revirarem e ela balançou a cabeça e


continuou:

— É desaprovado, é claro. A concubina vai perdê-la ou


a sua reputação, participando de festas depois de terem sido
libertados. Suas famílias são normalmente evitadas. Sua
linha passará a ser a não escolhidas em Seleções. Eles
geralmente não frequentam uma vez por concubina cai
principalmente porque eles não são convidados.

— Por quê? — Perguntei.

189
— Festas são onde os mortais comuns vão. — Ela
colocou a mão na minha. — Você, querida, é tudo menos
comum.

Isto soou repugnantemente superior.

Ela deve ter lido meu rosto porque ela continuou,

— Eles adoram, os mortais que frequentam. Eles não


se importam. Eles constroem suas vidas em torno deles,
viajando de festa para festa. Eles são como groupies.

E isso soou simplesmente revoltante.

— Eu ainda não entendo por que é perigoso, — eu


pressionei e Stephanie se inclinou para trás.

— Porque qualquer coisa vai, — respondeu ela. —


Muitas bebidas, música alta, dança e corpos. Qualquer
mortal é um jogo justo. Alguns têm dois, três, até mesmo
mais vampiros alimentando-os de uma vez. Existem algumas
festas, Lucien não as frequenta, onde há drogas. Sexo.
Orgias.

— Uau, — eu sussurrei e ela sorriu.

— Os bons são divertidos. Você pode ter o seu


preenchimento de tantos mortais como você quer. É ótimo.

Ele não parecia grande, mas que era só eu.

— Por que você iria levar uma concubina lá? —


Perguntei.

190
Ela encolheu os ombros.

— Para compartilhar uma outra parte de sua vida com


ela. Se você tem uma boa, para exibi-la a outros vampiros.

Algo me atingiu.

— Se alguma coisa der, e uma concubina é mortal, ela


é um jogo justo?

Stephanie hesitou por um momento antes de


responder:

— Entre os mais selvagens, com vampiros que não


cuidam bem de suas meninas, sim. Eu puxo uma respiração
e ela apressou-se: — Mas acho que Lucien não irá a essas.

— Então, é por isso que é perigoso, — eu sussurrei e


Edwina fez outro ruído. Novamente Stephanie e eu olhamos
para ela.

— Não inteiramente, — Stephanie respondeu, olhando


para trás de mim.

— O que é inteiramente? — Eu empurrei.

Stephanie suspirou antes de dizer:

— Mesmo com os bons, as coisas podem sair do


controle. Os vampiros são o que somos. Não é inédito para
ninguém que tem sede de sangue. No auge da sede de sangue
de um vampiro vai para qualquer coisa mortal. Não é
incomum para as concubinas serem usadas por outros

191
vampiros, mesmo oferecidos pelo seu próprio vampiro para
seus amigos.

— Oh meu Deus, — eu respirei.

— Lucien não faria isso, — ela correu para me garantir.

— Oh meu Deus, — eu respirei novamente.

Ela se inclinou para mim.

— Leah, a sério, Lucien nunca compartilha. Nunca.


Você tem que acreditar em mim. Estou falando muito sério.

Eu só olhava para ela.

Ela continuou falando.

— Ele irá perceber se as coisas forem se deteriorando e


ele te tirara de lá. Isso não importa. Nenhum vampiro é
estúpido o suficiente para tocar o que é de Lucien. Ele
queimará. Lucien teria certeza disso. Ele faria isso sozinho.
Ele mesmo fez isso antes.

— Fez o que antes?

— Queimou outro vampiro. Se não me falha a memória,


ele fez isso duas vezes. Uma vez foi depois que algo aconteceu
em uma festa. O outro vampiro nem sequer se alimentou de
sua concubina, ele apenas tocou. Lucien enlouqueceu, caçou,
o fez queimar. O segundo foi…

Ela não terminou, eu a interrompi sussurrando,

192
— Fez ele queimar?

Stephanie assentiu.

— Lucien matou sem um pensamento e ele tinha


estado dentro de seus direitos. Você não toca a concubina de
outro vampiro. A maioria dos vampiros o encobriu, fazendo
um acordo monetário. Eles não o levaram tão longe. Qualquer
dinheiro que troca as mãos que eles dão para a sua
concubina para comprar seu silêncio. Mas Lucien iria levá-la
tão longe, não há dúvida sobre isso. Se isso acontecer, ele
reflete sobre seu vampiro. Ele vai buscar vingança e vos será
concedida. E ela pode exigir a libertação imediata, o que
também será concedido.

— Pode-se exigir a libertação? — Eu estava bêbada


demais para mascarar a esperança na minha voz.

— Sim, — respondeu Stephanie. — É o mesmo que


negligência que é motivo para a libertação incondicional.

Minha mente embriagada lembrou de ler o meu


contrato.

Por que eu não tinha pensado nisso antes?

Havia motivos para libertação incondicional.


Negligência, que Lucien definitivamente não tinha feito, e de
extrema crueldade, que ele poderia ter feito.

Meu cérebro estava bêbado produzindo então eu não


percebi Stephanie chegando perto.

193
— Isso não conta, — disse ela em voz baixa, lendo
meus pensamentos bêbados. — Isso acontece com todos nós,
não muitas vezes, mas acontece. Estou surpresa que
aconteceu com Lucien, mas não surpresa ao mesmo tempo,
considerando-se que é você. Nós perdemos o foco ou controle.
Nós somos vampiros, você é uma concubina. É a natureza da
relação.

Lá estava ele. Minhas esperanças foram frustradas.

Mais uma vez.

— Eu não gosto de nada sobre o relacionamento. Nem.


Uma. Coisa, — eu anunciei e depois dei um grande gole no
meu Martini.

Quando eu fui engolir, eu peguei um sorriso maroto


dela.

— Eu vou te ligar amanhã de manhã depois que ele se


alimentar esta noite e vamos ver o que você diz sobre o
relacionamento, então.

Revirei os olhos. Stephanie riu.

— Você não tem mais caixas para abrir? — Perguntei


com sarcasmo.

Ela olhou para as caixas na mesa de café, seus olhos


se estreitaram e ela estendeu a mão para pegar uma.

— Está tem uma nota sobre ela. Ela arrancou o arco


usando o cartão de creme espesso que estava grudado. — Ela

194
diz: — Isto é para hoje à noite '. — Ela virou-se para me
encarar. — Essa é a letra de Lucien.

Olhei para o poderoso rabisco negro cortando o papel,


em si era uma ordem, mesmo que eu não conseguisse
distinguir as palavras que pareciam estar se movendo sob
meus olhos. É claro que era a sua caligrafia.

Ela empurrou a caixa em minhas mãos.

— Abra. Eu tenho que ver isso.

— Não, — eu empurrei de volta, — você abre.

Ela empurrou-o de volta para mim.

— Não, eu quero ver o seu rosto quando você ver o que


está dentro.

Eu olhei para ela. Ela teve a eternidade para viver; ela


poderia jogar este jogo para sempre. Eu só tinha mais uns
quarenta, cinquenta anos, se eu tiver sorte.

Eu abri a caixa. Foi, para meu alívio, nada sujeito a


rendição.

Foi, para minha surpresa e alegria secreta, algo ainda


mais requintado do que o vestido preto.

Uma rica camisola bege com flores lilás imprimindo o


jacular1 de seda, cortado em delicadas rendas bege. As taças

1
Jacquard é o nome dado a padronagens complexas de entrelaçamento, tanto em
tecelagem como em malharia em jersey duplo (no caso de jersey simples, chama-
se entarcia). É tido como complexo tudo aquilo que (no caso da tecelagem em cala)
teares maquinetados não conseguiriam fazer.

195
eram metade jacular, metade renda. O corpo era de jacular
como eram as tiras finas. Vieram combinando calcinha corte
brasileiro, a frente era de jacular com guarnição de laço, o
laço dava a volta quase totalmente, exceto um triângulo
tentador de jacular no topo. Havia rosetas pequenas doces no
cós da calcinha sob o umbigo e na união do corpete, onde se
encontrava com cada uma das alças da camisola.

Stephanie escancarou a camisola e calcinha enquanto


ela tomava um gole de seu Martini.

— Lucien sempre teve bom gosto. — Seu olhar se


moveu para o meu rosto, um sorriso iluminou em seus olhos
e ela repetiu, — Sempre.

Eu decidi, mais uma vez, eu realmente gostei de


Stephanie.

— Obrigada, — eu sussurrei.

Ela me deu uma piscada e acenou para a lingerie.

— Nova ordem. Tente usar isso primeiro. Em seguida, o


vestido preto.

— Nós vamos ter um desfile de moda! — Edwina gritou


com entusiasmo da cozinha onde ela estava cozinhando o
jantar. Eu pulei porque eu esqueci que ela estava ali.

Um desfile de moda não parecia ser uma má ideia. Ou


pelo menos não depois de quatro martinis.

196
Levantei-me, em seguida, balancei me corrigindo e
anunciei:

— Eu vou me trocar, abra mais caixas.

Stephanie não precisava falar duas vezes.

Comecei a correr para a sala, mas derrapei até parar e


perguntei a Edwina como se eu fosse uma criança e
Stephanie tivesse vindo depois da escola,

— Stephanie pode ficar para o jantar?

— Claro, querida. — Edwina sorriu e eu sorri de volta.

Então eu me virei para Stephanie.

— Você vai ficar para o jantar?

Ela ainda estava cavando através das caixas e não


olhou para cima quando ela respondeu:

— Eu gostaria disso.

Feliz pela primeira vez em semanas, eu levei a minha


lingerie bonita, decidi não pensar nisso como um presente de
Lucien para não estragar a diversão, e corri para a sala de
estar para iniciar o desfile de moda.

197
Capítulo Sete

A Punição

Lucien entrou na cozinha pela garagem e parou.

Edwina estava ocupada na pia areando panelas e


frigideiras. A sala de estar parecia que uma boutique
exclusiva havia explodido nela. Papel de seda vermelho, fitas
e caixas-pretas estavam espalhadas por toda parte, montes
de roupas que Lucien havia comprado pra Leah foram
deixadas nas costas e braços de móveis. Na bancada do bar
da ilha estavam três copos de Martini usados, todos com
palitos de prata descansando em diferentes estados de restos
de Martini. Um ainda tinha uma azeitona meio comida nele.

Edwina se virou para ele com um sorriso brilhante no


rosto e ele soube imediatamente que ela estava embriagada.
Ele viu e ele sentiu o cheiro.

Isso o surpreendeu.

Nos 40 anos que ela trabalhou para ele, ele nunca, nem
uma vez, chegou na casa de sua concubina para encontrá-la
uma bagunça, para encontrar espumantes na cozinha não
limpa, para encontrar Edwina embriagada em serviço.

198
Ele a tinha visto desse jeito, é claro, durante as festas
ou celebrações, onde ela participou como convidada. Por
exemplo, as festas de aniversário, ele jogou todos os anos
para suas concubinas no passado e presente. E o primeiro
aniversário da sangria que era uma tradição para comemorar.

Qualquer outra vez, nunca.

— Você está aqui! — Edwina cumprimentou


alegremente, um sorriso enorme no rosto bêbado.

Os olhos de Lucien esquadrinharam o quarto


novamente e voltaram para Edwina.

— O que aconteceu?

Ela olhou por cima do ombro para a bagunça, ergueu a


mão na pia e acenou ao redor, derramando água e sabão e
bolhas no chão, no balcão, no ombro.

— Tivemos um desfile de moda, — explicou ela


bizarramente, ignorando a bagunça que ela fez e voltou a
lavagem. — Leah está lá em cima em seu quarto. — Sua voz
tornou-se um murmúrio feliz, — tal um doce, menina bonita.

Lucien estudou sua governanta.

Leah não era uma menina. Ela tinha 40 anos de idade,


pelo amor de Deus.

Ela era, é claro, bonita. Mas doce?

199
— Como ela está? — Lucien encontrou-se perguntando
e ele não tinha a mínima ideia por que.

Ele também, em todos os anos que tinha Edwina como


empregada, nunca solicitou tais informações.

Então, novamente, ele nunca tinha precisado.

— Oh, ela está bem. Estabelecendo-se. Ela é tão bonita.


Você devia tê-la visto esta noite. Ela estava hilária.

Fascinado pela ideia de uma bonita, divertida e doce


Leah — estabelecendo-se, — Lucien cansado de conversar
com Edwina, se dirigiu para as escadas.

— Boa noite! — Vibrou Edwina alegremente atrás dele.

Lucien não respondeu.

Cinco passos em seu quarto, Lucien viu Leah sair do


banheiro. Ele mais uma vez parou.

Ela estava usando a lingerie que ele enviou.

Ele viu que ele estava errado em seus pensamentos


quando ele assistiu a modelo fina vara pavonear-se na pista
curta para exibi-lo em sua exibição pessoal, quando ele
estava organizando o guarda-roupa de Leah um dia depois de
sua seleção.

Ele, em sua mente, esperava olhar algo muito melhor


nas curvas generosas de Leah.

200
No entanto, ele não tinha previsto a aparência muito
melhor.

Ela estava vestindo seu manto sobre ele, mas o manto


tinha caído aberto em seus lados expondo a camisola e
calças. Os bojos da camisola abraçaram os seios fartos, a
seda terminando um pouco acima do mamilo para que uma
sugestão tentadora da auréola espiasse através da renda, um
frio no ar, obviamente, fazendo com que seus mamilos
endurecessem contra a seda. Ela abraçou sua barriga e
estômago como se tivesse sido feito para ela. A bainha da
camisola deixou apenas um vislumbre de pele lisa acima da
calcinha. Suas longas pernas pareciam infinitas abaixo da
renda da calcinha.

Ele sentiu a resposta imediata de seu corpo para a


visão dela e ele gostou.

Seu rosto tinha sido evitado, quando ela saiu do


banheiro, mas ele girou, ela se concentrou em cima dele e
gritou:

— Lucien!

Lucien só teve um momento para se preparar antes que


ela voasse para ele, correndo para o outro lado da sala e no
último instante se lançou de corpo inteiro para ele.

Aturdido e inseguro de sua intenção, ele a pegou em


seus braços, as mãos seguravam sua bunda quando ela
envolveu seus longos membros em torno dele.

201
Em vez de tentar, porém inútil tal esforço seria, para
rasgá-lo membro-a-membro, ela pegou o seu olhar e ele
percebeu que ela também estava sob a influência.

Muito.

— Olá, querido, como foi seu dia? — Ela ronronou


alegremente, bêbada.

— Interessante, — ele respondeu com sinceridade,


neste exato momento sendo indicativo de seu dia
interessante.

Ele estava de guarda, não era certo que seu jogo fosse
esse.

Seu dia tinha sido interessante. Começando com a


montanha-russa de sua manhã e terminando com o
comportamento atual de Leah, que incluiu uma reunião à
tarde com suas tias. A reunião em que explicou a sua
preocupação de que não tinham ouvido falar de Leah após a
Sangria. Uma reunião onde ele declarou suas intenções e
verificou sua tentativa de fidelidade. Elas estavam hesitantes,
considerando o que isso poderia significar para o futuro da
sua família, na verdade, para o futuro de todas as
concubinas. Mas elas também não estavam dispostas a
desafiá-lo.

Ele não estava completamente surpreso com isso.


Eram Buchanan e obediência tinha sido enraizada nelas há
séculos.

202
A mão de Leah mudou-se para mexer com o colarinho
de sua camisa, trazendo sua atenção de volta para ela.

— O meu foi também, — ela compartilhou.

— Foi mesmo?

Seus olhos foram de seu colarinho para ele e ela


balançou a cabeça. Fervorosamente.

— E o que você fez hoje, meu bichinho? — Ele


perguntou em voz baixa, lendo o seu humor e relaxante para
ele.

— Primeiro, eu tentei escapar.

Seu relaxamento fugiu e seu corpo ficou sólido, mas ela


não percebeu e continuou falando.

— Eu não poderia, é claro, você levou minha carteira,


meu passaporte, minhas jóias, as chaves do carro. — Seus
olhos se estreitaram sobre ele e ela declarou: — Foi muito
embaraçoso.

Suas palavras, informando e não acusando, fizeram


com que seu corpo novamente relaxasse.

Ele lutou contra o desejo de rir e repetiu,

— Embaraçoso?

Ela assentiu com a cabeça, sorrindo para ele e ele


sentiu seu corpo ficar firme novamente,

203
— Sim. Vexatório. Muito.

Ele não estava ouvindo suas palavras. Ele estava


olhando para a sua boca.

Ele nunca tinha visto o seu sorriso.

Isso não era realmente verdade. Ele tinha visto, a


distância, muitas vezes, nos últimos vinte anos. Ele
simplesmente nunca tinha tido isso dirigida a ele.

Seu corpo reagiu a isso também, de uma forma que ele


gostava muito.

Ele poderia permanecer em pé segurando seu corpo no


seu por toda a eternidade (literalmente). Mas ele andou até a
cama e sentou-se na borda, colocando-a em seu colo, suas
curvas suaves pressionando contra seu pênis endurecido.

Ele gostava disso também.

Ela ainda estava falando.

— Em seguida, os homens chegaram com as caixas.


Lotes de caixas. Muitas e muitas e muitas. — Ela inclinou a
cabeça para o lado e perguntou: — Você está se mudando?

— Sim, — respondeu ele, e ela balançou a cabeça


novamente, aparentemente, perfeitamente satisfeita com esta
ideia.

Suas mãos foram para os ombros e ela começou a


puxar o paletó. Ele relutantemente deixou a ir para ajudá-la

204
tirando para baixo nos braços. Durante todo o tempo que ela
fez isso, ela ainda estava balbuciando.

— Então Stephanie veio e, Lucien, você devia ter visto a


sua roupa. Era fabulosa. — Lucien sentiu uma contração na
boca contra o esforço de sorrir, seus olhos caíram para ela e
ela anunciou: — Eu gosto quando a sua boca faz isso.

Ele piscou para ela lentamente e perguntou:

— Perdão?

Ela jogou o paletó sem a menor cerimônia para o final


da cama e, em seguida, tocou o canto da boca com o dedo
indicador muito brevemente e seus olhos vieram para a sua.
Eles estavam dançando.

— Quando você luta contra um sorriso. Eu gosto disso.


É sexy, — explicou.

Puta que pariu, mas ela era magnífica.

Ele achava que ela era magnífica, quando ela lutava


contra ele e quando ela sentiu o medo dele e atração por ele.
O desafio era emocionante.

Mas ela era ainda mais magnífica agora. Ele não teria
acreditado que isso era possível, mas a prova estava sentada
em seu colo.

Ele não gostava de se alimentar quando o mortal a


serviço dele estava embriagado. Tonto, talvez, completamente

205
bêbado, não. E Leah estava além de embriagada, ela estava
martelada.

Ela escovou os dentes, no entanto, obviamente, muito


bem. E o cheiro dela era forte o suficiente para dominar a
vodca ele também pegou misturando-se com a sua essência.
Já para não falar que ela estava, como Edwina a havia
descrito, divertida, bonita e definitivamente doce.

Por isso, ele decidiu quebrar sua própria regra e


alimentar-se, independentemente do fato de que ela estava
bêbada.

Suas mãos foram para seu manto, empurrando sobre


os ombros e ela não hesitou em deixar cair os braços, em um
esforço para ajudá-lo a livrá-la dele.

Ela também se manteve falando.

— Em seguida, Stephanie e eu tivemos um papo depois


tivemos alguns martinis, as suas outras caixas vieram e
tivemos um desfile de moda. Em seguida, Stephanie ficou
para o jantar, convencemos Edwina a tomar martinis com a
gente e, porque você mandou um monte de caixas, tivemos
ainda mais de um desfile de modas. — Ela parou quando
seus braços foram soltos do robe e ele deixou-o cair no chão.
Ambas as mãos voltaram para sua camisa e ela começou a
brincar com os seus botões, mas seus olhos nunca deixaram
os meus, enquanto ela continuava alegremente, — Eu gosto
de Stephanie. Ela é engraçada.

206
Seus braços rodearam sua cintura, uma mão descendo
sobre sua bunda, uma deriva-se para capturar e reproduzir
com uma mecha de seu cabelo macio espesso.

— Então você teve um bom tempo? — Ele perguntou


baixinho e ela balançou a cabeça novamente com fervor e ele
continuou. — Você gosta das roupas?

Desta vez, seus olhos se arregalaram e ela se tornou


uma fanática assentindo.

— Especialmente este. — Sua cabeça inclinada para


baixo tão rapidamente que quase colidiu com o nariz e ele
teve que empurrar a cabeça para trás. Então ela apontou
para a camisola. Quando ela foi feita, sua cabeça se voltou
para cima, sua mão foi diretamente para sua camisa, desta
vez batendo plana contra seu peitoral e ela continuou
falando. — Eu amo isto! É perfeito para mim. E o vestido
preto. O vestido preto é divino. Todo mundo acha isso!

— Estou feliz que você gostou deles, bichinho, — ele


murmurou em um sorriso.

— Oh, eu gosto. Com as suas e minhas coisas, o closet


vai estar quase completo, — declarou ela como se isso fosse
um feito semelhante a escalar o Monte Everest. Em seguida,
seu rosto caiu antes que ela informasse, — Você esqueceu os
sapatos.

Sua mão torceu e capturou um punhado de cabelo e


ele lhe disse:

207
— Estão chegando amanhã.

Seu corpo estremeceu quando ela jogou os braços para


cima no ar e gritou:

— Yay!

Com uma oportunidade tão encantadora exposta a ele,


ele lançou seu cabelo e ambas as mãos enroladas em torno
de sua cintura e afastou-se da seda em seus lados. Ele fez
isso quando riu.

Ele sentiu um tremor deslizar através dela, suas mãos


se estabeleceram em seus ombros e ela declarou:

— Eu gosto disso também.

Seus olhos se moveram de seu torso para o rosto,

— Você gosta de que?

— Quando você sorri. É tudo estrondoso. Eu gosto


especialmente agora quando eu posso sentir isso.

Uma onda de desejo rasgou através dele tão forte que


se tivesse parado ele teria ido a um joelho. Seus dedos
apertados reflexivamente contra suas costelas e ele teve que
se concentrar para não os encaixar.

Ela começou a mexer com os botões de sua camisa


novamente e ele percebeu que ela estava os abrindo.

208
— Leah, — ele chamou, tentando foco e descoberta,
assim como em sua Sangria que tinha sido a primeira vez em
sua vida muito longa, o esforço foi difícil.

Ela estava mordendo o lado de seu lábio em


concentração, com os olhos em sua tarefa antes que ela
perguntasse:

— O quê?

— O que você está fazendo?

Levantou a cabeça e ela respondeu:

— Tirando a sua camisa.

— Por quê?

Ela sorriu, brincando.

— Eu gosto do seu peito. É muito melhor do que a sua


risada.

Depois de dar esta informação sobre ele, ela se


contorceu em seu colo.

Por mais que ele estava gostando dela, ele estava


pronto.

Ele tinha-a de costas em um instante, seu torso


cobrindo o dela, suas pernas ainda enroladas na cintura para
que sua virilha estava sentada contra o calor dela. Sua boca
em sua garganta, ele deslizou sua língua ao longo do
comprimento de sua jugular, preparando-a.

209
Ele fez isso cuidadosamente, saboreando o gosto dela,
mas mantendo uma preensão rígida em seu controle.

— Isso me assusta muito quando você faz isso, — ela


sussurrou, e sua cabeça surgiu.

Sua mão deslizou por seu lado, ao redor, sobre sua


bunda, puxando-a para cima quando ele apertou a virilha
dela.

— Fazer o quê? — Perguntou.

— Mover-se tão rápido.

Sua boca foi para a dela enquanto ele moeu os quadris


juntos. Quando o fez, sem hesitação, ela retribuiu o
movimento e o efeito foi impressionante.

— Você vai se acostumar com isso. — Sua voz traiu


sua excitação elevada.

Ela abriu a boca, mas não teve a chance de falar,


porque ele a beijou.

Ele dispensou com a descoberta que ele tinha usado


para iniciar seu primeiro beijo. Sua língua varreu dentro de
sua boca e sua reação foi deliciosamente imediata. Seu corpo
resistia para cima em busca de algo mais, mesmo que seu
peso estava pressionando-a para a cama. Sua cabeça
inclinada para o lado dando-lhe um melhor acesso e sua
língua se enredou com ousadia com a dele. Suas mãos

210
puxaram a camisa de suas calças e ele sentiu-os viajar até a
pele de suas costas.

Seu toque enviou ondas de choque rasgando através de


seu sistema e ele rosnou em sua boca, aprofundando o beijo.
Ela acolheu-o, tirando-lhe, ao mesmo tempo que ela deu e
convidou... não, exigiu mais.

Ele deu a ela o que ela queria e contente absorvia seu


gemido quando ele fez.

Ele quebrou a sua ligação e sua boca deslizou até seu


ouvido.

— Eu gosto do jeito que você me beija, bichinho, —


sussurrou ele.

Seus lábios perto de seu pescoço, ela respirou, não


segurando suas palavras sobre toda a maravilha,

— Você é tão grande, pesado, forte. Você me faz sentir


pequena. Eu nunca me senti pequena. Não em toda a minha
vida.

Ele sentiu isso foi importante, algo que ela sempre


tinha desejado, mas nunca teve e ele estava satisfeito que ele
deu para ela. Sua boca voltou para a sua garganta,
deslizando novamente ao longo de sua pele. De repente ele
tinha a intenção de dar-lhe algo mais, algo que ela não podia
imaginar que ela tinha muito tempo para, ele veria a ele.

211
— Sua boca vai formigar querida, — ele murmurou
contra sua pele antes que ele usasse a língua sobre ela outra
vez.

Seu pescoço arqueado, os membros apertados, as


unhas enroladas na carne de suas costas.

— Já está, — ela sussurrou. — Por que isso?

— Eu vou explicar mais tarde, — ele respondeu


calmamente, com a mão na bunda dela se movendo em torno
de seu quadril lentamente enquanto sua boca afastou-se de
seu pescoço, a sua mandíbula, de volta para o dela.

Ele pegou seu olhar quando ele levantou os quadris


longe dela e seus dedos arrastaram ao longo do cós de sua
calcinha.

— Você está pronta para mim? — Ele perguntou em voz


baixa.

Seus olhos se arregalaram e os lábios entreabertos.


Lucien adorava quando ela olhava para ele assim.

Especialmente agora.

Tanto, que ele não esperou por sua resposta e sua mão
mergulhou em sua roupa de baixo. Ele tocou-lhe,
encontrando sua elegante, quente e muito, muito molhada
vagina.

212
Ela estava pronta e como que para provar isso ainda
mais, com o seu toque de explorador, o pescoço arqueado em
convite. Um convite que ele aceitou com gratidão.

Seus lábios foram para a garganta e os dentes


rasgaram, seu sangue flui para a boca ao mesmo tempo ele
deslizou um dedo dentro dela.

Ela engasgou e não era de dor. Era um som de puro


prazer e seus quadris empurraram contra sua mão.

Ele retirou a mão, mesmo sabendo que ela queria e ele


queria que ela quisesse.

Hoje à noite, no entanto, a lição seria apenas sobre a


alimentação.

Ela gemeu quando ela perdeu a mão, mas ele a puxou


o sangue em sua boca. Ele ouviu seu segundo suspiro, este
surpreso, animado. Suas mãos que saiam de sua camisa e,
como naquela manhã, mas com os dois, desta vez, eles
vieram para o pescoço, para cima e, em seguida, seus dedos
cerraram em seu cabelo. Não para puxá-lo de volta, para
segurá-lo para ela.

Seu corpo se arqueou, pressionando-o no seu quando


ouviu seu coração disparar, sua pontuação no sangue
através de seu sistema, sua respiração vinda em ondas mais
e mais selvagens.

213
— Oh meu Deus, — ela respirou, suas mãos apertando
mais apertado em seu cabelo. — Oh meu Deus, — ela chorou
baixinho, tremendo debaixo dele.

Seu braço em volta de seus quadris e ele segurou seu


corpo com força para o calor do seu. Ele acariciou sua ferida
com a língua e empinou-se, tomando sua boca com a dele e
ele beijou-a com força.

Ela o beijou de volta, com as mãos ainda segurando


seu cabelo, sua boca gulosa.

Ele quebrou o beijo e abriu os olhos lentamente,


sedutoramente enevoado com desejo.

— Você vê por que eu gosto do seu sabor? — Ele


perguntou, sua voz um grunhido baixo.

— Sim, — ela sussurrou-lhe admissão, sua voz um leve


gemido.

Ele enterrou o rosto em sua garganta novamente,


reabrindo a ferida e bebendo profundo.

— Lucien, — ela sussurrou.

Ele chupou ferozmente, emocionado, ao som de seu


nome em seus lábios quando seu sangue, assim como
delicioso, surpreendentemente ainda mais com a vodca
misturada com ele, foi escorrendo por sua garganta. Isso fez
com que ela suspirasse mais uma vez e se contorcesse
debaixo dele.

214
Ela estava pronta, ele sabia disso. Ele tinha tomado o
suficiente. Mesmo que ele quisesse mais, sua boca saiu e ele
passou a língua ao longo da ferida. A hemorragia parou
imediatamente. A cura já havia começado.

Ele puxou seu corpo sobre o dela e rolou para o lado,


reunindo-a nos braços e levou-a com ele. Ele colocou seu
rosto em sua garganta, cauteloso com a ferida ainda em
processo de cura.

Sua respiração era pesada como era seu pulso e ela


sussurrou com uma mistura de decepção e maravilha:

— Você já acabou?

Ele balançou a cabeça e apertou os braços, puxando-a


mais fundo dentro dele.

— Eu não estou pronto, bichinho. Você está satisfeita.

Ela não estava pronta. Ele sabia que a maneira como


ela se movia sem descanso contra ele.

Não era a alimentação que ela queria, era o clímax que


ele trouxe a ela para muito perto e não deixou que ela
gozasse.

Sua cabeça inclinada para trás e ele inclinou a baixo


para encará-la.

— Você não pode ter acabado, — ela sussurrou e foi


um pedido macio.

215
— Eu estou satisfeito, — declarou ele.

— Você não está, — ela voltou, sua voz ficando mais


forte como eram os seus movimentos, suas mãos deslizando
sobre seu corpo, seu próprio corpo pressionando no dele.

— Fique quieta, Leah, — ele ordenou.

— Não, — ela recusou.

— Leah.

Ela chegou mais perto, suas mãos movendo-se sobre o


seu traseiro, puxando como ela voltou,

— Lucien.

Ele chegou por trás dela, passando os dedos em torno


de seus pulsos e puxando os braços para a frente. Ele rolou
para suas costas, levando-a com ele para que ela ficasse em
cima, com os braços armados e presos entre eles. O vermelho
escuro de sua ferida estava em chamas, mas a pele estava se
fechando.

Seus olhos se estreitaram e ela apertou seus quadris


suaves em seus queridos ainda duros, exigentes,

— Você não pode pensar seriamente que isto acabou.

— Eu sei disso.

— Você está excitado! — Observou ela com raiva.

— Vai passar.

216
— Eu estou excitada, — informou ela, sua raiva
crescente em sua necessidade de salientar sua condição.

Ele deixou suas mãos presas entre eles e ele rodeou


com seus braços, dando-lhe uma pequena sacudida antes
que ele a segurasse com força.

— Você se lembra, desta manhã? — Ele perguntou em


voz baixa e as sobrancelhas sobre os olhos cada vez mais
estreitos.

— Como eu poderia esquecer? — Ela retrucou.

— Esta é a sua punição.

Ela puxou uma respiração afiada quando a


compreensão a iluminou.

Em seguida, ela disse em um suspiro pesado,

— Você está brincando.

— Isto vai ficar por cumprir até que você aprenda a


lição, bichinho.

Ela piscou, duro e rápido, seus lábios se abrem em


estado de choque e raiva.

Todos os vestígios da bonita, divertida, doce e


intoxicada Leah haviam desaparecido. Lucien sentiu
estranhamente dúvida sobre sua decisão de realizar sua
punição.

217
Isto foi principalmente porque ele gostava da bonita,
divertida, doce Leah e ele a queria de volta.

Isto foi também porque ela o queria. Ela deixou isso


bem claro, sem qualquer tipo de fraude. Mesmo que ela não o
tivesse, ele podia sentir o cheiro.

Isto foi também porque ele a queria. Ele queria


enterrar-se dentro do seu núcleo liso e molhado. Ele queria
transar com ela com tanta força que sentiria o solavanco do
corpo sob o seu, com suas estocadas. Ele queria ouvir os
ruídos que ela fazia, sentir seu aperto de maciez ao seu redor,
sentir seu sexo em suas narinas e observar seu rosto
enquanto ela veio.

Ele queria mais do que ele já quis uma fêmea, vampira


ou mortal.

Mesmo Maggie.

E o poder de seu desejo o levou a duvidar da sabedoria


de levar a cabo a sua punição.

Ela tentou rasgar livre de seus braços, mas ele se


moveu rapidamente.

Ele saiu da cama, levando-a com ele, de pé sobre seus


pés. Ela oscilou um momento e depois se mudou para fugir,
mas ele pegou seu pulso em um aperto inquebrável, rasgando
sua camisa aberta, ao mesmo tempo fazendo os botões voar.
Ele a soltou por menos de um segundo, tirando a camisa.
Então ele atirou-a de volta para a cama e como ela lutou para

218
soltar seus braços, ele terminou de despir. Antes que ela
pudesse escapar, ele a tinha ao seu lado, de costas para a
sua frente, enfiado na curva de seu corpo, com o braço
mantendo-a cativa.

— Deixe-me ir, — ela exigiu, sua respiração acelerada,


expondo a incapacidade de seu corpo para manter o ritmo
com o dele.

Instalou-se atrás dela.

— Leah, o sono.

Ela lutou.

— Deixe-me ir.

Ele deu-lhe um aceno e repetiu,

— Durma.

Ela continuou lutando e ele a continha sem esforço.


Isso continuou por algum tempo.

De repente, ela se acalmou.

Ele ouviu a sua respiração pesada e sentiu suas pernas


se moverem, ainda lutando com o desejo residual.

Depois de algum tempo, ela se estabeleceu.

Ele pensou que ela conquistou seu corpo e, finalmente,


adormeceu.

219
Em vez disso, em um feroz, sussurro torturado, ela
declarou:

— Esta manhã, se você me dissesse que havia uma


maneira que eu poderia te odiar mais, eu não teria
acreditado. Mas é verdade.

Sim, ele duvidou seriamente a sabedoria de levar a


cabo a sua punição.

— Leah, — ele murmurou em seu cabelo.

— Eu nunca vou parar de odiar você, — ela prometeu,


com a voz arranhando com sua afirmação apaixonada.

Ele a puxou para mais perto e fez o seu próprio voto.

— Sim, você vai, meu bichinho. Eu vou encontrar um


caminho.

— Impossível.

— Nada é impossível.

— Vamos ver, — disse ela, sua voz cheia de dúvidas em


suas palavras, bem como a convicção de seu juramento.

Sim, Lucien pensou, mas não falou em voz alta, vamos


ver.

*****
Lucien acordou antes de Leah.

220
Seu primeiro ato foi puxar a cabeça para trás com
cuidado para verificar se ela estava ferida. Totalmente
curada.

Seu próximo ato foi deitar ao lado dela observando-a


dormir. Seu rosto estava relaxado e sem expressão, não um
de seus olhares preferidos, mas atraente tudo a mesma coisa.

Depois de algum tempo, seus olhos se abriram e, como


ela tinha feito no dia anterior, com o rosto inexpressivo
tornou-se confuso.

E, pouco depois de acordar, como ela fez no dia


anterior, ela ficou tensa se preparando para levantar.

Ele a pegou perto. Sua cabeça empurrou para trás,


seus olhos se estreitaram e sua boca se abriu para protestar.

Ele a levou até a dela, duro e exigente em sua resposta.

Ela reteve e começou suas lutas vãs, como de costume


teimosa ao extremo.

Ela já estava teimando por tempo suficiente e Lucien


foi forçado a tentar uma tática diferente. Andando de costas e
prendendo-a, suas mãos se moviam sobre ela, para baixo
seus lados, através de sua barriga, o tempo todo a língua
envolvida em seu duelo sensual com a dela.

Então, sua mão se moveu sobre seu peito, colocando-o


suavemente antes que ele agarrasse o mamilo com o polegar.

221
Seu corpo parou de resistir e protestar e acabou se
derretendo por baixo dele.

— É isso aí, querida, — ele sussurrou contra sua boca


em sua capitulação e ele aproveitou, seu dedo encontrou seu
polegar e ele rolou seu mamilo entre eles.

Um delicioso ruído deslizou da parte de trás de sua


garganta em sua boca. Suas pernas abertas, envolvendo uma
perna em torno de seu quadril, ele sentiu o cheiro de sua
excitação.

Ele sorriu pelo seu triunfo contra sua boca e inclinou a


cabeça para outro beijo. Ela conheceu a sua intenção, seu
próprio tombamento de cabeça para o lado, seus lábios
pressionando contra o seu, não resistente, mas com fome.

Ele alimentou-a com suas mãos e sua boca e ele


continuou a fazê-lo, enquanto ela continuava a exigir,
insaciável, magnífica.

Depois de um tempo, sua mão estava em sua calcinha,


seu dedo pressionando profundamente e rodando, sua boca
contra a dele, respirações afiadas e doces contra seus lábios.
Ela estava tão profundamente em sua necessidade, ela não
foi capaz de se concentrar em beijá-lo ou suportar a sensação
de ainda mais sua língua em sua boca. Sua mão estava
apertada em seu cabelo, seu outro braço envolto apertado em
torno de sua volta.

222
— Lucien! — Ela engasgou com urgência e viu-o no
rosto, ele cheirava-o, ele sabia que ela estava pronta.

Ele retirou a mão.

— Não! — Ela gritou, sua mão indo para seus dedos,


envolvendo em torno de seu pulso.

Seu grito cortado por ele como uma lâmina. Ele tinha
estado errado no que disse a ela na manhã anterior. Mesmo
quando torturado como seu grito era, suspeitava isso era
muito mais difícil para ele do que para ela.

No entanto, ele escolheu seu caminho e que ele tinha


que continuar os seus esforços em sua domesticação. Ela não
tinha como saber, mas ele sabia que a recompensa no final
valeria a pena a batalha.

— Você vai me atrapalhar? — Ele perguntou, sua voz


era dura, não com raiva, mas com pesar.

Seus olhos turvos se esforçavam para se concentrar em


seu rosto.

— Lucien.

— Você vai me atrapalhar?

Ele assistiu a névoa clara, suas palavras penetrantes,


incredulidade inundando seu rosto, rapidamente perseguido
por raiva.

223
— Eu odeio você, — ela sussurrou, mas mesmo como
ela, seus quadris procuraram os dela, seu corpo agitado,
lutando com seu desejo.

Lucien suspirou com impaciência. — Vou levar isso


como um não.

— Você está certo que é um não! — Ela retrucou e seu


corpo arrancou sem sucesso contra a sua espera.

Após este fracasso, ela soltou, um grito estrangulado


enfurecido.

— Leah, você pode acabar com isso agora, — disse a


ela.

— Vá para o inferno! — Ela piscou.

— Você quer a minha boca em você? — Perguntou.

— Vá para o inferno! — Repetiu.

— Você me quer dentro de você?

Ela congelou e gritou:

— Vá para o inferno!

Ele jogou uma coxa sobre as pernas e capturaram seu


corpo se movia contra o seu. Com uma mão em seu cabelo,
ele colocou o rosto em seu pescoço.

— Você é muito teimosa, bichinho, — ele murmurou


para o cabelo no topo da cabeça dela.

224
Seu corpo deu uma poderosa flexão então ficou mole.

Ela ficou em silêncio. Ele segurou-a para mais perto.

Após longos momentos, ele disse em voz baixa:

— Eu vou sair em breve.

Ela não deu nenhuma resposta.

— Enquanto eu estiver fora, se você tocar a si mesmo,


Leah, eu vou saber e eu vou ter que lidar com isso também.

Ele podia ouvir o ritmo crescente de seu coração, mas


seu corpo ficou tenso apenas brevemente antes que ela
subjugasse a sua reação.

— Você me entende? — Ele empurrou.

Ela permaneceu em silêncio.

— Leah, eu perguntei, você me entendeu?

— Sim, — ela trincou entre os dentes.

— Eu vou estar em casa às dez. Nós vamos sair hoje à


noite. Eu quero que você esteja pronta.

Ela não falou.

— Leah, quando eu falo com você, você reconhece o


que eu digo.

— Eu vou estar pronta, — ela colocou para fora.

— Eu quero que você use o vestido preto.

225
Ela fez um barulho com raiva, mas sussurrou:

— Eu vou usar o vestido preto.

Sua mão se moveu de sua cabeça para o queixo e com


o polegar debaixo do queixo, inclinou o rosto para receber seu
beijo suave.

Em seguida, ele a deixou na cama e foi tomar banho.

Depois que ele desligou a água e saiu do chuveiro,


enquanto ele estava pegando uma toalha, no silêncio súbito,
ouviu-o.

Sua cabeça disparou e inclinou para o lado.

Silenciosamente, provavelmente abafada em seu


travesseiro, ouviu os soluços.

Bom Cristo. Ele tinha quebrado ela.

Ele havia quebrado sua merda.

Ele tomou um grande passo mais perto de seu


animalzinho.

Ele esperava sentir euforia neste momento.

Em vez disso, seus olhos encontraram seu reflexo no


espelho e ele rosnou uma baixa, lenta e agonizante,

— Foda-se.

*****

226
Naquela noite, quando ele chegou em casa
pontualmente às dez, ele abriu a porta da garagem para a
cozinha e encontrou-a lá, esperando por ele na cozinha.

Seu cabelo estava penteado para trás de seu rosto


caindo em uma massa de cachos para baixo de suas costas
expostas. Ela não usava jóias, porque ela não tinha
nenhuma.

Ela não precisa delas.

O vestido era espetacular, elegante e sedutor. O sapato


de salto alto, berinjela cetim, as sandálias de tiras eram
delicadas, sexy e alongavam significativamente seu já alto
corpo, deixando-a impressionante e, suspeitava, a qualquer
outro homem, mas Lucien, mesmo intimidante. Sua
maquiagem foi esfumaçada e dramática, aumentando o
mistério por trás de seu rosto impressionante, mas
inexpressivo.

Os olhos dela chamaram os seus e não houve flash,


não houve dança, eles estavam completamente em branco.

— Olá, querido, como foi seu dia? — Perguntou ela


como se ela fosse um robô e está uma mensagem pré-gravada
definida para tocar todas as vezes em que foi adequadamente
programada.

De repente, irritado, ele parou aos pés dela e ordenou:

— Venha aqui, Leah.

227
Sem hesitar, ela moveu-se para ele.

Seu corpo ficou tenso em sua aquiescência


incaracterística.

— Coloque seus braços em volta de mim, — ele


continuou.

Ela fez o que ele exigiu, mas seus olhos permaneceram


em sua garganta.

— Olhe para mim, bichinho.

Ela imediatamente jogou a cabeça para trás e pegou


seus olhos.

Tentando ler seu humor, Lucien procurou paciência,


passou um braço ao redor dela e segurou-lhe o queixo com a
outra mão.

— Você está com raiva de mim, — ele murmurou, e ela


balançou a cabeça.

— Não, querido, por que você acha isso?

Sua paciência escorregou.

— Leah, pare com isso, — ele ordenou.

Sua cabeça inclinada para o lado em um movimento


natural.

— Parar o quê?

228
Seus olhos se estreitaram quando ele viu sua intenção
clara.

— Então, este é o seu jogo agora?

— O meu jogo? — Ela perguntou com o que soou como


uma confusão genuína.

Ele observou o rosto cuidadosamente vazio. Então, ele


decidiu, então que seja.

Ele poderia trabalhar com isso.

Na verdade, ele tinha a sensação de que ele ia gostar.

— Eu preciso me trocar, — informou ele a ela o que a


fez afastar-se, mas seu braço apertou e ele disse: — Não.

Ela parou e olhou para ele.

— Beije-me antes de eu ir lá em cima.

Sem demora, levantou-se na ponta dos pés, apertou


contra ele e tocou seus lábios entreabertos para os dele.

Em seguida, ela se afastou e perguntou, como se ela


sinceramente se preocupava com sua resposta:

— Foi tudo bem?

Ele pensou que ela teria problemas com isso.

Ela não tinha nenhum problema com isso.

Ela era boa.

229
Por isso seus testes teriam de ser mais desafiadores.

— Ele ia fazer, — ele ia deixá-la ir, — por agora.

Ele foi embora, mas ela chamou a sua volta,

— O que você quer que eu faça, enquanto você está se


trocando?

— O que você quiser, — respondeu ele e imaginou o


seu primeiro pensamento foi o de procurar na casa para a
gasolina e fósforos.

No andar de cima, ele mudou sua camisa e estava


andando de volta através do banheiro para se juntar a Leah
quando seus olhos pegaram alguma coisa. Ele parou.

Olhando no lixo, ele viu mechas castanhas de seda


desfiadas e rendas, as impressões de flor lilás em mal
nuances nos farrapos. Ele estendeu a mão e permitiu que o
material obliterado da lingerie que Leah usava na noite
anterior para peneirar os dedos.

Ele se endireitou, sua boca apertando ao mesmo


tempo, sentia uma sensação semelhante em seu intestino.

Então algo profundo cortou através dele. Ele não


entendia e ele não fodia com ele. Foi uma sensação que
nunca tinha sentido em sua vida muito longa e uma
sensação que ele nunca quis ter novamente.

Ontem à noite, vestindo a lingerie ela tinha acabado


com ele. Atirou-se nos braços dele disse que ela gostava

230
quando ele reprimiu um sorriso. Regozijou-se nos presentes
que ele tinha dado a ela em particular a camisola e calcinha.
Sorriu para ele pela primeira vez. E apaixonadamente gostava
de sua sangria.

Agora, essa lingerie, o que teria sido um lembrete físico


para ambos ao longo do seu Arranjo do esplendor da noite
passada, estava desfiado e descartados no lixo.

E ele, e a sua decisão imprudente para cumprir a sua


pena, mesmo depois que ela tinha dado indicação gritante do
que Edwina havia chamado — estabelecendo-se, — foi o
único responsável pela emoção sombria evidenciado nessa
porra.

— Foda-se, — ele xingou, seu olhar fascinado para as


sucatas, sua mente consumida com o que elas significavam.

Em seguida, ele limpou seus pensamentos e desceu as


escadas para Leah.

231
Capítulo Oito

A Festa

Sentei-me na Porsche para que Lucien nos levasse para


sei lá onde diabos estávamos indo. Eu como sempre, sua
concubina obediente, não tinha perguntado e ele não tinha
compartilhado.

Estava tomando um monte de mim não virar e agarrar


seus olhos para fora ou escancarar a porta e atirar-me do
carro.

A razão para isso não estava apenas na minha lista


“Porque eu odeio quando Lucien” estava tão cheio de si.

Naquela manhã, ele veio totalmente vestido do


banheiro. Foi por sorte já que depois eu tinha muito tempo
para secar as lágrimas do meu rosto e fingir estar dormindo.
Ainda assim, ele pelo menos deveria ter fingido acreditar que
eu estava dormindo, um vampiro grande, gordo, idiota, ele
beijou a minha nuca exposta suavemente antes de sair (o
bastardo).

Eu, então, passei o dia todo pensando abobada.

232
Foi também porque, 10 minutos dentro do carro, a mão
de Lucien tinha chegado a minha perna. Ele deslizou
lentamente o material de lado expondo minha coxa, então,
quando ele não estava mudando a marcha, ele acariciava a
pele por dentro suavemente, sem pressa, sedutoramente e,
pior de tudo, constantemente.

Ele estava me deixando louca.

Ele estava me deixando doida, ele me fez sentir bem


para caralho.

O pior era que, onde quer que diabos estávamos indo


era um longo, longo caminho de casa que Lucien estava
fornecendo para mim.

O que significava que minha tortura parecia durar uma


eternidade.

Durante essa eternidade, eu decidi que eu nunca iria


perdoá-lo.

Eu nunca, nunca iria perdoá-lo por forçar meu corpo a


me trair de novo e de novo, assim, fazendo com que eu me
odiasse ainda mais do que eu o odiava.

Estávamos nas entranhas da cidade (e “entranhas” era


uma palavra apropriadamente descritiva), quando ele se virou
em um beco.

Eu normalmente não ia a becos, mas se eu tivesse que


escolher um este seria um dos últimos da lista.

233
Lucien desacelerou para uma parada e, de repente, do
nada um homem saltou para o carro.

Eu não podia controlar a minha surpresa em um


suspiro.

A mão de Lucien flexionou no interior da minha coxa e


ele murmurou,

— Está tudo bem, querida.

Obriguei-me a virar e acenar para ele como se eu


confiasse nele com a minha própria vida, mesmo que eu não
fizesse. Sua última manobra de me dirigir a um beco úmido
foi uma prova positiva do por que eu não deveria.

Minha porta se abriu e uma mão veio através dela.

Eu encolhi ao ouvir um estranho dizer:

— Milady.

— Dê a mão, Leah, — Lucien ordenou e eu não queria,


realmente não queria, mas eu fiz.

O estranho me ajudou a sair do carro. Ele era mais


baixo que eu, magro, e eu imaginei que ele era mais novo que
eu, pelo menos, uma década.

Ele estava sem prestar atenção, mesmo quando ele


cautelosamente Conduziu-me da porta antes que ele a
batesse.

234
Seus olhos estavam com fome com muita fome. Uma
Assustadora fome.

Era incrivelmente estranho.

— Wats, — disse Lucien antes que casualmente desse


as chaves de seu carro esportivo absurdamente caro para um
homem que se assemelhava a um vagabundo que tinha
acabado de sair de um ambiente limpo no abrigo onde
tinham sido dadas roupas mal ajustadas e um não tão bom
corte de cabelo.

— Mestre, — o homem sussurrava pegando as chaves,


com os olhos colados aos de Lucien e eu senti uma sensação
de mal-estar rastreamento através da boca do meu estômago.

Mais rápido do que um relâmpago Lucien estava ao


meu lado, seus dedos no meu cotovelo, me puxando para
longe do estranho. Os olhos do homem piscaram para mim
antes de se mudar de volta devotadamente para Lucien.

— Como todos eles estão dizendo, ela é linda, Mestre,


— ele respirou, inclinando-se para Lucien, mas segurando-se
para trás, obviamente cauteloso, animado, petrificado, tudo
ao mesmo tempo.

Olhei para cima para Lucien para ver que ele estava
olhando para o homem com repulsa mal disfarçada.

— Cuide do carro, Wats, — Lucien ordenou. Wats


assentiu, ainda ofegante, enquanto ele se afastava,

235
ligeiramente inclinando como lacaio deformado de um
cientista louco em um filme de terror ruim.

Lucien me moveu em direção a uma porta e eu o segui.

Eu queria perguntar sobre Wats, mas não o fiz. Eu


queria correr gritando para a noite, mas eu não fiz.

Louca, eu também queria me jogar nos braços de


Lucien e implorar-lhe para me foder contra a parede no beco.

Eu certamente não fiz isso.

A porta se abriu antes de chegarmos, um personagem


semelhante a Wats, mas mais redondo, mais velho, com uma
barba espessa e uma confusão de longos, cabelo
emaranhados estava segurando a porta larga.

— Mestre, — ele sussurrou reverentemente, seus olhos


caindo como se ele fosse muito humilde para contemplar a
magnificência de Lucien e meu estômago revirou nauseado.

— Breed, — Lucien murmurou sua saudação nem


mesmo olhando a maneira do homem, levando-me por ele e
em um corredor escuro que quase que imediatamente levou a
escadas indo para baixo.

A porta se fechou atrás de nós e eu mal controlava a


minha vontade de pular ou gritar. Começamos a descer lada-
a-lado as escadas e Lucien ainda não tinha retirado a sua
mão de meu braço.

236
— Nós começamos a festa, bichinho, você não está
liberada para ficar longe de mim se eu não especificamente
permitir. Estou entendido?

Meu Deus.

Ele estava me levando para um banquete. Eu não


estava pronta para uma festa, eu tinha certeza.

— Entendido, — eu murmurei, independentemente do


meu terror recém-descoberto, fazendo uma tentativa de
colocar no meu tom o que Breed usou em reverência,
pensando que isso iria irritá-lo muito.

Aparentemente, funcionou. Sua cabeça virou-se


bruscamente para o lado e seus dedos cavaram
dolorosamente na carne em volta do meu cotovelo.

Quando eu olhei para ele, forçando meu rosto em uma


expressão que eu esperava ser inocência misturada com
ansiedade (Wats e Breed tinha me dado uma ótima ideia), eu
vi os olhos apertados e sua boca enrugar.

Ele, e, portanto, eu, permanecemos em silêncio


enquanto descíamos a primeira escada. E a segunda. E a
terceira.

No final do quarto, Lucien me guiou para minha


primeira festa.

237
Vi imediatamente que havia uma razão para Wats e
Breed não estarem aqui. O lugar era uma multidão de gente
bonita. Não fino. Não pesado. Nem mal guardado.

Perfeito.

Eu não sabia onde os vampiros terminavam e os


mortais começavam.

E todos eles estavam vestidos impecavelmente. Os


homens de smoking ou ternos bem-cortados, as mulheres em
vestidos de noite. Não havia ninguém lá que parecia
esperançoso e desesperado para ser escolhido. Sem excesso
de jóias e ornamentos. As pessoas aqui eram muito legais,
muito elegantes, muito polidas para expor-se de uma forma
que iriam chorar por atenção.

As pessoas eram a única coisa sobre o lugar que era


elegante.

Parecia que era feito de cimento, todo ele, incluindo o


bar que corria ao longo do comprimento de um lado. As
prateleiras na parte de trás eram de vidro, no entanto,
coberto de garrafas de licor e óculos diferentes em forma,
iluminado com luzes vermelhas, como era o resto do lugar,
tudo iluminado por luzes muito fracas, vermelhas.

A música era alta. O rock 'n' roll, mas lento, latejante e


sedutor.

Modesto como era, a sala parecia viva como se um


zumbido de conversa corresse baixo sob a música. As

238
pessoas estavam em pé e falando ou se movendo
graciosamente entre os corpos bem embalados.

Não havia o que equivalia a uma pista de dança, mas


os bailarinos não estavam exatamente dançando. Eu
encontrei a minha atenção concentrada neles enquanto eu
observava os corpos se movem, apertados, balançando uns
contra os outros sugestivamente, com as mãos em
movimento, atingindo, tocando. Faces dobradas em pescoço,
lábios e, mesmo da minha distância eu vi algumas línguas
reluzentes que deslizavam ao longo dos maxilares, maçãs do
rosto, têmporas, ombros, outros lábios. Não parecia que
havia casais, mas como o grupo era um só, um todo,
qualquer um que se juntou seria puxado para o que atingia
as preliminares da massa.

Não é de admirar que Edwina, pensasse em suas


meninas como boas meninas, não queria que elas viessem
aqui.

Eu não podia acreditar que Lucien me trouxe aqui.

Não que eu tivesse algum problema com esse tipo de


coisa, só não era a minha cena.

Estava na ponta da minha língua para lhe perguntar se


isso também fazia parte do meu castigo, quando ele deixou
cair o braço, pegou minha mão na sua e se dirigiu para a
frente, impulsionando-nos através dos corpos.

Seu aperto era certo e forte quando ele me puxou.

239
Eu vi as pessoas se voltarem para ele e acenarem em
reconhecimento. Algumas saudações sem papas na língua.

Eu também vi pessoas me estudando, enfrentei


impassível, olhos me analisavam sofisticados demais para ser
feito abertamente, mas ainda traindo a sua curiosidade.

Lucien parou no bar e, com um puxão na minha mão,


me puxou pela multidão final. Em um minúsculo pedaço de
espaço livre, ele enrolou o braço, girando-me para a minha
volta estava grudado à sua frente, com o braço apertado em
volta da minha cintura, sua mão ainda em mim e ele não me
deixou ir.

— O que você está bebendo hoje à noite, bichinho? —


Perguntou ele, sua boca se curvou para meu ouvido e me
irritava sua voz profunda soando contra a minha pele me
fazendo tremer.

Eu torci minha cabeça e para dar-me espaço para me


movimentar.

Levantei-me na ponta dos pés e procurei seu ouvido eu


respondi:

— O que você quer que eu beba?

Reflexivamente o braço apertado na minha cintura


enquanto sua cabeça se levantou e seus olhos percorreram
meu rosto na luz vermelha.

240
Em seguida, ele desviou o olhar, claramente irritado e
empurrou o queixo para o barman.

Foi então que eu decidi que talvez estivesse sendo um


pouco grossa demais

Ele olhou de volta para mim, mergulhando próximo seu


rosto, a testa tocando o minha, sua boca num fôlego.

— Eu gosto mais de você quando você está bêbada de


vodca, — declarou ele. Suas palavras invocando uma
memória que fez o meu estômago arremessar de uma
maneira que não era doentia mas doía tudo do mesmo jeito.

Eu não sabia o que me deu na noite anterior.

Isso não era inteiramente verdade. Eu sei.

Eu estava bêbada e minhas inibições foram arrastadas.

Eles disseram que você age mais honestamente quando


você está bêbado que me deu alguma coisa para passar o
meu dia de me preocupar e ficar com raiva de mim mesmo. E
ontem à noite, pela primeira vez, eu gostei do meu tempo com
ele antes da sangria para não mencionar a própria sangria,
que era, eu não podia negar, inacreditável.

Até o momento em que eu tinha bebido meu último


Martini, eu tinha escutado tanto Edwina e Stephanie falando
sobre quão grande homem que ele era, como ele era generoso
com suas concubinas, quando elas estavam com ele e depois
que ele as liberava. Aparentemente, ele não só cuidava delas,

241
ele ainda via a maioria delas, mesmo as que estavam agora
velhas e frágeis. Não doeu que a prova de sua generosidade
colossal foi espalhada em torno de mim, as roupas, a casa, a
governanta.

Em algum momento durante o desfile de moda, eu


tinha esquecido a milha lista “Por que de odeio Lucien” e em
vez disso só me lembrava das partes boas sobre ele. A forma
como um sorriso surgiu em sua boca. A forma como seus
olhos foram encapuzados quando sabia que eu estava
olhando para ele e eu gostei do que vi. A maneira como ele
pensava meus piores traços eram divertidos. A maneira como
ele poderia, por vezes, ser gentil e paciente. O jeito que ele
beijava.

As partes boas, que ele mostrou ao chegar em casa,


cimentando em minha mente embriagada que eu estava
errada sobre ele.

Até que ele me mostrou direito, que estava.

Seu rosto se afastou, me arrancando dos meus


pensamentos.

Observei-o olho novamente para o bar e pedi,

— Dois martinis, com vodca e azeitonas.

Após isso, Lucien ficou em silêncio e imóvel até que


nossas bebidas chegaram. Uma vez que eles chegaram ele
passou para o barman. Eu levei a minha bebida e ele nos
reposicionou. Lucien principalmente com o seu lado, mas

242
também de costas para o bar. Me virei para o cômodo,
minhas costas ainda apertando para sua frente, meu corpo
confortável, possessivamente, mesmo protetoramente
realizada na curva de seu braço.

Sua boca voltou ao meu ouvido e, a propósito de nada,


ele murmurou,

— Breed e Wats são cabides.

Eu não tinha perguntado, mas eu estava curiosa para


saber. Virei a cabeça para encará-lo e quando eu vi sua
expressão era protetora e vigilante.

Sim, eu tinha tomado longe demais.

Droga.

Ao fazer meu cabelo para a noite (Edwina queria falar


sobre isso, mas eu coloquei meu pé no chão desta vez), eu
vim para cima com o meu plano.

Ele queria me instruir?

Bem, eu ia ensinar-lhe algumas lições também.

Mas eu tinha conseguido levar.

Eu me determinei a corrigir isso.

— Cabides? — Perguntei.

Ele acenou com a cabeça.

— O que significa isso? — Eu continuei.

243
Ele olhou para o cômodo. Foi um gesto que era para eu
seguir o que eu fiz e quando eu estava de frente para a sala e
sua boca voltou ao meu ouvido.

— Eles querem estar aqui.

Fiquei virada para frente, algo que eu sentia que ele me


queria fazendo, e perguntou:

— Será que já estiveram aqui?

— Nunca, e nunca vão, — respondeu ele. — Mas eles


não desistem. Obcecados com vampiros e nossa cultura,
especialmente a festas. Obcecados de uma forma doentia.
Eles fizeram-se servos, não pagam a menos que alguém lhes
dê uma gratificação.

Eu me senti mal por Breed e Wats, querer algo tão mal,


estar tão perto, mas nunca terem o que se quer.

— Como eles sabem sobre vampiros? — Eu perguntei


uma vez eu pensei que ninguém, além daqueles que a vida
fez.

— Eles nos sentem, — respondeu Lucien. — Eu não


tenho nenhuma ideia de como. Muitos poucos mortais fazem.
E aqueles que sentem sempre se tornam cabides.

Achei isso interessante.

— As pessoas lhes dão gorjeta? — Perguntei.

— Raramente.

244
— Por quê?

— Eles são imundos, mal-educados, despenteados. A


maioria dos vampiros tem a capacidade de adquirir as coisas
boas da vida e fazem, sem falhar. Eles não têm paciência
para lembretes de que pode haver algo de menos. — Senti
meu corpo enrijecer quando ele continuou, — E eles são
cabides, Leah. Fanáticos. Eles deixam as pessoas
desconfortáveis, vampiros, mas especialmente os mortais.
Eles não estão apenas sem ser convidados, eles não são
desejados.

Eu olhei através da sala, levando as belas pessoas que


podiam arcar as coisas boas da vida que não tolerariam as
não tão belas pessoas que tinham quase nada.

Então me lembrei de Lucien jogando as chaves para


Wats e as fanáticas adulações de Wats.

— Você os ajuda? — Eu sussurrei, pensando que ele


poderia não me ouvir, minha voz era tão baixa e esquecendo
que ele era um vampiro, então é claro que ele me ouvia.

— Sempre, — respondeu Lucien e eu torci o pescoço


para olhar para ele.

— Sério? — Eu respirei, sem saber por que a sua


resposta, era a resposta certa, significou muito para mim.

Seus olhos percorriam meu rosto e eu vi o guarda


descer à medida que suavizou.

245
— Realmente, bichinho. Eles não iriam comer se não
fosse por Cosmo e eu.

Sem a minha permissão, meu corpo relaxou no dele e


eu o encarei novamente.

Seu braço ficou mais apertado em volta da minha


cintura enquanto sua boca voltou ao meu ouvido.

— Isso não nos faz terrivelmente populares com a


nossa espécie, no entanto.

— Foda-se, — eu murmurei antes que eu pudesse me


parar e eu senti seu corpo tremer de tanto rir quando ouvi
sua garganta rugindo com isso.

Automaticamente, todo o meu ser se ajustou a sua


risada. Algo que eu não tinha ouvido desde ontem de manhã.
Algo que parecia me alimentar, não como chocolate ou algum
outro deleite proibido, mas como um alimento essencial.

Eu senti minha garganta fechar com medo só de


pensar.

Em todo o tempo em que eu estava com ele, um


vampiro que bebia sangue humano, que era muito mais forte
do que eu (o inferno, de ninguém que eu conhecia), que me
machucou e me humilhou e jogou meu corpo contra mim, e
eu nunca me senti com mais medo do que naquele momento.

Ele sentiu ou percebeu, eu sabia disso quando a boca


no meu ouvido chamou interrogativamente,

246
— Leah?

Notei então. Algo mais. Algo que estava brincando na


beira da minha consciência desde que chegamos.

Na verdade, duas coisas.

A primeiro não era tão real quanto ele era uma


tendência.

Os olhos. As orelhas. Os sentidos. A atenção. Sub-


repticiamente pessoas estavam nos observando, ouvindo-nos,
provavelmente, como alguns deles eram vampiros, ouvindo
nossas palavras, cheirando meu perfume misturado com seu
perfume amadeirado.

Eu não era a única curiosidade, sendo nova para essa


multidão.

Era também Lucien. Na verdade, parecia ser


principalmente Lucien.

Era como se fossemos estrelas de cinema...

Não.

Era como se ele fosse uma estrela de cinema famosa


descontroladamente, eu era o seu troféu2 e nós tínhamos ido
para um clube normal entre pessoas comuns.

2
No Original Arm candy que significa: Uma pessoa extremamente atraente de
ambos os sexos que você ou alguma outra pessoa de sorte que o acompanha

247
A segunda coisa era que eu sentia o que senti na
Seleção. O sentimento drogado estranho. O sentimento que
Stephanie me explicou ele ia me seguindo, me marcando.

— Você está me marcando? — Eu sussurrei.

Seu braço na minha cintura deslizou para cima, com a


mão parada ao lado do meu peito, seu polegar acariciando a
pele sobre o meu vestido lá.

Senti seu movimento de cabeça, a boca não estava


mais no meu ouvido, mas seus lábios estavam no meu
pescoço.

— Sim, — respondeu ele.

Eu esqueci o nosso público, que agora estavam


recebendo um show, virei um pouco para ele e sua cabeça
surgiu.

Eu cheguei perto de seu rosto e perguntei:

— O que é isso?

Ele respondeu sem demora.

— Eu me sintonizando a você.

Eu não sabia o que aquilo significava.

— O que significa isso? — Perguntei.

— Você sabe que eu posso ouvir seu coração? —


Perguntou ele em troca.

248
Eu balancei a cabeça.

Ele hesitou antes de continuar,

— Você sabe que eu posso controlar sua mente?

Engoli em seco antes de eu assentir novamente e


perguntei:

— Você está lendo minha mente?

— Eu não posso ler sua mente, a menos que você


esteja falando comigo com ela.

Uau. Isso foi um alívio.

— Então o que você está fazendo?

— Eu já ajustei você a mim e eu a você. Ao mesmo


tempo, eu tenho os meus sentidos em sintonia com você,
então cada respiração, cada movimento ligeiro, eu sei quase
antes de fazê-lo.

Eu não entendi, mas o que quer que fosse, era


enlouquecedor!

— O que isso significa?

— Isso significa que nossos corações estão batendo em


sintonia. Isso significa que eu estou antecipando seus
movimentos. Isso diz para os vampiros nesta sala que possa
ouvi-lo e senti-lo, que você é minha.

— Já não sabem disso?

249
— Sim.

— Então não é que um exagero?

Por alguma razão, seu rosto ficou duro antes que ele
respondesse:

— Não.

— Você não acha que você me segurando de bela


maneira envia a mensagem?

— Segurar você é uma mensagem que estou enviando


para os mortais.

Fiquei surpreso com essa resposta.

— O que eles se importam?

— Eu não dou a mínima se eles se importam. Eu me


importo. Mas isso diz que eu não estou aqui para me
alimentar. Eu não estou aqui para jogar. Eu não estou aqui
para foder. Eu estou aqui para estar com você.

Meu Deus.

O que isso significa?

Eu não perguntei porque eu não queria saber.

E por que meu coração pulou uma batida quando ele


disse isso?

Eu nem sequer respondia a mim mesmo.

250
Em vez disso, perguntei algo muito, muito mais
estúpida e definitivamente mais perigoso.

— Você fez isso com todas as suas concubinas?

Então eu tive a resposta para a minha pergunta muito


estúpida, muito, muito perigosa.

— Eu nunca fiz isso com outra concubina.

Senti minha boca aberta. Eu sabia que estava


escancarada para ele e eu sabia que tinha uma audiência. Eu
estava chocada demais para me importar.

Finalmente, eu guinchei,

— Por que eu?

— Você é Leah.

Ele achava que esta era uma resposta. Eu não sentia


assim, mas eu decidi não o empurrar, porque eu sentia inata
que eu não gostaria de saber a resposta para isso.

Mesmo que eu realmente quisesse saber a resposta.

Meus olhos deslizaram ao redor da sala e voltaram


para ele.

— Ninguém está fazendo isso?

— Não.

— Não há outros vampiros aqui com suas concubinas?

251
— Sim, há.

— Mas eles não estão fazendo isso?

— Não, Leah.

— Por que não?

— Porque eles não podem.

Senti a taça de Martini escorregar pelos meus dedos,


mas eu não percebi que ele a pegou pelo tronco antes que ele
mesmo limpasse minha mão. Eu também não registrei que
ele colocou meu copo e o seu no bar e ele me virou totalmente
de frente em seus braços.

Eu inclinei minha cabeça para trás para olhar para ele,


coloquei minhas mãos em seu peito e olhei.

Então eu perguntei,

— Por que outras pessoas não fazem isso?

— Muito poucos vampiros têm a capacidade de


hipnotizar. Aqueles que o fazem não tem o controle que
tenho. Nenhum deles, ou nenhum que eu conheço, está perto
de qualquer lugar perto da potência da minha capacidade.

Meu Deus!

— Isso é loucura, — eu sussurrei.

— Você está correta, de certa forma. O que posso fazer


é muito incomum.

252
— Eu vou declarar! — Gritei.

Ele sorriu com a minha explosão. Ignorei seu sorriso.

— É por isso que todo mundo está olhando para você


como se você fosse uma estrela de cinema? — Eu soltei, a
cabeça inclinada e ele me examinou com curiosidade por um
longo momento.

Por fim, ele perguntou:

— Você notou isso?

— É difícil de perder.

Ele recostou-se contra a barra e me puxou com ele,


então eu estava no meu pé, meu corpo achatado contra o
seu. A mão dele subiu e torcia no meu cabelo como ele fazia
quando estávamos sozinhos, não como nós éramos o foco de
centenas de olhos e quantidades gigantescas de vampiros
com percepção extra-sensorial.

Então ele falou.

— É parte disso.

— Qual é a outra parte?

Sua mão torceu mais profundo em meu cabelo e sua


boca veio à minha.

— Vamos deixar isso para mais tarde, não é?

Eu queria dizer que não, que não devia.

253
Mas muito mais agradável, aquiescente, o lado chato
de Leah teria exigido uma explicação.

E de qualquer maneira, eu não tive a chance.

Ele me beijou.

Ele fez isso também, da mesma forma que ele fazia isso
quando estávamos sozinhos.

Em outras palavras, era um profundo, de boca aberta,


línguas emaranhadas, me fazendo respirar pesadamente, um
beijo que deu tiro de fogo certo entre as pernas.

Além disso, havia algo diferente sobre isso, melhor,


mais intenso, quase insuportável, mas em um bom caminho.
Eu sabia intuitivamente que era porque ele tinha me
marcado. Eu sabia que era porque os nossos corpos estavam
em sintonia. Eu não sabia como e eu não entendia o que isso
significava, eu só sabia que me afetou fisicamente de uma
forma que sacudiu a minha alma.

Quando ele levantou a cabeça, eu descobri que eu


estava pendurada, além dos meus dedos dos pés, direto na
ponta dos pés. Minha frente estava pressionada
profundamente na dele, os dedos de uma mão enrolados em
seu ombro, os outros envolvidos insistentemente em torno da
volta de seu pescoço.

— Porra, eu amo o jeito que você beija, — ele rosnou de


novo, como se não estivéssemos em um clube de vampiro,
vibrando, abarrotado. O barulho quase selvagem de seu

254
grunhido deslizou através de mim, fazendo com que meus
dedos enrolassem.

Foi quando eu senti o zumbido, a corrente que estava


focada em nós havia mudado, intensificou-se, tornando-se
extasiado. Eu senti os olhos em nós agora e eu sabia que eles
não eram furtivos.

O calor bateu no meu rosto, assim como o perigo


permeou minha consciência.

— Alguma coisa está errada, — eu respirei.

Seu rosto assumiu o olhar inquisitivo de novo quando


ele me estudou, então ele respondeu:

— Sim.

— O que é isso?

Seus olhos se levantaram, movendo-se através do


cômodo.

Registei impaciência, frustração então inflexível


resignação em sua expressão antes que ele respondesse:

— É hora de eu ser bom, bichinho.

Isso não fazia sentido algum, mas antes que eu


pudesse fazer outra pergunta, ele tinha se mudado de novo
para as nossas posições originais, a mão com o meu copo que
vinha na minha frente.

255
Peguei-o, levei-a aos meus lábios e tomei de volta um
gole saudável principalmente porque eu precisava.

Eu deveria ter tomado um gole maior porque sua boca


voltou ao meu ouvido e perguntou:

— Você quer dançar?

Meus olhos foram para a pista de dança contorcendo e


minhas pernas balançaram.

Lá estava ele. Seja obediente Leah, eu ia ter que fazer


algo que eu realmente não queria fazer.

— Se você quiser. — Tentei parecer respeitosa e


subserviente como o seu desejo era o meu comando, mas eu
não tinha certeza se eu consegui este feito.

Meus medos se provaram corretos quando senti seu


corpo se mover com sua risada atrás de mim.

— Nós não temos que fazer nada que você não queira
fazer, Leah.

Nós não temos?

Rapaz, essa era a primeira vez.

Olhei para os corpos ondulantes na pista de dança,


tentando e não conseguindo imaginar o poderoso quadro de
Lucien entre eles e engoli em seco antes de perguntar:

— Hum, Você não, você, er, dança?

256
— Não publicamente, não. No entanto, em particular,
sim.

Eu torci o pescoço para olhar para ele.

— Privado?

Ele sorriu.

— Beba, bichinho, e eu vou mostrar-lhe a festa.

Senti minhas sobrancelhas franzidas.

— Eu pensei que nós estávamos na festa.

Seus dedos em volta do meu pulso e levantou o copo


aos lábios.

— Beba, — ele ordenou.

Eu bebi e ele tomou o meu copo, coloque-o ao lado de


seu no bar e, em seguida, capturou minha mão.

Mais uma vez, ele nos levou por entre a multidão, a


mão segura na minha, me ancorando a ele quando ele
empurrou. Os corpos pareciam fechar-se, desta vez, os olhos
já não evitavam; a curiosidade agora explícita.

Lucien ignorou ou não percebeu isso (provavelmente a


primeira). Ele me levou a uma parede de trás, onde havia
uma porta aberta que dava para um salão sombreado. O que
parecia um leão de chácara superdesenvolvido estava de pé
do lado de fora da porta.

257
Sem hesitação ou mesmo olhando para o segurança,
Lucien me guiou.

O corredor era longo e serpenteado, transformando


desta forma, não com cantos, mas com curvas. Não havia
portas que achei que era meio estranho. Era sombreado,
assustador e estranhamente ameaçador e se eu não estivesse
com Lucien não havia jeito de ter estado lá. A música e o
zumbido morreram lentamente à medida que avançava e
seguiu o serpenteado.

Finalmente, com o clube apenas a um zumbido suave,


quase indistinto atrás de nós, virou um canto real.

E fui confrontada com uma festa.

Meu primeiro instinto foi o de desviar o olhar.

Mas era como um acidente de carro e eu não podia,


não importa o quanto eu quisesse.

Era diferente aqui, como a noite e o dia. As paredes não


eram de cimento, mas pintadas de um profundo e rico
vermelho. O chão estava coberto de carpetes grossos e
travesseiros. Alguns dos travesseiros enormes, do tamanho
de camas de casal. Alguns deles menores. Todos eles cobertos
de veludo em diferentes tons ricos, ameixa, escarlate, safira,
rubi, verde floresta, vinho e vermelho sangue. Havia enormes
espelhos na parede enquadrados e pesadamente esculpidos,
em madeira escura refletindo a atividade nos travesseiros,
nas paredes, no chão.

258
Alimentação e muita.

Em um travesseiro numa cama de casal de tamanho


estava uma mulher tão impressionante que ela parecia uma
modelo, sua pele de alabastro exposto em um vestido preto
decotado. Três vampiros estavam ligados a ela. Um no
pescoço, um no tornozelo e um cuja boca estava em seu
decote mamando na lateral de seu seio.

Meu olhar flutuou, horrorizada com a coisa da


sensualidade, brutal disso. Isso estava em toda parte. Eu não
podia escapar.

Eu tirei meus olhos livre, tentando encontrar um lugar


seguro, mas pegou uma imagem em um espelho, um vampiro
quase tão grande como Lucien tinha uma pequena mulher
presa à parede. Sua cabeça estava pendurada em seu ombro,
os braços moles. Ele estava segurando-a em sua boca com as
mãos sob as axilas, os pés limpos do chão, as pernas
balançando. Seu rosto era uma imagem de êxtase enquanto o
sangue escorria pelo seu pescoço, escapando de sua boca.

Sem nenhum lugar para colocar meus olhos, eu me


virei para Lucien e empurrei meu rosto em seu peito enorme.
Minhas mãos levantando, os dedos enroscando em suas
lapelas, eu puxei o tecido para as minhas bochechas assim
nenhuma visão poderia penetrar mesmo acidentalmente.

Seus braços vieram em torno de mim, uma mão à


deriva pela minha espinha nua, debaixo do meu cabelo para
descansar quente no meu pescoço. Senti seu corpo curvar,

259
para que sua boca pudesse estar no topo da minha cabeça e
meu rosto e torso arquearam no seu para manter o contato.

Sua voz era baixa, quando ele perguntou em voz baixa:

— Você não acha que é bonito?

Meu Deus.

Ele achava que isso era bonito?

Um pensamento me ocorreu e, em pânico, minha


cabeça virou para trás e a sua empurrou para cima para
evitar uma colisão.

— Não se alimente de mim aqui, — eu soltei o meu


apelo.

Senti seu corpo sacudir então vi seus olhos estreitos,


antes que ele perguntasse:

— Perdão?

— Por favor. Eu farei qualquer coisa que você disser. Só


não se alimentar de mim aqui.

— Leah...

Eu balancei as lapelas aproximando e pressionei mais


perto, subindo no meu pé, tanto em um estado que eu não
medi minhas palavras.

260
— Prometa-me, Lucien. O que aconteceu ontem à noite
é algo especial, algo que deve estar entre nós, não se reflete
em uma porra de um espelho para qualquer um ver.

Em minhas palavras, seu rosto gentil, seus dedos


vieram para meu cabelo para o lado da minha cabeça e
deslizou, parando, enrolando e me segurando lá antes dele
sussurrar:

— Querida...

Eu estava muito abalada com o que acabara de


testemunhar, saber como ele se sentia, vendo o que era
provavelmente o meu êxtase de ontem à noite sobre a cara
dessa mulher, eu não deixei suas ações me cadastrar. Ou seu
tom. Ou o carinho que ele tinha usado na noite passada e
esta manhã que eu pensei que, independentemente do
resultado de ambos os eventos, foi dolorosamente doce.

Foi muito humilhante pela metade. Ou seria, se ele


fizesse isso para mim.

— Por favor, — eu implorei em um sussurro frenético.

— Eu não vou me alimentar de você aqui, — ele


murmurou e com o acordo deste meu alívio foi tão grande,
meu corpo entrou em colapso no seu. Meus braços estavam
apertados em torno dele e apertei o lado do meu rosto em seu
peito.

Ele se inclinou mais uma vez, suas palavras mexendo o


cabelo em cima da minha cabeça.

261
— Você quer que eu te leve embora?

Eu balancei a cabeça, meu rosto deslizou contra seu


peito e sua mão, ainda no meu cabelo para o outro lado da
minha cabeça, tenso tranquilizador, então deslizou para
longe.

Ele pegou minha mão e fomos embora, deixando a cena


atrás de nós, rapidamente serpenteando de volta pelo
corredor.

Eu achei que o meu coração batia freneticamente. Sem


o meu pânico superar meu ser eu senti. Na verdade, ele
estava batendo tão forte que eu imaginava que o ouvi.

Então eu percebi que eu tinha feito e um novo pânico


passou por mim.

O pânico foi tão forte que arranquei a mão, plantei os


pés e parei.

Lucien parou comigo e olhou para mim.

— Leah...

Eu o interrompi mais uma vez, dizendo:

— Eu não quero que você pense que eu sou uma


garotinha afetada.

Ele não respondeu. Ele só olhou para mim.

Eu continuei dando um passo mais perto, inclinando a


cabeça para trás para olhar para ele.

262
— Foi lindo. Essas coisas sempre são. Mas eles
também são crus. Que, particularmente, foi cru. E revelador.
E eu não quero que ninguém me veja assim.

— Leah... — ele começou, mas eu continuei falando.

— É privado e está tudo bem se eles, — eu olhei para


trás, jogando o braço em direção ao corredor de nós termos
andado meio para dar ênfase antes de me virar de costas
para ele, — querem dar e compartilhar e.... sei lá..., mas, se
fizer isso na frente de outras pessoas, você o dá a isso
distância e não é, mas apenas o seu. E eu sou sua, você
mesmo disse isso, e eu não quero que ninguém me tenha,
nem mesmo um pequeno pedaço de mim, ninguém, só você.

Eu estava tão em pânico, desesperada para dar-lhe a


minha explicação, não querendo que ele pensasse que eu era
uma puritana, ou pior, ofendê-lo, lançando calúnias sobre
sua cultura, eu nem sequer percebi o que eu estava dizendo.

E, além disso, eu não quis dizer da que aconteceu.

Mas fiz.

E Lucien tomou de uma certa maneira.

Eu sabia disso porque num segundo eu estava com


minha mão na sua.

No próximo segundo eu estava contra a parede, seu


corpo estava pressionado ao meu, a mão no meu cabelo
puxando minha cabeça para trás em um arco que era

263
doloroso, não só pelo meu pescoço, mas no meu cabelo, e sua
boca estava na minha.

Esse não era como os beijos que tínhamos


compartilhado antes. Este era exigente, contundente,
possessivo, marcando e inegavelmente selvagem.

E, talvez me tornando uma aberração, mas eu amei


cada, foda segundo dele.

Sua boca arrancou da minha e antes que eu pudesse


tomar um fôlego, ele perguntou:

— Você é minha?

Eu tentei salvar alguma coisa, qualquer coisa,

— Eu não quis dizer...

Ele me cortou com um rosnado.

— Você é minha.

Agora, no que eu tinha me metido?

— Lucien...

Ele tinha um braço em volta da minha cintura e


enrolado tão apertado, obrigando-me tão profundamente
contra seu corpo, ele cortou a respiração.

— Completamente. Caralho. Minha, — ele sussurrou


ferozmente.

264
Senti minhas pernas fraquejarem e eu sabia que não
era apenas o medo de sua proclamação feroz, mas também
um desejo desequilibrado que eu não queria sentir.

— Lucien, eu não consigo respirar, — eu chiava com


toda a verdade, mas eu tinha perdido a sua atenção.

Sua cabeça disparou para o lado e sua boca tem direito


apertado antes de sua posse desapareceu. Eu quase entrei
em colapso, mas a mão dele agarrou as minhas novamente e
ele começou a caminhar rapidamente na direção do clube.
Não muito tempo depois eu vi um casal vindo em nossa
direção pelo corredor e eu sabia que Lucien ouviu sua
abordagem.

À medida que se aproximava, notei que era um homem


e uma mulher. Ambos estavam tão lindos que eu não tinha
ideia de quem era o vampiro ou se ambos eram (ou não
eram).

— Lucien, — o homem chamou de vários metros de


distância.

— Jordan, — Lucien respondeu.

Ficou claro que Lucien não estava com ânimo para


conversar.

Era tão claro que fez Jordan parar, deter a mulher


ruiva impressionante ao seu lado.

265
Seu olhar piscou nervosamente sobre Lucien bem
antes que ela me deu um de ciam a baixo e, para minha
surpresa, bem na minha frente, a cadela arrogante enrolou
seu lábio.

Voltei a favor, mas sem a curvatura dos lábios.

Em vez disso, quando Lucien parou, mudei-me para


ele. Mas isso só ia fazer o meu ponto, mas Lucien foi mais
longe.

Seu braço deslizou em torno de meus ombros,


escovando meu cabelo com ele assim que tudo caiu para a
frente, onde ele sem pensar agarrou uma mecha e começou a
torcê-lo em seu dedo. Mesmo na penumbra, vi seus olhos se
concentrarem na mão de Lucien e seu rosto empalideceu.

Eu só parei de dar-lhe um sorriso “ por isso não”.

Eu olhei para Lucien e vi que seus olhos estavam em


Jordan. Olhei para a Jordan e viu os olhos dele estavam em
mim.

— Portanto, esta é Leah, — Jordan observou.

O quê?

Como ele me conhece?

— É, — Lucien concordou.

266
Os olhos de Jordan me percorreram longamente uma
vez mais. Quando o fizeram, o ar no salão ficou grosso e a
animosidade rolou para fora de Lucien por causa disso.

A ruiva deu um passo para trás, meu corpo


involuntariamente se preparou e o olhar de Jordan balançou
a Lucien.

— Calma, Lucien, — Jordan disse em voz baixa,


conciliador.

— Não me peça calma, Jordan, — Lucien retornou em


um tom baixo, qualquer, mas a voz conciliadora.

— Você está entre amigos, — observou Jordan e eu


poderia ter estado errada, mas parecia que havia um
significado mais profundo para suas palavras do que o que
parecia óbvio para mim.

— Isso pode ser posto à prova, — Lucien retrucou.

— Eu vou passar ou eu vou queimar, — Jordan


respondeu.

Eles fecharam os olhos e a ruiva e eu éramos


impotentes para fazer qualquer coisa, além de olhar e esperar
que eles não rasgassem o outro membro por membro.

Jordan quebrou o concurso de olhares de vampiro


macho e ele ficou olhando para mim. Eu não acho que isso
foi uma boa ideia, mas eu não podia dizer isso a ele.

267
— Eu posso ver que ela vale a pena, — ele murmurou,
seus olhos voltando para Lucien mesmo que suas palavras
fizeram torcer a cara da ruiva em um beicinho que eu
gostaria de poder dizer que não era bonito, mas ele a fazia
parecer terrivelmente bonita como um botão.

O que eu queria saber, mas não perguntei, era o que eu


valia a pena.

Era como se eles estivessem falando em código!

Lucien não respondeu a Jordan. Em vez disso, ele


olhou para a ruiva.

— Cecile, — ele murmurou.

— Lucien, — ela sussurrou em uma voz sussurrada.

— Agora, Lucien, você a liberou, lembra? — Disse


Jordan e seu tom era leve, mas suas palavras me fizeram
sentir como um chute na minha barriga. A ruiva parecia que
sentia o mesmo e esse olhar não era bonito como um botão
em tudo. Foi angustiado.

Ela se recuperou antes de mim, maldita mulher.

— Eu me lembro. — Ela falou.

Jordan virou-se para mim.

— Ele sempre recebe as melhores. Felizmente, por


vezes, o resto de nós pode pegar as sobras.

Todo mundo ficou tenso depois.

268
Senti em tudo uma súbita sensação de camaradagem
para minha irmã do sexo feminino.

Lucien porque ele poderia ser um idiota, mas eu


suspeitava que ele era um cavalheiro.

Cecile porque seu insulto não foi velado, nem um


pouco.

— Talvez você devesse estar no seu caminho, — Lucien


sugeriu por entre os dentes cerrados.

Jordan, claramente, um novo tipo de vampiro para


mim, o tipo demente, sorriu em face de certo perigo (ou seja,
Lucien).

— Talvez eu deveria. — Seus olhos se voltaram para


mim. — Leah, foi um prazer.

Eu não sabia o que fazer, então eu simplesmente


levantei meu queixo. Isso fez com que seu sorriso alargasse a
um sorriso, ele acenou para Lucien e ele pegou o braço de
Cecile e mudou-se para nos passar.

Lucien mudou também. Mantendo-me ao seu lado, com


o braço em volta dos meus ombros, ele nos deslocou ao redor
e sua mão disparou e enrolada em torno do braço de Cecile.

Jordan e Cecile pararam.

— Cecile vá para casa, — declarou Lucien e eu senti


minha queda de boca aberta quando os olhos de Jordan
estreitaram a mão de Lucien então.

269
Estávamos quase chegando em casa livres e agora
frustrados por Lucien que também era obviamente do tipo de
vampiro demente.

— Eu imploro seu perdão? — Jordan perguntou a


Lucien.

— Está tudo bem, Lucien, — Cecile sussurrou.

— Não faça isso, — Lucien cortou para Cecile.

— Está tudo bem, — ela repetiu.

Lucien deixou cair sua mão, mas ele não admitiu a


derrota.

— Sua família não vai concordar.

Eu vi como o rosto empalideceu novamente.

— Eu não tenho certeza se este é o seu negócio, —


Jordan se intrometeu, aproximando-se do trio que incluía
Lucien, Cecile e eu.

— Eu selecionei três de sua linhagem, não incluindo


ela, é o meu negócio, — Lucien retornou.

— Você liberou sua pequena mais de uma semana


atrás, — Jordan agarrou. — Você teve o seu preenchimento,
você está fora.

Meus olhos se voltaram para Cecile. Esta era a última


concubina de Lucien.

270
Eu não queria atender a qualquer das concubinas de
Lucien, mas definitivamente não era a linda ruiva, esbelta
que foi a sua última concubina.

Por que minha vida sugou tanto?

Por quê?

No entanto, naquele momento, eu suspeitava que a


vida de Cecile sugou mais do que fez meu coração sair com
ela, independentemente da onda lábio anterior.

Lucien ignorou Jordan e manteve o foco em Cecile.

— Você sabe o que você perde, se você andar pelo


corredor.

— Lucien - — ela começou.

Ele a cortou.

— Vou levá-la de você.

Seus olhos caíram para o chão e ela sussurrou:

— Eu sei.

— Vá para casa, — Lucien ordenou.

Seus olhos se levantaram e estavam implorando


quando ela repetiu,

— Lucien.

— Vá para casa.

271
Seu olhar passou rapidamente para mim, então de
volta para Lucien e ela puxou o braço livre de Jordan.

— Eu sinto falta dele, — ela sussurrou.

— Você vai encontrar alguém para dar-lhe de volta a


você, mas não aqui, — Lucien respondeu. — Vá para casa.

— Eu não acredito nessa merda, — Jordan assobiou.

Os olhos de Lucien cortaram para a Jordan.

— Janete está na alimentação. Se eu estou lembrando


corretamente, ela é de seu gosto.

— Eu tive ela, — Jordan voltou.

— Tenha-a novamente, — Lucien cortou para trás.

Outro concurso de encarada de vampiro macho se


seguiu e este foi muito, muito, muito mais perigoso e
definitivamente mais assustador do que o primeiro.

— Um... — Eu me intrometi em provar, sem sombra de


dúvida, que eu estava realmente perturbada enquanto todos
os olhos balançaram-me e todos os seis deles (incluindo
Lucien) ficaram incrédulos. — Posso apenas dizer, — meu
olhar foi para Cecile, eu engoli e ataquei adiante. — Você é
linda. Linda. A mudança pode sugar. Confie em mim, eu sei.
Mas, juro por Deus, você vai encontrar alguém no momento
em que começar a procurar. Tudo que você tem a fazer é
estalar os dedos. Claro, ele não será capaz de se mover na

272
velocidade da luz e não se alimentar de sangue humano, mas
há sempre problemas em um relacionamento. Estou certo?

Por um segundo, houve um silêncio total e completo e


eu pensei que talvez eu poderia ter passado por cima de uma
linha que eu não deveria nunca, nunca, nunca, nunca
cruzar.

Eu realmente deveria ter prestado atenção nos Estudos


Vampíricos. Eu estava vendo o erro dos meus caminhos
agora.

Então eu estava enrolada com força no corpo de


Lucien, com a mão no meu cabelo empurrando meu rosto em
seu peito, um baú que estava em movimento, balançando
profundamente, estranhamente, até que eu percebi isso. E eu
percebi isso direito antes de ele soltar uma gargalhada
divertida.

Eu relaxei nele e olhei por cima do meu ombro para


Cecile e Jordan.

Cecile tinha perdido seu desdém arrogante e estava me


olhando com um olhar que ficou surpreso ao mesmo tempo
era triste e confuso.

Jordan estava me observando também, um sorriso


brincando em seus lábios, e também, para minha surpresa,
ele parecia divertido.

Cecile virou-se para a Jordan e perguntou em voz


baixa:

273
— Você vai ficar com raiva se eu for para casa?

Jordan suspirou.

— Vai ser uma perda, querida, mas por todos os meios,


corre para casa e salve sua reputação.

Seu olhar tornou-se grato. Ele balançou até Lucien,


então até mesmo para mim antes de se virar e casualmente
andar pelo corredor.

Meus olhos se moveram para Jordan, quando ele falou


e eu percebi que ele estava falando comigo.

— Eu espero vê-la em outra festa. Da próxima vez, indo


em outra direção.

— Eu não prenderia a respiração, — Lucien comentou


secamente.

Jordan não tirava os olhos de mim, quando ele


perguntou:

— Ela não gosta disso?

— Nem um pouco, — respondeu Lucien.

— Vergonha, — Jordan murmurou. Eu tremi, os braços


de Lucien apertados e Jordan levantou a mão e então se foi.

Apenas isso.

Whoosh.

Um segundo lá, no segundo seguinte, ele desapareceu.

274
Lucien me desenrolou de seu corpo e me levou para o
corredor. Desta vez, ele não pegou a minha mão, mas
manteve o braço ao redor dos meus ombros.

No topo da escada quando Breed abriu a porta para


nós, Lucien escorregou-lhe uma nota. Eu tentei ver o que era,
mas não tive êxito.

Wats estava de sentinela pela direita do carro em que o


deixou.

— Bem, Mestre de Tudo, ninguém sequer olhou para


ele, — ofegava, curvando-se e segurando as chaves fora de
Lucien, que levantou a mão e Wats deixou cair as chaves
dentro.

Lucien segurou a porta para mim e Wats correu para


fora do caminho para ele fazê-lo.

Depois de Lucien fechar a porta, avistei a nota de cem


dólares que Lucien deslizou na mão em espera de Wats. Eu
também vi o arrepio de excitação que balançou o corpo de
Wats e eu tinha a sensação de que não tinha nada a ver com
o fato de que Lucien fez dele o maior guardador de carro pago
na história, mas porque Lucien tinha quase, mas não
completamente, o tocado.

Estávamos bem longe, a mão de Lucien de volta na


minha coxa, depois que ele puxou o material para longe, mas
desta vez sem afago, apenas descansando proprietário.

275
Depois de um tempo, eu não poderia me ajudar, eu
pedi:

— Posso fazer uma pergunta?

— É claro, — Lucien respondeu instantaneamente.

Eu puxei uma respiração e antes que eu pudesse


perder minha coragem, perguntei:

— Você disse à Cecile que você ia levá-la para longe


dela. O que você gostaria de levar para longe?

Mais uma vez ele respondeu sem hesitar.

— Sua casa, seu carro, seu dinheiro, tudo o que eu lhe


dei para mantê-la. Tudo o que eu vou continuar dando a ela
até que ela morra. Se ela cair, o que, você deve saber Leah,
qualquer concubina se assistir a uma festa depois que elas
forem liberadas, eu estou no meu direito de cessar a sua
manutenção.

— Você faria isso? — Eu sussurrei.

— Em um segundo, — ele respondeu. — Minhas


concubinas, atuais ou passados, não participam de festas.

Eu estava confuso.

— Mas você me levou para uma festa.

Sua mão apertou minha coxa.

276
— Para ver, para assistir, à experiência, para estar
comigo entre minha própria, não participar.

Minha cabeça virou-se para olhar para ele.

— Você nunca iria se alimentar?

Ele olhou para mim brevemente, em seguida, voltou


para a estrada antes que ele declarasse implacavelmente,

— Nunca.

Isso fez com que eu sentisse uma extrema sensação de


alívio.

Então eu senti uma extrema sensação de medo por me


sentir tão aliviada.

Então eu senti o desejo extremo de cobrir sua mão com


a minha.

Então eu me chutei mentalmente.

Pouco depois, o elegante, carro esportivo de alto


desempenho comeu as milhas serenamente debaixo de mim,
eu adormeci.

277
Capítulo Nove

A Lição

Acordei pela primeira vez desde que eu tinha estado no


meu quarto novo para saber exatamente onde eu estava.

Mas algo não estava certo.

Abri os olhos e vi a grande, cama vazia na minha


frente.

Lucien não estava lá.

Alegria e decepção caíram uns contra os outros e eles


causaram uma sensação muito estranha que eu não gostei
nem um pouco.

Então minha mente viajou de volta para a noite


anterior.

Eu pensei sobre a festa e tudo o que eu tinha visto.

Então eu pensei sobre o comportamento de Lucien e as


emoções conflitantes que me fizeram sentir. Mais
especificamente, que eu gostava de estar com ele. Não era o
que eu chamaria de um dia divertido, mas foi interessante e
estar em seu braço foi estranhamente emocionante. Ele agiu

278
como um cavalheiro completo (bem, principalmente) e eu não
tinha tido isso em um longo tempo (como, nunca). Sem
mencionar sua raia possessiva-protetora, que me fez sentir
segura e se isso não foi suficiente para estragar com a minha
cabeça, nada era.

Por fim, pensei em cair no sono no carro depois de


Lucien me garantir que ele era o tipo de vampiro que não...

Eu fui sólida e depois chicoteada até as roupas de


cama e olhei para o meu corpo seminu antes de puxar as
cobertas de volta para baixo.

Eu estava vestindo nada além de um par de calcinhas


pretas, de renda. Adormeci no carro e aquele vampiro maldito
me levou lá em cima, tirou minha roupa e me colocou na
cama.

Em tudo o que ele tinha feito, e não havia muita coisa


que ele tinha feito, tirando minhas roupas enquanto eu
dormia parecia que o pior (bem, nesse momento ele fez).

Só me foi permitido mostrar o meu corpo para quem eu


queria mostrar quando eu estava com vontade de mostrá-lo.

Ok, então pode-se argumentar que ele teve a língua na


minha boca (mais de uma vez), e sua mão na minha calça (de
novo mais de uma vez), e ele chupou meu sangue (também
mais de uma vez), e ele controlava minha mente (muitas e
muitas vezes, o que significava duas vezes, que foi duas vezes
demais).

279
Mas isso era levá-lo muito longe.

Enquanto minha cabeça estava se preparando para


explodir, a porta do quarto se abriu e Lucien caminhou
entrando.

Quando eu o vi, eu estava tão chocada, minha fúria


desapareceu e eu vim em um antebraço para dar uma olhada
melhor.

Ele estava vestindo uma desbotada, calça jeans bem


desgastada e uma, camiseta branca de mangas compridas
apertadas.

Eu nunca tinha visto ele em qualquer coisa, além de


um terno (e de pijama, é claro). E, eu nunca o tinha visto em
qualquer coisa, além de cores escuras.

Eu não acho que ele era o tipo de cara que vestiria algo
tão normal todos os dias, como jeans e uma camiseta.

E ele ficou bem neles. Não, ótimo.

Ainda melhor do que o terno.

Fenomenal.

Minha boca começou a abrir.

Seus olhos estavam preguiçosos e ele sorriu.

Meu coração pulou uma batida ao ver aquele olhar que


eu gostei demais caramba cerca de um segundo antes de me

280
lembrar de que eu odiava e que ele tinha tirado a minha
roupa na noite anterior.

— Você está acordada, — comentou ele, andando em


volta da cama, enquanto eu o observava.

Lembrei-me do meu plano e a obediente Leah chutou


instantaneamente.

O jogo estava em andamento.

— Sim, — eu respondi, apertando as cobertas ao meu


peito.

Ele parou ao meu lado e em um flash ele me arrancou


da cama, sentou-se na borda e me estabeleceu em seu colo.

Vendo como eu ainda não estava acostumado com a


sua velocidade incompreensível, para não mencionar que eu
estava quase nua, isso me assustou.

Felizmente, seus braços estavam em volta de mim e ele


estava apertando meu torso ao peito, escondendo minha
nudez.

— Você dormiu bem, bichinho? — Ele perguntou


baixinho no meu ouvido.

Eu balancei a cabeça.

Seus lábios foram para o meu pescoço, onde ele


murmurou,

— Bom.

281
Em seguida, eles deslizaram ao redor de minha
garganta.

A boca dele era boa, muito agradável. Tão boa, que eu


não conseguia controlar meu tremor.

— Eu gosto disso, — ele murmurou contra a minha


garganta.

— O quê?

Seus lábios vieram aos meus, os olhos abertos e


olhando para mim enquanto ele respondeu:

— Quando você treme em meus braços.

O que você acha disso?

Eu não sabia, então eu só murmurei,

— Oh.

Senti sua boca sorrindo contra a minha.

Com ele no seu humor gentil eu estava perdendo a


minha vontade de jogar. Minha vontade preferiu lançar-se do
corpo para ele e rasgar suas fantásticas calças jeans fora de
seu corpo parecendo igualmente fantástico e ter o meu
caminho com ele.

Em um esforço de controle, eu perguntei,

— Você dormiu bem?

282
Sua cabeça se moveu para trás um par de centímetros
e uma mão surgiu, dedos passaram pelo meu cabelo em
minha têmpora e para trás, puxando-o para longe do meu
rosto enquanto seus olhos observavam.

Quando seus dedos deslizaram o comprimento do meu


cabelo para baixo das minhas costas, com o braço enrolado
em volta de mim novamente e disse:

— Minha primeira boa noite de sono na última semana.

Esta admissão me surpreendeu. Eu não poderia


imaginar nada fazendo com que o poderoso Lucien perdesse o
sono.

Surpreendeu-me tanto a cabeça inclinada para o lado e


perguntei com curiosidade genuína,

— Por que você não estava dormindo bem?

Seus braços ficaram mais apertado antes de responder:

— No princípio era a antecipação para sua sangria.


Após sua iniciação, era preocupação, porque a ferida não
estava curando rapidamente. Então, bichinho, eu achei difícil
dormir ao seu lado.

Meu coração deu uma guinada mesmo que meu


cérebro se lembrou que ele devia estar comemorando. Outra
colisão de sensações que não era exatamente agradável.

— Você tem dificuldades para dormir comigo? — A


minha pergunta era um sussurro.

283
Sua mão deslizou pelas minhas costas nuas para
capturar uma mecha de cabelo e eu o senti começar a torcer.
Isso era bom também.

Ele sempre fazia quando ele fez isso.

— É o seu cheiro, Leah. É inebriante. — Sua boca veio


para a minha e escovei meus lábios antes de ele se afastar
novamente, um sorriso puxando os cantos de sua boca,
enquanto ele continuou: — Especialmente quando se está
excitado. O seu aroma natural misturado com o aroma de seu
sexo é avassalador. — Meu corpo ficou rígido e seus braços
me deram um aperto antes de ele terminar, perdendo a luta
com o seu sorriso, — em um bom caminho.

Examinei seu arrogante, sorriso de satisfação enquanto


brevemente considerava dar-lhe um golpe de caratê no
ombro.

No entanto, isso provavelmente seria tão eficaz como


um mosquito pousando sobre ele.

Em vez disso, eu perguntei solícita,

— Você preferiria se eu me banhasse antes de ir para a


cama, querido?

Eu vi o seu flash de olhos, eu não tinha certeza se era


raiva ou diversão, antes com a cabeça inclinada para o lado e
sua boca estava novamente no meu pescoço.

— Só se eu tomar banho com você, — ele respondeu.

284
Droga. Era um bom retorno.

— O que você quiser, — eu respondi obedientemente.

— Humm, — ele murmurou de forma eficaz, de modo


eficaz o timbre deslizou pela minha pele, me fazendo tremer.
— Eu gosto dessa ideia. Talvez eu só vá permitir que você se
banhe quando você estiver comigo.

Meu Deus.

Agora, o que eu tinha feito?

Eu não tinha escolha. Eu tinha que ir com ele.

Tentando manter minha voz mesmo, eu perguntei,

— Você quer fazer isso agora?

Senti sua língua tocar meu pescoço e que me fez tremer


também.

Então ele disse:

— Agora não. Estou com fome.

Um parafuso repentino de eletricidade bateu entre as


minhas pernas me dando um fora de as cartas felizes
formigarem.

Ele queria se alimentar. E eu queria que ele se


alimentasse. Eu desprezava que eu fizesse, mas eu também
não podia negar.

— Você está com fome?

285
— Sim, — disse ele contra o meu pescoço e, em
seguida, levantou a cabeça para olhar para mim. — Sua
escolha hoje, Leah, aqui ou na cozinha.

Ele queria se alimentar na cozinha?

Realmente?

Isso era uma loucura! E se Edwina entrasse?

— Se fizermos isso na cozinha, e se Edwina entrar?

Suas sobrancelhas se uniram.

— Ela vai ter que estar lá, a menos que você pretenda
cozinhar para mim.

— Cozinhar para você? — Eu repeti estupidamente,


achando essa ideia tanto intrigante e assustadora.

Quer dizer, eu sei cozinhar. E a ideia de cozinhar para


Lucien era bem legal apesar da admissão se mostrar ainda
mais a minha insanidade. Mas e se eu errar? Isso eu fiz
muito, especialmente quando eu tentei algo extravagante e eu
duvidava Lucien comia alimentos não-sofisticados.

E de qualquer maneira, por que estávamos falando de


cozinhar?

Ele me estudou enquanto esses pensamentos


perseguiam-se pela minha cabeça antes de dizer:

286
— Você pode cozinhar, Leah. Você pode fazer o que
quiser. É a sua casa, não da Edwina. Você está dizendo que
você quer cozinhar?

Oh. Deixa comigo.

— Você está falando sobre o café da manhã, — eu


respirei com uma voz que denotava meu calcanhar mental de
mão à cabeça bofetada.

Ele deu outro sorriso arrogante, auto satisfeito, agora


mesmo tão longe quanto o sorriso presunçoso antes que ele
dissesse:

— Você pensou que eu queria me alimentar.

— Erm... — Eu me contorcia em seu colo depois


lembrei que estava quase nua de modo a ficar longe dele iria
expor meu corpo e eu não estava pronta para isso, então me
acalmei.

Suas grandes mãos deslizaram para os meus quadris e


ficaram tensos.

— Eu não posso me alimentar, bichinho. Não até esta


noite.

Isso era novidade para mim.

— Você não pode?

Ele balançou a cabeça, dizendo:

— Você não está acostumada a mim ainda.

287
Isso me confundiu ainda mais.

— Eu não estou?

O sorriso presunçoso voltou antes de seu rosto


desapareceu em meu pescoço novamente.

— Poderíamos tentar.

Oh meu.

— Mas você ficaria fraca durante todo o dia e é sábado.


Tenho planos para você hoje.

Ele tinha planos para mim. Planos que me obrigavam


não estar fraca.

Eu não sabia se isso era bom ou não.

— Planos?

Uma de suas mãos veio até a Copa do fundo da minha


cabeça e ele olhou para mim novamente.

— Primeiro, uma outra lição, desta vez sobre a


alimentação.

— Ok, — eu respirei tentando, mas não completamente


alcançar a proeza de não parecer desapontada.

Ele sorriu.

Dane-se o vampiro!

Eu tentei olhar obediente. Foi difícil.

288
Ele estudou o meu rosto, em seguida, começou a rir,
enquanto ele se levantou, me colocando em meus pés.

Ele começou a me colocar longe dele e, em pânico com


a ideia de desnudar-me, eu tranquei em seus ombros e
apertei meu corpo contra o dele.

Sua cabeça inclinada para baixo para olhar para mim.

— Leah?

— Feche os olhos, — eu sussurrei antes que eu


pudesse me parar.

— Perdão?

— Hum... — Como fazer isso e ser submissa? — Pedi-


lhe que feche os olhos, querido?

Suas mãos na minha cintura me deram um aperto


impaciente.

— Por quê?

— Estou quase nua, — eu expliquei baixinho e, pensei,


desnecessariamente.

Suas mãos me deram outro aperto, desta vez também


me puxando ainda mais em seu corpo, como a cabeça
mergulhada mais perto.

— Eu vi você na noite passada, bichinho.

— Eu sei.

289
Seu rosto veio ainda mais perto.

— Você tem um belo corpo, Leah.

Meus olhos deslizaram para o lado.

— Olhe para mim, — ele pediu.

Meus olhos deslizaram de volta ao seu.

— Eu não quero que você se escondendo de mim, — ele


ordenou.

— Isso é uma ordem? — Perguntei só para confirmar.

— Não, a menos que você faça isso, — ele respondeu.

O que diabos isso significa?

— Então, o que você está dizendo é que você não vai


fechar os olhos?

— Não.

Realmente, ele era um idiota.

Ele deve ter lido os meus pensamentos ou, já que ele


não podia fazer isso a menos que eu estava falando com ele
em meus pensamentos, ele deve ter lido meu rosto.

Por isso ele continuou falando,

— Eu gostaria de entender por que isso é um problema.

— Eu estou nua, — eu expliquei, novamente


desnecessariamente.

290
— E eu vi você na noite passada, — ele repetiu seu tom
de voz indicando claramente que ele achava que isso era
desnecessário também.

— Não é da noite passada mais. É esta manhã.

— E?

— O sol está brilhando, — eu continuei.

— O sol? — Perguntou

— Sim. E eu estou acordada, — eu continuei.

Suas mãos deslizaram em torno de minhas costas


enquanto ele murmurou,

— Eu vejo.

— Você vê o que?

Em vez de responder, ele disse pacientemente,

— Eu tive a minha língua em sua boca.

— Sim, mas...

— E o seu sangue encheu minha boca.

— Sim, mas...

— E eu tive a minha mão em suas calças.

Isso estava tudo soando familiar.

Ainda.

291
— Sim, mas...

— E o meu dedo no seu...

— Sim! — Eu bati, interrompendo-o. — Mas isso é


diferente!

— Como?

— Simplesmente é.

— Explique-me.

— Eu não posso!

Ele suspirou antes de afirmar:

— Você está de pé quase nua em meus braços. Eu


posso sentir a sua pele, o cheiro do seu perfume, toquei em
seu cabelo. Você está pressionada contra mim e você está
dizendo que o pensamento de eu ver seus seios faz você se
sentir desconfortável, embora eu tenha visto antes?

Isso fez parecer estúpido.

Baixei os olhos e olhei para sua garganta.

— Isso faz parecer estúpido, — eu disse em voz baixa.

— Mostre-se para mim, Leah.

Meus olhos se voltaram para o seu.

— O quê? — Eu respirei.

292
— Faça isso, — ele ordenou e foi definitivamente uma
ordem. Eu podia vê-lo no conjunto rígido de sua mandíbula e
da intensidade de seus olhos.

Eu realmente não tinha a certeza se fluido de isqueiro


estava na lista de compras de Edwina.

Fazendo o meu melhor para ser a obediente Leah, eu


empurrei contra seus braços na minha cintura para dar um
passo para trás. Ele não me deixou ir. Ele manteve seus
braços em volta de mim, então eu fui forçado a arquear
minhas costas.

Desviei o olhar no minuto que os seus olhos caiam. Foi


apenas um segundo antes de eu ser novamente pressionada
contra ele, com a mão no meu cabelo, cavando minha cabeça
e colocando pressão lá, então meu rosto estava contra seu
peito.

Ele se inclinou para que ele estivesse falando para o


cabelo em cima da minha cabeça quando ele falou de novo
suavemente,

— Isso não foi tão difícil, foi?

Na verdade, não era.

Mas eu nunca iria dar isso a ele.

Então, ao invés, na minha mais óbvia voz, bem-


comportada concordando:

— Não, querido. Não foi.

293
Senti seu corpo ficar sólido e sua mão no meu cabelo
torcido antes que ele observou,

— Você me tenta, bichinho.

Bom, pensei.

Sua mão puxou de volta, pegando a minha cabeça com


ela assim que eu estava olhando para ele.

— Você tem sorte eu gosto. — Sua voz era um aviso.

Grande. Ele gostou.

Rapaz, eu tive sorte.

— Coloque um robe, me encontre lá embaixo. Vamos


tomar café da manhã na cozinha, — ele ordenou, antes que
ele tocasse seus lábios nos meus e me deixe ir.

Eu quase voei para o banheiro e tomei todo o meu


esforço para não bater com a porta.

— Há algo especial que você quer para o café da


manhã? — Ele chamou através da porta fechada enquanto eu
deslizava no meu robe.

— O que você quiser, — chamei de volta e, em seguida,


coloquei minha língua para fora na porta.

— Vi isso, Leah. — Eu o ouvi dizer e ele não parecia


que eu estava tentando mais dele. Ele parecia divertido.

Eu não me importava se ele soava divertido.

294
Minha mente e meu corpo congelaram.

— O quê? — Eu chamei entre os lábios rígidos.

A porta se abriu, eu pulei e Lucien cruzou os braços


sobre o peito e encostou-se a sua estrutura.

— Eu vi isso, — repetiu ele.

— Mas... eu pensei, — eu gaguejei então respirei, —


você pode ver através de portas?

— Não, eu não consigo ver através de portas. Você


estava falando comigo.

— Eu estava apontando para você.

Ele sorriu.

— É a mesma coisa.

Eu fiquei em silêncio.

Esta não era uma boa notícia.

— Este novo jogo é divertido, — observou ele, me


assustando muito. — Quase melhor do que o outro.

Tentei inocência.

— Que jogo?

Ele balançou a cabeça, sua mão disparou enrolando


em torno da volta do meu pescoço e ele me puxou para que
ele pudesse beijar o topo da minha cabeça.

295
Quando ele me soltou, ele disse:

— Hora da a sua lição. Eu te encontro lá embaixo.

Sem outra palavra, ele se virou e foi embora.

Olhei para a porta ainda aberta do quarto.

Então eu gritei.

Mas só na minha mente.

E já que eu estava gritando por causa de Lucien, eu


realmente esperava que ele não pudesse ouvir.

*****
Eu tomei meu tempo doce fazendo as minhas coisas da
manhã e desci as escadas para a cozinha.

Edwina estava no fogão. Lucien estava longe de ser


visto.

— Ei, Edwina, — Eu chamei.

— Olá, querida. — Edwina jogou um sorriso por cima


do ombro. — Você se divertiu na noite passada?

Eu enrugada meu nariz.

Ela sorriu e balançou a cabeça, murmurando com


desgosto,

— Festas.

296
Voltou-se para o que estava fazendo e eu dei uma volta
para a cafeteira.

— Você quer uma atualização? — Eu perguntei,


pegando sua caneca vazia.

— Por favor.

— Eu vou tomar um também, Leah, — disse Lucien,


caminhando até a cozinha e eu apenas mal controlei meu
olhar.

— Claro, querido, — eu murmurei para o armário com


as canecas de café, tirando duas para baixo.

— Preto, três colheres de açúcar, — continuou Lucien.

Ele levou três colheres de açúcar?

Era realmente muito ruim que os vampiros não tinham


diabetes e, naquele momento, eu não me importei o quão
cruel que o pensamento era.

Eu medi três, gigantescas, colheres de chá empilhadas


de açúcar no café de Lucien, salpiquei o meu com leite,
perguntei a Edwina sua preferência e, em seguida, passei-as
ao redor.

Eu levei a minha caneca e fui me sentar em um dos


bancos.

— Lucien pediu ovos ponche sobre torradas, Leah. O


que você gostaria? — Perguntou Edwina.

297
Evitei olhar para Lucien e respondi:

— Eu vou ter o que Lucien pediu.

Eu senti Lucien virar para mim, mas eu continuei a


ignorá-lo.

Edwina ficou agitada no enorme, de aço inoxidável,


fogão de qualidade de restaurante e ofereceu,

— Não é nenhum incômodo. Eu vou fazer o que quiser.

Finalmente eu me virei para Lucien,

— O que você gostaria que eu comesse querido?

O olhar de Lucien trancou com o meu, mas ele não


falou. Eu tentei manter meu rosto atento e expectante como a
sua decisão sobre a minha refeição da manhã fosse o motivo
de meu ser.

Por fim, ele perguntou:

— Você gosta de ovos ponche?

— Você quer que eu goste de ovos ponche? — Voltei em


um suspiro ofegante.

— Eu quero que você me diga se você gosta de ovos


ponche, — ele retrucou.

Tivemos um curto concurso de encarada, mas seus


olhos negros eram demais para mim e eu me virei.

298
— Eu gosto de ovos ponche, — eu respondi
timidamente.

Lucien olhou para Edwina.

— Ela vai ter ovos ponche.

O olhar de Edwina estava à deriva e para trás entre


Lucien e eu. Em seguida, ela mordeu o lábio (eu podia jurar
que era para esconder um sorriso) e voltou para o fogão.

Lucien tomou um gole de seu café. Eu assisti-o sob


meus cílios como eu tomei um gole do meu.

— A lista de compras está no balcão, querida, bem na


sua frente. — Edwina estava dizendo. — Não tenho sábado e
domingo à tarde de folga, assim como todo o dia é segunda-
feira. Então, qualquer coisa que você queira cozinhar ou ter
em casa, é só anotá-la. Eu vou para a loja depois do almoço.

Eu queria saber se eles vendiam galões de gasolina no


supermercado (ou lança-chamas) quando Lucien foi até a pia,
derramou o seu café e foi até a cafeteira.

Eu só parei de sorrir.

Edwina olhou para ele com horror, uma colher de aço


inoxidável que qualquer chef de televisão daria um de seus
rins para ter, erguida.

— Está muito fraco?

Lucien se serviu de outra xícara.

299
— Está tudo bem. Mas Leah tem uma mão pesada com
o açúcar.

— Oh, querido, eu não fiz isso certo? — Eu piava,


parecendo arrasada, como se alguém tivesse atropelado o
gato amado que eu tinha desde a infância.

Lucien se virou para mim.

— Você se lembra o que o seu comportamento comprou


para você quando você me desobedeceu?

Oh eu me lembrava bem.

Garoto eu me lembro.

Eu cerrei os dentes e balancei a cabeça uma vez.

— Você pode conseguir mais disso antes do almoço, —


Lucien continuou. — Você gostaria disso?

Lucien me ligar ao ponto de meu corpo gritar para a


liberação e, em seguida, deixar-me querendo?

Não. Eu não queria isso.

Eu balancei minha cabeça.

Ele calmamente tomou um gole de seu café.

Edwina felizmente fingiu que não tinha ouvido nada.

Eu puxei a lista de compras e comecei a lê-la.

300
De repente eu senti Lucien atrás de mim, o calor de seu
peito contra as minhas costas quando ele se inclinou sobre
mim.

Eu detestava um monte de coisas sobre ele. Seu


comportamento recente era um exemplo brilhante. Quando
ele estava quase quebrando toda a barreira do som vampiro
era outro.

— Hoje à noite, eu quero que você faça o seu frango


frito para mim, — ele ordenou. Minha mente apagada do
último Encontro Humilhante com Lucien e eu torci o pescoço
para olhar para ele, estupefato.

— O quê?

Seus olhos encontraram os meus.

— O seu frango frito.

O meu frango frito?

Eu fazia claro, fazia um grande frango frito. O melhor.


Era um dos meus únicos talentos reais.

Mas como diabos ele sabia disso?

Um arrepio estranho percorreu minha espinha.

— Como você sabe sobre o meu frango frito? — Eu


sussurrei.

Seu queixo apontou para o bloco de papel em cima da


mesa e ele não respondeu minha pergunta.

301
Em vez disso, ele ordenou:

— Coloque os ingredientes na lista.

— Como você...?

— Só anote os ingredientes, Leah.

Eu fiquei boquiaberta para ele.

Então eu considerei a minha receita, que exigia pelo


menos marinar durante a noite a galinha na minha famosa
marinado leitinho.

Não seria tão boa sem tempo para marinar.

— Eu não posso, — eu disse a ele.

Seus olhos se estreitaram.

— Não, realmente, eu não posso. É a marinada. Ele


precisa de pelo menos... — Olhei para o relógio do micro-
ondas, era quase dez, — oito horas de marinada! — Minha
voz estava aumentando drasticamente, mas o que eu poderia
dizer? Eu tinha uma reputação com o frango frito para
acompanhar. Toda mulher sabia como isso era importante. —
E mesmo que não seja o ideal. Qualquer coisa menos
simplesmente não vale a pena. Eu nem sequer tenho oito
horas!

Ele sorriu, eu peguei ele de perto e meu coração pulou.

Mas ele foi implacável.

302
— Coloque os ingredientes na lista.

— Lucien!

— Você pode fazer isso para mim amanhã à noite.

Oh. Certo.

Amanhã à noite me daria tempo de sobra. Eu poderia


fazer isso.

Eu escrevi os ingredientes na lista.

Edwina servido ovos ponche na torrada com crispe de


bacon frito. Lucien tinha três ovos. Eu tinha apenas dois. Eu
queria pedir outro ovo (ou dois), vendo como eu estava ainda
no caminho para ganhar tanto peso quanto possível para
virar Lucien fara do meu “corpo bonito”, mas eu senti que eu
tinha tentado a paciência suficiente para uma manhã.

Ele se sentou ao meu lado e comemos enquanto


Edwina arrumou a cozinha e eu escrevi coisas para baixo na
lista de compras. Omiti o lança-chamas. Quando o laptop no
quarto tinha banda larga, algo que eu descobri um dia antes
não fiz, ia ver se eu poderia encomendar um online.

Edwina levou os pratos debaixo de nós quando


terminamos, lavando-os, colocando-os na máquina de lavar
louça e fez uma massagem para baixo de todas as bancadas,
enquanto Lucien e eu tomamos um gole de nossas gotas
finais do café.

Foi estranho ter uma governanta.

303
Foi ainda mais estranho que viver em uma mansão
divagando no meio do nada.

Na minha ex-vida em que eu vivia em um apartamento


de dois quartos na cidade e, embora eu não fiz muito mal em
termos de carreira, eu não tinha uma governanta. Eu era
uma especialista em mídia, um campo no qual eu nunca
conseguiria um emprego novo, considerando que eu lhes dei
ao todo dois dias de antecedência. Apesar de eu não ter que
me preocupar com isso desde que Lucien iria cuidar de mim
pelo resto da minha vida, outra coisa que me sugou.

Meu apartamento era excelentemente localizado. Eu


poderia andar em qualquer lugar para conseguir algo que eu
precisava. Bares, pizza para viagem, cinemas,
supermercados. Meu apartamento tinha espaço suficiente
para não me sentir como se eu vivesse em uma caverna, mas
não muito, onde levaria todo fim de semana para limpar ou
eu poderia acumular muita coisa que eu tinha o hábito de
fazer.

Felizmente, embora Edwina fosse um pouco estranha,


eu gostava dela e ela estar comigo, fazia a casa grande
parecem menos monstruosa.

Ainda assim, eu perdi o meu pequeno lugar. Eu vivi lá


por 10 anos. Eu tinha feito a cada centímetro como meu.

Eu gostei.

304
Por esse pensamento, eu ouvi anunciando a saída de
Edwina próxima à porta traseira (ainda anunciada por ela
gritando — adeus —), e voltei para o quarto.

— Hora da sua lição, bichinho.

Olhei para Lucien na hora de ele pegou minha mão. Ele


me puxou para fora do banco e me acompanhou até a sala de
estar confortável. Comigo de pé na frente dele, ele sentou-se
no grande, sofá macio, em seguida, agarrou meus quadris,
me puxando para fora de meus pés. Ele caiu para o lado,
torcido por sua volta comigo em cima, parcialmente caindo de
seu lado, de costas para a parte de trás do sofá.

Por que precisava ser deitado pressionados juntos no


sofá para minha aula, eu não sabia.

A obediente Leah também não perguntou mesmo que


ela quisesse.

Eu olhei para ele com expectativa, como tudo o que a


sabedoria que ele estava prestes a compartilhar iria acalmar
minha alma atacada.

Seus olhos percorriam meu rosto.

Em seguida, ele sussurrou,

— Você é adorável.

Não que novamente. Eu estivesse tentando ser


irritante. Ele simplesmente não estava funcionando.

305
— A minha lição? — Eu solicitei.

Ele sorriu.

Meu coração pulou outra batida.

Seu sorriso cresceu arrogante.

Com esforço eu continha meu rosnado frustrado.

Ele começou a rir, com os braços fechados em volta de


mim e ele me abraçou perto.

— Será que vamos abraçar ou você vai me ensinar


conhecimentos vampiro? — Eu perguntei, tentando não
parecer tão irritada como eu estava.

— Nós vamos fazer as duas coisas, — respondeu ele,


com os braços soltando, mas não deixando ir.

Qualquer que seja.

Eu levantei minha cabeça de novo e olhei para ele.


Seus olhos encontraram os meus.

— Alimentar, — ele começou e meus ouvidos se


animaram, porque eu estava interessada, apesar de mim
mesmo. — Você se lembra da outra noite quando eu beijei
você e sua boca formigava?

Eu balancei a cabeça.

— Essa era a anestesia, — explicou. — Ele liberou


quando o meu corpo se prepara para se alimentar. Se eu

306
tivesse te beijado mais, mais frequentemente, sua boca teria
ficado dormente.

Eu não gosto do som disso. Ele era um bom beijador e


se minha boca estava dormente eu perdesse toda a diversão.

Ele continuou falando.

— Além disso, quando o meu corpo se prepara para se


alimentar, as propriedades curativas em minha saliva se
liberam. Eles permeiam a sua pele quando eu a preparo para
a ferida e eles se infiltram na ferida, enquanto eu estou me
alimentando por isso é a cura, mesmo quando eu alimento.

Tal como acontece com todas as coisas de vampiro, isso


fez sentido, então eu assenti novamente.

Lucien continuou:

— Essas propriedades curativas ficam em sua corrente


sanguínea. Eles ajudam a regenerar o sangue. Mesmo depois
de sua primeira sangria, eles estavam trabalhando. Nenhum
mortal poderia ter perdido muito sangue sem uma
transfusão, mas depois de alguns dias de descanso, você
estava de volta ao normal. Quanto mais tempo eu me
alimentar, mais os agentes curativos são liberados em sua
corrente sanguínea, e mais rápido você se recupera. Em uma
semana, eu posso me alimentar uma vez por dia. Em duas,
posso me alimentar mais do que uma vez por dia. Em três
semanas, eu posso me alimentar sempre que eu gostar.

Isto também fez sentido.

307
No entanto, eu estava preso na ideia de alimentá-lo
sempre que quisesse.

— Quanto você precisa para se alimentar? — Perguntei.

— O mesmo que todos. Três vezes por dia.

Senti meus olhos se arregalam e meus lábios partirem.


Através do meu choque, eu também vi o olhar digitalizar meu
rosto e, por alguma razão seu rosto suavizou quando ele
avistou a minha expressão.

— A comida, o alimento que você come, me dá


nutrição, — ele passou a explicar. — Assim como ele faz para
você, e meu corpo precisa dele, assim como o seu faz. No
entanto, os nutrientes dos alimentos mortais não estão perto
o suficiente para sustentar a energia do meu corpo, para
mantê-lo funcionando. Por isso, eu preciso de algo mais.

— Mas você está se alimentando a cada dois dias, — eu


sussurrei.

— Sim.

— Você está dizendo que, agora, você está em jejum por


mais de um dia?

— Sim.

Meu Deus!

308
Eu tentei o jejum quando eu estava em algumas dietas
loucas anos atrás. Eu não poderia durar até o jantar. Eu não
poderia imaginar fazer mais de um dia!

— Você está com fome? — Perguntei.

— Não tanto quanto quando eu jejuei por uma semana,


mas sim, eu estou.

Eu não podia acreditar nisso.

— Eu não entendo. Por que as regras fazem isso para


vampiros quando eles trocam de concubinas?

— As regras apenas afirmam que não pode ses


alimentar entre a liberação de uma e o início de outra.
Quando estiver iniciado, eu sou livre para participar de
festas.

Eu senti meu estômago torcer com a ideia de Lucien


indo a uma festa. Alimentando-se de alguns mortais
aleatórios. Tocá-las. Fazendo-as sentir o que ele me fez sentir.
Dando-lhe o que ele me deu (antes ele tomou distância).

Mas ontem à noite na festa, ele não se alimentou.

Engoli em seco antes de perguntar:

— Você vai para festas, um, no meio...?

— Normalmente, eu iria, no entanto, com você eu não


tenho.

— Por quê?

309
Seus braços me deram um aperto.

— Se você provar o melhor vinho, Leah, você quer mais


uma taça e se leva um tempo para obtê-lo você está contente
de esperar. Você não muda para limonada, não importa o
quão doce a limonada pode ser ou quanta sede, você pode ter.

Era o elogio mais estranho que eu já tinha recebido.

Foi também, de alguma forma, mais profundo.

Eu realmente não sei como responder, então eu disse:

— Oh.

Sua mão deslizou pelas minhas costas e começou a


brincar com o meu cabelo.

— Há mais.

Inclinei a cabeça para o lado, tentando não desalojar a


mão do meu cabelo. Eu sabia que não deveria gostar dele
brincando com o meu cabelo, mas eu fiz.

Ele continuou,

— Como o tempo passa e as propriedades curativas


ficam em sua corrente sanguínea, eles fazem outras coisas
para você também.

Senti meu corpo tenso.

— Como o que?

310
— Demora um tempo, anos, mas eles vão começar a
regenerar seu corpo, seus órgãos, sua pele, seu cabelo, tudo.
Eles vão ajudá-lo a combater a infecção. Eles ajudam
qualquer lesão que você tenha e faz curar rapidamente. Eles
até mesmo evitam doenças. É mais, mas, para colocá-lo
simplesmente, na sua essência, você vai ter o envelhecimento
para trás.

Em suas palavras, eu engasguei. Por fim, um bônus


por ser uma concubina!

— Você está brincando, — eu respirei, mas eu esperava


que ele não fosse.

— Não. Para que isso aconteça, um vampiro tem de


manter a sua concubina por algum tempo e se alimentar
regularmente. É preciso pelo menos um ano antes desse
processo começar, às vezes dois ou mesmo três. — Seus
olhos presos nos meus e ele perguntou: — Você nunca se
perguntou por que sua mãe e tias parecem muito mais jovens
do que realmente são?

Eu apenas pensei que era o rigoroso regime cuidados


da pele que eles forçaram a minha irmã e eu e todos os
primos. Eu não tinha ideia do que era a regeneração da saliva
de vampiro.

Que estranho.

Como fresco!

Ele deve ter lido o meu rosto, porque ele riu.

311
— Eu vejo que você gosta.

Eu não podia esconder a minha resposta exuberante.

— O que há para não gostar?

Sua risada parou, mas o seu sorriso bonito ficou no


lugar, enquanto sua mão torcia possessivamente no meu
cabelo.

— Nada. Não há absolutamente nada para não gostar,


— ele murmurou.

Eu não sabia ao certo ao que ele estava se referindo,


mas eu senti que é essencial para permanecer no alvo. Eu
estava gostando desta lição, gostando muito.

— Quanto da idade eu vou perder?

— Isso depende de quanto tempo o nosso Arranjo


durar, o quanto eu me alimentar. É importante notar a cura
de cura. Ele não começa uma regressão para a infância. Ele
não desfaz o crescimento ou a capacidade mental. Você vai
perder anos de envelhecimento das células e órgãos, talvez
mais. Mas você sempre será um adulto.

Isto foi ficando melhor e melhor. Eu não exatamente


quero voltar para a minha adolescência. Eles sugaram o
suficiente pela primeira vez.

Ele deslizou para fora de debaixo de mim e para o seu


lado por isso ficamos cara-a-cara. Eu peguei sua expressão e
que tinha crescido sério.

312
— Antes da Revolução, — ele fez uma pausa e
perguntou: — Será que você, pelo menos, aprendeu sobre a
Revolução antes de ser expulsa?

Que eu tinha. A Revolução vampiro era o lugar onde


esse negócio de concubina, e as regras e leis que governavam
os vampiros, tudo começou, o que foi muito bonito, onde o
programa de Estudos Vampiro iniciou.

Em suma, em 1665 os vampiros se revoltaram em


uma, de um ano (e mais um pouco) sangrenta batalha que foi
quase totalmente contida em Londres. Na História foi
conhecia como A Grande Peste, que era uma história do
Parlamento, o rei Charles II e O Domínio Vampiro
concordaram seria distribuído. Foi, em vez disso, os vampiros
lutando contra os seus próprios, uma seita ramificada de
vampiros que se tinham se aliado com os mortais. Eu estava
confusa sobre os detalhes de por que os vampiros se
revoltaram, mas eles fizeram e não foi uma cena bonita.

A seita ramificada ganhou.

O Grande Incêndio de Londres não anunciou o fim da


praga. Foi uma enorme execução de vampiros que saiu do
controle e queimou um monte de Londres. Ele também
anunciou o fim oficial de A Revolução Vampira e início dos
Termos de Acordo entre Imortal e Mortal.

— Sim, — eu respondi à pergunta de Lucien.

313
Ele me puxou para mais perto e sua voz mergulhada no
inferior.

— Antes da revolução, não era incomum para os


vampiros tomarem companheiros mortais.

Esta foi uma notícia chocante como outra coisa que eu


tinha pego nos momentos eu prestei atenção na aula era que
os vampiros acoplados garatiram sua sinceridade aos,
vampiros, terminado, pondo um ponto final. Sem mortais.
Nunca.

— Sério? — Perguntei.

— Sim.

— Como é que funcionava, os vampiros são


considerados imortais? Quero dizer, isso iria feder ser
eternamente jovem e seu parceiro... — Eu parei e meus olhos
se arregalaram.

Ele percebeu minha compreensão chegando e me


puxou ainda mais perto.

— É isso mesmo, Leah. Naquela época, não era


incomum para os vampiros manterem os seus companheiros
mortais vivos durante séculos. A cura é forte e, se constante,
significava uma vida muito alongada para o mortal, mesmo
indo tão longe como fazer imortal um mortal isso deveria ter
continuado indefinidamente. Se a alimentação cessasse,
levaria anos antes de as propriedades serem totalmente
apagados do sistema do mortal, eles não envelheciam por

314
algum tempo. Uma vez que eles faziam, o seu processo de
envelhecimento normal iria começar de novo como de
costume.

— Oh meu Deus, — eu sussurrei, oprimido por esta


notícia impressionante.

Lucien ignorou minha reação e continuou com sua


lição.

— Depois da revolução, Os Imortais e Acordo Mortal


proibiu uniões interculturais. Todos os vampiros que as
tinham foram ordenados a liberar seus companheiros
mortais.

Olhei para ele em renovada, agora horrorizado,


espanto.

Eu não podia acreditar. Eu não poderia imaginar estar


com alguém, talvez por séculos, e, de repente, ser forçado a
deixar de lado.

Algo sobre isso fez lágrimas picam nos meus olhos.

— Isso é terrível.

— Foi, — ele murmurou seu tom eloquente afirmando


que ele concordava. — Também não passaram por cima
muito bem. Todos eles se recusaram. Assim começou a caça,
que é um pedaço feio da nossa história que não lhe
ensinaram em sala de aula.

Eu não acho que eu queria saber.

315
Lucien contou-me de qualquer maneira.

— Todos os vampiros e seus companheiros mortais


foram caçados. Todos os últimos. Quando pegos, eles foram
torturados até que denunciavam o relacionamento. Se não, o
que era o caso mais frequente que fizeram, eles eram
executados.

Eu não poderia processar isso. Era muito hediondo.

— Ambos? — Eu respirei.

Ele balançou a cabeça, mas respondeu:

— Às vezes, sim. Às vezes era apenas o vampiro, outras


vezes, era o mortal.

As lágrimas nos meus olhos entupiram minha garganta


e eu forcei-as para baixo como uma andorinha dolorosa.

Lucien continuou:

— Isso serviu durante séculos como uma poderosa


lição para qualquer vampiro que pudesse querer cruzar a
linha.

Como ele faria!

— Eu não gosto dessa lição, — eu sussurrei.

— Não é uma aula agradável, bichinho, — ele


concordou.

316
— Eu não entendo por que eles fizeram isso! — Voltei
com veemência. — Por que eles fariam isso?

— Sobrevivência da espécie, tanto a minha e a sua. Nós


não podemos sobreviver sem vocês. E um vampiro e um
mortal não podem procriar. Além disso, na época, os
vampiros caçavam por sua comida. Os mortais eram presos,
literalmente, e os vampiros eram muito temidos. Por milênios,
os vampiros viviam no subsolo, não fora a céu aberto, muitos
mortais nem sequer acreditavam em nós. Fomos
considerados monstros irreais, demasiado vil para permitir
que a mente mortal frágil acreditasse que existia. Foi em um
momento onde muitos se alimentavam sem parar, deixando
suas vítimas mortas, então não havia muito a temer. Éramos
em grande parte noturnos. Éramos totalmente predadores e a
maioria estava altamente satisfeita com esta vida.

Ok, era seguro dizer que ele estava me assustando.

Ele ou não percebeu ou não se importou porque ele


continuou.

— Então houve uma mudança de sensibilidade que


levou à Revolução. Havia vampiros que estavam crescendo
cansados de viver nas sombras, viram as vantagens da vida
eterna e queria explorá-las. Esses vampiros ao longo dos
séculos adquiriram uma grande riqueza, sofisticação e
começaram a se mover dentro do mundo mortal. Eles se
tornaram muito mais civilizados do que os vampiros
predadores, mesmo indo tão longe como tendo o que são

317
agora as concubinas, sem contratos de curso e sem o limite
de uma por vez. Muitos desses vampiros tinham várias
concubinas, às vezes dezenas.

— Isto é coberto de aula? — Eu o interrompi e Lucien


balançou a cabeça em resposta à minha pergunta e
continuou contando sua história.

— Outros vampiros preferiam sua vida como caçadores


e sentiram esta seção crescente de nossa cultura que
desejavam algo mais estava ameaçando seu modo de vida. E
eles estavam corretos. Esta foi a razão para a revolução. Os
vampiros que queriam mais da vida se aliaram com os
mortais e lutaram contra os vampiros predadores. A União
dos Vampiros e Mortais, que orquestrou o acordo após a
revolução, sentia que precisavam ser estreitadas as regras
que governavam a interação entre nossas culturas. A
intenção era boa, mesmo apenas. A prioridade era proteger a
nossa presa e proteger nossa espécie, facilitando que o
Vampiro reivindicasse ou, em termos mortais, o casamento.
Até mesmo os vampiros não costumam procriar, é difícil, mas
é impossível com um mortal. Para nossa espécie para
prosperar, ele empurrou esses decretos sobre nós.

Eu tinha um milhão de perguntas. Talvez até um


milhão e duas.

Como era necessário, eu comecei com uma.

— Por que você precisa procriar quando você não


morre?

318
— Nós morremos. Às vezes, acidentalmente, um
incêndio em casa, por exemplo. Mas, geralmente, é suicídio. A
vida eterna não é para todos. — Eu respirei chocada e Lucien
continuou suavemente, — É uma morte honrosa, Leah. Não
desaprovada de qualquer forma. A vida eterna pode começar
a tentar. — Eu balancei a cabeça, porque isso, também, fez
um tipo estranho de sentido. — Depois, há as execuções por
aqueles que quebram as regras, principalmente se eles
caçam. Isso não acontece muitas vezes. E, finalmente, há os
vampiros que têm direitos contra o seu próprio igual. Por
exemplo, se uma concubina é mal utilizada por outro
vampiro, seu vampiro pode exigir a retribuição que pode vir
na forma de assassinato.

Eu conhecia o último já. Stephanie me disse, inclusive


o fato de que Lucien tinha realizado ele mesmo dois desses
assassinatos.

Algo me ocorreu então. Algo que eu sabia, mas não


tinha pensado nisso. Algo que me fez sentir como meu
sangue se transformou em lava quente, uma sensação
intensamente desconfortável.

Eu não queria perguntar, eu realmente não sabia, mas


eu encontrei-me a fazê-lo de qualquer maneira.

— Você é sua, er... — Tentei não engasgar com a


palavra e, felizmente, conseguiu, — companheira tem filhos?

Por alguma razão eu odiava pensar sobre ele ter uma


companheira. Essencialmente uma mulher em algum lugar lá

319
fora, apostou sua reivindicação a ele em um nível que eu
nunca teria. Por que eu me senti assim, eu não tinha ideia e
isso me assustou mais do que tudo.

Ele balançou a cabeça, mas eu não senti alívio. Suas


próximas palavras, ditas com tanta naturalidade que eram
descuidadas, cimentou ainda mais este sentimento.

— Não com Katrina, não. A partir de duas uniões


separadas há muito tempo, eu criei um filho, Julian, e uma
filha, Isobel, vivem na Inglaterra.

Meu Deus!

Lucien era um pai.

Eu não poderia envolver minha cabeça em torno desse


conceito em tudo.

Meus olhos se voltaram para longe dele quando eu


perguntei,

— Você fala com eles?

— Frequentemente.

Eu mantive meus olhos desviados.

— Vocês são próximos?

— Muito.

— Você, um... se mantem em contato com suas mães?

Por que eu estava fazendo essas perguntas?

320
Ele não hesitou em sua resposta.

— A mãe de Isobel tirou sua vida 30 anos atrás.

Meus olhos se voltaram para o seu rosto, mas não


havia nenhuma expressão ali, nenhuma tristeza ou remorso.

Ele continuou:

— Eu ainda falo e às vezes vejo, Cressida, a mãe de


Julian.

Eu não queria falar sobre isso mais. E na esperança de


acabar com a discussão e minha lição que tinha começado
grande, mas deu uma guinada para o pior, eu não fiz mais
perguntas e simplesmente disse,

— Ok.

Por um momento, Lucien examinou meu rosto.

Então, ele perguntou em voz baixa:

— Você já teve o suficiente, bichinho?

Eu tive o suficiente.

Rapaz, eu tinha tido o suficiente.

Eu balancei a cabeça.

— Você tem alguma dúvida? — Ele ofereceu e eu


balancei minha cabeça.

321
Esta era uma mentira. Eu ainda tinha um milhão de
perguntas nenhum das quais eu queria respostas naquele
momento. O topo da lista foi a existência de Katrina. Quem
ela era. Onde ela estava. O que ela pensava sobre mim.
Quanto tempo eles estavam juntos e por que Lucien estava
na minha cama à noite, com as roupas em meu closet, seu
corpo deitado comigo neste momento no sofá que ele forneceu
para mim.

Embora eu sabia que eu definitivamente não queria a


resposta para nada disso.

Como eu estava a triagem através desta nova confusão


no meu cérebro, levantei a cabeça e seu rosto desapareceu
em meu pescoço.

— Tudo bem, querida. Lição de novo.

Eu tremi, principalmente porque sua voz profunda


soou contra a pele sensível do meu pescoço e que era bom.
Também porque, depois que ele parou de falar, sua língua me
provou lá o que senti melhor. Finalmente, porque ele me
chamou de — querida — e eu gostava quando ele fazia isso.

Em um esforço de autopreservação, para acabar


traindo resposta do meu corpo e em uma tentativa de levar
algum controle da situação, perguntei:

— Posso me vestir?

— Não.

322
Eu pisquei.

— Não? — Eu perguntei e minha voz soou ofegante.

Sua boca viajou até meu pescoço, ao longo da minha


mandíbula para atender meus lábios.

— Não. Eu decidi que você vai ficar nua a maior parte


de hoje.

O quê? Minha mente gritou.

— O quê? — Minha boca sussurrou.

Senti seu sorriso contra meus lábios.

— Você vai ficar nua. Obviamente que você aprendeu


sua lição e resolveu se importar. Isso merece uma
recompensa. — Sua voz mergulhou menor quando ele me
informou: — E eu vou passar o dia todo dando-lhe sua
recompensa.

Meu Deus.

Agora, o que eu tinha feito?

O jogo que eu tinha instigado tinha tomado um rumo


desagradável. E isso foi porque ele jogou muito melhor do que
eu.

Dane-se o vampiro!

323
— Lucien... — Eu comecei, mas a mão dele bateu na
minha coxa nua, itinerante para cima sob meu robe
segurando meu traseiro.

Ele interrompeu minha concentração no movimento de


sua mão, exigindo,

— Beije-me, bichinho.

— Beija-lo? — Eu sussurrei.

— Eu quero a sua língua na minha boca.

Meu Deus.

— Lucien... — eu comecei de novo, mas ele me cortou.

— Você pretende me desobedecer? — Seu tom soou


como uma ameaça suave ou, possivelmente, um desafio.

O que eu faço agora?

Minhas opções eram ser a obediente Leah e beijá-lo ou


ser a Leah real e provavelmente obter punição.

Eu estava ferrada!

— Podemos? ... — Eu comecei mais uma vez só para


ser interrompido novamente.

— Beije-me, Leah.

— Apenas me dê dois...

324
Sua mão apertou meu quadril contra o dele e eu podia
sentir que ele estava duro. Meu corpo registrou que eu gostei
que ele estivesse duro, que eu poderia deixá-lo duro apenas
por estar deitada ao lado dele e conversar.

Isso pode ter sido o que o meu corpo registrou, mas


minha mente registrou medo total e absoluto.

Vi seus olhos escurecerem e ficarem intensos.

Em seguida, ele rosnou:

— Faça o que eu digo ou...

Eu o interrompi dessa vez e o beijei.

No minuto em que minha língua tocou a dele, por


costume, eu me perguntava por que eu tinha lutado contra
ele. Tanto nossas cabeças inclinadas para lados opostos.
Nossas línguas duelaram, ambas lutando pela supremacia,
levando, levando, levando, com tanta fome, ao mesmo tempo
dando tanta coisa que eu senti meu corpo consumido com o
dom do seu beijo.

Foi glorioso.

Minhas costas arquearam, pressionando meu tronco


no seu, buscando o máximo de contato, mas ele se afastou.
Sua mão se movendo entre nós, ele puxou o laço no meu
roupão, deslocando-o de lado. Sua mão deslizou pela minha
cintura, até minhas costas, pressionando, meu torso nu

325
sensível achatado contra o seu enorme, duro, peito coberto de
pelos.

Foi ótimo.

Sua boca rompeu com a minha e ele perguntou com


uma voz rouca:

— Embrulhe sua perna em volta da minha cintura. Eu


quero sentir seu cheiro.

Sua demanda fez minha barriga mergulhar e uma onda


de calor a surgiu entre as minhas pernas.

Fiz o que me foi dito, mordendo meu lábio, sentindo


tanto desejo e vergonha de tudo isto misturado com medo,
dele, do que estávamos fazendo, do que significava quando eu
respondi a ele tão fortemente, embora eu me desprezasse tão
completamente.

Quando minha panturrilha enrolou em torno de sua


bunda, seus olhos ficaram sem foco.

— Puta que pariu, — ele murmurou e seu olhar pegou


o meu ainda embaçado. — Eu não posso esperar para ter a
minha boca em você, para ter o prazer de vocês em minha
língua, para ter esse cheiro assumindo o meu mundo.

Esse foi o segundo mais estranho, ainda mais


profundo, elogio que eu já tive.

326
Eu não tinha tempo para deixá-lo afundar. Ele estava
me beijando, mais duro, mais exigente, mais bonito do que o
último.

Suas mãos se moviam em mim, me movia contra ele,


arrancando os seus pelos do peito para que eles pudessem se
mover pele contra pele.

Seu corpo se sentia incrível debaixo do meu toque.


Duro, seda, forte, maciço, definido.

Sua boca saía de minha, mas seus lábios deslizaram


pelo meu rosto, marcando um caminho delicioso sobre meu
queixo, pescoço, para baixo, me fazendo tremer.

— Ofereça o seu peito para mim, — ele ordenou, a boca


no meu peito e eu estava tão profundamente em minha
própria neblina sensual, sua pergunta me confundiu.

— Desculpe?

Seus lábios se afastaram e ele puxou para cima, seus


olhos travando com o meu.

— Eu quero que você me ofereça seu peito.

Seu comando cortou a minha excitação. Eu não sabia o


que ele queria dizer. Ele ia se alimentar de mim lá, como eu
tinha visto o vampiro na noite passada? Ou ele ia fazer outra
coisa?

Tanto que eu queria. Tanto que me aterrorizava.

327
Engoli em seco.

Seus olhos examinaram meu rosto antes que ele


perguntasse baixinho:

— O que é isso?

Eu olhei para ele e me bateu que ele parecia


estranhamente esperançoso.

— Talvez isso seja um pouco rápido para mim, — eu


tentei.

E falhou.

Sua expressão mudou, não com raiva ou impaciência,


mas satisfeito. Muito satisfeito. Mesmo, se pudesse ser
creditado, aliviado.

E estimulada. Ou, mais estimulada.

— Você vai me negar? — Ele sussurrou soando como


ele esperava que eu fiz.

— Hum...

— Ofereça-me o peito, Leah, — repetiu ele.

— Er...

— Segure-o em sua mão e ofereça-o a mim.

— Nós não poderíamos simplesmente, você sabe,


continuar como antes, assim natural? — Sugeri.

328
Ele balançou a cabeça e os braços em volta de mim
rodeando, enrijecendo furiosamente, esmagando-me com ele.

— Hoje, se levar o dia todo, se for preciso para amanhã,


se ele levar o próximo mês, você vai aprender a submeter-se a
mim. Você vai aprender a me dar o que eu quero, quando eu
pedir por isso. Você vai aprender a me oferecer o que eu
desejo quando eu exigir. Você vai aprender a me implorar por
sua própria libertação quando o exigir.

Senti meu temperamento crescer. Realmente, ele era


um idiota.

— Eu não acho que...

— Dê-me o peito, bichinho.

— Lucien, a sério.

— Faça isso! — Ele rosnou, sua voz se transformando


em perigosa, sua paciência diminuindo.

A obediente Leah evaporou e a Real Leah olhou.

— Você quer isso, tome! Eu não vou te dar nada, — eu


rosnei de volta.

Ele rolou para dentro de mim, o seu enorme peso me


esmagando para o sofá e, por alguma razão enlouquecida,
independentemente do fato de que estávamos bloqueados em
nossa batalha costumeira, eu descobri que eu estava errada
sobre a sua paciência diminuindo.

329
Tinha sido um teste. Um teste que falhou. Uma batalha
que ele ganhou.

E ele olhou triunfante.

— Eu estava esperando que você dissesse isso, — ele


murmurou.

Ótimo!

Em seguida, ele começou, o meu castigo por


desobedecer — as mãos sobre mim, sua boca em mim em
todos os lugares, duro, quente, voraz, exigindo a minha
resposta e colocando-a em espadas.

Ele me acendeu no fogo. Eu lutei contra isso, mas eu


não ganhei. Minhas defesas eram insignificantes e que entrou
em colapso em poucos minutos.

Puxei sua camiseta e ele assumiu, arqueando longe de


mim, rasgando-o sobre a sua cabeça e jogando-o de lado.
Com toda a sua deliciosa pele exposta, um desejo tão intenso
que parecia que iria quebrar rasgou meu sistema. Minha
boca procurado em qualquer lugar que pudesse tocar, provar,
lamber, morder, chupar e eu gostei do jeito que ele provou.

Não, eu adorava isso.

Quando nós nos beijamos novamente, meus dedos se


enroscaram em seu cabelo, segurando-o para mim como se
eu nunca fosse deixá-lo ir.

330
Ele quebrou o nosso beijo e sua boca viajou no meu
comprimento, empurrando a túnica larga, me expondo a ele e
eu não tentei esconder. Eu mantive meus dedos em seu
cabelo enquanto ele explorava, tentador, pressionando para
uma reação, levando-o quando isso aconteceu, mas não
dando essa primeira coisa de volta. Ele soprou contra meus
mamilos, endureceram, culminando com uma bela dor. Sua
língua varreu ao longo da minha pele, sob as ondas dos meus
seios, em toda a minha barriga, circulando meu umbigo,
mais baixo, até que ele provocou a borda da minha calcinha
de renda preta.

Então sua boca estava em mim entre minhas pernas,


sugando por um instante, quente e duro, ao longo da minha
calcinha.

O prazer queimou através de mim, me balançando a


minha alma e meus quadris subiram, uma demanda por
mais instintiva.

A boca dele desapareceu e, de repente, seu corpo


estava sobre os meus novamente, seus lábios contra a minha
boca, o sabor de uma dica sobre o seu.

— Você quer a minha boca entre suas pernas? — Ele


rosnou, até mesmo a sua voz, áspera com o desejo, vibrou
através do meu sistema, fazendo-me contorcer.

Eu fiz. Eu queria sua boca entre minhas pernas. Eu o


queria dentro de mim, sua língua ou qualquer outra coisa
que ele escolhesse colocar lá.

331
Eu não respondi, ao invés disso eu ofegava contra sua
boca.

— Você me quer? — Ele empurrou.

— Lucien... — Minha voz era uma súplica sussurrada


para a liberação.

— Implore-me, — pediu ele.

Seria tão fácil desistir, ceder, para ter o que eu queria


saber como seria, de longe, o melhor que já tive. Seria tão
fácil me humilhar e lidar com as consequências mais tarde.

Mas eu não podia. Se eu fizesse, eu sabia que eu ia


perder, tudo o que era eu. A massa de características ruins,
teimosia, impaciência e às vezes desastrada idiotice e todas
as boas características também, a minha lealdade, senso de
humor e compaixão. Eu não iria prender-me mais. Eu estaria
dando a ele e eu não confiava nele para cuidar dela.

E eu sabia que, mesmo se ele o mantivesse seguro, ele


não iria mantê-lo por muito tempo. Ele me liberaria como fez
com Cecile e inúmeras outras concubinas. Até então, tudo o
que eu era teria ido. Ele manteria ao longo de séculos,
provavelmente indiferente ele realizou um dom tão precioso,
mas, para mim, tudo estaria perdido.

Em vez de explicar isso, ou dar-lhe a demanda que ele


pediu, eu dei-lhe outro tipo de súplica.

— Não me faça fazer isso.

332
Seu rosto ficou duro.

— Eu tenho a eternidade, bichinho, para lhe ensinar


esta lição.

— Você não vai durar muito tempo. Você vai desistir, —


eu disse a ele, meu corpo ainda em chamas por seu toque, se
contorcendo embaixo dele.

Em minhas palavras, ele parecia uma mistura de


divertido e surpreso.

Sua cabeça inclinada para o lado e ele perguntou:

— Você acha que isso é verdade?

Eu balancei a cabeça, sendo honesto, por uma vez.

— Você é um vampiro, mas você também é um homem.


Você precisa colocá-lo em outro lugar e você vai.
Eventualmente, você vai cansar de mim.

Ele sorriu e eu não gostei. Foi seu sorriso maroto e eu


contei que predizia coisas muito ruins para mim.

Eu não estava errada.

— Oh, eu não vou cansar de você, Leah. Mas, você está


certo. Se você me forçar, vou realmente fazê-lo em outro
lugar.

No pensamento dele recebendo algo em outro lugar, um


tipo diferente de calor reduziu através de mim, lavando meu

333
desejo em uma onda de dor. Isto era inesperado, não só a
reação, mas a intensidade dolorosa do mesmo.

Antes da borda afiada dessa sensação poder diminuir,


sua cabeça se levantou. Ele respirou profundamente pelas
narinas e os olhos semicerrados, com foco em alguma coisa,
mas não em mim, não algo próximo.

Senti o perigo instantaneamente.

Nossa situação atual esquecida, eu sussurrei,

— Lucien, algo está errado.

Seus olhos presos nos meus.

Por alguma razão a comunicação não-verbal, ele


respondeu diretamente em meu cérebro, Sim, bichinho.

Sem mais resposta, seu corpo fora do meu e ele se


afastou. Ele estava segurando-se tenso, sua poderosa
musculatura destacando-se, mais definida. A forma como ele
segurou seu corpo era ameaçadora, mesmo sinistra. Eu podia
sentir que ele queria se mover com velocidade de vampiro,
mas foi obrigando-se a ir devagar.

Levantei-me e segui, fechando meu robe, amarrando-o


com força. A campainha tocou, mas ele já estava abrindo a
porta quando o sino soou. Eu parei a um metro e meio de
distância.

Uma mulher estava lá. Reluzente cabelo preto, olhos


azul-gelo, sua beleza tão extraordinária, a sua sexualidade de

334
forma explícita, eu não poderia me impedir de chupar uma
respiração atordoada com a visão dela.

Isso foi um erro.

Quando eu ofeguei, os olhos, os quais estavam fixados


em Lucien, cortaram para mim.

Ela, também, puxado a respiração pelas narinas.

Em um instante, o rosto contorceu-se em raiva


primitiva.

No instante seguinte, ela atacou.

Seu alvo?

Eu.

335
Capítulo Dez

Os Confrontos

Ela voou para mim e quando eu digo isso, quero dizer,


literalmente.

Ela era um raio, um borrão, meus olhos mortais não


conseguiam distinguir as linhas de seu corpo.

Ela não chegou perto.

Ela parou a um metro de distância de mim, como uma


estátua.

Isto porque ela foi interrompida, o braço de Lucien em


torno de sua cintura.

Então Lucien torceu, fez dela novamente um quase


borrão, num poderoso arremesso que teria sido inspirador, se
não tivesse sido assim loucamente assustador. Ela era um
raio de novo, indo para trás com uma tremenda velocidade
até que ela bateu contra a parede. O gesso atrás dela dobrou
em uma forma semelhante ao corpo, pó branco e lascas de
tinta começaram a chover em torno dela quando ela caiu
agachada graciosa, completamente ilesa.

336
Sua cabeça se voltou, com os olhos ardentes preso em
mim. Com apenas um momento de demora, ela pulou na
minha direção novamente em outro ataque. E mais uma vez
ela foi parada, desta vez todo o seu corpo ainda balançava em
minha direção.

Todo o seu corpo, exceto a cabeça e o pescoço.

Lucien a tinha por sua garganta. Apenas uma mão em


seu pescoço, os músculos de seu braço e costas moveram-se
enquanto ele deu dois passos e bateu-a contra outra parede,
mais gesso quebrado, mais destroços.

Lucien chegou perto dela e vi seus dedos espremerem.

— Você acabou de cometer um erro fatal, Katrina, —


ele rangeu entre dentes.

Sua fúria equivalia à dela, talvez a superasse. Eu sabia


disso porque sua mandíbula estava contraída tão dura que
um músculo saltou lá.

Eu estava congelada, não só pelo que eu testemunhei,


mas porque eu estava sendo quase atacada pelo que equivalia
à esposa de Lucien.

Sua esposa!

E ela era deslumbrante. Ela era a criatura mais linda


que eu já vi. Eu tinha que admitir, mesmo se ela quisesse me
rasgar membro por membro.

Seu olhar indignado deslizou de mim para Lucien.

337
— Você transou com ela. Eu posso sentir o cheiro. —
Sua voz era profunda, gutural, sedutora. Não era gutural
porque o marido a segurou pelo pescoço, mas apenas porque
era.

— Eu não a fodi, — Lucien respondeu com sinceridade


e eu agradeci a Deus, naquele momento, era de fato, a
verdade. Em seguida, Lucien apresentou mais provas de que
ele era o tipo de vampiro demente, terminou com — ainda.

Os punhos dela bateram nas paredes em seus lados


quebrando limpo através do gesso antes que seu corpo
começasse uma luta descontrolada para obter a libertação.

Em um esforço de autopreservação, deu vários passos


apressados para trás.

Calma, bichinho. Eu não vou deixar ela te machucar.


Você está segura. A voz de Lucien soou na minha cabeça e
como era apenas a sua voz, não uma ordem, meu corpo
estava em minha vontade.

Mesmo assim, parei de me mover.

De repente, Katrina ficou tensa da cabeça aos pés. Ela


inclinou a cabeça para trás e soltou um grito selvagem que
feriu os meus ouvidos e parecia que balançou as janelas.

Depois ela terminou com os olhos cortados para mim.

— Eu vou matá-la, — ela gritou.

Meu corpo ficou tenso, mas eu ainda fiquei no lugar.

338
A voz de Lucien era um grunhido.

— Foda-se Rina, se depois disto você a tocar, se você


sequer olhar para ela, você vai queimar porra.

Seu olhar mudou-se para Lucien e ela mudou de


ameaça.

— Então eu vou matar você.

No mesmo instante, para minha surpresa e desespero,


ele a deixou e deu um passo para trás. Suas mãos foram para
os lados e ele emitiu um convite com uma palavra.

— Experimente.

Um rugido de fúria saiu de sua garganta e ela se


lançou.

Isso foi basicamente tudo o que vi com clareza.

Eles eram muito rápidos, muito poderosos, todo o seu


movimento era um borrão. De vez em quando Lucien a
prendia e eles entravam em foco, mas ela escapava e seus
movimentos se tornavam indistintos.

A mesa no salão foi partida, o vaso sobre ela quebrando


em pedaços, esses pedaços chutados violentamente sobre
como eles se moviam.

Dei mais dois passos para trás, estes subindo as


escadas quando ouvi Lucien novamente no meu cérebro,
quieta, bichinho.

339
Eu acalmei. Eu não queria. Eu nem sequer sei por que
fiz. Eu apenas fiz.

Mesmo que eu não visse eu sabia que era brutal,


selvagem mesmo. Os barulhos que eles faziam seus
grunhidos de dor e esforço, grunhidos de Lucien unicamente
de esforço, os sons de punhos contra a carne, o barulho dos
corpos colidindo, tudo isso reduziu através do ar.

Eu tinha sentido uma grande dose de medo nas


últimas semanas, mas eu nunca tinha estado tão apavorada
em toda a minha vida como eu estava naquele momento.

Isso era porque eu estava testemunhando algo


extraordinariamente cruel.

Isto também era porque eu estava presenciando, não


importa o quão indistinto, Lucien espancando sua esposa.

Se ele se tornasse assim físico comigo ele me mataria


em segundos.

Meu corpo começou a tremer e eu queria correr, eu


realmente queria, mas o meu medo me deixou pregada ao
chão.

Finalmente, Katrina entrou em foco, seu corpo batendo


contra a porta fazendo o seu peso solido vibrar.

Ela parou, assim como Lucien de frente para ela, mas


ligeiramente virado para o lado. Eu podia ver as sangrentas,
marcas de arranhões irritados estragar seu peito e pescoço.

340
Ela estava muito pior pelo desgaste, o nariz sangrando
muito, seu lábio cortado, marcas vermelhas de raiva em seu
pescoço e pulsos.

À visão do que Lucien tinha feito para ela, um tremor


violento sacudiu através do meu corpo quase me trazendo de
joelhos.

— Eu recebi os papéis da Separação esta manhã, — ela


cuspiu nele enquanto limpava as costas de sua mão debaixo
do seu nariz, espalhando o sangue em seu rosto.

Suas palavras me confundiram.

— Não me diga? — Ele respondeu descuidadamente.

Seu rosto se contorceu de raiva.

— Você ia me largar por um mortal?

Meus olhos assustados e atônitos moveram-se para


Lucien.

— Olhe para ela, Rina, ela não é um mero mortal, —


Lucien cortou.

Katrina não olhou para mim, em vez disso ela retrucou:

— Sim, eu esqueci. Ela é vida.

O que isso significa?

O que quer que seja isto tudo!

341
Lucien deu um passo ameaçador para mais perto dela
e eu a observava de codorna, sua bravata escorregar, ela
tinha aprendido a lição muito mais rápido do que qualquer
outra que ele já tinha me ensinado.

— Eu perdi você no momento em que pôs os olhos nela,


— acusou ela, sua voz se transformando em pequena.

— Você me perdeu dois segundos após a reivindicação


e você sabe disso, — ele voltou bruscamente. Ela vacilou,
porque claramente, o que diabos isso significasse, ela sabia.

Eu vacilei por ela. Era difícil não sentir pena dela. Ela
não era patética, ela só estava quebrada.

Seu olhar deslocou-se para mim e se estreitaram.

— Você está gostando disso? — Perguntou ela, com a


voz cheia de sarcasmo.

Era seguro dizer que eu não estava.

Eu fui salva de ter que responder quando Lucien disse


entre dentes,

— Olhe para mim, Rina, não olhe para Leah. Ela não
existe mais para você. — Quando ela não obedeceu
imediatamente, ele trovejou: — Porra olhe para mim!

Ela o fez, assim como eu, qualquer um faria.

342
— Mantenha-a segura, Lucien, — ela sussurrou, seu
tom perturbador, tão perturbador que enviou um calafrio
através de mim.

— Você a toca, você vai queimar. — A voz de Lucien


saiu muito perturbadora, mais ainda.

Eu não sabia se a ameaça de Katrina seria vazia. Eu


sabia que a ameaça de Lucien não era.

— Sim, mas você entende Lucien. Eu vou ser feliz por


queimar, porque enquanto eu queimo eu saberei que você
estará enfrentando a eternidade sem a sua preciosa vida.

O corpo de Lucien ficou tenso do jeito que tinha feito


anteriormente, seus músculos entraram em relevo
acentuado, ameaçador, sinistro.

Prendi a respiração. Então ouvi a porta atrás se abrir.

— Yoo hoo! — Edwina chamou. — Há um carro


estacionado! Será que temos... oh!

Edwina parou de falar. A porta traseira tinha visão


direta para a porta da frente por um corredor largo fora das
outras quatro salas. Edwina não podia me ver, mas ela
poderia provavelmente ver Lucien e Katrina. E você não tinha
que ter percepção extra-sensorial para sentir a animosidade
crepitando no ar para não mencionar o rosto de Katrina
estava uma confusão sangrenta.

343
— Você apoiou um cavalo perdedor, Edwina, — Katrina
chamou a propósito de absolutamente nada. — Todo mundo
sabe sobre Leah. Ele beijou-a no bar em uma porra de festa
para todo mundo ver, porra.

Isso também me confundiu e eu ouvi suspiro chocado


de Edwina de não muito longe, então eu sabia que a
surpreendeu o que me confundiu ainda mais.

— O Conselho vai investigar, — Katrina passou e eu vi


Edwina entrar na minha visão ao lado das escadas.

Seu rosto estava pálido.

— Investigar? — Edwina fez a pergunta na ponta da


minha língua.

— Você sabe que eles vão, — afirmou Katrina, seus


olhos deslizando para Lucien. — Eu vou ter certeza disso.

Lucien estava de pé com os braços cruzados sobre o


peito, como se estivesse assistindo a um artista de rua
vagamente irritante que o tinha amarrado em sua rotina.

— Outra ameaça, — ele falou com ironia.

— Eu vou chamá-los de sua maldita calçada. Você está


beijando-a em festas. Você foi morar com ela. Você pretende...
— Katrina retrucou e Lucien cortou.

— Esteja à vontade, — ele convidou e os olhos de


Katrina passaram longe então virou-se para mim.

344
— Você perdeu sua mente, — ela respirou em direção a
mim mesmo que ela estava falando com Lucien. Seu olhar se
movendo para trás, ela estudou-o por um momento e, de
repente, seu lábio enrolou. — Ainda que eu não deveria estar
surpresa, você sempre teve um gosto para boceta de cheiro
doce.

Eu engasguei. Edwina engasgou. Lucien mudou.

Ele ficou de costas para a porta, seu poderoso quadro


cortando-a de vista.

Olhei nervosamente para Edwina. Edwina olhou


nervosamente para mim. Então ela me deu um sorriso
trêmulo que eu não devolvi e nós voltamos a olhar para a
cena.

— O Conselho vai me conceder está. — Lucien estava


dizendo.

— Nunca, — Katrina voltou.

— Estou ligando ao meu marcador, — Lucien


anunciou.

Ouvi a ingestão aguda da respiração de Katrina. Olhei


para Edwina que estava olhando fixamente para as costas de
Lucien, seu rosto a imagem do choque e eu sabia que pelo
menos ela sabia o que isso significava.

Eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Nada


disso.

345
— Eles ainda não vão permitir isso. — Katrina não
parecia tão certa agora.

— Eles me devem, — Lucien retrucou.

— Eles o fazem, mas uma mortal? — Katrina disparou


de volta. — Eles nem sequer considerariam. Nem mesmo por
você.

— Eles não têm escolha, — afirmou Lucien.

Houve uma hesitação em seguida, em voz baixa, com


algum tipo de entendimento estranho em sua voz, Katrina
disse:

— Eu ouvi isso, mas não esperava isso de você. Seu


aroma o tem impulsionado louco.

Lucien não hesitou em sua resposta.

— Se for esse o caso, eu estou feliz na minha loucura.

Esse foi o terceiro, o mais estranho, ainda mais


profundo, elogio que eu tive naquele dia mesmo que eu não
tivesse ideia do que estava acontecendo. Eu também tive a
nítida sensação de que eu não queria mais elogios do
poderoso vampiro Lucien que iria bater a merda fora de sua
esposa no foyer da sua concubina ao insistir na concubina.

— Você quer guerra, — Katrina sussurrou.

346
— Eu quero a minha vida de volta, — Lucien
respondeu. — Se para consegui-la significa guerra, então eu
quero a guerra.

Um...

Guerra?

— Eu não vou lutar ao seu lado, — ela o informou, a


bravata de volta em sua voz, suas palavras um desafio.

— Eu nunca esperei que você o fizesse, — Lucien


retornou.

Eu não podia ver tudo dela, mas eu vi partes de seu


corpo se contraindo como se tivesse sido atingido.

— Você não pensa muito bem de mim, não é? —


Perguntou ela.

— Não nos últimos 30 anos, — ele respondeu com


crueldade franca.

Ela saiu de sua frente e eu podia vê-la agora. Seus


olhos olharam-me então de volta para Lucien.

— Estou começando a sentir pena dela, — comentou


Katrina.

— Você não deveria. Ela é tudo o que você não é, —


Lucien respondeu.

Isso doeu-lhe. Eu podia vê-lo em seu vacilo e eu senti a


dor dela. Qualquer mulher faria.

347
Ele foi duro e ele era insensível e juro por Deus, eu
nunca pensei que eu poderia odiá-lo mais, mas eu o fiz
naquele momento. Era loucura, sua esposa tentou me ferir
fisicamente, mas eu sentia por ela, eu não poderia evitar.

— O que eu fiz para que você me odiasse tanto? — Ela


sussurrou.

— Você, como todos eles, tentou me engaiolar. Não


posso tolerar isso, Rina, você sabia. Você sabia como eu me
sentia sobre isso e você fez tudo da mesma forma.

— Eu te amei. — Ela ainda estava sussurrando.

Mesmo com suas palavras suaves, Lucien permaneceu


remoto.

— O amor é um cobertor que te mantém quente não


uma armadilha que sufoca você. Você nunca aprendeu a
lição, Rina. Você nunca prestou nenhuma atenção, não
importa quantas vezes eu explicasse. Você continuou
puxando esse cobertor sobre minha cabeça.

Silenciosamente ela assumiu a postura de derrota e foi


tão devastador, meus olhos balançaram para Lucien,
pensando que ele se arrependia.

Ele não o fez. De fato, ele enrolou o lábio em um sorriso


de escárnio desdenhoso.

348
Meu coração começou a bater mais rápido. Eu não
sabia por que, o ódio, o medo pela minha vida futura com
este homem ia alterar grande parte nela ou ambos.

Ele ouviu meu coração. Eu sabia disso porque colocou


os olhos cortados em mim, seu rosto perdeu seu desdém e
suas sobrancelhas se uniram em perplexidade.

— Edwina, — disse Katrina em uma despedida suave e


afastei o meu olhar de Lucien, mas antes que eu pudesse
concentrar ou Edwina pudesse responder, Katrina tinha
desaparecido.

— Vá ver as compras, — Lucien ordenou a Edwina. Eu


olhei de volta para ele, vi-o caminhando com um propósito
em minha direção.

Eu comecei a fazer o recuo dos passos.

— Limpe essa bagunça, — Lucien continuou suas


instruções, sua marcha larga e determinada e eu comecei a
recuar em dobro. — Você não precisa dizer adeus quando
sair, — Lucien terminou seus comandos para Edwina.

Com essas palavras ameaçadoras, arranquei a correr.

Em um segundo eu estava em seus braços e no


seguinte, estávamos no quarto e eu estava pulando na cama.

Lucien estava pairando sobre mim, com os punhos em


seus quadris, olhos escuros e brilhantes.

— Você fugiu de mim? — A voz dele era perigosa.

349
Senti o meu medo aumentar a uma taxa ligeiramente
mais baixa do que o meu temperamento queimando.

— Lá, eu confiei em você. — Essas cinco palavras eram


uma acusação.

Sua cabeça inclinada para o lado.

— E como, exatamente, ele trai essa confiança,


bichinho?

— Você me disse para ficar, — Eu informei a ele.

— Sim?

— Eu fiquei.

— E?

— Você não precisa que eu explique! — Eu bati.

— Temo que precise, — retornou.

Eu fiquei de joelhos, com as mãos fechadas em punhos


ao meu lado e eu me inclinei na direção dele.

— Você acabou de bater em sua esposa na minha


frente! — Eu gritei.

— Não foi a primeira vez, mas, felizmente, foi a última,


— ele respondeu com indiferença.

Eu desenhei uma respiração afiada, recuei em horror e


isso bateu no meu fundo.

350
— Você me dá nojo, — eu assobiei, querendo dizer cada
palavra.

Seu corpo fez aquela coisa de novo, a mudança sinistra


e ameaçadora onde seus músculos entraram em relevo
acentuado.

— Eu enojo você? — Ele sussurrou.

Ignorei sua postura, embora ele tinha que conhecer o


meu medo. Meu coração estava batendo tão
descontroladamente que eu poderia, de fato, desta vez
realmente ouvi-lo.

Se eu conseguia, certamente ele também.

— Sim, — retruquei com mais bravura do que sentia.

— Você não tem nenhuma porra de ideia do que você


acabou de presenciar. — Sua voz ainda era um sussurro
indignado baixo.

— Eu faço e era nauseante.

De repente sua raiva encheu a sala, obstruindo minha


garganta, expandindo meus pulmões e ele estava inclinado
sobre mim, com os punhos na cama ao lado de meus
quadris.

Subi para trás até a cama.

Ele seguiu, mais rápido, arrastando com o meu corpo.

351
Minha cabeça bateu na cabeceira da cama e ele
recuou, apenas o suficiente para levantar-se, usando as
pernas para me puxar de volta para baixo da cama entre
suas coxas e então ele estabeleceu o seu peso pesado sobre
mim.

— Você demonstrou um outro traço terrível, bichinho.


— Ele ainda estava usando seu sussurro assustador.

— E o que é isso? — Eu respondi. — Eu pensei que


você tinha visto todos eles.

— Você é rápida para julgar, sem sequer pensar em


uma questão antes, — ele retrucou.

— E como você poderia explicar o nariz sangram-te de


sua esposa na frente de sua suposta amante? Hunh? Como
tinha de humilhá-la na frente da mesma pessoa? Como sobre
querer uma amante quando você tem uma esposa. — Eu fiz
um barulho bufando que foi um pouco embaraçoso, mas eu
estava muito furioso para cuidar. — Eu não deveria estar
surpresa. Você me obrigou a me humilhar mais de uma vez.
Por que eu confiei em você e não corri, então eu não seria
forçada a testemunhar que eu.... Nunca … vou. saber.

Seu corpo foi sólido e seus olhos perfuraram os meus.


Isso durou o que pareceu uma eternidade.

Então ele puxou uma respiração bruscamente pelo


nariz.

352
Quando ele o fez, eu sentia que a paciência que ele
procurava lhe escapava.

Eu não estava errada.

— Eu arrisquei tudo por você, — ele disse-me em voz


baixa.

— O seu casamento? — Minha voz estava pingando


ácido. — Não parecia que você o valorizasse excessivamente.

Era como se eu nem sequer tivesse falado.

— Tudo, — ele repetiu. — E o que eu ganho em troca?

Comecei a perceber que eu estava numa situação


muito ruim.

Em primeiro lugar, Lucien podia e fez em uma fúria,


espancar sua esposa. Em segundo lugar, se ele fizesse isso
comigo, eu não iria sobreviver. Em terceiro lugar, por
qualquer motivo, ele estava com raiva, não, ele estava furioso.
Mais do que alguma vez eu tinha experimentado de alguém
na vida. E, por último, eu não podia lutar contra ele. Eu não
tinha absolutamente nenhuma maneira de me defender
contra qualquer coisa que ele escolhesse para infligir em
mim.

Todos os tecidos do meu corpo petrificaram com o


medo e paralisei.

353
— Essa é a resposta mais inteligente que você já teve
hoje, — Lucien me informou e eu sabia que estava em
apuros.

Ele sorriu e não era um de seus sorrisos bonitos. Este


era um sorriso que eu nunca tinha visto antes.

Era implacável.

Seu sorriso desapareceu porque seu rosto desapareceu


em meu pescoço.

— Ouça-me agora, Leah. Vou quebrar você. Você me


entende? — Ele prometeu, sua voz retumbante contra a
minha pele.

Eu não fiz, mas ao mesmo tempo eu fiz.

Ele continuou:

— E, agora, eu estou tomando um gosto do que está


me fazendo arriscar tudo. — Sua cabeça surgiu e seu rosto
chegou perto, tão perto, eu podia sentir sua respiração contra
meus lábios. — Mas não se preocupe, bichinho, você não tem
que implorar por isso.

Ah, não.

Meu corpo explodiu em uma onda de movimento


frenético, um esforço inútil de fuga.

Eu sabia que isso não teria nenhum efeito e não o fez.

354
Meu robe tinha ido embora em um segundo pulmonar.
Minha calcinha levada pelas minhas pernas em um borrão de
seu braço. Ele abriu minhas pernas com suas mãos grandes
e eu abri minha boca para gritar.

O grito morreu na garganta quando a boca dele me


tocou.

O choque repentino de sua boca se movendo em mim


matou o meu grito. Seu talento óbvio subjugou minhas lutas.
Ele viveu um longo tempo e nesse tempo ele tinha,
obviamente, aprendido exatamente o que fazer entre as
pernas de uma mulher.

Na verdade, era bem claro que ele fez uma arte disso.

Em uma reação instintiva ao prazer ondulando através


do meu sistema, meu quadril subiu para atender a boca.

Ele não era gentil. Ele era voraz. Lábios, língua,


sucção, ele usou tudo. Meus dedos se enroscaram nas capas
como meu pescoço arqueado e gemidos de puro prazer
ronronavam em minha garganta.

Suas mãos foram até a volta das minhas coxas até os


joelhos e os empurrou para cima, até que estivessem ao meu
lado.

Isto deu-lhe um melhor acesso que ele utilizou a sua


vantagem definitiva.

355
Eu estava perto, tão perto, ali e ele estava indo para ser
maior que qualquer coisa que eu já tinha experimentado.
Além de qualquer coisa qualquer mulher que nunca tinha
experimentado (a menos que tivesse estado com Lucien,
obviamente).

Minhas mãos foram do edredom para sua cabeça,


segurando-o para mim enquanto eu me preparava para
derrubar sobre a borda.

A boca dele desapareceu e eu puxei de volta.

— Não! — Eu chorei quando seu corpo grande subiu


em mim e sua mão forte me segurou entre as pernas,
mantendo-me quente, mas exercendo nenhuma pressão o
que era uma provocação cruel.

— Agora, você vai implorar, Leah, — disse ele contra a


minha boca.

Com esforço, meus olhos focados nele e eu gritei:

— Eu te odeio!

Ele desapareceu, mas apenas por um momento, em


seguida, sua boca estava de volta em mim. A reação que eu
tinha adquirido na minha reação tinha desaparecido em
segundos. Desta vez, ele brincou enquanto eu lutei o subir do
meu desejo. Quando eu perdi, ele me fez ir atrás dele. Ele
deu-me o suficiente para manter me contorcendo. E quando
meus dedos agarraram seu cabelo na derrota, ele me deu
tudo isso de novo.

356
Então, logo no momento de ouro, ele estava em cima de
mim e me cobrindo de novo.

— Implore, — pediu ele.

Levou tudo que eu tinha, mas eu me concentrei nele.

— Vá para o inferno!

Ele rolou para suas costas levando-me com ele, me


puxando para cima sobre o seu corpo, espalhando as minhas
pernas, ele me colocou num agachamento em sua boca. Mãos
fortes em meus quadris, ele me puxou para baixo e me
mantendo.

Era uma delícia. Ele era divino. Era o êxtase.

Peguei a cabeceira da cama e gemi profundo na parte


de trás da minha garganta, não mais consciente dos sons que
eu estava fazendo. Eu balancei meus quadris contra a sua
boca. Ele puxou-me para baixo indo mais fundo, usando a
língua de maneiras novas e surpreendentes. Ele me levou
para lá novamente, para aquele lugar glorioso e bem antes
que eu percebesse ele me puxou para longe de sua boca e me
puxou para baixo de seu corpo.

— Implore me por isso, Leah. — Sua voz era rouca e


perto de um apelo tudo por conta própria.

Ele tinha um braço apertado em volta da minha


cintura, prendendo meu corpo se contorcendo ao seu. Sua
outra mão estava trabalhando entre os nossos corpos, mas

357
eu estava muito em condições de perceber o que estava
fazendo. Cada centímetro da minha pele estava sensibilizado
além de ser suportável. Eu poderia até sentir o ar que nos
rodeava me causando prazer agonizante.

Suas mãos foram para a traseira dos joelhos e


empurrou-os. Eu estava sentada sobre ele e num belo
momento eu senti a sua ponta quente entrando em mim.

Em triunfo, eu empurrei meus quadris para baixo, mas


ele foi mais rápido do que eu. Ele me pegou na minha cintura
antes que eu ganhasse uns centímetros.

Minha cabeça se levantou e meus olhos voaram para o


seu.

— Você quer meu pau dentro de você? — Ele


perguntou, sua voz rouca.

Eu queria. Eu queria mais do que o oxigênio.

Eu fiquei em silêncio.

Ele avançou até o que parecia ser um milímetro e eu


senti minhas pálpebras lentamente perto em êxtase. Então
ele parou e meus olhos se abriram.

— Implore-me, bichinho, — ele sussurrou, sua voz


agora torturada.

Eu não tinha voz, então eu balancei minha cabeça.

— Implore-me, — ele ordenou asperamente.

358
— Não, — eu respirei.

— Você me quer, — afirmou.

Olhei para ele, então eu assenti.

— Então me implore.

Encontrei uma força dentro de mim que eu nem sabia


que estava lá, me puxei contra suas mãos, meu corpo
lutando contra as demandas do meu cérebro e eu não podia
acreditar, ele me deixou.

Senti o pedaço pequeno, mas duro e grosso e


incrivelmente magnífico dele que eu tinha de deslizar fora de
mim.

Senti-me como se eu tivesse perdido um pedaço de


mim, não dele, quando eu puxei livre.

Independentemente disso, teimosa até ao fim (e agora


me odiando por isso), meus olhos fixos nos dele e eu declarei:

— Você não vai me quebrar.

Seus braços em volta de mim, me esmagando com ele,


eu estava esperando a derrota que ele me daria, por que meu
corpo estava doendo.

Em vez disso, ele nos rolou para os nossos lados, com


os braços ainda me segurando perto e na parte superior do
meu cabelo, ele disse,

— Você forçou minha mão, Leah.

359
Medo perfurou através de mim, porque, sem qualquer
tentativa de escondê-lo, sua voz estava cheia de remorso e eu
não sabia por quê. O que era pior, mesmo que eu não sabia
do que ele se arrependeu, eu tinha a sensação do que quer
que fosse, era algo que eu ia me arrepender mais.

Ele continuou falando.

— Eu vou sair e quando eu voltar, se eu achar que você


tocou a si mesma, você vai ter uma semana do que acabou de
ter e pode me pedir até que você esteja rouca para que eu a
deixe vir, mas eu não o vou fazer. Entendido?

— Entendido, — eu murmurei em seu peito, onde ele


apertou meu rosto.

Ele ficou tenso, ao mover-se e eu não quero que ele vá.


Não porque eu esqueci que ele me enojava, me aterrorizava e
eu que detestava ele, e eu só poderia esquecer isso quando
sua boca estava entre as minhas pernas outra vez, além
disso, mas porque qualquer movimento e o meu corpo
parecia que ia quebrar.

Senti seu corpo relaxar a direita antes dele suspirar.

Então ele perguntou:

— Por que você briga comigo, querida?

Eu não respondi. Pois responder era confiar-lhe com


um pedaço de mim e depois de tudo que ele tinha feito para

360
mim e pelo que ele tinha feito com a porra da esposa, eu
sabia que ele não era alguém em quem podia confiar.

Nunca.

Não importa o quão gentil ele poderia parecer.

Como agora.

Ou quando ele me chamou de querida. Ou quando ele


riu como se eu fosse a pessoa mais engraçada que já
conheceu em seus séculos e séculos de vida.

Ele continuou,

— Você deve saber que vai ser bom.

Oh, eu sabia disso.

Eu ainda não respondi.

Ele suspirou de novo, antes de murmurar,

— Você não entende.

Não.

Eu.

Entendia.

Não.

E eu não queria.

Eu mesmo assim não falei.

361
— Meu bichinho, vai ser muito melhor quando você me
der tudo. Isso, eu posso prometer. Não só aqui, na cama, mas
tudo isso, tudo o que vamos ser juntos. Eu prometo a você,
Leah, eu estou tentando dar-lhe algo bonito. Eu não posso
explicar isso, você tem que sentir. Mas, para sentir isso, você
deve confiar em mim.

Sem chance disso.

Mesmo assim ainda não falei.

Por um tempo, ele também não.

Então, como se ele não estivesse falando comigo (que


não estava), ele murmurou,

— Eu sou o único que queria um desafio. Preciso ter a


porra da minha cabeça examinada.

Eu não entendi o que ele queria dizer.

Havia muita coisa que eu não entendia.

Mas eu não pedi nada disto.

E eu nunca ia pedir. Nunca, nunca, nunca.

Delicadamente, ele se afastou de mim. A perda de seu


calor significava que o frio atingiu minha nudez sensível como
uma bofetada. Ele ajustou sua calça jeans e tinha-me sob o
lençol em um borrão de movimento, mais rápido do que ele
tinha sido antes, mesmo quando estava em Velocidade
Vampírica.

362
Obviamente, preocupado comigo.

Ele puxou meu cabelo longe do meu ombro e eu


empurrei meu rosto no travesseiro para escapar de sua ação,
mesmo que eu permitisse seu toque.

— Teimosa, — ele murmurou, mas eu podia jurar que


havia orgulho misturado com a frustração em sua voz.

E eu não entendi o que queria dizer.

Então ele se foi, mas em cinco minutos ele estava de


volta, desta vez vestido com um terno.

Sentou-se na beirada da cama e eu olhei para ele


quando ele olhou para mim.

— Há muito tempo que eu não me sinto ansioso para


assistir a uma festa, — ele informou-me e meu corpo
endureceu como rocha sólida.

Ele estava indo para uma festa.

Angústia espontânea e indesejada, queimava


inegavelmente através de mim, bem quente.

Ele se inclinou para a frente, roçando meu rosto com


os lábios.

— Tenha um bom dia, bichinho e durma bem.

Meu Deus!

Ele não estava mesmo voltando para casa.

363
Mesmo que minha mente gritasse, nem minha boca
nem o corpo se moviam.

Ele o fez. Em um instante, ele se foi.

Eu odeio você, meu cérebro sussurrou.

Ouvi isso querida, ele sussurrou de volta.

Seu carinho queimou dentro de mim como uma marca.

Eu sei, eu disse a ele.

Teimosa, ele me disse.

Eu desliguei minha mente, virei o rosto no meu


travesseiro e coloquei todos os esforços para ter a certeza
absoluta de que eu não ia chorar.

Depois de uma longa luta, eu finalmente consegui


alguma coisa.

Foi uma vitória vazia.

364
Capítulo Onze

A Traição

Os olhos de Lucien digitalizavam a pista de dança de


forma exigente até que a viu.

Embora ele não tenha muitas vezes assistido a esta


festa particular, a tinha visto antes. Cada vez ela o seduziu,
cabelo longo, loiro escuro, olhos azuis, corpo curvilíneo,
perfume sedutor.

Hoje à noite, ela o fez especialmente porque ela estava


usando um vestido preto quase como o que Leah tinha usado
na noite passada. Não era a mesma coisa, mas parecido o
suficiente.

Tudo sobre ela não era a mesma coisa, mas perto o


suficiente.

Ele sabia que capturou sua atenção, porque ela o


lembrava de Leah. Tinha sido a razão pela qual ele nunca a
tinha levado. Ele estava esperando a coisa real, não uma
imitação muito usada.

Mas esta noite, ele faria.

365
Os olhos dele chamaram os seus e ela sorriu
sedutoramente, um convite aberto e ansioso. Estava claro
que ela era sua para fazer o que ele quisesse e esta festa,
como ele desejava, tinha muito poucos limites.

Ele olhou para o lado, escondendo a sua aversão.

Ansiosas e dispostas não eram o que ele queria.


Espírito, personalidade, paixão, rebeldia, medo, desafio, era o
que ele queria.

Depois de séculos, ele finalmente teve tudo isso, uma


grande parte disso. Só que ele estava achando enlouquecedor
ao extremo.

E terrivelmente frustrante.

Lucien participara de festas muitas vezes, mesmo que


ele gostasse particularmente do sabor de sua concubina e, é
preciso dizer, ele gostava particularmente do sabor de Leah.
Ele era um vampiro com um apetite saudável e as festas
permitiam-lhe diversidade.

No entanto, ao longo dos últimos séculos, ele tinha se


cansado delas.

Todos os mortais que assistiam a festas eram


registrados com o Conselho. Eles estavam seguros,
saudáveis, dispostos, bem-educado, de boas famílias e seu
tempo era limitado. Eles tinham dois anos para atender
festas, qualquer festa que queriam, antes de serem
aposentados.

366
Concubinas caídas eram uma história diferente. Elas
vinham para festas e, por respeito para com suas famílias,
eram relutantemente autorizadas a participar, mas eles não
eram registrados. No entanto, o Conselho as acompanhava e
depois de alguns anos, as concubinas caídas foram
finalmente proibidas.

Houve momentos em que os vampiros tinham um gosto


em uma festa que excepcionalmente apreciavam, uma que
não desejavam compartilhar. Se este fosse o caso, eles
poderiam pedir ao Conselho. Se o Conselho achasse o mortal
adequado, a família iria ser abordada para o recrutamento.
Se aceitasse, o mortal poderia tornar-se concubina do
vampiro. Mas também a linha da nova concubina estaria
para sempre na vida.

Os mortais nunca se recusaram. Todos os mortais não


esperavam ser reivindicados para a vida, garantindo a sua
própria alimentação contínua e o futuro da sua linha.

Raramente acontecia de um vampiro fazer esta petição,


mas foi incentivado pelo Conselho. Mais escolhas em Seleções
significavam vampiros mais felizes.

As linhas de concubina detestavam quando isso


acontecia, mais escolha significava menos oportunidade para
a sua própria linha ser escolhida.

Examinando o esmagamento de corpos na sala, Lucien


não podia se imaginar pedindo para tal mortal. Embora ele
gostasse de festas em uma variedade de níveis, o mais

367
especial de estar com seus irmãos em um lugar onde eles
poderiam ser quem eles eram, sem esconder, sem segredos,
ele não gostava dos mortais que desenhou. Eles eram, todos
os efeitos práticos, prostitutas, sem qualquer dinheiro
mudando de mãos. Ele se alimentou a partir deles,
naturalmente, mas ele nunca tinha escolhido a partir de uma
linha recrutada a partir de uma festa. A própria ideia de
entrar em um acordo com tal mortal, era repugnante para
Lucien.

Esta atitude, Stephanie disse a ele, era


assustadoramente superior, mas ele não dava à mínima.

Para tomar sua mente fora da mulher na pista de


dança e voltar a seus pensamentos, ele começou a saborear o
seu Martini e notou o copo vazio. Ele virou-se de sua posição
para o bar, chamou a atenção do barman e ergueu o queixo.
O barman reconheceu sua ordem e começou a trabalhar em
outro Martini, deixando as bebidas que ele estava preparando
no balcão inacabadas.

Lucien olhou para as três mulheres cujas bebidas


tinham sido abandonadas. Mortais. Todas olhando para ele.
Todas sorrindo para ele. Todas sorrindo o mesmo sorriso que
a loira lhe tinha jogado.

Seus olhos correram sobre elas em repulsa e seus


sorrisos vacilaram, uma ficou pálida e se afastou. Lucien
sentiu-se tão bem.

E seus pensamentos foram imediatamente para Leah.

368
Tinha sido difícil retira-la de sua mente, mas ele tinha
conseguido fazê-lo nas últimas 10 horas, principalmente com
o trabalho.

Havia muitos vampiros que acumularam suas fortunas


e felizmente viveram suas eternidades simplesmente vivendo
do fruto da gestão das suas fortunas

Lucien não era um vampiro desses.

Ao contrário de tudo o mais em sua vida, sua empresa


nunca deixou de ser um desafio. Havia sempre uma nova
montanha para ser experimentada, testada e conquistada.
Novas invenções, novas tecnologias, novas estratégias e mais
e mais dinheiro para ganhar. Se não fosse por isso, ele teria
enlouquecido anos atrás.

O barman serviu o seu Martini. Lucien pagou por ele,


voltando-se para o cômodo e permitindo que seus
pensamentos viajassem para Leah.

Sua fúria havia esfriado consideravelmente desde seu


confronto. Embora, o pensamento de sua declaração sobre
ele — enoja-la — ainda o fazia cerrar os dentes.

No entanto Lucien teve que admitir que ela não


soubesse que vampiros masculinos e femininos eram muito
diferentes de sua espécie. As mulheres eram tão fortes e
qualificadas como os homens e muito mais. Por exemplo,
Stephanie, era conhecida por ser uma lutadora feroz e astuta.

369
Ele ainda tinha que admitir que não havia nenhuma
maneira de Leah conhecer sobre vampiros companheiros.
Isso não seria sequer explicado nos Estudos vampíricos se ela
não conseguisse ser expulsa.

Ela não tinha nenhuma maneira de saber que, por


causa da força combinada e o jeito de sua cultura, vampiros,
especialmente os companheiros, não resolviam questões
argumentos tendo conversas sinceras ou procurando
aconselhamento.

Eles se desafiaram e então eles lutavam fisicamente


sem regras e sem tabus.

Isto teve o benefício de se estabelecer a ordem entre


vampiros, definir qual era mais forte, mais rápido, mais
inteligente.

No caso de companheiros, tinha a vantagem adicional


de que, na maioria das vezes, os duelos físicos levavam a algo
muito mais prazeroso.

Ele também teve que admitir que não havia nenhuma


maneira de Leah saber sua história com Katrina. Suas raivas
ciumentas frequentes e equivocadas. Seus telefonemas, às
vezes uma dúzia por dia. Para checa-lo, ela dizia. Para
verificar, ela queria dizer. Sua suspeita constante,
vasculhando suas coisas, ouvindo as chamadas telefônicas.

E depois havia as vezes, pouco frequente que fossem,


elas aconteciam demasiadas vezes para o gosto de Lucien,

370
quando ela iria aparecer em uma festa que Lucien estava
assistindo. Ela fez isso duas vezes. Então ele teve que
quebrar esse hábito, ele teve que fazer mais que sangrar o
nariz. Ele também tinha quebrado o fêmur e cinco costelas,
todas curadas dentro de uma hora e, obviamente, não tinha
levado a algo mais prazeroso. Isso aconteceu depois que ela
entrou em sua câmara privada e apareceu ao seu lado
quando ele estava, na verdade, alimentando-se. Sugerindo,
durante esses tempos, com falsa sensualidade, que eles
compartilhassem o mortal. Que tal atividade poderia
aproximá-los juntos.

Katrina sabia que ele não gostava de compartilhar.

Durante estas duas vezes, ela também havia se


infiltrado em sua vida privada, algo que ele estimava era a
sua privacidade, mesmo em uma festa. Ele quis dizer quando
falou para Leah que ele “dançava” em privado. Ele não
simplesmente não compartilhava o mortal de quem ele estava
se alimentando, ele não compartilhava a experiência.
Portanto, ele sempre tinha um quarto privado, deixando o
grupo de alimentação para os outros. Ele não gostava da
ideia de outros mortais, ou vampiros, ficando fora
observando-o com a sua refeição.

E ele, seria o centro das atenções. Ele sempre foi.

Não era que ele pensasse que era uma atividade


privada. Ele também gostava de assistir os outros se

371
alimentarem. Ele também quis dizer quando disse a Leah a
achava bonita.

Era apenas a sua natureza.

Mesmo que fosse apenas uma alimentação, mortal, era


dele e só dele e, de qualquer forma, a situação poderia ser
definida, ele não compartilhava.

E, por último, Leah não sabia o que ele estava


arriscando por ela. Para tê-la em todos os sentidos significava
que ele estava desafiando a sua cultura, o modo de vida de
seu povo e o dela e colocando sua própria vida em risco.

Mesmo que ele admitisse todas essas coisas, tudo se


baseava no simples fato de que ela não perguntou.

Nem uma única questão.

Ela pensou instantaneamente o pior dele, julgando-o


através dos comportamentos aceitáveis de sua própria
cultura, nunca considerando que pudesse haver uma
diferença na sua.

Não só isso, ele a tinha salvo do ataque de Katrina, que


teria sido mortal.

Tinha também, muito descaradamente, mostrado sua


preferência por Leah sobre sua própria companheira. Isso
não era algo que ela podia saber como era completamente
inédito no reino vampiro, mas qualquer mulher de sua
experiência teria tido uma reação muito diferente de Leah.

372
Para não mencionar, com tudo isso, além de suas
roupas em seu armário, seu corpo em sua cama, o teto,
bastante luxuoso acima de sua cabeça e guarda-roupa
opulento que ele tinha fornecido a ela, ele tinha feito bem
claro que ela tinha sua proteção contínua, sua atenção e sua
generosidade profusa.

Nada disso, considerando a reação dela, parecia


penetrar aquela obstinada assustada cabeça dela.

Já era tempo, Lucien decidiu, de Leah aprender essas


lições importantes.

— Eu não esperava vê-lo aqui, — disse Cosmo,


aparecendo ao seu lado, sorrindo para Lucien e levá-lo de
seus pensamentos.

— Eu poderia dizer o mesmo, — Lucien respondeu. —


Isto não é normalmente a sua cena.

Cosmo murmurou,

— Vodca, com gelo, — para o barman e voltou sua


atenção para Lucien. — Nem a sua. — Então, ele olhou ao
redor, enquanto perguntou: — Onde está Leah? Ela está no
banheiro?

— Ela está em casa, — respondeu Lucien e cabeça de


Cosmo balançou para ele.

— Casa? — Ele repetiu.

373
— Casa, — Lucien declarou com firmeza. — Ela está
tendo alguma dificuldade para se ajustar à sua nova vida. Eu
estou dando-lhe espaço para ela se habituar.

Cosmo jogou a cabeça para trás e soltou uma


gargalhada. Lucien observava seu amigo e a primeira coisa
que pensou é que isso não era malditamente engraçado. A
risada de Cosmo ouvia-se enquanto ele pagou por sua bebida
e tomou um gole.

— Você está perdendo seu toque, meu amigo, — Cosmo


observou, os olhos examinando a multidão também sem ver,
sua atenção estava na conversa. — Já passou uma semana
inteira. Antigamente com uma semana, já aa teria
implorando.

— Talvez, considerando que já se passaram séculos, e


estou fora de prática.

— Talvez? — Cosmo ainda estava sorrindo largamente.


— Ou talvez tenhas encontrado sapato para o teu pé.

— Ela vai quebrar, — disse Lucien baixo, ele queria


dizer cada palavra, tomando um gole sua bebida.

E ela faria.

Depois que ele a ouviu chorar e mais tarde descobrir a


lingerie desfeita, ele pensou que ela iria, ainda que
brevemente.

374
Tendo confirmado nesse dia que o seu plano de jogo
tinha mudado não só tinha sido revigorante, que tinha sido
um alívio.

Na verdade, a sensação de alívio era tão forte que era


vagamente alarmante. Era como se ele não quisesse que ela
quebrasse. Como se ele não quisesse a domesticação. Como
se ele não quisesse que ela se submetesse a seu controle, de
imediato, aquiescesse às suas exigências, as quais seriam
para seu próprio bem ou seu prazer, mesmo que ela não
entendesse isso. Como se ele não quisesse mostrar a ela que
sua vida, confiada aos seus cuidados, floresceria além de sua
imaginação.

Era como se ele quisesse que as coisas permanecessem


como estavam; as constantes batalhas, concursos de vontade
e brigas intercaladas com sua doçura peculiar e imenso
humor.

O que era um absurdo.

— Bem, quanto tempo você acha que vai demorar? —


Perguntou Cosmo. — Talvez Stephanie e eu possamos fazer
apostas. Seria divertido.

Lucien se inclinou contra o bar e não respondeu.

Cosmo não se intimidou.

— Demorou três semanas com Maggie. Você acha que


Leah vai quebrar o recorde de Maggie?

375
— No ritmo que vai, — Lucien disse lentamente, — vai
chegar o próximo século antes de você ou Stephanie verem
um retorno sobre a sua aposta.

Cosmo explodiu novamente na gargalhada, mas a


mente de Lucien se voltou para algo sobre a conversa que era
inquietante.

Cosmo tinha mencionado Maggie e, pela primeira vez


em centenas de anos, a menção do nome dela não se sentia
como uma faca torcida em seu intestino.

Ele examinou suas memórias, as quais, mais de 800


anos delas, ficaram nítida em sua mente.

Lembrou-se da domesticação de Maggie. Tinha sido o


momento mais doce de sua vida, o ponto mais alto desde
então. A submissão, o dom de sua confiança, a colocação de
sua vida em suas mãos por sua custódia. Ele a recompensou
e ela floresceu imediatamente. Ele ainda a podia sentir
debaixo dele, suas pernas abrindo de sua própria vontade,
acolhendo seu corpo no dela, o gosto de seu sangue em sua
boca, o aroma dela enchendo suas narinas.

Ele também podia ver seu sorriso, ouvir sua risada, o


gosto de sua pele e sentir seu corpo quente pressionado
contra ele no sono.

Cada segundo com Maggie foi tatuado em seu cérebro,


nada disso foi esquecido nem era menos doce.

376
Era só que a dor familiar da memória que fundiu com a
memória de sua perda, havia desaparecido.

— Lucien? — Cosmo chamou Lucien e focou em seu


amigo. — Maggie, — Cosmo murmurou, seu rosto ficou
preocupado e ele continuou com uma voz suave: — Desculpe,
é a segunda vez, eu tenho...

— Não se preocupe com isso, — Lucien o interrompeu,


não a ponto de compartilhar sua revelação.

Cosmo assentiu, tomando outro gole, seus olhos sobre


a multidão, deixando o assunto de lado, como ele aprendeu a
fazer com uma boa dose de prática ao longo dos anos.

— Ouvi dizer que Katrina está causando problemas, —


observou Cosmo e Lucien suspirou.

— Eu requeri a Separação, — Lucien compartilhou.

— Eu sei. Todos sabem. Estou bastante seguro de que


o telefone dela está fundido ao seu ouvido, ela tem estado
ocupada.

Isso não surpreendeu Lucien. Incomodava-o, mas não


o surpreendia.

— Ela tentou atacar Leah hoje, — Lucien divulgou. Ele


ouviu a ingestão aguda da respiração de Cosmo e sentiu os
olhos de Cosmo se voltarem para ele.

— Por favor, me diga que você está brincando, —


Cosmo sussurrou.

377
— Eu não estou.

Cosmo continuou a olhar para ele.

— Como isso aconteceu? — Perguntou Cosmo, ainda


parecendo chocado como deveria.

Nunca se iria visitar a concubina de um companheiro,


não importa o que você pudesse suspeitar que estava
acontecendo.

Concubinas eram sacrossantas. Elas estavam sob a


proteção de seu vampiro e só era permitido a companhia de
outros vampiros com a permissão de seu vampiro. Para
chegar à porta de uma com ou sem a intenção de prejudicar
não só não era feito, como era contra a lei. Para tentar
prejudicar a concubina era suficiente para um mandado de
vingança mortal.

Katrina tinha provavelmente ido confrontar Lucien e


Leah tinha ficado no caminho de sua raiva.

Não importava que Lucien estava batendo de frente


com as leis que governavam todos os vampiros. Era a
segurança de Leah que importava. Comportamento de
Katrina tinha sido condenável e mesmo que Lucien estivesse
violando a lei por conta própria e exibindo-o, ele estava
dentro de seus direitos, mesmo que ela fosse sua
companheira, para caçá-la e fazê-la queimar.

— Ela chegou a nossa porta esta manhã procurando


briga, — Lucien respondeu à pergunta de seu amigo.

378
— E ela atacou Leah?

— Ela tentou, sim. Duas vezes.

Cosmo soltou um assobio baixo antes de perguntar,

— Bom Cristo, o que você vai fazer?

— Se ela continuar a ser apenas um incômodo, eu vou


deixá-la queimar seu temperamento e seguir em frente, que é
o que eu estou esperando que ela vá fazer. Se ela chegar
perto de Leah novamente, eu vou certificar-me ela queime de
uma maneira diferente, — Lucien respondeu calmamente,
mas com seriedade mortal.

— Você sabe que o Conselho já ouviu tudo isso. Não só


de Katrina, mas também de Nestor, que estava lá na noite
passada quando você beijou Leah, — Cosmo disse a ele.

Lucien não estava surpreso com isso também,


principalmente, porque ele tinha visto Nestor observá-los.

— Estou preparado para conversar com o Conselho, —


afirmou Lucien.

Cosmo voltou totalmente ao seu amigo, colocando a


bebida no bar e inclinando-se mais perto.

Em um esforço para não ser ouvido, usando sua mente


para se comunicar, uma capacidade que Cosmo tinha
também, ele perguntou: E o que você vai dizer a eles?

379
Eles me devem, eles vão me permitir ter Leah, Lucien
respondeu.

Sim, eu acredito que eles vão. A dívida passou muito


tempo sem ser paga e eles estão desconfortáveis com isso. No
entanto, eles não vão gostar ou a ideia de que pode dar aos
outros. Vai ser a única dispensa desde a assinatura do
Acordo. E eles só vão deixar se você pretender alimentar-se e
foder. Eles vão ter um problema com você se a levar como sua
companheira, Cosmo respondeu e a cabeça de Lucien virou
para olhar com surpresa para o amigo.

O que faz você pensar que eu pretendo levá-la como


companheira?

Todo mundo acha que é a sua intenção.

Bem uma porra, mas não é, Lucien cortou.

E não era. No entanto, Lucien pensou ironicamente, ela


poderia levar a eternidade para quebra-la o que seria a
mesma coisa.

Espero em Deus que você esteja falando sério, Lucien.


Cosmo cortou em seus pensamentos. Porque se você tentar
algo assim, não só vai significar guerra, vai significar caça.
Eles vão torturá-lo, o que você consegue aguentar, mas eles
também vão torturar Leah...

Involuntariamente, com o pensamento de Leah sob


tortura, marcas quentes contra sua pele suave, suas unhas
arrancadas pela raiz, ácido escorrendo em seu belo corpo, a

380
barriga de Lucien balançou para trás violentamente, como se
tivesse sido chutado no intestino.

Seus olhos negros queimando bloqueados nos verdes


de Cosmo. Eu a quero para alimentação e para foder. Eu quero
domesticá-la. E eu quero dizer tê-la como eu a quiser, o tempo
que durar após a domesticação. Não como companheiros, não
para a eternidade, Lucien afirmou claramente e prosseguiu.
Cosmo, ouça-me. Passe a palavra corretamente. Se o Conselho
pretende investigar, eles que me investiguem a mim, não a
Leah.

Cosmo estudou seu amigo e balançou a cabeça.

— Será que Katrina iniciou esse rumor? — Lucien


perguntou em voz alta decidindo, se ela o tivesse feito, ele ia
caçá-la naquela noite, não esperaria que ela fizesse outra
coisa imensamente estúpida.

— Eu não tenho nenhuma ideia de onde tudo começou,


— Cosmo murmurou, abalado, não na negação do rumor de
Lucien, mas com a reação dele manifestada a qualquer dano
que fosse para Leah.

Primeiro, porque Lucien não tinha reações abertas, a


menos que ele estivesse em uma posição de total confiança
com a pessoa com quem ele estivesse falando e todos aqueles
ao redor dele. O que significaria que não estivesse sob as
centenas de olhos o observando em uma festa.

381
Em segundo lugar, porque a reação dele traiu seu
sentimento para a sua concubina, que ia além de um desejo
de domesticação simples.

Isto era familiar. Cosmo tinha experimentado essa


emoção de Lucien antes. Quando Lucien tomou Maggie como
sua companheira, à espera de viver o resto da eternidade com
ela só para tê-la capturada por seus inimigos durante a
revolução, torturada depois executada.

Eles não sabiam disso na época, mas isto, para Lucien,


tinha sido uma benção. Ele e Maggie ambos teriam morrido
durante a caça. Nenhum deles iria denunciar o outro, Cosmo
sabia disso nas profundezas de sua alma. Além disso, o
assassinato de Maggie havia inflamado Lucien ao ponto onde
ele era uma máquina de matar imparável durante a guerra,
ainda que controlada e estratégica, mas, no entanto, com
imenso sucesso e extremamente mortal. Vingar o assassinato
de Maggie tinha feito dele um herói da revolução, com suas
habilidades hipnotizantes adicionais e sua riqueza
incomparável, de tal forma ele, séculos mais tarde, agora era
um ídolo.

Se ela tivesse vivido para ver isto, Maggie teria rido.

Naquela época, Lucien tinha se contentado com a


riqueza modesta (para um vampiro porque para um mortal,
ele era fabulosamente rico).

E ele teria estado mais do que contente com Maggie.

382
Ser um herói e definitivamente um ídolo, não teria sido
algo que ele teria procurado, coisa que não fez. E também
não era algo que ele teria permitido, mas ele não teve escolha.

Ele teria encontrado uma maneira de devolvê-los à sua


vida simples, apenas os dois, por toda a eternidade. Não
haveria esperanças de crianças, mas nenhuma doença,
nenhuma morte, apenas humor seco frequentemente usado
por Maggie, excelentes habilidades de cozinha, piscando os
olhos cinzentos e a completa devoção de Lucien.

Não pela primeira vez, nem provavelmente a última, a


tristeza por seu amigo e pela sua perda, suavizou o tom de
Cosmo.

— Talvez você devesse se alimentar, — Cosmo sugeriu.

Lucien não hesitou.

— Excelente ideia, — ele murmurou a resposta.

Os olhos de Lucien moveram-se para a loira na pista de


dança. Sua mente procurou a dela e ele a chamou.

Venha até mim.

Ela estava de costas para ele e ele viu seu corpo se


contorcer em seguida, ela se virou, seus olhos buscando os
deles.

Ela pareceu surpresa, mesmo ansiosa. Não era algo


que acontecia, ouvir a voz de outra pessoa em sua cabeça.

383
Em seguida, sua ansiedade derreteu e ela sorriu
presunçosamente. Sem hesitar, ela encaminhou-se para ele,
deslizando habilmente no meio da multidão.

Enquanto observava o movimento dela, Lucien tomou


uma decisão. Ele não a fez chegar a ele, andou com a
intenção de encontrá-la na porta de entrada para o labirinto
que levava ao Covil.

Ele queria despachar isto e chegar em casa pra Leah.

Ele tinha a intenção de retornar amanhã à noite para


uma alimentação e outra tentativa de sua domesticação. No
entanto, ele decidiu que iria falar com ela, não como
instrução, mas como explicação. E ele também decidiu fazê-lo
sem demora.

Talvez isso tivesse algum peso, ou pelo menos o


suficiente para ela implorar-lhe para levá-la.

Todos os dias o seu corpo o tinha lembrado de sua


própria necessidade não satisfeita de estar enterrado dentro
da seda, molhada, e quente de Leah. Tinha sido um erro de
julgamento dar a seu pênis a sugestão de uma sensação dela.
Tinha levado um supremo esforço de vontade para colocar
esses pensamentos de lado durante o dia. Não importa o
quão pouco tinha tido dela, mas tinha sido especial.

— Lucien, — a loira respirava quando ela chegou ao


seu lado.

Ele não a cumprimentou nem a tocou.

384
Ele caminhou até o corredor, sabendo que ela o iria
seguir.

Ela o fez.

Este corredor não era direto para o Covil, ou sala de


alimentação, desta Festa. Em vez disso, era um labirinto, no
centro de onde estava O Covil. Cada vampiro sabia o layout,
nenhum dos mortais o fazia. Um mortal só poderia ir para O
Covil, na companhia de um vampiro, com o seu convite. Se
eles vagassem de volta, na esperança de servirem de
alimentação, nesta festa particular, eles poderiam ficar
perdidos por horas, até mesmo dias.

Lucien se moveu rapidamente, e claro sentiu a luta


dela para manter-se perto dele, não permitindo que ela se
orientasse e em poucos minutos eles estavam no Covil.

Os olhos de Lucien foram imediatamente para o


mordomo que percebeu e empurrou sua cabeça em direção à
outra porta. Lucien seguiu seu caminho através dos corpos
no chão, sentindo-a atrás dele, cheirando seu perfume que
havia aqui perto de tão delicioso quanto Leah.

Definitivamente limonada. E não era limonada boa.

— Mestre Lucien, — o mordomo murmurou enquanto


ele inseriu uma chave e abriu uma de uma meia dúzia de
portas que conduziam fora da cova.

— Clive, — Lucien retornou à saudação e entrou no


pequeno quarto.

385
Era muito parecido com qualquer Covil, decorado com
cores vivas, o mobiliário confortável e convidativo para
descansar, coberto de tecidos moles, de pelúcia.

Lucien tinha a intenção de levar Leah para uma sala


fora da cova que eles visitaram ontem à noite, não para se
alimentar, mas para entrar em outras atividades prazerosas.
No entanto, sua reação extrema impediu de fazer isso. Ele
ficou desapontado, mas só até que ela explicou. Em seguida,
ele ficou exaltado.

A porta se fechou atrás deles e Lucien se virou para a


mulher.

— Eu sou Kitty, — disse ela na sua voz sussurrada.

Lucien a olhou por um momento, em seguida, deu a


sua honesta, opinião imparcial.

— O é que um nome perfeitamente ridículo.

Ela piscou tanto em surpresa e ele notou


imediatamente, estupidez. Ela não tinha ideia se ele estava
falando sério ou brincando e pela forma como as engrenagens
se mexiam por trás de seus olhos azuis, levaria muito mais
tempo do que pretendia gastar com ela para ela descobrir
isso.

— Venha aqui, — ele ordenou e ela parou o esforço


taxativo de pensar e moveu-se para frente.

386
Quando ela estava a centímetros de distância, ela
inclinou-se, ficando na ponta dos pés.

— Você deve saber que eu vou fazer o que quiser. —


Ela hesitou e deu-lhe um pequeno eficaz, mas, obviamente,
praticado olhar sedutor antes de sublinhar: — Qualquer
coisa.

— Se você vai fazer qualquer coisa, então por favor,


faça-me o favor de não falar. — Ele deu-lhe um olhar
altamente eficaz completamente diferente antes de sublinhar:
— Em tudo.

Ela piscou novamente, confusão enchendo-lhe a cara e


aproximou-se de Lucien.

Em menos de um segundo, ele a tinha em seus braços,


sua língua atacou seu pescoço, puxou-lhe cabeça para trás
através de seu longo cabelo. Em seguida, ele rasgou-a, seu
sangue jorrando em sua boca.

Ele cheirou a excitação dela imediatamente.

Não aplacava a dor em sua barriga ou o latejar que


sentia em seu pênis.

Sua cabeça rolou para trás, dando-lhe um melhor


acesso e abriu a sua própria ferida dando-lhe mais sangue,
algo que ele estava certo que também era praticado.

Seus braços começaram a ir em torno dele e ele


levantou a cabeça, sem lhe acariciar a ferida com a língua

387
para parar o sangramento. O sangue escorria pelo seu
pescoço, manchando seu vestido.

— Não me toque, — ele rosnou. Seus olhos se


encontraram e ele viu a sua incerteza, antes de sua boca
voltar para a ferida.

Ele se alimentou além do que teria sido saudável para


Leah que estava no início de seu arranjo, mas onde ele sabia
que poderia ir com esta mulher. Ela ia regenerar até à
próximo convite para O Covil, aberto a alimentação para
qualquer pessoa.

Em seguida, ele passou a língua ao longo da ferida, o


sangramento parou e a pele começou a cicatrizar. Seus
braços caíram longe dela, ela caiu de joelhos na frente dele e
ele encaminhou-se para a porta.

— É isso? — Ela sussurrou, suas mãos alcançaram-no


pelos quadris, a cabeça inclinada para trás, os olhos
suplicantes, sua necessidade desesperada de serviço Lucien
em mais do que apenas a alimentação escrita por todo o seu
rosto.

Seus olhos caíram para seu decote e seu corpo


respondeu, apesar de seus pensamentos.

Ele tinha abusado dela. Mesmo com os mortais numa


festa, ele tinha boas maneiras. Inferno, mesmo com Wats e
Breed ele tinha boas maneiras.

388
Foi Leah e sua frustração com ela que o fez descarregar
nesta criatura e foi imperdoável.

Portanto, seu tom de voz suavizou quando ele


perguntou:

— E o que você gostaria, bichinho?

Seus olhos foram para suas calças depois de volta para


cima. — Qualquer coisa que você queira dar, — ela respirou.

Lucien pensou em Leah, em sua teimosia e nas


prováveis semanas de tortura à frente para os dois.

Lucien era um vampiro. Vampiros nem sequer deviam


fidelidade aos seus companheiros, outra frustração que
Lucien teve com Katrina, certamente não com as suas
concubinas cabeça de mula.

Então ele tirou a jaqueta.

— Levante-se e tire o vestido, — ele ordenou.

Na mesma hora, ela fez o que lhe foi dito e Lucien ia


voltar a Leah muito mais tarde do que ele tinha inicialmente
planejado.

*****
Era uma hora da madrugada, quando ele chegou em
casa.

389
Ao entrar na cozinha, ouviu a televisão e viu as luzes
piscando vindo da sala.

Foi nessa direção, entrando na sala, viu um filme que


ia até tarde da noite, baixou o volume.

Leah estava dormindo no sofá deitada de lado, com as


mãos em posição de oração debaixo do seu rosto. Ela estava
usando um par de calças de pijama com padrão de cores
suaves misturadas com tons pastéis brilhantes com uma
camisola apertada de um azul ovo de pisco, uma das cores da
calça.

Ela parecia inocente e adorável, o que ela era uma


parte do tempo, inocente, apenas em seu sono.

Na mesa de café e pelo chão estavam os restos do que


tinha sido uma orgia alimentar. Pipoca de micro-ondas, sacos
de batatas fritas abertos, biscoitos, embalagens de doces e
um pequeno pote de sorvete, meio comido e agora totalmente
derretido.

Lucien não era de gostar de junk food, exceto, como


esta noite, em uma festa.

Uma deliciosa, sobremesa finamente trabalhada, sim.

Uma orgia de salgados de gorduras quimicamente


saturadas e doces que induziam ao coma diabético, nunca.

390
Ele decidiu que teria uma palavra com ela mais tarde
sobre isso, se ele encontrasse o momento certo, o que
provavelmente seria na próxima década.

Levantou-a e, como tinha acontecido na noite passada,


ela não acordou. Ela simplesmente se encostou nele, sua
têmpora em seu ombro e a testa pressionada em seu pescoço.

Ele andava com a lentidão de um mortal, tendo o


tempo para saborear o cheiro dela. Seus olhos se moveram
sobre seu perfil, seus braços abraçaram seu corpo mole mais
perto, desfrutando de tudo o que era seu, depois de ter a sua
dose, várias vezes, da sua parenta pobre nesta noite. Isto
reforçou sua determinação de ser muito mais paciente,
enquanto ele a fazia compreender e a domesticava.

Com cuidado, ele puxou as cobertas e colocou-a na


cama. Rapidamente tirou a roupa, ele se juntou a ela.

Então ele fez o que ele decidiu fazer no carro a caminho


de casa. Iria, pensou, deixar Leah infinitamente mais
agradável.

Sem adiar mais, suas mãos procuraram-na, uma no


peito, a outra foi direto em suas calças de pijama. Sua boca
foi para a pele do seu pescoço abaixo da orelha e ele a provou
com sua língua.

Seus dedos trabalharam e ela acordou em um baixo


gemido,

391
— Lucien? — Ela sussurrou, sua voz sonolenta e doce e
totalmente clandestina.

— Sim, querida.

Ela respirou fundo, seu corpo se acalmou em seguida,


contraiu como se para fugir.

Ele esperava por isso, manteve-a onde ela estava e


continuou a trabalhar nela.

— Lucien! — Ela retrucou, um tom de voz, ele não


tinha ouvido antes.

Sua mão em seu peito subiu para a sua mandíbula,


virando-lhe a cabeça quando ele levantava a sua. Ele tomou
sua boca em um beijo, sua língua deslizou para dentro
enquanto seu dedo deslizou dentro dela.

Deus, ela sabia e sentia-se magnífica.

Nesse momento ele decidiu, não importava a


frustração, ele não tomaria outra refeição, ou qualquer coisa,
fora de Leah por algum tempo.

Talvez anos.

Para sua surpresa, a cabeça recuou para os


travesseiros, a fim de quebrar o beijo.

Era raro ela quebrar um beijo. Muito raro. Ela era


geralmente tão faminta como ele nessa conexão. Ainda mais.

392
Seus lábios se separaram, seus olhos estavam
arregalados e ele assistiu-os incendiar com uma intensidade
que nunca tinha visto antes nela que também era
surpreendente. Ela não mascarava suas reações e ela era
extremamente apaixonada.

— Você... — ela começou e ele retirou o dedo,


encontrou-o, exerceu pressão e circulou.

Ela parou de falar, seu rosto se suavizou e seus olhos


se atordoaram.

— É isso aí, querida, — ele murmurou, com a boca


capturando a dela, a cabeça recuou novamente, mas ela
empurrou seus quadris em sua mão. Ele desistiu do beijo,
optando por algo mais íntimo. Ele moveu os lábios à
garganta, varrendo sua língua contra sua pele, em seguida,
mordeu-a ali, uma pequena ferida aberta, mas o sangue não
fluía.

Ele teve que chupar. O que ele fez.

Ela gostou, como ele sabia que ela faria.

Ele ouviu seu gemido e seu corpo derreteu à volta do


seu. Ele puxou o sangue para fora da pequena ferida,
aumentando sua excitação em incrementos medidos,
controlados. Sua mão voltou para o seu peito, os dedos
rolando o mamilo e sua cabeça caiu para trás de seu ombro.

Ele sabia que ela era a sua quando ela começou a


balançar os quadris, montando sua mão.

393
Ele sentiu seu pênis crescer duro em seus movimentos,
sua mente cheia com visões dele montando-a e,
alternadamente, e não menos agradáveis visões dela a monta-
lo.

Ele cuidadosamente abriu a ferida ainda mais e puxou


mais profundamente seu sangue.

Ela engasgou, seu corpo endureceu, ele deslizou um


dedo dentro, em seguida, um outro, ambos acariciando
profundamente durante todo o tempo e o polegar circulando
ela. Seus quadris estavam se movendo em desespero, sua
respiração ofegava.

Sua língua envolveu a ferida e ele levantou a cabeça


para ver o rosto dela. Ele queria ver o seu clímax.

Não se decepcionou.

Seu pescoço arqueado graciosamente, o rosto corado


com primor, fechou os olhos lentamente e os lábios
entreabertos em um gemido silencioso enquanto a sua
bainha fechada quente e molhada apertava em torno de seus
dedos profundamente dentro dela.

Deus, ela não era simplesmente magnífica. Ela era tão


impressionante que ele parou de respirar, sentindo em seu
interior, pulmões e pênis, observando-a vir.

Ele empurrou seu orgasmo ainda mais com o polegar.


Seus dedos lhe rodearam o pulso em sinal de protesto, em
seguida, ela suspirou novamente e um arrepio a atravessou.

394
Ele parou seus movimentos, cobrindo o peito com uma
das mãos, e com a outra parando o polegar, mas permitindo-
se a manter os dedos dentro dela. Ela tremeu uma vez, de
novo, mais uma vez, antes que ela se acalmasse, seu corpo
apoiando-se fortemente contra o dele.

Ele abraçou-a, com o rosto no cabelo da parte de trás


de sua cabeça, ouvindo seu coração acelerado acalmando e
respirando o cheiro dela, deixando se consumir pelos
sentidos.

Depois de um tempo, a mão esquerda de seu peito e


enrolou em torno de seu estômago, puxando-a para mais
perto enquanto seus dedos deslizaram lentamente fora dela e
ele segurou-a entre suas pernas.

Ele levantou a cabeça e tocou os lábios na ferida, agora


rosa.

— Como você está se sentindo, bichinho? — Ele


murmurou.

Ela não se moveu ou falou.

Ele levantou a cabeça para olhar para seu perfil. Seus


olhos estavam fechados, a cabeça ligeiramente inclinada para
frente.

— Leah? Você está dormindo?

Quando ela falou, ela não abriu os olhos e sua voz era
ao mesmo tempo muito tranquila e completamente morta.

395
— Você fez isso comigo e eu posso sentir seu perfume
em sua pele. — Seu corpo congelou e ela continuou falando.
— E quando você me beijou, eu podia sentir o sangue dela na
minha boca.

— Leah...

Ela o cortou.

— Você me forçou para fora da minha casa e da minha


vida. Você me fez deixar meus amigos e meu trabalho.
Durante minha iniciação você me causou mais dor do que eu
já senti na minha vida. Você controlou minha mente e meu
corpo. Você me humilhou. Hoje, você traiu a minha
confiança. Hoje à noite, você me traiu.

— Leah...

— Você ganhou, — ela sussurrou em sua voz morta. —


Eu não posso lutar com você, Lucien. Você ganhou.

Lembrando seu juramento de ser paciente com ela, ele


rolou para suas costas e se levantou sobre um cotovelo para
obter um melhor olhar para ela.

— Você não entende a maneira do meu povo,


bichinho...

Ele parou de falar quando ela fechou os olhos


lentamente, em um gesto de derrota que parecia sujo quando
feito por Leah.

396
— Por favor, dê-me uma coisa. Apenas uma. — Ela
abriu os olhos e ele ficou alarmado ao ver que eles estavam
mortos também. — Não me chame de bichinho e por favor,
nunca, nunca mais me chame de amor.

— Leah...

— Posso voltar a dormir? — Ela perguntou com


genuína, não falsa, consideração.

Apesar de seu voto anterior, seu temperamento cresceu


e com ele o sentimento que ele teve quando viu sua lingerie
descartada.

— Leah, eu estou no meu direito de assistir a uma


festa.

Ela virou a cabeça e olhou por cima do ombro.

— Eu sei que você está. Claro que você está, — disse


ela, cansada. — Você está no seu direito de fazer qualquer
coisa.

Ele decidiu tentar uma tática diferente e sua mão se


moveu para a sua mandíbula.

Gentilmente, ele disse:

— Eu queria dar-lhe algo esta noite, querida.

Quando ele levantou a sua ternura, ela estremeceu,


sacudindo a cabeça, como se a tivesse atingido.

397
Nesta reação, o sentimento estranho, vil foi
ultrapassando a paciência e ele não gostou. Parecia dor.
Torcendo, dor em queimação que foi crescendo rapidamente.

Ele perdeu a o controle em sua paciência, mas segurou


firme a raiva. Se ele não o fizesse a dor começaria a ser
insuportável.

— Leah, maldita seja, olhe para mim.

Sem hesitar, ela o fez.

— Nós precisamos falar sobre isso, — continuou ele.

Ela balançou a cabeça e perguntou:

— Por quê? Prometo ser boa, fazer o que você pedir.


Qualquer coisa que você quiser, eu vou fazer. Não é isso que
você queria?

Não, não era o que ele queria porra.

Ele queria a sua confiança, a aceitação de seu poder, o


seu domínio, não para exercê-lo contra ela, mas para usá-lo
para mantê-la segura, protegida, nutrida, prosperando.

— Você não entende, — ele disse a ela.

— Você quer que eu entenda? — Perguntou ela.

— Sim.

Seus olhos travados nos seus, os dela ainda estavam


sem vida.

398
— Então é claro que eu vou ouvir. O que você quiser,
Lucien.

Raiva cega puxou por ele. Naquele momento, ele não


sabia se ele estava furioso com Leah ou consigo mesmo. Isso
misturado com a bizarra, dor torcida, precisou de todos os
esforços para não rasgar o quarto ao meio.

Ele a viu esperando ansiosamente e puxou a respiração


pelo nariz.

Ele sabia que não tinha o controle para lidar com isso
esta noite. Ele precisava buscar calma e lidar com isso de
forma racional e não quando ele queria jogar a sala através
da janela.

— Falaremos sobre isso amanhã.

Ela assentiu com a cabeça e perguntou:

— Você se importa se eu voltar a dormir?

Ele puxou outro fôlego em suas narinas, tentando


manter um rígido controle sobre seu temperamento, o que,
felizmente funcionou.

— Você não tem que me pedir para dormir.

Ela assentiu com a cabeça novamente, sussurrou:

— Tudo bem, — em seguida, rolou para o lado dela,


colocando as mãos sob sua bochecha novamente e fechando
os olhos. — Boa noite, Lucien, — disse sobre o travesseiro.

399
Seu domínio sobre seu temperamento escorregou e ele
rosnou. Seus olhos se abriram e sua cabeça começou a torcer
para olhar para ele, mas ele enterrou o rosto em seu pescoço
enquanto seus braços apertaram ao redor dela.

— Você desfaz-me, bichinho, — ele murmurou lá,


buscando consolo em seu corpo quente, macio, qualquer
coisa que pudesse subjugar a dor da torção.

Sentiu-a ainda ficar quieta antes de ela relaxar em


seguida, suavemente, ela admitiu:

— Eu não sei se eu posso refazê-lo.

Suas palavras eram tão absurdas, apesar de sua raiva,


ele sorriu em seu pescoço.

Ela continuou falando.

— Mas eu acho que para refazer você, eu teria que


descobrir como me refazer e esse navio finalmente navegou.

O sorriso dele morreu e a cabeça dela inclinou para a


frente, não para recusar-lhe acesso ao seu pescoço, mas para
dormir.

— É o melhor, — ela sussurrou enquanto ele levantou


a cabeça para lhe ver o rosto cansado. — Eu estava sempre
deixando todo mundo louco com os meus defeitos de
personalidade. Tia Kate vai ficar feliz.

Suas palavras fizeram a dor em queimação se


intensificar consideravelmente.

400
— Leah, pare de falar, — Lucien ordenou.

— Tudo bem, — disse ela, em seguida, seus olhos se


abriram e para o lado e ela disse: — Isso é falar. Desculpe.
Não, quero dizer... desculpe! — Em seguida, ela apertou os
lábios e virou o rosto no travesseiro.

Lucien não sabia se ria ou se gritava.

O que ele sabia era que Kitty tinha sido uma ideia
muito ruim.

Instalou-se atrás dela, puxando-a mais perto do seu


corpo, algo que ela não resistiu, e pressionou seu rosto em
seu cabelo grosso e macio.

Ele pensou que Leah tinha sido quebrada antes e ele


estava errado. Ele tomou uma respiração profunda ao decidir
que ele ia ver o que o amanhã iria trazer.

Quando ele soube que ela estava dormindo, ele se


afastou cuidadosamente de modo a não a acordar e tomou
um banho.

401
Capítulo Doze

O Entendimento

Acordei e praticamente não vi nada, além do peito


definido de Lucien. Isso foi porque meu rosto estava
descansando contra seu peitoral. Como eu dormi abraçada
com ele assim, eu nunca saberia. Eu não era esse tipo de
garota. Memórias da noite anterior e ontem inundaram o meu
cérebro, mas, independentemente da dor ou talvez por causa
dela, automaticamente cheguei mais perto de seu calor duro.
Ontem, depois de tomar um banho longo, muito frio e só
depois de parar de quebrar tudo quebrável que eu pudesse
encontrar, então eu me encontrei em uma casa enorme
divagando sem nada para fazer. Eu tinha terminado o único
livro que eu trouxe comigo. Não havia ninguém. Telefone.
Chaves do carro. Não havia livros. Nem internet. Sem limpeza
para fazer. Sem roupa para lavar ou passar.

Nada.

Percebi tarde demais que eu deveria ter pedido a


Edwina para comprar algumas revistas. Eu só tinha a
televisão e os meus pensamentos e eu não queria gastar
tempo com qualquer um deles.

402
Evitei a televisão, pois eu sabia por experiência (com
grandes quantidades de experiência) que raramente havia
qualquer coisa interessante. Além disso, eu geralmente comia
demais quando me sentava na frente da TV, então eu tomei a
decisão de dar um passeio.

Esta foi uma ideia muito estúpida, principalmente


porque eu esqueci meu velho iPod. Não havia nada a fazer.
Com preguiça de voltar, eu continuei e, me ocorreram
algumas coisas enquanto eu caminhava.

Por exemplo, o fato de que Katrina tinha marcado


Lucien, tinha ficado registrado em mim, mas, olhando bem,
os arranhões eram feios e selvagens. Sua pele tinha sido
rasgada. Katrina tinha poder e velocidade.

E ela não tinha ficado de forma alguma chocada com a


sua luta. Era assim que acontecia o tempo todo.

Mesmo que Lucien, — tentasse reagir, essa não foi a


primeira vez. Ele sempre tentava.

E muito.

E Katrina não hesitou em atacar.

Katrina tinha atacado Lucien, e não o contrário.

Ela também tinha me atacado, Lucien tinha me


protegido contra ela (facilmente), mas isso o enfureceu muito.

Eu tinha um monte de más qualidades. Eu odiava as


pessoas que estavam me julgando. Eles eram as piores.

403
Mas eu temia que eu tivesse ficado com Lucien.

Independentemente das palavras de Katrina, ficou


claro que Lucien não estava enviando seus — papéis de
demissão — (não foi difícil descobrir o que significava
Separação) por causa de mim, mas por causa de algo que
vinha acontecendo há muito mais tempo.

E, não importa o quanto eu tentei pará-lo, sua voz


profunda dizendo que o amor era um cobertor que nos
mantém quente manteve jogando mais e mais na minha
cabeça.

Ele disse que tinha lido isso em algum lugar e gostava


da citação ou era como se ele estivesse simplesmente
explicando como ele achava que o amor deveria ser. Ele disse
como se ele estivesse sentido isso antes, como se soubesse
que era verdade.

Isso me fascinou, me assustou e, por alguma razão, me


deixou muito triste, porque quem lhe ensinou a lição não fui
eu foi Katrina.

A casa que Lucien me deu era cercada por bosques,


exceto por um enorme quintal, jardim impecável e a piscina
(sim, piscina, com uma pequena casa com piscina, não
menos). Durante minha inspeção do dia em que cheguei, eu
notei um caminho que levava para a floresta e eu o peguei.

Ao perceber que eu era uma pessoa crítica e que eu


provavelmente devia ao Lucien um poderoso pedido de

404
desculpas, segui o tortuoso caminho no bosque que levava
para um lago.

E que lago.

Era enorme. O dia estava quente e ensolarado, uma


brisa suave soprava, mas não ondulava a superfície vítrea da
água que refletia as colinas arborizadas em torno dele
subindo para o céu azul, sem nuvens.

Era lindo.

Havia grandes e belas casas nas colinas com caminhos


ou degraus que levavam até a água. Não eram muitos deles.
Contei cinco.

Eu podia ver na parte inferior do caminho um grande,


cais, resistente. Não frágil e malconservado, claro que não.
Era o tipo de píer que você amarraria um barco a (ou um
pequeno iate).

Saí ao fim do cais e me sentei ao sol, olhando para a


beleza tranquila do lago, pensando se Lucien, dava tais locais
de luxo para todas as suas concubinas. Se ele o fazia, isso
devia custar-lhe uma fortuna Ele tinha que ter dezenas de
concubinas ainda vivas.

De qualquer maneira, isso não mudava o fato de que


ele tinha previsto isso para mim.

— Estou tão errada, — disse ao lago.

O lago, não surpreendentemente, não tinha resposta.

405
Sentei-me olhando para a água e tentei não pensar no
Gentil, Generoso Lucien ou o fato de que, com toda a justiça,
eu deveria aceitá-lo. A Lista “Porque eu gostaria de Lucien”
mesmo que fosse apenas uma pequena lista secreta, à prova
de fogo. Eu também tentei não pensar em minhas muitas
características ruins.

Ser concubina de um vampiro era o legado de minha


família. Era o seu negócio, por assim dizer, e tinha sido por
500 anos. Na verdade, essa prática toda vinha acontecendo
há séculos e as pessoas gostavam. Era seu modo de vida.

Quem era eu para contrariar a tendência?

O dinheiro do Cosmo tinha mantido minha mãe, irmã e


eu vestidas, alimentadas e abrigadas bastante bem, eu tinha
que admitir até Lana e eu mudarmos. Lana e eu
compartilhamos o mesmo pai ou, devo dizer, nós
compartilhamos o mesmo pai. Nosso pai, do pouco que eu me
lembrava, bebia muito, gritava muito e foi expulso por minha
mãe apoiada pelo arsenal de minhas tias. Então ele enviou
cartões de aniversário no primeiro par de anos antes de
desistir. Eu não o tinha visto desde que eu tinha seis anos.

Cosmo ainda mantinha minha mãe em manicures,


pedicures, uma casa estilo rancho de três quartos, bolsas de
grife e almoços regados de Martini com as minhas tias.

Eu deveria ter lhe agradecido quando eu o conheci,


mas fui fria com ele.

406
E então houve Lucien.

Bem, é claro que ele era patologicamente controlador e


um pé no saco, mas quando ele não estava sendo essas duas
coisas ele era outras coisas. Eu não pude deixar de pensar
sobre a maneira como ele foi comigo quando eu estava
bêbada (antes de me tornar uma idiota, apresso-me a
acrescentar) e do jeito que estava na festa (e ele nunca se
tornou um idiota).

Na verdade, quando ele não estava sendo um idiota,


controlador ou um pé no saco, ele olhou para mim...

Ele olhou para mim...

Oh inferno, ele olhou para mim como se eu fosse vida.

Como eu era bonita. Como eu estava sexy seja lá o que


fosse, mas Lucien olhou para mim dessa maneira. Como eu
era engraçada, interessante e que ele não sabia o que eu iria
fazer em seguida, mas o que eu fiz, ele estava apreciando e,
no entanto, ele estava olhando para a frente.

Ele estava olhando diretamente para mim.

Ninguém nunca olhou diretamente para mim.

Eu mal podia crer.

Eu passei anos procurando um cara que iria me


manter longe da vida de concubina. Não havia muita coisa
que eu soubesse antes da minha seleção e eu não sei muito
mais agora. Uma coisa que eu sabia era que vampiros não

407
poderiam convidar os não iniciados para uma seleção, se os
não iniciados estivessem em um relacionamento com um
mortal.

Eu, tive a certeza que eu estivesse em um


relacionamento maior parte do tempo.

O que significava que eu tinha estado dentro e fora de


relacionamentos desde que me tornei elegível para a minha
primeira Seleção aos dezoito anos.

No desespero, porque eu não gosto de pensar que eu


era idiota, mas que era o mais provável o, eu tinha escolhido
todos os caras errados. Justin, o último, foi o mais errado de
todos. E eu fiquei com eles mais do que devia, a fim de
manter-me segura.

Talvez, apenas talvez (e eu não estava colocando um


monte de “talvez”), eu estivesse errada.

O que significava duas coisas.

Primeira, eu tenho que pedir desculpas a Lucien por


ser uma cadela em meu julgamento. Segunda, eu teria que
pedir-lhe para acelerar suas instruções para que eu
entendesse mais sobre a vida a qual que estava destinada.

Então eu tomei minha decisão.

A única coisa que eu sabia era que, todavia, apesar de


estar entre Lucien e eu, não ia deixar ele me quebrar.

Eu o encontraria no meio do caminho.

408
Se ele não estivesse disposto a fazer isso, então nós
estaríamos de volta à estaca zero.

Obviamente, mesmo a tranquilidade do lago não me


impediu de pensar em Lucien.

Eu me levantei e caminhei de volta para o caminho.


Quando cheguei à casa, eu fiz a marinada, com os peitos de
frango e coloquei na geladeira.

Então eu decidi passar o resto do dia afogando minhas


mágoas na comida e entorpecendo minha mente com a
televisão.

Minha visão desfocada clareou e vi no peito de Lucien,


que as marcas de arranhões de Katrina foram completamente
curadas, ficou definido novamente como meus pensamentos
se voltaram para a noite passada.

Por que eu tinha que ter aquela reação ao vê-lo


alimentando-se de outra pessoa, cheirando o perfume dela,
eu não sei. Mas não havia como negar isso. Eu fiz.

Em todos os sentimentos de ódio que eu tive nas duas


últimas semanas, tendo Lucien me tocando enquanto ele
cheirava e tinha o gosto de outra mulher foi de longe a pior.

Porque doía. Doía. Demais.

Eu sabia que não deveria, eu não tinha nenhum direito


sobre ele.

409
E eu consegui isso então. Eu entendi. Eu soube então
por que havia sempre está pitada de tristeza nos dos olhos da
minha mãe. E eu sabia que no minuto em que ele me disse
que eu não entendia a maneira de seu povo que eu não
poderia viver está vida.

Não como Leah Buchanan.

Eu teria que ser um Buchanan da família de


concubinas de vampiros. Não impaciente, não mal-
humorada, não teimosa, não imatura, não qualquer coisa que
eu era.

Eu tenho que ser a perfeita concubina, obediente como


minha prima chata. Myrna.

Pelo que poderia levar anos, eu ia ter boas maneiras

— Eu disse para Myrna.

E isso fedia total e completamente.

Mas, eu disse a mim mesmo, eu poderia viver com isso


na bela casa, perto do belo lago com as minhas roupas
bonitas e, devia dizer, com Lucien me dando
incompreensíveis, orgasmos incríveis, e a noite passada foi
incrível, eu tinha que admitir, foi sublime.

E ele faria tudo o que quisesse fazer, o que ele faria de


qualquer maneira.

Então ele me liberaria e eu poderia partir.

410
Mas não com tristeza. Ele não ia conseguir me fazer
gostar dele (ou pior) e depois me quebrar dessa maneira.

Eu nem sabia se eu gostava da dor de tê-lo me


tocando, fazer o meu corpo sentir como se estivesse vibrando
com a vida, o seu grande calor, em torno de mim, me fazendo
sentir preciosa, frágil e, acima de tudo, segura enquanto eu
ainda podia sentir o cheiro dela e sentir o gosto dela o que era
ruim o suficiente.

Se eu realmente gostava dele, eu estaria realmente


ferrada.

Felizmente, eu não gostava dele por isso esperava estar


segura.

Foi então que a sua mão, que estava acariciando meu


quadril afastou-se e tocou meu cabelo.

— Você está acordada, meu bichinho? — Ele perguntou


com uma voz sexy, áspera, sonolenta.

Eu tentei não tremer e não consegui. Eu também tentei


não o deixar me chamar de “meu bichinho” eu senti meu
coração acelerado e eu falhei novamente. Então eu tentei
lembrar se ontem à noite ele chamou meu nome, ou de meu
bichinho e não consegui.

Eu balancei a cabeça, meu rosto deslizando contra sua


pele. Sua mão agarrou no meu cabelo e ele deu-lhe um puxão
suave. Eu olhei para ele e seus olhos encontraram os meus.

411
— Estou com fome, — ele murmurou.

Ele não estava falando de ovos e bacon para o café da


manhã, portanto, eu senti uma onda de calor entre as
minhas pernas e os meus mamilos contraíram.

Seus olhos brilharam e ele sussurrou:

— Venha aqui.

Eu sabia o que ele queria dizer. Eu deslizei para cima,


meu corpo roçando no dele então seu outro braço veio e me a
agarrou, me puxando para cima ainda mais e me puxando
para cima dele, então eu estava por cima.

Sua mão guiando minha cabeça, meus lábios o


tocaram e ele me beijou.

Fechei os olhos e, de repente, eu queria


desesperadamente chorar.

Ele realmente beijava bem, mas este não era o meu


plano. Este foi um beijo doce e suave, de manhã o que era
bom e maravilhoso.

Foi então que eu comecei a ver as falhas em meu novo


plano.

Seus lábios viajaram para a minha bochecha, até a


minha mandíbula, em seguida, para o meu pescoço. As
minhas pernas se moviam sem descanso, um calor vibrou
através do meu sistema.

412
Sua mão na minha cintura deslizou até meu ombro,
sobre ele, em seguida, usando apenas o dedo do meio para
me tocar em uma carícia suave sussurrando, lentamente,
lentamente inacreditavelmente, ele viajou pelo meu braço. Eu
senti um frio na barriga crescente na minha pele e era tipo
muito bom.

— Você quer que eu te faça gozar enquanto eu me


alimento? — Ele murmurou contra o meu pescoço e a
resposta a isso foi um grande e velho sim. Mas eu não podia
acreditar que ele estava me perguntando.

Era algum tipo de teste?

— Podemos ver como vai ser? — Eu perguntei e minha


voz soou ofegante.

Sua mão no meu cabelo puxou minha cabeça para trás


para que ele pudesse olhar para mim. Os dedos da outra mão
enrolada em volta do meu pulso ele estudou o meu rosto,
seus olhos pensativos e talvez até um pouco desconfiados.

— Se for isso que você gostaria, — respondeu ele e eu


comecei a acenar com a cabeça quando ele continuou, num
sorriso bonito, — mas eu sei como isso vai.

Ele não esperou que eu respondesse. Sua mão levou


meu pulso a sua boca, enquanto ele mantinha os olhos
presos nos meus. Senti sua língua como um chicote contra o
meu pulso de uma forma que era tão sensual, que minha
respiração ficou presa.

413
Seus longos dedos deslizaram para baixo, curvando em
minha palma, superando minha mão na sua muito maior.
Sua boca se moveu e tudo que eu sentia era o fluxo, quando
ele começou a se alimentar.

É impossível explicar quão bonito este sentimento era.


Se eu não sentisse isso, eu não acreditaria. Talvez tenha algo
a ver com dar a um outro seu sustento, alimento, vida. Talvez
tenha sido bloqueado por lábios e chupões. Talvez fossem
corpos se tocando e outras conexões, tanto físicas quanto
emocionais, muito íntimas.

Fosse o que fosse, me senti muito bem.

Seus olhos negros me mantiveram cativa e ele tirou o


meu sangue em sua boca e eu me contorcia, me incendiava a
necessidade transformada em fome.

Eu vi sua língua varrer minha pele e, em seguida, ele


soltou a minha mão. Eu não poderia ajudá-lo, senti-o e ouvi o
miado de queixa escapar da minha garganta.

Ele sorriu, me rolou para longe e sua mão foi para o


cordão no meu pijama.

— Eu decidi que eu quero que você goste enquanto eu


estou me alimentando. — Ele disse isso como se fosse algum
tipo de desafio.

Eu estava bem com isso. Muito bem.

— Ok, — eu sussurrei.

414
Seu sorriso se tornou um sorriso arrogante.

Ele abriu os botões e minha calça e calcinha foram


embora em um piscar de olhos. Ele me puxou para cima dele,
puxando os meus joelhos então eu estava montado nele com
tudo aberto e a mostra, eu senti um desconforto extremo
nesta exposição.

Por cerca de dois segundos.

Então, ele estava me beijando e sua mão estava entre


as minhas pernas.

Esse beijo foi um duelo voraz, tanto que significava


que, estranhamente, ambos estávamos nos dando.

Então eu não pensei em nada e tudo o que eu sentia


era muito bom.

Sua boca foi para o meu pescoço. Senti sua língua e


minha própria boca estava formigando.

Então, ele estava se alimentando e seus dedos estavam


dentro de mim, seu polegar me manipulando e construindo
rapidamente. Meu coração começou a tropeçar, cantando o
sangue em minhas veias. Minha cabeça inclinada para trás
para lhe dar melhor acesso, meus quadris balançavam em
sua mão exigindo mais do que ele estava me dando e tudo
isso era bom.

E eu fui chegando rapidamente, muito rápido e, antes


que acontecesse eu sabia que ia ser avassalador.

415
Mas não foi. Ele estava me consumindo.

Meu clímax não foi como nada que eu já tinha sentido


antes. Foi além da beleza. Melhor do que mesmo na noite
anterior.

Engoli em seco, em seguida, parei de respirar, meu


pescoço arqueou para trás, meus quadris roçando em sua
mão enquanto ele me bateu em uma onda de pura perfeição,
os meus dedos enrolaram, os meus seios incharam, felicidade
gemendo de satisfação.

Senti sua mão em meu cabelo na minha cabeça, mas


eu não sabia se ele assistiu até o prazer ir diminuindo abri
meus olhos desorientada.

— Linda, — ele sussurrou, seu olhar suave no meu


rosto.

Sim, havia definitivamente falhas em meu plano.

Então eu não tenho que olhar para o seu belo rosto me


olhando com tanta atenção, extasiada, dei um puxão suave
contra seus dedos no meu cabelo. Eu não tentei fugir, mas
estava liquidada em cima dele, minha testa em seu pescoço
enquanto sua mão se movia cuidadosamente por entre as
minhas pernas e os dois braços me rodeavam.

— Gostou querida?

Claramente, ele não ia me fazer o favor de não me


chamar carinhosamente.

416
Eu decidi deixar isso ir e ele assentiu. Quer dizer, a
resposta era óbvia.

— Bom, — ele murmurou enquanto seus braços me


apertavam.

Ocorreu-me que o meu corpo estava exposto e eu não


gostei muito um nano segundo antes que ele me rolasse para
minhas costas, puxando as cobertas sobre nós dois.

Ele colocou a cabeça na mão, o cotovelo no travesseiro


e jogou o peso e estava descansando ao meu lado, mas ele e
eu estávamos emaranhados com as pernas pesadas em mim.
Eu olhei para ele e sua outra mão surgiu, com os dedos
enrolando em volta do meu pescoço, o polegar acariciando
contra a ferida agora dormente.

— O que você gostaria de fazer hoje? — Ele perguntou


em voz baixa.

Seus olhos estavam tanto lânguidos e alertas, como se


ele tivesse gostado do que acabou de acontecer, mas ele
precisava ser preparado para o que aconteceria em seguida.
Eu pensei que era estranho, mas eu estava focada em sua
pergunta.

Lucien estava me perguntando o que eu queria fazer


hoje? Era este outro teste?

Claramente, eu tinha passado no último, mas eu não


queria tentar a minha sorte. Eu sempre fui terrível com os
testes.

417
— Eu não tenho certeza, — eu respondi. — Quais são
as minhas opções?

Sua resposta foi imediata.

— Qualquer coisa que você quiser, desde que isso me


inclua.

Nenhum homem faria qualquer coisa que uma mulher


quisesse. Ele poderia dizer que então teria você, de alguma
forma acabando bebendo cerveja, comendo hot wings3 e
assistido a um jogo em um bar, onde as garçonetes usavam
shorts curtos e tops apertados.

— Um.... Eu pensei sobre isso, meus olhos deslizando


para o lado. Senti seu corpo em movimento e meus olhos se
voltaram para ver que ele estava rindo silenciosamente, seus
lábios se inclinado para cima em um sorriso atraente. — O
que é engraçado? — Perguntei em voz baixa.

Ele balançou a cabeça, não respondeu e ainda


sorrindo, ele repetiu:

— O que você quer fazer hoje?

— Eu não sei, — eu respondi.

— Qual é a primeira coisa que vem à mente?

— Hum...

— Leah, pense. A primeira coisa.

3
Asas de Frangos temperadas fritas, servidas como apertivos

418
— Hum...

Sua voz mergulhou baixa, sensual e divertida, uma


combinação eficaz.

— Não é difícil, querida.

— Livros, — eu soltei e ele piscou lentamente.

— Livros?

— Sim, os livros, — eu respondi. — Minhas coisas não


estão aqui ainda e sem telefone ou internet ou uma casa para
limpar ou um carro e com Edwina fora, não havia muito a
fazer ontem. Eu não gosto de TV, e sempre que eu sento na
frente de uma eu começo a comer e como o meu estômago é
um poço sem fundo, então eu preciso de ir comprar alguns
livros.

Seu rosto mudou. A diversão fugiu, ele passou em


branco e me perguntei se isso era muita informação. Seus
olhos se afastaram e ficou olhando sem foco no meu
travesseiro. Isso teria estado tudo bem, exceto que eu vi
fechar-se e um de músculo saltou em sua bochecha.

Eu não achei que isso era bom.

Eu tinha esquecido momentaneamente que os homens,


em geral, não gostavam de fazer compras, mesmo sendo
livros. Grandes, maus, vampiros do sexo masculino,
provavelmente, não gostam de fazer compras.

419
— Nós não temos que comprar livros, — eu disse. Ele
me cortou e me assustou, dizendo: — Sinto muito, Leah.

Agora, espere um segundo.

Lucien estava arrependido? E ele admitiu isso?

Foi a minha vez de piscar.

Então, perguntei:

— O quê?

Seu rosto ficou mais perto e sua voz sussurrou quando


ele repetiu:

— Eu sinto muito.

Eu senti meu coração disparado no início e Lucien


também ou ele ouviu porque seus dedos tensos ficaram no
meu pescoço.

— Você sente muito sobre o quê? Eu sussurrei,


achando que eu estava tendo dificuldade para respirar e isso
foi porque eu queria ouvir o que ele diria em seguida.

— Me desculpe, eu te deixei sem nada para fazer


ontem. Eu estava com tanta raiva, eu não pensei caralho.

Eu não sabia o que eu esperava ouvir ou o que queria


ouvir, mas o que quer que fosse, não era isso.

Ainda assim, eu disse:

— Tudo bem.

420
Sua cabeça inclinou-se e tocou seus lábios nos meus
brevemente antes dele levantá-la novamente.

— Nós vamos pegar alguns livros, — disse ele em voz


baixa.

Eu balancei a cabeça.

— E eu vou ver se a banda larga será ativada amanhã.

Eu balancei a cabeça novamente.

— E, se você prometer que não vai tentar dirigir para o


Panamá, eu lhe darei as chaves do Cayenne.

Rapaz, eu devo ter passado no segundo teste também.

— Eu prometo que não vou dirigir para o Panamá, —


eu sussurrei.

Com olhos arregalados e ele disse,

— Bom.

— Eu não poderia de qualquer maneira, eu não tenho


minha carteira, — eu disse a ele. Seus olhos se arregalaram
novamente. — Ou, — eu continuei rapidamente, — um mapa
para o Panamá. Ele olhou para mim e eu continuei: — Você
pode realmente dirigir para o Panamá?

Ele me estudou por um momento, seu rosto se


suavizou e seus lábios tremeram.

Ok, então. Crise evitada.

421
Graças a Deus.

— Eu prefiro que você não descubra, — disse ele.

— Eu realmente não acho que eu quero, — eu


compartilhei. — O Panamá não é um dos meus preferidos
para fugir de uma localização vamp...

A contração do lábio aconteceu novamente e sua mão


passou da minha garganta para minha bochecha, em
seguida, seus dedos deslizaram para o cabelo para o lado da
minha cabeça.

Ele inclinou a cabeça mais fundo em sua mão e


perguntou:

— Qual é?

— Qual é o quê?

— O seu preferido para fugir de um local vamp...

Meus olhos se moveram para o ombro nu (isso foi um


erro, aliás, ele tinha um bom ombro, mas eu tinha poder
sobre ele),

— Eu não acho que é uma boa ideia lhe contar isso.

Seu corpo se movia quando sua cabeça se jogou para


trás e soltou uma gargalhada. Meio segundo depois, seus
braços estavam apertados ao meu redor e ele estava me
abraçando de novo, seu rosto se enterrava no meu pescoço.

422
— Provavelmente não, — disse ele contra o meu
pescoço, sua voz ainda tremenda de alegria.

Era hora para que isso terminasse. Eu poderia


facilmente encontrar coisas para colocar no meu “Por que eu
ia gostar de Lucien”, mesmo que fosse um pequeno cofre a
prova de fogo quando ele era assim.

Por exemplo, o quão bem ele me fazia sentir quando eu


o fazia rir.

E era isso, eu odiava admiti-lo, mas era inegável, eu


gostava quando ele me abraçava. Ele dava bons abraços,
apertados e quentes e com ele sendo tão grande, senti-me
confortável acolhedor e seguro.

— Eu acho que estou com fome, — eu disse no seu


ouvido e sua cabeça foi para trás.

Seus olhos ainda estavam contentes quando ele olhou


para mim e aquele olhar me tocou fundo.

Ele roçou a minha boca com a dele, afastou a menos de


uma polegada e descansou sua testa contra a minha.

— Vamos levá-la para a cidade, — ele murmurou.

Oh inferno.

Isso me tocou fundo também tudo isso, o toque na


boca, na testa e ele me levando para a cidade.

Porra, mas ele estava ficando parado lá.

423
Ele rolou por cima de mim, saiu da cama, mas puxou
as cobertas para não me expor toda.

Ele se inclinou, colocou os punhos em cima da cama de


cada lado de mim e disse:

— Tome seu tempo, querida. Edwina deve


provavelmente ter desaparecido. Vou ver o que posso fazer
sobre o café da manhã.

Então ele se foi, rapidamente para fora do quarto.

Olhei para o relógio e percebi que era quase meio-dia.


Então olhei para o teto. Então eu perguntei se Lucien faria o
café da manhã. Então eu percebi, desde que ele viveu
centenas de anos, durante um desses anos ele teve que
aprender a cozinhar. Pelo menos fazer torradas (ou algo
assim).

Então eu suspirei porque eu não podia escapar.

Se ele continuasse agindo assim, haveria uma grande


falha no meu plano.

Isso ia ser difícil. Muito, muito difícil.

Sorte para mim, que uma das minhas características


ruins viria a calhar. Eu era louca e teimosa.

— Eu posso fazer isso, — eu murmurei para o teto, não


querendo que Lucien viesse ouvir e esperando que eu não
estivesse mentindo para mim mesma.

424
*****
Eu estava no fogão deslizando grandes colheres de
gordura vegetal na frigideira, derretendo a gordura, que
atingiu o ferro quente. Como se considerando os muitos erros
que eu tinha cometido naquele dia e comecei a me preparar
para não cometer mais naquela noite.

Eu não descobri se Lucien sabia cozinhar. Mas eu


descobrir que ele poderia tostar pão e colocar a quantidade
exata de cream cheese, salmão defumado e alcaparras sobre
ele.

Enquanto comíamos nossos bagels e bebíamos o café,


nós não falamos. Este não foi um silêncio sociável, era
desconfortável ou pelo menos era para mim. Eu não sabia o
que dizer, já que eu não podia ser eu. E eu não sabia por que
Lucien não estava falando. E queria muito saber por que,
como, muito.

Tentei avaliar seu estado de espírito, mas não consegui.

O que eu sabia era que ele tinha se afeiçoado a mim.


Não era que ele me marcasse. Era algo mais, algo novo, que
me fez sentir mais ou menos como se eu estivesse drogada e
mais como se estivesse pulsando. Era como se ele estivesse
tentando me descobrir.

Eu não sei se ele conseguiu, mas eu não imaginei como


sua vigilância tranquila durou todo o dia.

425
Eu estava apavorada pensando que ele gostaria de
tomar um banho comigo, mas ele me deixou tomar banho
sozinha.

Meu primeiro grande erro foi quando eu estava sentada


na minha penteadeira, secando o cabelo.

Lucien tinha desaparecido enquanto eu tomava banho,


mas eu ouvi o chuveiro enquanto eu estava fazendo minha
maquiagem. Enquanto eu estava fazendo o meu cabelo,
Lucien entrou no camarim com nada além de uma toalha.

Meu erro foi que eu deveria ter desviado o olhar. Mas


eu o avistei no meu grande espelho de estrela de Hollywood e
minha boca se encheu de água.

Então, ele puxou a toalha comigo sentada ali e com a


visão de tudo o que era Lucien, minha boca ficou seca.

Ele era, deve-se dizer, perfeito da cabeça aos pés.


Totalmente perfeito. Coxas fortes e musculosas. Uma bunda
perfeita. Panturrilhas definidas. Ele até tinha pés bonitos!

E havia outras partes dele que me fizeram pensar que


ele não era um vampiro, mas sim um deus vivo.

Eu puxei meus olhos de volta para minha reflexão de


Lucien vestido.

Ele escolheu calça jeans, botas, um grande cinto e uma


camisa personalizada de listras de branco, azul bebê, azul da

426
meia-noite, cinza claro e cinza escuro. Ele usava para fora da
calça.

Estava muito bonito na moda casual em qualquer


outro homem.

Lucien parecia que tinha saído de uma revista.

Eu decidi que o que Stephanie tinha dito durante a


minha seleção, e como Lucien se comportou na festa, que ele
queria que eu fizesse um esforço para que ele pudesse me
mostrar.

Isso não foi difícil para mim. Eu era uma menina


moderna. Fiz um esforço, mesmo quando eu estava correndo
para a loja para comprar ovos.

Eu me decidi por confortáveis, jeans de cós baixo,


sandálias de salto alto, um cinto combinando e uma bata,
quase transparente, branca com botões que iam até meu
decote. O decote em V, coloquei um colar, e tinha meia dúzia
de pregas finas correndo ao longo das mangas e na espinha
desde a gola até a cintura. Estava um arraso.

Eu fiz a minha maquiagem sutil e deixei meu cabelo


comprido solto.

Eu não tinha jóias para colocar então, eu só enfiei meu


gloss no meu bolso de trás, eu não tinha carteira ou telefone
então uma bolsa era desnecessária. Eu saí da sala.

427
Eu já estava pronta, Lucien tinha desaparecido e fui
em busca dele. Quando eu o encontrei, ele estava conectando
o telefone à tomada na cozinha.

Eu não sabia o que isso significava para ele, mas eu


sabia o que significava para mim. Eu quase me joguei em
cima dele dando-lhe um grande beijo.

Em vez disso, eu chamei,

— Pronto.

Sua cabeça levantou ele olhou para mim, seus olhos


ficaram arregalados e meu estômago se contraiu
agradavelmente.

Então ele me perguntou:

— Você tem alguma ideia de como você é linda?

Era seguro dizer, não. Eu não sabia.

Quer dizer, eu sabia que eu não era nada desprezível e


eu poderia facilmente conseguir um encontro.

A maneira como ele disse, o fato de Lucien dizer isso -


um homem tão robusto, tão atraente, eu o comparei a um
deus vivo; um homem que provavelmente tinha visto o seu
quinhão de mulheres em seu tempo - que fez outro elogio
sincero e eu definitivamente não tinha certeza se eu poderia
lidar com isso.

428
— Leah? — Sua voz chamando meu nome me tirou do
meu profundo estupor.

Eu não sabia o que dizer. O que você disse?

Decidi-me:

— Obrigado.

Ele andou até mim, pensativo. Quando ele parou (bem


perto de mim por sinal), ele usou as duas mãos para mudar o
meu cabelo sobre meus ombros e, em seguida, ele fechou os
dedos em volta do meu pescoço. O tempo todo, seus olhos
estavam presos nos meus.

— Você não tem ideia, não é? — Ele perguntou em voz


baixa.

E ele começou a rir, me puxando para ele se


aproximando me dando um abraço encorajador.

Eu suportei esse abraço. Foi difícil. Um abraço


encorajador de Lucien não era tão bom quanto um deitado,
mas não foi muito longe.

Eventualmente, depois do que pareceu uma eternidade,


mas não era, obviamente, ele se afastou.

— Vamos comprar alguns livros.

Ele nos levou no Cayenne a um Shopping Center na


cidade. Não era qualquer shopping, mas um exclusivo que
era cercado por ruas e ruas de lojas luxuosas boutiques e

429
restaurantes elegantes, cafés e bares. Estes todos aninhados
entre largas, calçadas limpas com postes de iluminação e
grandes, vasos elegantes de flores coloridas.

Ele manobrou e fomos para uma enorme livraria. Lá,


ele me comprou dez livros.

Eu pensei que iria andar para a direita de volta para o


estacionamento, mas ele me guiou para as ruas das
boutiques e parecia perfeitamente bem vagando pelas
calçadas em um dia ensolarado, de mãos dadas.

Eu vi uma roupa especialmente linda em uma vitrine e


meu coração deve ter saltado porque sua cabeça se virou
para mim. Então ele foi diretamente para a assistente da loja,
disse a ela que queria a roupa da vitrine e deu-lhe meu
tamanho.

Eu estava olhando para ele e eu tinha certeza que


minha boca estava aberta quando o assistente me perguntou:

— Você gostaria de experimentá-lo?

Eu olhei para ela e estava prestes a falar quando


Lucien disse:

— Não. Nós vamos levá-lo.

Eu assisti com horror, principalmente porque eu


poderia ver os preços e tive que usar toda minha força de
vontade para não surtar.

430
Fiquei obedientemente ao lado de Lucien ele pagou a
assistente da loja olhando para ele, provavelmente, como eu
fiz quando ele arrancou a toalha e para mim definitivamente
como se eu fosse a mulher mais sortuda do universo.

Quando saímos, Lucien levando ambas as minhas


sacolas, eu senti que era importante dizer alguma coisa.

— Isso não era necessário.

Sua mão apertou a minha, mas ele não olhou para


mim.

— Você está bem, não está, — respondeu ele.

Bem, o que você pode dizer sobre isso?

Exceto nada. Então, eu não disse nada.

Tive o cuidado de moderar meu coração e eu fiz isso


não olhando para mais nenhuma vitrine para que Lucien não
voltasse a gastar centenas e centenas (e centenas) de dólares
em um único traje.

Não importava. Isso aconteceu mais duas vezes com


coisas que Lucien queria que eu tivesse. Um par de brincos
delicados, antigos, de prata e coral, brincos chandelier Navajo
e dois pares de sapato absurdamente caros, mas
inegavelmente lindos, sapatos de salto alto.

Eu experimentei os sapatos. Ambos os pares, Lucien,


recostou-se na cadeira como se fosse dono da loja e olhando
para os meus pés, me perguntou:

431
— Será que eles servem? Antes que eu dissesse uma
palavra, ele olhou para o meu rosto (que provavelmente foi
arrebatador) e, em seguida, disse para o vendedor: — Vamos
levá-los.

Eu estava lutando com o fato extremamente peculiar de


que parecia que o Poderoso Vampiro Lucien, que era
definitivamente um macho de sua espécie, não se importava
de fazer compras quando notei algo.

Foi a mesma coisa na rua e nas lojas como tinha sido


no dia da festa. As pessoas estavam olhando para ele, até
mesmo alguns deles olhando para ele.

Eles não sabiam quem ele era. Eles só viam um, vital,
incrivelmente bonito homem alto que era claramente rico e
realizou-se com uma matéria, mas restringia o poder.

Eles não tinham ideia de que ele poderia se mover mais


rápido do que um relâmpago e carregou minha bunda gorda
como se eu pesasse tanto quanto um lápis. Eles não tinham
ideia de que, por qualquer motivo, ele era reverenciado por
seu povo, uma raça de super-humanos que viviam para
sempre.

E eles nunca saberiam.

O Poderoso Vampiro Lucien estava andando por uma


rua ensolarada, mas ele foi forçado a viver uma vida secreta
em que escondia quem ele realmente era.

432
Memórias me bateram como marretas. Meu
comportamento na Seleção. Minha resposta a minha primeira
lição, dizendo-lhe como o modo que seu povo se alimentava
era doentio. Quando eu estava conversando com Stephanie,
dizendo que as pessoas que iam para Festas eram vítimas.
Dizendo que o Lucien de ontem me dava nojo.

Isso foi quando eu fiz o meu segundo erro.

Eu parei de andar pela calçada, mas eu fiz isso como se


meu corpo tivesse batido contra uma parede de tijolos. Lucien
continuou andando por um tranco, mas virou a cabeça
quando sentiu a resistência do meu braço. Seus olhos foram
para nossas mãos unidas em seguida, para o meu rosto.
Tudo o que ele viu o fez voltar-se para mim e dar um passo
rápido para trás.

— Leah, querida, o que é?

Minha cabeça tinha inclinado para trás para olhar para


ele e por algum motivo eu novamente senti vontade de
chorar.

Antes que eu pudesse pensar melhor, eu soltei,

— Você, não pode ser você.

Ele chegou mais perto.

— Perdão?

Eu levantei minha mão e acenei ao redor.

433
— Aqui fora. Você não pode ser você.

— Eu não entendi.

— Você, — eu repeti, apontando para ele. — Você pode


mover-se como um foguete e provavelmente você pode
levantar o carro e jogá-lo do outro lado da rua. Fiz um gesto
para um Audi brilhante estacionado ao lado de nós e Lucien
olhou para o carro, em seguida, de volta para mim. — Você
pode, não pode?

— Jogar um carro do outro lado da rua? Ele perguntou.

— Sim, eu respondi.

— Eu nunca tentei, — respondeu ele, as sobrancelhas


se juntando e ele ficou ainda mais perto. — Que história é
essa?

Fiz um gesto novo de um modo vago.

— Todo mundo está olhando para você. Eles olham


para você e eles podem ver você, mas eles não têm nenhuma
ideia de quem você é.

Sua mandíbula ficou apertada, mas eu estava muito


emocionada para notá-lo.

Então eu disse:

— Eu fui uma cadela e eu disse algumas coisas muito


imperdoáveis e, por isso, peço desculpas. Isso não vai
acontecer novamente.

434
Suas sobrancelhas se levantaram. Eu tinha o
surpreendido.

Então seu olhar se voltou cauteloso.

— O que a faz pensar assim?

Eu não lhe respondi. Em vez disso, eu fiz a minha


própria pergunta:

— Se você tentasse, você poderia jogar o carro do outro


lado da rua?

— Leah…

— Por favor, responda-me: — Eu pedi baixinho.

Ele suspirou antes de dizer:

— Sem dúvida.

Uau. Eu apenas imaginei.

Caramba.

Ele até fez parecer que isso não seria muito esforço.

De repente, eu queria saber o quão forte ele era. Eu


queria saber quantos anos ele tinha. Eu queria saber como
ele podia andar e mover-se como uma pessoa normal e não
quebrar copos na mão ou esmagar meus ossos a pó quando
ele me abraçava.

Foi neste momento que eu lamentei o meu


comportamento em relação aos Estudos Vampíricos.

435
— Gostaria de me dizer o que é isso? — Ele perguntou,
tirando-me dos meus pensamentos.

Eu não respondi.

— Parece, — eu hesitei sem saber o que dizer, sem


encontrar as palavras, — errado que você não pode ser você.
Há um monte de pessoas que você pode ter em torno de você
e eu tenho que ser uma delas. Esse pensamento me ocorreu e
eu disse algumas coisas desagradáveis sobre você e seu povo.
Você merecia um pedido de desculpas, então eu dei-lhe um.

Tentei que fosse, um simples pedido de desculpas. Eu


estava errado. E admiti isso.

E claramente não saiu como um simples pedido de


desculpas.

Na verdade, olhando para o rosto dele, tinha mudado


novamente para um olhar que eu tive um vislumbre antes,
bem antes que ele me batesse contra a parede na festa e me
beijasse com a posse selvagem, que ele tomou isso como algo
distante, muito mais.

Eu dei um passo para trás.

O braço de Lucien se contraiu. Foi um movimento


simples para ele, mal lá, mas eu cambaleei para frente,
batendo contra seu corpo duro. Sua mão caiu sobre a minha,
a outra mão deixou cair às bolsas e os dois braços me
envolveram. Ele me beijou com uma possessão selvagem que

436
era altamente inapropriada em uma tarde de domingo, em
uma rua cheia de lojas.

Ele ainda segurava meus dedos, enviou fogo direto


entre as minhas pernas e fui me derretendo nele.

— Yeesh, consigam um quarto, — alguém que parecia


longe, muito longe, disse.

— Randy, psiu! Alguém que parecia muito, muito longe


silenciou o primeiro alguém. — Eles provavelmente estão em
lua de mel ou algo assim.

A boca de Lucien se afastou de mim e eu descobri que


estava na ponta dos pés. Eu tinha um braço em volta do seu
pescoço, minha outra mão estava em seu cabelo e eu estava
grudada contra ele do peito aos joelhos.

Minha mente nebulosa estalou e eu tentei me desligar,


a minha resposta, o jeito que eu gostava muito era saudável
quando ele me beijou.

Especialmente quando ele me beijava assim.

Minha mão esquerda saiu do cabelo e foi para o seu


ombro, mas ele continuou pertos, seus olhos examinando
meu rosto.

Então ele disse algo que me assustou.

— Eu quero acreditar que isto é você, — sua voz era


baixa e suave, tranquila, — mas isso não é você.

437
Ele estava errado e ele estava certo.

Não era eu. Isto era o meu novo eu.

Ou, pelo menos, a nova, concubina perfeita antes que


eu pudesse voltar para o antigo, defeituoso, meu verdadeiro
eu, quando ele me soltou.

— Você não acha que eu posso me desculpar? —


Perguntei, dando-lhe um empurrão no ombro.

Ele não se moveu um centímetro.

Eu parei de empurrar.

— Não, — sua voz ainda era baixa, — que era você. O


beijo foi você. O resto não é.

— O resto?

Ele mudou assuntos.

— Devemos falar sobre a noite passada.

Senti meu corpo começar a endurecer, mas eu lutei


contra e relaxei.

— Se você quiser.

Sua boca ficou apertada quando seu olhar cresceu


afiado.

— Não. Caralho. Você, — declarou ele, agora com raiva


e eu prendi a respiração para o que estava próximo.

438
Eu não poderia lutar com ele. A nova e melhorada Leah
não faria isso, certamente não em uma rua.

Não. Nunca. Eu nunca poderia lutar com ele.

Eu estava bancando minha Perfeita prima Myrna


quando ele me soltou, mas segurou minha mão, pegou as
bolsas, mudando nossa direção e se dirigiu de volta para o
estacionamento com manobrista.

Caminhamos em silêncio.

Decidi testar seu humor.

— Você se importa se levarmos um café com leite para


casa.

Obviamente, eu não podia correr da casa, ele ia me


pegar. Mais uma vez, ele ia me pegar.

Ainda.

Ele se virou para sair, me pegou olhando para ele e


parou.

— Itália, — disse ele.

Eu pisquei.

— O quê?

— Itália. Isso seria a sua escolha preferida para fugir de


um destino vamp...

439
Senti meus lábios abrirem e meus olhos se
arregalaram.

Por alguma razão, a minha expressão fez o seu rosto se


suavizar e ele se aproximou de mim.

Inclinei a cabeça para olhar para ele e sussurrei:

— Como você sabe?

— Fiona, — ele respondeu sem hesitação.

— Fiona? — Perguntei.

— Fiona Hawkins.

Fiona Hawkins? Tia Fiona Hawkins? Como ele sabia


sobre tia Fiona?

E por que ela estaria contando a ele sobre eu sempre


estar querendo ir para a Itália?

Isto foi apenas bizarro!

— Tia Fiona disse que eu sempre quis ir para a Itália?

— Fiona disse-me um grande número de coisas. Fiona


Hawkins foi minha concubina 51 anos atrás.

Esta informação me abalou tanto que doía. Eu dei um


passo para trás, mas seu braço serpenteava em volta da
minha cintura e me trouxe para frente da minha barriga,
quadris e coxas estavam pressionados contra ele.

— Tia Fiona e você? — Eu respirei.

440
Quer dizer, eu sabia que ela era uma concubina. Ela
não era uma Buchanan, mas concubinas eram simpáticas
(na maioria das vezes). Eu a conheço desde sempre.

— Eu fazia festas de aniversário para todas as minhas


concubinas, a cada ano, — ele respondeu.

Senti meu queixo cair e novamente algo me ocorreu.

Eu fui a festas de aniversário da tia Fiona.

Todos os anos.

— Meu Deus.

Lucien ignorou a minha oração e continuou,

— Eu tento participar. Às vezes eu não posso ficar


muito tempo. Às vezes eu não participo da festa, mas visito-
as antes ou depois. Vinte anos atrás, eu fui capaz de assistir.
Ela servia frango frito.

Senti o peso de suas palavras através do meu corpo e


foi físico também. Eu tremia tanto que eu tinha que agarrar
as mangas de sua camisa no seu bíceps para ficar de pé.

— Ou, — Lucien continuou, — eu devo dizer, você fez


frango frito para os convidados dela. Ela me disse antes de eu
ir, que seria a melhor coisa que eu provaria... pela eternidade.
— Eu continuei olhando para ele seu rosto mais perto, seus
olhos negros aquecidos e ele murmurou: — Ela estava errada.

441
Minha boca se abriu e fechou. Eu não sabia o que
dizer. O que eu sabia era que ele tinha acabado de me dar
outro elogio.

Ele continuou falando.

— Depois eu fui a cada ano. E a cada ano, você fez o


seu frango frito.

— Esse era o favorito dela, — eu sussurrei.

— Eu sei, — ele respondeu.

Eu coloquei minhas mãos em seu peito e comentei:

— Eu não vi você.

— Eu não queria ser visto.

— Você pode fazer isso?

— Quando você pode controlar a mente das pessoas,


você pode fazer qualquer coisa. Mesmo desaparecer.

Senti meu corpo tenso.

— Você controlava minha mente?

Ele balançou a cabeça e disse:

— Eu também marquei você.

Meu Deus.

Isso era verdade!

442
Eu senti isso. Esse sentimento estranho, não tão forte
como quanto agora, mas eu menti. Eu sempre pensei que era
o calor da cozinha da tia Fiona. Ela tinha ventilação ruim e
frango frito para setenta e cinco convidados esquentam uma
cozinha, acredite.

— Por que você faria isso? Não havia vampiros lá.

— Sim, houve.

Uau. Eu não sabia disso. Eu tinha estado na presença


de vampiros antes.

— Sério? — Perguntei.

Ele acenou com a cabeça.

— Será que a tia Fiona falou sobre mim?

— Por mais que ela soubesse. Ela gostava de falar de


você. Ela gosta muito de você, acha que você tem espírito. Ela
também ficou de olho em você para mim.

Caramba!

O que diabos isso significa?

— De olho em mim?

Ele acenou com a cabeça novamente.

— O que isso significa?

443
— Ela me dizia o que você estava fazendo, — seu rosto
ficou escuro, — e com quem você estava quando você estava
fazendo.

Ele não parecia feliz.

Achei que era menos feliz.

— Você está dizendo que tia Fiona lhe informava sobre


mim? Minha voz estava alta.

— Sim. — Ele estava de volta parecendo imperturbável.

Esso foi irreal!

— Então, basicamente, ela me espionava.

— Não assim, não. Fiona ouviu, viu e ela me disse


tudo. Ela também me disse onde você estava. Em seguida, eu
vi você.

Meu corpo estremeceu novamente.

— O quê?

— Não foi exatamente espionar, — continuou ele


casualmente, — mais como assistir. Foi muito agradável.
Você pode ter qualquer coisa e você tem um rosto muito
expressivo, meu bichinho.

Eu não conseguia entender isso. O Poderoso Vampiro


Lucien era um perseguidor!

— Por que.... Eu balbuciei. — Por que você faria isso?

444
— Isso me divertiu. Você me divertiu. — Ele estudou o
meu rosto e murmurou: — Na maioria das vezes, você ainda
faz...

— Você me perseguiu!

— Você não pode perseguir o que é seu, — ele voltou.

Olhei para a camisa.

— Sim, eu suspeito que é isso o que todos os


perseguidores dizem.

Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou.

Eu não tinha vontade de colocar isso nas minhas listas


“Por que eu ia gostar da sua segurança”. Por que Eu Odeio
Lucien, de qualquer maneira

Seu outro braço me agarrou e ele me puxou para mais


perto.

— No minuto em que a vi, há vinte anos atrás, eu sabia


que você ia ser minha.

Sim, totalmente me apavorando.

— Lucien…

Ele me cortou.

— Leah, eu estive esperando 20 anos para ter você


aqui. Ele enfatizou suas duas últimas palavras com um braço
apertado.

445
Não, não me enlouquecendo. Eu não sabia se estava
pirando era, mas o que quer que fosse, ele estava me
obrigando a fazer isso.

— Eu não sei o que fazer com esta informação, — eu


disse a ele honestamente.

— Você não precisa saber. Eu sei, — ele retornou.

Eu não acho que foi bom.

— Você vai, hum... compartilhar?

Ele balançou a cabeça e depois se inclinou para roçar


os lábios contra os meus.

Afastando-se, disse misteriosamente:

— Você vai saber quando isso acontecer.

Então seus braços vieram mais apertados e eu estava


pressionada contra ele do peito aos joelhos. Sua voz tornou-
se áspera e seus olhos intensos quando ele perguntou:

— Você está com fome para o jantar ou devemos


encontrar outra coisa para fazer por um tempo?

Eu não acho que seria saudável para mim de qualquer


maneira encontrar outra coisa para fazer com Lucien por um
tempo.

Frango frito não era saudável, mas eu percebi que era


muito mais saudável para o meu futuro do que Lucien podia
ter em mente.

446
— Estou com fome.

Ele sorriu.

— Agora, que eu sabia essa seria a sua resposta?

Eu decidi que a melhor ação não era responder. Então,


eu não fiz.

Ele se inclinou e beijou em meu pescoço, em seguida,


deslocou-se para o meu lado, seu braço deslizando em meus
ombros e ele me levou para a cozinha. Depois que me deixou
lá, ele desapareceu.

45 minutos mais tarde, eu olhei para baixo e descobri


que estava amassando as batatas.

O jantar estava pronto. Um jantar que eu tenho que


compartilhar com Lucien.

Eu olhei por toda a sala.

Eu tinha cozinhado que era algo que minha mãe me


ensinou a fazer. A cozinha estava relativamente limpa, o
frango no forno assando, o feijão verde na água, os biscoitos
caseiros quentes embrulhados em um pano de prato limpo.
Eu escolhi a copa para a refeição.

Myrna com certeza gostaria de ter escolhido a mesa da


sala de jantar. Ela tem uma toalha de mesa damasco,
perfeitamente limpa e sem dobras e um candelabro de prata e
flores frescas do jardim que ela mesma tinha colhido.

447
Imaginei se Lucien saberia que não era eu, e se eu
fizesse algo parecido que poderia mudar seu estado de
espírito.

Então eu decidi que a copa seria mais casual.

No entanto, eu estava em um dilema. Eu precisava dele


na mesa de jantar para que eu servisse a comida.

A antiga Leah queria apenas gritar para ele, cada vez


mais alto, até que ele aparecesse.

A nova Leah pensava que não era conveniente.

Myrna iria encontrá-lo e, provavelmente, lhe fazer uma


reverência, implorando o prazer de sua companhia.

Eu aproveitei a oportunidade e tentei alguma coisa.

Lucien, se você pode me ouvir, o jantar está pronto,


falei em sua direção onde quer que fosse.

Não ouvi nenhum movimento na casa e suspirei com o


quão irritante era quando ele não podia me ouvir falando com
ele quando eu queria que ele me ouvisse. Eu joguei um outro
pano de prato sobre as batatas, decidindo ir em busca dele.

Eu me virei e vi Lucien em pé, seus olhos em mim, seu


rosto branco, sua postura estranha.

De certa forma, alerta.

Fiquei alerta também.

448
Ele se aproximou (de novo) e olhou para mim, seu rosto
ainda indecifrável.

— Como você fez isso? — Perguntei.

— Fazer o quê? — Eu perguntei de volta.

— Você está na minha cabeça, — ele me disse.

Então ele disse.

— Bem, eu não queria gritar e você pode me ouvir


quando eu estou falando com você em minha mente, então eu
tentei e…

Ele me cortou.

— Eu não posso ouvi-la o tempo todo, só quando eu


estou ouvindo.

Isso era novidade.

— Sério?

Ele esperou um momento antes de afirmar:

— Ninguém nunca fez isso.

Senti meus olhos rodarem enquanto eu repetia:

— Sério?

Sua expressão ficou pensativa.... Eu queria saber o que


diabos estava acontecendo.

449
Então, sua expressão ficou atenta novamente como se
ele estivesse negando algo de mim, que eu pensei que era
estranho.

Eventualmente, ele disse em voz baixa:

— Realmente.

Ele estudou o meu rosto, seus olhos tão concentrados


que eu senti aquela sensação pulsante novamente, como se
ele estivesse invadindo os meus pensamentos.

Eu desejei com todo o meu coração que eu pudesse


fazer a mesma coisa.

Eu queria perguntar o que ele estava fazendo, mas eu


percebi que Myrna iria deixá-lo fazer o que ele quisesse fazer,
sem dúvida, mesmo que ele estivesse invadindo sua mente.
Então, eu só olhei para ele.

Por fim, ele declarou:

— Vamos comer.

Eu coloquei as batatas em uma tigela de servir e levei


todo o alimento à mesa, enquanto Lucien abriu o vinho e
serviu-o. Todo o tempo que isso aconteceu eu tinha um
sentimento estranho sobre todos entrando em sua mente.

Acrescentei isto a minha muito longa lista mental.


Perguntaria a mamãe amanhã.

450
Nós tínhamos servido a comida e eu passava manteiga
em meus biscoitos ainda quentes (pode-se argumentar meus
biscoitos eram melhores do que o meu frango frito, ou, pelo
menos, mamãe e Lana poderiam falar sobre isso e elas faziam
isso o tempo todo) quando Lucien falou de novo.

— Precisamos conversar sobre a noite passada.

Minha boca estava aguando pelo biscoito. Quando ele


falou essas palavras, ela ficou seca e meu apetite sumiu.

Independentemente disso, eu mordia o biscoito e o


mastigava, o biscoito como poeira na minha boca e olhei para
ele com se eu esperasse que sua pergunta fosse respeitosa.

Ele pegou no meu olhar e sua boca ficou apertada.

— E ontem, — ele continuou.

Decidi atacar de surpresa a conversa anunciando


apressadamente:

— Eu estava errada sobre ontem.

Seus olhos se encontraram com os meus.

— Sim, você estava.

Minha mente fervilhava.

Minha boca lembrou-lhe em voz baixa:

— Eu já pedi desculpas.

— Você pediu desculpas, mas não sobre tudo…

451
Eu pressionei meus lábios juntos.

Lucien continuou falando.

— Katrina e eu temos sido companheiros por 50 anos,


Leah, mas eu a conheço a setenta e cinco. Eu arquivei a
Separação dela esta semana. Você sabe o que significa
Separação?

Eu balancei a cabeça.

Ele me observava e continuou,

— Nossa iminente Separação não tinha nada a ver com


você e tudo a ver com você.

Isso não faz nenhum sentido e eu não queria que isso


fizesse algum sentido. Eu não queria falar sobre isso. Mas
como de costume, eu não tive uma escolha. Lucien continuou
falando.

— Eu sabia que as coisas não estavam bem com Rina e


você personificou tudo o que não está certo sobre ela. Estar
com você me levou, finalmente, a tomar minha decisão.

Suas palavras não faziam sentido.

Isso não era verdade. Ele a chamou de Rina.

Eu o ouvi dizer no dia anterior, mas agora eu o senti


dizer isso.

Meu estômago revirou.

452
— Ela ama você, — eu sussurrei com a dor no meu
estômago.

— Ela não sabe o que é amor, — ele respondeu


laconicamente. — Vampiros não têm as mesmas expectativas
quando eles se acasalam, Leah. A eternidade é um tempo
muito longo. Não é inédito que haja faltas, às vezes por anos,
até mesmo décadas. E a fidelidade não é, definitivamente,
uma exigência do acasalamento dos vampiros.

Eu tinha a sensação de que ele estava explicando algo


sobre seu relacionamento com Rina, mas eu também tinha a
sensação de que ele estava explicando algo para mim.

Minha boca ficou seca.

Obviamente, uma vez que o meu contrato afirmava que


ele tinha livre uso do meu sangue e meu corpo, eu não
poderia esperar que ele fosse fiel à sua companheira.

Assim como, obviamente, já que ele tinha um


companheiro, Separação ou não, eu não deveria esperar que
ele fosse fiel a mim. Nem meu sangue, nem meu corpo.

Foi, então, que algo me atingiu. Algo tão avassalador


que torceu meu estômago.

Eu tive bastante experiência com o tipo errado de


homens para saber exatamente o que ele estava dizendo.
Sobre o orgasmo na noite passada e esta manhã não foi por
que ele quisesse me dar algo.

453
Era o ato de contrição4 de Lucien.

Independentemente desta regra Vamp de não-


Fidelidade, ele se sentia culpado.

Eu coloquei meu biscoito no meu prato.

Então, eu sussurrei,

— Você teve relações sexuais na noite passada.

Soou como uma acusação e eu queria me chutar.


Myrna não iria fazer uma acusação, nunca em um milhão de
anos. E eu não tinha nenhum direito de fazer uma acusação.
Nenhuma.

Mas eu não podia levá-la de volta.

O rosto dele ficou duro.

— Leah…

Acenei minha mão no ar, tentando desfazer o estrago


que eu tinha feito quando quase enfiei a faca na minha
barriga cortando uma linha reta até minha garganta.

— Não é da minha conta. — Eu tentei fazê-lo sair


animadamente, mas temia eu falhei.

— Leah... — ele começou novamente, mas eu comecei a


desfiar o peito de frango frito e falei por cima dele.

4
Ato de contrição, é usado para o arrependimento e expiação dos pecados.

454
— Você acabou de ser você, fazer o que quis, viver a
sua vida como qualquer vampiro faria. E eu vou ser eu e fazer
o meu trabalho, sem problemas para você, sem expectativas
de vocês. Prometo.

Eu estava olhando para o meu prato, surpresa, até


mesmo para mim, que tinha acabado de deixar ele jogar
limpo.

Isso foi um erro. Eu deveria ter mantido os olhos nele.

— Seu trabalho? Ele perguntou numa voz sedosa que


eu nunca tinha ouvido usar antes. Uma voz que estava
assustadora. Então assustara meus olhos fixos no seu rosto.

Parecia que eu tinha cometido algum tipo de erro. Um


bem ruim.

Ele estava com raiva. Tardiamente, eu senti sua fúria


que encheu a sala e eu achei difícil de respirar.

Eu também fiquei confusa. Quer dizer, era o meu


trabalho ser sua concubina.

Não era?

Em um esforço para acalmar sua raiva, eu decidi


explicar.

— Eu percebi isso ontem, Lucien, — eu disse a ele e,


isto foi um pouco constrangedor, meus olhos foram para um
ponto por cima do ombro, antes de voltar para o meu prato.

455
Eu coloquei um pedaço de frango na minha boca, em
seguida, olhei de volta para ele.

Ele ficou em silêncio por isso, não comia, o cotovelo na


mesa, a taça de vinho na mão, os olhos queimando em mim.

Eu continuei mastigando depois eu engoli.

— Eu tinha sido um idiota. — Eu pensei que ele


gostaria, mas seu rosto não se alterou. — Você foi muito
gentil comigo, generoso comigo. Eu acenei com meu garfo em
um esforço para mostrar o meu ponto de vista. — Eu não
posso imaginar que todos os vampiros são assim e, mesmo
que sejam, não é uma vida ruim. Eu.... Eu... — Eu gaguejei,
perdendo a força quando seu rosto não mudou, mas eu achei
a coragem daí por diante. — Eu estava errada. Então, ontem,
quando eu tive todo tempo para pensar, eu decidi que eu vou
fazer o meu trabalho de servir você até que você termine
comigo. Sem mais lutas. Sem mais birras. Eu prometo.

Ele finalmente quebrou o silêncio e disse:

— Me sirva.

Eu balancei a cabeça.

— Me sirva, — repetiu ele.

Eu balancei a cabeça novamente, desta vez mais


hesitante.

— Você se importaria de me explicar, em detalhes, o


que você acha que é o seu Trabalho, Leah?

456
Eu realmente não me importo, de qualquer forma, ele
sabia.

Ele não fez?

— Você sabe, — eu disse a ele.

— Explique-o, — disse ele.

Minha cabeça inclinou para o lado em confusão.

— Mas... eu não entendo. Você sabe.

Ele se inclinou para frente uma fração de polegada, sua


voz mergulhado perigosamente baixa, e ele prendeu.

— Explique-o.

— Eu... você, eu... eu hesitei depois me recuperei, — eu


estou disponível para você se alimentar e.... a.... hum, fazer
outras coisas, sempre que quiser. Sua boca ficou apertada e
eu continuei, — E, você sabe, deixar você me mostrar, ir com
você para lugares e....

— Pare de falar, — ele mandou e eu mantive minha


boca fechada.

Alguma coisa estava errada.

Eu nunca tinha esperado dizer nada disso para ele,


mas eu pensei que era o momento certo. Cartas na mesa. Ele
venceu.

Eu pensei que ele ficaria feliz. Ele venceu.

457
Por que não ele não estava feliz?

Por que ele parecia tão... pirando... louco?

— Lucien... — eu comecei, mas ele me interrompeu.

— Então você acha que você é a minha puta, —


afirmou e eu estremeci.

Eu não iria colocá-lo dessa forma. Quero dizer, era isso


de qualquer maneira, mas minha mente ainda estava se
afastando dessa terminologia.

— Eu não iria colocá-lo dessa forma, — eu disse


calmamente.

— O que você acha? Você acha que você está aqui para
me atender. Você acha que o seu trabalho é fazer com que me
alimente de você e fodê-la sempre que eu quiser. Seu
trabalho. — Ele cuspiu a última palavra como se provasse
que ele não podia suportá-la em sua boca. — Então, como,
exatamente, você colocaria meu bichinho?

— Eu sou sua concubina, — eu lembrei a ele,


pensando que disse tudo.

Eu pensei que fosse isso!

Ele me olhou por um momento e eu olhei de volta.


Principalmente porque eu observava seus olhos me fitando e
eu não gostei da maneira como eles estavam.

458
Em seguida, o braço moveu, era um borrão e quase
instantaneamente sua taça de vinho foi quebrada contra a
parede. A força do lançamento era tão grande, o vidro virou
areia, o líquido nele fez uma grande marca na parede.

Olhei por cima do ombro para a parede. Então eu olhei


para ele, de boca aberta.

— Você já prestou atenção, — ele rosnou, hesitou, em


seguida, se manteve rosnando, — Em tudo?

Senti meu corpo começar a tremer com a ferocidade em


seu olhar.

— Lucien... — Eu sussurrei, sem saber o que eu ia


dizer, mas, fosse o que fosse que eu não tive a chance de
dizer isso.

— Eu tenho uma ideia, — ele falou para mim, foi-se o


rugido, a voz dele estava de volta suave, — para mostrar o
que ser minha puta significava.

Eu tinha a sensação de que não era bom.

Meu coração começou a bater tão rápido que eu podia


sentir meu pulso em meu pescoço.

— Sim, querida, — sua voz ainda era suave como a


seda, — você não ia gostar.

Minha respiração ficou acelerada.

459
Ele se levantou, chegou perto e olhou para mim.
Inclinei a cabeça para olhar para ele.

— Para o registro, Leah, — ele disse suavemente, — eu


não fodi Kitty na noite passada. Ele se inclinou e sua voz caiu
para um sussurro. — Ela queria isso, até mesmo implorou
para isso. Ela implorou para eu tocá-la, implorou por uma
chance de me levar em sua boca, me pediu para transar com
ela. — Ele se inclinou mais perto, sua mão subiu, com os
dedos enrolando em volta do meu pescoço e eu o vi segurar o
corpo rígido como se ele estivesse controlando o impulso e eu
prendi a respiração. — Eu estava tentado, eu admito, mas no
final ela não cheirava a você e ela não tinha o seu gosto e ela
não se parecia com você assim eu mal podia suportar me
alimentar dela, que é tudo o que eu fiz.

Antes que eu percebesse, ele se foi. Whoosh.

Eu ouvi a porta da garagem subir, o Porsche rugiu para


a vida e, em seguida, a porta da garagem voltou para baixo.

O tempo todo eu me sentei lá, sem saber o que fazer ou


como se sentir, especialmente sobre o fato de que ele só me
deu mais um estranho, mas extraordinário, elogio.

O que eu sabia era que eu, mais uma vez, consegui


estragar as coisas. Mesmo que eu pensasse que estava
fazendo a coisa certa para mim, para minha família, mesmo
para Lucien.

460
O que eu também sabia era que eu realmente,
realmente precisava ligar para a minha mãe.

Trêmula, levantei-me e deixei o frango frito, o copo de


vinho e foi isso exatamente o que eu fiz.

461
Capítulo Treze

O Sonho

Eu finalmente entendi. Com a minha cabeça erguida,


minhas pernas se abriram, seus quadris caíram entre e os
meus braços em torno dele apertaram como se eles nunca me
deixassem ir. E eu nunca quis deixá-lo ir. Nunca. Não para a
eternidade. Minha boca procurava a sua orelha.

— Eu entendo, — eu sussurrei, a beleza brotando dele


fluindo através de mim.

A língua de Lucien varreu a ferida onde ele estava se


alimentando. Sua cabeça surgiu, seus belos olhos perfurando
os meus, ardente com triunfo e queimando dentro de mim
como uma marca. Suas mãos se moveram para os meus
quadris, levantando, sua boca desceu sobre a minha em um
ardente, beijo possessivo e ele me encheu. Através de suas
investidas, minha boca contra a dele, eu suspirei com amor:

— Eu sou sua.

*****
— Leah.

462
Mãos estavam em mim, as mãos de meu amante, mas
elas não estavam me tocando de uma forma deliciosa.

— Leah, acorde.

*****
— Diga isso de novo, — Lucien rosnou, mas eu tinha
perdido o controle.

Eu estava tão cheia dele, eu nunca estive tão cheia. Era


lindo, tão lindo que eu comecei a chorar.

— Diga isso de novo, — ele perguntou, com a mão no


meu cabelo puxando minha cabeça para trás, não
suavemente, a dor misturada com o prazer de sua
reivindicação.

— Eu sou sua, — eu sussurrei, meus olhos se


concentrando nos seus. — Apenas sua. Para sempre.

*****
Eu estava enrolada, eu senti o peso sobre mim, uma
mão no meu braço me balançando.

— Leah, você está sonhando. Acorde.

*****
Ele derreteu. Ele não estava dentro de mim. Meus
braços não continham nada. Tudo ficou escuro. A perda dele

463
foi imensa. Eu senti-o através de minha alma. O medo me
encheu e eu gritei.

*****
— Leah, acorda!

*****
Eles estavam queimando-o.

E eles me penduraram.

A sentença por seu crime foi assistir minha morte


antes da sua própria. Meus olhos estavam fixos nele
enquanto as chamas enrolavam ao redor de seu corpo
poderoso. Eu senti a corda ir ao redor do meu pescoço.

Eu te amo, eu sussurrei para sua mente.

*****
A mão trêmula me acalmou, mas os dedos se
enroscaram, mordendo meu braço.

*****
Vi seus olhos se fecharem, não com a dor das chamas,
com um tipo diferente de dor. Fechei os meus.

Eu também te amo, querida. Eu ouvi sua voz na minha


cabeça. Meu coração levantou voo.

464
Em seguida, o alçapão caiu de debaixo dos meus pés.

*****
Eu despertei com um empurrão e um grito, indo para
longe do corpo quente, pesado de Lucien, o meu próprio
preparado para fugir. Do que, eu não sabia. Eu tinha meus
pés no chão quando um braço enganchou na minha cintura e
eu fui levantada de volta para a cama. Lucien me enrolou em
seu corpo, em seus braços. Estava de costas para a cabeceira
da cama, eu estava em seu colo.

Eu derreti nele.

Em toda essa bizarrice, o pior de tudo era que eu


estava tremendo como uma folha e chorando como um bebê.

— Pu... pu... Puta merda — eu sussurrei, minha voz


amarrada. Meus braços estavam ao redor dele, segurando
com força e eu não deixei ir porque eu estava certamente
choramingando.

Um de seus braços me deixou e eu senti sua mão


acariciando meu cabelo.

— Caramba — eu repeti, desta vez sem o engate. Eu


enterrei mais perto, sem saber por que, só que eu precisava
chegar perto, tão perto quanto pude.

Eu realmente precisava. Eu precisava sentir seu quente


duro, corpo grande, em torno de mim, me mantendo segura.

465
— Está tudo bem, Leah, você teve apenas um sonho
ruim — Lucien murmurou para o topo da minha cabeça.

Foi isso que aconteceu? Eu não me lembro. Acabei de


me lembrar do terror. E a tristeza. Não, não era apenas a
tristeza. A perda e a tristeza.

— Caramba, — eu sussurrei de novo, um novo lote de


lágrimas transbordando, desta vez em silêncio.

— Shh, querida, era apenas um sonho, — Lucien


acalmou suavemente, suas palavras mexendo meu cabelo.

Minhas lagrimas escorriam cada vez mais. Ele me


segurou e eu segurei-o de volta. Finalmente, depois que eu
tinha controle, eu disse baixinho:

— Eu não me lembro.

Sua mão esquerda meu cabelo e seu braço em volta da


minha parte superior das costas, os dedos longos enrolando
em volta do meu ombro. Foi então que tudo voltou para mim.
Não o sonho. Lucien e o incidente da taça de vinho. Meu
corpo ficou tenso e assim seus braços. Meus olhos pegaram o
que pude ver, o que não era muito, principalmente sua
garganta no escuro.

— Você está aqui, — eu disse estupidamente.

— Onde mais eu estaria?

Eu não sabia. Ele parecia muito chateado quando ele


saiu. Eu não esperava que em um milhão de anos ele voltasse

466
muito menos me segurasse ternamente depois que eu tive um
sonho ruim. Minha cabeça inclinou-se para que pudesse ver
seu rosto nas sombras.

— Você não está mais com raiva de mim?

Eu vi o mergulho de seu queixo para baixo para olhar


para mim.

— Eu estava, — ele me disse e eu me preparei. — Eu


não deveria dizer isso, bichinho, mas é difícil ficar com raiva
de você quando eu posso sentir seu cheiro. — Ele me deu um
aperto e continuou em um murmúrio, — E caralho, é
impossível quando eu posso te sentir e ouvir a sua respiração
e seu coração batendo em seu sono.

Isso fez com que o meu coração começasse a bater


mais rápido.

Ele continuou:

— Então, você estava em movimento, em seguida,


gritando, em seguida, chorando.

Senti meus lábios abrirem.

— Eu gritei?

Sua cabeça sombria assentiu.

— Eu chorei? — Perguntei

Outro aceno de cabeça.

467
— Em meu sono? — Eu continuei.

Ainda outro aceno direito antes que ele nos movesse,


deslizou para baixo da colcha e rolou, então estávamos frente
a frente. Ele puxou as cobertas sobre nós e então seus braços
se moveram em torno de mim novamente.

— Você não se lembra de nada disso? — Ele perguntou,


parecendo mais do que ligeiramente curioso, e eu balancei a
cabeça contra o travesseiro. — Nada disso? — Ele pressionou
e eu balancei a cabeça novamente.

— Eu não acho que eu quero — eu disse a ele. — Isso


me fez gritar — Parei então acrescentei, — e chorar.

Seus braços me deram um aperto.

— Você se lembra quem estava em seu sonho?

Eu balancei a cabeça mais uma vez.

— Eu não sei. Tudo que eu sei é que, quem quer que


fosse, eu perdi ele e isso me deixou triste. — Eu senti um
arrepio deslizar pelo meu corpo e eu pressionei para mais
perto dele. — Incrivelmente triste.

Ele me apertou com força contra o peito.

— Foi apenas um sonho, querida.

Desta vez eu balancei a cabeça. Mas não parecia como


um sonho. Eu não me lembro, mas o que quer que fosse,
parecia real, ou pelo menos a dor que deixou para trás o fez.

468
— Isso já aconteceu antes? — Perguntou Lucien.

Eu balancei a cabeça novamente.

— Quando eu era mais nova eu costumava ter sonhos


eu não me lembrava. Minha mãe tinha que me acordar, mas
isso não aconteceu em um tempo muito longo.

— Alguma vez você se lembrou daqueles sonhos?

Eu balancei minha cabeça e sussurrei:

— Eu espero que eu nunca lembre de qualquer um.


Com esses, eu acordava assustada ou chateada — minha voz
quase inaudível caiu — este foi o pior.

Ele me deu outro aperto reconfortante.

— Acabou.

Foi então que eu percebi que eu estava fazendo. E foi


um segundo depois disso que eu me perguntava se Myrna se
aconchegaria perto de seu vampiro depois de irrita-lo
regiamente.

— Lucien?

— Sim, meu bichinho?

— No início, — eu comecei, ele ficou tenso e mesmo que


eu não quisesse outro incidente do copo de vinho,
especialmente quando a coisa que ele estava segurando
agora, muito capaz de jogar e quebrar contra uma parede era
eu, fu em frente, — eu não queria te deixar bravo.

469
Ele não respondeu, então eu me levantei em um
cotovelo e olhei para baixo em seu rosto sombreado.

— Me desculpe, se eu deixei você bravo.

Ele rolou para suas costas e puxou-me em cima dele,


uma mão no meu cabelo pressionando meu rosto em seu
pescoço.

Ele ainda não me deu resposta. Ele simplesmente


começou a brincar com o meu cabelo. Eu decidi que era hora
de acertar as coisas. Infelizmente, minha mãe não estava
respondendo meu telefonema o que significava que ela
provavelmente saiu para ver um filme. Mamãe gostava de
filmes, qualquer tipo de filmes, a maioria Dramas e comédias
românticas, mas ela não era adversa a um filme de ação,
quanto mais sangrento, melhor. Tia Nadia, que sempre foi a
minha tia favorita e aquela com a qual eu poderia falar sobre
qualquer coisa, não estava respondendo o que significava que
ela estava provavelmente fora com a mãe.

Eu não queria chamar qualquer uma das minhas


outras tias ou primos, porque eu não queria que eles
soubessem que eu era tão idiota ou mais idiota do que já
pensavam que eu era. Liguei para Lana que respondeu. Mas
ela disse que Rafe ia estar lá a qualquer momento. Ela estava
em um estado de emoção e confusão. Eu podia ouvi-la e
agora eu entendi, mas ela prometeu que ia me chamar de
volta a primeira coisa na parte da manhã.

470
Então, eu ainda estava tão no escuro como sempre
sobre tudo o que estava acontecendo. Por isso, ia até mim
para acertar as coisas.

— Eu pensei que eu estava dando o que você queria —


disse Lucien e sua mão no meu cabelo ficou imóvel por
alguns momentos antes de seus dedos começarem a enrolar
uma mecha de novo.

Então ele disse algo que me jogou longe em guarda

— Eu quero você.

Eu? Ele me queria? Ninguém me queria. Eu era, como


eu acabei de observar, uma idiota, entre outras coisas não
tão boas. Isso fez meu estômago se sentir quente, ao mesmo
tempo que fez meu coração dar uma guinada e o medo
rastejar pela minha espinha. Isso foi ótimo. Em vez de duas
emoções contraditórias agora eu estava tendo três.

— Você tem a mim, — Eu menti antes de apontar o


óbvio: — Eu estou bem aqui.

Senti seu movimento de cabeça, seus lábios tocaram


minha têmpora antes de ele se estabelecer sobre os
travesseiros novamente.

— Eu tive você, querida, — ele murmurou, usando um


carinho diferente, este modo antiquado, demasiado eficaz.
Tão eficaz que acabou com a guinada do meu coração e o
medo rastejando e intensificando significativamente o calor
em minha barriga. — Todo dia e toda noite, eu tive você. Até

471
hoje e hoje à noite. Agora, você vai embora. — Sua mão se
apertou no meu cabelo suavemente e ele perguntou em voz
baixa: — Por que você foi, Leah?

Algo preso na minha garganta. Eu sabia o que era, mas


engoli fora e fingi que não estava lá em primeiro lugar. Eu
sabia que estava mentindo para mim mesma, mas agora eu
percebi que mentir para mim mesma foi definitivamente o
melhor caminho a percorrer.

— Eu estou aqui — eu sussurrei — aqui, onde você


quer que eu fique.

Sua mão saiu do meu cabelo e ele me movia. Ele me


deslizou fora de seu corpo e mudou-me para a minha volta foi
pressionado à sua frente, com o braço apertado em volta da
minha cintura, cotovelo armado, mão achatadas entre os
meus seios.

— Lembre-se disso, — disse ele na parte de trás do


meu cabelo quando ele me reposicionou.

— O quê? — Perguntei.

— Isso é onde eu quero que você esteja. Por 20 anos,


eu quis você aqui. — Seu braço tenso me apertou mais fundo
em seu corpo, como senti seu rosto mais profundo em meu
cabelo. — Você não espera 20 anos por uma prostituta, Leah.
Você não a leva para comprar livros. Você não move suas
roupas no seu armário. Você não a leva entre o seu povo. E

472
você certamente não se coloca com ela quando ela está se
comportando mal.

Decidi focar na última coisa que ele disse, porque me


deixou puta. As outras coisas fizeram muito sentido. Ele
também fez a minha barriga ficar quente novamente e eu
realmente não preciso disso. Mas Myrna não iria ficar
chateado. Nunca.

Eu tapei a raiva e decidi ir com resignação.

— Então, onde é que isto nos deixa?

— Onde nós estivemos sempre — ele respondeu, com a


voz de alguma forma mais clara como se tivesse não só um
pouco de peso levantado, mas também como ele estivesse se
divertindo. — Mas, em vez de você sair em combate, você
recuou e colocou suas defesas.

Ah, não. Ele havia totalmente me descoberto!

Ele chegou mais perto e disse com firmeza:

— Mas eu vou passar através delas.

Ah, não, ele não faria isso. Não, se eu tivesse alguma


coisa a ver com isso (que eu fiz).

— Você já quase passou — eu menti e ele riu o que me


fez querer jogar algo para ele.

É claro que eu não fiz.

— Eu não fiz, — declarou ele.

473
— Você fez.

— Eu não fiz.

Eu empurrei contra seu braço, surpreendentemente ele


soltou e eu me virei para encará-lo. Eu olhei para ele no
escuro e eu falei a próxima coisa em um sussurro:

— Se você quer que eu te implore para me foder, eu


vou. Eu farei qualquer coisa que você quiser que eu faça.
Tente-me. Eu vou provar isso para você. Lucien, você tem a
mim.

Eu segurei minha respiração, não realmente querendo


que ele me obrigasse a fazer qualquer coisa que ele queria
que eu fizesse, mas preparada para fazê-lo, no entanto. Seu
rosto mergulhado mais perto do meu, mas parou um fôlego
dando-me a impressão de que ele podia ver no escuro.

— Eu não quero que você implore querida. Não é sobre


isso. Isso era apenas um teste, que você falhou. Se você
deixar ir, apenas um pouco, eu vou te mostrar do que se
trata.

— Diga-me — insisti.

— Não há palavras.

— Tudo bem, tente me dizer.

Ele hesitou, em seguida, ele disse,

— Confiança.

474
Pisquei no escuro.

— Confiança?

— Eu já lhe disse isso antes, você precisa confiar em


mim, Leah.

— Com o quê?

— Com tudo.

Ele era louco?

Ele queria que eu confiasse nele? Com tudo? Então,


quando ele estiver cheio de mim, ele ia me deixar ir e avançar
para a próxima concubina, fazendo isso por toda a
eternidade.

Ele tinha que ser louco!

Ele, é claro, me levaria em festas de aniversário e


talvez, quando as décadas passassem, recrutaria-me para
ajudá-lo a perseguir sua próxima obsessão.

Rapaz, como seria divertido.

Demorou muito para sair de mim e realmente não foi


uma coisa legal de se fazer, mas a autopreservação me
obrigou a enrolar para mais perto dele e mentir novamente.

— Você tem a minha confiança.

Era quase imperceptível, mas eu podia jurar que senti


seu corpo dar um pequeno empurrão.

475
— Você não acha que eu sei como se sente? — Ele
perguntou e sua voz não era mais suave e divertida, ele
estava chegando em direção a raiva.

Eu tinha, inadvertidamente, cometido um erro tático.

Eu tentei salvar a situação.

— Lucien — eu comecei.

Eu não salvei a situação. Ele se manteve falando.

— Quando a domesticação é completa, Leah, não é


completada com palavras ou uma cerimônia. Isso acontece
por meio de ações e sentimentos

Suas palavras levaram a respiração fora de mim. Ou,


devo dizer, uma palavra particular.

— A domesticação?

— A domesticação — disse ele calmamente. — Estou


domando você.

Eu senti a velha Leah escorregar de volta no lugar.

— Você está me domando?

Seu corpo ficou tenso e seu braço apertou em volta de


mim de uma forma que senti como uma contenção.

Mesmo assim, sua voz ainda era calma quando ele


respondeu:

— Sim.

476
— Domesticar — eu repeti.

Agora, ele parecia que ele estava sorrindo quando ele


repetiu:

— Sim.

— Isso quer dizer que o que eu acho que isso significa?


— Perguntei.

— Eu estou supondo que é pouco provável - respondeu


ele.

Isso não me fez sentir melhor.

— Você já fez esse... — Eu mal podia me fazer dizer


isso, mas eu me forcei falar — negócio de domar muito?

— Não recentemente, não. Mas eu costumava fazer isso


antes da revolução na ocasião. Mas só se a minha presa fosse
especial, — ele me segurou mais perto e sua voz ficou mais
suave, — como você.

Eu imaginei que ele pensou que este era um de seus


profundos elogios.

Eu não.

— Estou cansada — eu anunciei, de repente.

E eu estava. Muito cansada. Da minha vida louca!

477
Mais especialmente do louco vampiro que estava
compartilhando minha vida louca (contra a minha vontade,
eu poderia acrescentar).

Ele ficou em silêncio por alguns momentos.

Em seguida, seu corpo se movia como se estivesse


rindo. Eu triturei meus dentes juntos, quando eu percebi que
ele estava, na verdade, rindo. Ele deve ter ouvido meus
dentes moerem porque o riso se tornou vocal.

Eu me visualizei chutando-o na canela. Era infantil,


mas funcionou.

— Isso não seria uma coisa muito legal de se fazer,


meu bichinho — ele sussurrou e meu corpo ficou imóvel.

Ele tinha me visto visualizando.

Deus, eu o odiava!

Eu tentei me afastar, mas o braço estava me


bloqueando.

— Por favor, deixe-me ir?

— Por quê? — Ele perguntou, ainda rindo.

— Então eu posso ficar confortável — Eu bati.

Myrna nunca diria isso, mas foda-se Myrna. Se fosse


um momento para falar, esse era o momento.

478
Instalou o seu peso em mim, me mudando para
minhas costas, as pernas enroscando com a minha, seu
braço ainda me prendendo, mantendo-me perto.

— Isso não é confortável, — eu declarei noutra mentira.

— Humm, — ele murmurou contra a minha têmpora e


um arrepio feliz deslizou pela minha pele (outra coisa que eu
ignorei), — Eu discordo.

Ok, eu tinha que ter controle. Por mais que eu


detestasse pedir isso, eu tinha que fazer.

O que Myrna faria?

Eu quebrei a cabeça. Então entendi.

— Tudo o que você quiser, Lucien, — eu murmurei,


obediente.

Ele riu baixo, mais uma vez, beijou minha testa, então,
ordenou:

— Vá dormir, Leah.

Eu não respondi. Eu também não dormi.

Decidi me irritar.

Isso durou cerca de cinco minutos.

Em seguida, seu calor, seu peso, sua respiração suave


mexendo no meu cabelo, seu corpo grande, poderoso em
repouso no meu, um corpo que poderia provavelmente me

479
manter segura a partir de praticamente qualquer coisa no
mundo, permeado meu subconsciente e um segundo depois,
eu estava morta para o mundo.

480
Capítulo Quatorze

A Explosão

— O que aconteceu com Leah?

Mesmo depois de ouvir a pergunta sussurrada de


Stephanie, Lucien não tirava os olhos de Leah quando ela
deslizou para longe deles através da sala lotada.

Ele ouviu Leah dizendo baixinho de novo e de novo,

— Desculpe-me — enquanto ela se movia entre o


esmagamento dos patronos da ópera em seu caminho para o
banheiro. Às vezes, ela iria dar-lhes um pequeno sorriso
educado.

Enquanto se movia e falava, os clientes se viravam para


olhar.

Os homens continuavam olhando. As mulheres


encaravam e lançavam olhares de ódio.

Ela desapareceu de vista e os olhos de Lucien ficaram


onde ele a viu pela última vez.

Três semanas.

481
Fazia três semanas desde o seu domingo juntos, um
dia que começou incrivelmente bem e terminou incrivelmente
mal.

E então ela teve seu sonho.

— Lucien? — Stephanie chamou, mas, perdido em


pensamentos, Lucien não respondeu. Ele continuou a
observar a entrada do salão onde ele tinha visto Leah pela
última vez.

Ele temia que tivesse quebrado ela. Não como ele


pretendia, de uma forma que ele nunca poderia ter imaginado
nem jamais queria.

Pela primeira semana, ele a viu de vez em quando.


Frequentemente, seus olhos piscavam. Outras vezes, ela
ficava dolorosa e divertidamente indecisa, como se ela tivesse
uma reação, mas foi obrigando-se a exibir outra. Ela também
perdeu a paciência ao tentar fazer-lhe algum suflê complicado
que foi tremendamente mal no entanto seu discurso
desbocado depois que ele entrou em colapso foi imensamente
divertido.

O suflê desastroso lhe deu esperança.

Assim fizeram os sonhos.

Ela teve mais quatro, todos da mesma coisa. Todos eles


começam com seu movimento, quase se contorcendo contra
ele como se estivesse em êxtase, mas isso iria acabar
abruptamente em um grito de gelar o sangue.

482
Segundos depois, ele ouviria suas palavras
sussurradas em sua cabeça.

Eu te amo.

Pouco depois vinha o choro e a asfixia, ela acordava e


tentava fugir. Ele pegava-a e a abraçava até que seu tremor e
lágrimas cessavam.

Após o segundo sonho, tinham parado de falar sobre


isso. Ela apenas o agarrava à beira do desespero. Ele
acariciava suas costas ou o cabelo dela até que seu corpo
ficasse relaxado e ela adormecesse em seus braços.

Lucien fechou os olhos com força, como as palavras


soavam suavemente em sua cabeça.

Eu te amo.

Essas palavras, essas três palavras de porras,


sussurrando em sua cabeça.

Não eram nem mesmo as palavras, era o jeito que ela


lhe disse. Como se ela tivesse puxado para fora de sua alma e
oferecesse a ele como um presente.

E ele sabia que ela estava falando com ele, sonhando


com ele. Ela não estaria em sua cabeça se não estivesse. Ele
não seria capaz de ouvi-lo.

Ele também sabia que ela não estava mentindo quando


disse que não se lembrava. Algo estava bloqueando a
memória, provavelmente o poder por trás da emoção do que

483
quer que a fez gritar e chorar de forma inconsolável que era
difícil de assistir.

Lucien não sabia o que fazer com a intensidade de seu


sonho e as consequências ou o que significava para ele ou
Leah, exceto que era muito clara sua hostilidade em direção a
ele, e agora sua deferência para com ele, foram os
mecanismos de defesa. Ele conseguiu estabelecer uma
conexão, mas ela não estava permitindo-se a abraçá-lo.

Mesmo assim, ele não gostava que Leah os tivesse.

Seu terror era gritante, sua dor palpável e ele era


impotente para detê-los, um sentimento que ele nunca sentiu
e que ele não gostava muito.

Mas ele tinha que admitir, ele ficou intrigado com as


palavras e a intensidade com que ela as falava.

Mesmo se ele se sentisse de alguma forma torturado


por elas.

Era o sonho, e o suflê, que o fizeram pensar que ela


nunca seria capaz de continuar seu último jogo.

No entanto, nas últimas duas semanas, exceto quando


ela teve os sonhos ou quando ele estava se alimentando, e
mesmo assim ela parecia manter-se para trás, tudo o que foi
Leah havia desaparecido. Parecia não ser uma luta no
mínimo.

Em nenhum momento sua Leah apareceu brilhando.

484
Ela era como cada concubina que ele teve por 500
anos. Talvez não fosse tão reverente como parte ou tão
obviamente gananciosa pela alimentação como as outras,
mas na maioria apenas o mesmo.

Ele sentia falta dela.

Ele realmente perdeu suas disputas verbais, suas


cômicas frases pequenas entregues quando ela estava com
raiva, sua força de vontade, sua teimosia, sua curiosidade,
seu espírito, que enchia a casa.

Tudo se foi, inclusive sua expectativa de voltar para


casa para ver o que ela faria agora.

— Lucien? Luce? Hellooooo, Luce! Você está aí? —


Stephanie chamou e o olhar de Lucien mudou-se para ela.

— Desculpe — ele murmurou e os olhos de Stephanie


estreitaram em seu rosto.

— Algo não está certo no planeta Lucien e Leah —


Stephanie observou.

Lucien tomou um gole de sua bebida antes de dizer:

— Está tudo bem.

— Não me parece muito bem — Stephanie rebateu. —


Leah se parece com Leah, linda como sempre. E ela cheira a
Leah. E ela anda como a Leah. E fala um pouco como Leah.
Mas ela não é Leah.

485
Finalmente os olhos de Lucien focaram na sua amiga.

— Isso não é da sua conta, Teffie.

Stephanie era um dos poucos (na verdade, havia


apenas dois, ela e Cosmo) que iriam olhar para o rosto de
Lucien naquele momento e lançar um desafio.

E foi o que ela fez.

— Bem, eu imploro por discordar. Leah se tornou


minha amiga e eu estou preocupada. Eu estive lá duas vezes
esta semana. É como se eu dirigisse em Stepford e é
assustador. Eu não gosto e Edwina não está muito feliz.

— Tudo vai ficar bem, — disse Lucien, virando-se para


olhar para trás em direção ao corredor.

— Eu espero que sim, Luce, e eu espero que você faça


isso em breve. Porque não há nenhuma maneira que uma
mulher assim pode segurar muito sem explodir e eu não
estou certa mesmo que você vai querer estar por perto
quando ela deixa tudo sair.

Lucien cortou um olhar para ela, o tom de sua voz


deixando suas palavras cristalinas.

— Nós terminamos de falar sobre isso.

Stephanie sustentou o olhar por um longo momento,


em seguida mudou de assunto para um que era apenas um
pouco menos irritante.

486
— Rumores estão voando — informou ela.

— Rumores sempre voam — Lucien retornou com


desdém.

— Não rumores como este — ela retrucou. — Ouvi dizer


que o Conselho vai abrir uma investigação amanhã para o
que você está fazendo com Leah.

Lucien olhou para o salão com despreocupação.

— Eu ouvi isso também.

— Bem, eu aposto que você não tem ouvido falar que


Rafe disse a Dante que disse à Hamish que me disse que ele
está pensando em mudar-se com Lana Buchanan.

Os olhos apertados de Lucien cortaram de volta para


Stephanie.

— Penso que pegou sua atenção — ela murmurou.

— Diga-me que você está brincando — ele perguntou.

Ela balançou a cabeça.

— O que ele está pensando? — Lucien disse entre


dentes.

— Eu estou supondo que a mesma coisa que você. Ele


quer mais do que o sangue de Lana. As Buchanan são muito
saborosas. Eu tive um para mim anos atrás, eu sei. Vocês
rapazes gostam de cheiros diferentes e você deseja obter um
pouco disso.

487
O corpo de Lucien se moveu, virando-se para
Stephanie, de forma que a deixou tensa.

— Você está entediada, Teffie? Você quer que eu te


desafie?

— Eu estou dizendo como ela é — ela voltou.

— Se tudo o que eu queria era um pedaço de bunda, eu


teria seduzido Leah 20 anos atrás.

— Ah, certo — Stephanie zombou, — você quer a


domesticação.

Lucien, que, nos dias de hoje com Leah se


comportando do jeito que ela estava, tinha pouca paciência,
perdeu o pouco que tinha.

— O que você está insinuando? — Ele cortou.

— O que eu estou insinuando, Lucien, é que eu sou


tudo para isso. Vampiros serem vampiros. Estas regras
ridículas sendo quebrado em pedacinhos. Eu quero a caça,
assim como tudo o que fazemos. Eu sinto falta. Eu anseio por
isso. O problema que tenho, agora, com você, é que você
tenha ido para fora do alvo. Você está mexendo com Leah e
as coisas, obviamente, não estão certas.

— Fique fora disso, Teffie — alertou.

— Ela mudou — Stephanie rebateu.

488
— Ela mudou antes. Você sabe como é, como é lutar
contra isso. Ela vai mudar de novo.

— Eu suspeito que ela vai, mas você está preparado


para quando ela fizer?

Pela primeira vez em dias, Lucien sorriu. Stephanie


rosnou.

Em seguida, ela sussurrou,

— Você não entende, não é?

O sorriso de Lucien cresceu arrogante.

— Não agora, mas eu vou.

Stephanie inclinou-se.

— O que, exatamente, você acha que ela está


trabalhando tão duro para se proteger, Lucien? Alguma vez
você já pensou nisso? Você domesticou muitos mortais, o que
aconteceu com a pessoa que lhe deu a batalha mais difícil?

O sorriso morreu em seu rosto e Lucien sentiu-se


estremecer. Stephanie viu-o e foi para matá-lo.

Falando calmamente, ela disse:

— É isso mesmo, ela se apaixonou por você. Felizmente


para Maggie, você se apaixonou por ela também e você pode
fazê-la sua companheira. Isso não é uma opção para Leah.
Então o que acontece quando ela direcionar todo esse

489
sentimento e força de vida dentro dela em você, então,
quando você terminar com ela, onde ela vai chegar?

Eu te amo.

As palavras ditas no sussurro sincero de Leah, como


elas fizeram uma e outra vez, dia após dia, veio
espontaneamente em sua cabeça.

Lucien não gostou do que ele estava sentindo.

— Fique fora disso, Teffie.

— Eu estou dentro, todos estamos. — Ela se


aproximou. — Se Rafe vai morar com Lana, leva-la como
amante, o Conselho não vai olhar com bons olhos o que está
fazendo com Leah. Eles poderiam ter antes, para pagar a sua
dívida, mas isso está se espalhando. Eles vão querer cortar o
mal pela raiz, e a melhor maneira de fazer isso é desligar sua
fonte.

— Eu vou falar com Rafe.

— Sim? E o que você vai dizer?

Lucien segurou o olhar de Stephanie e tomou uma


decisão.

— Eu vou parabenizá-lo em seu novo lar.

Seus olhos se estreitaram.

— Você está falando de revolução.

490
— Por que você está agindo surpresa? — Perguntou
Lucien. — Você sabia que era uma possibilidade desde o
início.

Ela jogou a mão.

— Isso está acontecendo muito rápido, Luce. Nós não


estamos preparados.

— Isso já aconteceu, Teffie. Eu desenhei a linha no


momento em que Cosmo refugiou Leah de ninguém
declarando suas intenções em sua seleção. Desde então, todo
mundo tem tomado sua posição sobre o seu lado da linha. O
Conselho terá que levar isso em consideração quando fizerem
o seu julgamento.

— Você acha que eles vão entender?

— Eu acho que eles devem entender em algum nível


que suas tradições são antiquadas e eu estou contando com
eles, tendo visão de futuro.

— E se eles não tiverem?

Lucien nivelou os olhos para ela.

— Você tomou a sua posição na linha, Teffie, você está


mudando sua mente?

— Quando eu escolhi o meu lado, eu não sabia sobre


Leah.

As sobrancelhas de Lucien se juntaram.

491
— E o que isso tem a ver com a Leah?

Ele observou, surpreso, como o rosto de Stephanie


ficou pálido, sua boca ficou frouxa e seus olhos deslizaram da
sua.

— Teffie? — Ele perguntou.

Seus olhos deslizaram para trás e ela sussurrou:

— Você tem que perguntar isso? Você?

Lucien, infelizmente, optou por não responder.

Então Stephanie continuou falando.

— O que a última revolução fez com Maggie, Lucien?

Lucien sentiu cada centímetro de seu corpo esticar


tenso.

— Estamos colocando-a em perigo — Stephanie


passou.

— Leah não estará em perigo — Lucien cortou.

— Você está tão certo?

Lucien avançou um centímetro muito ameaçador.

— Sim — ele rosnou. — Estou muito certo.

Stephanie olhou, seus olhos não se deslocaram dos


dele, algo que parecia compreensão finalmente piscou nela.

492
Então, aparentemente apaziguada, mesmo agora, a
verdade, agradou, ela balançou a cabeça e olhou por cima do
ombro.

— Ela está voltando, — observou Stephanie e Lucien se


virou.

Leah estava se movendo em direção a eles, apertando


entre os corpos com os menores sorrisos e perdões
murmurados. Ele percebeu imediatamente que ela tinha
reaplicado seu brilho labial.

Ela estava usando um vestido sem alças, de orquídea-


colorida. Simples. Elegante. Sem adorno sobre a fenda do
vestido profunda na frente que começava nas coxas, o peso
do andar arrastou a saia de volta expondo suas pernas bem
torneadas. Ela usava um par de saltos altos, sandálias de
ouro polido que ele tinha comprado para ela quando eles
fizeram compras.

Seu cabelo não era simples, estava elegante. Ela deixou


secar em ondas naturais, em seguida, puxou-o para cima e
para trás de uma forma que era elegante, mas confuso,
aparentemente inocente, mas sexy. Estrategicamente
colocado, uma dúzia de pequenos grampos de cabelo de
borboleta filigranado de ouro que ele tinha comprado para ela
e na garganta uma corrente de ouro pendurada delicada com
outra filigrana de borboleta maior. Nas de seu cabelo, as asas
estavam perto do fechado, a que está em sua garganta as
asas abertas.

493
Ele comprou-lhe as jóias, porque ele gostou, ele achou
que combinavam com ela e ele queria uma reação. Ele tinha
sido cauteloso com ela desde a noite que jogou o copo de
vinho e ela teve seu primeiro sonho. Ele recuou e usou de
extrema paciência, tentando puxá-la para fora com cuidado.
Nenhum dos quais, aliás, estava funcionando.

Ele tinha dado a jóia a ela na noite anterior, logo antes


de irem para a cama quando ele lhe disse que estaria saindo
naquela noite.

Ela não tinha sido oprimida por este gesto. Ele não
havia recebido nenhum sorriso radiante. Na verdade, ela
sempre apenas sorria para ele uma vez e nunca repetia.

Em vez disso, ele só foi devidamente agradecido. Nada


mais.

Ele olhou para ela chegando mais perto, o pensamento


que ele estava absolutamente certo. O vestido, os sapatos e
as jóias todos muito lhe convinham.

A expressão vazia no seu rosto muito bonito não.

Ela estava a menos de dez metros de distância quando


a mão de um homem enrolou em seu braço, impedindo o seu
progresso.

— Leah? — Lucien ouviu a voz, seus olhos mudaram-se


para o homem. Ele reconheceu-o e, sem demora, Lucien
mudou.

494
Ele teria gostado de ter se movido mais rápido, mas ele
se forçou a ir com a lentidão de um mortal e foi naquele
momento que Lucien esperava que houvesse revolução, que
os vampiros fossem libertados para ser quem eles eram e
fazer o que quisessem.

Por exemplo, estar ao lado de Leah em uma fração de


segundo, agarrando-a e saltando em toda a sala, em vez de
ter que serpentear pelo seu caminho terrivelmente
lentamente em direção a ela.

— Justin? — A voz de Leah estava atordoada e não de


uma forma feliz.

— Leah, menina, o que você está fazendo aqui? — A voz


de Justin também estava atordoada, definitivamente, de uma
forma feliz.

Lucien chegou ao seu lado na hora de Justin puxar


Leah em seus braços.

Ela visivelmente endureceu. Assim fez Lucien, um meio


segundo antes de ele se aproximar, a fim de livra-la de um
abraço com seu ex-amante.

Leah chegou lá antes dele. Ela colocou as mãos à


cintura de Justin e empurrou. Seu ombro encontrou o peito
de Lucien e sua cabeça virou-se para olhar para ele.

E então ela fez algo que surpreendeu Lucien.

495
Ela se virou para ele, deslizando o braço ao longo das
costas, os dedos enrolando em sua cintura. Ela se inclinou
para a frente de seu corpo para o seu lado, pressionando
perto.

O ato foi feito sem problemas, como se ela se enrolasse


nele o tempo todo. Ele também foi imensamente proprietário
de uma forma sedutora, feminina.

Ele gostou, um grande negócio, e, portanto, relaxou.

— Lucien, este é Justin. — Ela fez um gesto com a


mão, em seguida, virou-se dele para Justin. — Justin,
conheça Lucien.

Lucien olhou para Justin que, com agrado, agora não


parecia tão feliz de ver Leah. Seus olhos estavam correndo
para trás e para frente entre os dois e seu rosto empalideceu
ligeiramente.

Infelizmente, Lucien teve que quebrar o contato com


Leah que tinha escavado sob o braço direito para apertar a
mão do homem.

— Justin — ele murmurou.

— Lucien — Justin murmurou de volta, apertando a


mão dele.

Foi um esforço, mas Lucien parou de esmagar todos os


ossos na mão de Justin. Independentemente disso, Justin fez
uma careta por trás do poder do aperto de Lucien.

496
No minuto em suas mãos se soltaram, Leah se moveu
de volta, assumindo a mesma posição, mas desta vez ela
descansou a outra mão em seus músculos abdominais
superiores.

Foi um toque leve, mas falou muito.

Tal como acontecia com a maioria dos momentos com


Leah, mas especialmente naquele momento, Lucien tinha o
desejo furioso de beijá-la.

— O que você está fazendo aqui? – Perguntou a Justin,


sua voz não inteiramente amigável, não exatamente hostil.
Ela estava testando as águas e Lucien decidiu dar-lhe a
liderança nesta situação incerta.

— Eu me perguntava mesma coisa — Justin


respondeu, sua voz era totalmente hostil, o seu prazer ao vê-
la tinha evaporado.

— Você primeiro — disse Leah, ela leu seu tom de voz e


as palavras dela eram foscas.

Lucien se estabeleceu assistindo.

Justin olhou entre Lucien e Leah novamente, seus


olhos viajando para baixo medindo Lucien. Lucien deslizou o
braço em torno de Leah, colocando seus dedos em seu
ombro. Os olhos de Justin mudaram, ele assistiu a este e sua
boca ficou apertada.

Então ele falou.

497
— No último minuto, eles mudaram de ideia e em vez
de me transferir para Seattle, eles me transferiram para cá.

— Você mora aqui? — Perguntou Leah e Lucien sentiu


seu corpo enrijecer.

Não são boas notícias, pelo menos não para Leah.

— Sim, eu moro, — Justin respondeu. — Agora... você.

— Eu moro aqui também — Leah disse a ele e Lucien


viu os olhos de Justin se arregalarem com descrença.

— Você mora aqui? — Ele sussurrou.

— Bem, não aqui, na cidade — explicou Leah. — Eu


moro em Dragon Lake.

Os olhos de Justin, já grande, ficaram enormes.

— Dragon Lake? — Sua voz tinha caído ainda mais


baixo, em seguida, ele apitou antes de afirmar: — Isso explica
tudo.

— Explica o que? — Perguntou Leah bruscamente.

— O que a arrastou longe da sua família e todos os


seus amigos. Obviamente, se você pode se dar ao luxo de
viver em Dragon Lake, você deve ter conseguido um trabalho
e tanto. Esse é um bairro caro.

— Nós realmente não vivemos em Dragon Lake. —


Lucien decidiu que era hora de entrar na conversa. —
Vivemos fora da cidade, no lago.

498
Lucien não colocou qualquer ênfase no “nós”, mas,
novamente, ele não precisava. Justin pegou seu significado,
seus olhos se estreitaram em Lucien e sua mandíbula
apertou. Mais uma vez ele olhou entre Lucien e Leah e Lucien
ouviu seu coração começar a bater mais rápido.

Irritado.

Lucien reprimiu um sorriso.

Finalmente os olhos de Justin pararam em Lucien e ele


perguntou:

— E você?

— Justin — Leah começou seu corpo tenso indo sólido,


mas os olhos de Justin não se moveram de Lucien.

— Você sabe quem eu sou? — Perguntou.

— Justin — Leah começou novamente, mas Lucien


falou sobre ela.

— Sim — respondeu Lucien.

— Então você sabe que ela terminou comigo há apenas


cinco meses.

— Justin! — Leah estalou, mas Lucien voltou a falar


sobre ela.

— Sim — Lucien repetiu.

Os olhos de Justin saltaram para a Leah.

499
— Você é um motor rápido. Ou você estava com ele
antes de você terminar comigo?

— Justin — ela começou, mais uma vez, seu nome um


caco de gelo, mas desta vez Justin falou sobre ela.

— Colar legal, Ley-lo. — Sua voz era sarcástica e foi a


vez de Lucien ir tenso.

— Nós temos que fazer isso? — Perguntou Leah, seu


tom duro dizendo que não era uma questão em tudo e que
eles não iriam fazer “isto”.

Justin discordou.

— Oh, eu não sei — ele falou com sarcasmo. — Seis


meses atrás, me disseram que eu estava sendo transferido,
com um grande aumento de merda e um bônus enorme. Não
tanto que iria colocar-me perto de Dragon Lake, mas não era
nada pequeno. Você disse que não iria se mudar, de jeito
nenhum. Acho que você estava esperando por alguém que
pudesse colocar o ouro em seu pescoço e sua bunda em uma
casa de dois milhões de dólares em Dragon Lake.

— Eu acho que você terminou — Lucien disse a ele e


sua voz deixou claro que Justin, de fato, terminou;

Mais uma vez, Justin não concordou.

— Oh, você agora?

Leah pressionado em seu lado como sua mão subiu


para agarrar sua lapela.

500
— Lucien, não

Lucien olhou para ela e viu seu rosto empalidecer com


alarme. Mas antes que ele pudesse tranquilizá-la, Justin
estava lá.

— Ele é um cara grande, Ley-lo, mas você sabe que eu


posso me cuidar, — anunciou. O corpo de Leah virou-se para
mármore e os olhos de Lucien cortaram-lhe.

Justin era moreno, de olhos escuros e claramente em


forma, mas, mesmo que Lucien não fosse um vampiro, ele
tinha 10 cm e 22 quilos sobre ele, pelo menos.

No entanto, ele era um vampiro e sem qualquer esforço


de todos, ele poderia rasgar a cabeça do homem fora que era
algo que ele teria gostado de fazer. Não porque ele era
claramente um idiota, mas porque Lucien sabia que ele tinha
sido um idiota para Leah por um tempo muito longo.

Justin, Lucien sabia por Fiona, era ambicioso. Ele


também foi insensível com sua ambição não só nos negócios,
mas muitas vezes cancelando os planos com Leah, por vezes,
mais importantes ou especiais, a fim de passar o seu tempo
arranhando seu caminho para o topo.

Justin era tão ambicioso que, quando ele precisava que


Leah estivesse disponível para encantar os associados em um
jantar de negócios ou similares, independentemente do fato
de que muitas vezes ele escolheu trabalhar em vez de estar
com ela, ele exigiu sua presença. Ele fez isso mesmo, na

501
ocasião, quando ela estava doente ou quando ela tinha outros
planos. O primeiro, que ela tinha feito, de acordo com a
Fiona, uma vez. Este último ela lhe disse para — ir se ferrar
— (contou Fiona, direto da boca de Leah), o que significava
que eles brigaram, não limpa ou, pelo menos, Justin não
brigou limpo. Em uma luta, ele sempre foi, ele era insensível,
egoísta e manipulador.

Justin, Lucien sabia agora, também era estúpido.

Leah tentou salvar a situação.

— Estamos na ópera — ela assobiou para Justin.

— Então, porra, o quê? — Justin sussurrou de volta. —


Você acha que pode ficar lá e se pendurar em um cara, um
cara que você conheceu pelo quê? Um par de meses? Um
cara com que você foi morar quando você não iria distrair a
noção por um segundo sequer comigo? Segurem-se que ele
estava certo na minha frente, quando há cinco meses estava
na minha cama?

Lucien preparado para se mover.

— Eu vejo que você não terminou, mas nós sim.

Justin, provando sua imensa estupidez, inclinou-se e


retrucou:

— Ouça-se, Lucien, o que tipo de porra de nome que


seja, me escute. Confie em mim, eu sei porra. Saia, saia

502
agora. Ela vai torcer você em torno de seu dedo mindinho, vai
fazer você ficar viciado nesse toffe dela e então ela vai...

Lucien explodiu.

Em vez de rasgar-lhe a cabeça, que era algo que ele


agora realmente queria fazer, ele fez outra coisa que
provavelmente não iria horrorizar Leah, o resto de seus
muitos espectadores e sentenciá-lo a ser caçado e queimado
pelo Domínio. A última coisa que colocaria um mundo de dor
em seus planos para domar Leah como ele estaria morto.

Silêncio, Lucien ordenou, a boca de Justin se fechou e


seus olhos se arregalaram. De pé, Lucien continuou e, sem
hesitar, o corpo de Justin empurrando rigidamente, ele se
virou e foi embora.

Lucien o assistiu ir.

Então ele ouviu Leah respirar:

— Você...?

Sua cabeça inclinou para baixo para olhá-la e ela


estava olhando para ele, os lábios entreabertos, os olhos
arregalados, diante cheios de admiração. Seu olhar favorito.
Um olhar que não tinha visto em três semanas, um olhar que
ele não percebeu o quanto ele perdeu até aquele momento.

Ela continuou:

— Você acabou de controlar a mente de Justin?

503
— Sim — Lucien respondeu sem hesitação se
perguntando qual seria sua reação.

Se ele tivesse sido convidado, ele teria imaginado uma


variedade de coisas. Nenhuma das quais era o que ele
recebeu.

Ela começou a rir.

Rindo.

Ela jogou a cabeça para trás, expondo a linha elegante


de sua garganta, seu rosto se iluminou com a alegria, todo o
seu corpo tremendo com ele.

Ele nunca a fez rir. Nem uma vez.

Em 800 anos houve um grande número de coisas que


tinha feito, mas, naquele momento, nenhum deles parecia tão
monumental como fazer Leah dar risada.

Ela se enrolou em sua frente. Um braço ainda estava


segurando-o firmemente em torno da cintura, a outra mão
ainda apertava em sua lapela. O resto de seu corpo entrou
em colapso nele como se o peso de sua alegria fosse demais
para suportar. Ela curvou seu pescoço e encostou a testa no
peito dele, ainda rindo.

— Você... você... controlou a mente de Justin — ela


gaguejou por suas risadinhas em seu peito, em seguida, a
cabeça bruscamente para trás e riu com júbilo — Justin!

504
Lucien sentiu o olhar de Stephanie. Ele olhou para ela
para ver as sobrancelhas levantadas, um sorriso brincando
em sua boca.

Ele olhou de volta para Leah e tomou uma decisão.


Meio puxando, meio arrastando-a ainda rindo, ele guiou-a ao
corredor menos cheio que levava aos banheiros. Lá, ele
pressionou-a na parede e se aproximou.

Ela colocou as mãos em seu peito e sorriu para ele.

Lucien sentiu seu peito ficar apertado. Este sentimento


não era desagradável no mínima.

— Isso é geralmente o show de Justin — disse ela


através de seu sorriso.

— Perdão? — Perguntou Lucien, sorrindo de volta, com


os braços correndo ao redor de sua cintura para puxá-la para
mais perto, mesmo quando ele se inclinou para ela,
pressionando as costas contra a parede.

— O controle da mente. Justin era o mestre. — Então


ela riu de novo, em voz alta, seu corpo flácido no dele.
Quando ela se controlou ela lhe disse: — Se eu conhecesse
você há seis meses, eu teria pago a você para controlar a
mente de Justin. Ele era um merda, um mestre manipulador.

— Você não teria que me pagar, meu bichinho. Teria


sido o meu prazer. — Ele ainda estava sorrindo, mas suas
palavras eram graves.

505
Ela também acalmou. Seu corpo se contraiu e o sorriso
morreu em seu rosto.

Lucien o queria de volta.

— Não — ele advertiu, seus braços apertando.

Ela olhou em volta, notando pela primeira vez onde ela


estava. Então seus olhos se encontraram na entrada a cinco
pés no corredor.

— Devemos voltar para Stephanie

— Olhe para mim, Leah.

Pela primeira vez em semanas ele assistiu ela lutando


contra sua reação natural diante de seus olhos se
encontrando.

— Durante cinco minutos, eu tive você de volta. Não vá


embora de novo — ele exigiu.

— Mas você já... — ela começou e ele a cortou.

— Se você me disser que eu já tenho você, eu juro por


Cristo, nós vamos para casa agora e vou fazer o que eu tiver
que fazer para arrastá-la para fora da porra de fortaleza que
você construiu ao seu redor.

Sua boca apertada fechou, seus olhos brilharam e


Lucien sentiu um raio de euforia rasgar por ele.

Por fim, ele estava chegando a algum lugar.

506
— Podemos falar sobre isso mais tarde? — Ela
perguntou em voz baixa.

— Não há nada para falar — disse ela. — Você está se


retendo de mim.

— Não estou... — ela voltou.

— Leah. — Seu nome era um aviso.

— Bem, eu não estou! — Sua voz estava subindo e


Lucien acolheu com agrado.

Devido a isso, seu tom de voz suavizou quando ele


falou.

— Você se esquece, querida, eu tenho te observado por


20 anos.

Seus olhos deslizaram para longe e ela murmurou

— Eu não me esqueci disso.

Seus braços lhe deram um aperto e seu olhar voltou ao


seu.

— Por isso, eu sei que a Leah Buchanan com quem


estou compartilhando a cama não é Leah Buchanan.

— Ela é — retrucou Leah.

Teimosa. Ele quase sorriu.

Ele não o fez.

507
— Ela não é — respondeu ele.

— O que você quer de mim? — Perguntou ela e lá


estava a simples sugestão de um piscar de olhos à sua
pergunta. Independentemente da sua compostura
desmoronando, ele podia ouvir seu coração acelerado e ele
podia sentir seu medo.

Ele tinha perdido isso também.

Ele a puxou ainda mais perto e suas mãos sobre seu


peito começaram a pressionar.

Ele ignorou.

— Tudo — ele respondeu.

— Você tem isso.

— Eu não tenho.

— Tudo o que você não tem, então você não pode ter.

Definitivamente um piscar de olhos.

Sim, sua Leah estava voltando.

Ele não poderia ajudá-la, ele sorriu. Seus olhos caíram


para a boca e ele ouviu seu pulso acelerar.

— Você está dizendo que você está determinado a não


ser nada, além de minha puta, — afirmou.

Seu corpo cresceu ainda e seu coração parou.

508
— O quê?

— Você tem uma escolha. Você pode estar comigo como


eu quero que você seja ou você pode ser minha puta. Sua
escolha.

Ele observava seu rosto trabalhar enquanto ela lutava


para encontrar uma maneira de sair da situação em que ela
se colocou.

Então ela disse:

— Não há uma terceira opção?

— E isso seria?

— Você pode me libertar.

Ele sentiu o peito apertar novamente. Desta vez, foi


extremamente desagradável.

— Isso não vai acontecer.

Ela empurrou contra ele. Ele ignorou.

— Recuso-me a escolher — ela sussurrou.

— Então eu vou escolher.

Ela parou de respirar e seu rosto ficou pálido antes


dela sussurrar,

— Você não pode me obrigar a fazer qualquer coisa.

509
Sua mão deslizou por suas costas, os dedos envolvendo
em torno de seu pescoço.

— Gostaria de me tentar, bichinho?

Seu medo cravou, o cheiro dele encheu o salão e ele


sentiu seu pau começar a ficar duro pela reação quando
sentiu seu coração tropeçar contra seu peito.

Os sinos soaram, anunciando que era hora de os


clientes tomarem seus lugares.

— Por favor, podemos falar sobre isso depois? — Ela


implorou e estudou seu rosto.

Ela teve o suficiente. No entanto, ele ia novamente


passar.

— Sim — ele cedeu. — Podemos falar sobre isso mais


tarde.

Ela caiu em relevo contra ele.

Ele baixou o rosto para tocar a boca na dela.

— Mas vamos falar sobre isso, Leah — advertiu, seus


lábios se movendo contra os dela. — Seu novo jogo termina e
começamos. — Ele observou de perto enquanto seus olhos se
arregalaram, o cheiro dela envolvendo-o, seu delicioso medo
revestindo sua garganta. — Hoje à noite — completou.

*****

510
Leah sentou ao lado dele no carro, fingindo dormir.

Ele sabia que ela não estava dormindo. Ele dormiu um


mês de noites ao seu lado. Ele sabia exatamente como a sua
respiração e o coração soavam quando ela estava dormindo.

Não assim.

Além disso, ela não poderia estar cansada


considerando que ela tinha tido um cochilo na ópera.

Era seguro dizer, mesmo que Leah não tivesse dito a


ele, que não gostava de ópera.

Durante o primeiro ato, ele descobriu isso quando ele


sentiu os movimentos sutis ao lado dele. No entanto, quando
ele virou a cabeça para olhar para ela, sua própria cabeça
inclinada como se profundamente em contemplação.

Ele não pensou nada disso, suspeitando que ela


estivesse considerando suas opções para a sua discussão
mais tarde naquela noite.

Seu olhar mudou-se para Stephanie, que estava


sentada ao lado de Leah, olhos grudados no palco, os lábios
se curvavam em um sorriso divertido.

Eles não estavam assistindo uma comédia.

Seu olhar viajou de volta para Leah e ele viu de repente


ela puxar um rosto escandaloso. Chin se projetava de modo
que as cordas em seu pescoço esticavam, ela sacudiu sua
língua entre os lábios como uma cobra.

511
Lucien olhou incrédulo perguntando se a pressão de
sua domesticação estava ficando com ela.

Então ele ouviu a risada de uma criança.

Ele olhou para baixo sobre o parapeito da varanda e


viu uma menina com não mais do que seis que estava
completamente desinteressada na ópera. Ela estava olhando
para Leah, o rosto envolto em sorrisos. Depois de um
momento, ela imitou cobra no rosto de Leah e depois
reorganizando seus recursos, usando os polegares para puxar
a boca e os dedos para puxar para baixo os olhos.

Lucien olhou para Leah, que tinha saltando os olhos


comicamente de largura e estava balançando a cabeça em um
sutil — não.

A criança riu de novo, praticamente pulando em sua


cadeira, fazendo movimentos com as mãos que Leah estava
seguindo, algo na liderança que tinha, aparentemente, vindo
acontecer há algum tempo. Sua mãe, sentada ao seu lado,
finalmente percebeu o comportamento de sua filha e Lucien
ouviu repreensão silenciosa da mãe.

Seu braço se moveu ao redor dos ombros de Leah, ela


pulou e sua cabeça virou-se para ele. Ele pegou um olhar em
seu rosto que quase o fez dar gargalhadas. Ela parecia
exatamente como a criança de seis anos a seguindo, que
tinha sido capturada e repreendida.

Ele procurou sua orelha com a boca e sussurrou:

512
— Seja boa.

Ele sentiu os ombros tensos debaixo do braço, mas


ignorou-a, puxando-a para o seu lado, que ela resistiu
inutilmente.

Seus olhos se moveram para Stephanie, que estava a


observá-los, com um largo sorriso agora antes que ele
colocasse Leah firmemente em seu lado e olhou para o palco.

Ele, também, estava sorrindo.

Ela conseguiu reduzir suas palhaçadas pelo resto do


primeiro ato e conversou amigavelmente pensativo com
Stephanie durante o intervalo.

O segundo ato, ele posicionou-a como ele tinha feito no


primeiro e ela prontamente adormeceu com a cabeça em seu
ombro.

E esse cochilo não tinha sido fingido. Ela tinha estado


fora, a totalidade do seu peso descansando contra ele.
Embora ele desejasse que ela lhe dissesse que não gostava de
ópera, ele não poderia dizer que se importava ela dormir com
a cabeça em seu ombro, onde poderia puxar uma mecha de
seu cabelo livre e torcer sua sedosidade ao redor de seu dedo
algo que ele descobriu naquela noite, poderia fazer por horas.

Seus pensamentos ainda nessa mecha, Lucien viu que


eles estavam em casa.

513
Ele bateu o controle da porta da garagem e estacionou
o Porsche ao lado do Cayenne. Ele estava fora do carro ao
lado dela com a porta aberta quando ela fingiu acordar.

— Estamos em casa? — Ela perguntou em uma voz


sonolenta falsa.

Lucien reprimiu um sorriso.

— Sim, querida.

Ele a ajudou a sair e ela começou a vagar sonolenta


para a porta da cozinha. Ele a pegou e deslizou um braço ao
longo de seus ombros, puxando-a para perto e orientar-lhe o
resto do caminho.

— Cansada? — Ele perguntou com falsa solicitude


quando ele os passou pela porta para que ele pudesse
pendurar suas chaves no gancho na parede da cozinha.

Ela fingiu um bocejo.

Em seguida, ela respondeu:

— Definitivamente.

— Vamos levá-la para a cama — ele murmurou, e ela


balançou a cabeça.

Ele caminhou com ela perto de seu lado todo o


caminho até o quarto onde ela se afastou. Mudou-se para
acender a luz de cabeceira e ela se sentou na cama,

514
dobrando-se, as mãos que se deslocaram para as alças do
seu sapato.

Ele tirou o paletó e caminhou até a cadeira.

— Acho que você não gosta de ópera? — Ele perguntou,


lançando a jaqueta na cadeira e sentando-se para tirar seus
próprios sapatos.

— Um... — ela hesitou, deslizando o sapato de seu pé,


colocando-o de lado e, em seguida, indo depois as tiras do
outro, — não.

Satisfeito que ela não tinha tentado mentir, a fim de lhe


dizer o que ela achava que ele gostaria de ouvir, Lucien se
levantou e desabotoou a camisa.

— Eu acho que eu tenho isso.

Ela se levantou da cama sem uma resposta, ou mesmo


olhando para ele e se dirigiu para o vestiário.

Usando sua velocidade natural, ele deslizou fora de sua


camisa, ela caiu sobre a cadeira e estava ao seu lado antes
que ela andasse três passos.

Sua mão agarrou a dela, ela tremeu a uma parada e


olhou para ele.

— Onde você está indo? — Ele perguntou.

— Tirar o meu vestido e colocar meu pijama — ela


respondeu.

515
— Sem pijama — Lucien respondeu, seus olhos se
arregalaram e ele virou-a então suas costas estavam de frente
para ele antes que ele continuasse. — Eu quero sentir você
contra mim esta noite, bichinho.

Seu corpo se transformou em pedra enquanto seus


dedos foram para o seu zíper, mas ela não resistiu.

Ele deslizou para baixo e ela ficou ereta. O material se


separou e depois caiu. Ela estava vestindo nada além de um
par de calcinhas cor de lavanda com laços da mesma cor.
Suas mãos subiram para proteger seus seios enquanto ele a
virou de novo e puxou para ele, com os braços presos entre
seus corpos.

— Tire minhas calças, — ordenou seus dedos à deriva


na pele macia de suas costas nuas.

Ela piscou.

Então, ela perguntou:

— O quê?

Seus dedos encontraram um clipe de borboleta em seu


cabelo. Ele apertou as asas suavemente e puxou-o para fora.

Em seguida, ele repetiu:

— Leah, tire minhas calças.

Ela hesitou por um momento, em seguida,


pomposamente, suas mãos foram para seu cinto.

516
Seus dedos encontraram outro clipe e ele
cuidadosamente puxou-o para fora.

— Então, eu imagino que você já decidiu? — Ela


sussurrou, desfazendo seu cinto, ela se mudou para os
botões.

— Decidiu o quê? — Ele perguntou, tirando outra


borboleta e assistindo, com pequena quantidade de fascínio,
como o seu brilhante cabelo lentamente caiu para os ombros.

— Que eu vou para ser sua puta.

Então, no fundo de seu estudo de seu cabelo, ele se


assustou com suas palavras e seus olhos se moviam do
cabelo dela.

— Por que você diz isso?

Ela deslizou o zíper para baixo. Isso, evidentemente, foi


sua resposta.

Com uma mão, ele encontrou mais clips e também


grampos que ele tirou tão bem. A outra mão ele enrolou em
torno da parte de trás do seu pescoço.

Ele não tirava os olhos dela.

— Os amantes se despem uns aos outros, Leah, — ele


disse suavemente.

Ele ouviu seu coração bater de forma irregular, ela


desviou os olhos dos dele, olhando para o seu ombro

517
enquanto ela deslizava suas mãos ao longo de sua cintura e
puxava as calças para baixo.

Ela mal bateu no chão antes que ele saísse delas, teve-
a embalada nos braços e ao lado da cama. Ele puxou as
cobertas, depositando-a na mesma. Ele baixou os bobs de
cabelo em sua mesa de cabeceira, se moveu sobre ela e se
estabeleceram ao seu lado.

— Sente-se e vire as costas para mim, — ele pediu, ela


hesitou novamente antes que ela obedecesse, trazendo as
cobertas até seu peito enquanto ela fazia.

Suas mãos voltaram para o seu cabelo.

— Quantos pinos que você tem aqui, querida? — Ele


murmurou enquanto todas as borboletas estavam fora, mas
pareciam centenas de pinos ainda.

— Eu tenho um monte de cabelo, — ela sussurrou.

Ele parou de puxar para fora pinos, sua mão se


movendo para seu pescoço, através de sua garganta, e para
baixo. Ele fechou os dedos em torno de seu braço e puxou-a
de volta ao seu peito, o rosto enterrado em seu cabelo
espesso, macio, agora descontroladamente ondulado.

— Mm — ele murmurou para as presilhas — como você


faz.

Suas mãos subiram, os dedos deslizando em seu


cabelo.

518
— Eu vou terminá-lo.

Ele se afastou, deixando-a ir e empurrou as mãos dela.

— Eu vou fazer isso.

Ela golpeou cegamente em suas mãos.

— Não vai me levar um segundo.

— Eu disse que eu vou fazer isso.

— Realmente

Ele se inclinou profundamente, levando-a com ele e


despejando os alfinetes e grampos no criado-mudo. Em
seguida, ele pegou seus pulsos em um porão apertado e
puxou-os ao redor, cruzando-os em sua frente.

Contra sua orelha, ele repetiu com firmeza:

— Eu vou fazer isso.

Ela endureceu um segundo antes que seu corpo se


afrouxasse.

— Ok — ela sussurrou.

Ela puxou as cobertas até se esconder e, em seguida,


sentou-se ainda quando ele terminou com os pinos.

Depois de algum tempo seus dedos deslizaram por seu


cabelo, em busca de quaisquer pinos que ele tivesse deixado
para trás. Não encontrando nada, ele depositou o último
deles com os outros. Suas mãos foram para trás para seu

519
cabelo, ele reuniu tudo em seus punhos. Transferindo-o para
um, ele puxou-a de lado e beijou seu ombro nu.

Ela tremeu contra seus lábios. Ele sorriu contra sua


pele.

— Posso ir dormir agora? — Perguntou ela.

— Não, — respondeu ele.

Seu corpo estremeceu e ela virou a cabeça para olhar


para ele.

— Mas eu estou cansada — ela mentiu.

— Sim, eu sei. — Ele tentou não sorrir.

— Você disse que nós poderíamos ir para a cama. —


Seu tom realizou uma acusação leve.

— Nós estamos na cama, — ele apontou.

— Eu pensei que você queria dormir, — ela disse a ele.

— Eu não

— Mas — ela começou, mas não terminou. Ele moveu-a


para encara-lo, puxando as cobertas para fora de suas mãos,
ao mesmo tempo levantando e apoiando as costas contra a
cabeceira da cama e pressionando o tronco para o lado dele.

— Nós vamos conversar — anunciou.

Ela inclinou a cabeça para trás para olhar para ele.

520
— Eu estou realmente cansada, Lucien. Realmente
cansada. — Ela ressaltou as palavras em voz alta e
pressionando seu corpo suave mais fundo no seu. — Eu não
acho que eu tenho condições para conversar.

Sua mão subiu para o copo de sua mandíbula.

— Isso é bom, querida, você não vai falar.

Seu corpo ficou tenso.

— Já faz algum tempo desde que você teve uma lição —


ele disse a ela e viu flashes de surpresa em suas feições.

Ele olhou para ela lutando com sua reação. Em


seguida, ele a viu perder.

— Você veio para uma decisão? — Ela perguntou, sua


voz afiando para a demanda.

— Sobre o que?

Ele ouviu os dentes moerem e controlar o riso.

Mal.

— No início desta noite, você disse que iria escolher —


ela lembrou. — Você tomou a sua decisão?

Por mais que ele estivesse gostando disso, Lucien


deixou-a fora do gancho.

— Isso é o sobre o que a lição é.

521
Ele observou o rosto dela trabalhando novamente,
ouviu os dentes moerem de novo, antes que ele sentiu o peso
estabelecer-se em seu lado.

— Sou todos ouvidos — ela murmurou, agora sua voz


tinha uma ligeira irritação.

Sua mão em sua mandíbula deslizou para o lado de


seu cabelo e ele apertou a bochecha contra seu peito. Ele
então pegou seu pulso, puxando-o através de seu abdômen,
descansando seu braço lá. Finalmente, ele colocou a mão em
seu pescoço, o polegar acariciando sua garganta.

— Você aprendeu alguma coisa sobre a história das


concubinas, enquanto esteve na aula? — Perguntou.

A sentiu ela movimentando a cabeça indicando uma


negativa contra seu peito.

É claro que ela não o fez.

Lucien sorriu sobre a cabeça e continuou:

— O papel de concubina oficial começou logo após a


revolução, quando os representantes mortais e imortais se
encontraram para negociar o acordo que iria ditar a forma
como as duas culturas coexistiriam. Onze pessoas idosas, ou
os mais antigos vampiros vivos, representaram a nossa
cultura. Embaixadores de onze países europeus
representaram o seu. Para os mortais, a principal
preocupação era parar a caça. Para imortais, a principal
preocupação era garantir a alimentação segura, mas também

522
encontrar um caminho que os vampiros pudessem se
alimentar e ainda ter um lugar na sociedade não nas
sombras. Como eu disse antes, muitos vampiros já tinham o
que equivalia a concubinas, mulheres que compartilhavam
seu sangue voluntariamente. Foi acordado que esta seria a
prática a partir desse ponto. O Acordo foi escrito e ambos
imortais e os mortais assinaram.

Lucien fez uma pausa e Leah concordou que ela


entendia e ele devia continuar o que ele fez.

— Concubinas foram recrutadas das famílias mais


bem-nascidas na Europa, aristocratas, as filhas de ricos
comerciantes até mesmo alguns reais-nascidos inferiores.
Isso foi facilitado secretamente pelo comando dos monarcas
da Europa. Não era essencial que as mulheres viessem
dispostas. Na maioria das vezes eles eram vendidos para a
vida.

Ele a ouviu tomar uma respiração afiada e sua mão em


seu pescoço lhe deu um aperto reconfortante.

— Elas poderiam ter sido vendidas para a vida, Leah,


mas uma vez lá não faziam uma tentativa de deixá-la.

— Ok, — ela sussurrou, quando ele parou de novo para


ela dar indicação de que aceitou esse fato.

— A primeira família a vir para frente e assinar o


acordo era a sua — ele disse a ela, e acrescentou: — Os
Buchanan vieram de bom grado.

523
— Eu sabia — ela disse suavemente.

— Você sabia que já tinham sido concubinas por cinco


gerações?

Sua cabeça inclinou para trás e ele encontrou seu


olhar.

— Eu não sabia disso — ela respondeu suavemente.

Ele acenou com a cabeça.

— Não só concubinas para os vampiros, mas


concubinas de reis.

Ele observou o rosto pálido, sentiu seu corpo ficar


apertado e ela empurrou para cima e longe.

— Oh meu Deus — ela respirou, tão chocada uma vez


que ela esqueceu a sua própria nudez.

— Leah...

A expressão ainda horrorizada, ela falou sobre isso.

— Eu venho de uma família de prostitutas.

Seus braços curvaram em torno dela e puxaram-na até


seu peito para ficarem cara-a-cara.

— Você deve se lembrar, aqueles tempos eram


diferentes — alertou, travando os olhos com ela. — E as
mulheres Buchanan eram diferentes. Elas queriam algo mais
da vida. Mulheres fortes não poderiam viver suas próprias

524
vidas naquela época, nenhuma mulher podia. Seus
antepassados fizeram o que tinha que fazer para garantir-se
uma certa quantidade de liberdade, a liberdade que incluía
segurança e conforto e que não se importavam com o que as
pessoas pensavam. Estes são traços para admirar, então e
agora. — Ela continuou a parecer horrorizada e duvidosa
assim ele continuou — Eu conhecia seus antepassados
Buchanan, bichinho, eles fizeram o seu próprio caminho sem
homens governando suas vidas. Você não tem absolutamente
nada para se envergonhar. — Sua voz mergulhou baixo. — E
eles teriam gostado de você, especialmente você. Você me faz
lembrar deles, Leah.

Ela torceu o nariz e Lucien pensou que a fez parecer


adorável então ele sorriu.

— Eu estou dando-lhe um elogio — informou ele.

— Ok, — ela concordou, sem realmente concordar,


claramente querendo estar fora do assunto.

Ele ignorou sua sugestão não-verbal.

— Eles asseguraram, durante séculos, que toda a sua


linha viveria segura e bem, mesmo você. E eu não quero dizer
agora comigo, quero dizer, toda a sua vida, tal como previsto
por sua mãe.

— Parece-me que os homens, desde que a vida ou, pelo


menos, os vampiros fizeram. No nosso caso, Cosmo cuidou de
nós.

525
— Sim, mas por sete anos sua mãe esteve cuidando de
Cosmo.

Ela fez um barulho que soou como um grunhido.

Ele deu-lhe um aperto impaciente, mas suavizou sua


voz.

— O que sua família faz não é pouca coisa. Sem o seu


sangue, toda a linhagem de sua mãe, e todos aqueles que,
como você, dão de bom grado, seria necessário caçar.

Ele observou como a compreensão chegou então suas


sobrancelhas se uniram e ela respondeu:

— Todas aquelas pessoas nas festas, Wats e Breed...


você não iria passar fome e você não precisaria caçar.

— Você está certa — ele permitiu. — Mas a alimentação


de sobrevivência é muito diferente do que participar de uma
refeição elegante. Os vampiros que permaneceram após a
revolução como um todo almejam as coisas boas da vida.
Você os viu, Leah. Wats e Breed não são as coisas boas da
vida. Concubinas são definitivamente. Ao descobrir que, se
não for dado de bom grado, nós caçamos.

Os olhos dela se moveram dos seus e ela murmurou,

— Altiva.

— Olhe para mim, bichinho, — perguntou ele e,


quando o fez, continuou. — Não é isso, não há mais. Você
disse há três semanas que não havia muitas pessoas com

526
quem eu poderia ser eu mesmo e você é uma. Você tem
alguma ideia de como é, segundo-a-segundo por séculos,
escondendo quem você é vivendo no mundo dos mortais?

Ela se contorceu desconfortavelmente contra ele e ele


acalmou-a com outro apertado abraço.

Ela parecia estar à procura de um argumento,


encontrou um e retrucou:

— Lucien, você pode ser você mesmo totalmente em


festas e com Wats e Breed. Eles adoram. Eles fariam
qualquer coisa por você ser você. Eles vivem para isso.

— É diferente.

— Como?

Lucien suspirou antes de explicar:

— Eles não querem que eu seja eu. Eles querem que eu


seja o que quer que sua noção distorcida de um vampiro é,
criatura sobre-humana da noite, romantizada ou demonizado
em suas mentes. Eles pensam que estão brincando com fogo
ou vivendo um romance. Eles não me aceitam por ser o que
sou. Eles são compradores, usuários, todos eles. Você vê isso
como se eles me dessem alguma coisa, mas não é, eles estão
tomando. Posso estar alimentando-se de sangue, mas eles
estão se alimentando bem. O que eu faço é natural, dando ao
meu corpo o que ele precisa. O que eles fazem é egoísta e
ganancioso. Nem uma única vez dos gostos de Breed e Wats
ou alguém em uma festa tem o que conheci numa única alma

527
mortal que sabe o que eu sou, que é dado um pouquinho
sobre mim. Perguntou-me sobre o meu dia. Perguntou em voz
alta pelo meu humor. Queria discutir um livro. Quinhentos
anos, Leah, e não uma vez. Eu não sou humano para eles. Eu
não existo fora de qualquer fantasia que eles criaram sobre
mim. Eu sou sua ferramenta para manipular um orgasmo ou
qualquer merda que recebem de mim.

Enquanto falava, ele percebeu seu rosto antes de


suavizar a tristeza encheu seu olhar. Tristeza misturada com
ternura, um olhar tão sombrio ainda intensamente
compassivo, ele sacudiu.

Sua mão flutuou até o peito, levantou e ele prendeu a


respiração, porque ele pensou que ela estava indo realmente
para tocar seu rosto em um ato de carinho.

Em vez disso, lamentavelmente, ela pensou melhor e


sua mão flutuou para descansar levemente em seu ombro.

Independentemente de sua decepção, os dedos


capturaram uma mecha de seu cabelo e começaram a torcer

— Concubinas não são assim — ele continuou em


silêncio quando ela não deu resposta. — Concubinas
entendem e aceitam quem somos o que nós precisamos e elas
nos dão mais. Não apenas sangue. Um porto seguro onde
podemos ser quem somos. Você — sua voz caiu para um
sussurro e seu rosto se aproximou dela — é parte da minha
vida, a minha vida real, e não um romance ou filme de terror.

528
Esta é uma relação, querida, uma no meu mundo como ele é
hoje, que é essencial para mim. Sem ela, eu iria enlouquecer.

A tristeza deixou seu olhar, a compaixão permaneceu e


ele sentiu seu corpo derreter no seu.

Obrigado Deus.

Por fim, ele estava chegando a algum lugar.

— Lucien — ela murmurou.

Ele não a deixou continuar sentindo que o tempo


estava maduro para fazer seu ponto.

— Eu não quero uma prostituta, Leah. Eu quero que


você aceite quem eu sou e do que somos um para o outro.

— Eu aceito você — ela sussurrou e do jeito que ela fez


isso ele acreditou.

Sem hesitar, ele perguntou:

— Você aceita o que somos um para o outro?

Ela mordeu o lábio indecisa.

— E você? — Ele pressionou.

— O que, hum, — Ela fez uma pausa, em seguida,


continuou, — exatamente que somos uns aos outros?

— Eu gostaria que fossemos amantes.

Estranhamente, seus olhos se voltaram esperançoso.

529
— Amantes?

Não algumas das razões por trás de sua esperança, ele


respondeu com cautela,

— Amantes.

— Apenas amantes? — Ela repetiu.

Seu senso de cautela subiu. — Talvez você deve


descrever para mim o que 'apenas' amantes significa.

— Talvez você deve descrever-me o que você acha que


significa 'amantes'.

— Eu deixei isso bem claro — ele disse a ela.

— Você quer que eu confie em você.

— Isso e muito mais.

Seu corpo flexível endureceu.

— O que mais? — Perguntou ela.

Ele estudou-a por um momento se perguntando se ela


era realmente ignorante ou teimosamente assim. Ele decidiu
o último.

Ele também achava que talvez ele realmente não estava


chegando a lugar algum.

Com a paciência minguando, explicou,

530
— Leah, minhas roupas estão no seu armário. Meu
corpo está na sua cama. Chego em casa para você todas as
noites.

Sua resposta foi rápida.

— Lucien, suas roupas estão no seu armário. Seu


corpo está na sua cama. Você chega em sua casa todas as
noites.

Ele sentiu suas sobrancelhas desenhar juntas.

— Esta é a sua casa, Leah.

— Você está errado — ela voltou. — Esta é a casa que


você forneceu para eu viver, enquanto tudo isso está
acontecendo.

Seus olhos se estreitaram sob as sobrancelhas


desenhadas e sua paciência escorregou mais um ponto.

— Você está correta, eu estava errado. Esta não é sua


casa. E você também está errado. Esta não é a casa que eu
forneci para você enquanto tudo isso está acontecendo.

Quando ela falou, ele sentiu que sua paciência estava


escorregando muito.

— Então o que é?

— É a nossa casa.

531
Seu corpo estremeceu e ela puxou reflexivamente
contra seus braços. Ele segurou-a com força, não dando a ela
um centímetro.

— Não há 'nossa', — ela retrucou, com a mão em seu


ombro pressionando sem sucesso. Ainda assim, ela não
parou.

— Haverá — declarou decisivo e viu o flash olhos dela


antes que eles enchessem de raiva.

Ela pressionou mais forte enquanto murmurava irada

— Lucien, deixe-me ir.

Não, ele definitivamente não estava chegando a algum


lugar.

Na sua tentativa de recuar, a paciência deu mais um


hit.

— Que porra você acha que é isso tudo? — Ele


grunhiu.

Ela trancou os olhos com ele e perguntou:

— Deixe-me ir.

— Responda-me.

Ela não o fez. Em vez disso, ela fez à sua própria


pergunta.

532
— É isso que a domesticação é? — A voz dela estava
subindo. — A criação de um — nosso — o que significa que
você estaria criando um 'nós'?

— Sim, isso é parte dela.

— Com certeza tem um monte de peças — ela retrucou


com sarcasmo.

— Sim, porra bem faz e se você parar de ser tão


malditamente teimosa, você pode se abrir para aprender tudo
e entender como é bonito.

— Certo — ela rebateu com ironia.

Seus braços lhe deram um aperto suave.

— Você não tem ideia do que você está tratando com


tanto desprezo.

— Oh sim, eu faço.

— Explique-me então.

Ela se acalmou e, para sua surpresa, concordou.

— Tudo bem, eu vou.

Ele segurou seu olhar desafiador antes de murmurar:

— Isso vai ser interessante.

Ela lançou lhe um olhar que teria sido divertido se ele


não estivesse tão irritado.

533
Então, ela falou, escorando cada palavra.

— Linda casa. Roupas bonitas. Belo caminho que leva


até a um belo lago. Bela piscina. Bairro elegante. Ir à ópera
com borboletas de ouro em seu cabelo. A dona de casa que
lava a roupa e faz seu café da manhã. Vampiro gostoso,
sobre-humano com um grande corpo que é bom com as
mãos, para não mencionar a sua boca, voltando para casa
para ela todas as noites. Uma menina poderia se acostumar
com isso.

— Esse é o ponto — ele voltou.

— Ok, então, o que acontece quando você está a


terminar comigo?

— É prática comum para os outros vampiros, inclusive


eu, mudar as suas concubinas em acomodações menos
luxuosas após o acordo ser concluído. Mas, se você tivesse
me dado cinco minutos para explicar, no último mês, você
saberia que, dada a domesticação, essa é a sua vida até que
você morra.

Lucien pensou que era bastante substancial.

Leah discordou.

— Obrigado, Lucien — ela retrucou com sarcasmo. —


Isso leva uma carga fora.

Deu-lhe uma outra sacudida, está muito menos suave.

— Explique-se.

534
Ela deu a ele outro olhar, um presente muito menos
divertido. Ela também começou a tentar se afastar
novamente, mas ele segurou-a perto.

— Eu não acho que eu me importo — ela afirmou.

— Deixe-me ver se eu entendi, meu bichinho. O que eu


disse a você hoje à noite é que você é uma parte importante
da minha vida, significa muito para mim. Eu pretendo viver
com você, partilhar a minha vida com você, ter você como
minha amante, algo que você quer tanto quanto eu e não
porra negue-o, e fornecer-lhe com a vida extremamente
confortável até que você morra e você está jogando na minha
cara?

— Sim — ela voltou instantaneamente agora


irritantemente loquaz. — Isso é exatamente o que estou
dizendo. Eu não quero nada disso. — Ela jogou o braço para
fora, abrangendo a sala antes que ele voltasse a empurrar
contra seu peito. — Eu não quero nada do que você disse. E
acima de tudo, eu não quero você.

Sua paciência fugiu, raiva substituiu-a. Uma grande


quantidade de raiva.

Ele puxou-a sobre seu corpo para que eles estavam


peito-a-peito.

Sua voz era baixa e fria quando ele respondeu:

— Eu tenho uma vontade de interroga-la nessa última


mentira.

535
Ele podia ver que a raiva estava aumentando no
mesmo ritmo que a sua.

Portanto, ela ignorou a ameaça e exigiu:

— Liberte-me.

Seus braços ficaram mais apertados.

— Não até que você tenha aprendido a lição de hoje à


noite, meu bichinho.

— Eu não quero dizer agora! — Ela retrucou. — Eu


quero dizer completamente. Liberte-me do nosso arranjo.
Encontre a cabeça de outra pessoa para se meter.

Suas palavras que rugiram através dele, deixando para


trás qualquer torcido, sentimento vil de desprezo, ele sentou-
se de repente e para acomodá-la, ela foi forçada a
escarrancham em seu colo.

Ela engasgou de surpresa chocada depois tentou se


afastar.

— Pare de lutar — pediu ele, com o braço bloqueando


em torno de sua cintura, a outra mão em punhos em seu
cabelo.

— Liberte-me — ela rebateu.

— Isso não vai acontecer, Leah.

— Você quer que eu te dê tudo. Minha confiança, meu


corpo, meu tempo e você acha que eu deveria ser grata por

536
causa de algumas roupas bonitas e uma grande casa do
caralho?

— Você perdeu algumas coisas — ele voltou

— Ah, sim, o meu sangue — ela cortou.

— Sim, seu sangue e muito mais.

Ela parou de lutar contra a sua espera e seu rosto ficou


irritado perto do dele.

— Sim, eu entendo Lucien. — Sua voz era um sussurro


furioso. — Você não pode dizer isso, mas eu sei o que você
quer. E você não pode tê-lo, porque eu sei que,
eventualmente, você vai jogá-lo fora. Portanto, isso não
significa uma merda para você, não importa como você meça
as palavras. Então, eu estou mantendo-a.

Involuntariamente, os braços tencionaram. Ele sabia


que era demais e ele não se importava. Ele sentiu sua
pulsação subir quando a respiração saiu dela.

— Como você pode dizer isso? — Ele assobiou.

Respirando com dificuldade, ela voltou para o seu tema


anterior.

— Liberte-me.

— Eu estive esperando por você por vinte anos! — Ele


lembrou.

537
— Não se preocupe, Lucien. — Seu tom era de corte. —
Tenho certeza de que uma outra boceta cheirosa vai aparecer.

Controlando a sua fúria por um fio muito fraco, ele


torceu. Ela caiu de costas, ele em cima, seus quadris entre
suas pernas.

— Você não ouviu ou prestou atenção a uma coisa de


merda que eu disse ou fiz — ele ralhou.

— Eu não perdi uma coisa maldita! — Ela gritou na


cara dele.

— Você perdeu tudo. Então, eu vou dizer isso para que


você possa compreendê-lo. Eu estive esperando para ter você,
pois eu sabia que você existia. Mas eu estive esperando por
alguém como você por cinco séculos de merda.

— Eu duvido que a Terra vá colidir com o sol a


qualquer hora em breve. Você vai ter outra chance.

Bom Cristo ela era teimosa.

Ele rosnou.

— Liberte-me — ela perguntou.

— Não.

— Liberte-me! — Ela gritou.

— Nunca! — Ele gritou de volta.

538
Sua última palavra fez uma mudança na face dela. Ela
torceu, se contorcendo em uma expressão de dor tão crua,
tão grave, que o pegou desprevenido e traduziu em uma barra
dor através de seu intestino que era tão intensa que sentiu
náuseas no instante.

O que significava que seu punho se conectou com sua


mandíbula veio como uma surpresa.

Sua cabeça arrancada para o lado em contato e ele


ficou assim, olhando sem ver toda a sala.

Não doeu. Ela era um mortal do sexo feminino em


posição de desvantagem em sua volta com ele perto.

Mas ele era um vampiro.

E concubinas deviam respeitar vampiros.

Deu-lhe a cabeça em muitas coisas, porque ele sabia o


que tinha comprado quando ele a tinha escolhido.

Mas ela tinha acabado de cruzar a linha.

Aos poucos, sua cabeça voltou-se para ela. Ela estava


ofegante, o coração disparado, o medo galopante em seu
perfume, mas a obstinação e a raiva estavam em seus olhos.

— Você me bateu — disse ele, sua voz enganosamente


suave.

Ela ignorou o perigo em seu tom, resistiu e perguntou:

— Fique longe de mim!

539
Ele fez o que ela pediu, mas apenas para sentar-se ao
lado da cama, puxando-a mais ou menos em seu colo e
trancá-la no seu corpo com os braços.

Ela lutou.

— Deixe-me ir!

Ele balançou-a com força suficiente para chamar sua


atenção. Ela parou de lutar, seus olhos sacudiram e ele ouviu
seu coração em picos quando sua respiração ficou presa.

— Neste momento, Leah, você vai aprender a me


respeitar — ele sussurrou.

Ela abriu a boca para falar, mas ele moveu-a tão


rapidamente as palavras que ela havia morrido em sua
garganta.

Ele torceu para que ela estivesse de bruços na cama,


seus quadris em seu colo, a bunda apontava para o teto.

Ela leu a sua intenção e empinou-se, gritando com


fúria aterrorizada,

— Não!

Silêncio, ele comandou, suas negações vocais pararam


instantaneamente, mas ela continuou lutando.

Ele pensou que seria prudente permitir suas lutas. Ela


não ia agradecer-lhe por isso depois e comandando sua
aquiescência através do controle de sua mente, ele supôs,

540
seria um erro tático. Silenciar seus gritos era suficiente. Ele
teve o suficiente de uma batalha em suas mãos, claramente
não fazer quaisquer avanços no mínimo, mesmo depois de
uma semana de cabeça-a-cabeça, seguido por três de
dissuasão. Ele não precisava de ela sinceramente odiá-lo, em
vez de dizer a si mesma que ela fazia.

Ele posicionou uma coxa sobre suas duas e segurou-a


para baixo na cama com a mão em suas costas. Ela apertou,
empurrado e resistiu, mas ele não permitiu que ela fizesse
qualquer progresso em direção a libertar-se.

Em seguida, sua mão desceu sobre seu traseiro,


acentuadamente o suficiente para fazer o seu ponto não era
suficiente para causar qualquer dor real.

No instante em que a fissura da sua mão caiu contra


sua pele e encheu a sala, ela se acalmou completamente.

Ele fez isso mais três vezes. A cada batida, seu corpo
estremeceu em resposta, mas ela não lutou.

A próxima vez que sua mão foi para a bunda dela, não
era para atacar, mas para acalmar.

— Você vê o meu ponto? — Ele perguntou em voz


baixa, sua mão se movendo suavemente sobre sua parte
inferior, seu olhar se movendo em direção a cabeça.

Seu rosto estava enterrado no edredom, com os cabelos


espalhados ao redor dos ombros, braços estendidos à sua
frente, os dedos se enroscaram em um travesseiro.

541
Ele olhou para ela acenando.

Agora era hora de lhe ensinar uma lição.

Sua coxa levantou e como ele suspeitava que ela faria,


ela imediatamente procurou escapar. Movendo as pernas
apenas o suficiente para abri-las, sua coxa desceu,
prendendo suas agora entreabertas partes.

Ele a viu empurrar a cabeça para trás e seus dedos


fechados em punho no travesseiro.

Ele puxou para baixo sua calcinha, expondo-a.

Não, sua mente gritou para ele.

Sim, querida, ele respondeu.

Enquanto sua mão se movia entre suas pernas, ela


tentou lutar, mas ele segurou-a para baixo. Ela continuou
lutando enquanto ele trabalhava nela e com uma rapidez que
ele gratificou, mas provavelmente a mortificou, aumentou a
umidade.

Ele continuou a trabalhar até que ela pingava. Seus


movimentos mudaram de lutar para se contorcer, seus
quadris levantaram, suas pernas se movendo sob a coxa, não
para fugir, mas para avançar para além de lhe dar mais
acesso.

Ele permitiu isso e continuou, seus movimentos, a


sensação dela, molhada e sedosa, e seu perfume fazendo seu
pênis crescer duro e começando a doer.

542
Com melhor acesso e semanas entre orgasmos, seus
movimentos rapidamente tornaram-se urgentes.

Quando ele soube que ela estava perto, ele ergueu a


coxa, puxou-a para fora de debaixo dela e varreu a calcinha
de suas pernas. Então, ele puxou-a e a colocou montando
seu colo.

Seus braços circularam imediatamente seus ombros,


um punho em seu cabelo, sua testa caindo para seu ombro.
Seus quadris se moveram, buscando seu pênis que ele reteu.
Considerando que ela se trancou nele não era necessário
mantê-la cativa com seu braço em volta da cintura, mas ele
fez isso. Ele também levou a mão entre as pernas dela,
acariciando, provocando, circulando, alimentando o calor,
mas não o suficiente para aliviá-la

Ele a soltou de seu silêncio.

Sentiu-o instantaneamente e sussurrou com profundo


sentimento:

— Eu realmente odeio você.

Ele enterrou o rosto em seu pescoço para esconder o


sorriso.

Mesmo sua muito teimosa Leah não podia odiá-lo, ao


mesmo tempo seu corpo moveu em desespero para se juntar
com o seu.

543
Sua mão afastou-se das costas, enquanto esfregava-se
contra ela.

— Você já se perguntou qual a intensidade do seu


sentimento por mim, bichinho? — Perguntou-lhe no pescoço.

— Não — ela retrucou, mas sua voz estava ofegante e


sua cabeça se moveu para trás para expor mais de sua
garganta, convidando seus lábios, língua ou dentes, era
claramente a sua escolha. — Você é um grande, gordo, idiota
vampiro.

Ele decidiu ignorar suas palavras.

— Você quer me alimentar ou você quer meu pau? —


Ele fez uma pausa, pressionando contra ela. — Ou os dois?

— Eu te odeio — ela sussurrou em vez de responder.

Sua mão se moveu desde a cintura até o peito, seu


polegar roçando o mamilo duro. Ela prendeu a respiração e
seu coração pulou uma batida. Ela resistiu contra a mão
entre as pernas dela e ele cheirou seu aumento de umidade
até mesmo como ele sentiu.

Deus, ela era magnífica.

Se ele nunca a perdeu de vista por que ele estava


suportando essa tortura, ele só tinha que lembrar esse
momento.

Ou aquela em que ela se derreteu contra ele com


ternura em seus olhos.

544
— Responda-me, Leah.

— Ambos — ela respirou, seu tom administrado para


ser de alguma forma desafiadora e derrotada.

Hoje à noite, ele decidiu, Leah iria conseguir o que


queria.

E, finalmente, ele o faria.

Moveu-se, deslocando-a para as costas, seus quadris


entre suas pernas, subindo instantaneamente no convite.

Sua boca foi para a dela quando ele pressionou a ponta


do seu pênis dentro dela.

Apertada e saturada.

Ele não esperou para se estar ao máximo dentro.

No entanto, antes que ele finalmente desse-lhes o que


eles tanto queriam, eles precisavam começar uma coisa reta.

Seus olhos se encontraram com os dela.

— Eu não vou liberar você, — ele rosnou. — Não


mencione isso de novo.

Ela moveu os quadris contra o seu, buscando um


contato mais profundo, mas não respondeu.

— Você me entende? — Ele empurrou.

Ela olhou para ele, mesmo enquanto seus quadris


pressionavam.

545
Suas mãos em sua cintura apertada.

— Leah — ele ralhou em advertência.

— Eu entendo — ela sussurrou.

Ele se preparou para o impulso, uma emoção de desejo


rasgando através de seu corpo, mas antes que eles pudessem
seguir adiante, foi duro no mesmo instante, ouviram os
ruídos distantes, perigosos.

Seus olhos arregalaram bloqueados com o seu.

— Alguma coisa está errada — ela respirou.

Sua compreensão disto, quando não havia nenhuma


maneira que ela pudesse ouvir o carro se aproximando ou a
conversa das pessoas nele, o chocou.

Ele não podia pensar nisso agora.

Sim, querida, ele falou com sua mente.

Seus membros tensos ao seu redor de uma forma que


ele pensou, depois do que acabou de acontecer, era
estranhamente protetor.

Você não quer que eles nos ouçam falar? Perguntou ela.

Com grande pesar e um rígido controle sobre sua raiva


por um muito mau momento do Conselho, retirou-se, mas
ficou em cima dela, pressionando-a para a cama.

546
Não. Você vai precisar colocar seu pijama. Com o que
acontecer em seguida, eu quero que você tire suas sugestões
de mim. Eles vêm, não fale a menos que eles falem com você.
Tenha muito cuidado com as suas respostas, se eles lhes
fizerem perguntas e dizer-lhes tão pouco quanto você pode. Ele
estudou-a por um momento e, em seguida, terminou se você
sentir que algo está errado, vá com seu instinto.

Seu corpo tremia embaixo dele. Seu coração ainda


estava disparado, mas agora por um motivo diferente.

Quem são eles?

Você estará segura.

Quem são eles?

Não há tempo para perguntas, querida, você deve


confiar em mim.

Lucien...

Suas mãos foram de seus quadris para enquadrar o


rosto e ele olhou em seus olhos.

Confie em mim, Leah.

Ela arregalou os olhos. Ela engoliu em seco. Ele


observou enquanto seu rosto trabalhava então seus olhos
brilharam. Ele sabia que, com grande decepção, qual sua
resposta seria antes que ela falasse em seu cérebro. No
entanto, ele estava errado. Dolorosamente docemente, ela
sussurrou, hesitante, Ok.

547
Capítulo Quinze

A Ameaça

Antes que eu pudesse piscar, Lucien e eu estávamos no


quarto para nos vestir.

Ele havia retirado minha calcinha durante nossa saída


repentina e quando ele me colocou em meus pés, ele a
entregou a mim.

A campainha tocou.

Sem uma palavra, eu comecei a me vestir rapidamente.

Havia uma série de coisas em que pensar.

Sendo uma deles o fato de que eu lhe dei um soco.

Eu nunca bati em ninguém na minha vida e eu não


estava orgulhosa disso, nem sequer um pouco. Eu tinha um
temperamento ruim, mas eu nunca tinha sido movida para a
violência. Mesmo que ele fosse um grande, mau e forte
vampiro que certamente poderia levá-la e, sem dúvida,
merecia, não havia desculpa.

Claro, ele havia declarado que nunca me deixaria ir


embora, o que era um total, completa, absoluta e muito,
muito, muito cruel mentira.

548
Mas mesmo assim.

Outra era o fato que ele tinha me dado uma palmada.

Uma palmada.

Como se eu fosse uma criança travessa.

Bem, não exatamente assim, mas ainda!

E ele fez isso ao fazer seu negócio de controle da mente.

Foi tão humilhante que era uma maravilha que eu


pudesse me mover e não estava literalmente petrificada.
Especialmente aliado ao fato de que ele tinha ido direto da
palmada ao ponto de jogar meu corpo contra mim ainda um
pânico de perder o controle.

E eu não podia lutar contra isso. Eu queria. Meu


cérebro gritou que eu especialmente após a surra e, durante
a mesma, apesar de que seus golpes causaram pouca dor,
embora qualquer coisa menos que meu orgulho, eu senti algo
quebrando em mim. Algo essencial para tudo que havia em
mim, Leah Buchanan, uma na linha de um século de
concubinas fortes e independentes (se a promessa de Lucien
fosse qualquer coisa a passar). E havia algo na maneira que
quebrou eu sabia que nunca poderia ser consertada.

O estranho era que eu não me importava. Nem um


pouco. Era como se ele estivesse destinado a existir.

549
Era como se tivesse sido construída unicamente para
isso com a finalidade de existir para quando Lucien fosse
quebrá-lo.

Agora, como um lamento louco e sem expressão o que


era isso?

Mas eu não conseguia pensar em nada disso agora.

Não agora quando o perigo estava na porta.

Malvado perigoso. O pior.

Muito pior não era perigo, era a ameaça.

Eu senti isso rastejando, inquietante, ameaçador, o


mal, através do próprio ar. Dizer que isso me deixou inquieta
era um eufemismo enorme.

Eu não sabia como eu entendi isso. Eu nem sequer


sabia o que eu entendi. Eu simplesmente sabia que eu
entendi.

E o que eu entendi era, se isto não corresse bem,


minha vida estaria terminada.

E eu também entendi que a única coisa que estava


entre mim e a verdadeira ameaça era Lucien.

Ele iria me manter segura. Independentemente se era


contraditória com a cena que eu tinha acabado de sofrer nas
mãos dele, eu sabia na profundidade da minha alma que ele

550
faria tudo em seu poder substancial para ficar entre mim e
tudo o que estivesse na porta.

Ou ele iria morrer tentando.

Isso me abalou era o pior de tudo.

Mas eu não hesitei. Eu coloquei o pijama com uma


impressionante determinação e meu robe, puxando o cinto
apertado. Então eu me virei para ele, pois estava me
esperando vestido com sua calça do pijama.

A campainha tocou novamente.

Meu coração acelerou.

Resolveremos, docinho. Sua voz soou na minha cabeça


quando ele levantou a mão para mim.

Sem hesitar, caminhei até ele, deslizando minha mão


na sua, os olhos mantendo o meu cativo, enquanto eu fiz
isso.

No momento em que seus dedos longos fecharam em


torno de minha mão pequena, eu senti meu coração se
acalmar e eu vi seu rosto suave.

É isso aí. Sua voz, afiada com orgulho, soou


encorajadora em minha mente.

Caminhamos juntos, lentamente, de mãos dadas para


a porta da frente. A campainha tocou novamente enquanto
caminhávamos.

551
Ele me posicionou, seus olhos encontraram os meus no
escuro e ele colocou a mão no meu rosto sem largar a minha
outra.

Suas pistas vêm de mim, sim? Ele perguntou, eu


concordei e ele me deu um sorriso tranquilizador juntamente
com um aperto de mão.

Depois ele me soltou e se afastou para acender a luz.


Então ele abriu a porta e se manteve forte em sua estrutura,
barrando o caminho para quem estava lá fora.

Eu estava atrás da porta. Eu não conseguia ver quem


estava lá e eles não podiam me ver. Lucien falou e ele fez isso
de uma forma que me forneceu a informação que eu
precisava, sem deixar que nossos visitantes soubessem que
ele estava fazendo isso.

— Rudolf, Cristiano, Marcello, ele falou lentamente,


sua voz soando divertido. Eles mandaram três de vocês?

— Minhas desculpas profundas, Lucien, uma voz com


forte sotaque, definitivamente desconfortável respondeu. —
Eu sei que é muito tarde, mas, infelizmente, estamos aqui
para pedir-lhe para vir com a gente.

O quê?

Por quê?

Eu prendi minha respiração.

552
— Isso não pode esperar até de manhã? — Lucien
retornou.

— Não. Outra voz com sotaque, não desconfortável,


mas hostil, agora soava.

— O Conselho espera por você para chegar a eles.


Agora, as questões que surgiram já não podem esperar.

Lucien ficou em silêncio, considerando isso.

— Por favor, Lucien, não torne isso difícil. Não deve


demorar muito. — A primeira voz insistiu.

Toda diversão tinha ido embora quando Lucien falou de


novo. — Isso não me deixa feliz, Rudolf.

— Não nos diga. Diga ao O Conselho, a voz hostil


retrucou.

O corpo de Lucien mudou como ele fez quando Katrina


veio me visitar. Os músculos se destacaram, definidos,
mortais. Eu não tomei isso como um bom sinal.

— Marcello, uma terceira voz, também com sotaque,


disse o nome como um aviso.

Parecia haver algum tipo de impasse acontecendo. Eu


só podia ver metade dele a parte de Lucien, mas o que senti
dele me assustou como o inferno maldito.

Finalmente, o corpo de Lucien relaxou, ele deu um


passo para trás, abrindo mais a porta, sua voz agora cortês.

553
— Esperem aqui dentro. Eu vou demorar um minuto.

Os olhos dele viraram para mim. Eu li sua intenção e


me aproximei dele. Seu braço enrolou em volta da minha
cintura, deslocando-nos para trás de modo que os três
grandes vampiros poderiam encher o hall de entrada. Dois
eram escuros, ambos de aparência latina ou italiana ou algo
assim. Um deles era loiro. Todos eram lindos.

Meu coração pulou uma batida.

O loiro foi quem fechou a porta, em seguida, virou o


que significava que todos eles estavam olhando para mim. Eu
pressionei para o lado de Lucien.

— Leah, estes são Rudolf, Marcello e Cristiano, Lucien


apresentou, indicando cada um com a mão. Rudolf era o
loiro.

Eu balancei a cabeça e dei um aceno torto.

Cristiano e Rudolf sorriram. Marcello fez uma careta.

— É um prazer a muito aguardado, Leah, — Rudolf


murmurou, com seus olhos calmos e gentis comigo. Eu
suspeitava que suas palavras mostravam um significado
maior porque a carranca de Marcello se aprofundou. Ao
mesmo tempo, o sorriso de Cristiano aumentou.

— Obrigado. — Minha voz era suave e sussurrante e


algo mudou na sala quando eu falava. Estava poderoso,

554
elétrico, estranhamente perigoso e sedutor e estava
emanando de todos os três.

— Nós demoraremos só um minuto. A voz de Lucien


cortou o ar espesso e ele começou a nos afastar.

— Leah vai esperar aqui, — Marcello anunciou, Lucien


parou e seus olhos cortaram para o vampiro.

— Leah vai vir comigo, — Lucien respondeu.

O olhar de Marcello moveu-se para mim, me


arranhando, de cima de igual para igual e algo sobre a
maneira como ele fez isso me assustou. Eu não sei como,
mas eu senti Rudolf e Cristiano tensos e eu senti a mudança
no corpo de Lucien para o estado de alerta assustadoramente
aterrorizante de momentos antes.

— Leah ficará, — Marcello declarou.

Lucien não respondeu; ele nos moveu em direção as


escadas.

Antes mesmo de nós chegamos perto, de repente


Lucien tinha ido embora do meu lado.

Eu sabia o porquê. Eu só peguei um flash dele, mas eu


vi Marcello lançar-se para frente, o braço estendido em minha
direção. Em seguida, houve uma confusão de corpos e
Marcello estava contra a parede em um poof de gesso
quebrado (garoto, Edwina ia ficar brava, ela tinha acabado de

555
ter concertado o prejuízo da última luta de vampiros no
saguão).

Lucien segurou-o como ele fez com Katrina, na


garganta, mas seu corpo estava perto, pressionando Marcello
contra a parede, seu rosto estava a uma polegada do outro
vampiro. Eu só podia ver seus perfis, mas a expressão em
Lucien era feroz.

Cristiano chegou perto de seu lado, enquanto Rudolf


circulou.

— Você iria tocar o que é meu? — Lucien reclamou com


uma voz tão sinistra, que um calafrio correu em minha
espinha.

— Marcello. — Cristiano murmurou em repreensão


suave e eu achei sua voz com sotaque bonita mesmo nesta
situação tensa. — Você o conhece melhor, meu amigo.

— Ele não fez nenhum contato com Leah. — Rudolf


indicou calmamente. — Deixe-o ir, Lucien. — Foi um pedido,
não uma exigência.

Lucien e Marcello olharam um para o outro.


Finalmente Lucien baixou a mão e deu um passo para trás.

Ele andou até mim e novamente pegou a minha mão.

— Se o Conselho quer que isso aconteça sem


problemas, controle-o, — Lucien advertiu Rudolf com um
movimento de cabeça em direção Marcello e Rudolf assentiu.

556
Em seguida, Lucien virou-se e eu guiei-nos até as
escadas.

Quando ele fez, ele emitiu ordens.

No minuto em que eu sair, chame Stephanie, ele me


disse.

Ok, eu concordei prontamente.

Ela virá imediatamente. Você pode confiar nela.

Ok, eu repeti.

Não atenda ao telefone. Se ele tocar, Stephanie lida com


isso, ele continuou.

Ok, eu repeti novamente.

Eu não quero que você tenha medo, querida. Eu vou


lidar com isso.

Eu queria rir. Não que isso fosse engraçado só que eu


estava com medo da minha mente sempre amorosa e
nenhuma ordem, até mesmo do Poderoso Lucien, ia parar
com isso.

Que história é essa? Eu perguntei isso quando nós


chegamos ao quarto para ele se vestir. Por que eles estão
aqui? Por que eles estão levando você para longe?

Eu quebrei a lei, Lucien respondeu calmamente, como


se isso não fosse um anúncio assustador de merda. Ele tirou
a calça do pijama e começou a vestir-se em um de seus

557
ternos como se ele estivesse fazendo nada mais importante do
que se preparando para ir ao trabalho.

Enquanto ele fazia isso, eu olhava para ele congelada


em estado de choque.

Em seguida, minha mente procurava a sua, você


quebrou a lei?

Sim.

Que lei?

Vou explicar mais tarde.

Eu não queria que ele se explicasse mais tarde.

O que significava, que ele tinha quebrado a lei? Isso


significava que eles iriam jogá-lo em uma cadeia para
vampiro? Isso significava que ele ia ter que contratar um
advogado de vampiro e ter um julgamento vampiro? Ele tinha
acabado de admitir que o fez! Ele ia se declarar culpado?

Eu precisava de qualquer forma de mais informações.

Ok, então pelo menos me diga que tipo de lei? Era como
uma espécie de lei de atravessar a rua sem observar as regras
de cruzamento ou tipo de lei de um assassinato em primeiro
grau?

Agora vestido, ele se virou para mim erguendo ambas


as mãos para a copa de meu rosto e me trazendo para mais
perto.

558
Seus olhos fixos nos meus, ele repetiu, eu vou explicar
mais tarde.

Senti minha paciência, já tensa ao ponto de ruptura,


percebi.

Un-unh, minha mente respondeu, me dê algo para


continuar aqui.

Ele sorriu como se eu fosse divertida.

Sim! Sorriu!

Eu senti meus olhos estreitos.

Ele observou isso, seus olhos parecendo um sexy-


vampiro-encapuçado desejava que eu não gostasse tanto,
então ele murmurou,

— Cristo, você é adorável.

Meu temperamento queimou é em vez de gritar, por


necessidade, eu resmunguei com raiva:

— Rapaz, eu gostaria de poder chutar o seu traseiro.

Suas mãos deixaram meu rosto, os braços dele


estavam intensamente em torno de mim com velocidade de
vampiro, me prendendo apertado contra o peito. Ele jogou a
cabeça para trás e caiu na gargalhada.

Normalmente, eu gostava de seu riso. Ok, sendo


honesta comigo mesmo, geralmente, eu adorava. E eu não
tinha ouvido nas últimas semanas. E, pior, mesmo que eu

559
não queria lamentar essa perda, eu fiz. Todos os dias.
Durante três semanas fedorentas.

No entanto, naquele momento particular, eu não


estava.

— Isso não é engraçado, eu murmurei com raiva em


seu peito.

Eu o senti beijar o topo da minha cabeça.

Isso é algo como atravessar a rua sem observar as


regras de cruzamento e assassinato em primeiro grau, ele me
disse.

Isso não me diz muito.

É tudo o que você vai conseguir, docinho.

Eu não tive nenhuma chance de responder. Ele pegou


minha mão e nós andamos de volta para baixo.

Os três vampiros estavam esperando por nós. Eu sabia


que Cristiano e Rudolf ouviram muito do pouco que nós
falamos em voz alta. Seria difícil não ouvir a gargalhada de
Lucien, mesmo se você não tivesse a audição de vampiro.
Ambos pareceram altamente divertidos.

Nossa conversa sussurrada fez Marcello mudar de


ranzinza para abertamente hostil.

Casual como poderia ser, Cristiano se moveu e abriu a


porta, caminhando por ela. Rudolf e Marcello o

560
acompanharam. Todos os três pararam do lado de fora e
esperaram.

Lucien me acompanhou até a porta aberta.

Tranque a porta atrás de mim. Stephanie tem uma


chave, disse ele.

Ao invés de afirmar com a cabeça, eu respondi, Ok.

Em seguida, ele exigiu, beija-me.

Ele acabou de dizer o que eu pensei que ele disse?

Meus olhos se arregalaram e eu sussurrei O que?

Faça isso agora.

Ele me disse para tomar minhas sugestões dele. Isso


não era exatamente o que se poderia chamar de uma
sugestão, mais como um comando.

Ainda assim, nesta situação preocupante me pareceu


que era sensato fazer como ele ordenou.

Eu me inclinei, com as mãos no seu abdômen, ficando


na ponta dos pés e inclinando a cabeça para trás. Sua
própria mergulhou para baixo, eu pressionei meus lábios
contra os dele que estavam abertos. Outra sugestão que fui
forçada a seguir, a minha língua deslizou em sua boca. No
instante em que tocou a dele, seus braços vieram em torno de
mim como vícios, prendendo minhas mãos entre nós, me
puxando para o seu corpo grande e duro.

561
Fazia três semanas desde que ele tinha me beijado
assim. Durante três semanas, mesmo durante a alimentação,
ele tinha sido um perfeito cavalheiro. Muitas vezes, durante
aquelas semanas ele pressionou seus lábios contra os meus
antes de ir dormir. Ou ele parava, voltava e tocava a boca no
alto de minha cabeça quando ele passasse por mim enquanto
eu estava lendo. Mas ele realmente não tinha me beijado.

Evidentemente o meu corpo sentiu saudade, tanto que


eu me esqueci do nosso público. Minha cabeça inclinou para
o lado, minhas mãos forçaram-se entre nós, um envolvendo
em torno de sua cintura, a outra foi para o seu cabelo para
mantê-lo perto de mim. Nossas línguas duelaram, tomando,
dando, fazendo meu corpo queimar e meu coração disparar.

Assim como o seu riso, ele me deu sustento. Eu exijo-o


e levou-me a tomar mais dele e ainda mais, por ter sido á
tanto tempo, eu estava morrendo de fome.

Ele quebrou o beijo e quando ele fez eu senti que ele


não gostou do fato de que ele precisava fazer.

— Eu estarei de volta em breve, ele murmurou contra a


minha boca e se afastou, mas só depois que eu tomei uma
respiração profunda, acalmando a respiração e acenei com a
cabeça.

Ele se moveu para a porta e eu finalmente me senti no


ar. Estava novamente grosso e com esse perigo sedutor, tão
espesso, no minuto que eu podia senti-lo, ele quase me
sufocou.

562
Todos os três vampiros estavam me observando, agora
com nenhuma hostilidade e sem humor. Não é preciso ler
mentes para saber que eles estavam com fome. Por que, eu
não tinha certeza, mas o meu palpite era que era de mim.
Não era do meu sangue que eles estavam atrás, mas algo
muito mais profundo.

Definitivamente, uma ameaça.

Lucien se virou para mim, tranque a porta.

Em seguida, ele assobiou, e eles foram embora e tudo


que eu vi ou ouvi foram às portas do carro batendo.

Fechei e tranquei a porta. Em seguida, o mais rápido


que meus pés me levaria, eu corri para o telefone e liguei para
Stephanie.

*****
Terror queimou através de mim, tudo que eu conseguia
pensar era em fugir.

Eu colidi com algo forte, poderoso, barras de ferro


estavam em torno de mim, segurando-me aprisionada.

— Leah, o mel, o que na terra?

Perda. Dor. Angústia. Medo. Demais. Eu não


conseguiria lidar.

563
Queimando, queimando, o calor era muito intenso.
Esmagador. Escaldando meus olhos. Chamuscando minha
garganta.

Caindo, precisamente, incontrolada, algo apertado em


volta do meu pescoço. Eu não conseguia respirar.

Lutei contra a minha prisão moderadamente.

— Jesus, Leah, acalme-se. Qual é o problema?

Arranhando meus limites, eu podia ouvir minha


respiração sufocando através da minha garganta e de meus
soluços. Dedos forçaram a abrir minha boca, pressionado
contra a minha língua, procurando a fonte da minha asfixia.

Precisava. Precisava. Precisava desesperadamente. De


contato. Pele. Calor. Força. Poder.

Ele.

Precisava dele.

Precisava de suas mãos, sua respiração, sua presença,


ele.

Reconfortantes, calmante, relaxante.

Eu tinha que tê-lo. Se eu não o pegasse, a corda iria


apertar e eu morreria.

— Por favor. — Era a minha voz, mas eu não


reconhecia o áspero, cru, agonizante ruído.

564
— Oh meu Deus.

Em algum lugar bem longe, o telefone tocou. Minha


prisão mudou e eu lutava sem sucesso.

— Lucien, graças a Deus. Algo está errado com Leah.


Ela não consegue respirar e eu não consigo descobrir o
porquê. Ela está lutando contra mim e se eu a deixar ir, eu
temo que ela vá fazer-se mais mal. Você precisa chamar uma
ambulância.

Eu estava boquiaberta com a respiração ofegante. Meus


pulmões estavam queimando. A escuridão estava invadindo.

— O que? Você é louco? Ela está sufocando, foda-se,


chame uma ambulância!

A corda apertou fortemente. Eu temia que isso partisse


o meu pescoço e eu tive a sensação que o barulho sufocado
revoltante que eu ouvia vinha de mim.

— Ouça, Leah, querida, por favor, escute o telefone... —


a voz feminina implorou urgentemente.

— Querida... — Sua voz soou no meu ouvido.

A respiração encheu meus pulmões.

Eu o levei em goles.

— Espere, eu estou chegando.

Minha mente embrulhou, nada entrou, nada saiu,


nada aconteceu.

565
Catatônica.

Em seguida, ele estava lá, seus braços deslizando em


torno de mim, me levantando. Eu estava embalada em seu
colo, seu calor me envolvendo, sua feroz proteção me
dominando.

Os efeitos colaterais do pesadelo horrível ainda me


seguravam em seu encalço e, apesar de os meus sentidos
estarem voltando, eu estava totalmente impotente. Uma
boneca de pano muda cega nos braços de Lucien.

— Há quanto tempo ela está assim? — Eu o ouvi


perguntar secamente.

— Desde que você falou com ela ao telefone, mas confia


em mim, isso é melhor. Antes disso, eu juro Lucien, eu olhei
e parecia que ela estava morrendo, Stephanie respondeu.

— Cristo! — A palavra de Lucien foi uma explosão


controlada. Seus braços ficaram apertados, dolorosamente.
Machucava e ao mesmo tempo fazia me sentir bonita.

— Isso já aconteceu antes? — Perguntou Stephanie.

— Ela tem pesadelos, respondeu Lucien, sua mão


começava a acariciar minhas costas.

— Sonhos ruins? Luce, não era um pesadelo. Isso foi


completamente cheio de merda. Eu estou com 750 anos de
idade e já vi algo muito sério na minha vida, mas isso foi uma
merda!

566
Stephanie estava em um estado.

— Diga-me exatamente o que aconteceu, Lucien exigiu.

Stephanie não hesitou.

— Eu ouvi o grito dela. Foi intenso. Eu vim correndo a


tempo de pegá-la pulando para fora da cama. Ela estava
sufocando, chorando. Eu pensei que ela estava apenas
chateada com o que aconteceu antes, explicou Stephanie. —
Então eu percebi que era algo mais. O choro parou, a asfixia
continuou. Ela lutou comigo como nenhum mortal já lutou
antes. Eu quase não podia segurá-la. Era como se ela
estivesse sendo estrangulada por algo invisível. Ela estava
lutando contra isso e ela estava perdendo. Então você ligou e
falou com ela, o estrangulamento parou, mas ela ficou mole e
sem resposta. Juro por Deus, por um minuto, eu pensei que
ela estava morta, mas eu ouvi a batida do coração e a
respiração. Coloquei-a na cama e ela apenas se enrolou,
olhos abertos e olhando para o nada. Eu acho que é seguro
dizer que ela me assustou!

Lucien não disse nada, mas ele parou de acariciar


minhas costas, sua mão foi debaixo do meu cabelo e enrolou
calorosamente em volta do meu pescoço.

— Ela ainda está confusa. Precisamos chamar um


médico, anunciou Stephanie.

— Eu estou bem, eu sussurrei e desejei que eu não


tivesse feito.

567
Minha voz me assustou. Isso me assustou, porque
parecia que eu tinha acabado de sobreviver de ser
estrangulada.

Ao som da minha voz, o corpo de Lucien ficou sólido.

— Veja! — Gritou Stephanie.

— Leah, querida, você pode olhar para mim? — O tom


de Lucien era gentil, sua mão movendo-se de meu pescoço
para prender o cabelo e cuidadosamente puxar a minha
cabeça para trás.

Eu balancei a cabeça, o esforço em que o movimento


simples sentia como em uma corrida, mas os meus olhos
encontraram os dele.

— Você se lembra de alguma coisa? — Ele perguntou e


eu assenti novamente.

— Tudo isso. — Minha voz ainda soava dolorosamente


desgastante porque era doloroso e desgastante.

Lucien estremeceu quando eu falei.

— Ow, eu sussurrei.

O rosto dele ficou severo antes que ele ordenasse:

— Não há mais nada a falar.

Eu balancei a cabeça novamente. Eu estava feliz com


isso. Muito feliz.

568
Ele soltou meu cabelo, mas os seus dedos estavam em
concha atrás da minha cabeça e pressionavam meu rosto no
pescoço dele.

— Precisamos chamar um médico, Stephanie repetiu.

— Ela está bem agora, Lucien respondeu.

— Eu não penso assim. Ela soa como ela tivesse sido


estrangulada!

— Teffie, eu estou aqui. Ela está bem.

O ar no quarto ficou pesado. Eu fiquei tensa antes de


Stephanie falar com raiva.

— Eu sei que quase todo mundo acha que você é tudo


isso, inclusive eu na maioria das vezes. Mas, até onde eu sei
você não tem poderes mágicos de cura.

— Teffie, deixe-nos. Vá dormir um pouco, Lucien


ordenou.

— Você ouviu a voz dela! — Stephanie gritou e meu


corpo se contraiu pela sua raiva.

Eu senti a estrutura de Lucien se transformar em


pedra.

Sua voz era ameaçadora quando ele exigiu. Saia daqui,


agora. Você está aborrecendo Leah.

— Eu.

569
— Agora! — Ele gritou e eu pulei.

Ela deve ter saído porque no segundo seguinte eu


estava na cama sozinha, sem a proteção de Lucien. O
segundo depois eu senti o seu corpo quente, nu no
comprimento do meu, seus braços apertados em volta de
mim, com as pernas pesadas e se enroscou com o meu.

Eu senti a dormência ir, a minha força e inteligência


voltando e a exaustão ficando pesadamente em cima mim.

Eu me derreti em seu calor e ele me puxou para mais


perto.

O sono foi chegando e eu esperava que fosse do tipo


bom, porque eu precisava. Eu estava lutando contra os
demônios reais e invisíveis e eu precisaria de todo o resto eu
poderia começar a resistir.

Eu estava quase na terra dos sonhos quando ouvi sua


voz suave fazer uma promessa.

— Isso nunca vai acontecer de novo porra, Leah. Você


tem a minha promessa.

Lágrimas deslizaram até a minha garganta, mas


silenciosamente eu engoli em seco e baixo e cheguei mais
perto.

Ele não podia prometer isso. Mesmo que eu não tivesse


uma maldita ideia do que aconteceu, havia uma coisa que eu
soube através de uma intuição a fonte de que me escapou.

570
Vindo direto a partir do núcleo de mim, eu sabia que a única
maneira que ele poderia fazer uma boa promessa era nunca
me deixar.

Nunca.

E isso não ia acontecer.

Eu tinha mais do que uma ameaça (aquele gentil,


Lucien) e mais de duas ameaças (aquele assustador,
personificado pelo Marcello, mas também Rudolf e Cristiano),
agora eu tinha três (minha própria mente, o que me
assustava mais do que tudo).

Eu era uma mulher morta andando de uma forma ou


de outra.

E eu tinha pavor do meu crânio.

*****
— Eu não quero que Leah possa ouvir por acaso. — A
voz de Lucien era baixa, mas com raiva. Eu desloquei de meu
sono e meus olhos se abriram, não vendo nada, exceto o
travesseiro vago de Lucien.

— Estou pensando que Leah deveria estar presente


nesta conversa, Stephanie explodiu de volta.

— Teffie. — Outra voz, do sexo masculino, vagamente


familiar. Cosmo.

— Eu não entendo. — Essa era Edwina.

571
— Podemos passar para a cozinha? — Lucien fez uma
pergunta que não era uma pergunta tanto quanto uma
exigência educadamente formada.

Silêncio.

— Eu só entrei lá. Ela está dormindo. Ela dorme bem


profundamente, Edwina ofereceu em uma voz que dizia que
ela estava atuando como pacificadora.

Adivinhei que Stephanie estava resolvendo e Edwina


estava esperando que ela não tivesse que reparar o gesso no
corredor no andar de cima.

Lucien deve ter pensado que batendo Stephanie contra


a parede no andar de cima provavelmente me acordaria de
qualquer maneira e provavelmente me perturbaria, então ele
falou.

E o que ele disse me assustou.

— Ela tem um sonho. É recorrente e está ligado a mim.


Eu sei disso porque eu ouço suas palavras na minha cabeça
enquanto ela está sonhando. — A voz de Lucien foi baixo,
breve e impaciente. — Eu falei com sua mãe e esses sonhos
intensos têm acontecido toda a sua vida.

Eu estava totalmente assustada sobre eu falando na


cabeça de Lucien quando eu estava sonhando, sobre o que eu
poderia ter dito e sobre o sonho sendo sobre ele em tudo,
considerando o que esse sonho me fez, tanto antes da minha
experiência de quase morte e durante a mesma.

572
Mas o que ele disse depois que tinha precedência.

Ele falou com a minha mãe?

Agora me deixou com raiva.

Durante as últimas três semanas eu estive chamando


toda a minha família, mesmo tia Kate. Mas não Myrna como
eu tive o suficiente por canalizar Myrna na vida diária, eu não
quero ter que realmente falar com ela.

Desesperada pelo aconselhamento, orientação e as


lições Lucien parou de dar-me até a noite passada; eu estava
disposta a falar com ninguém. Eu gostaria de até mesmo ter
chamado a tia Fiona duas vezes.

O problema era quando elas atendiam ao telefone, e eu


estava suspeitando que elas estivessem evitando a tarefa
árdua quando viam meu nome aparecer em suas telas, elas
estavam ocupadas.

Ocupado, ocupado, ocupado.

Mesmo Lana, que poderia falar com um cadáver até


que ele reanimasse, senta-se e dissesse a ela para se calar.

Isso dói.

Quer dizer, eu nunca tinha me afastado para longe de


casa e eu sentia muita falta deles.

Mas parecia que eles estavam seguindo com a vida sem


mim muito bem.

573
Quando Lana tinha sido selecionada, ela tinha tido
sorte o suficiente para não se mover para muito longe, uma
viagem de três horas. Ela estava em casa o tempo todo.
Minha mudança foi uma viagem de duas horas de avião.

Eu pensei que eles iam sentir a minha falta, mas o


turbilhão de eu tenho um encontro no almoço..., estamos
prestes a assistir a um filme..., eu tenho um tratamento facial
em 20 minutos..., se eu não conseguir essa venda, aquele par
de sapatos vai embora e eu vou morrer se eu não lhes
possuir... (que era a tia Nadia, ela gostava de sapatos quase
tanto quanto eu) era tudo o que eu ouvia.

Não era a única,

— Então, Leah, como você está ficando com o poderoso


vampiro Lucien que você tão desesperadamente não queria se
separar de sua família adorada e seus muitos amigos e
serviço? Você está bem? Você precisa, por acaso, falar com
um membro da família amada, confiável?

Imbecil, quer dizer, terríveis cadelas Buchanan.

Agora descubro que minha mãe, minha mãe, estava


conversando com Lucien.

Eu ia deserdá-la. Assim que ela falasse comigo por


tempo suficiente para compartilhar desse pedaço que era.

As palavras espantadas de Stephanie me trouxeram de


volta para a minha tarefa de estar acordada e ouvindo a
conversa.

574
— Como na noite passada?

— Não, eu conversei com Lydia esta manhã e ela disse


que nunca aconteceu com Leah, — Cosmo interferiu. — Ela
disse que muitas vezes seus sonhos eram assustadores e ela
estaria quase inconsolável depois, mas ela só chorava ou
gritava, às vezes lutava. Nada como o que você descreveu na
noite passada.

Então, minha mãe também não estava muito ocupada


para ter um papo com Cosmo também.

Totalmente deserdada.

— Ela está muito preocupada, Cosmo continuou.

Sim certo, eu fervia.

— Ela deve estar preocupada, Stephanie cortou. — Ela


estava assustada.

— Estou preocupada, disse Edwina em silêncio e eu


sabia que ela estava falando sério.

Eu gostava de Edwina, e naquele momento eu a amava


ainda mais. Talvez eu pedisse para ela ser minha nova mãe.

— Ela tem habilidades, Lucien compartilhou e você


poderia dizer que ele não gostava muito disso.

Meu corpo ficou tenso e as minhas orelhas


arrebitaram.

— Habilidades? — Cosmo perguntou.

575
Imaginei Lucien acenar com a cabeça antes de falar.

— Ela pode lutar contra a hipnose. Não muito tempo,


segundos, mas mais tempo do que qualquer outra pessoa.
Ela pode falar de volta quando você está se comunicando com
ela, manter conversas inteiras, como você. — Eu não sabia o
que ele queria dizer, mas eu imaginei que era como Stephanie
ou Cosmo. — Ela também pode entrar na minha cabeça, falar
comigo sem eu ter chamado por ela. Ela pode fazer isso por
conta própria, mais uma vez, como você.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Nem


todo mundo pode fazer isso?

Lucien continuou:

— Seus sentidos são avançados, particularmente seu


senso de perigo. Ou isso, ou ela tem a capacidade equivalente
para me marcar, deixando-me em sintonia com ela de uma
forma que eu não consigo sentir e ela não sabe que está
fazendo isso. De qualquer maneira, quando há perigo ou uma
situação é incerta, ela sente isso.

— Puta que pariu, Cosmo murmurou.

— Você está brincando, Stephanie sussurrou.

— Eu sabia que ela era especial, afirmou Edwina.

Edwina era tão... totalmente... minha nova mãe.

— Eu acho que está me marcando, Lucien decretou e


meu coração começou a falhar. Eu nunca tinha sido

576
marcado. Eu faço a marcação, mas duas vezes eu senti que
ela tentava harmonizar-se comigo, sentir meus pensamentos,
meu humor. Foram necessários esforços para segurá-la para
trás.

Meu Deus.

Toda essa coisa pulsante. Lembrei-me de querer saber


o humor dele. Eu pensei que ele estava tentando sondar o
meu, mas eu estava sondando o dele!

E ele estava me bloqueando, e deve ter sido por isso


que eu estava pulsando.

— Que bizarro, murmurou Stephanie.

Ela poderia dizer isso de novo!

— Eu tenho uma teoria, declarou Lucien e eu parei de


respirar como se isto fosse me ajudar a ouvir melhor. — Sua
linhagem vem absorvendo essência de vampiro por um longo
tempo. Cada respectiva geração tem absorvido bem mais do
que qualquer outro lado do traço de concubina. Eu acho que
afetou seu traço a modificando, dando-lhe poderes que outros
mortais não têm.

Comecei a respirar novamente.

Uau.

Eu estava talvez modificada. Poderes de vampiro


emendados em minha genética.

577
Isso era formidável! E legal!

Eu sei que você está acordada, meu bichinho.

Meu corpo estremeceu.

Grande Santo!

Lucien era assim, excêntrico e perturbador. Eu não


conseguia nem escutar sem ele concordar a respeito.

— Eu não iria compartilhar isso com o Conselho,


Cosmo advertiu, me arrancando dos meus pensamentos.

— Eu não tenho nenhuma intenção, — Lucien


respondeu, com a voz mais perto, vindo em minha direção e
eu avaliando as minhas opções.

Eu não sabia se ele estava com raiva, mas escutar


nunca era bonito. É claro que, em minha defesa, eles estavam
do lado de fora da porta e a porta estava aberta.

Eu considerei me jogar para fora da janela, mas eu não


acho que minhas habilidades de vampiros mutantes
alterariam o fato de não quebrar a minha perna em
consequência de tal façanha. E eu não tinha estado a serviço
de Lucien tempo suficiente para obter a minha super cura de
vampiro e meus poderes mágicos não estavam acontecendo
ainda, então eu percebi que eu deveria apenas enfrentar as
consequências.

— Lucien, nós não terminamos de falar, Stephanie


chamou.

578
— Leah está acordada, Lucien a informou, parecendo
que ele estivesse mesmo à porta.

O silêncio, então, Merda, ela é. Eu não estava


prestando atenção.

Rapaz, os vampiros ouvirem os batimentos cardíacos e


a respiração é ruim às vezes.

Lucien apareceu. Ele fechou a porta e caminhou


lentamente para mim.

— Olá, eu disse, hesitante, testando seu humor. Minha


voz estava áspera como uma lixa.

Esta foi uma boa jogada da minha parte. Sua


expressão tinha estado pensativa como se estivesse tentando
decidir qual punição irritante, o vampiro dominador iria fazer.
Ao ouvir a minha voz, seus olhos brilharam depois suavizou
assim como seu rosto.

Ele jogou as cobertas para trás e ficou na cama comigo


mesmo que ele estivesse totalmente vestido, vestindo jeans e
uma camiseta preta apertada.

Ele puxou-me em seus braços.

— Quando você soube que eu estava acordada? — Eu


ofeguei.

— No minuto em que você acordou, ele falou no topo da


minha cabeça assustadoramente. — Agora, pare de falar.

579
— Eu estou bem, eu argumentei, embora eu não soasse
bem, eu realmente estava. Eu não sinto nada diferente do
que o normal, exceto a minha garganta que estava um pouco
dolorida.

— Eu não estou discutindo sobre isso.

— Mas.

Calada, Leah. Ele controlou minha mente.

Grande, mau, vampiro idiota!

Eu odeio quando você faz isso, eu rebati.

Por que você iria usar sua voz quando podemos


conversar perfeitamente bem assim?

Ele tinha um ponto. Ainda assim, com uma grande


determinação, eu fiz beicinho. Vendo que meu rosto estava
em seu pescoço e ele não poderia me ver fazendo beicinho,
este foi um beicinho discutível, mas pelo menos ele me fez
sentir melhor.

Fale-me sobre a noite passada, ele ordenou.

O que você quer saber? Perguntei.

Tudo, ele respondeu.

Eu suspirei em seguida desisti. Não fazia sentido lutar


contra isso, ele era ainda mais teimoso do que eu.

580
Eu tive um sonho novamente, eu disse a ele e
interrompi parando de partilhar.

Quando eu não disse mais nada, ele incentivou, eu


imaginei isso.

Eu continuei, eu não sei o que aconteceu. Eu ainda não


me lembro o que eu sonhei, mas é como se o sonho continuasse
mesmo depois que eu acordei.

Como?

Eu balancei minha cabeça, mas respondi o que sentia,


eu sei que isso vai parecer totalmente desequilibrado, mas
parecia que eu estava sendo enforcada.

Seu corpo ficou completamente tenso. Eu senti isso


antes, é claro, muitas vezes, mas havia algo diferente desta
vez. Muito diferente e muito errado.

Lucien?

Conte-me mais, ele ordenou, até a sua voz na minha


cabeça parecia tensa.

Isso me assustou então eu continuei, eu podia sentir


Stephanie, sentir o mundo real em torno de mim. Eu até ouvi o
telefone tocar quando você ligou. Mas eu ainda estava no
sonho e era mais poderoso. Parecia que o chão saiu de baixo
de mim e o laço estava me estrangulando.

Você viu alguma coisa?

581
Como o que?

Como eu.

Desta vez, meu corpo ficou apertado.

Eu sei que você está sonhando comigo, Leah. Agora, sua


voz era suave em bajulação.

Eu não sei o que.

Você está, querida.

O que você me ouviu dizer?

Vamos nos concentrar em você.

Eu prefiro me concentrar no que ouviu.

Mais tarde.

Agora.

Seus braços tornaram apertados e a respiração saiu de


mim.

— Você pode me ver no seu sonho? Será que você me


viu na noite passada? — Ele quis saber.

Eu balancei minha cabeça.

— Será que você sentiu o calor?

Isso me confundiu.

Calor? Eu perguntei.

582
— Como um fogo.

Minha cabeça virou para trás e eu olhei para ele com


os olhos arregalados.

Sim, eu respirei.

Eu vi como os olhos fecharam lentamente e sua


mandíbula ficou apertada, não como ele estivesse com raiva,
como se ele estivesse com dor.

Eu senti sua dor. Isso dói.

Seu olhar também era familiar. Eu não sei por que,


mas era muito familiar como se eu tivesse visto isso antes e
isso me assustou.

Lucien! Chorei.

Seus olhos se abriram.

O quê? Perguntei.

Sua mão na parte de trás da minha cabeça


aconchegando meu rosto em sua garganta novamente, ele
respondeu:

— Nada, docinho.

Isso não foi nada!

— Apenas relaxe, ele ordenou.

Sim, isso mesmo, você relaxa. Eu estou ficando louca!

583
— Tudo vai ficar bem.

Claro. Tudo vai ficar bem. Você é um vampiro renegado,


quebrando as leis e que se arrastou para conversar com o
Conselho, no meio da noite. Sua companheira distante me quer
morta. O assustador Marcello-com-um-desejo de morte quase
me toca e você se transformou em Super Lucien, o Poderoso
Protetor de Concubina. E mesmo os meus sonhos me querem
morta! Sim, tudo está normal! Nada para se preocupar aqui!

Depois do meu longo discurso mental falando


diretamente para seu cérebro, que era totalmente bizarro em
si, o mais bizarro de tudo era que eu estava me comunicando
com ele assim e que não senti nem um pouco bizarro, eu
senti seu corpo tremer.

Ele estava rindo.

Tudo começou silenciosamente em seguida, tornaram-


se risadas. Ele me puxou para cima, levantou a cabeça e
escondeu seu rosto no meu pescoço.

Isto não é muita merda uma piada, eu declarei, e com


certeza não era.

Ele continuou rindo.

O que aconteceu ontem à noite? Eu quis saber.

— Eu vou te dizer mais tarde. — Sua voz ainda estava


cheia de alegria quando ele falou contra o meu pescoço.

Agora.

584
— Mais tarde, ele murmurou.

Agora, Lucien! Eu insisti. Você não pode simplesmente


me deixar depois que o drama, de todos preocupados sobre
você e, em seguida não...

Eu parei de reclamar em seu cérebro e fiquei rígida.

Eu fiz isso por duas razões. Primeiro porque ele ainda


ia também. Completamente. Quase tão duro como quando
nós estávamos falando sobre o meu sonho. Dois, porque uma
parte do meu cérebro idiota estava envolvida com o que a
outra parte, mais do que idiota do meu cérebro idiota estava
realmente dizendo.

A cabeça dele apareceu. Eu torci o pescoço para olhar a


ele e desejei que minhas possíveis habilidades de vampiro
aumentadas fossem para voltar no tempo para que eu
pudesse ter de volta as palavras.

— Você estava preocupada comigo? — Ele perguntou.

Tentei cobrir. Bem, você sabe, alguém iria ficar


preocupado quando alguém é carregado para fora no meio da
noite.

— Eles não ficariam preocupados se eles odiassem a


pessoa que estava sendo carregado, — ele questionou
logicamente, mas sua voz era puro veludo e parecia deslizar
por cada centímetro da minha pele.

Por que oh por que eu seria um maldito perdedor!

585
Não leia qualquer coisa, Lucien, eu avisei.

Ele sorriu e foi seu sorriso arrogante.

— Não é difícil, bichinho.

Bem, tente, eu empurrei.

Seu rosto ficou mais perto e sua voz ainda era de


veludo.

— Eu gosto bastante do que estou lendo.

Posso lembrar que você me deu palmadas na noite


passada. Deu-me palmadas! Eu repreendi.

— Oh, eu me lembro. — Sua voz ainda de veludo,


deslizando pela minha pele, agora eu estava ficando
arrepiada. Então suas pálpebras baixaram lentamente a meio
mastro e ele murmurou. — Eu estou pensando que eu
deveria ter feito isso em sua iniciação de sangue.
Economizaria tempo.

Meu corpo ficou apertado, então ele empurrou contra


seu domínio. Eu sabia que isso não teria nenhum efeito, mas
eu me senti melhor fazendo isso.

Estava na hora de mudar de assunto.

Eu preciso de comida, eu afirmei.

— Eu também, ele sussurrou.

586
Mas que inferno, ele conseguiu uma resposta. Senti
meus mamilos ficarem duros e eu fiquei imediatamente
molhada.

Ele sabia disso. Eu sabia que ele sabia disso porque eu


vi o flash de um sorriso satisfeito, um sorriso presunçoso
diante do seu rosto desaparecendo em meu pescoço. Seus
lábios percorreram meu peito e, com um braço travado em
torno da minha cintura, a outra mão veio até minha camisola
e puxou-a para baixo bruscamente para expor um dos meus
seios.

Eu engasguei.

Então eu senti sua língua ao lado do meu peito, fogo


disparou entre minhas pernas e eu me contorcia.

Deixe-me falar, eu sussurrei e no instante em que eu


fiz, sua mente liberou a minha e eu senti o fluxo de sangue.

— Oh meu Deus, eu respirei.

Impotente para detê-los, minhas mãos foram para sua


cabeça, agarrando em seu cabelo, segurando-o para mim,
como a doce, emoção familiar da sua alimentação passou por
mim.

A mão dele subiu, com os dedos envolvendo em torno


de meu pulso, ele puxou para fora e para baixo. Tomando
minha mão na sua, ele guiou-a para o meu pijama, para
minha calcinha, direto para o calor de mim. Seus dedos
manipulando o meu contra minha parte mais sensível, ele

587
exigiu uma resposta mais profunda. Eu assumi e sua mão
moveu-se, um dedo deslizando em mim então dois, então, ele
acariciava, com ritmo certo e forte, prático e poderoso,
construindo em intensidade e rapidez.

Com a alimentação, os meus próprios dedos e seus


impulsos demoraram apenas alguns momentos para que eu
gozasse.

— Lucien, eu sussurrei em minha voz rouca e quando o


fiz, minha mão fechada apertada em seu cabelo ao mesmo
tempo segurando-o para mim.

Ele estava consumindo. Foi lindo. Eu não o tinha tido


em três semanas também. Ele me alimentado também.

Ele aprisionou minha mão em concha sob a dele entre


as minhas pernas, fechou a ferida no meu peito com a língua,
puxado para cima e rolou em direção a mim.

Com seu peso pressionado contra o meu lado, com o


rosto no meu cabelo, ele falou.

— Você quebrou, declarou ele, a vitória quente em seu


tom.

Eu suspeitava que ele não estivesse errado.

Eu não disse isso a ele.

— Agora, você é minha, continuou ele, o calor da vitória


se tornando aquecida, brutal, selvagem e feroz.

588
Eu suspeitava que ele não estivesse errado sobre isso
também.

Rapaz, eu estava tão assustada.

Sua cabeça surgiu, sua mão puxando a minha de entre


as minhas pernas, ele a levantou, enrolando meu braço em
volta de sua cintura. Ele puxou minha camisola para trás
sobre meu peito, enrolou mais profundo em mim, então ele
estava quase em cima de mim e então ele colocou a mão no
meu pescoço, o polegar acariciando, cabeça erguida, os olhos
fixos nos meus.

— Hoje à noite, nós nos unimos, ele decretou, sua voz


ainda feroz como eram seus olhos.

Senti algo inquietante.

Seus olhos estavam em chamas, o triunfo flagrante,


queimando dentro de mim, tão quente, tão feroz, eu me senti
marcada.

Mas não foi a primeira vez que eu senti isso. Eu senti


isso antes. Mesmo sabendo que eu não tinha. Assim como
antes, quando ele fechou os olhos de dor.

— Leah? Você me ouviu?

Minha mente estava em outro lugar, mas eu ainda


respondi:

— Eu ouvi você.

589
— Leah, ele chamou, eu sacudi meus pensamentos
perturbadores e foquei nele.

— O que nós vamos ter vai ser bonito, ele me disse, a


voz de volta ao veludo.

Eu suspeitava que ele não estivesse errado sobre isso


também.

O problema era que, apesar de, sem dúvida, ser bonito,


fosse o que fosse, seria temporário.

Beleza manchada. Eu poderia viver com isso?

— Querida, — sua voz de veludo ainda, mas havia um


pulsar estranho dele como uma dor, — seja lá o que está a
martelando nas costas dos seus olhos, deixe-o ir. Você dá-me
isto; eu vou cuidar disso. — Sua voz mergulhou mais baixo
antes de ele terminar. — Isso é uma promessa.

É claro que, vendo como eu fui expulso dos Estudos


Vampíricos, eu não tinha ideia de como obrigatório os votos
de um vampiro eram. Eu não tinha ideia de que iria matar
para protegê-lo e morrer antes que eles fossem quebrados. Eu
não tinha ideia que tinha uma busca nos confins da terra por
séculos para cumpri-la ou que eles suportariam a tortura
para mantê-los seguros.

Então, mesmo que eu acreditasse que ele acreditava


que não estava alimentando uma linha, eu entendia
diferente.

590
Ainda assim, com essa coisa em mim quebrada,
incapaz de mantê-lo por mais tempo, eu não tinha escolha.

Então eu olhei-o nos olhos e sussurrei: — Tudo bem.

Minha submissão foi imediatamente recompensada.

Ele puxou-me apertado em seus braços e me deu um


de seus exigentes, abraços, possessivo, me marcando com
beijos inegavelmente selvagens que me deixou sem fôlego.

Então ele me levou até a cozinha, me colocando em um


banquinho, pediu preocupado, Edwina bajulando e
igualmente preocupada, mas não teve bajulação de Stephanie
e Cosmo que saíram da cozinha e ele fez café da manhã.

Entre muitas outras coisas, naquela manhã eu


descobri que Lucien sabia cozinhar.

591
Capítulo Dezesseis

As Tias

Fiquei enrolada no confortável e grande pufe, na área


de estar fora da cozinha enquanto Edwina fez o jantar e Avery
se sentou no sofá, conversando com ela.

Avery foi quem eu imaginei era meu protetor da noite.

Mesmo sendo domingo e Edwina era para estar fora,


ela não me deixou.

E mesmo que sendo domingo e desde então nosso


primeiro domingo juntos Lucien tinha o hábito de estar
comigo de alguma forma durante todo o dia (mesmo estas
últimas três semanas, quando ele não tinha sido agressivo, o
dominador, Lucien), Lucien deixou. Ele decolou com Cosmo
após o café, e outro exigente, abraço, possessivo, me
marcando e o seu inegavelmente beijo selvagem, bem na
frente de todo mundo, ir a lugares desconhecidos e não
compartilhados com oh, digamos, comigo.

Stephanie foi até Avery que chegou tarde, em seguida,


ela imediatamente foi embora.

Foi assim que eu soube que Avery era meu protetor.

592
A única coisa que eu sabia é que eles estavam me
protegendo e que Lucien ordenou a Edwina e Stephanie para
olhar para fora antes dele sair. Na verdade, ele tinha um
monte de ordens.

— Ela descansa e ela não fala. Entenderam-me? — Foi


a sua primeira.

Sua segunda:

— Nada de chamadas telefônicas. Nenhum visitante.


Ela não chega perto de qualquer porta e ela não vai lá fora.

Sua terceira:

— Ela não dorme, nem mesmo uma soneca, não sem


mim em casa. Não apenas hoje, todos os dias. Eu fui
compreendido?

Ele poderia, é claro, ter-me dito estas coisas. No


entanto, era muito provável que eu lhe faria beicinho e
provavelmente era o que ele estava tentando evitar.

Em vez disso, falei diretamente para sua mente.

Vampiro sério e mandão! Eu gritei em sua mente.

Sua cabeça virou em minha direção. Eu percebi que eu


estava em apuros, mas seus lábios se contraíram em um leve
sorriso, ele caminhou para a direita no espaço próximo a mim
e eu aproveitei a oportunidade para beijá-lo.

593
Eu suspeitava de que Lucien estava proporcionando
proteção para mim, não só porque o meu próprio sonho se
tornou perigoso e quase me matou e ele precisava de alguém
por perto para me manter acordada. Mas porque havia
outras, ameaças mais perigosas da qual ele precisava me
manter segura.

Eu não quero pensar nisso, mas eu não podia de


qualquer maneira. Lucien tinha ido embora antes que eu
pudesse formar uma palavra em sua mente.

Ela deveria esperar até a noite, e a única coisa boa era


que ele atrasaria a união, algo que, eu tinha que admitir, eu
não estava ansiosa para acontecer tão rápido. Na verdade, se
eu me deixasse pensar sobre isso por mais de dois segundos,
minha respiração começaria a ficar ofegante e minhas pernas
iriam ficar agitadas.

Ele também me assustou demais, principalmente


porque só de pensar nisso me fazia ofegar, o que ocorreria
quando isso acontecesse? Será que eu entraria em
combustão espontânea?

Eu tinha um bloco de papel em minhas mãos sobre a


qual eu deveria escrever para me comunicar. Eu estava
fazendo isso mesmo porque eu testei a minha voz no
banheiro e, percebi como a minha garganta parecia bem
melhor (porque Edwina me deu pastilhas para a garganta),
minha voz soava quase normal. Edwina entregou uma
almofada a mim e quando eu pensei em abrir a minha boca,

594
ela levantou sua mão para cima, com a palma virada para
mim e então ela apontou para o bloco de papel.

Naquele momento, em vez de utilizar o bloco de papel


para me comunicar, eu estava rabiscando nele.

Então eu senti os olhos de Avery em mim. Meus olhos


deslocar-se para ele.

Ele sorriu.

Na verdade, ainda que ele fosse um pouco esquisito, ele


também era muito atraente.

Eu rasguei a folha que rabiscava da parte de cima, e


escrevi um bilhete e entreguei para ele.

Ele leu e balançou a cabeça, entregando o bloco de


volta para mim.

— Eu não sou um vampiro, Leah.

Escrevi outro bilhete e entreguei para ele.

Ele fez a mesma coisa e após ler entregou de volta para


mim.

— Sim, eu sou imortal.

Uau!

Eu estava imaginando!

Minhas sobrancelhas se ergueram.

595
— Talvez você devesse. — Edwina começou a falar, de
repente, atrás do sofá de onde estava em pé parada me
olhando um pouco preocupada.

Avery ergueu sua grande mão articulando os dedos e


Edwina foi silenciada.

— O quê? — Eu perguntei e Edwina apenas olhou para


mim.

Escrevi desculpa em grandes letras no bloco de notas e


mostrei para ela.

Sua cabeça inclinou para o lado. Ela piscou para mim e


retornou para a cozinha.

Avery falou.

— Ela está preocupada. Como está sua vida


atualmente, você tem o direito de saber sobre a cultura dos
vampiros. Mas outras culturas são proibidas para o seu
conhecimento. Elas são secretas como a cultura dos
vampiros é mantida secreta de todos os mortais fora dela. Em
outras palavras, eu não posso dizer o que eu sou.

Meus olhos se arregalaram, então eu escrevi em meu


bloco de notas e tornei a mostrar a ele.

— Sim, Leah, há outras culturas, outros tipos de


imortais, ele fez uma pausa e continuou, e outras criaturas.

Isso era novidade. Era uma informação séria e


chocante.

596
Eu escrevi no meu bloco de notas novamente e mostrei
a ele. Ele leu e sorriu.

— Eu confio em você para manter o meu segredo,


pequena. — Apenas Avery, que era gigantesco e parecia ter
mais dois metros de altura, seria capaz de conseguir me
chamar de pequena.

Ele continuou:

— Embora, se alguém alguma vez souber que eu disse


a você, eu seria condenado à morte.

Eu arregalei meus olhos de terror e ele riu e continuou.

— Nós levamos nossos segredos muito a sério.

Escrevi sem brincadeira no meu bloco de notas. Ele leu


e riu novamente.

Então eu escrevi por quê?

— Será que as palavras 'aldeões zangados' significa


algo para você? — Ele perguntou, tentando fazer uma piada,
mas eu não a aceitei desta maneira.

Senti que meu coração doía como ele fez na noite


passada, quando Lucien explicou o mundo que ele era
obrigado a viver. Não apenas escondendo sua grandeza, mas
também tendo que ser amigável do tipo enjoativo e ter que se
acostumar a ser incompreendido.

597
Eu escrevi com raiva em meu bloco de notas de novo e
mostrei para Avery. Quando ele leu, seu rosto ficou suave, e
ele levantou sua grande mão e segurou uma mecha do meu
cabelo.

Então seus olhos suaves olharam no fundo dos meus e


ele sussurrou:

— Nem todos os mortais compreendem Leah.

Suas palavras me envolveram e eu sorri para ele. Eu


estava trêmula, meu coração ainda doía, mas eu estava feliz
por ele não me culpar por toda a tortura que seu povo sofreu
de meu povo, de qualquer maneira os castigando sem
advertência.

O telefone tocou. Edwina atendeu e em seguida, ela


trouxe para mim.

— Lucien, disse ela e meu coração pulou uma batida


irritante. Eu peguei e o coloquei em meu ouvido.

Então eu não sabia o que fazer, seu comando era não


falar.

Eu poderia usar as minhas habilidades de vampiro


mutante e me comunicar telepaticamente de longa distância?

— Leah? — Ele chamou.

Fiquei em silêncio.

— Você pode falar querida, ele disse gentilmente.

598
Eu fiquei aliviada. Porque a situação me deixou aflita.

— Você sabe, é uma merda que eu tenho que esperar


para que você deixe-me falar. — Eu informei a ele, irritada.

Ele riu. Maldito vampiro!

Eu ignorei a risada.

— Será que você consegue não ser preso hoje? — Eu


perguntei.

Mais risadas. Mas, eu notei, não houve resposta.

— Para a minha paz de espírito, eu vou considerar isso


como um sim. Então, você não violou nenhuma lei?

— Leah.

Eu o interrompi rapidamente com um bilhete?

Ele começou a rir.

Eu soltava fumaça.

— Você está soando melhor, — ele comentou após a


sua hilaridade cessar.

— Como eu disse, esta manhã, eu estou bem.

— Você está bem, porque você descansou sua garganta


durante todo o dia, — ele retornou.

Ele provavelmente estava certo. Isso e o cuidado


obsessivo de Edwina ao me dar tantas pastilhas para a

599
garganta. Eu não compartilharia qualquer um desses
pedaços de conhecimento com ele.

— Estou a caminho de casa, — ele me informou.

— Maravilha, eu disse com uma falsa doçura, mas eu


senti o meu pulso acelerar.

Eu ignorei o meu pulso. Lucien ignorou o meu mau


humor.

— Você já comeu?

— Edwina está fazendo o jantar agora.

— Bom. Eu estarei em casa em cinco minutos.

— Você sabe, eu disse gentilmente, você não tem que


me ligar quando você chegará em casa em cinco minutos. Nós
poderíamos ter tido essa conversa extremamente urgente
cinco minutos a partir de agora, quando você chegasse em
casa.

— Sim, meu bichinho, mas eu me preocupei com você


durante todo o dia e descobri que não podia esperar mais
cinco minutos para assegurar-me que estava tudo bem.

Esse tom malicioso e arrogante mexeu comigo.


Principalmente porque as suas palavras me fizeram sentir
muito, muito bem.

600
E isso me assustava e fazia me sentir uma tola, neste
caso, na verdade assustava porque me fazia ter pensamentos
maliciosos.

— Pare de ser tão bom. — Eu falei.

— Por quê? — A voz dele tinha um sorriso crescente.

— Porque eu não sei o que fazer com ele, — eu


respondi.

Sua voz se tornou veludo.

— Esta noite, eu vou te ensinar o que fazer com ele.

Meu útero ondulou por toda parte e eu me senti muito


bem.

Seguindo em frente!

— Vejo você em breve, — eu disse a ele.

— Em breve, meu bichinho, — respondeu ele e, em


seguida, desligou.

Apertei o botão para desligar o telefone, ignorando que


ainda sentia minhas partes femininas ondulando e falei da
sala, Lucien disse que eu posso falar e ele estará em casa em
cinco minutos.

Edwina deu um passo para frente, trazendo uma


pastilha para garganta.

601
— Mais uma querida, apenas para estar
completamente segura.

Eu peguei o sorriso divertido de Avery quando eu


peguei e coloquei em minha boca mesmo que eu não
precisava disso e eu não queria. Ela estava preocupada. Isso
a fazia se sentir melhor. Eu queria que ela se sentisse melhor
e, além disso, eu queria que ela fosse minha nova mãe, então
eu não queria assustá-la com a atitude de Leah antes que ela
assumisse o papel.

A atitude viria mais tarde, a primeira vez que ela me


dissesse para me comportar o que iria acontecer, não há
dúvida sobre isso.

Lucien estava errado. Ele não estaria em casa em cinco


minutos. Ele estava em casa em quatro. Era embaraçoso
admitir, mas eu vigiava o maldito relógio.

Para ocultar o fato de que eu era uma garota, obcecada


por um vampiro e gostosa que iria se unir comigo e era muita
coisa para à noite, eu não me incomodei em sentar no
confortável e grande pufe quando ele entrou.

Eu deveria conhecê-lo melhor.

Ele pendurou as chaves da porta, fez um aceno com a


cabeça para a saudação de Edwina, apertou a mão de Avery e
depois veio direto para o meu pufe.

— Oi, — eu disse, olhando para ele.

602
Amante legal.

Sua boca se contorceu. Minhas partes femininas


ondularam.

Antes que eu percebesse, eu fui erguida do pufe e me


encontrava nos braços de Lucien. Não do jeito normal, de dar
a sua concubina um abraço ao chegar em casa.

Não.

Ele colocou minhas pernas em volta de sua cintura,


meus braços automaticamente foram em torno de seus
ombros para me segurar e suas mãos estavam na minha
bunda.

Sua cabeça inclinada para trás para olhar para mim e


ele perguntou.

— Como foi seu dia, querida?

— Eu escrevi tudo o que eu queria dizer em um bloco


de papel durante todo o dia, — eu respondi. — Você sabe
como é chato tudo isso?

— Foi tão difícil? — Ele perguntou, seus olhos negros


dançando com humor reprimido.

Não foi.

— Sim, — eu respondi ofensivamente.

603
Eu sinto meu lábio tremer, uma de suas mãos deixou
minha bunda, deslizou pelas minhas costas e enrolou no meu
cabelo.

— Sua tortura acabou, ele murmurou antes de


pressionar para baixo sobre a minha cabeça para que ele
pudesse me beijar.

Não era um normal, porque tínhamos companhia, e dar


a sua concubina um beijo decente nos lábios ao chegar em
casa.

Não.

Estávamos completamente ligados, bocas abertas, as


línguas duelando, famintas, banqueteando-se com o beijo.

Eu estava ofegante quando terminou e eu tinha


esquecido totalmente que Avery e Edwina existiam e muito
menos que eles estavam na sala.

Eu gostaria de te levar lá para cima agora, sua mente


disse para a minha e sua voz soava deliciosamente faminta
na minha cabeça.

Pode-se dizer, naquele exato momento, eu gostaria de ir


também.

Eu decidi não falar.

Então ele perguntou, com sua voz na minha cabeça


parecendo ao mesmo tempo doce e íntimo até mais uma
provocação doce, pastilhas para a garganta?

604
Eu não consegui evitar, e eu não sei por que eu não
podia, mas acabei rindo.

Edwina, eu respondi. O dia inteiro. Eu tive seiscentas


delas, pelo menos.

Seus olhos estavam em minha boca, enquanto ele


estava sorrindo.

Ah, ele murmurou em entendimento.

Avery pigarreou.

— Eu acho que estamos esquecendo algo.

Olhei para Avery então para Lucien, mas antes eu


empurrei contra seus ombros e coloquei toda a culpa nele.

— Você está sendo rude.

Suas sobrancelhas subiram, mas ele me colocou em pé


ao seu lado, com um braço em volta dos meus ombros.

— Você vai ficar para o jantar? — Lucien perguntou


para Avery não estranhei que mesmo um convite cortês de
Lucien soava como uma ordem.

— Embora eu goste muito da comida de Edwina? Eu


prefiro... — Avery começou, e as cabeças imediatamente de
Avery e Lucien olharam em direção à porta da frente.

— Companhia, Avery murmurou.

605
Por reflexo, a minha mão levantou, e meus dedos
agarram na camisa de Lucien em sua barriga enquanto eu
olhava para ele.

Este era um comportamento covarde, eu sabia, mas eu


não tinha tido muita sorte com a porta da frente.
Normalmente, alguém na minha porta da frente significava
uma chamada para o faz-tudo.

A cabeça de Lucien estava erguida e eu sabia que ele


estava ouvindo.

Em seguida, ele falou, inferno do caralho.

— O quê? — Eu perguntei.

Seus olhos encontraram os meus. Então ele disse


Buchanan.

Ele disse isto bem antes que houvesse um imperativo e


constante bater à porta, confirmando as palavras de Lucien.

Só tia Kate poderia bater em uma porta como essa. Era


a sua assinatura. Mesmo quando ela vinha para uma xícara
de café e um bom bate papo, ela evitava as campainhas e
batia na porta como se ela fosse a Rainha do Mundo e como
se atreveria a um humilde plebeu no interior não antecipar
sua chegada, alcançar a porta e ao abrir jogar pétalas de rosa
a seus pés.

— Tia Kate, eu sussurrei.

— Kate, Lucien concordou.

606
— Oh querida, oh querida, — Edwina preocupou-se
quando ela seguiu em direção ao corredor. — Quantos são?
Eu não sei se temos comida suficiente.

Avery seguiu Edwina, mas Lucien me posicionou em


sua frente.

Eu olhei para ele quando ele perguntou:

— Está parecendo que sua família vai interromper


nossos planos para esta noite, eu sou obrigado a expulsá-los
pessoalmente, como você reagiria?

Ele estava brincando novamente. Ele estava


desapontado e irritado, mas ele parecia calmo e era o melhor
nisso, muito bom. Eu estava vendo os benefícios de ter um
tipo de namorado que tinha séculos de idade. Ele tinha
muitas qualidades por trás da fachada de bravo.

— Eu decidi que eu estou brava com elas. Elas estavam


me ignorando, — eu admiti. — Mas não tenho certeza sobre
expulsar elas pessoalmente. Você poderia, você sabe, o
poderoso vampiro Lucien mandar elas saírem? — Eu disse as
palavras, poderoso vampiro Lucien, em uma falsa voz
pomposa, eu acho que foi por isso que Lucien me puxou em
seus braços e me deu um abraço apertado, quando ele jogou
a cabeça para trás e abaixou a cabeça de tanto rir.

Isso foi o que a minha família viu quando eles entraram


na sala com um olhar arrogante e eu necessitava
urgentemente de um Martini.

607
Eu decidi enfrentar.

Quero dizer, que na minha hora de necessidade, elas


tinham me ignorado e lá estavam elas quando a minha hora
de necessidade estava além de mim (não exatamente, mas de
alguma forma) e as partes boas (uma em particular que eu
tinha em mente) estaria acontecendo naquela mesma noite.

— Eu preciso de uma bebida, — tia Kate anunciou


solenemente.

— Leah, querida, você está bem? — Perguntou minha


mãe preocupada.

— Isso é frango assado que eu estou sentindo o cheiro?


— Tia Millicent perguntou, cheirando.

— Oh meu Deus, eu amei a sua blusa! — Tia Nadia


gritou animadamente.

— Bem. Olá para vocês também, — eu respondi a todas


elas. — Então, vocês se lembraram que eu existo?

Os olhos de tia Kate se estreitaram.

Minha mãe tinha a aparência de culpada.

Tia Millicent desviou o olhar.

Tia Nadia mordeu o lábio.

Lucien me deu um aperto no ombro e falou,

— Leah.

608
— Desculpe, mas eu fui expulsa dos Estudos
Vampíricos e aconteceu de eu vir morar com um vampiro e
acontece que a minha família é a principal família de
concubinas de vampiros, então me perdoe por esperar um
pouco de orientação e apoio! — Eu reclamei.

Todos os olhares das mulheres Buchanan se mudaram


para Lucien. Uma vez que elas fizeram isso, dei minha
própria olhada. Lucien me soltou e tirou o paletó.

Ele deixou cair no braço do sofá e sugeriu:

— Talvez nós devêssemos todos tomar uma bebida.

Eu não acho que isso seria bom.

Tia Kate discordou.

— Ideia maravilhosa! — Ela anunciou.

— Lucien? — Eu chamei.

Bebida, disse ele na minha cabeça. Vou explicar em um


minuto.

Ele vai explicar? O que isso tem a ver com Lucien?

Então ele me deu palmadas. As tias me visitaram um


mês atrás, quando eu não tive a chance de falar com elas.

Eu estava certa, isso não era bom.

Cruzei os braços, elevando o meu quadril, levantei uma


perna e comecei a bater os pés. Se algum dos meus

609
namorados do passado me visse nesta posição, eles não
fariam perguntas. Eles não iriam emitir um barulho. Eles
iriam retornar e correr em linha reta para as montanhas.

Lucien olhou para mim enquanto se dirigia para a


estante de bebidas. Quando seus olhos me analisaram, eles
viajaram de peito para os meus dedos do pé, em seguida,
direto para o meu rosto. Então eu o vi tentando segurar um
sorriso.

Grande idiota, gordo, vampiro!

Eu imediatamente mudei de ideia a respeito de nossas


atividades posteriores. Se ele achava que estávamos,
preparados para a união, hoje à noite, ele iria ficar pensando.

— Eu vou fazer mais purê de batatas e assar mais


pãezinhos. — Edwina estava mexendo na cozinha. — Talvez
preparar uma torta.

Eu estava prestes a oferecer a minha ajuda quando fui


interrompida.

— Você foi expulsa dos Estudos Vampíricos? —


Perguntou Avery, seu olhar divertido direcionado para mim.

— Eu fui pega mandando mensagens de texto,


passando bilhetes, jogando bolinhas de papel e escrevendo
minha última vontade no testamento, eu declarei.

Avery começou a rir.

610
— Bolinhas de papel? — A voz de Lucien vinha de trás
de minhas costas.

Eu me virei e vi que ele tinha uma garrafa de vodca na


mão, suas sobrancelhas estavam erguidas e ele não parecia
estar se divertindo.

— Bolinhas de papel. — Eu falei com rebeldia.

— Oh, por favor, não podemos falar sobre isso? Foi


necessário subornar esse instrutor para ele poder manter a
boca fechada, — a tia Kate lamentou e me deu um olhar que
desde que eu tinha quatro anos e até hoje que eu estava com
quarenta nunca deixou de me prender no lugar. — Qualquer
pessoa saberia sobre isso e com certeza mancharia o nome
Buchanan.

— Eu ainda acho que é meio engraçada, Katie, — tia


Nadia sussurrou, dando-me uma piscadela.

— Desculpe-me, mas é que ninguém quer falar sobre a


minha filha quase a morrer de um pesadelo ontem à noite?
Qualquer um? Qualquer um? Ou é impressão minha? —
Minha mãe exigiu irritada.

Olhei para trás para Lucien e falei:

— Eu prefiro saber por que minha família estava me


evitando por um mês.

Não me provoque, Lucien advertiu em minha cabeça.

611
Beije minha bunda de concubina, voltei para a mente
dele.

Ele não se virou, mas eu o vi que ele balançava a


cabeça dessa forma que os homens fazem quando pensam
que as mulheres são totalmente ridículas demais com as
palavras. Mas, visto que este era Lucien, ele fez isso muito
melhor do que qualquer homem que eu conhecia, e eu havia
conhecido muitos homens que balançavam a cabeça como se
eu fosse demasiada ridícula com as palavras.

Foi então que eu vi as desvantagens de ter um tipo do


namorado como ele que tinha séculos de idade.

Ele também tinha um monte de coisas ruins como as


palmadas.

— Leah, — eu lhe fiz uma pergunta, quando eu entrei


nesta sala. — Minha mãe chamou a minha atenção. — Você
está bem?

Eu me virei para minha mãe e disse-lhe:

— Eu estou bem.

— O que aconteceu? — Perguntou ela.

— Oh, não muito, só que eu acordei, mas meu sonho


não foi embora e ainda ficou comigo. Eu tive uma experiência
altamente perturbadora de ser enforcada, literalmente, mas
sem realmente ser enforcada por alguém.

612
Cada uma das minhas tias engasgou e até mesmo
Avery fez uma careta.

Voz aguda de Lucien cortou completamente o horror


que enchia a sala.

— Leah, uma palavra.

Então ele entregou o misturador de Martini para Avery


e saiu.

Após o último incidente que aconteceu quando eu o


desafiei na frente das minhas tias, eu senti que seria
prudente segui-lo. Ele virou-se para mim e observou se eu
ainda estava seguindo-o. Ele fechou a porta atrás de mim,
agarrou meu braço e me empurrou contra ela.

Olhei para cima para ver que ele estava irritado.

Ele não se atrasou.

— Você é a causa de sua mãe. Estar tão preocupada


que ela voou por quatro estados para verificar você. Você
apenas disse a ela algo terrível, terrível e fatal que aconteceu
com a filha que ela ama e como você deseja a substituir nessa
hora e nesse dia.

— Por favor, não pense em me dizer como lidar com


minha própria mãe. — Eu tentei torná-lo tão bom quanto
poderia. Ele pode ser o poderoso vampiro Lucien em qualquer
outro lugar, mas ele estava pisando em gelo fino, se ele
pensava que poderia ficar entre mim e minha família.

613
Ele já estava sem paciência, soltando meu braço e pôs
a mão na porta perto de minha cabeça.

— Eu vejo que você precisa aprender a me respeitar


mais do que apenas isso, bichinho, — disse ele, em voz baixa,
perigosa, pensando claramente que ele pudesse ficar entre
mim e minha família.

— Você tem irmãos? Irmãs? Primos? — Eu perguntei


olhando para trás e seus olhos se estreitaram.

— Que porra tem a ver com isso?

Eu o interrompi antes que ele pudesse terminar.

— Não? Bem, então, você não entende o que significa


ser a ovelha negra de uma família muito unida. Eles me
amam e eu os amos, como, muito, mas na maior parte,
exceto tia Nadia, Lana, minha prima Natalie e, por vezes, a
minha mãe, que me atura. Eu não queria vir para cá. Eles me
obrigaram. Em seguida, eles me deixaram lidar com tudo
sozinha com apenas Edwina, Stephanie e você para me
ajudar. Eu não conhecia qualquer um de vocês e de você eu
nem sequer gosto.

Seu rosto perdeu um pouco de sua raiva, não todos,


mas não havia uma pitada de preocupação (e, atrevo-me
acreditar?), mesmo não tendo remorso em seus olhos.

— Eu limitei a comunicação delas com você, Leah.

614
— Eu percebi isso lá na sala, Lucien. — Eu informei a
ele com um agito da minha cabeça para a outra sala. — Mas
você acha que, nem por um minuto, gostaria de ouvir
também de você, se minha irmã Lana precisava de mim? Ou
Natalie? Ou mamãe? Ou até mesmo A tia Kate? Hunh? Você
pensou?

Sua mão esquerda saiu da porta e veio para o meu


pescoço. Em seguida, a testa dele veio descansar na minha.

Em seguida, ele murmurou.

— Nem sequer um minuto.

— Não, nem um minuto. Eu estava me afogando,


Lucien. Eu liguei para elas e não me deram nenhum sinal de
vida, simplesmente flutuavam em sua maneira alegre.

O outro braço deslizou em torno de mim e puxou-me


da porta para o seu grande corpo quente, e sólido.

— Querida, — ele sussurrou.

Sim, definitivamente arrependido.

Era hora de deixar que ele ficasse de fora. O que ele fez
era feio, mas era muito o jeito de Lucien. O que elas fizeram
era apenas, totalmente errado.

Eu olhei para ele e coloquei minhas mãos em seu peito.

— Então, vendo como você é novo na dinâmica da


família Buchanan, deixe-me dar uma dica para você. Eu

615
estou indo para lá e pretendo ser sarcástica, mal-
intencionada e antipática. Tia Kate vai ser arrogante porque
ela acha que nunca está errada. Mamãe vai se sentir culpada,
como ela deveria se sentir. Tia Millicent vai estar
principalmente preocupada quando o jantar será servido. E
Tia Nadia e eu provavelmente vamos falar muito sobre as
roupas que você me comprou e qualquer coisa que seja sobre
o novo homem que está em sua vida. Em seguida, tudo será
perdoado. Vamos comer. Nós provavelmente vamos ficar
bêbados. E, com exceção de tia Kate, que vai encontrar o
melhor quarto de hóspedes e reivindicar para ela antes
mesmo de qualquer uma das outras delas pensarem em
pegar suas malas do carro, e provavelmente podem acabar
dançando a música pop dos anos oitenta e fazer a dança do
robô. Só espero que a tia Nadia não tente breakdance. A
última vez que ela fez isso, ela se jogou para frente e para
trás e ficou sem poder se movimentar por uma semana.

O arrependimento se foi, e a mão dele estava se


movendo nas minhas costas e os olhos dele estavam
sorrindo, mesmo que sua boca não demonstrasse.

— Dois problemas com as festividades desta noite, meu


bichinho.

— E esses seriam?

— Eu não quero você bêbada e eu não quero uma casa


cheia de Buchanan, quando eu finalmente tenho você.

Ah.

616
Eu tinha quase me esquecido disso.

— Definitivamente sem breakdance, ele continuou e


porque ele parecia engraçado, eu ri em voz alta.

Quando eu fiz, seu olhar caiu para a minha boca, o


sorriso, deixou os seus olhos e eles ficaram intensos. Sua
mão segurou no meu cabelo na parte de trás da minha
cabeça e ele me beijou tirando o riso direto para fora de meus
lábios.

Foi um bom beijo. Um dos melhores em uma linha de


alta categoria de primeira classe de beijos.

Meus braços estavam em volta do seu pescoço e meu


corpo estava colado contra o seu quando ele levantou a
cabeça.

Quando meus pensamentos estavam confusos, eu


sussurrei.

— Nós temos um pequenino problema, então.

— Não, nós não.

Inclinei a cabeça para o lado.

— Nós não sabemos?

— Deixe isso comigo.

Por alguma razão, eu fiquei preocupada e meus braços


apertaram em torno dele.

617
— Lucien, eu não tenho certeza que você entende. As
mulheres Buchanan podem ser do tipo... — Eu não podia
acreditar que eu estava dizendo isso a ele entre todas as
pessoas, mas eu tinha que avisá-lo como eu teria que avisar
quem estivesse frente à frente com as tias, —assustador
quando elas estão irritadas. O que quer que elas tenham feito
fez o meu pai sair e nunca mais voltar e....

Lucien me interrompeu: Em primeiro lugar, elas são


concubinas. Eu sou um vampiro. Seu pai não era. Elas não
vão dizer uma única palavra para mim.

Ah, sim. Isso era verdade.

Ele continuou.

— Em segundo lugar, o seu pai foi embora por causa


de suas tias, mas ele nunca mais voltou por causa do Cosmo.

Meus braços se apertaram novamente, desta vez de


forma irregular, pois ao mesmo tempo em que eu senti como
se tivesse levado um chute no estômago.

— O quê? — Eu sussurrei.

— Se concubinas encontram um homem após a sua


união e desejar interromper seus cuidados elas podem pedir
seu vampiro para impedi-lo. A maioria delas faz. Sua mãe fez
também. Mas seu pai não poderia dar-lhe uma boa vida como
Cosmo deu a ela ou as suas irmãs também tiveram. Isso fez
com que ele se tornasse maldoso. Significa que se tornou
desagradável. A bebida o tornava perigoso. Suas tias se

618
livraram dele, Kate contou para Cosmo sobre seu
comportamento e Cosmo reivindicou os cuidados de sua mãe
e teve a certeza de que ele ficasse desaparecido.

Olhei para ele, sem saber o que fazer com esse


conhecimento.

— Será que Cosmo, matou o meu pai?

Lucien uniu as sobrancelhas.

— Claro que não.

— O que ele fez?

— Ele deu a ele uma grande quantia em dinheiro.

Fiquei de boca aberta.

Meu pai desapareceu da minha vida, porque Cosmo


deu a ele dinheiro?

— Ele, Cosmo, meu pai... — Eu gaguejava, me


recompus e, em seguida, continuei, Cosmo fez isso e meu pai
nem sequer me enviou um cartão de aniversário, um presente
de formatura?

— Cosmo não fez nenhuma estipulação sobre vocês,


meninas. Só Lydia. Seu pai que escolheu desaparecer de sua
vida.

Isso me abalou e meus olhos se moveram para olhar


sem ver nada por cima do ombro.

619
O que fazia dele um idiota!

Claro, eu já sabia disso, mas ter a confirmação era


totalmente horrível!

Os braços de Lucien me deram um aperto suave.

— Leah?

— O que faz dele um idiota, — eu sussurrei.

— Leah.

Meu olhar voltou para ele e eu, falei:

— Os homens não prestam.

Seus lábios apareceram nas extremidades.

— Nem todos os homens.

Eu enruguei o meu nariz e depois afirmei:

— Não, você está certo. Avery me parece relativamente


bom.

Seus braços me deram um aperto carinhoso neste


momento, mas eu não me sentia no clima de afeto.

— Você sabe tudo sobre mim? — Perguntei irritada.

— Nem tudo, não. Mas a maioria das coisas, sim.

— Isso não é justo, eu declarei.

Seu pequeno sorriso ficou maior.

620
— Por que é injusto, meu bichinho?

— Eu não sei quase nada sobre você.

Sua mão torceu no meu cabelo, em seguida, começou a


me tocar como se tivéssemos toda a noite e minhas tias e
Avery não estivessem em outra sala e Edwina não estava
reclamando em torno da cozinha preocupada em como iria
alimentar o dobro de pessoas do que o esperado.

— O que você gostaria de saber? — Perguntou Lucien.

Olhei por cima do ombro para a porta murmurando,

— As tias.

Mais um aperto no meu braço e olhei para ele.

— O que você gostaria de saber?

Eu tinha um milhão de perguntas. Não, um bilhão. O


bastante para que as minhas tias tivessem que encontrar
maneiras para se divertir e breakdance, sem dúvida seria por
onde começariam.

— Lucien, temos companhia.

— Duas perguntas, — ele falou.

— Desculpe? — Eu perguntei.

— Mais tarde, você pode me perguntar o que quiser.


Agora, você vai me fazer duas perguntas.

621
Eu olhei para ele e a curiosidade, como ele tinha uma
maneira de fazer, dei o melhor de mim.

Comecei com,

— Quantos anos você tem?

— Oitocentos e Vinte e dois.

Eu abrir parcialmente minha boca e meus olhos se


arregalaram. No instante em que ele pegou o meu olhar, ele
fechou seus olhos.

— Uau, eu respirei, você é velho.

Seus olhos continuaram fechados e ele sorriu,


tornando-o o sorriso mais sexy que eu já havia visto na
minha vida, exceto pelo primeiro que eu testemunhei dele na
minha seleção no minuto em que bati os olhos nele quando
ele me ouviu verbalmente babando sobre como ele era bonito.

Este, no entanto, era bem próximo de modo que se


tornou ainda melhor.

— Segunda pergunta, — ele falou, me tirando para fora


do meu devaneio de sorriso sexy.

Tentei decidir. Havia muitas.

Em seguida, veio até mim.

— Como você parar e não me machuca?

622
Sua cabeça inclinou bruscamente para o lado e ele
perguntou:

— Perdão?

— Você pode jogar um carro longe, Lucien, eu disse


suavemente. Como é que você pode me abraçar e não
esmagar os meus ossos?

Sua mão deslizou pelo meu cabelo, então torceu para


trás dele e ele me explicou:

— É como falar duas línguas desde o nascimento. É


uma segunda natureza. Você pode pensar, falar, ler e
escrever em ambos. Você só aprende a partir do momento
que você nasceu um vampiro e tem que viver no mundo dos
mortais. É raro, mas eu vou perder o controle ou qualquer
vampiro vai contra a vontade e isso só acontece quando as
emoções são elevadas, ele fez uma pausa, ou quando é
deliberada.

— É como se você falasse duas línguas do corpo? — Eu


perguntei. — Fluentemente?

— Sim, exatamente assim.

Eu pensei que’ era legal. Então algo me ocorreu que era


sério, não era legal e meu coração disparou.

Ele ouviu e chamou,

— Leah?

623
Antes que eu pudesse perder a minha coragem, eu
soltei.

— Emoções são fortes quando tem relações sexuais.

Sua mão agarrou no meu cabelo, e o outro braço me


apertou com um pouco mais de força.

— Sim, — ele concordou.

Minha respiração ficou presa, meu corpo ficou tenso,


então automaticamente eu tentei me afastar.

Seu braço me apertou um pouco mais forte e seu rosto


inclinou para mais perto.

— Eu não vou te machucar.

— Alguma vez você já machucou alguém?

— Nunca.

— Você disse isso sobre a alimentação, eu sussurrei.

— Leah.

— Talvez devêssemos.

Seu rosto ficou ainda mais perto. Não, ele avisou.


Fiquei uma semana sem comer, quando perdi o controle na
sua primeira alimentação e você estava muito mais animada
do que eu poderia imaginar. Não que eu poderia desejar, mas
definitivamente do que eu poderia imaginar, especialmente
nesse ponto em nosso relacionamento.

624
Isto era altamente constrangedor e ainda mais
altamente irritante então eu tentei interromper ele.

— Lucien.

Eu falhei em afastá-lo.

— Eu não estava preparado. Isso não vai acontecer


hoje à noite.

Eu olhei para ele.

Durante três semanas, eu sabia que ele não foi para


Festas. Se ele fez, ele era um glutão. Ele se alimentava de
manhã e à noite e até mesmo voltava para casa algumas
tardes mais cedo. E, ainda por cima, a última vez em que eu
pensei que ele teve relações sexuais com outra pessoa, ele
disse que não poderia mesmo que ele tentasse.

Até onde eu sabia, ele estava sem sexo por três


semanas ou mais.

Eu tive orgasmos induzidos por Lucien. Ele não teve


nada.

Se isso não fosse uma receita para o desastre, nada


era!

— O que está trabalhando por trás de seus olhos agora,


bichinho? — Ele perguntou, me olhando de perto, muito
perto.

Olhei por cima do ombro.

625
— Nada, — eu menti.

Ele me deu uma sacudida.

Olhei para ele.

— Sério! Nada!

Sua mão no meu cabelo puxou minha cabeça para trás


e seu rosto se aproximou.

— Acordei todos os dias depois de dormir ao seu lado,


cheirando você, sentindo você, eu cuidava de mim mesmo no
chuveiro. No início, durante a sua punição, eu tinha que fazê-
lo duas ou três vezes por dia. — Eu olhei para ele em choque
e espanto e talvez um pouco excitada com sua honestidade
franca, mas ele guardou o melhor para o final. — Faz um
longo tempo, muito tempo. Vai ser bom voltar para dentro de
você, querida.

Meu Deus.

Sim, totalmente excitada.

Antes de meu cérebro pensar direito, eu sussurrei:

— Podemos expulsar as tias direito para fora agora?

Eu vi o brilho de seu sorriso presunçoso antes que ele


enterrasse o rosto no meu pescoço e murmurou.

— Você é adorável.

626
Eu não estava tentando ser adorável. Eu estava
tentando transar.

— Não, estou falando sério.

Sua cabeça se aproximou e tocou seus lábios nos


meus.

Então, ele prometeu:

— Em breve, Leah. — Seus olhos estavam todo vampiro


sexy e ele sussurrou: — Muito em breve.

Minhas partes femininas desejando. Ele sorriu como


ele sabia disso.

E ele provavelmente fez.

Revirei os olhos. Ele começou a rir.

Então ele me levou para fora para que eu pudesse ser


sarcástica, mal-intencionada e desagradável para a minha
família.

*****
Eu estava na ponta dos pés e descalça pelo corredor
quando os ouve.

Lucien e seu muito em breve não aconteceram porque


Stephanie apareceu durante a sobremesa. Em seguida,
Lucien, Avery e Stephanie foram para trás das portas
fechadas do escritório.

627
Enquanto eles estavam planejando o que quer que
fosse que planejavam, eu me sentei e conversei com a minha
mãe e com as minhas tias por um tempo.

Desde que Lucien estava sobrecarregando de


investigação e o computador na área de trabalho estava no
escritório, tive que ir para o laptop lá em cima para procurar
on-line um lugar para a minha família ficar. Lucien não podia
estar certo sobre o muito em breve, mas ele estava certo
sobre a minha mãe e tias não lhe dando qualquer resposta
grosseira quando ele lhes disse que elas teriam que ficar em
outro lugar. Nem uma única palavra foi falada exceto por tia
Millicent perguntando, alguém pode passar as batatas?

Felizmente, Dragon Lake era uma cidade pitoresca


assim havia toneladas de camas luxuosas e de hospedes.
Infelizmente, a maioria deles estava reservada.

Eu tive sorte na sétima chamada quando eu encontrei


um lugar que não só era um B & B, mas também tinha uma
casa de hóspedes grande que tinha sido cancelada.

Fiz ás reservas e estava indo em direção a confortável


sala de estar, e na cozinha onde todas estavam tagarelando (a
sério, que casa enorme e usamos, como, quatro quartos, que
era um desperdício tão extravagante) quando eu as ouvi.

— Os companheiros? — Minha mãe gritou com a voz


estrangulada estranha que parecia ao mesmo tempo
emocionada além da crença e medo estúpido.

628
Em suas palavras, eu parei sem energia. Eu pensei que
eles estavam falando sobre Lucien e Katrina e eu senti como
se uma faca tivesse sido mergulhada no meu estômago.

Eu não tinha exatamente esquecido dela, mas eu


também não tinha me deixado pensar sobre ela. Lucien tinha
a superado e isso estava bem claro. O que não estava claro
era como eu me sentia sobre a facilidade com que ele poderia
deixar o que equivalia a sua esposa de 50 anos e continuar
com outra mulher, ou seja, eu.

— O que mais poderia ser? — Tia Nadia respondeu


para minha mãe.

— Não há tal coisa como os companheiros. Isso é


novela de romance é bobagem, tia Kate falou.

— Soa estranho para mim também, — tia Millicent


concordou.

— Bem, isso não soa suspeito para mim. Ela está


marcando ele e apenas Lucien pode fazer isso. Ela pode falar
com ele com sua mente. Isso nunca aconteceu, e não com um
mortal. E ela está sonhando com a sentença, disse a tia
Nadia.

A sentença? Que diabos era isso?

Mudei-me para a parede para melhor esconder-me e


decidi escutar a conversa completa desde que elas não
estavam falando sobre a Katrina, elas estavam falando de
mim.

629
Eu seria companheira de Lucien.

Eu leio romances, grande quantidade deles, e


companheiras eram o que alguns desses livros chamados
uniões entre imortais ou mortais e imortais.

O conceito era, havia um ser em toda a terra através de


todo o tempo que pertencia ao imortal. Ela estava destinada
para ele (era geralmente um para ele) mesmo tão longe como
criado para ele.

E de todos os milhões e bilhões de seres no planeta ao


longo do tempo, ele teve que encontrá-la. Através de todos os
seus séculos e milênios, por vezes, de várias vidas, ele tinha
que encontrar seu verdadeiro amor, a outra metade dele e
unir-se a ela.

Claro, ele a encontrou. Geralmente tinham muito sexo


quente. Mas como eles tiveram tempo para o sexo quando
todo o resto do tempo eles estavam brigando ou havia algum
mal-entendido enorme ou tiveram de lutar contra algum mal
grave ou ele fez algum mal para o qual ela o odiasse, e eu
nunca saberia. Ainda assim, funcionou.

Eventualmente, ela acalmou a sua alma selvagem, ele


iria encontrar alguma maneira de fazê-la imortal, se ela já
não fosse e eles viveram felizes para sempre por toda a
eternidade.

Tia Kate estava certa. Lengalenga.

630
— O que você acha, Avery? — Perguntou minha mãe e
meus olhos foram para a porta do escritório que, notei
tardiamente, estava aberta e não havia ninguém dentro.

Onde estava Lucien?

— Eu acho que eu vou respeitosamente recusar a


participação nesta conversa, Avery murmurou.

— Oh, vamos lá Avery. — Você tem que falar. — Tia


Nadia pediu. — Os mortais não tem esses poderes. Leah nem
sequer tinha esses poderes até que ela conheceu Lucien.

— Ela teve os sonhos, — tia Millicent questionou.

— Okay, ela teve os sonhos, — tia Nadia admitiu. —


Mas o resto? É uma loucura! Soa companheira total para
mim.

— Você pode imaginar? Minha Leah, companheira do


Grande Lucien. Ela já é famosa, mas ela vai ser uma lenda.
— Mamãe parecia em êxtase.

Eu era famosa?

— Eu não tive tempo para refletir sobre a minha


celebridade, — tia Kate falou.

— Eu espero que você esteja brincando, Lydia. Espero


em Deus você está brincando, — tia Kate sussurrou, mas seu
sussurro era estranho.

Ele estava com raiva e ela estava com medo.

631
— Katie, — tia Nadia começou.

— Você gostaria que a sua filha, se transformasse


numa lenda? — Tia Kate reclamou.

Houve um silêncio.

Em seguida, minha mãe respondeu:

— Kate, eu só quero ver Leah feliz.

— Feliz para quê? Há alguns anos? Até que os


alcancem, eles os caçarem, torturarem-nos e entregarem a
sentença?

— Kate, — Avery disse gentilmente.

— Não, Avery, não, — tia Kate cortou. — Se tal coisa


idiota como companheiras existe e se Leah é a companheira
de Lucien, eu espero que ela não descubra. E eu
especialmente espero que ele não faça. Não há nenhuma
maneira de que Grande Lucien vai denunciá-la. Não nunca. E
Leah de tão teimosa, não iria renunciar também. Ele
queimaria e enquanto isso acontece ela e o resto de nós iria
assistir seu balanço.

Meu fôlego ficou preso na minha garganta, estrelas


explodiram em meus olhos e eu pensei que fosse desmaiar.

Meu sonho, o calor que sentia, o nó em volta do meu


pescoço, Lucien me dizendo que ele estava nele. Era isso o
que era? A premonição dessa tal coisa “a sentença”?

632
Lucien queimando. Me balançando!

Meu Deus!

— Há um mês, Lydia, — tia Kate continuou, você,


Nadia, Lana, Natalie, Kendra e Melissa, vocês foram atrás de
mim para deixar você falar com Leah, para deixá-la
desobedecer aos desejos de um vampiro para certificar-se de
que ela estava bem. E agora você quer colocar sua vida em
risco?

Elas queriam falar comigo? Mesmo Kendra?

Minha prima Kendra que eu briguei antes de sair,


porque ela não poderia encontrar aquele cinto kickass. Eu
amava tanto que eu queria trazer comigo, mas eu tinha
emprestado a ela. Ela estava sempre perdendo as minhas
coisas (como o meu cinto kickass). Por que eu a deixava
pegar emprestado, eu nunca saberia.

— Você acha que Lucien iria deixar algo acontecer com


Leah? — Perguntou minha mãe, parecendo arrogante e
tirando-me dos meus pensamentos sobre o meu cinto. —
Você os viu quando entramos. Alguma vez você, ou uma vez
alguém, já viu Lucien rir?

Mais silêncio. Eu acho que elas não tinham.

Uau.

Mamãe continuou.

633
— Nós concordamos com isso porque é maior do que
todos nós. Isso é enorme.

— Sim, e isso é sobre Leah, — tia Kate reclamou. — A


razão pela qual eu não permiti que você fosse contra Lucien
era porque eu tinha toda a fé que Leah teria o efeito exato em
Lucien que assistimos quando entramos. Ela é a melhor do
destino de todas nós. Ela é uma verdadeira Buchanan. Ela é
uma Buchanan pertencente ao passado.

Com essas palavras, pronunciadas por tia Kate não


menos (Eu sempre achei que ela pensou que eu era uma
grande, vadia louca), eu senti meu peito ficar apertado e eu
tive que colocar minha mão na parede para segurar-me em
pé.

Foi tia Millicent que falou em seguida e ela fez isso em


voz baixa.

— Deixe-a trabalhar a sua magia, Lydia. Ela tem a


força para ver isso ao lado de Lucien para no, entanto,
terminar. Nenhuma outra concubina eu sei, viva ou morta,
tem essa mesma força. Mas os companheiros, o que é uma
noção ridícula Nadia, mesmo para você, nem sequer
considerá-lo. E definitivamente não coloque essa ideia na
cabeça de Leah. Ela correria e Lucien não teria outra escolha
agora que ele veio até aqui, que caçá-la.

Mais silêncio. Mais um turbilhão rodando na minha


cabeça.

634
Finalmente tia Nadia resmungou.

— Eu ainda quero que eles sejam companheiros.

— Oh, pelo amor de Deus, por quê? — Tia Millicent


reclamou.

— Porque, você Katie tem razão, esta é a Leah, — tia


Nadia partiu de volta. — E ela é especial. Nós sempre
soubemos disso. E eu prefiro que ela tenha no, entanto algo
longo ao lado de Lucien que pode dar a ela e algo bonito antes
de O Domínio colocar um fim a isso, se eles podem derrotar
Lucien em tudo, e depois de ela ser posta de lado como o
resto de nós.

Nisso eu me afastei devagar, com cuidado, para não


fazer barulho.

Meu coração estava disparado, meus olhos ardiam,


meu estômago doía e minha cabeça estava cheia com cargas
de lixo nenhum dos quais eu poderia classificar. Eu
realmente, realmente, realmente precisava falar com
Stephanie.

Ou talvez Edwina porque eu tinha a suspeita de que ela


sabia mais sobre tudo do que ela deixava transparecer.

Ou até mesmo, possivelmente, Avery.

Virei-me e caminhei até cinco passos, fechando os seus


murmúrios enquanto dava uma respiração profunda.

Quando eu havia me controlado, eu andei gritando:

635
— Encontrei para vocês uma casa de hóspedes!

Seus murmúrios pararam. Eu caminhei como se eu


tivesse ouvido nada.

— Isso é ótimo, querida, — minha mãe, sentou no sofá,


e disse uma vez que eu estava perto dela, ela pegou minha
mão. Ela deu um aperto na minha mão. Dei-lhe um aperto de
volta.

— Você ainda vai me deserdar? — Ela perguntou,


dando-me um sorriso insolente, porque ela sabia qual era a
minha resposta.

Eu tinha, é claro, que fazer muito esforço para ser


sarcástica, mal-intencionada e antipática, dizer à minha mãe
que eu a deserdaria.

— Eu não decidi, — eu respondi, mas ela sabia que eu


não estava falando sério.

Ela me deu outro aperto de mão.

Eu vi o movimento do lado de fora e olhei para fora das


janelas. Uma parede da cozinha era feita de janelas do chão
ao teto, fazendo os ambientes fechados parecerem meio ao ar
livre, o que era muito legal. E vi Lucien e Stephanie
passearem para fora da floresta.

Então, Stephanie e Lucien saíram para um passeio


porque ele não podia ouvir o incompreensível, terremoto que
a minha família, falando sobre o lugar de Leah na família e

636
todos os seus fundamentos e tudo que já pensou sobre a vida
e o mundo como ela sabia ao escutar aquela conversa.

Eles estavam andando lentamente até mesmo para os


mortais e eu assisti movimento do corpo de Lucien.

Era um espetáculo para ser visto.

Mesmo andando lentamente através do quintal, ele


parecia imponente. Não como se estivesse andando em um
quintal, mas como se ele estivesse passeando pensativo em
um campo de batalha, pré-batalha. Uma batalha que ele,
eventualmente, ganharia, é claro, profundamente.

Como eu tinha esse pensamento, sua cabeça surgiu, e


ele olhou diretamente para mim.

Eu esperava que ele não ouvisse meus pensamentos.

Então seus lábios inclinaram para cima daquela


maneira sexy dele. Não presunçoso ou arrogante, apenas
sorrindo para mim.

Ele não me ouviu.

Eu sorri de volta.

Então senti algo estranho e eu olhei em direção a sua


fonte e vi que Avery estava me olhando pensativamente. E de
alguma forma eu sabia que ele sabia que eu tinha ouvido
cada palavra da conversa anterior.

637
Mas era outra coisa. E essa outra coisa era um lugar
que eu não queria ir.

Eu enruguei meu nariz para ele e ele sorriu.

Lucien e Stephanie entraram.

Fui sentar-me no braço do sofá ao lado de tia Kate que,


aliás, tinha a vantagem de estar mais perto de Lucien. Então,
eu não poderia me ajudar, me inclinei e beijei o topo da
cabeça da tia Kate.

— Que diabo! — Ela bateu em torno de sua cabeça,


suas mãos chegando a lugar nenhum perto de mim. Tia Kate,
aliás, odiava demonstrações públicas de afeto ou carinho em
tudo dessa matéria. — Qual é o problema com você, Leah
Buchanan? — Ela reclamou.

— Eu estou tentando encontrar maneiras novas e


interessantes para irritá-la. — Eu informei a ela.

— Bem, você encontrou uma, — ela respondeu.

— Bom, eu retornei. Em seguida vou forçá-la a me


abraçar e comer um pote de sorvete e me dizer sobre todas as
suas paixões secretas como uma adolescente, — eu fiz uma
pausa antes de terminar, — nos mínimos detalhes.

Tia Nadia, tia Millicent e minha mãe deram uma


risadinha. Stephanie deu um sorriso verdadeiro, e eu também
ouvi Avery sorrindo.

Tia Kate se levantou e anunciou,

638
— Temos uma casa de hóspedes para verificarmos.
Senhoras, nós estamos indo.

O resto da minha família e também Avery e Stephanie


fizeram seus movimentos para ir embora.

Muito bem feito, meu bichinho, Lucien disse para a


minha mente.

Eu olhei para ele. Ele parecia estar se divertindo e com


muita fome, e muito sexy.

Meu coração disparou.

Eu não tinha beijado tia Kate para deixa-la irritada o


suficiente para ir embora e arrastar a todos com ela.

Mas naquele momento, eu também não estava triste


por vê-las ir embora.

639
Capítulo Dezessete

A União

Há três semanas, Lucien chegou em casa e me deu um


cartão de crédito de cor preta, um talão de cheques e um
cartão do banco.

Ele me disse que o cartão de crédito, era que o usasse


para o que eu quisesse, o que eu precisasse. As contas iriam
para ele.

A conta corrente, ele me disse, já estava com seu


primeiro depósito. O mesmo valor seria depositado todos os
meses, e era para meu uso quando eu precisasse, e quando
de dinheiro fosse necessário.

Quando ele me deixou, eu olhei e o valor do depósito,


era um quarto do meu salário anual.

Era o tipo de coisa dos sonhos, se você não odiasse a


pessoa que fez esse sonho se tornar realidade, como, no
momento, eu odiava Lucien.

Duas semanas atrás, Stephanie veio uma manhã e


disse-me que estávamos tendo um dia de meninas. Então ela
me levo para um spa, tivemos tratamentos faciais e

640
massagens e depois fizemos uma sauna, onde, aliás, seus
sentidos super-vampiros vieram a calhar, porque o vapor me
deixou cega. Eu tropecei na esteira de madeira ao lado da
porta e ele me pegou antes que eu mergulhasse no chão. Em
seguida, tivemos um almoço gourmet seguido por manicures,
pedicures, maquiagem e cabelo.

Depois fomos fazer compras e ela me levou para o lugar


onde ela comprou a roupa que eu tanto admirava.

E ela também me levou a um lugar que vendia lingerie


que custava mais do que os pagamentos de hipoteca mensal
da maioria das pessoas.

Foi lá que ela me fez (eu não queria fazê-lo) comprar o


traje que eu estava usando naquele momento. Ela ouviu meu
coração acelerado quando eu o olhei na loja, ela obrigou-me a
experimentá-lo e, em seguida, ela me falou dos vampiros,
como nenhum protesto é permitido, para comprá-lo.

Agora eu estava em pé na frente de três espelhos no


camarim e examinando a mim mesmo.

Eu tinha que admitir, eu adorei. Era picante, mas


também era bonito.

O problema era que eu não sabia se Lucien iria gostar.

Era uma camisola e calcinha na cor rosa bebê. A


camisola tinha aros de debaixo dos seios, nos copos tinham
fileiras de minúsculos babados de renda preta que corriam
em diagonais. As tiras finas eram feitas de cetim rosa bebê e

641
tinha um pequeno babado preto em torno da bainha. A
calcinha também era rosa bebê, mas ela era coberta por
fileiras de minúsculos babados de renda preta, como calcinha
de criança.

Muito sexy. Muito doce. Muito bonitinho.

Mas definitivamente picante.

Eu imaginei ter ouvido um barulho, saltei como um


gato assustado e apressei colocar um robe de seda preta que
cobria os meus joelhos e que eu também comprei naquela
loja. Ambas as compras custaram mais do que o meu
orçamento alimentar por seis meses, quando eu estava em
casa. Lucien ia ter um acesso de raiva quando ele recebesse a
fatura de cartão de crédito.

Cobri-me, puxei o cinto apertado do robe e me


perguntei se eu deveria colocar em gloss. Então eu decidi que
era uma ideia extremamente estúpida desde que eu estava,
essencialmente, indo para a cama.

Eu tomei uma respiração profunda e irregular, sai do


closet através do banheiro e entrei no quarto.

Lucien estava deitado na cama, de costas para a


cabeceira da cama, coberto até a cintura, com o lindo peito à
mostra. Ele estava lendo um livro.

Eu parei e olhei. Seus olhos me procuraram. Eu lutei


contra a necessidade de começar a ofegar. Para esconder
minha angústia, eu pensei sobre outra coisa.

642
A outra coisa era o fato de que ele estava deitado na
cama lendo e ele estava beirando os 822 anos de idade.

— Depois de mais de 800 anos, você já não leu todos os


livros já publicados? — Perguntei.

Com o polegar marcando a página, ele deixou cair o


livro para o seu lado.

Então, ele respondeu:

— Não.

Hmm.

Próxima pergunta.

— Vampiros nunca ficam tão velhos que eles têm que


usar óculos?

— Não, — ele repetiu.

— Os aparelhos auditivos?

— Não.

— Dentaduras? — Eu fui estúpida e, talvez, semi-


histericamente.

Seus lábios apareceram nas extremidades.

— Não, Leah.

— Eles têm sempre que andar com os bastões?

Seus lábios formaram em um sorriso sexy.

643
— Venha aqui, querida — ele ordenou suavemente.

Sabendo que, se eu decidisse fugir dele, ele poderia


chegar a mim mais rápido do que eu pudesse piscar, achei
melhor fazer o que ele pediu.

Enquanto eu caminhava em direção a ele, ele colocou o


livro na mesa de cabeceira.

Parei ao lado da cama.

Com a velocidade de um vampiro ele virou, me agarrou


pela cintura, deslizou para baixo da cama e fiquei em cima
dele sobre as cobertas. Eu arqueei minhas costas e descansei
um braço sobre seu peito, recuperando o fôlego dos seus
movimentos bruscos. Ele colocou todo o meu cabelo em
ambas as mãos na parte de trás do meu pescoço e seus olhos
encontraram os meus.

— Nervosa? — Ele murmurou.

Nervosa? Não.

Preste a ter uma parada cardíaca? Sim!

— Não, — eu menti para salvar a face.

Ele sorriu e me disse:

— Eu posso ouvir seu coração, gatinha.

Por que eu estava sempre me esquecendo disso?

Eu enrugo meu nariz e informou-lhe:

644
— Você é muito irritante.

Ele pressionou meu pescoço o suficiente para que meu


braço ficasse preso entre nós quando ele levantou a cabeça e
enterrou-o no meu pescoço.

— Você é muito adorável — ele disse contra a minha


pele.

Eu estava certo de que meu coração estava acelerando


de quase uma parada cardíaca direto para uma explosão.

— Independentemente deste fato, desde que eu era eu,


— retruquei: — Isso é parte de você ser chato.

Seus lábios deslizaram até o lado do meu pescoço e eu


tremi toda.

— O que é? — Perguntou a parte inferior da minha


mandíbula.

— Você me chamou de adorável, — eu respondi,


inclinando a cabeça para trás para lhe dar melhor acesso.

Senti seu sorriso. Então eu senti a ponta de sua língua


movimento ao longo da minha mandíbula e depois na minha
garganta. Prendi a respiração enquanto ele fazia isso e
minhas partes femininas apertaram.

— Você vai se alimentar? — Eu sussurrei.

— Não, — respondeu ele.

645
Isso me surpreendeu. Ele não tinha se alimentado
naquela noite, exceto com um frango assado recheado,
batatas, pães e Edwina instigou até o último minuto com
uma torta de morango.

— Você não está com fome?

Uma de suas mãos deslizou pela minha cabeça, a outra


deslizou pelas minhas costas. Ele guiou minha boca para a
dele e tocou seus lábios nos meus.

Segurando o olhar com o meu, ele respondeu:

— Se eu me alimentar, o agente paralisante irá se


espalhar. Eu não quero qualquer parte de você anestesiada
com o que eu vou fazer com a minha boca hoje à noite.

Meu Deus.

Eu tremi novamente, minhas partes femininas


apertaram e um arrepio tomou conta de mim. Ele sentiu isso,
ele sabia disso, ele sorriu seu sorriso maroto e então ele me
beijou.

Não foi uma investida de reivindicação. Não foi, um


duelo voraz selvagem. Era doce e suave, persuadindo e
descobrindo, um novo tipo de beijo que foi bastante como o
nosso primeiro, mas muito melhor.

O meu corpo derreteu no seu e eu o beijei de volta.

Suas mãos nas minhas costas deslizaram sobre minha


bunda, na minha coxa e depois começou a puxar o robe em

646
seu punho. De algum lugar distante, a desobediente-menina
bateu direito em minha cabeça e eu empurrei para cima dele.

Ele permitiu isso, porque, eu não sabia. Ele apenas me


encarou, seus olhos em alerta, mas não com raiva, sua mão
agora pegou na dobra da minha perna, a outra mão veio
descansar em minha outra coxa.

Fiquei olhando para ele pensando uma coisa.

Eu precisava trocar de roupa. Como, agora.

— Há algo que eu esqueci, — eu murmurei.

— Leah...

Ameacei levantar e enquanto eu tomava o nano


segundo para fazer isso suas mãos estabeleceram firmemente
em meus quadris.

— Leah, você não está indo a lugar nenhum.

Eu estava inventariando mentalmente minha gaveta de


lingerie (ele encheu-a, ele tinha que gostar dessas coisas, ele
comprou-as!), quando eu respondi:

— Isso não vai levar um segundo.

Suas mãos estavam tensas, seu rosto gentil, seus olhos


ficaram quentes, assim como sua voz mergulhando baixo,
uma combinação assassina.

— Querida, não há nada neste planeta com que você


tem que se preocupar agora.

647
— Lucien...

Suas mãos deslizaram na minha lateral ao mesmo


tempo colocando pressão para me puxar para ele.

— Apenas relaxe, — ele murmurou.

Minha mente procurou freneticamente por formas de


escapar.

— Posso...? — Eu murmurei, enquanto seu rosto ficou


mais perto. — Posso...? — Eu repeti estupidamente. Em
seguida, ele veio até mim. — Você vai me deixar... explorar?
— Eu sussurrei.

A pressão parou.

Graças a Deus.

Suas mãos pousaram minha cintura e nos meus


quadris para virem descansar no topo das minhas coxas.

— Por favor — ele murmurou, meu coração pulou, suas


sobrancelhas se levantaram e agora eu estava realmente em
apuros.

Desde que eu tinha estado realmente em apuros antes,


muitas vezes, como de costume.

E de qualquer maneira, seu peito estava bem ali. E eu


nunca o tinha tocado antes. Ele me tocou, mas eu nunca tive
a chance de fazê-lo.

Esta era a minha chance.

648
Eu levantei e ajoelhei-me, usando as pontas dos dedos,
explorei. Acumulando suavemente enquanto meus olhos
seguiam os meus movimentos, eu toquei todos os planos e
ângulos de seu peito, seu abdômen, escovando meus dedos
na parte de cima das roupas de cama sob seu umbigo.

Descobri que ele se sentia bem. Sua pele era suave,


seus músculos duros. Os ângulos me fascinaram. Os planos
me fascinavam mais. Eu me perdi, e me surpreendi quando
ele suspirou e seus dedos apertaram nas minhas coxas
enquanto eu corria a ponta do meu polegar sobre seu
mamilo.

Meus olhos voaram para os dele que estavam intensos,


tão intensos que pareciam em chamas.

Pela primeira vez desde que eu o conheci, eu senti o


poder.

E eu gostei.

Eu gostei muito, eu não conseguia parar de sorrir.

Esquecendo totalmente a minha lingerie, abaixei meu


tronco. Eu segui a trilha dos meus dedos tinham feito, desta
vez com a minha boca, muitas vezes a minha língua, sentindo
o gosto dele.

Sua pele tinha um sabor tão delicioso como seus


beijos.

649
Meus lábios deslizaram por seu mamilo, em seguida,
minha língua fez o mesmo, então eu varria a borda frontal
dos meus dentes contra ele.

De repente, ele bruscamente sentou-se, suas mãos


perto de minhas coxas, começaram a abrir o cinto do meu
roupão.

— Eu não terminei de explorar, — eu protestei.

Olhando nos meus olhos, ele puxou o robe sobre os


meus ombros e jogou-o de lado. Em seguida, sua mão
agarrou no meu cabelo e ele aproximou minha boca com a
dele.

— Você pode explorar tudo o que você quiser quando


estivermos nus. — Sua voz era baixa e sexy.

Eu não tive oportunidade de falar mais. Ele beijou-me,


com fome, necessitado e exigente. Então, eu o abracei por que
eu não tinha mais escolha.

Eu estava atordoada, trêmula e o sentimento de


ondulações em toda parte, quando sua boca se afastou da
minha, ele se inclinou para trás, com as mãos na minha
camisola, ele se calou.

Então, com os olhos entreabertos, no que só pode ser


descrito como um gemido cru, ele rosnou,

— Jesus Leah.

— O quê? — Eu respirei então me lembrei e calei.

650
Droga!

Ele não gostou da minha lingerie.

Sua mão foi para o meu cabelo, enrolando em seu


punho, que usou para trazer o meu rosto perto do dele.

Seus olhos estavam queimando.

Eu parei de respirar.

Então, ele grunhiu,

— Deixar você usar algo com que eu quero te foder


quando eu venho porra fantasiando a 20 anos com você
vestindo nada.

Ok, talvez eu estivesse errada. Pode-se dizer que ele


gostou da lingerie.

Bom saber.

— Esta é a nossa única chance? — Perguntei, ainda


atordoada e agora um pouco confusa.

— Perdão?

— Nós estamos fazendo sexo só uma vez?

— Porra nenhuma, — ele cortado.

— Então, você não pode fazer as duas coisas...


eventualmente?

651
Eu mal pronunciei a “ mente” em “eventualmente”
quando eu estava voando pelo ar, deitando de costas.

Antes que sua boca tomasse a minha em outro beijo


faminto e exigente, eu imaginei que eu tive a minha resposta.

Eu aprendi muito rapidamente que Lucien não só tinha


mais de oitocentos anos nesta terra para se tornar um mestre
com as mãos e a boca.

Lucien tinha usado esses anos para se tornar um


mestre em tudo.

Ele também usou a lingerie a seu favor. Sua boca fez o


mesmo em mim como que eu fiz nele, mas arrastando a
borda da camisola em meus seios, empurrando o blousing5 e
deslizando seus lábios e língua em meu umbigo e barriga,
traçando a borda da minha calcinha depois para cima. Ao
longo dos babados, senti sua língua atingir contra meu
mamilo endurecido, novamente e novamente antes que ele
chupou em sua boca sobre o tecido.

Quando o fez, eu senti um tremor fantástico, eu gemia


por um longo tempo.

Continuando, ele puxou o tecido para baixo arrastando


pelo meu mamilo sensível de uma forma sexy que me fez
gemer antes que sua boca atingisse meu mamilo e ele atacou
acentuadamente.

5
Peça de vestuaário semelhante a uma blusa leve e esvoaçante.

652
Vampiros entendem de sucção como ninguém. Foi puro
êxtase.

Depois de um tempo, ele fez isso com o outro mamilo


também.

Eu estava prestando atenção, é claro, muita atenção.

Mas eu também estava ocupada gemendo e me


contorcendo e agarrando seu cabelo para mantê-lo em mim.
Eu estava tão ligada que eu pensei que eu iria ter um
orgasmo apenas com o que ele fez com os meus mamilos.

Mas eu queria mais.

Me levantei, rolando-o à sua volta.

Ele me deixou fazer isso, seus braços correram em


volta de mim, me apertando a ele, por um outro molhado,
quente, beijo exigente.

— É a minha vez, — eu sussurrei contra seus lábios


quando ele terminou o beijo.

Antes que ele pudesse dizer uma palavra, meus lábios


desceram pelo pescoço, no peito e para baixo do seu
estômago, empurrando as cobertas inferior e expondo-o.

Ele era grosso, estava duro e parecia totalmente


delicioso.

Eu não podia esperar para explorar.

653
Eu passei minha mão em torno dele, emocionando
quando o ouvi em uma respiração profunda.

Enquanto eu rodava com a ponta da minha língua, ele


se inclinou. Ele passou um braço em volta da minha cintura
e puxou meu corpo em torno, de modo que eu estava de
frente para o seu colo, mas meus joelhos estavam na cama ao
lado de seu ombro enquanto ele se deitou.

Eu olhei para ele, e seus olhos estavam em mim.

— Desfrute, gatinha, — ele murmurou seu incentivo,


sua voz ressoando profundo e eu não sabia quanto tempo iria
durar a minha chance, então eu não hesitei mais.

Eu desfrutei.

Após algum tempo, sua mão foi entre as minhas


pernas, acariciando minhas coxas, deslizando ao longo das
bordas da minha calcinha entre minhas pernas e as ondas de
minha bunda, em um toque macio.

Isso me fez sentir muito, muito bem. Tão bem que eu


espalhei minhas pernas mais abertas para lhe dar melhor
acesso.

Era tão bom que eu queria dar Lucien algo muito bom
também.

Eu parei de lamber e acariciar e deslizei a ponta dele


entre meus lábios. Quando eu fiz, sua mão se moveu,
aprofundando-se em minha calcinha, enchendo-me com um

654
dedo, assim como seus quadris empurraram, enchendo
minha boca com ele.

Ele era divino. Ele tinha um gosto bom lá também.

Delicioso.

Eu gemi e imediatamente, fiquei gananciosa.

Ele puxou minha calcinha para baixo para as minhas


coxas e brincou comigo enquanto seus quadris se sacudiram
em minha boca tão profundo como ele poderia ir.

Foi incrivelmente quente. Muito quente.

Eu perdi a minha concentração e recuei, envolvendo


minha mão em torno dele, polegar distraidamente circulando
a ponta. Eu arqueei minhas costas, que pressionei meu peito
em seu estomago e joguei a cabeça para trás, meus cabelos
voaram sobre meus ombros à deriva em seu abdome.

Tudo o que eu podia fazer era me concentrar no que


estava acontecendo entre as minhas pernas.

E o que estava acontecendo entre as minhas pernas foi


o resultado de um orgasmo tão cataclísmico, eu não tinha
certeza se eu iria sobreviver.

Gemidos de prazer saiam na minha garganta, eu abro


minhas pernas ainda mais, afundando meus quadris em sua
mão e independentemente da minha sobrevivência incerta,
procurei mais.

655
Seus dedos pararam de rodar e deslizaram
rapidamente. Antes que eu pudesse reagir a esta perda
súbita, ele varreu o braço por trás dos meus joelhos, e eu
estava de costas, minha calcinha tinha desaparecido, seus
quadris estavam entre as minhas coxas e seu peso estava me
prendendo à cama.

Senti a ponta dele entrar em mim.

— Sim, — eu respirei, passando os braços em volta


dele.

Fechei os olhos, prontamente enlouquecida, eu teria


implorado sem hesitação.

Suas mãos desceram nas minhas coxas, puxando-as


na altura dos joelhos e deslizou um centímetro mais
profundo.

Eu arqueei meu pescoço.

— Olhe para mim, querida. — Sua voz estava profunda,


que mudou toda a minha pele com um toque.

Levou-me algum esforço, mas eu olhei para ele.

Eu achava que sabia o que queria e imediatamente eu


sussurrei:

— Por favor, Lucien.

Seus olhos ficaram escuros, o rosto dele se aproximou


e ele emoldurou meu rosto com suas mãos grandes.

656
— Isso é lindo, Leah, mas eu não quero que você
implore.

Meu corpo se moveu por conta própria, desesperada


para a liberação, desesperada por ele, eu pressionei meus
quadris em sua direção.

— Leah, — ele sussurrou entre os dentes, buscando


claramente controle, — antes desta união, você precisa
responder a uma pergunta.

Eu assenti, longe demais para fazer algo mais.

Seus lábios vieram ao meu, seus olhos ainda abertos,


em sua voz rouca que agora parecia ainda mais intenso, ele
perguntou:

— Você é minha?

Meu corpo parou.

Era isso. Eu tinha que fazer uma escolha e uma vez


feita não haveria como voltar atrás.

A resposta veio a mim, a única que havia.

Com braços segurando firme, assim como minhas


pernas circularam seus quadris e fez o mesmo.

— Se você se der a mim, Lucien, então eu prometo, eu


serei sua.

Eu assisti seus olhos brilharem.

657
Em seguida, ele afundou-se.

Eu arqueei meu pescoço de prazer e gritei quando ele


se misturava com uma pitada de dor.

Afundando ao máximo, ele me encheu completamente.


Ele era tão grande, eu não tinha ideia de como eu me
encaixava a ele. Não importava. Era tão bonito se juntar a ele,
conectada a ele, preenchida por ele, eu até agradeceria a dor.

— Você é minha, Leah, — ele murmurou em meu


ouvido e ele estava certo. Eu era dele, toda dele, ou,
provavelmente, tudo o que eu já estava indo realmente
conseguir.

Eu sabia disso e naquele momento eu não poderia me


preocupar.

Porque tudo de Lucien me completou, o que me


prendeu à cama e com tudo o que ele me presenteou este
último mês foi muito, muito mais do que eu jamais tive de
alguém.

Eu virei a cabeça para olhar para ele, meus braços e


pernas apertadas e eu sussurrei:

— Então eu sou sua, Lucien.

Com minhas palavras, sua boca tomou a minha em um


faminto e ardente beijo, então ele começou a se mover.

Foi lindo.

658
Enquanto ele se aprofundava, suas estocadas me
abrindo, me alargando, me preenchendo completamente de
novo e de novo e de novo e de novo, a pressão construída,
excruciante e fantástica.

Cataclísmico era a palavra para isto. Eu estava


deslizando por baixo dele, levantando os meus joelhos,
dando-lhe mais, tendo mais dele, insaciável, a pressão se
formando, tornando-se insuportável, rasgando-me.

Seus lábios separando dos meus, sua mão no meu


cabelo, puxando minha cabeça para trás.

Então sua boca foi para o meu pescoço e eu senti sua


língua. Ele estava se alimentando. Senti meu fluxo de sangue
em sua boca, derramando a cada profundidade, um impulso
selvagem. Uma, duas, três vezes, quatro vezes.

De repente eu senti o paraíso. E eu gozei duro,


envolvendo-o tão apertado quanto pude, e meus membros
convulsionando e esquecendo tudo, além de Lucien, seu
corpo pesado, seu cheiro, a sensação dele, sua boca no meu
pescoço, meu sangue alimentando ele, enquanto eu o senti
mergulhando profundamente.

Nunca houve nada melhor e nunca haveria. Talvez não


só na minha vida, mas na história das Buchanan.

Eu estava descendo da onda, meu corpo ainda


sacudido em seus impulsos, um choramingo contente
escapando dos meus lábios quando sua língua varreu meu

659
pescoço, sua boca alegou a minha e sua língua dirigiu dentro
para que eu pudesse sentir meu gosto. O meu gosto na sua
língua reforçando a intimidade de uma forma
inexplicavelmente profunda que quebrou minha alma.

Em seguida, ele entrou dentro de mim, até que estava


completo, e eu senti seu corpo contrair poderosamente,
sacudindo-me com seu profundo gemido e encheu minha
boca. Seu orgasmo, e a profundidade dele, causou uma
sensação de euforia triunfante tão poderosa, que senti direto
em meu interior.

Em farrapos, quebrada, saciada e além de qualquer


coisa que eu pudesse imaginar pelo esplendor da nossa
união, estranhamente eu não lutei contra o sentimento.

Eu aceitei, puxei-o próximo, e envolvi minhas pernas


ainda mais apertadas em volta do meu vampiro.

*****
Meus olhos se abriram quando Lucien me pôs na
cama.

Eu vi o sol que espreitava suavemente através das


cortinas. Era quase de manhã.

Eu estava cochilando ou mais precisamente, desmaiei.

Ele deslizou atrás de mim, seu braço enrolando em


volta da minha cintura, me puxando para o seu calor, me
segurando perto.

660
Eu me aconcheguei contra ele.

Depois da primeira vez, nós tínhamos feito isso mais


quatro vezes.

Quatro.

Vezes.

Mais.

Isso foi cinco, no total.

O primeiro foi de longe o melhor, mas foi a disputa que


reinou suprema nas outras quatro. Eu provavelmente poderia
argumentar a favor (por horas) para todas elas.

A última vez foi no sofá na sala de estar confortável ao


lado da cozinha. Nós tínhamos ido para assaltar a geladeira.
Ou que tivesse, eu estava morrendo de fome. Lucien estava
muito bem alimentando, ele não poderia estar com fome. E
nos distraímos.

Foi a primeira vez que ele me deixou ficar em cima.


Depois que terminamos, ainda unidos, eu descansei minha
cabeça em seu peito largo, enterrei o rosto em seu pescoço e
adormeci.

Eu não sei quanto tempo passou. Poderia ter sido


minuto ou que poderiam ter sido horas. Agora eu estava
acordada e, do nada, ele me tocou.

E senti como se tivesse sido atingida por um raio.

661
O comportamento de Lucien não estava me fazendo
sentir uma vaca, submetendo-me, mudando de ser algo que
ele queria me forçar a ser.

Ele disse e demonstrou mais de uma vez que ele


sempre me quis.

Apenas eu.

Tratava-se de me submeter ao que ele era.

Eu tive que aceitá-lo, do seu jeito todo machão,


“monstro vampiro6” dominador além das outras partes doces,
suaves ou generosas.

Ele não estava me amansando.

Ele estava domando aquela minha parte que me


afastou de sua diferenciação. Ele estava me mostrando quem
ele era, o que era, como se comportava e eu tive que aceitá-lo,
tudo isso, sem ele ser nada, apenas Lucien.

Você vive sua vida do dia-a-dia escondendo a essência


de quem você é, não quer deixar alguém em sua vida que não
vai aceitá-lo da mesma forma.

Nem o abraças. Nem se alegrar com a beleza das


coisas.

Senti as lágrimas enchendo meus olhos.

Eu era uma idiota!

6
Do original vampire-ness : Referência ao montro do lago ness

662
— Querida?

Meu Deus.

Ele podia ouvir as lágrimas? Isso seria um saco!

— O quê? — Eu perguntei e estava feliz que minha voz


soou normal.

— Você não está dormindo.

— Um... — Eu não podia responder. Eu estava ocupado


tentando controlar minhas lágrimas e eu consegui, mas só
um pouco.

— Há algo em sua mente? — Ele perguntou


suavemente.

Sim, muitas coisas estão em minha mente. Coisas


intensas. Intensas estilo Ayers Rock7, ou pelo menos que se
pareciam.

— Não realmente, — eu menti.

Seu braço ficou apertado.

— Você pode dormir, Leah. O que aconteceu ontem à


noite não vai acontecer novamente.

7
Ayers Rock também conhecido como Uluru é um monólito situado
no norte da área central da Austrália, no Parque Nacional de Uluru-Kata Tjuta perto
da pequena cidade de Yulara, 400 km a sudoeste de Alice Springs

663
Ele pensou que eu estava preocupado com o meu
sonho.

Eu não estava preocupada com o meu sonho.

Embora, agora que ele me fez lembrar.

— Como você sabe? — Perguntei.

— Eu estou aqui, — respondeu ele.

Tudo bem, então eu praticamente acreditava que


Lucien era grande o suficientemente, ruim o suficiente,
rápido o suficiente e forte o suficiente para chutar o traseiro
de alguém, mas um sonho fantasmagórico que
misteriosamente paira em sua vítima? Eu estava pensando,
que até mesmo ele não poderia vencer isso.

Eu tomei uma decisão. Foi uma decisão assustadora,


mas eu fiz isso vendo como eu estava sendo estupidamente
teimosa uma vez feita eu iria enfrentar, não importa o que
assustou o inferno fora de mim.

— Você está cansado? — Perguntei.

— Sim, querida. — Eu senti o movimento do seu rosto


no meu cabelo antes que ele murmurou, todo vampiro sexy,
— Estou muito cansado.

Oh. Bem, então.

Talvez eu não poderia enfrentar.

664
Sabendo que eu tinha cansado o poderoso vampiro
Lucien com todas as nossas travessuras sexuais e pensar que
era muito legal estar assim muito satisfeito comigo mesma,
eu decidi que não me importava.

Ele continuou:

— Mas se você quiser conversar...

Como era o meu caminho, de imediato, eu mudei de


ideia (de novo) e fui em frente.

Virei-me em seus braços assim ou estava de frente


para ele.

Era hora de obter algumas respostas.

Eu comecei com uma questão que talvez não me


assustava (muito).

— Eu sou famosa? — Perguntei.

— Perdão? — Ele perguntou de volta, parecendo


surpreso com a minha pergunta.

Expliquei:

— Todo mundo que eu encontro quando estou com


você parece me conhecer. Mesmo na seleção as pessoas
estavam olhando para mim como se me conhecessem ou, pelo
menos, estivessem curiosos sobre mim, então eles sabiam de
mim.

665
— A maioria dos membros de uma família concubina é
conhecida por vampiros, Leah.

Estudei-o. Ele estava tão seguro.

— Não gostam de mim, — eu sussurrei o meu desafio.

Ele soltou um suspiro, em seguida, me enrolou mais


perto.

— Não, querida, não gostam de você.

Eu sabia!

— Por que não gostam de mim?

— Por minha causa.

Prendi a respiração. Eu não sei por que, eu apenas fiz.

Ouvi sua risada.

— Você pode respirar, querida.

Eu respirei. Então eu enruguei meu nariz.

— Estou tão feliz que eu divirto você.

Sua boca tocou a minha antes de ele murmurar,

— Sempre.

Eu tremia em seus braços. E eles permaneciam


apertados. Mesmo que isso me fez sentir-me bem, a
curiosidade estava me matando.

666
— Bem, você vai explicar?

Ele deitou de costas levando-me com ele, então eu


fiquei pressionada ao seu lado, mas parcialmente deitada
sobre ele. Ele enfiou a testa em meu pescoço e começou a
brincar com o meu cabelo antes que de começar.

— Durante a revolução, eu era um general. Um muito...


— ele hesitou, em seguida, continuou, — um general bem-
sucedido. — Eu tremia com as suas palavras, mas desta vez
a leitura do significado por trás delas era de uma maneira
diferente. Ele parou de brincar com o meu cabelo e passou o
braço em volta de mim, antes de continuar, — após a
revolução eu me tornei um caçador. — Sua voz mergulhou
baixo. — E fui muito bem-sucedido nisso também.

Eu parei de respirar novamente.

Eu não gosto disso.

Em tudo.

Ele caçava companheiros mortais e imortais!

Oh. Meu. Deus.

Seu braço me deu um aperto e ele sussurrou,

— Não esse tipo de caçador, Leah. Nunca isso. Eu


queimaria antes de fazer isso.

Comecei a respirar novamente. Na verdade, minha


respiração saiu em um jorro sonoro de alívio.

667
Então eu perguntei:

— Que tipo de caçador que você era?

— Eu caçava o restante dos nossos inimigos, o meu


tipo era aquele que se aliavam a eles. Uma vez que eles se
tornavam guerreiros renegados. Eles tiveram que ser
encontrados antes que planejassem outra revolução. Eu era a
pessoa que os parava.

Levantei-me em um cotovelo e olhei para o seu rosto na


luz fraca. Eu poderia dizer que algo não estava certo.

— Quantos de vocês estavam lá? Caçadores, Como


você?

— Apenas eu.

O quê? Isso não faz sentido.

— Sério?

— Eles só precisavam de mim. Eu era bom no que eu


fiz.

Ele estava falando sério?

— Quantos renegados estavam lá? — Perguntei.

— Milhares.

Meu queixo caiu. Ele não podia ser real.

Se ele era isso, deu um novo significado para as


palavras “poderoso vampiro Lucien”!

668
— Houve... houve... — Eu gaguejei, — qualquer outro
tipo de caçador tão bom quanto você?

— Você quer dizer os caçadores companheiros?

Eu balancei a cabeça.

— Não.

— Nada?

— Havia pelo menos vinte caçadores, e apenas


centenas de companheiros a serem caçados.

Uau.

— Por que era só você que caçavam os renegados?

— Eu não era o único no início. O Domínio recrutou e


despachou outros caçadores. A maioria dos outros não
sobreviveu. Como eu mencionei, eu não só sobrevivi, me
superei. Eles trouxeram de volta os outros, enviando apenas
eu.

Isto é uma loucura. Lucien era um super-vampiro,


sozinho, esmagando em uma possível rebelião!

Isto foi notável, inacreditável e muito, muito legal. Mas


eu sentia que algo estava errado, deixando-me chateada e
desconfortável.

Observei-o por um momento, pensando em sua


magnificência, Stephanie, Cosmo, Lucien óbvio orgulhavam-
se de em seu povo, e eu disse baixinho:

669
— Você caçou o seu próprio povo.

A mão dele subiu, dedos enrolando em volta do meu


pescoço e ele explicou como se eu tivesse feito uma acusação
suave que eu não tinha,

— Eles também estavam caçando, Leah, e eles estavam


caçando mortais. Alimentando e matando. Sem pensar ou
remorso. Fazendo o que era para ser, vivendo suas vidas nos
velhos caminhos. Eles não só estavam assassinando
inocentes, eles estavam colocando em risco tudo pelo que os
vampiros lutaram.

Eu olhei para ele.

Então eu imaginei,

— Você não gostou de fazer isso.

Ele balançou a cabeça.

— Independentemente se eu não acreditar em seu


modo de vida, escravizando seus irmãos e entregando-os para
suas execuções não é um trabalho divertido.

Ele poderia dizer isso de novo.

Eu entendi que havia algo de errado e isso me deixou


incrivelmente triste.

Por Lucien.

Algo que eu nunca esperei, mas lá estava ele.

670
Senti meu corpo ficar mole e eu pressionei contra ele.

Levantando a minha mão para tocar seu rosto, eu


sussurrei,

— Lucien.

Quando minha mão repousava em sua bochecha, vi


seus olhos se fecharem devagar e o profundo sentimento tão
óbvio em seu rosto bonito me fez recuperar o fôlego.

Ele era imensamente lindo, mas olhando para ele


naquele momento, nunca tinha sido mais marcante.

Não nunca.

Senti parte da minha boca com receio e eu queria beijá-


lo desesperadamente. E através do meu beijo eu queria
afastar seus demônios, absorver sua emoção, levá-la para
longe dele para sempre.

Antes que eu tivesse a chance de tentar essa façanha,


seus olhos se abriram e ele murmurou de uma forma
tentando me tranquilizar, apesar de que era ele que eu sentia
revivendo um pesadelo,

— Foi há muito tempo, querida.

— Incomoda você ainda.

Sua mão foi do meu pescoço a minha mão em seu


rosto. Seus longos dedos enrolados em torno de meu e ele
puxou meus dedos aos lábios, escovando-os lá.

671
Então seus olhos presos nos meus e ele repetiu:

— Isso ainda me incomoda.

Compreendi então por que as pessoas agiam da forma


como faziam em torno dele e o que compartilhamos,

— Você é um vampiro herói. Eles admiram você.

— Eles fazem, — ele concordou de forma casual


mostrando que se importava muito pouco então continuou.
— Eles também têm medo de mim.

Eu estava pensando que provavelmente deveria. Ele


podia caçar milhares de vampiros, sozinho, e isso era
bastante assustador.

— O que isso tem a ver comigo? — Perguntei.

Ele descansou a mão ainda segurando a minha em seu


peito.

— Por causa do status que eles colocaram em mim, a


pessoa tem um interesse no que eu tenho. Isso, além de
outras coisas irritantes, ossos do ofício. No entanto, com
você, eu te escolhi há 20 anos e esperei. Este não é o meu
comportamento habitual. E seu comportamento não é o
comportamento comum de uma amante. Isso intriga as
pessoas e eles estão observando e esperando para ver o que
aconteceria. Agora, eu temo, que não estão menos intrigados.

672
— Então, de certa forma, somos como a mortal e o
vampiro Elizabeth Taylor e Richard Burton, sem os
casamentos e tal, é claro, — eu murmurei.

Eu senti alívio varrer através de mim quando o ar


clareou, seu rosto se suavizou e seus lábios tremeram.

— Algo parecido com isso.

Bem, esta foi uma pergunta respondida e, como de


costume, fazia sentido.

Agora uma que podia me assustar, não que a última


não tivesse me assustado.

— Por que você acha que pode me deixar segura do


meu sonho?

Ele nos rolou de lado, me puxando para cima, então eu


estava cara-a-cara com ele e segurando bem próximo.

— Você se lembra da conversa que ouviu esta manhã?


— Ele perguntou e eu assenti.

Como eu poderia esquecer?

Ele continuou:

— Eu acho que você está ligada a mim.

— Sim, eu me lembro de você dizendo isso. O que isso


tem a ver com a....?

Ele me interrompeu, dizendo:

673
— Você está sonhando com A Sentença?

Fiquei em silêncio, mas meu coração disparou.

Seus olhos em contemplação.

— A sua mãe ou uma de suas tias explicou sobre A


Sentença?

Elas não tinham. Eu balancei minha cabeça decidi não


mentir em voz alta.

— Edwina? Stephanie? — Perguntou.

Eu balancei minha cabeça novamente, desta vez não


mentindo verbalmente.

Quando ele falou de novo, parecia que ele estava


falando em voz alta para si mesmo, não para mim.

— Então você deve ter alguma forma sentido isso de


mim.

— Senti o que de você? O que é A Sentença?

Seus olhos focaram nos meus e murmurou,

— Isto não é bonito, querida.

— Eu podia adivinhar que, — eu respondi.

Seu lábio apareceu antes que ele começou a explicar,

— O Domínio criou A Sentença para mortais e


companheiros dos imortais que não denunciavam um ao

674
outro. Eles fizeram isso na esperança de que os outros sendo
torturados ou ainda ao serem capturados poupariam seus
parceiros com isso, denunciando-os rapidamente. O que eles
entenderam, e eu lembrei-os, como fez Cosmo, Stephanie e
outros conselheiros na época, era que o voto de um vampiro é
o seu vínculo. Ele, ou ela, nunca iria denunciar qualquer
voto, não importa o que pudesse acontecer a eles. — Ele
respirou então continuou: — Em muitos casos, quando os
parceiros vampiros, seus reivindicados eram uma promessa,
não um voto. Há uma nuance de diferença, mas está lá e
para um vampiro está nuance é crucial. O entendimento é
que a vida eterna com outro pode não funcionar depois de
séculos. A promessa para sempre abre a relação com
ruptura. O voto para sempre, nunca. No entanto, na maioria
dos casos, quando um vampiro toma um mortal, como um
companheiro, prometendo estar com seu mortal, é para
sempre. Isso, um vampiro nunca iria denunciar. No entanto,
o Domínio tinha alguma experiência do comportamento dos
mortais, contando com que o mortal fosse menos dedicado.
Infelizmente, eles estavam errados e dezenas de sentenças
foram realizadas.

— Deixe-me adivinhar, — eu sussurrei, — o mortal foi


enforcado, o vampiro queimado.

Ele me deu um aperto e acenou com a cabeça, mas


disse:

— Pior.

675
O que era pior do que isso?

Ele respondeu à minha pergunta não feita,

— Aconteceu em simultâneo. O fogo era aceso para que


o mortal pudesse assistir à queima dar o início. Em seguida,
o enforcamento procedia assim o vampiro poderia assistir sua
amada balançando antes de morrer.

Eu também sabia disso, mas eu ainda engasguei


quando Lucien confirmou.

— O Domínio apreciou o sucesso com isso, — ele me


informou. — Ele provou ser um impedimento saudável de
qualquer uma destas uniões futuras.

Abaixei minha cabeça, olhando para seu pescoço e


murmurei,

— Não é surpreendente.

Ele beijou minha testa e eu inclinei minha cabeça para


trás para olhar para ele.

— Eu não me lembro do meu sonho, mas foi isso o que


senti, — eu disse a ele.

— Eu não tenho nenhuma dúvida de que é isso o que


é, — respondeu ele.

— Por que eu estou sonhando com isso quando eu nem


sabia que existia?

— Eu não tenho nenhuma ideia.

676
— Você pode explicar o que aconteceu na noite
passada?

Ele balançou a cabeça, mas disse:

— Eu tenho uma teoria.

Quando ele não continuou, eu solicitei,

— E isso seria?

Ele me puxou para mais perto e sussurrou:

— Você está ligada a mim, minha querida, de uma


forma que eu nunca tinha experimentado antes.

Ele estava certo sobre isso. E isso me deixou um


pouquinho desconfortável ao mesmo tempo em que encontrei
me deixou um pouco mais segura.

Mais emoções contraditórias.

Grande.

Quando eu não respondi, ele continuou,

— E você tem uma força de vontade que é


surpreendente. Isso provavelmente significa que a força do
seu subconsciente é indestrutível. Quando você sonhou e eu
não estava aqui para acalmá-la, segura-la, me tendo lá
vivendo e respirando e não queimando, algo que provaria que
o sonho era falso, o seu subconsciente levou adiante o sonho.

— Isso parece loucura, — eu disse a ele diretamente!

677
— Sim, você está correto. Ele fez, — Lucien concordou.
— Mesmo assim você não pode negar que o sonho se realizou
você o sentiu fisicamente e continuou até que você falou
comigo no telefone.

Isto era ainda mais louco. Mas também era verdade.

Eu fiquei em silêncio.

Lucien continuou,

— Com sua mente fechada, você desligou-se em


catatonia até estar conectada comigo fisicamente e só então
você se reanimou. — Depois de dizer isso, seu rosto ficou
mais perto, apenas um sopro do meu e sua voz era suave. —
Querida, isso me diz: Eu sou o catalisador para parar o seu
sonho. E isso me diz que eu posso mantê-la segura.

Suas palavras e a maneira como ele as disse, em voz


baixa, com confiança e mais do que uma pitada de satisfação,
fez-me tremer.

No entanto, embora sua explicação fosse lógica e


plausível, como Lucien tendia a ser, eu ainda não
compreendia. Alguma coisa não estava certa.

Pode não haver paranormal, sobrenatural, preto ou


qualquer outro tipo mágico acontecendo no mundo dos
vampiros e outras criaturas, mas o que eu estava
experimentando com os meus sonhos era algo diferente. Eu
não sabia se era magia, mas era algo, algo de outro mundo,
eu só sabia disso.

678
E isso me assustou um bocado.

— Leah? — Lucien chamou.

— Mm? — Eu respondi, imersa em pensamentos.

— Ouça-me, — ele ordenou e quando eu foquei nele,


ele continuou, — e eu quero que você ouça atentamente,
querida. — Ele estava falando sério, muito sério e eu assenti.
— Eu não quero que você durma quando eu não estiver por
perto. Até que esses sonhos desapareçam, você só dorme
quando estiver em casa, de preferência quando você estiver
na cama comigo.

Eu balancei a cabeça novamente não porque eu estava


submetendo-me as suas ordens, mas porque eu acreditava
que ele estava certo. Ele foi o catalisador que parou o sonho e
vendo como eu não queria ser enforcado por uma corda
invisível enquanto o corpo de Lucien queimava na fogueira,
eu estava disposta a dar este momento.

— Ok.

Eu senti seu grande corpo relaxar contra o meu, eu


não tinha percebido que ele tinha ficado tão tenso. Coloquei
meu rosto em seu pescoço e deslizei o braço em volta dele,
ficando ainda mais perto.

— Acabamos a conversa? — Perguntou no topo da


minha cabeça.

679
— Eu tenho um milhão de perguntas mais, — eu
respondi.

— Será que pode esperar até amanhã?

Considerando-se que já era amanhã e por outras


razões além da resposta, não era realmente. Agora que eu
estava envolvida, não importa o que me assustou, ainda
queria saber tanto quanto poderia para que eu pudesse saber
o que eu estava enfrentando.

No entanto, muito do que eu queria saber eu precisava


perguntar Stephanie.

— Sim, — eu disse a ele.

Ele beijou o topo da minha cabeça e emaranhando


suas pernas com a minha. Olhando para Lucien, eu percebi
algo carinhosamente familiar, ele estava ficando com sono.

Eu me aconcheguei a ele.

Eu permiti sentir o que eu não tinha me permitido, as


muitas vezes que ele tinha feito isso antes.

Substância.

Minha garganta travada assim como minha mente


protestou, mas o meu coração, por uma vez, recusou-se a ser
negado.

Tia Nadia estava certa. Muitas pessoas nunca tiveram


algo bonito nem mesmo por um curto período de tempo.

680
Lucien estava me dando uma coisa bonita e mesmo que fosse
temporário, era um presente imprescindível e que meu
coração sabia que tinha que aceitar.

— Leah? — Sua voz era rouca e sonolenta quando ele


chamou meu nome e meu coração aceitou isso também.

— Hmm?

— Obrigado, querida. — Sua voz ainda estava rouca,


mas havia uma profundidade no significado dessas duas
palavras, e fizeram meu coração acelerar.

Eu não estava inteiramente certa o que ele estava me


agradecendo, mas eu podia adivinhar.

Ele estava me agradecendo por dar-me a ele.

Outro presente.

Fechei os olhos e aprofundei enquanto meu coração


aceitava isso também.

681
Capítulo Dezoito

O Pesadelo

Stephanie, Cosmo, Avery, Rafe, Fiona, Edwina, seus


filhos, sua mãe e toda a família de Leah participaram da
cerimônia de Reivindicação antiga. A cerimônia que foi
realizada em todos as uniões de vampiros. A cerimônia que
não havia sido realizada entre um mortal e imortal a mais de
500 anos.

Evitando o vermelho sangue tradicional, ela usava um


sofisticado vestido de cetim marfim, um aceno para sua
cultura.

Ele tinha dado a ela um par de brincos e uma pulseira


de diamantes e dezenas de outros alinhados em seu cabelo.

Um diamante negro adornava seu dedo anelar


esquerdo, suas faixas correspondiam, outro aceno para a sua
cultura, seria colocado em sua base.

Mas seu pescoço requintado estava nu.

Ele tomou o seu sangue. Ela tomou dele.

Quando ela fez isso, seu nariz enrugou e antes que os


seus lábios apertassem para o ferimento ele rasgou a própria

682
carne do seu pulso. No entanto, quando ela sugou, com os
olhos levantados para ele sua admiração cresceu ainda mais.

Lucien riu.

Ele passou a língua contra a sua ferida e puxou-a em


seus braços.

Sua voz ressoando através da pequena assembleia,


declarou as palavras de reivindicação, as palavras que ele
disse duas vezes antes, a Maggie então, 500 anos depois, e a
Katrina.

Independentemente do que aconteceu com as suas


duas uniões anteriores, elas não eram amargas.

Eram apenas doces.

E desta vez, ele não falou delas como promessa.

Falou-as como um voto.

— Até o sol cair do céu.

As lágrimas encheram seus olhos e ela pressionou


profundamente em seu corpo.

Ao contrário de sua declaração, quando falava, apenas


para ele.

Com uma voz suave, Leah repetiu,

— Até o sol cair do céu.

683
Felicidade subiu ao redor deles, juntamente com
soluços felizes, mas Lucien não prestou atenção a isso.

A única coisa em seu universo era a mulher em seus


braços.

*****
Lucien estava correndo, a mão de Leah na dele, ele
podia ouvir sua respiração ofegante, embora ela tivesse
velocidade incomum para um mortal, outra coisa que ela
tinha dele.

Mesmo assim, ela estava longe de ser tão rápida como


ele, e ele podia ouvi-los se aproximando.

Ele não perdeu tempo, parou e atirou-a por cima do


ombro.

Então ele correu.

Sua caça significava que Stephanie tinha falhado.


Como tinha Cosmo, Avery, Rafe, Hamish, Jordan, Duncan,
Hermes, Orlando e dezenas de outros. Seu exército e guarda
pessoal de Leah.

Ele nunca teria imaginado a sua derrota. Sua perda, o


que certamente significava mortes, causou uma dor
lancinante para cortar seu estomago, mas as pernas não
falharam.

684
— Lucien. — A voz de Leah foi dura, seu nome rompeu
com seus passos.

Ele não respondeu. Seu foco era a distância, fugir.

— Lucien, deixe-me descer.

— Quieta, — ele grunhiu, sua respiração vinha rápida e


curta, não do esforço, mas de seu pavor.

— Deixe-me pegar.

Silêncio, ele ordenou.

Deixe-os comigo, querida. Você vai.

Claro que, sendo Leah, ela não iria deixá-lo.

Nós não estamos discutindo isso.

Ele sentiu seus perseguidores se afastarem, mas ele


não diminuiu.

Deixe-me ir. Você precisa viver para lutar para que


outros vampiros possam ser livres, ela insistiu, sua voz cheia
de emoção. Então meu povo pode ficar livre.

Não sem você, nunca sem você.

Eles estão contando com você.

Eu não dou a mínima. Eles querem isso; eles podem


lutar por conta própria.

Silêncio.

685
Que teimoso! Ela retrucou ao seu cérebro.

Ele continuou correndo.

A droga percorrendo seu sistema tornando-o fraco, ele


observou Leah subir no andaime.

Lydia gritou, a era de agonia.

Os olhos de Lucien nunca deixaram os de sua


companheira.

Me denuncie, Lucien ordenou.

Nunca, Leah atirou de volta, um tremor traindo a força


por trás de seu tom.

Ele emocionou-se com a sua palavra, mesmo que


rasgasse o seu coração.

Desta vez, quando ele falou, foi um apelo, denuncie-me,


querida

Eu prefiro morrer com você do que viver sem você.

Ele quase sorriu.

Drama, ele murmurou em sua mente.

Isso não é engraçado.

Ela estava absolutamente correta.

686
Usando a força que ele tinha, suas palavras eram um
comando que ele sabia que não podia desafiar.

Me denuncie.

Seu corpo estremeceu, com o rosto pálido, desgastado,


ainda mais cinza. Mas seus olhos eram desafiadores.

Nunca.

Ele estava atordoado e horrorizado e agora


incrivelmente assustado.

Ele não tinha como controlar a mente dela, por todos


os anos e anos que fez, ela teria obviamente construído uma
imunidade.

Eles pararam-na e colocaram uma corda em torno de


seu pescoço.

Ela ficou de pé, com os braços amarrados atrás das


costas, vestindo seu vestido marfim.

Outro desafio, não dele, do Domínio.

Mesmo diante da morte certa, ela era magnífica.

Esse sentimento desprezível que sentira há muito


tempo atrás, quando ele pensou que a tinha quebrado, a
sensação de que ele não tinha tido em anos, rasgou-o.

Sem demora, eles acenderam a tocha com os gravetos


ao redor de seus pés.

687
Outro grito de agonia, perfurava o ar vindo do Katrina.

Os olhos de Lucien nunca deixaram Leah.

Eu te amo, ela sussurrou-lhe à mente.

Ele fechou os olhos.

Ele sentiu o calor, mas nada poderia cortar


completamente, a dor era muito mais poderosa.

Eu também te amo, querida.

Ele abriu os olhos para vê-la sorrir, radiante e bonita.

Em seguida, o alçapão se abriu e ela caiu.

*****
Com um susto Lucien acordou.

O sol estava brilhando em torno das cortinas, mas o


quarto ainda estava escuro.

Ele sentiu um aperto em seu estomago, a pele


umedecida com o suor, Leah estava enrolada em seu corpo,
seu batimento cardíaco e respiração estável.

Adormecida.

— Santo Cristo, — ele sussurrou.

Lembrou-se de cada segundo, horripilante de seu


sonho.

688
Cada segundo terrível.

Ele podia sentir o suave cetim do vestido alegando sob


suas mãos, o peso do seu corpo por cima do ombro enquanto
corria, o toque da chama.

— Santo Cristo, — repetiu ele.

Era isso o que ela estava sonhando? Era isso o que a


fez fugir da cama, apavorada e chorando?

Tinha que ser.

— Santo Cristo, — ele trincou entre os dentes.

Ela se mexeu.

Ele virou-se, trazendo ainda dormindo seu corpo em


seus braços, ele colocou seus lábios nos dela, provando-a, as
mãos acariciando ao mesmo tempo. Abaixando foi para o seu
peito, ele rolou a língua em torno de um mamilo.

— Lucien? — Sua voz soava sonolenta, suas mãos


vieram para os ombros.

Descendo.

— Lucien, — ela respirou, os dedos de uma mão


deslizando em seu cabelo.

Ele abriu as pernas, trocou seus joelhos sobre os


ombros e colocou os lábios nela. Incansavelmente, ele
desfrutava dela assim como ela arfava e ofegava, seus dedos
apertados em seu cabelo, seus quadris resistindo.

689
Voraz, sempre voraz, sua Leah, desta vez, exigindo
mais de sua boca. Seus músculos tensos, saltos cavando em
suas costas e ela gritou seu nome quando gozou.

Ele subiu sobre ela, controlando seu coração,


chamando-o dela, fazendo-os bater como um, enquanto
atirava ferozmente em sua exuberante umidade, longo, liso,
brutal e ela ofegava seu nome novamente ainda no meio de
seu clímax. Ele quase esqueceu de varrer a língua ao longo de
seu pescoço antes de fixar suas presas afiadas e rasgar
através de sua carne.

Então, ele estava apertando o corpo dela, seu sangue


bombeando em sua boca a cada mergulho violento, cada
batida de seu coração pulsando em conjunto.

Ele tinha estado certo.

Êxtase do caralho.

Ela envolveu-se firmemente em torno dele e gozou de


novo, com mais força, as unhas cavando em sua pele,
respiração presa e hesitante, coração saltitando. Ele sentiu a
pressão crescendo em seu próprio corpo, forte e feroz, seu
pau doendo para liberar.

Ele fechou a ferida com a língua e usou seu cabelo


para forçá-la a enfrentá-lo.

Seus olhos semicerrados, sonolenta, saciada, ele puxou


sua cabeça, tentando ser gentil e temendo ter falhado quando
seus olhos se abriram.

690
— Você é minha, — ele rosnou, ainda dentro dela.

— Sim, — ela ofegava sem demora.

— Diga-me, — ele perguntou.

Ela concordou, de novo imediatamente,

— Eu sou sua.

— Sempre.

Assim ele empurrou para dentro dela, mais rápido,


mais forte, a construção da pressão, seu corpo sacudindo
debaixo dele, ele sentiu seus membros tenso e viu seu rosto
empalidecer.

Ela não falou.

— Diga isso, Leah. Sempre, — ele grunhiu.

— Lucien...

Ele empurrou para dentro dela, mais profundo, mais


forte e ela gemeu de prazer.

— Diga! — Ele ordenou.

Seus olhos se encontraram com os dele.

— Eu sou sua, Lucien, — ela sussurrou, — sempre.

Foi nesse momento que ele gozou, forte e longo, um


orgasmo incomparável em 800 anos. Foi ainda melhor do que

691
o que ela lhe dera na noite passada durante a sua primeira
noite o que ele pensava ser impossível.

Depois, ele relaxou por alguns momentos antes de


ouvir a respiração dela pesada virar de tomar o seu peso.

Então ele rolou-os, tomando cuidado para mantê-los


juntos, então ele estava de costas, ela estava sentada sobre
ele, seu tronco no seu, o rosto em seu pescoço, a respiração
ainda estava rápida e escovando levemente contra sua pele.

Momentos se passaram, Lucien igualando o seu


coração ao ritmo pulsante de Leah tentando desligar sua
mente. Para apagar as imagens gravadas do seu sonho. Os
traços de cetim em suas mãos. O pavor rasgando sua alma
quando ele tentou escapar da caçada. Nada disso
reconciliado com Leah em seus braços, sua doce umidade
ainda apertado em torno de seu pênis, seios esmagados
contra seu peito, sua pulsação batendo rapidamente.

Tardiamente, ele cheirou seu medo.

— Leah?

O coração dela saltou e o dele pulou.

Em seguida, ela sussurrou:

— O que foi isso?

— Leah...

692
Ela começou a se levantar, mas seus braços a
mantiveram cativa.

— Não se mova, — ordenou ele, — Nós iremos nos


separar.

Ela se acalmou.

Então, ela perguntou:

— Lucien, o que aconteceu?

Ele não tinha ideia. Ele nunca tinha se comportado


com uma necessidade desesperada mesmo antes.

Isso não era verdade. Quando ele descobriu que o


inimigo tinha torturado e assassinado sua companheira, ele
se comportou como um motor, uma necessidade desesperada
de 50 anos. Primeiro lutando, então caçando qualquer um
que tivesse algo a ver com aqueles que provocaram a morte
de Maggie.

Por que ele sentiu essa necessidade agora, fora a


reação ao pesadelo, ele não sabia.

O que ele sabia era que ele não ia dizer a Leah que ele
compartilhou seu sonho. Isso provavelmente iria alarmá-la e
até que ele entendesse o que estava acontecendo, ele
pretendia protegê-la disso.

Então, em um esforço para protegê-la, Lucien mentiu.

693
Ele moveu os quadris e os músculos contraídos
deliciosamente em torno de seu pau ainda duro.

— Eu acho que a resposta é bastante óbvia, querida.

— Eu... você... nós, — ela gaguejou, — nunca foi assim.

Seus dedos segurando em seu cabelo e ele murmurou,

— Nós fomos amantes apenas por uma noite, Leah.

Seu corpo estremeceu e ele a pegou novamente diante


de seus movimentos poderia quebrar sua união, algo que ele
foi obrigado a prolongar, novamente por razões
desconhecidas.

— Eu não quero dizer que nunca foi assim entre você e


eu. Quero dizer que nunca foi assim para mim sempre. Talvez
para qualquer mulher na história do tempo.

Drama, ele pensou em um momento de diversão antes


que seu estômago se apertou na memória.

Eu não estou sendo dramática! Replicou ela e seu corpo


sacudido em estado de choque.

Ele não tinha falado com ela. Ou, mais precisamente,


ele não quis dizer para ela ouvir.

— Você me ouviu? — Perguntou.

— Sim, você estava falando comigo. Ou, devo dizer,


tirando sarro de mim. — Ela tentou se mover novamente,
mas ele manteve-a presa a ele. — Deixe-me, — ela perguntou.

694
Seus braços apertaram antes que ele respondesse:

— Eu quero sentir você perto de mim por um tempo


mais longo.

Ela apertou contra ele.

— Deixe-me...... sair!

Ele a deixo levantar, mas apenas o seu tronco. Ele


manteve seus quadris fixos no seu com um braço sobre sua
cintura.

Ela olhou para ele, seu cabelo caindo sobre o rosto dela
em ondas. Olhando para ela, finalmente ele sentiu que o
pesadelo se foi.

Esta era Leah, sua Leah, agora totalmente sua.

Não correndo, se escondendo ou escalando um


andaime, ela estava viva e, aparentemente, com raiva.

Isso o fez sorrir, o que trouxe novamente um brilho de


uma carranca, que, por sua vez, fez o seu sorriso se
aprofundar.

— Você parece com um imenso mau humor para


alguém que gozou duas vezes, — ele comentou.

Seus olhos se arregalaram, sua raiva acelerou, ele


sabia porque seu coração estava tomando conta do seu. Ela
abriu a boca para falar e, de repente, balançou a cabeça e
olhou para o lado.

695
Em seguida, ela murmurou:

— Por que eu não poderia ser amante de algum outro


imortal? Um lobisomem. Ou Frankenstein, eu poderia
escapar do Frankenstein. Ele não se move muito rápido. Um
fantasma seria bom, eles são etéreos. Eu provavelmente
poderia escorregar...

Ela não tinha notado o corpo dele congelar, mas ela


parou de falar quando ele a puxou de costas. Eles se
separaram, ele se posicionou em cima dela, prendendo-a na
cama.

Ela olhou para ele com surpresa.

— O que você sabe de outros imortais? — Ele


perguntou, com uma fúria selvagem atingindo sua voz,
essencialmente ele estava enlouquecido de raiva.

Ela reagiu à fúria. Eu cheiro-a e ouviu-a, mas ele não


deu a mínima.

— O.. o quê?

— O que você sabe de outros imortais? Lobisomens?


Fantasmas?

— Oh meu Deus, — ela sussurrou.

Lucien balançou a e ele não o fazer suavemente.

— Diga-me, porra!

— Eu não sei! — Ela engasgou. — Quero dizer, Avery...

696
Ela parou de falar, seus olhos caindo para sua
mandíbula como ficou rígida.

Entre os dentes cerrados, ele falou,

— Eu vou mata-lo.

— Lucien? — Seu tom de voz era incerto e muito


assustado.

Ele fixou seu olhar no dela.

— Não diga a ninguém que você sabe da existência de


outros imortais, Leah. Nem uma única alma. Nem sua
família, nem Stephanie, ou Edwina...

— Edwina sabe, — ela admitiu baixinho. — Ela estava


lá quando Avery...

Ele fechou os olhos,

— Puta que pariu.

— Ele não disse nada, Lucien. Nem uma palavra, —


Leah defendeu-o apressadamente e ele abriu os olhos para
encará-la. — Ele apenas disse que ele era imortal, mas ele
não era um vampiro. Ele não me disse o que ele era. Ele não
me disse que os outros imortais existiam. Ele disse que se ele
dissesse algo isto significaria a sua morte. Mas logo eu
adivinharia.

697
— Eu vou apostar, querida, ele não lhe disse que se
alguém descobrisse que você sabia, você iria enfrentar a
morte certa.

Ela respirou fundo.

— Sim, — Lucien cortou. — Assim, ninguém está


seguro sobre este segredo. Ninguém. Eu vou ter uma
conversa com Edwina e eu vou ter várias com Avery.

Sua mão foi para seu pescoço, os dedos enrolando lá e


ele podia sentir o leve tremor.

— Por favor, não fique bravo com ele. Ele estava


tentando ser gentil, — Leah sussurrou.

— Colocar a sua vida em perigo está longe de ser gentil,


— Lucien revidou, sua raiva não diminuiu, o pesadelo estava
muito fresco assim como esse novo perigo.

A dor cortou através de seu rosto antes dela continuar,


em sua voz suave,

— Talvez ele esteja cansado de se esconder, Lucien.


Talvez ele sentisse que estava entre amigos. Talvez ele
soubesse que eu ia aceitá-lo. Talvez ele confiasse em mim.
Isso não é algo para ficar zangado. Isso é uma honra que ele
deu a mim.

— Deixar-me quebra-la não faz de você amiga e


protetora de todos os imortais ao lado, Leah. — Seu tom de

698
voz era agudo e irônico, porque suas palavras não tiveram
efeito.

Ele ainda estava com raiva.

E agitado.

O Conselho estava considerando o seu pedido. Eles lhe


deviam e tinham amigos no conselho, os amigos que ele
tinha, sem dúvida, iriam se tornar aliados se as coisas não
corressem no seu curso. Portanto amigos que iriam fazer
tudo em seu alcance considerável para fazer as coisas
seguirem o seu curso. Ninguém queria a guerra.

Aqueles que não eram amigos, aqueles que desejavam


desafiar mudança porque temiam ou porque odiavam
estavam usando o comportamento de Rafe como fundamento
para negar o pedido de Lucien.

Rafe ainda não tinha tomado Lana como amante, mas


ele disse à Lucien que ele queria e ele iria passar a noite com
ela, sendo esta a razão pela qual o Conselho chamou-o,
finalmente. Rafe não tinha se juntada a ela porque temia por
sua segurança.

Lucien aprovou as intenções de Rafe quando eles


estavam conversando com ele encorajou-o.

Como ele incentivaria qualquer outro vampiro que


desejasse se comportar como uma porra de um vampiro.

699
Se fosse de conhecimento, isso não iria influenciar o
Conselho em seu favor, até mesmo seus amigos poderiam se
opor. Permitir a Lucien uma benção era uma coisa, permitir
mudança desenfreada e generalizada de séculos de tradição
era outra.

No entanto, se soubessem que Leah sabia sobre a


existência de outras culturas, ele não teria o seu pedido
concedido, e ela seria executada.

Não, ela seria caçada então ela seria executada.

Eles tinham o suficiente para se preocupar, e a maior


parte disso, ela nem mesmo sabia, eles não precisavam da
porra disso.

Ele pegou-a estremecendo com suas palavras. Isso


feriu-o, mas ele ignorou. Ele tinha que fazer isso até ela e que
ela o perdoasse. Naquele momento, ele tinha que fazê-la
entender.

— Isso não foi legal, — ela sussurrou.

— Não, não foi. Eu não estava tentando ser legal,


querida. Eu estava tentando passar para esta sua cabeça
teimosa que isso é sério.

Os olhos dela brilharam.

— Eu posso ser teimosa, Lucien... — ela hesitou,


olhando estranhamente, mas também divertida e confusa por
um segundo e depois repetiu: Lucien seja qual for seu

700
sobrenome, eu não sou estúpida. Eu acho que eu entendi.
Morte certa é um grande motivo para manter um segredo.

Quando ela parou de falar, ela olhou para ele. Ele fixou
seu olhar no dela. Ele sentiu o desconforto bem antes que ele
estivesse pronto a recuar.

Por fim, irritada ela quis saber:

— Qual é o seu sobrenome, afinal?

Lucien relaxou, em parte porque acreditava que ela


entendeu sua preocupação, principalmente porque ela estava
divertida.

— Vampiros não têm sobrenomes.

Sua raiva dissipou-se, seus olhos se arregalaram e ela


respondeu:

— Então, você é como Cher? Madonna? Você é apenas


Lucien?

— Cher e Madonna nasceram com sobrenomes, elas


simplesmente não os usam. Mas eu sou ‘apenas Lucien’.

Seus olhos deslizaram para seu ombro e ela


murmurou:

— Que estranho.

Gentilmente, Lucien a lembrou,

— Isto está longe de ser estranho.

701
Seu olhar disparou de volta ao dele, e o corpo dela
tornou-se maleável debaixo dele.

— Eu não quis dizer isso de uma forma ruim, — ela


sussurrou cada palavra claramente sincera.

Cristo, ela era doce.

Vinte anos observando-a e ouvindo sobre ela, deram a


ele uma boa ideia do que ela era quando finalmente tomou-a.

Nesse momento, ele percebeu que não tinha ideia.

E esta bênção adicional revolveu calorosamente em seu


estomago.

Seu peso diminuiu em seu corpo macio e ela


automaticamente se acomodou a ele.

Ele tocou seus lábios nos dela e descansou suas testas


juntas.

— Eu sei que você não fez, querida.

Sua mão deslizou para cima para descansar em seu


peito antes de ela perguntasse baixinho:

— Você vai deixar de ser Lucien assustador agora?

— Eu nunca sou Lucien assustador, — ele respondeu e


ela dando-lhe um olhar tão incrédulo que era cômico.

Logo, ele afundou o rosto em seu pescoço e começou a


rir.

702
Ele rolou mais uma vez, posicionando-a contra seu
lado parcialmente em cima e ela levantou a cabeça para olhar
para ele quando sua risada desapareceu. Ele levantou a mão
para tocar a sobrancelha com um dedo e ele alisou-a em toda
a linha arqueada. Como ele tinha previsto, este movimento
relaxou sua expressão quando seu dedo seguiu para a
bochecha onde ele tocou seus lábios com os três dedos
médios.

— Você nunca tem que ter medo de mim, querida, —


ele disse a ela calmamente, mas com firmeza quando a mão
dele se afastou.

Ela surpreendeu-o, perguntando:

— O que faço quando a sua raiva enche a sala como


uma tempestade?

Ele recolheu-a mais perto em seus braços.

— Se isso acontecer, Leah, simplesmente acontecerá.


Há momentos em que eu vou ficar com raiva, mas não
importa o quão irritado eu fico, você nunca terá nada a
temer.

Independentemente de suas palavras e o sentimento


por trás delas ela persistiu.

— E quando seu corpo fica todo engraçado?

Ele piscou lentamente antes de repetir:

— Meu corpo fica todo engraçado?

703
— Sim, ele fica duro, os músculos todos tensos, se
destacam. Eu não posso explicar isso, mas...

Lucien ficou horrorizado.

— Eu tenho feito isso com você?

Ela estudou-o, seu olhar desconfiado então ela


balançou a cabeça antes de dizer:

— Só agora e quando, hum... aquela vez que Katrina


veio.

— Cristo, — ele murmurou, chocado e enojado consigo


mesmo. Ele não tinha sequer sentido.

— Eu disse algumas coisas horríveis... — ela o


defendeu, e ele deslizou suavemente nos braços para detê-la
da culpa.

— Isso não vai acontecer de novo, — declarou ele.

Leah o olhou com os olhos arregalados, os lábios


entreabertos e desta vez ele não se deliciou com o adorável
olhar que fez.

— O que é isso? — Ela sussurrou.

Sua resposta foi rápida e concisa.

— Preparar-se para a batalha.

— Uau, — ela respirou.

704
— Contra um imortal, Leah, — continuou ele, o tom
ainda curto. — Minha força é de vinte vezes o sua. Quando
eu estou em uma situação de luta ou fuga, minha adrenalina
dispara, assim como a sua faz, mas deixa-me duas vezes
mais forte do que eu era antes, duas vezes mais rápido. Se eu
tivesse que...

— Você não fez isso, — ela o interrompeu.

— E eu não faria, — afirmou. — Eu vou repetir,


querida, quando você está comigo, você nunca tem nada a
temer.

Com isso, ela respondeu:

— Essa parte eu sei.

Depois que ela falou, ele observou assim que ela se


calou então o medo se espalho e ela empalideceu.

Seu coração começou a acelerar. Em sua ira, ele deixou


de sintonizar com ela e permaneceu estável.

Mas ela daria algo a mais e não era que ela confiava
que ele nunca iria prejudicá-la.

— Leah?

Ela olhou para a porta e rapidamente mudou de


assunto:

— Talvez devêssemos chamar minha família para vir e


tomar café da manhã.

705
— Leah...

— Vou fazer o café da manhã de hoje. Crepes Suzette.

A ideia de Leah tentando fazer Crepes Suzette, no qual


ela iria falhar (para não mencionar que era a sobremesa), era
infinitamente divertido, especialmente considerando que
flambar era fundamental para o sucesso do prato. Ele
mentalmente localizou o extintor de incêndio, apenas para o
caso.

Pensando em testemunhar neste esforço e sua reação


ao seu fracasso inevitável, Lucien estava tentado a deixá-la
fora da ação.

No entanto, ele não fez.

— Olhe para mim, querida.

Seu olhar passou rapidamente para a sobrancelha.

Seus braços se apertaram e seu tom era um aviso.

— Leah.

Ela suspirou e seus olhos encontraram os dele.

— O que você quer dizer? — Perguntou Lucien.

— O que eu quero dizer com o quê? — Perguntou Leah


de volta.

Seus olhos se estreitaram. Ela torceu o nariz.

— Diga-me, Leah, — ele ordenou.

706
— Oh tudo bem, — ela retrucou e franziu o cenho
antes de admitir algo surpreendente e tremendamente
gratificante, mas fazê-lo com extremo mau humor. — Você
me faz sentir segura.

Mais uma vez, Lucien estava atordoado. Desta vez, de


uma maneira muito melhor.

— Eu faço você se sentir segura, — repetiu ele.

— Sim. Você, — ela enfiou-o no peito, — faz-me, — ela


apontou para si mesma, em seguida, a mão dela se agitou no
ar, — sentir segura. — Ela baixou a mão e olhou para ele. —
Você é grande e rápido e você pode jogar um carro longe num
piscar de olhos, pelo amor de Deus. Você me faz sentir
minúscula, abrigada e.... bem, segura!

Esse calor começou a se espalhar em seu estomago.

— Leah... — ele começou, sua mão avançando até as


costas, penteando seu cabelo.

Mas ela não estava bem.

Encarando-o, ela admitiu, irritada:

— Meu pai me deixou, o que foi suficiente para mexer


comigo de uma forma que eu nunca me sentisse segura.
Éramos meninas e estávamos por nossa conta. Mamãe era
forte, mas, você sabe, às vezes... — Ela parou, perdendo o
controle de seu tema, em seguida, ela o encontrou e
continuou: — Então, todos os caras que eu já estive

707
atingiram o topo do sino de idiota. Você pode ser um idiota,
mas, veja só, — Ela gritou bastante. — Um dos meus
namorados estava sentado no carro enquanto eu trocava o
pneu. Outro não fez nada quando um cara estava me
apalpando em um bar. Depois que eu sai de perto eu
perguntei por que ele estava sentado lá e assistiu e não... fez
alguma coisa... e ele disse que não queria entrar nessa “com
algum idiota” e era óbvio que eu podia “resolver sozinha”. —
Ela levantou as mãos e usou dois dedos para colocar ênfase
em suas palavras antes de cair novamente e acabando, —
Você acredita?

Ele não podia. Na verdade, a própria ideia o enfureceu.

Ele não teve a chance de compartilhar isso, ela


continuou falando.

— Você não vai me fazer trocar o pneu e você não


deixaria um cara me apalpar e você não me disse que eu
tenho uma bunda gorda e que talvez eu devesse recusar
frango frito. Você é grande, e forte e cuida de mim com
carrinho como se eu fosse um gatinho. E você é alto e eu
tenho que olhar para você mesmo quando estou usando
saltos, — ela proferiu esta última como se fosse uma total
impossibilidade para ela olhar qualquer um e olhar para ele
era como um milagre. No entanto, ela não estava
completamente terminada. — E você provavelmente poderia
trocar um pneu apenas olhando para ele.

708
Lucien conteve o riso quando ele rolou de costas e
decidiu que não estavam tendo Crepes Suzette. E,
definitivamente, sua família não estava vindo.

Sua boca foi para o pescoço e murmurou,

— Eu sinto muito em dizer que eu não posso trocar um


pneu apenas olhando para ele.

Sua voz não era mais alta, mas ofegante, quando ela
respondeu:

— Você sabe o que eu quero dizer.

Sua boca se moveu para cima e sobre o queixo para


encontrar os dela.

Olhando em seus olhos, ele murmurou seu eufemismo,

— Estou feliz que você se sinta segura comigo, querida.

Ela tentou esclarecer, anunciando:

— Qualquer um se sentiria seguro com você. Vou


repetir, você pode lançar um carro.

— Talvez, — ele permitiu, — mas eu estou muito feliz


que você faz.

Antes que ela pudesse falar, ele recompensou sua


admissão com um beijo.

Sem hesitar, jogou seus braços ao redor dele e roubou


um beijou de volta.

709
Sua mão se moveu para seu peito e segurou-o, seu
polegar acariciando seu mamilo, sentindo-o endurecer
instantaneamente.

Seu pau respondeu na mesma moeda.

Ela suspirou em sua boca.

Ele levantou a cabeça para ver o rosto dela enquanto


seu polegar acariciava de volta e, como ele fez, ele gostou do
que viu.

Suas bochechas ruborizaram e ela mordeu o lábio.

Então ela disse:

— Eu estou com fome.

— Eu vou alimentá-la, — assegurou ele, seguindo para


o outro mamilo antes de ele terminar, — mais tarde.

Suas pálpebras inferiores, o desejo evidente em seu


rosto, ela sentiu um novo aperto em sua virilha, mas mesmo
assim, ela sussurrou:

— Minha família...

Ele acrescentou um dedo para o polegar e rolou. Ele foi


recompensado imediatamente. Ela prendeu a respiração, seu
coração começou a martelar e ele cheirava a onda de calor
entre suas pernas inquietas.

Magnífico.

710
— Mais tarde, — ele repetiu, com a cabeça descendente
e sua boca estava sobre a dela quando ouviu isso.

Seu corpo congelou debaixo dele, enquanto sua cabeça


se ergueu. Seus dois dedos pararam de rolar, mas todos eles
enrolaram possessivamente ao redor do seu seio.

Ele ouviu e ele não podia acreditar no que ouviu.

— O que é isso? — Perguntou Leah, um tremor de


medo em sua voz.

Seus olhos encontraram os dela.

A campainha tocou.

Seu corpo ficou duro e seu medo permeava o ar.

Lucien ficou parado.

— O que é isso? — Ela perguntou de novo, o medo


mais forte.

— É a porra da minha família, — ele rosnou. Ele viu


como seus olhos se arregalaram, seus lábios se separaram e
mais uma vez ele não encontrou prazer em sua expressão
encantadora.

Isto foi principalmente porque, em vez de ser capaz de


fazer alguma coisa, algo que ambos gostariam muito, ele teve
que ir atender a maldita porta

711
Capítulo Dezenove

A Família

Lucien andou pelo pequeno cais até ao seu final, onde


parou e examinou o lago.

Seus filhos o seguiam.

Ele não falou por um longo momento e Julian e Isobel


astutamente deixaram-no na sua contemplação silenciosa da
água serena.

Então, calmamente e de forma ameaçadora, Lucien


falou para a água.

— Explique.

— Ele veio me ver, Pai, — Isobel respondeu


rapidamente.

— E? — Lucien perguntou rispidamente.

— Eu pensei… — Isobel começou, mas parou quando a


cabeça de Lucien se virou e o seu olhar frio encontrou o da
sua filha.

— Não, — ele disse suavemente, — você não pensou.

712
Seus olhos deslizaram para os do seu irmão. O olhar de
Julian encontrou com o dela por um momento, antes que ele
olhasse para suas botas.

Julian tinha a estrutura e o cabelo de seu pai, mas ele


tinha os surpreendentes olhos azuis de sua mãe. Eram um de
um azul céu límpido. Em todos os seus anos, Lucien nunca
tinha visto olhos dessa cor exceto na face de sua ex-
companheira e de seu filho.

Isobel tinha as curvas e estrutura óssea delicada de


sua mãe, mas ela tinha os cabelos e olhos escuros de seu pai.
Ela era pequena para um vampiro, uma polegada mais baixa
do que Leah, da altura de sua mãe.

Lucien era próximo de seus filhos. Ele os visitava


quando tinha tempo. Eles faziam o mesmo. E ele falava com
eles regularmente.

Naquele momento, porém, ele ficaria feliz em


estrangular a ambos. Começando com Isobel.

Isso acontecia porque ela tinha traído o pai de Lucien,


Etienne.

Era seguro dizer que Lucien não era próximo de seu


pai.

Isso porque Etienne não era um vampiro do qual se


poderia chegar perto. Ele era frio, insensível e superior.

713
E também Etienne não era um vampiro do qual você
gostaria de chegar perto, porque ele era frio, insensível e
superior, mas também porque ele era avarento, manhoso,
hipócrita e cruel.

E, por último também por causa de Maggie.

Etienne tinha pouco a ver com os mortais, exceto na


parte em que eles contribuíam como alimento e, nos
Banquetes, que ele gostava de assistir, participando deles de
outras formas. Algumas delas, na forma fria, insensível,
superior e selvagem que ele fazia, não era inteiramente bem-
vinda pelos mortais que frequentavam esses banquetes e
geralmente aqueles mortais topavam tudo. Ele havia sido
chamado à atenção pelo Domínio em mais de uma ocasião e,
portanto, tinha aprendido a esconder essas tendências, mas
Lucien, como faziam muitos, sabia que ele não tinha deixado
esse comportamento.

Etienne não tinha nenhuma consideração pelos


mortais, nunca teve. Portanto, ele tinha odiado a união de
Lucien com Maggie. E por último, ele não manteve esse
sentimento em segredo de Lucien ou de Maggie.

Isso não era algo que Lucien tinha perdoado nem iria
perdoar.

Além disso, Lucien não estava transbordando de


emoção de ter sua ex-companheira, a mãe de Julian,
Cressida, na casa que dividia com Leah. Isso não era porque
ele não gostava de uma relação amigável com Cressida. Ele

714
gostava de um monte de coisas com Cressida, coisas que ele
não mais iria desfrutar. Isso acontecia porque Cressida era
como um gato e gatos gostavam de brincar com sua presa e
ela iria ver Leah como presa, sem dúvida. Embora Leah teria
necessariamente que mostrar respeito a Cressida como
vampira, Cressida não ofereceria o mesmo respeito para Leah
como concubina, independentemente se isso era devido a
Leah e exigência de Lucien. Iria divertir Cressida brincar com
Leah e desafiar as exigências de Lucien. Ela tinha, desde que
ele a tinha conhecido, gostado de seus desafios. Ela fez isso
muitas vezes com ele e com outros. Com Lucien, mesmo
depois que eles terminaram seu relacionamento, esses
desafios sempre terminavam de forma física, primeiro como
combate vampiro e então como algo bem mais agradável. Isso
tinha acontecido por séculos até que Lucien se tinha
amarrado a Katrina. E isso seria o que ela iria ter prazer em
jogar na cara de Leah.

Felizmente, eles também tinham trazido a mãe de


Lucien, Magdalene.

Agora, Lucien era próximo de sua mãe. Era um


mistério que Lucien nunca tinha resolvido como Magdalene e
Etienne tinham acoplado. Magdalene era o oposto do seu pai.
Depois de anos contemplando este enigma, o único motivo
que Lucien conseguiu descobrir era que ambos eram
vampiros muito jovens quando eles começaram a sua união,
que durou menos de 20 anos, o que foi claramente tudo o que

715
Magdalene poderia tomar. Ao contrário de Lucien e Cressida,
o relacionamento entre eles não era amigável.

Portanto, após detectar o que a sua companhia seria,


ele ordenou a Leah tomar banho e ficar pronta e, felizmente,
ela obedeceu. Ele tinha ido para baixo para saudar a sua
família e, em seguida, ele chamou a família de Leah e a levou
para a sua casa de hóspedes, onde ele a deixou. Leah ainda
não tinha vislumbrado a sua família em seu caminho para
fora da casa nem, invulgarmente calma e dócil, ela
questionou suas ações. No caminho para a casa, ele tinha
chamado Avery e pediu-lhe para ir para a casa de hóspedes
para protegê-la. Então ele chegou em casa e deixou seu pai,
mãe e ex na casa, a fim de falar com seus filhos em
particular.

O que o trazia para o agora.

Lucien olhou para o filho.

— E você?

A cabeça de Julian subiu assim como as suas


sobrancelhas.

— Eu?

— Cressida, — respondeu Lucien, buscando paciência


pois Julian estava sendo propositadamente obtuso, algo que
ele fazia mais do que ocasionalmente.

716
— Cressida estava curiosa, — respondeu Julian e
Lucien decidiu que era provavelmente a verdade. Ele também
sabia que seu filho compartilhava um vínculo estreito com a
sua mãe. Era uma ocorrência rara quando Julian não cedia a
todos os seus caprichos. Era uma ocorrência rara quando
qualquer um não cedia a todos os seus caprichos. A única
pessoa que não cedia era Lucien.

A voz de Lucien foi baixa e intencionada quando ele


lhes lembrou:

— Eu acho que eu falei a ambos sobre isso.

— Você fez, pai, mas… — Isobel começou.

— Mas nada, — Lucien a interrompeu, — não só o seu


julgamento foi fraco como as suas decisões foram perigosas.

Julian falou rapidamente.

— Cressida nunca faria…

Lucien interrompeu.

— Etienne faria.

Julian suspirou e assentiu com a cabeça porque, de


fato, Etienne faria.

— As pessoas estão falando, — Isobel interveio, —


bastante.

— Eu estou ciente disso, — Lucien informou.

717
— Você sabia que esta conversa iria chegar aos ouvidos
de Etienne, — ela continuou.

— Sim, eu sabia que iria — Lucien respondeu.

— Portanto, — continuou ela, — quando ele veio a


mim, eu pensei sobre isso e decidi que seria melhor ele
pensar que estava no seio da família, em vez de ele manipular
ao redor dela.

— Mantenha seus inimigos perto, — Julian murmurou,


com os olhos em seu pai.

Isto, Lucien teve que admitir, soava lógico.


Independentemente disso, não explicava por que eles tinham
feito uma visita surpresa.

— E ele vai manipular, todos nós sabemos disso, —


continuou Isobel. — Ele não concorda com o que você está
fazendo, mesmo que ele tenha dito que concordava e que só
queria oferecer-lhe seu apoio e lealdade.

— Ele pode até ser uma toupeira, — acrescentou


Julian.

— Absolutamente, — Lucien concordou, virando-se


para os seus filhos, — e é por isso que eu entendo a sua
lógica, mas seu julgamento ainda está em questão do por que
você iria trazê-lo aqui.

— Nós pensamos… — Julian começou, mas Lucien


interrompeu novamente.

718
— Nós acertamos que você não fez. — Em sua última
palavra, ele inclinou-se ligeiramente para o seu filho e viu um
músculo contrair na bochecha de Julian. — Esse vampiro
não deve estar em qualquer lugar perto de Leah.

— Pai, — Isobel sussurrou, — a ideia foi minha.


Etienne queria apanhá-lo desprevenido. Ele disse que era
porque ele sabia que você não gostaria de sua visita e ele não
queria preveni-lo disso, mas eu sei que era para que ele
pudesse apanhar você e sua concubina de surpresa. Eu achei
que se eu não concordasse em vir com ele, ele iria fazê-lo
sozinho. Então eu falei a Jule e Magdalene para vir com a
gente e Cressida, bem... é Cressida então ela está aqui
também. Agora, a sua mortal está protegida. Mesmo Cressida
não permitiria que Etienne prejudicasse sua concubina, se
ele fosse capaz de fazer o impossível e passar por cima de
você.

— Há uma série de maneiras de prejudicar Leah, —


Lucien respondeu. — Muitas das quais vocês nem sabem. No
entanto, se você tivesse telefonado e me alertado para esta
visita, eu poderia ter explicado a você.

Julian estava abertamente curioso. O rosto de Isobel


ficou em branco o que significava que ela estava igualmente
curiosa.

Julian tinha a força bruta de seu pai e, portanto, não


jogava as suas cartas perto de seu corpo. Ele levava a melhor
frente a praticamente qualquer pessoa (exceto Lucien) e, em

719
caso de contestação, não hesitava em fazê-lo. O filho de
Lucien tinha a cabeça quente e agia de acordo com as suas
emoções, portanto, ele tinha sorte de ser um lutador forte,
capaz e intuitivo.

Isobel, sendo pequena, tinha que confiar mais em sua


destreza pois a maioria dos vampiros eram mais fortes do que
ela, e quase todos maiores. Seu foco, astúcia e resistência
eram as armas mais perigosas em seu arsenal e ela usava-os
bem. Também como seu pai.

— Você já a domou, — Julian adivinhou.

— De fato, — Lucien respondeu.

— Oh meu Deus, — Isobel respirou. — Você tomou-a


como amante? Antes do Conselho concordar?

A resposta de Lucien foi levantar o queixo de forma


afirmativa.

— Brilhante, — Julian murmurou falhando em


combater seu sorriso.

O corpo de Isobel saltou para enfrentar seu irmão.

— Jule! Você está louco?

— Não, — ele ainda estava sorrindo, mas agora ele


direcionou-o para a irmã. — Há algumas pequenas mortais
saborosas que eu não me importaria de ter. Vai ser bom ter
essa porta aberta.

720
O corpo de Isobel saltou de volta para enfrentar seu
pai.

— Pai! — Ela retrucou. — Escuta-o! Isto poderia


significar…

— Eu sei o que isso significa, — Lucien a interrompeu,


— e eu estou pouco me lixando.

— Mal posso esperar para conhecer essa Leah, —


Julian murmurou, ainda sorrindo.

Isobel ignorou o seu irmão e falou com o seu pai.

— Eu entendo o que você está fazendo e o porquê, você


sabe que tem minha lealdade, não importa o quê, — ela fez
uma pausa e repetiu em uma voz vibrante, — Não importa o
quê, pai. Mas isso é muito rápido. Os vampiros de todos os
lugares estão tendo os mesmos pensamentos que você e Jule
e nós não estamos preparados.

— Levei 10 minutos para convencer O Conselho a


considerar meu pedido, Bel, — Lucien respondeu
calmamente. — Estou sentindo que eles perceberam que
podem ter de repensar as coisas não só para mim e Leah,
mas para todos os vampiros.

— Sim, talvez, — Isobel concordou. — Mas isso vai


além de você e sua mortal e Rafe e sua irmã e até mesmo de
Julian querer algo para si. Orlando foi visto em um Banquete
com sua concubina e eles estavam se abraçando. E Hermes
selecionou sua nova concubina há apenas uma semana e,

721
assim como você, ele foi morar com ela na noite de sua
Sangria.

Lucien sabia disso pois Avery lhe dissera naquela


manhã. Ele não podia dizer que era uma notícia indesejada.
Orlando era cruel em batalha e Hermes igualmente de sangue
frio. Ambos, como Lucien, Cosmo e Stephanie, eram
severamente temidos. Era uma notícia surpreendente que
eles tinham agido tão rapidamente, mas não era
desvantajoso. Se chegasse a isso, seu exército estava
claramente se acumulando e suas fileiras eram tais que
outros evitariam desafiá-los.

Isobel continuou falando.

— Então, agora parece que a mão do Conselho está


sendo forçada. Eles não gostam disso. Eles tanto não gostam
que, mesmo que eles fossem deliberar em seu favor e de sua
concubina, eles iriam deliberar contra apenas para manter
um vestígio de controle.

A mandíbula de Lucien ficou dura antes que ele


dissesse

— Leah.

A cabeça de Isobel se contorceu para o lado antes que


ela perguntasse:

— O quê?

722
— Você chama-a de minha concubina, minha mortal,
mas o nome dela, Bel, é Leah, — Lucien respondeu e Julian
olhou para suas botas novamente, mas Lucien manteve os
olhos fixos em sua filha.

O rosto dela ficou duro antes que ela respondesse:

— Eu não sou como Etienne.

— Não, eu sei. Eu sei que suas palavras são ditas por


preocupação por mim. Mas isso não muda o fato de que ela
não é minha concubina, minha mortal, ela é Leah, — Lucien
respondeu.

Ele observou o rosto de sua filha ficar pálido.

— Mas ela é, pai. Independentemente da domesticação,


do que você está fazendo, ela ainda é sua concubina. — Ela
hesitou antes de perguntar: — Ela, não é?

— Ela é. Ela também é Leah, — afirmou Lucien.

— Eu não entendo, — Julian interveio.

Lucien cruzou os braços sobre o peito dele e ele olhou


entre seu filho e filha antes de dizer:

— Então eu vou explicar a você. Como você sabe, eu


estive esperando para tê-la por 20 anos e posso dizer-lhe
agora que a espera poderia ter sido uma centena de anos, e
eu não teria ficado decepcionado.

723
Isobel puxou uma respiração afiada. O olhar de Julian
ficou intenso.

Lucien continuou:

— Há mais nela, muito mais do que eu esperava. Assim


Leah é Leah e muito mais. — Ele estudou seus filhos e depois
compartilhou, — Ela pode me marcar, com a prática, ela pode
até mesmo ser capaz de me rastrear, me sintonizar com ela.
Eu sinto quando ela está tentando e é preciso algum esforço
para impedi-la de fazê-lo.

— Oh meu Deus, — Isobel respirou.

— Você está brincando, — Julian sussurrou.

Lucien não respondeu a seu filho, ele continuou,

— Ela pressente o perigo, quer por conta própria ou


através de mim. Ela pode falar comigo com sua mente, não só
quando estou lendo a dela, mas quando ela deseja fazê-lo.

Nenhum de seus filhos respondeu, ambos


simplesmente olharam para ele em choque.

Lucien continuou:

— E ela e eu estamos compartilhando sonhos da


Sentença.

— Cristo, — Julian murmurou em um estremecimento,


mas o rosto de Isobel ficou ainda mais pálido.

Lucien continuou,

724
— Os sonhos de Leah são muito mais poderosos ao
ponto em que, se eu não estou com ela, até mesmo ao
despertar o sonho não a deixa. Na verdade, a outra noite, ela
quase morreu enforcada tal é o poder de sua mente.

— Oh Pai, — Isobel sussurrou.

— Ela é especial, — disse Lucien. — Vai ser


interessante de assistir e ver se essas habilidades crescerem
mais plenamente e como. Mas eu preciso protegê-la, protegê-
la de maneiras que eu não previa quando comecei isso. Eu
preciso protegê-la de quem iria prejudicá-la por causa do que
ela significa para o seu modo de vida, concubinas que
desejam interromper uma mudança ou vampiros que desejam
o mesmo. Eu preciso manter suas habilidades em segredo. E
eu também preciso protegê-la desses sonhos. Compartilhei
seu sonho na noite passada. É hediondo. Simplesmente ela
tê-los é ruim o suficiente. Ela fisicamente vivê-los, não vou
aguentar. Sua morte por causa de um, eu não vou tolerar.

— Claro que não, — disse Isobel suavemente. — Isso é


terrível.

— É, — Lucien concordou. — Agora, precisamos ter a


certeza de que Etienne não descubra essas coisas. Nós
também precisamos ter certeza de que Cressida nem
Magdalene saibam sobre o que Leah pode fazer. E precisamos
ter certeza de que Leah não fique sabendo a partir de
qualquer um deles sobre Maggie ou o fato de que o

725
componente adicional da natureza física da nossa relação não
é comum com concubinas.

Isobel perdeu sua capacidade de esconder suas reações


e seu queixo caiu.

— O quê? — Perguntou Julian. — Ela não sabe?

— Não, ela não sabe, — respondeu Lucien, seus filhos


se entreolharam, mas sabiamente não questionaram isso e
Lucien continuou. — Além disso, Julian, você precisa manter
um rígido controle sobre sua mãe. Leah não é como as outras
concubinas. Ela não é nem mesmo como os outros mortais.
Ela é espirituosa e não acostumada à obediência. Se Cressida
a pressionar para uma reação, Leah, vai provavelmente,
reagir e se isso acontecer, eu vou ficar do lado de Leah.

— Você vai ficar do lado Leah? — Perguntou Julian. —


Contra um vampiro?

— Absolutamente, — respondeu Lucien.

De repente, os olhos de Isobel estreitaram e ela


perguntou:

— Por que você está sonhando tanto com A Sentença?

— Eu não tenho nenhuma ideia, — Lucien respondeu.

Isobel disparou instantaneamente sua próxima


pergunta para ele.

— Você pretende tomá-la como sua companheira?

726
Lucien sentiu seu corpo ficar rígido ao mesmo tempo
em que ele ouviu Julian tomar uma respiração afiada e ele
falou baixo e lento quando ele respondeu:

— Não, Isobel, eu não pretendo.

— Então por que vocês estão ambos sonhando com A


Sentença? — Ela forçou.

— Eu já respondi a essa pergunta, Bel, — Lucien


retornou.

Isobel continuou pressionando.

— Você obviamente a tem em grande conta. Você a


marcou 20 anos atrás. Você declarou que a apoiaria, mesmo
que ela desrespeitasse um de sua própria espécie. E está
colocando você, sua família, seus amigos e nosso modo de
vida em perigo e você está dizendo que tudo isso é só para
você poder fodê-la?

— Bel, — Julian assobiou.

— Não! — Isobel retrucou, os olhos cortando para seu


irmão. — Eu quero saber. Eu quero saber pelo que ele se
arriscaria a queimar. Ouvi dizer que ela não é má para os
olhos e ela cheira divinal, mas nenhum sangue mortal e
definitivamente nenhuma boceta mortal valem a pena
queimar.

— Tudo bem, mas você não tem que ser uma cadela
sobre isso, — Julian mordeu.

727
Mas Lucien tinha tido o suficiente.

Silêncio! Lucien ordenou. Ambas as bocas de seus


filhos ficaram bem fechadas e quando se viraram para ele, ele
continuou. Quietos, e seus corpos bloquearam.

— Nunca, — ele falou em voz alta, seu olhar sobre sua


filha, — jamais falem desse jeito com relação a Leah. O que
eu tenho com ela e o porquê de eu arriscar o que fosse por
ela, se você não o entender de primeira, não é do seu maldito
negócio. Se você não sabe nada, você me conhece melhor do
que pensar que eu ia correr esse risco, se não significasse
algo para mim e isso deve ser o suficiente para ambos. Eu fiz-
me entender?

Ele libertou as suas mentes e Isobel cerrou os dentes,


mas assentiu. Julian levantou o queixo.

— Não haverá mais conversa de companheiros, —


declarou Lucien.

Julian levantou o queixo novamente, mas Isobel


respirou profundamente.

Em seguida, seu rosto mudou. Ela derreteu e então o


fez lembrar de sua mãe, que era a vampira mais gentil que ele
já tinha conhecido, muito parecida com Maggie, que parte do
seu mau gênio escapou.

— Você é amado, — disse ela em voz baixa.

O resto do mau gênio de Lucien fugiu e ele respondeu:

728
— Eu sei disso, querida.

Ela balançou a cabeça e olhou para a água antes de ela


continuar,

— Eu só estou preocupada com você. Eu não estava


por perto quando os vampiros podiam ter companheiros
mortais, mas, — seus olhos voltaram para ele, — Ouvi dizer
que era assim. Que eles não respeitavam vampiros. Que eles
eram tratados como iguais. Que…

— Você está errada e você está certa, — Lucien a


interrompeu. — Você nunca experimentou uma
domesticação. É uma questão de respeito e igualdade. Mas,
Bel, quando você vir Leah comigo, você vai entender. — Ele
fechou a distância entre eles, levantou a mão e colocou-a na
nuca de sua filha, seu polegar se movendo para acariciar o
queixo delicado, tal como o de sua mãe, antes de ele
murmurar, — Eu prometo minha querida, você vai entender.

Seus olhos negros bateram nele e levou um momento


antes de seus olhos ficarem quentes e ela assentisse.

Lucien sorriu e recebeu um sorriso hesitante em troca.


Então ele sentiu Julian chegar perto deles e ele e Isobel
olharam para o lado para ver um Julian sorridente.

— Sério — disse ele através de seu sorriso, — Eu não


posso esperar para conhecer Leah.

*****

729
Lucien entrou na casa de hóspedes na incumbência
chata de reivindicar sua concubina para levá-la de volta para
conhecer sua família. A parte chata dessa missão era a
última parte.

No minuto em que entrou, viu-a através das janelas na


parte de trás da casa, sentada no deck ao sol, bebendo café
com a mãe, as tias e Avery. Ao vê-la sentada ali, sorrindo, o
sol beijando sua pele, brilhando em seu cabelo longo, grosso,
ele se perguntou se ele alguma vez iria se acostumar com sua
beleza. Embevecido, ele decidiu que não iria.

Ele parou a poucos passos da sala de estar da unidade,


porque ele pegou um cheiro familiar e ouviu um coração
batendo.

Ele virou a cabeça para o lado e esperou. Levou apenas


um momento para Kate caminhar até a sala vinda da
pequena cozinha.

Ela estava esperando por ele. Ele sabia disso pela sua
linguagem corporal e o olhar expectante em seu rosto.

— Kate, — ele cumprimentou e ouviu o seu batimento


cardíaco escalar enquanto ele cheirava o seu medo.

Ela tinha algo a dizer. Algo que ela não queria dizer.
Algo que era importante o suficiente para ela conseguir dizer
apesar de seus medos. E, finalmente, algo que levaria tempo.

Isso era um incômodo. Tudo isso. A família de Leah


estar lá, a sua também. Ele estava esperando por Leah há 20

730
anos. E ele tinha tido um dia, a maior parte do qual ele
estava fora, e a noite de ela ser domada. Sendo sua. E foi
muito melhor do que ele esperava que fosse. Ele queria que
seus familiares se fossem e a atenção de Leah se focasse em
nada, a não ser nele. E ele não queria isto por um dia. Ele
nem sequer queria isto para a próxima semana.

Ele queria que durasse o tempo que ele conseguisse.

— Lucien, se você não se importa, eu gostaria de uma


palavra, — Kate falou em voz baixa.

Ele se importava. Mas vendo como era Kate Buchanan,


a matriarca das concubinas Buchanan, e a tia de Leah,
Lucien fez o que ele não queria fazer. Ele ergueu o queixo
para indicar assentimento.

Em seguida, ele observava a indomável Kate Buchanan


a pressionar os lábios.

Puta que pariu, ela estava nervosa.

Ele não tinha tempo para isso.

— Kate, por favor comece, — ele ordenou.

— Leah está bem-disposta, esta manhã, — Kate


observou e a cabeça de Lucien voltou-se para as janelas.
Através delas, viu Leah sorrindo para Nadia, a sua forma
relaxada, seu belo rosto brilhando, o calor que emanava dela.
Mesmo que a sua dinâmica familiar fosse estranha, era claro
que ela adorava e gostava disso. Mas mais, a domesticação

731
estava completa. Ela não estava se segurando, não estava se
escondendo, não estava de guarda.

Ela era apenas Leah.

Sua Leah.

Finalmente.

— Ela nos contou que a sua família está na casa dela,


— continuou Kate e os olhos de Lucien foram até ela.

— Eles estão, na verdade, — ele confirmou e cabeça


dela inclinou para o lado.

— Etienne? — Ela perguntou em voz baixa e Lucien


suspirou com irritação.

— Você não tem nada a temer, Kate. Ela está segura


sob minha proteção, — assegurou-a de algo que ela não
deveria precisar de garantias. Mesmo que Leah não fosse
quem ela era para ele, ela era sua concubina e ele era Lucien.
Ele nunca permitiria que nada à prejudicasse.

— Ela se sente assim, — Kate bizarramente respondeu.

— Perdão? — Perguntou Lucien.

— Ela se sente assim. Segura. Sua família está em sua


casa, há uma possibilidade de que ela vai encontrar com eles
e ela não está nem um pouco ansiosa, — explicou Kate. — Na
verdade, ela está bastante contente e até mesmo... — Ela fez
uma pausa, — alegre.

732
Lucien pensou que era excelente. Principalmente ele
pensou isso porque ele sabia que foi ele quem a deixou assim.
Mas Leah em um ambiente descontraído, em alegre estado de
espírito e sentindo-se segura sob seus cuidados iria ajudar
muito na sua reunião iminente com sua família.

Kate continuou falando.

— Ela não tem ideia de que ela devia estar nervosa com
Etienne lá. Mesmo assim, eles são a sua família e vocês dois
têm uma... — ela hesitou, em seguida, terminou, — relação
especial. Em circunstâncias normais, isto é, entre os mortais
que estão começando um relacionamento, reuniões familiares
um do outro é uma coisa importante.

Lucien virou totalmente para ela e cruzou os braços


sobre o peito.

— Por favor, — ele convidou, — pare de rodeios e


explique o que está em sua mente.

— Minha avó conhecia Sasha, — Kate disse


suavemente e rapidamente.

Lucien ficou tenso.

Kate continuou,

— Esta é, sem dúvida, como você sabe, uma história


que passou pelas concubinas por décadas. Só por cautela, é
claro, mas, no entanto, é bem conhecida. Mas nós Buchanan,
como minha avó era confidente de Sasha, sabemos ainda

733
mais. Exceto Leah que, por razões óbvias, a mantivemos
longe disso. E Leah se sente segura com você, como ela
deveria. — Ela se apressou a dizer. — Mas Etienne, ele é....
ela é.... bem, nós dois conhecemos Leah e…

Ele sabia o que ela estava dizendo.

Sasha, concubina de seu pai há algumas décadas, era


uma lenda e não por uma boa razão. Ela foi uma das raras
concubinas que tinha exigido ser liberada de seu contrato. E
ela era uma das poucas que o fizeram por motivos de extrema
crueldade. Ele foi investigado e O Domínio descobriu que
Etienne regularmente e muitas vezes se alimentou a partir de
sua concubina, sem anestesia-la, se excitando com a dor
agonizante por ele infligida.

Obviamente, ela foi liberada. A ela também foi atribuída


uma fortuna, comandada pelo Domínio a ser fornecido a ela
por Etienne. Ele estava furioso, mas ele fez isso. Ele também
nunca mais tratou uma concubina desta maneira. No
entanto, muitas vezes ele se envolveu neste passatempo em
outros lugares.

Foi a primeira ocorrência desse tipo por mais de 200


anos e a última de seu tipo desde então.

Não era nenhum segredo que o vampiro Etienne não


tinha nenhuma consideração para com os mortais e isto era
apenas uma evidência desse fato.

734
Kate também sabia que Leah era espirituosa e
raramente lhe mostraria o respeito que lhe era devido. Se
pressionada, ela poderia ganhar a ira e atenção de Etienne e
nenhum dos dois seria vantajoso. Especialmente não agora.

No entanto, com seus filhos e mãe necessitando de


atenção e Leah domesticada, ele tinha assuntos em mão.

Portanto, Lucien a interrompeu.

— Não se preocupe com isso.

Ela se inclinou para ele e sussurrou:

— Lucien, você sabe que eu digo isso respeitosamente,


mas não há nenhuma maneira que eu não possa me
preocupar com isso. O que você está fazendo com Leah... o
que você já fez. Etienne...

— Kate, — Lucien a interrompeu: — Eu vou repetir isso


apenas uma vez. Isto não é da sua conta. É da minha. Estou
ciente disso e eu vou manter Leah segura.

— Ela está sonhando com A Sentença — Kate lembrou.

— Estou mais consciente do significado disso do que


você, — Lucien cortou, perdendo a paciência.

— Ok, então por quê? E como? — Kate pressionou, seu


batimento cardíaco aumentando cada vez mais, sua
respiração ficando mais rápida. Ela estava forçando-o, ela
sabia disso. Mas ela amava a sobrinha e estava preocupada.

735
Por essa razão, Lucien procurou ter paciência.

— Isso eu não sei, — admitiu Lucien através de seus


dentes.

— Então Etienne estar envolvido neste momento, com


tantas incógnitas, tantos perigos...

— Vou mantê-la segura, — Lucien repetiu impaciente.

— Ela está se apaixonando por você, — Kate deixou


escapar e todo o corpo de Lucien ficou tenso. Kate viu e se
inclinou para trás, em seguida, deu um pequeno passo para
longe dele. Ainda assim, mesmo quando ela se afastou, seus
olhos estudavam-no atentamente. Então, calmamente e com
alguma surpresa, ela sussurrou: — Essa eventualidade não
tinha ocorrido a você.

Ela estava errada. Stephanie tinha-o avisado desta


possibilidade. Cosmo tinha preocupações acerca disso. Seus
filhos.

Mas isso não era possível.

— Ela é concubina, eu sou vampiro. Ela é mortal, eu


sou imortal. Ela está sonhando com A Sentença e depois que
eu expliquei a ela, ela sabe o que isso significa. Seria além de
temerário para ela se apaixonar por mim. Mesmo antes de
saber da Sentença, ela sabia que os vampiros não acasalam
com os mortais. Ela sabia disso, — Lucien respondeu,
sentindo algo no seu interior. Algo novo. Algo que ele não

736
sentia há séculos. Algo que ele só sentiu uma vez em sua vida
muito longa.

Algo que ele sentiu com Maggie.

Eu te amo.

Cristo, ele tinha ouvido através dos sonhos dela. Ele


até tinha ouvido nos seus próprios sonhos.

Cristo! Poderiam esses sonhos ser premonitórios?

Não. Isso simplesmente não poderia acontecer.

— Você passou muito tempo observando Leah, ouvindo


sobre ela e agora, estando com ela. Mas você ainda tem muito
a aprender sobre ela, — Kate disse suavemente, levando sua
atenção de volta para ela.

Lucien fixou nos olhos de Kate antes de suspirar.

Era hora de fazer algo sobre isso, para as suas famílias,


aqueles que se preocupavam com eles e, especialmente, por
Leah.

Portanto, ele anunciou:

— Eu vou falar com ela.

As sobrancelhas de Kate dispararam.

— Você quer dizer, que vai dizer-lhe para não se


apaixonar por você? — Ela perguntou, incrédula.

737
— Não, para lembrá-la de coisas que ela deve manter
em mente durante o nosso tempo juntos. Uma vez que eu lhe
lembrar dessas coisas, ela vai se impedir de ser controlada
por esses tipos de emoções.

Kate balançou a cabeça.

— Lucien, é de Leah de que estamos falando.

— Sim, e ela está longe de ser estúpida. Eu posso ver


como nosso relacionamento progrediu, a intensidade dos
sentimentos que nós compartilhamos, questões que poderiam
obscurecer um melhor juízo. Eu vou simplesmente chamar
sua atenção para o que ela deve ter em mente.

— Você pode fazer isso, é claro, e Leah é inteligente.


Mas Lucien, eu devo avisá-lo se você ainda não notou isso,
minha sobrinha segue seu coração. Ela é governada pela
emoção. Ela pode entender qualquer coisa, logicamente em
sua cabeça, mas seus sentimentos a guiam, especialmente se
eles são intensos. Sua cabeça não tem absolutamente
nenhuma influência sobre suas emoções.

— Então eu vou explicar as coisas mais


profundamente, — Lucien retornou e Kate ficou em silêncio.
Quando isso durou vários momentos, Lucien perguntou: —
Será que terminou?

— Só mais uma coisa, — respondeu ela calmamente.

— Só mais uma, Kate, — Lucien permitiu, — mas faça-


o rápido.

738
— Se você pretende ter essa conversa com Leah, por
favor, eu imploro a você, faça-o rapidamente.

— Infelizmente, neste momento, há uma variedade de


outras questões... — Lucien começou e ficou surpreso
quando Kate o interrompeu.

E ela fez isso sussurrando,

— Faça disso uma prioridade, por favor, pela minha


sobrinha.

— Kate...

— Ela está se apaixonando por você.

— E eu vou falar com ela.

— Sim, mas você deve fazê-lo em breve... — ela hesitou


e preocupação atravessou a sua face enquanto ela terminava,
— antes de ela se apaixonar de vez.

Lucien respirou fundo.

Então ele concordou,

— Eu vou fazer disso uma prioridade.

— Obrigada, — ela sussurrou.

Lucien tinha terminado. Ele comunicou isto inclinando


o queixo e se movendo em direção a porta dos fundos da
casa.

739
Enquanto se movia ele observou Avery sentir sua
aproximação e Lucien observou através das janelas enquanto
Avery se levantava e ia até a porta.

Seus olhos foram para Leah, vendo-a notar a saída de


Avery. Seu olhar em seguida, foi para a janela, pegou o dele e
ela sorriu e acenou.

Olá, minha querida, ele a chamou.

Olá, querido, ela respondeu.

Ela quis dizer isso, chamando-o, de querido.

Ele sorriu de volta.

Avery entrou pela porta.

— Um momento, Lucien.

Lucien parou, seus olhos indo para Avery, seu controle


sobre a sua paciência escorregando.

— Eu só vou lá fora, — Kate murmurou, deslizou por


Avery e Lucien e saiu pela porta, fechando-a atrás de si.

Lucien nivelou seu olhar sobre Avery, advertindo:

— Eu tenho muito pouco tempo e ainda menos


paciência.

— Só um momento, — Avery respondeu rapidamente.

— Então, tome o seu momento, — Lucien permitiu.

740
— Gregor solicita uma reunião.

Lucien segurou o olhar, mas não expôs uma reação.

Gregor era um membro do Conselho. Lucien o conhecia


há anos, mas, mesmo assim, ele o conhecia de todo. Ele
poderia ser aliado, ele poderia ser inimigo.

Séculos atrás, Gregor havia chocado todos os vampiros,


anunciando o fim do relacionamento com sua companheira
mortal, durante A Caça. Ele foi o único vampiro a fazer isso.
Muitos não compreenderam as ações de Gregor, porém
Lucien fez. Se Maggie tivesse vivido, por ela, ele teria
considerado. Era felizmente lamentável que esta decisão
nunca precisou ser feita.

Lucien, tendo tido uma companheira mortal, ele


próprio, poderia acreditar que Gregor renunciou à sua
companheira para dar-lhe uma vida mais longa mortal,
mesmo que tivesse que viver a brevidade súbita sem o outro.

Isto poderia significar que todos estes anos, Gregor


estava segurando o ressentimento sobre a perda de sua
companheira. Isto podia significar que ele desejava que os
vampiros tivessem suas liberdades restauradas, para ter o
que ele perdeu, nem que fosse só a domesticação. Poderia
significar também que, tendo ele perdido a sua companheira,
o ressentimento poderia ter virado amargo e ele desejasse que
nenhum outro vampiro pudesse acasalar com os mortais,
nem mesmo para domesticação.

741
A única coisa que Lucien sabia sobre Gregor era que
ele tinha tomado uma jovem mortal, aos seus cuidados
depois que seus pais foram assassinados. Lucien nunca tinha
encontrado a garota que agora era uma mulher. No entanto,
ele tinha ouvido falar que Gregor era dedicado a ela à sua
maneira. O vampiro era frio, mas Lucien sentiu que ele não
era insensível. Além disso, o filho de Gregor, Yuri estava
ligado à protegida de seu pai, talvez doentiamente. Ou, pelo
menos, O Domínio pensava assim.

Isso poderia funcionar em seu favor, se Gregor desejava


que o seu filho fosse livre para reivindicar a criança mortal
que ele criou não só para mantê-la na família, mas também
para mantê-la viva pela eternidade.

— Arranje isso, — ele ordenou a Avery.

— Com Stephanie e Cosmo, — acrescentou Avery e o


olhar de Lucien tornou-se afiado em seu rosto.

— Por que ele deseja que Teffie e Cosmo estejam lá?

— Eu não tenho nenhuma ideia. Ele só quer.

Lucien ficou em silêncio por um momento.

Ele não gostava que Gregor quisesse falar com ele e


seus dois melhores amigos que seriam seus dois principais
tenentes caso as hostilidades aumentassem. Além disso,
tendo todos ele lá significaria que ele seria forçado a deixar
Leah desprotegida, e naquele momento, ele não sentia que

742
podia confiar em outro vampiro o suficiente para adicionar à
sua equipe de segurança.

Isto poderia ser uma armadilha. Também poderia não


augurar nada de bom. Ou poderia significar mais incursões
no Conselho.

Ele não saberia a menos que ele aproveitasse a chance


e fosse a reunião.

A sua proteção a Leah envolvia principalmente o


controle das informações compartilhadas com ela, da sua
interação com os vampiros que queriam assustá-la fazendo-a
desconfiar da sua cultura, incluindo Lucien, assim, levando-a
emocionalmente para longe dele e, mais importante, o
controle do seu sono.

Edwina e a própria Leah se assegurariam de que ela


não dormisse quando ele estivesse ausente.

Leah não era imune ao medo, mas ela demonstrou


mais de uma vez que confiava nele e ela ainda admitiu,
gratificantemente, que se sentia segura com ele. Se os
vampiros fossem se aproximar com a intenção de assustá-la,
ela poderia ficar com medo, mas o esperaria para que ele
explicasse e fizesse ela se sentir segura.

Lucien não temia que ela viesse a enfrentar lesões


corporais. Sendo Lucien, nenhum vampiro vivo seria tolo o
suficiente para machucá-la fisicamente. Exceto Katrina e sua
ex-companheira que só tinham a coragem de agir quando

743
levada pela emoção e que ela estivesse muito envolvida no
calor do momento para se controlar. Além disso, Katrina
deixou claro através de várias comunicações para quem
quisesse ouvir que a sua emoção tinha mudado de raiva
irracional dirigida a Leah a raiva dirigida a Lucien. Ela não
era mais uma ameaça.

Mas seria Lucien, que lhe diria, eventualmente, das


mudanças do seu Acordo/Compromisso. Seria ele, quem
talvez, fosse partilhar com ela acerca de Maggie. E era
improvável que ela fosse abordada por outro vampiro que
desejasse uma brecha entre eles, no tempo necessário para
ter este encontro.

Fazendo sua decisão, ele repetiu:

— Marque-o.

Avery assentiu.

Lucien dispensou-o, movendo o olhar para Leah.

Ele não queria mais atrasos. Quanto mais cedo a


reunião com a família se realizasse, mais cedo ele poderia
retirá-los de seu caminho.

Por isso, ele chamou, despeça-se de sua família,


querida, e venha comigo.

Era uma ordem, mas não um controle da mente. E ele


ficou satisfeito ao ver Leah virar a cabeça para olhar para ele,
inclinando-a para o lado, em seguida, dar-lhe um pequeno

744
sorriso. Então ele observou enquanto ela fazia o que lhe era
dito.

Lucien retornou a despedida de Avery e Leah passou


por Avery em seu caminho, parando para se levantar na
ponta dos pés e roçar os lábios em sua bochecha. Em
seguida, ela passou pela porta, o pequeno sorriso ainda em
seu rosto.

— Está tudo bem? — Ela perguntou quando ela chegou


a ele.

Nem de perto, ele pensou, estudando-a.

Ela era linda. Ainda mais bonita do que Maggie. E


como Maggie, a beleza de Leah tinha profundidade. Era a
curiosidade em seus olhos, que não escondia a ternura, a
ternura que sentia ao vê-lo. Era o tom de preocupação, que
ela também não escondeu. Preocupação porque ela sabia que
ele não estava satisfeito que sua família tinha chegado sem
um aviso prévio, e além disso ele também à tinha levado
embora sem explicação antes que ela pudesse encontrar um
único deles. Era a sua postura. O jeito que ela usava suas
roupas. A maneira como ela se sentia em relação a sua
família. Era ele saber de que ela poderia e iria dizer ou fazer
praticamente qualquer coisa e a maior parte ele iria achar
interessante ou divertido. E nada disso ele acharia alguma
vez chato.

Até o sol cair do céu.

745
As palavras da Antiga Cerimônia de Reinvindicação
atingiram seu cérebro.

Qualquer imortal iria buscar estas coisas em sua


companheira. Beleza, a personalidade, a ternura, a
preocupação, mas mais. A eternidade era o que era e isso era
um tempo demasiado longo. Qualquer homem gostaria que
sua companheira o surpreendesse, o divertisse, o
interessasse e nunca, nunca o aborrecesse.

Se eles tivessem cinco anos ou quinhentos, Leah nunca


o aborreceria.

Ele soube disso naquele instante direto nas


profundezas de sua alma.

Até o sol cair do céu.

— Lucien? — Ela chamou baixinho, sua voz também


acolhedora, inquisitiva, preocupado. Ela aproximou-se dele e
colocou uma mão de leve em seu peito. — Está tudo bem?

Até o sol cair do céu.

Sim. Kate estava correta. Ele precisava discutir as


coisas com Leah como uma prioridade.

Finalmente, ele respondeu:

— Estará, querida. Nós vamos para casa agora para


almoçar com a minha família. No entanto, eu preciso falar
com você antes de voltarmos.

746
— Ok. — Ela ainda estava falando baixinho e se
aproximando. Quando o fez, seus braços deslizaram ao redor
dela.

Ela relaxou contra ele.

Sim. Ele a tinha. Toda sua. Sua.

Finalmente.

Até o sol cair do céu.

— Então, uh..., — ela interrompeu seus pensamentos


quando ele não falou, — vamos, na verdade, falar? Ou será
que vamos ficar aqui olhando um para o outro?

Lucien relaxou, depois sorriu e disse-lhe:

— Eu poderia ficar aqui e olhar para você por algum


tempo, querida, mas acho que devemos falar.

Com o seu sorriso, ela relaxou mais fundo contra ele.


Com suas palavras, ainda mais e seu rosto amoleceu.

Ele gostava disso. De tudo isso.

E tudo isso era seu. Somente seu.

Até que o sol cai do céu.

Ele prendeu a respiração e dirigiu-se ao assunto em


questão.

747
— Em casa estão meus filhos, Julian e Isobel. Minha
mãe, Magdalene. Meu pai, Etienne. E a mãe de Julian,
Cressida.

Ela olhou-o nos olhos com interesse até à última.


Quando ele mencionou Cressida ele viu algo passar pela sua
cara antes que ela conseguisse colocar o rosto em branco. E o
que ele viu passar pela sua cara ele não tinha gostado. Ele
não gostava que ela sentisse isso e ele não gostava que ela
sentindo que isso significava que ele sentia isso também.

— Leah, querida, o que tivemos foi há muito tempo


atrás, — ele garantiu a ela e isso era verdade, para os
mortais. Para os vampiros, já que ele terminou o lado físico
de seu relacionamento com Cressida apenas 50 anos atrás,
não era.

— Tudo bem, — disse ela em voz baixa.

— Não há nada lá, — ele disse a ela.

— Então por que é que ela está em nossa casa?

Nossa casa.

Até o sol cair do céu.

— Quero dizer, hum... — Leah continuou, — Eu não


sei como é com os vampiros, mas a ex não aparece
normalmente em visitas familiares de surpresa, a menos que
a família seja um pouco estranha.

Lucien novamente sorriu.

748
— Com os vampiros é da mesma forma.

— Bem, então? — Ela perguntou.

— Cressida é...., — ele procurou pela palavra, —


incomum.

Seus olhos deslizaram para longe e ela murmurou,

— Ótimo.

Seus braços lhe deram um aperto e ele recuperou o seu


olhar.

— É a sua casa, Leah, — ele mergulhou seu rosto para


mais perto dela e disse: — Nossa casa. Ela vai me respeitar
nela e eu vou ter certeza de que ela a respeitará.

Ele observou as sobrancelhas dela franzirem.

— Ela não me respeitaria?

— Cressida é imprevisível.

— Ótimo, parte dois, — ela murmurou novamente.

— Eu preciso que você tenha paciência com ela, minha


querida. E eu preciso que você seja cautelosa ao seu redor.
Ela vai tentar provocá-la. Seja superior a isso.

Leah olhou para ele. Em seguida, ela sussurrou,

— Uh... algo para saber. Eu não estou muito


familiarizado com ser superior.

749
Desta vez, Lucien sorriu.

— Estou ciente disso, mas desta vez, você vai precisar


embarcar em uma aventura e descobrir isso.

Ela sorriu de volta, humor iluminando seus olhos,


tornando-os luminescentes, enquanto ela sussurrava,

— Embarcar em uma aventura.

Lucien queria muito saborear a diversão que ele deu a


Leah, mas ele não tinha tempo.

Então ele continuou,

— Cressida vai ser irritante. Ela vai dizer as coisas,


talvez até mesmo fazer coisas que podem ser de enlouquecer
ou mesmo prejudiciais. Faça o seu melhor para ignorá-la. Eu
vou lidar com ela e prometo explicar a você qualquer coisa de
que você possa ter dúvidas depois que ela sair. — Ele esperou
que ela acenasse, assentiu e continuou: — Meu pai é outro
assunto.

Sua cabeça levantou.

— Seu pai?

— Nós não compartilhamos uma relação estreita, — ele


revelou.

— Oh, — ela sussurrou.

— Nem um pouco, — ele continuou.

750
— Oh, — ela repetiu em um sussurro.

— Eu não gosto dele. Eu não o respeito. E eu não


confio nele. Ele recorreu a Isobel e, portanto, ela o trouxe à
nossa casa. Eu troquei umas palavras com Bel. Mas eu não
posso saber suas intenções. Ele pode ser charmoso. Ele pode
ser condescendente. De qualquer maneira, você deve tratá-lo
com respeito, não importa o que aconteça.

— Ok. — Ela ainda estava sussurrando.

Os braços de Lucien deram-lhe outro aperto. — Não


importa o quê, Leah. Eu vou fazer o meu melhor para
controlá-lo, mas, como Cressida, ele é incontrolável e
imprevisível. A única coisa que posso pedir é que você
controle suas reações.

— Eu vou controlar minhas reações, Lucien.

Depois de sua resposta imediata, estudou-a


novamente. O seu ar inquisitivo tinha ido embora. A ternura
silenciada. A preocupação evidente.

Ele não gostava disso, mas ele assentiu com a cabeça.

— Eu também ia pedir-lhe para não compartilhar nada


sobre você e eu, — ele continuou.

Leah piscou. Então, ela perguntou:

— O quê?

751
— Nada sobre nós, Leah. Eles sabem que eu vivo com
você. Eles sabem que você é a minha concubina. Eles sabem
que eu tenho uma profunda consideração por você. Qualquer
informação pessoal não diz respeito a eles. Nem seus
pesadelos. Nenhuma de suas habilidades. Nem o que você é
para mim.

Ele sentiu seu corpo enrijecer e ela perguntou em voz


baixa:

— O que eu sou para você?

— Que nós somos amantes.

Uma confusão compreensível impregnou seu rosto e ela


começou:

— Mas...

— Não lhes diz respeito.

— Claro que não, — respondeu ela. — Mas eles já não


sabem?

— Eles iriam fazer essa suposição, — ele mentiu. — Eu


simplesmente desejo que você evite qualquer discussão sobre
o assunto. De qualquer forma.

Sua cabeça inclinou novamente e a confusão em sua


face aumentou.

— Por que eles iriam discutir o assunto?

752
— Mais uma vez, Cressida e meu pai são incontroláveis
e imprevisíveis. Eles podem usar este assunto para provocá-
la. Não seja arrastada para isso e se eu pedir para você sair
da sala, você faça-o. Imediatamente.

Ela olhou para ele um momento antes de ela admitir:

— Isto está tipo me assustando, Lucien.

Seus braços lhe deram outro aperto e seu pescoço


dobrou para que ele pudesse tocar sua boca muito
rapidamente na dela. Quando ele levantou a cabeça, ele
segurou seus olhos.

— Você se sente segura comigo, — lembrou ele, suas


pálpebras baixaram lentamente para um piscar de olhos
lânguidos que ele gostava muito, então ela concordou. —
Então você tem de confiar em mim, porque eu prometo a
você, minha querida, eu vou mantê-la segura.

— Ok, — ela sussurrou.

Lucien suspirou.

Então ele disse:

— Vamos para casa.

— Tudo bem, — ela repetiu.

Ele colocou a boca na dela novamente, em seguida,


deixou-a ir apenas para tomar-lhe a mão e puxá-la para a

753
porta da frente. Ele sabia que ela se viraria para as janelas
para acenar para a família dela e Avery.

Ele não o fez.

Ele a levou para seu Porsche e levou-a para casa.

754
Capítulo Vinte

O Almoço

— Mãe, — O filho de Lucien assobiou, — pare com isso.

Ela não faria isso. Eu sabia que não. Eu tinha estado


na presença de Cressida por uma hora, e eu sabia disso.

A ex de Lucien era uma cadela total. Eu a odiava. Eu


tentei não a odiar, mas ela era o tipo de mulher que, mesmo
Madre Teresa consideraria bater.

Mas Cressida não era a minha preocupação. Eu era


uma mulher. Eu já tinha encontrado cadelas.

O pai de Lucien, Etienne, é que me dava arrepios. E


isso acontecia porque ele gostava de Cressida brincando
comigo. Cada comentário malicioso de sua boca, seus olhos
brilhavam com uma luz feliz doente e eles se mudavam para
mim para avaliar a minha resposta. Eu não sei como eu
sabia, mas eu sabia que ele estava esperando que eu
quebrasse de alguma forma. Que fosse ferida. Que ficasse
com raiva. Desde que fosse algo negativo ou prejudicial.

Os vampiros tinham algo de humano. Isso significava


que Lucien compartilhava o DNA deste homem, o que eu
achava impossível de acreditar. Lucien poderia ser um idiota,

755
mas ele era um idiota quente que poderia ser engraçado, doce
e gentil. Etienne não era nada disso (exceto, odiosamente eu
tinha que admitir, a parte quente) e orgulhoso disso. Se
Magdalene não fosse doce e abertamente amorosa, eu acho
que ela se levantaria contra Etienne. Não havia nada em
Lucien, de seu pai. Eles nem sequer eram parecidos, Etienne
era loiro e de olhos azuis, alto, mas magro para um vampiro.
Lucien parecia com sua mãe. Na verdade, ele era a imagem
masculina de sua bela feminilidade clássica.

Cressida virou os (odiosamente eu tinha que admitir,


lindos) olhos azuis céu para seu filho e perguntou com falsa
inocência,

— Parar com o quê?

Julian olhou para ela, e então, ordenou:

— Precisamos conversar no estúdio.

Ela jogou fora uma mão elegante para a mesa de jantar


em que Edwina estava servindo atualmente a sobremesa.

— Mas, nós não terminamos o almoço.

Julian empurrou sua cadeira para trás, declarando:

— Você terminou.

— Julian, não seja rude, — Cressida respondeu.

756
Eu olhei para o meu colo e sorri, porque isso era
hilariante vindo dela. Ela tinha sido rude desde que chegou,
quando ela pegou a minha mão, esmagou-a e murmurou,

— Mm.... saboroso.

— Estúdio, Mãe, agora, — Julian rosnou e eu olhei


para o filho de Lucien.

Era bizarro como Lucien, que eu sabia ter mais de 800


anos de idade, mas isso não penetrava em mim considerando
sua aparência e vitalidade, tinha dois filhos crescidos.
Também era bizarro que seus pais pareciam seus
contemporâneos. E era igualmente bizarro como seus dois
filhos claramente possuíam as melhores seleções no pool de
genes que tinham disponíveis. Julian era lindo de uma forma
crua como seu pai, viril. Isobel era linda no que tinha de ter
sido a maneira delicada de sua mãe, mas Lucien ainda estava
estampado em toda ela.

Eu gostava de ambos. Eles eram, obviamente, próximos


e afetuosos um do outro, seu pai e sua avó e, até agora,
pacientes com Cressida. Eles também eram cautelosos e
vigilantes com seu avô o que significava que eles estavam
longe de ser estúpidos. E eles eram gentis e acolhedores
comigo o que era bom.

Neste pensamento, eu ouvi o comando de Lucien,

— Vá com Julian.

757
Minha cabeça se aproximou e eu olhei para o fundo da
mesa, a cabeceira, onde Lucien estava sentado. Eu estava na
cabeceira oposta. Lucien sentou-me onde eu estava e eu não
tinha achado nada de errado com isso, considerando que era
a minha casa. Mas quando ele fez isso, os outros trocaram
olhares e eu anotei isso na minha lista mental do que falar
com Lucien mais tarde.

Ele também estava olhando para Cressida e ficou claro


que ele não achava nada divertido.

Cressida olhou para Lucien com um sorriso felino,

— Eu não quero perder a sobremesa de Edwina. — Sua


cabeça, em seguida, virou-se para mim e ela terminou. —
Conheço Edwina há anos. Ela é a melhor cozinheira. Você
não concorda?

Seu intensão era clara.

Veem?

Cadela total.

— Você pode ir ou eu posso carregá-la, — Lucien


mordeu, Cressida olhou para ele e eu pressionei meus lábios
juntos.

— Oh, — ela ronronou, seus olhos queimando com


uma luz sensual, seu rosto suavizando sedutoramente. Eu
não gostava de nenhuma dessas coisas. E eu não poderia
fazer nada a respeito. — Vou escolher a segunda opção.

758
Cadela.

Lucien abriu a boca para falar, mas eu arrisquei


minhas chances e cheguei lá antes dele.

— Lucien, realmente, Cressida está certa. Ninguém


deve perder a sobremesa de Edwina, — eu disse. Os olhos de
Lucien cortaram para mim, mas eu olhei para Cressida. —
Como você pode ver, — Eu apontei para a tigela que Edwina
tinha posto na minha frente, — parece delicioso. Claro, se
você quiser conversar com Julian e não se taxar depois deste
rico almoço, Lucien pode levá-la para o estúdio. — Eu dei de
ombros e sorri para ela. — Qualquer coisa vale na Casa Leah.
Então, o que quiser.

Os olhos de Cressida estreitaram em mim.

Meu sorriso ficou maior.

Ouvi a risada de Isobel.

Os olhos de Cressida se estreitaram ainda mais.

Eu me forcei a parar de sorrir.

— O cheiro Buchanan.

Isto veio de Etienne e eu olhei para ele para ver que ele
estava me estudando de uma maneira que fazia a minha pele
arrepiar.

— Eu, é claro, cheirei-o nas Seleções ao longo dos


anos, mas não tenho participado. Você, minha querida,

759
mudou isso. Eu acredito que você tem primas que estarão
frequentando as suas Seleções em breve? — Ele perguntou,
mas não esperou que eu respondesse. — Eu vou ter a certeza
de me organizar, de forma a estar livre de concubinas e eu
vou agir rapidamente em suas Seleções e declarar minhas
intenções.

Ah, sim, a minha pele estava arrepiando e eu provei a


bílis, que de repente subiu à minha garganta.

Eu não queria que minhas primas atendessem este


homem e meus olhos voaram para Lucien para comunicar
este fato. No instante em que bateram nos seus, os seus
olhos prenderam nos meus e eles estavam intensos. Eu sabia
o que aquilo significava e eu engoli a bílis, decidindo que eu
não gostava de Etienne ainda mais considerando que ele me
pôs sem a sobremesa de Edwina. Eu não sabia o que era,
mas pelo que parecia ela usou uma mão pesada com
chantilly então eu também não queria saber.

Agora eu sabia que eu ia ter que engolir.

Eu puxei uma respiração, olhei para Etienne e menti


baixinho:

— Tenho certeza de que ficariam honradas.

Na verdade, o que eu tinha certeza era de que eu ia


avisar minhas tias sobre isso e preparar minhas primas para
esta eventualidade. Elas poderiam recusá-lo e teriam que
esperar por outra Seleção, mas iria valer a pena.

760
— E o que você acha de servir a seu Mestre? — Etienne
perguntou o que eu considerava uma questão rude. Eu
nunca tinha sentado para almoçar com vampiros, exceto, é
claro, Lucien e Stephanie, mas o que eu fazia para e com
Lucien era pessoal, e não um tema para a conversa de
almoço. E eu não gostei da maneira como ele a colocou.
Lucien tinha chamado a si mesmo de meu Mestre no começo,
então eu imaginei que essa linguagem era aceita e fazia parte
de sua cultura. Mas eu ainda não achava que a maneira
como Etienne se expressou era boa.

Meu olhar foi novamente para Lucien para ver que sua
mandíbula estava dura e seus olhos ainda estavam
determinados.

Eu estava certa, isso podia ser uma linguagem aceita,


mas Etienne não estava sendo bom.

Obriguei-me a sorrir um pequeno sorriso para Lucien,


observar a elegante sala de jantar onde estávamos sentados e
eu olhei para Etienne.

— Eu acredito que eu fiz bem, — eu respondi. — Pelo


menos de minha parte. Você teria que perguntar a Lucien se
ele concorda.

— Oh, Lucien sempre aproveita as suas refeições


plenamente, — Cressida colocou. Eu lutei contra as minhas
costas se endireitarem assim como eu senti o ar da sala ficar
pesado, mas ela não tinha acabado. — É claro que,

761
considerando tudo o que você é, ele está gostando ainda
mais.

— Já chega.

Isso foi dito em voz baixa e surpreendentemente por


Magdalene e todos os olhos se voltaram para ela vendo que
ela estava olhando para Cressida.

— Você está na mesa de Leah, na casa de Leah,


comendo a comida de Leah. Ela é uma concubina. Ela é uma
Buchanan. E você a tem desrespeitado repetidamente, —
Magdalene continuou, novamente em silêncio, sua voz suave
e se não fosse pelo olhar penetrante de seus olhos, você não
saberia que ela estava com raiva.

Mas esse olhar agudo em seus olhos, tão afiado que era
penetrante, você não poderia confundi-lo.

Magdalene não tinha acabado.

— Eu sei como um fato que se Lucien se referisse ao


seu Teo como sua “refeição”, você iria desafiá-lo sem
hesitação. E ainda aqui está você, na mesa de sua concubina,
em sua presença e os tratando a ambos com insolência. Eu
tive paciência, Cressida, até agora. Só mais uma
demonstração de sua falta de respeito por esta família, e serei
eu que a desafiarei.

As sobrancelhas de Cressida subiram.

— Está família?

762
Magdalene se recostou.

— Você não está sentada em uma mesa com o seu


filho, sua irmã, seus avós?

— Você não está induzindo que Leah é da família? —


Cressida rebateu.

— Se é isso que você gostaria de ler em minha


declaração, esteja à vontade. Eu, por exemplo, — seus olhos
intrigantemente deslizaram para Etienne antes de voltarem
para Cressida, — tenho por meus concubinos um respeito
profundo, por isso não tenho nenhum problema com isso.

Cressida não tinha como replicar. Estava claro que ela


não gostava disso porque seu rosto ficou duro e seu nariz
enrugado.

Magdalene dispensou-a e olhou para mim.

— Minhas desculpas, Leah. Estou profundamente


triste que nos intrometemos entre você e meu filho só para
você ser tratada desta forma.

— Bom Cristo, — Etienne murmurou com desprezo


evidente. — Desculpando se com uma concubina?

Eu não gostava mesmo do pai de Lucien.

Mas com esforço eu o ignorei, olhei diretamente para


Magdalene e disse calmamente:

— Obrigada.

763
Ela assentiu para mim e seu rosto ficou suave.

Eu gostava mesmo da mãe de Lucien.

Eu sorri para ela, peguei a colher e me forcei a tomar


uma mordida de sobremesa. Eu estava certa. Montes de
chantilly com um toque de morangos e pedaços de um úmido
e rico bolo amarelo. Eu também estava errada. Até mesmo as
travessuras da família louca de Lucien não me faziam não
apreciar a deliciosa sobremesa de Edwina.

Edwina era um gênio.

Eu estava pegando mais sobremesa quando ouvi na


minha cabeça, eu estou orgulhoso de você, querida.

Eu mantive a minha atenção no meu prato, quando eu


respondi, obrigada, querido.

Só quando eu engoli minha próxima mordida é que eu


olhei para Lucien.

Seus olhos estavam em mim.

Eu sorri.

Ele sorriu de volta.

Eu gostava disso. Por isso o meu sorriso ficou maior e


eu dei-lhe um sorriso que eu não tinha ideia de ser
deslumbrante. Nem mesmo quando os olhos de Lucien
aqueceram e seu rosto ficou suave ao testemunhar isso.

764
Então eu voltei minha atenção para a minha tigela e,
assim, perdi a sua família novamente trocando olhares.

Alguns ficaram aliviados. Alguns ficaram rígidos.

Todos sabiam.

*****
Era depois da sobremesa e café. Lucien veio até a
minha ponta da mesa para puxar minha cadeira e me ajudar
guiando-me para fora do cômodo com a mão na parte baixa
das costas.

Nós estávamos andando pelas portas duplas quando eu


vi Magdalene e Isobel pairando. Assim como Cressida,
embora de mais longe. Julian e Etienne estavam se movendo
para a sala de estar formal, o que eu achei um alívio.

Sem descansar na confortável área de estar fora da


cozinha para Etienne. De jeito nenhum.

Fiquei me perguntando se eu poderia dizer-lhes que eu


precisava retocar a maquiagem e que Lucien tinha que me
ajudar depois eu nos barricaria no banheiro até que todos
eles fossem embora quando Magdalene aproximou-se e
colocou os dedos em volta do meu cotovelo.

— Conversa de garotas, — disse ela com um sorriso


para seu filho.

765
Eu senti o corpo de Lucien enrijecer enquanto o meu
fazia o mesmo.

— Oh espetacular! — Exclamou Cressida.

Meu corpo ficou mais rígido e a mão de Lucien


pressionou nas minhas costas.

— Magdalene disse 'Conversa de garotas, Cressida, não


conversa de gatas, — Isobel afirmou instantaneamente,
Cressida deu-lhe um olhar afiado, mas Lucien relaxou e eu
também.

— Vou me comportar, — declarou Cressida, que eu


sabia estar a mentir com todos os dentes.

— Não, você não vai, — Isobel voltou, sabendo, melhor


do que eu, que Cressida estava cheia de merda.

— Você colhe o que semeia, — afirmou Magdalene em


sua voz calma. — Você veio aqui cheia de curiosidade, como
um gato, e de forma imprudente deixou-se levar pela
curiosidade, como um gato. Agora você arca com as
consequências.

Não dando a Cressida a oportunidade de responder,


mas com um sentimento engraçado que eu não gostei muito
quando seus olhos irritados bateram em mim, Magdalene me
afastou. Então eu vi Lucien dar a sua filha um olhar e senti
sua mão deslizar pela minha cintura e enrolando, puxando-
me para o seu lado.

766
Eu parei e olhei para ele apenas a tempo de sua boca
tocar na minha.

Quando ele levantou a cabeça um pouco, ele disse


suavemente, mas eu ainda sabia que era uma ordem,

— Não demore muito.

Eu assenti. Eu podia fazer isso, não demorar muito. Eu


definitivamente poderia não demorar muito.

Eu tinha de admitir, me assustava ele ser tão cauteloso


sobre eu estar com sua família. Claro, eles eram estranhos e
ele tinha me avisado sobre Cressida e Etienne, mas eu sentia
que havia mais.

Eu precisava perguntar a ele, Edwina ou Stephanie


sobre isso. Eu não sabia se eu perdi isso quando eu faltei aos
meus estudos. Talvez concubinas não socializassem com a
família de um vampiro e a sua era apenas estranha ou
estranhamente intrometida. Eu sabia, que o que estava
acontecendo, Lucien não gostava.

Ele me soltou e Magdalene me afastou. Segui-a assim


como Isobel. Nenhuma delas falou mesmo depois que fomos
para fora. E elas continuaram o seu silêncio enquanto nos
movíamos para o caminho que levava ao cais.

Eu sabia o que isso significava. Elas não queriam que


os vampiros de sua família ouvissem e pegassem a nossa
conversa.

767
Eu não tinha certeza de que isso era bom.

Eu estava tão insegura, que caminhamos em silêncio


até o cais e quando chegamos eu estava uma pilha de nervos.

— Você pode relaxar, Leah, somos todos amigos aqui,


— Magdalene assegurou-me suavemente quando nos
mudamos para as ripas de madeira, a serenidade do lago em
torno de nós. A serenidade não fez nada para me acalmar.
Ela podia ouvir meu coração, eu sabia, e me ler.

— Nós só queríamos pedir desculpas pessoalmente por


aparecer do nada trazendo Etienne e Cressida, —
acrescentou Isobel quando paramos. — Eu espero que você
veja que ambos precisam ser manuseados com cuidado.

Oh, eu vi isso muito bem.

— É claro, — eu murmurei.

— Quando voltarmos para casa, vamos fazer o nosso


melhor para concluir a visita rapidamente, — Magdalene me
disse.

— Não, isso é desnecessário, — eu meio que menti


vendo como eu gostava delas. Eu só não gostava de Etienne e
Cressida. — Fiquem o tempo que quiserem. Lucien está
desfrutando de seu tempo com vocês. — Esta última foi
também uma meia-mentira.

768
Ambas conheciam Lucien por um longo tempo (e muito
tempo para eles era mesmo muito tempo), portanto, as duas
caíram na gargalhada.

Ficando mais séria, a mão de Magdalene veio e apertou


meu bíceps antes que ela o deixasse e disse:

— Eu aprecio o sacrifício que você faria pelo meu filho,


mas tão gracioso como isso é, nós vamos fazer o nosso
melhor para concluir a visita.

— Ok, — eu sussurrei em seguida, se mobilizou, —


Mas, só para vocês saberem, — eu enfatizei o “vocês”, de
modo que elas entendessem exatamente de que “vocês” eu
estava falando, — vocês são bem-vindas a qualquer hora.
Edwina gosta de companhia, assim como eu e Lucien
compartilhou comigo seu carinho em relação a ambas.

— Isso é muito gentil, Leah, — Isobel respondeu


suavemente.

— E, para retribuir a gentileza, — Magdalene puxou


um cartão de visita de papel do bolso de suas
impressionantes, sob medida, calças soltas e ofereceu-me, —
esta é a nossas informações de contato. Bel e minha. Se você
precisar de alguma coisa, — seus olhos bateram nos meus,
os dela a comunicar algo que eu não percebi, mas algo que eu
não tinha certeza de que eu gostava, — qualquer coisa, Leah,
ligue para nós.

O que era tudo isso?

769
Tomando o cartão dela, cautelosamente, eu perguntei,

— Você está falando sobre o problema em que Lucien


está metido?

A cabeça de Madalena inclinou ligeiramente para o


lado, mas seu rosto não revelava nada.

— Problemas?

Uh-oh. Talvez ela não soubesse que Lucien foi


arrastado no meio da noite pelo Conselho. Ela podia parecer
como se fosse sua irmã, mas ela era sua mãe e isso,
provavelmente, não seria uma notícia estelar.

— Uh... — Eu murmurei para encobrir. Não era a


melhor forma, mas eu não sabia o que mais fazer.

— Você sabe dos problemas do pai com o Conselho? —


Perguntou Isobel, claramente sabendo e não tendo medo de
mencioná-lo na frente de Magdalene o que significava que ela
também sabia e eu relaxei.

— Não, humm... exatamente. Eu sei que ele teve uma,


uh... visita, mas ele não compartilhou mais, — eu respondi.

— Na verdade, — Magdalene interrompeu, — esse


cartão é para você usar sempre que você sentir que você
precisa, minha querida. Quaisquer que sejam as
preocupações que você tenha. Tudo o que você gostaria de
discutir. Meu filho é alvo de um certo interesse entre o nosso
povo, que pode estar tentando. Não só para ele, mas para

770
aqueles com quem ele compartilha seu tempo. Nós só
queríamos que você soubesse, independentemente de como
Cressida e Etienne se comportaram na hora do almoço, que
tem o apoio de sua família, um ouvido atento, o que você
precisar.

Uau. Isso foi supersimpático.

— Obrigada, — eu respondi calmamente.

— Tudo o que você precisar, — Magdalene repetiu,


ficando um pouco mais perto de mim de uma forma que eu
achei contraditoriamente tanto tranquilizadora como
assustadora.

Ótimo, agora a mãe de Lucien estava me fazendo sentir


bizarras, emoções conflitantes.

— Ok, — eu ainda estava falando em voz baixa, —


obrigada.

Sua mão se aproximou e ela novamente deu um outro


aperto no braço.

Sorri, em seguida, olhei para o caminho e depois, de


volta para as mulheres.

— Eu realmente deveria voltar para Lucien, — eu disse


a elas. — Como você sabe, ele não é um grande fã de seu pai,
Cressida alterou os seus nervos no almoço e às vezes ele pode
ter um temperamento. Eu não os conheço muito bem, mas eu
estou pensando que Julian trabalhando sozinho não pode

771
manter o animal na baía. E de qualquer maneira, Lucien
gostaria muito mais de passar tempo com vocês, então talvez
devêssemos voltar.

— Vejo que você veio a conhecer bem o meu filho, —


Magdalene observou em sua voz suave.

— Ele é um cara extremamente conhecível, — eu


respondi e ouvi a risada de Isobel. — Quero dizer, ele é um
cara que você gostaria de conhecer, uh... imensamente, —
esclareci estupidamente.

— Um cara, — Isobel murmurou, diversão vibrando em


sua voz.

— É refrescante, minha querida, — Magdalene


começou e minha atenção foi para ela, — ver meu filho com
alguém, qualquer um, que gosta de sua companhia, sua
companhia sem veneração.

Bem, eu venerava seu filho, mas não de uma forma que


eu iria partilhar com ela.

— Estou satisfeita por você achar que é refrescante, —


eu disse a ela e ela aproximou-se de mim de novo, desta vez
para deslizar um braço em volta da minha cintura e me levar
de volta ao caminho.

— Vamo-nos conhecer melhor uma à outra, você e eu,


— ela declarou quando ela começou a me levar pelo caminho,
Isobel seguindo atrás. — Use esse cartão para me chamar
apenas para conversar.

772
— A mim também, — Isobel chamou atrás de nós.

Uau, totalmente simpáticas. Elas completamente


compensavam por Cressida ser uma cadela e Etienne ser
superas sustador.

— Ok, — eu concordei.

— E talvez voltemos. Para levá-la para o almoço,


apenas meninas. Talvez compras, — Magdalene continuou.

Eu adoraria isso.

Eu não partilhei isso. Eu apenas disse:

— Isso seria ótimo. Talvez possamos convidar


Stephanie.

— Excelente ideia, — afirmou Magdalene com um


aperto na cintura.

Estávamos percorrendo o caminho, o bosque nos


rodeando quando me bateu e eu parei em meus pés de
repente. Assim que eu parei Magdalene parou comigo e Isobel
foi forçada a parar atrás de nós.

Virei-me para elas, movendo-me para fora da curva do


braço de Magdalene e foi aí que eu encontrei a minha boca se
mexendo.

— Eu... Lucien... ele compartilhou comigo uma


variedade de coisas e eu... bem, sendo eu, sendo mortal, eu
quero dizer, é muito difícil envolver minha mente em torno

773
delas. Mas na hora do almoço, eu estava preocupada... hum,
eu quero dizer... — Droga! Eu estava estragando tudo! Eu
tomei uma respiração profunda e forcei-me — O que eu quero
dizer é que ele é muito forte, mas ainda assim, eu sinto que
ele sofreu. Isso vai acontecer com todo mundo, às vezes, em
suas vidas, eu sei. Seria apenas uma porcaria se isso
acontecesse com você e você não tivesse boas pessoas,
família, amigos, para o apoiar. Na hora do almoço eu me
preocupei que ele não tivesse. — Meus olhos tomaram as
duas e eu terminei em voz baixa, — Estou feliz em saber que
ele tem.

O rosto já normalmente suave e amigável de Magdalene


ficou mais suave e amigável. Isobel, que jogava as suas cartas
mais perto de si (no sentido de ser mais desconfiada), sorriu
um genuíno, sorriso sincero.

Eu continuei falando.

— Lucien jamais diria obrigado e não é meu lugar fazer


isso, mas eu vou fazer isso de qualquer maneira. Então, uh...
muito obrigada.

Magdalene olhou para Isobel, Isobel olhou para


Magdalene, Magdalene depois mudou o olhar novamente para
mim e envolveu a mão em meu cotovelo.

Ela se virou e nos encaminhou para a frente, mas ela


fez isso andando perto e dizendo baixinho:

774
— E obrigada, minha cara. É ótimo saber que meu filho
gasta o seu tempo com uma mulher que se importa.

— Eu me importo, — eu respondi suavemente e, na


verdade, (choque) eu me importava.

Seus dedos apertaram meu cotovelo.

— Bom, — ela murmurou e eu olhei para o lado para


vê-la virada para frente, com uma expressão pensativa, mas
satisfeita.

Então eu joguei um olhar por trás de mim e peguei o


sorriso bonito da filha de Lucien.

Totalmente estranho. Qualquer uma delas poderia ser


sua irmã.

Ainda assim, eu sorri de volta.

Então eu me concentrei em andar perto da mãe de


Lucien enquanto fazíamos o nosso caminho de volta para o
seu filho.

*****
Vestindo uma camisola de cetim framboesa com um
decote profundo de renda preta, eu saí do quarto de vestir,
atravessei o banheiro e entrei no quarto.

Embora Magdalene e Isobel tenham sido fieis à sua


promessa de concluir a visita da família de Lucien, pouco

775
depois de voltarmos, cinco minutos depois que eles saíram,
minha família apareceu.

Isso não deixou Lucien feliz e sua frustração era


evidente. Ele só fechou a boca sobre isso quando a tia Kate
explicou que o avião saia cedo na manhã seguinte e que esta
noite era a última oportunidade que tinham de conversar
comigo. Por isso, elas ficaram para o jantar e mais, tendo
saído apenas 15 minutos atrás.

No entanto, durante a sua visita todos estavam atentos


a Lucien e eu. Eu não tive a oportunidade de pedir-lhes para
explicar porque parecia, estranhamente, como se estivessem
tomando o nosso pulso após a visita da família de Lucien.

No segundo que terminei de dar-lhes abraços e beijos


em seu carro alugado, Lucien fechou a porta da frente da
casa, se virou, olhou para mim e rosnou,

— Cama.

Senti o seu grunhido em secretos, lugares felizes e esse


sentimento era tão forte, que eu esqueci completamente o que
eu queria lhe perguntar sobre a sua família e minha família
aparentemente preocupada com a visita deles. Então eu disse
boa noite para Edwina e subi precipitadamente as escadas
para procurar na minha gaveta de lingerie o próximo deleite
de Lucien.

Enquanto eu me trocava, eu ouvi-o no banheiro


escovando os dentes. Então o ouvi sair do banheiro.

776
Agora eu estava caminhando pelo quarto para vê-lo
como estava na noite passada. Reclinado contra a cabeceira,
peito à mostra, livro na mão, mas os olhos em mim.

Ele imediatamente fechou o livro e colocou-o em sua


cabeceira.

Eu imediatamente caminhei até ele, coloquei um joelho


na cama, joguei minha outra perna em volta dele me
estabelecendo montada em seus quadris.

— Você não usa um marcador de livros, — eu apontei,


movendo minhas mãos para descansar levemente em seu
peito.

— Não, — respondeu ele, enquanto eu sentia os


músculos contraírem mesmo com o meu toque leve.

Poder.

Meu poder sobre o Poderoso Vampiro Lucien.

Eu gostava disso.

— O quê? — Eu inclinei minha cabeça para o lado. —


Você memoriza o número da página ou algo assim?

— Você realmente quer saber? — Ele rebateu.

Eu sorri para ele.

— Não.

777
Suas mãos foram para os meus quadris. Senti as
pontas dos dedos pressionarem e apenas com isso, meu
corpo aqueceu.

— Eu gosto de seus filhos, — eu sussurrei, deslizando


minhas mãos para cima um pouco, meu tronco movendo
para baixo uma pitada ao mesmo tempo.

— Bom, — ele murmurou, deslizando as mãos para


cima também, me puxando para baixo uma pitada mais.

— E sua mãe é adorável, — eu lhe disse, minhas mãos


deslizando mais enquanto me inclinava apenas um pouco
mais perto.

— Ela é, — ele concordou, com as mãos fazendo o


mesmo, me puxando para mais perto.

Isso foi quando eu me mexi para baixo. Dobrei um dos


meus braços entre nós, a outra mão deslizou até à curva em
torno de sua mandíbula forte enquanto o meu polegar
deslizou para fora para tocar ao longo de seus belos lábios.

— Eu gosto disso para você, — eu sussurrei e ele


piscou.

— Perdão?

— Você é o Poderoso Vampiro Lucien, — eu disse e


senti seus lábios se contorcerem. — Mas mesmo os super-
heróis precisam de boa gente a apoiá-los. Batman tem Robin
e aquele cara o mordomo. O Homem de Ferro tem aquele cara

778
do exército e Pepper Potts. Spiderman tem tia May. O
Quarteto Fantástico são, bem... quatro. E...

— Você não tem de recitar o seu conhecimento de


todas as coisas de super-heróis, querida, — disse Lucien
contra o meu polegar, sua voz vibrando com humor. — Eu
acho que eu percebi.

Meu polegar varreu a sua maçã do rosto e eu repeti


baixinho,

— Eu gosto disso para você.

— Há um problema com esse cenário, — observou


Lucien e minha cabeça levantou.

— Qual é o problema?

De repente, eu me vi de costas com o peso de Lucien


em cima de mim e seus lábios roçando os meus.

— Super-heróis não costumam ficar com a garota, —


ele murmurou contra meus lábios o que fez o meu calor
corporal subir.

— Ok, então você é um novo tipo, melhor, real de


super-herói que transa regularmente, — eu murmurei de
volta, minhas mãos viajando levemente em sua pele.

— Melhor? — Ele sussurrou, suas mãos viajaram leves


sobre o cetim de minha camisola.

— Ah, sim, — eu sussurrei de volta.

779
Sua boca sorriu contra a minha e eu assisti de perto
como seus olhos se tornavam presunçosos.

Isso costumava me irritar. Agora eu achava que era


quente.

Eu envolvi minhas pernas ao redor de seus quadris


enquanto seus lábios percorriam meu rosto até ao meu
ouvido. Uma de suas mãos empurrou entre mim e a cama
para que o seu braço envolvesse em torno de mim me
apertando.

Sua língua tocou a pele sob a minha orelha em


seguida, seus lábios se moviam contra ela.

— Eu vou me alimentar de você, minha querida.

Meu corpo todo tremia.

Lucien não tinha terminado.

— E eu vou fazê-lo em todos os lugares.

Ah, sim. Isso soou agradável.

Ele continuou.

— Haverá lugares que você vai ficar dormente.

Hmm. Isso não soa agradável.

Ele continuou.

— Mas haverá outros, melhores lugares onde você


absolutamente não ficará dormente.

780
Yupi!

— Você está pronta? — Perguntou.

Ele era louco?

— Sim, — eu respirei.

Ele levantou a cabeça para que seus olhos ardentes


pegassem os meus e meu corpo inteiro ferveu.

Em seguida, em um borrão de movimento ele estava


entre as minhas pernas. Senti sua língua correr ao longo do
interior da minha coxa enquanto seu dedo correu levemente
ao longo da borda externa da minha calcinha entre as
minhas pernas.

Outro arrepio de corpo inteiro.

Sim. Eu estava certa. Isso era bom.

Ele repetiu, sua língua correndo até a minha coxa, seu


dedo correndo sobre minha calcinha entre minhas pernas.

Meu ventre se contraiu e eu gemia.

Então eu senti ele se alimentar de minha coxa


enquanto seu dedo pressionava no local perfeito sobre minha
calcinha e meus quadris subiram, o meu pescoço arqueou e
os olhos fecharam.

Definitivamente certa.

Legal.

781
*****
Deus, Deus.

Eu pensei que tinha tido o melhor na noite anterior, a


terrivelmente bela intensidade de manhã.

Mas agora, Lucien se agachou para trás em suas


pernas, eu em cima dele, seus quadris com força, seu pau
forçando em mim, sua boca no meu pescoço alimentando-se
de mim, sua mão grande enrolado em minha bochecha, seu
polegar na minha boca e eu estava chupando-o, eu sabia que
isso era o melhor.

Meus quadris se sacudiram, estava quase lá e ele


sentiu isso.

Seu polegar deslizou para fora da minha boca, mas


apenas para deslizar em meus lábios antes de acontecer. Em
seguida, seu polegar deslizou de volta para o lado e os meus
dentes automaticamente prenderam nele, enquanto meus
quadris empurravam. Um gemido prendeu na minha
garganta, meus braços apertaram-no com força e minhas
costas arquearam, pressionando meu peito em seu corpo
duro.

Através do meu orgasmo avassalador eu vagamente


senti sua língua atacar a ferida no meu pescoço. Seu polegar
passou de entre os meus dentes para o punho poder apertar
meu cabelo e posicionar minha cabeça onde ele queria.

782
Então sua boca estava na minha enquanto seu pênis
continuou dirigindo-se dentro de mim, enchendo-me tão
cheia que me senti como se ele fosse uma parte essencial de
mim.

— Quando você goza, o mundo pára, — ele rosnou


contra meus lábios enquanto eu continuava tremendo através
do meu orgasmo. — O mundo inteiro torna-se nada mais do
que você, sua boceta, sua boceta tomando o meu pau e eu.

Oh Deus, apenas suas palavras e tom estavam indo me


fazer gozar.

— Querido, — eu sussurrei, segurando apertado


quando o meu corpo sacudiu com seus impulsos.

— Oitocentos e vinte e dois anos e eu nunca senti nada


tão bonito, — ele sussurrou, ainda se movendo e meus olhos,
semicerrados, se abriram.

Oh Deus.

Eu adorava que ele tinha pensado isso.

Ele não tinha terminado.

O seu olhar segurou o meu.

— Oitocentos e vinte e dois anos e eu nunca vi nada


tão bonito.

Oh Deus.

Deus!

783
— Eu poderia foder com você por toda a eternidade, —
ele sussurrou.

Minhas mãos deslizaram para cima em punhos em seu


cabelo enquanto meus quadris empurravam novamente.

— Lucien.

— Eternidade, — ele murmurou contra meus lábios,


em seguida, a cabeça inclinou, a boca reivindicou a minha,
nossas línguas duelaram e suas estocadas se tornaram
selvagens. Então eu estava de costas na cama tomando a
força dele entre as minhas pernas e foi pura beleza brutal.

Sua boca rompeu com a minha, ele enterrou o rosto no


meu pescoço enquanto ele enterrava seu pau em mim e eu
ouvia o poder de seu gemido.

Eu dei-lhe isso. Eu. Apenas quem eu era. Tudo o que


eu era. Eu dei-lhe isso. Fiz-lhe sentir a beleza. Minha beleza
era o que ele via.

Eu amei isso.

Ele mal terminou antes que ele rolasse em suas costas,


levando-me com ele, mantendo para si uma parte de mim.
Quando ele se acalmou, um braço forte me segurou firme nas
minhas costas e sua outra mão no meu cabelo pressionando
meu rosto em sua garganta.

— Cristo, me desculpe, Leah.

Pisquei em sua garganta.

784
Estas eram palavras que eu não esperava ouvir.

Eu levantei minha cabeça para olhar para ele.

Uau. Ele até parecia arrependido.

— Você está se desculpando? — Perguntei.

— Sim, querida, — ele respondeu suavemente, seus


olhos negros cheios de remorsos, sua mão deslizando para
fora do meu cabelo para a minha bochecha.

— Porquê?

— Por tomá-la tão duramente.

Ele estava falando sério?

— Uh, bem, parece que você pode ter perdido isso, mas
eu gostei, — Eu informei a ele.

Seu polegar deslizou sobre meu rosto enquanto seus


olhos se moviam sobre minha face.

Então seus olhos se voltaram para os meus e ele


murmurou,

— Você não está mentindo.

— Por que eu iria mentir sobre isso?

— Porque isso seria o que eu queria ouvir.

Foi a vez dos meus olhos se moverem sobre seu rosto.

Cautelosamente, eu perguntei,

785
— Será que as pessoas dizem o que você quer ouvir,
muitas vezes?

— Exceto por Cosmo, Teffie e, ocasionalmente, outros,


sempre.

Senti meus lábios se abrirem e meus olhos se


arregalarem.

Whoa. Eu não sabia o que fazer com isso.

— Sério? — Eu perguntei com espanto, a sombra saiu


de seu belo rosto e ele sorriu.

— Sério, — ele respondeu.

— Eu não sei se isso é legal ou se isso é péssimo, — eu


compartilhei.

— O último, — Lucien clarificou.

Eu inclinei minha cabeça para o lado, enquanto eu


mergulhava para mais perto dele e eu sorri antes de dizer:

— Eu não sei. Eu acho que seria legal ter todos me


dizendo o que eu quero ouvir. Tipo, 'Leah, sua bunda
absolutamente não parece grande nisso.' E, 'Oh não, este
molho holandês não é escorregadio e nojento. O gosto é
ótimo. — Coisas assim.

A mão de Lucien deixou meu rosto para que o braço


também pudesse se enrolar apertado em torno de mim e seus

786
quadris ajustaram ligeiramente para que ele deslizasse para
fora de mim enquanto ele sorria.

Então, ele declarou:

— Para que fique registrado, sua bunda nunca parece


grande seja no que for.

— É bom saber, — eu disse através do meu sorriso.

— Mas, por favor, não tente molho holandês.

Comecei a rir e enquanto eu estava fazendo isso,


Lucien me rolou em minhas costas. Acabamos com o seu
torso sobre o meu, mas a maioria de seu peso em um
antebraço na cama ao meu lado. Eu ainda estava rindo e
apesar de Lucien estar sorrindo um sorriso bonito, ele não
estava rindo. Ele estava assistindo e ele estava fazendo isso
como se ele gostasse do que via.

E eu gostei disso.

— Tudo bem, querido, — eu respondi. — Eu não vou


tentar molho holandês. Mas eu vou informá-lo que isso é
principalmente porque eu já tentei cerca de sete mil vezes. Eu
sempre arruíno, então eu sei que é um caminho que eu não
deveria seguir.

— Isso é bom, — ele murmurou, seus olhos mostrando


humor.

787
— Mas eu não faço tais garantias sobre molho
béarnaise. Eu acho que eu poderia chutar alguns traseiros
béarnaise.

Lucien manteve-se murmurando enquanto seus olhos


continuavam dançando, enquanto dizia:

— Deus me ajude.

— Só estou dizendo, — eu murmurei de volta.

Ele manteve o olhar, ainda iluminado com diversão


então eu assisti quando a diversão desapareceu e disse em
voz baixa:

— Precisamos conversar.

Eu suspirei. Então eu respondi,

— Eu sei, — e terminei, — Cressida.

Sua cabeça sacudiu um pouco e ele perguntou:

— Cressida?

— Querido, eu tenho que dizer, e por favor, sem ofensa,


mas eu estou preocupada que você esteja interessado em
mim, considerando as outras duas mulheres que estiveram
na sua vida que eu conheci. Eu me pareço com elas?

— Não de forma alguma, — afirmou com firmeza.

Interessante.

— Então por que você as escolheu? — Perguntei.

788
— Eu não estou certo de que você quer saber.

Eu totalmente queria.

— Chame-me louca, mas eu quero.

— Então eu vou alterar a minha resposta, — Lucien


retornou. — Eu não estou certo de que eu quero te dizer,
porque, tendo você, eu já não estou certo do porque eu as
escolhi.

Meu Deus.

Isso era doce.

— Lucien, — eu sussurrei.

Lucien mudou de assunto.

— Mas isso não é o que nós precisamos conversar.

Eu balancei a cabeça e disse:

— A coisa da mesa.

As sobrancelhas de Lucien se juntaram.

— Perdão?

Eu balancei minha mão no ar e expliquei:

— A coisa da mesa. Eu vi isso. Quando você me sentou


na cabeceira e todo mundo ficou meio estranho. O que é que
foi isso?

789
— Tradição, — respondeu Lucien. — Você é um mortal
e você estava entre os vampiros. Minha mãe normalmente
ficaria na cabeceira.

Eu não achei isso bom.

— Então por que você me sentou lá?

— Porque é sua casa, seu lugar e eu sentá-la lá era à


minha maneira de dizer-lhes que deveriam respeitá-la lá.
Infelizmente, mesmo isso não impediu Cressida e meu pai de
se comportarem mal.

Ele estava certo sobre isso.

Mas.

— Espero que sua mãe não tenha se sentido ofendida,


— eu sussurrei.

— Ela entendeu por que fiz isso e, portanto, ela não


estava.

Bem, isso era bom.

Lucien continuou,

— Isso também não é o que nós precisamos conversar.

Mais uma vez eu balancei a cabeça e disse:

— O Conselho.

— Leah... — ele começou, mas eu o interrompi.

790
— Você ainda não me contou o que aconteceu e eu
gostaria de saber.

Seus olhos se moveram sobre o meu rosto de novo e ele


observou,

— Você está preocupada.

— Eu disse que eu estava, mas isso era, então, apenas


a manhã seguinte. Agora eu tive dois dias de
inexplicavelmente estar sob guarda por suas ordens, outra
coisa que você não explicou. E, devo dizer-lhe, eu meio que
percebi isso que eu não tenho um guarda para me impedir de
dormir sem você por perto. Em seguida, houve ambas nossas
famílias aparecerem inesperadamente. Já para não falar do
muito sexo quente. Mas para resumir, o tempo passou.
Portanto, antes eu estava preocupada. Agora eu estou
preocupada.

Seus olhos aqueceram e sua cabeça caiu para que ele


pudesse descansar a testa na minha.

O que ele não fez foi dar uma resposta.

Portanto, eu solicitei,

— Então você pode tanto me dizer que está tudo bem


ou me dizer o que está errado para que eu possa parar de me
preocupar ao invés de inventar merdas na minha cabeça? —
Lucien ergueu a testa da minha e me chamou a atenção, mas
eu continuei falando. — Porque você deve saber, eu tenho
essa coisa que eu faço. Então se eu me preparar para o pior,

791
eu me preocupo com o pior. Então se eu descobrir o que está
acontecendo ou o que vai acontecer nunca é o pior eu fico
aliviada. E, sério, querido, a merda que se passa na minha
cabeça não é realmente boa por isso me dê algo para partir
daqui.

Quando eu calei a boca, de imediato, ele declarou:

— Eu quebrei uma regra. Não uma insignificante. No


entanto, é uma que foi criada há muito tempo por motivos
que poderiam ter sido bons então apesar de isso ser
discutível. O que não é discutível é que eles não são mais. É
antiquada e restritiva. Eu expliquei meu raciocínio ao
Conselho e eles estão considerando. Eles vão deliberar a meu
favor e tudo ficará bem.

Estudei seu rosto, em seguida, perguntei:

— Você tem certeza?

Ele segurou meus olhos e eu não tinha ideia de que ele


mentia quando respondeu baixinho:

— Eu tenho certeza.

— E se, por exemplo, hipoteticamente, eles não


deliberam a seu favor. O que acontece com você?

— Eles vão deliberar a meu favor.

— E se eles não o fizerem?

— Leah, eles deliberarão a meu favor.

792
— Ok, Lucien, mas o e se não o fizerem?

— Eles vão.

Eu pressionei ambas as mãos no peito não para afastá-


lo, mas para comunicar a minha necessidade de saber e
repeti:

— E se eles não o fizerem? Será que eles vão puni-lo?


Tortura vampira? Prisão vampira? Do que estamos falando
aqui?

Lucien sorriu.

— Não há tortura vampira ou prisão vampira.

— Assim e se alguém faz algo de errado?

— Se suas transgressões são descobertas, eles dizem


para parar de fazer isso e pagar uma indenização, se o
Conselho julgar necessário.

Meus olhos se arregalaram.

— É isso?

— Muitas vezes, a compensação é significativa.

Eu não podia acreditar nisso.

— Então, todas as formas de punição vampiras são


pagas por meio de multas?

793
— Não. Se um vampiro quebra uma regra muito
importante ou continua a quebrar uma regra que ele já foi
penalizado, ele paga com a sua vida.

Sustentei a respiração e meu corpo ficou rígido.

A grande mão de Lucien enquadrou o meu rosto.

— A regra que eu quebrei não foi tão significativa.

— Santo Inferno, — eu respirei.

Sua mão apertou delicadamente na minha cabeça,


mesmo quando ele me deu um pouco do peso de seu torso.

— Leah, me escute. A regra que eu quebrei não era tão


importante.

— Não existem loucos, vampiros caipiras no conselho


que passam sentenças absurdamente ridículas por infrações
menores lá? — Perguntei, Lucien olhou para mim um
segundo, em seguida, jogou a cabeça para trás e soltou uma
gargalhada.

Bati no peito e retruquei:

— Eu não estou sendo engraçada.

Ele visivelmente lutava para sufocar sua risada e olhou


para mim.

— Querida, não há vampiros caipiras loucos de todo.


Então, não, não, definitivamente não há nenhum desses no
Conselho.

794
Isso foi um alívio.

— Então, se eles deliberam contra você, eles vão fazer


você pagar uma multa?

O riso saiu de seu rosto, mas ele segurou meus olhos e


eu não sabia se ele mentia de novo quando ele declarou:

— Sim.

— E você é um gazillionario, — comentei.

O humor chegou às suas feições novamente quando ele


murmurou,

— Eu poderia ficar aquém disso.

— Um bilionário então, — eu disse e Lucien não


respondeu o que significava sim. Eu processei a informação
desta parte insana, totalmente inacreditável, mas ainda
verdadeira da vida de Lucien e continuei: — Então,
basicamente, é água fora do seu capote.

Algo flutuou através de seus olhos, não foi rápido e não


parecia agradável, mas eu ainda não podia lê-lo. Em seguida,
ele se foi como se nunca tivesse estado lá.

Então, ele respondeu:

— Essencialmente, sim.

— Ok, então, — eu murmurei.

795
— Sente-se melhor agora? — Lucien perguntou
gentilmente.

— Sim, mas você é um bilionário, tanto para que


possamos acessar provavelmente traficantes de armas. Por
isso estamos comprando um lança-chamas e eu estou
equipando ele assim ninguém no Conselho vai ficar selvagem,
e fazer algo estúpido e eles virem atrás de você.

Com esta declaração que fiz em tom de brincadeira


(parcialmente), todo o rosto de Lucien mudou e eu senti seu
corpo ficar rígido. Eu também não sabia ler esta mudança,
mas eu sabia em meus ossos que era significativa.

— Lucien? — Eu chamei quando ele não falou.

Ele piscou, seu corpo relaxou e sua mão deslizou para


o meu cabelo sobre o travesseiro onde ele começou a girar em
torno de seu dedo.

— Um lança-chamas é desnecessário, — ele sussurrou,


seus olhos quentes, seu rosto suave e até mesmo o ar em
torno de nós em nossa cama era confortável e seguro.

— É claro, — eu sussurrei de volta, deslizando em seu


estado de espírito, o olhar em seu rosto, em seus olhos. —
Você provavelmente poderia tomar conta de muitos.

— Sem dúvida.

— Então, eu não tenho nada com que me preocupar.

796
Essa coisa flutuou através de seus olhos novamente,
mesmo quando ele murmurou:

— Não, minha querida, você não tem nada com que se


preocupar.

Eu não gostava nada do que estava passando pela sua


face, mas, mesmo assim, eu decidi confiar nele.

— Bom, — eu sussurrei.

Seu olhar se moveu sobre o meu rosto, em seguida, a


cabeça mergulhou até mesmo enquanto os dedos
continuavam torcendo meu cabelo, seus lábios se moviam no
meu pescoço. Preguiçoso. Doce. Bom.

Meus braços o rodearam.

— Já terminamos de falar?

— Absolutamente.

— Será que vamos dormir?

— Absolutamente não.

Eu sorri. Então eu torci o pescoço, a cabeça se


aproximou e nossas bocas se encontraram.

E nós absolutamente não dormimos.

Não muito tempo.

E quando nós fizemos, nós fizemos aconchegados.


Nossos corpos confortáveis.

797
E, de minha parte, eu fiz isso ser seguro.

798
Capítulo Vinte e Um

O Ataque

Eu desliguei a torneira, me enrolei na toalha, sai pela


borda da banheira e olhei para o espelho enquanto eu pegava
uma toalha para secar as mãos.

Lucien e eu tínhamos acabado de fazer amor e ele se


alimentou. Foi lindo. Tão bom como sempre. Êxtase.

Eu tinha me limpado e estava vestindo nada além de


uma curta camisola de seda cor marfim. No espelho, eu podia
ver a ferida rosa escura que era a mordida no meu pescoço
desaparecendo. Não demoraria muito tempo agora, menos de
meia hora, em seguida, ela teria ido.

Eu olhei a ferida por longos momentos pensando que


era selvagem e merda legal.

Dobrei e retornei a toalha para o seu lugar e olhei para


o meu reflexo no espelho.

Tinha passado uma semana e meia desde que nós


tivemos as visitas de nossas famílias. Fiquei surpresa, mas
definitivamente não descontente que Lucien passou esse
tempo todo comigo. Fizemos amor. Ele se alimentou. Nós
cozinhamos juntos. Nós comemos juntos. Nós andamos para

799
o lago e nadamos juntos. Idem na piscina. Ficamos deitados
na cama ou no sofá da sala de estar confortável e
sussurrando um para ou outro ou cochilando, fazendo ambos
abraçados. Lucien me levou para jantar duas vezes. Ele me
levou para fazer compras uma vez. Fiz-lhe ver um filme
comigo aconchegados no sofá. Eu aprendi sobre a sua vida,
sua família e vampiros. Aprendi também que sabia quase
tudo sobre mim, mas ainda assim, ele gostava de me ouvir
contar as minhas histórias de qualquer maneira.

O mundo lá fora se intrometeu, é claro. Edwina estava


lá, tranquilamente cuidando da casa, estocando a geladeira,
por vezes, cacarejando em torno de nós como uma mãe, mas
geralmente fazendo-se invisível porque sentiu o clima. Minha
mãe ligou, Tia Nadia também, Stephanie, minha irmã e um
par de meus primos. Eles estavam preocupados com os
pesadelos que eu garanti a eles (sinceramente) eu já não
estava tendo. Mas eu fiz o trabalho de acalmar seus medos
para que eu pudesse voltar para Lucien.

Ele também recebeu chamadas, principalmente de


negócios que ele atendia comigo perto. Às vezes, elas eram
sobre outras coisas. Algumas ele atendia em outro lugar.
Fiquei curiosa e queria perguntar por que eu senti que elas
eram sobre mim. Mas não fiz, porque se fosse ruim, eu não
queria saber. Não ainda. Não na época dourada em que me
apaixonei por um vampiro.

Olhei para mim mesmo no espelho, sorrindo.

800
Lá estava ele. A prova.

Eu estava demente. Totalmente.

Eu estava apaixonada por Lucien.

Eu não poderia tê-lo, não como eu poderia com um do


meu próprio povo, fazer votos, ter filhos e envelhecer com ele.
Eu também não poderia tê-lo como na época anterior a
Revolução, para trocar votos, não ter filhos mas passar a
eternidade juntos.

E eu não me importava.

Eu tinha-o agora. Eu o amava agora.

E eu sabia que era de um jeito que eu o amaria como


meu para sempre.

Para colocá-lo simplesmente, não havia muitas


meninas que tiveram a chance de se apaixonar por um
vampiro. Para ter sua atenção, sua proteção, seu corpo, seu
humor, sua generosidade, sua gentileza. Ele pode ser mandão
e chato, mas era apenas ele e era quente fazendo isso,
embora nós trocamos palavras, porque ele era quem era e eu
era também, nunca alcançaram muito. Eu estava certa, tão
louco quanto parecia. Ele tinha todo o material para baixo de
um afago bom e foi o melhor namorado de todos.

Eu não sabia quanto tempo iria durar, o que tínhamos.


E eu já não me importava.

801
Porque eu tinha isso agora e eu gostaria de tê-lo por
um tempo e, mesmo quando ele se foi, eu sempre tenho as
memórias do que estávamos fazendo. E os momentos que
compartilhamos que fariam as memórias de anos serem
muito melhor do que qualquer coisa que eu já tinha
experimentado, qualquer coisa qualquer mulher jamais iria
experiência, foram o suficiente para mim.

Eu sabia que até os meus ossos.

O Poderoso Vampiro Lucien era meu... por agora.


Então, eu ia fazer o que eu tinha que fazer para tornar-se
realmente muito grandes as memórias.

Mas, ainda mais importante, eu era sua. E, assim como


ele prometeu, me dar a ele queria dizer algo para ele. Não é
algo pequeno, algo enorme. Algo significativo. Algo doce.

Eu sabia até os meus ossos também.

Ele me amava. Ele não poderia ser do jeito que ele era
comigo e não sentir o que eu estava sentindo. Era impossível.

As restrições de sua cultura significavam que não


poderia ser para sempre. Mas ele estava tão decidido como eu
levar o que podia do relacionamento e torná-la doce.

Eu sabia. Eu sabia.

Direito ao meu coração.

E ele tinha razão. O que ele poderia me dar, quando eu


dei a ele o mesmo era bonito.

802
Desviei o olhar do espelho ainda sorrindo e caminhei
para o quarto. Hoje foi o fim do nosso interlúdio romântico
longo. Ele tinha uma reunião importante para participar
naquela manhã. Para passar um tempo comigo, ele disse que
tinha adiado duas vezes, foram duas vezes demais. No
entanto, ele garantiu-me, uma vez que tivesse terminado, ele
estaria de volta.

Portanto, eu estava um pouco surpresa quando eu


entrei no quarto e ele ainda estava na cama, quando eu sabia
que precisava sair em breve. Mas lá estava ele. Os lençóis até
a cintura, peito exposto, braços erguidos, a cabeça apoiada
nas mãos e ele estava olhando para o teto.

O impulso veio em cima de mim e eu nem sequer tentei


suprimi-lo. Eu tinha lembranças a fazer.

Então, eu saí correndo do outro lado da grande sala. Vi


sua cabeça vir para cima e lancei-me na cama, meu corpo
caindo no corpo inteiro em seu total.

Ele grunhiu, seu corpo inclinando-se nos quadris, mas


os seus braços bloquearam ao meu redor quando se
recuperou.

— Jesus, Leah — ele murmurou quando nós


estabelecemos, os lábios se contraindo.

Eu plantei minhas mãos em seus ombros e sorri para


seu belo rosto.

803
— Certo, então, algo para levar com você para a
reunião: vamos comemorar quando você voltar com filé
mignon envolto em molho béarnaise caseiro — eu comecei.
Sua contração labial tornou-se um sorriso e meu sorriso ficou
maior antes que eu fizesse o que precisava fazer para fazer
uma, enorme, bonita porra de memória e sem mais delongas
anunciei:

— Eu estou apaixonada por você, poderoso vampiro


Lucien.

Seu sorriso morreu na hora, seus braços em volta de


mim deram espasmos.

Eu senti meu estômago se apertar.

Oh Deus.

— Leah — ele sussurrou, sua voz profunda soando


engraçada, bruta, torturada. Exatamente como na manhã
após a primeira vez que ele se alimentou e quase me matou.

Oh Deus!

Eu pensei que ele sentia o mesmo, ou, se não fosse o


mesmo, então alguma coisa. Ele tinha que sentir. Com o quão
duro ele trabalhou para obtê-lo, tudo o que nós
compartilhamos, ele tinha que sentir.

Mas olhando para o seu rosto eu sabia que ele não o


sentia.

Oh Deus!

804
Ele não sentia.

Eu não esperava isso. Eu nunca sonhei que ele não


sentisse o mesmo que eu. Eu poderia me alegrar com o tempo
que tivemos, mesmo que breve, se ele devolvesse meus
sentimentos.

Eu não poderia suportar se ele não o fizesse.

Eu não sabia o que fazer.

Mas meu corpo sabia o que fazer e se preparava para


fugir.

Lucien sentiu-o e em um milésimo de segundo eu


estava em minhas costas com Lucien em cima de mim.

Eu sabia que não tinha chance de ficar longe dele,


então eu fiz a única coisa que eu podia fazer. Eu virei minha
cabeça e fechei os olhos com força.

Deus. Deus.

Meu vampiro não me amava.

— Querida, olhe para mim — Lucien pediu


suavemente.

— Por favor, saia de mim — eu sussurrei e minha voz


soou engraçada também. Áspera. Torturada.

Sua grande mão deslizou entre o meu rosto e o


travesseiro e ele sussurrou:

805
— Leah, querida, por favor, olhe para mim.

Eu não olhei para ele, mas eu disse calmamente:

— Eu não deveria ter dito isso. Esqueça que eu disse


isso.

— Olhe para mim.

— Isso não aconteceu. Apenas limpe-o de sua mente.


Vá ao seu encontro. Nós dois vamos esquecer isso e tudo vai
ficar bem — eu sussurrei desesperadamente.

— Leah, por favor, olhe para mim.

Foi então que me ocorreu que sua mão estava cobrindo


meu rosto, mas ele não estava me forçando a fazer o que ele
quisesse. E foi então que eu abri meus olhos, virei a cabeça e
olhei para ele.

Eu não deveria ter feito isso. Seu belo rosto era suave e
Deus, Deus, mais bonito do que nunca. Seus olhos eram
quentes e estavam abertamente incomodados o que parecia
bom para ele também.

— Devo comparecer a esta reunião — disse ele


suavemente. — É importante ou eu não iria deixá-la. Não
agora. Não quando é essencial falarmos sobre uma variedade
de coisas.

Eu não quero falar sobre uma variedade de coisas. Eu


queria me enrolar em uma bola em algum lugar e me lembrar

806
de parar de ser.... porra... eu. Fazendo merda. Colocando-me
em apuros. Quebrando meu próprio coração porra.

— Leah, você me ouviu? — Perguntou.

— Sim — eu sussurrei.

— Eu vou fazer esta reunião curta. Eu vou chegar em


casa logo que eu puder e vamos conversar.

— Ok — eu concordei sabendo que eu iria ter o tempo


que ele se fosse tentando descobrir como eu poderia sair
daquela conversa, mesmo sabendo que eu nunca iria sair
daquela conversa.

— Nós deveríamos ter conversado antes — ele me disse,


seu polegar varrendo a maçã do meu rosto. — Eu sabia isso.
Nós não fizemos porque eu estava gostando de você e eu não
queria que isso interferisse.

Ele estava me apreciando.

Deus, como eu poderia esquecer? Eu era a sua


refeição. Sua amiga de foda. Seu bichinho.

Deus! Como eu poderia esquecer?

Eu deveria ter lembrado. Eu nunca deveria ter


esquecido.

Levou tudo que eu tinha, tudo, mas eu lutei contra a


picada de lágrimas em meus olhos e a bola de fogo
queimando em minha garganta.

807
Quando eu realizei esta tarefa hercúlea, eu sussurrei

— Vá para a sua reunião. Vamos conversar quando


você voltar.

— Voltar para casa — ele voltou imediatamente e eu


pisquei.

— O quê?

— Quando eu voltar para casa.

Eu sabia o que ele estava dizendo e me senti como se


tivesse mergulhado uma faca no meu intestino.

Por que ele persistia nisso? Me esperando para dar


tudo, porém mantendo-se afastado.

— Sim, quando você voltar para casa — eu forcei para


fora.

Seu rosto mergulhou mais perto e eu me preparei, cada


parte minha. Eu sabia que ele sentiu. Eu sabia que ele ouviu
meu coração gaguejar, minha respiração vindo desigual. Eu
sabia que ele sentia o meu corpo apertar. Eu sabia isso,
porque eu sabia que ele tinha essas habilidades. E eu sabia
que quando eu vi seu rosto ficar ainda mais delicado, com os
olhos mais quentes e conturbados.

Deus, por que ele não simplesmente ia embora?

— Eu disse que o que tínhamos seria lindo, — ele me


lembrou, torcendo a faca que ele deixou no meu intestino, me

808
fazendo sangrar. — E eu sabia, mesmo antes de você dizer, o
que você disse antes que você finalmente entendeu o que eu
estava dando a você. Agora, você deve entender o nosso
futuro.

Ele estava errado.

Eu já entendi. Eu sempre entendi.

Eu apenas escolhi ignorá-lo.

Estupidamente, como de costume. Estúpida, estúpida,


estúpida.

— Ok — eu concordei em silêncio.

Seus olhos percorriam meu rosto enquanto seu polegar


se moveu sobre a minha bochecha, em seguida, ele capturou
o meu olhar e sussurrou:

— Ainda vai ser bonito.

Errado de novo.

— Eu prometo, Leah — continuou ele em voz baixa.

Mentiroso do caralho.

— Ok — eu repeti.

Seus olhos percorriam meu rosto novamente antes de


voltar para os meus.

Então, no perfeito estilo Lucien, ele exigiu

809
— Beije seu vampiro antes de eu ir.

Suas palavras cortando a faca para cima do meu


intestino através de mim, me esculpiu aberta, deixando-me
nua.

Mas eu fiz o que me foi dito. Passando os braços ao


redor de seus ombros, eu levantei minha cabeça os
centímetros que precisava para pressionar meus lábios
contra os dele. Sua boca aberta como a minha.

Isso foi quando eu o beijei forte, molhado, muito tempo,


dando-lhe tudo o que tinha, mostrando-lhe exatamente como
eu me sentia, oferecendo-lhe tudo o que eu era. E eu fiz isso
porque era assim que eu estava beijando-o desde que isto
começou, em primeiro lugar contra a minha vontade, então
alegremente.

Mas essa foi a última vez.

Ele nunca conseguiria isso de mim novamente.

Nunca.

Quando ele afastou a boca da minha, ele


imediatamente empurrou o rosto no meu pescoço. Seus
braços novamente trancados em ao meu redor, seu peso
sobre mim e ele rosnou,

— Porra, Leah — contra a minha pele.

810
Sentiu-o, eu sabia disso. Se ele entendeu que era o
último que ele já ganhara de mim, eu não sabia. Eu também
não me importei. Eu não me importava com nada. Não mais.

Minha vida bocejou diante de mim. Anos sendo forçada


a viver com um homem que eu amava, mas não me ama de
volta e eu nunca poderia ter. Então anos de amargas
lembranças me provocaram.

Eu sabia isso. Desde o início eu sabia isso.

Mas eu impedi?

Não!

Estúpida, estúpida Leah.

Eu forcei meus braços apertá-lo e os meus lábios


sussurrarem:

— Você precisa ir.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim. Então ele


mergulhou, tocou a boca com a minha, se afastou um pouco
e murmurou,

— Eu preciso ir.

Eu forcei uma respiração.

Então eu já não estava em seus braços. Com velocidade


vampírica, ele deixou a cama.

811
Entorpecida, eu ainda estava ouvindo-o escovar os
dentes, sua curta ducha. Antes que eu percebesse, ele estava
usando um de seus trajes fantásticos, parecendo lindo de pé
ao lado da cama. Então eu estava quase fora da cama,
minhas pernas balançando, os meus pés escovando os
cobertores, meu torso perto do seu, com os braços apertados
em volta de mim.

Eu olhei para ele e pisquei com a desorientação que


sua havia velocidade criou.

— Eu estarei em casa em breve — ele sussurrou.

— Ok — eu respondi, minhas mãos descaçaram em


seus ombros largos.

Ele fechou os olhos e baixou a testa na minha.

Eu usei tudo nas minhas reservas para me impedir de


soluçar.

Ele levantou a cabeça e abriu os olhos.

— Obrigado, querida, por dar isso para mim. — Ele


ainda estava sussurrando, sua voz mais profunda, mais uma
vez dura, mas agora com um tipo diferente de sentimento.
Em qualquer outra circunstância, eu acho que ia além da
beleza.

Então, obviamente, eu não sabia. Porque ele estava


expressando gratidão por me dar o meu amor e do lado de
fora de uma grande casa, roupas fabulosas, belos sapatos e

812
orgasmos incríveis, que era a única coisa que ele nunca iria
me dar.

— De nada — eu respondi, minha voz estranha, vazia,


morta.

Ele não perdeu.

— Querida — ele sussurrou.

— Você precisa ir — eu o lembrei.

Seus braços me deram um aperto antes que ele


ordenasse

— Se ocupe. Não pense nisso enquanto eu estiver fora.


Quando falarmos, Leah, eu prometo, você não vai se sentir da
maneira como você se sente agora.

Ele estava cheio de si. Ele me prometeu um monte de


coisas. E tudo isso era besteira.

— Lucien, você tem que ir — eu disse a ele.

— Ocupe a si mesmo e não pense nisso — repetiu ele.

— Ok, eu vou ocupar-me e não pensar nisso — eu


menti.

Ele segurou meus olhos.

Em seguida, ele sussurrou:

— Você está mentindo.

813
Que seja!

Eita!

Por que ele não vai?

Eu segurei seus olhos de volta.

Lucien suspirou.

Em seguida, ele reiterou:

— Eu estarei em casa em breve.

— E eu vou estar aqui.

Seus braços em volta de mim apertaram novamente


enquanto seus olhos continuaram a segurar os meus.

Então, se você pode acreditar em pânico, o grande,


gordo, lábio superior do vampiro levantou.

Seu lábio foi para cima!

— Sim, bichinho, você vai — ele sussurrou, em seguida


tocou sua boca com a minha.

Em seguida, ele se foi.

*****
Aconteceu depois que eu fiz os meus planos e executá-
los.

Eu não podia fugir da conversa, isso eu sabia.

814
Assim, gostaria de estar preparada para isso.

Eu não chorei. Eu não me enrolei e deixei a minha


mente contemplar o meu futuro sombrio. Eu não abri a
esquecida lista “Porque Eu Odeio Lucien”, catalogando seus
defeitos e cuidei da minha indignação. Eu não fui
imediatamente a cozinha e consumi tudo comestível dentro
do alcance.

Tomei um banho. Eu tomei um tempo para fazer o meu


cabelo. Passei um bom tempo na minha maquiagem. Estudei
minha vasta seleção de guarda-roupa e peguei a roupa
perfeita. E eu coloquei um par de sapatos fabulosos.

Eu fiz isso apenas com a ajuda do café fornecido por


Edwina que deu uma olhada em mim e sabia que as coisas
não estavam bem. E, felizmente, ela também sabia que eu
não estava com disposição para discuti-los. Então, ela me
trouxe café, mas em todo caso, deixou-me em paz.

Eu estava me penteado. Eu coloquei-o para cima. Eu


estava usando um grande par de escuros, jeans bootcut que
eu emparelhei com um top azul escuro fabuloso, que se
agarrava a minha barriga e quadris, mas tinham um decote
profundo na parte de trás. Eu tinha um top cavado branco
sob ela. E os meus pés estavam em altos saltos, camurça
bege, sandálias de cunha que tinham uma grande alça em
todo o dedo do pé e uma pulseira de tornozelo de largura,
sexy. Neste traje, mentalmente preparei-me para o que estava
por vir, eu desci as escadas.

815
Meu estômago estava vazio, mas eu não estava com
fome. Isso era incomum. Normalmente, quando eu
estupidamente quebrei meu próprio coração, escolhendo o
cara errado para dá-lo, eu poderia e comia tudo à vista, mas
somente se ele não fosse bom para mim.

Agora, parecia que eu nunca iria sentir fome


novamente.

E a coisa alarmante era, agora, parecia que eu nunca


iria sentir nada de novo.

Foi assim que Lucien me feriu profundamente.

Não. Isso não estava correto.

Esse foi o quão profundamente eu permiti Lucien me


ferir.

Ele lutou para entrar e eu deixei-o entrar. Mas ele


sabia que nunca iria dar-se a mim. E eu sabia que ele nunca
poderia.

Eu apenas escolhi ignorá-lo.

Meu pé bateu no chão do hall de entrada, a minha


mente empurrou para longe esses pensamentos, forçando-se
para comer alguma coisa.

Eu precisava manter a minha força. Lucien tinha ido


embora por quase uma hora. Seu escritório era a meia hora
de distância, se você não dirigisse um Porsche. Ele dirigia um
Porsche e fazia rápido, considerando que ele não poderia

816
morrer, a menos que seu acidente fosse ardente. Assim, ele
poderia dirigi-lo em 20 minutos e ele fez. Regularmente. Ele
disse que ia fazer a reunião ser curta, mas eu não sabia o que
aquilo significava. Eu só sabia que havia uma probabilidade
de que ele poderia estar em casa a qualquer minuto.

Quando meu pé bateu no chão do hall de entrada foi


quando aconteceu.

A porta da frente voou direto de suas dobradiças. Ela


passou direito por mim através do foyer, pelo menos, 10 pés
antes de bater no chão e derrapar no corredor.

Cada molécula do meu corpo congelou por um


instante, em seguida, me virei para fugir pelas escadas. Meu
celular estava na minha penteadeira no guarda-roupa.

Eu precisava chamar Lucien.

Eu dei um passo para cima e ouvi Edwina gritar. Puro


pavor percorreu meu corpo, mas eu não tinha nenhuma
chance de reagir. Sem chance de fazer nada.

Houve um movimento em toda parte, mas nada que eu


pudesse ver. Coisas sólidas que precipitavam através da casa
causando borrões. Um deles me cortou na escada. Corri para
ela e antes que eu pudesse ver o que era, eu caí para trás o
passo que eu dava, aterrissando dolorosamente na minha
bunda no foyer.

Então eu estava de pé, meu corpo como uma boneca de


pano, dobrado na cintura, segurando firme ao lado de

817
alguém, meu cabelo se fundiu na brisa criada pelo nosso
movimento no corredor. Tão de repente como estávamos nos
movendo, paramos, meu corpo balançando com a rapidez de
nos deter. Eu estava virado para cima e ao redor,
empurrando meu corpo não natural com a velocidade e foi
pura sorte do meu pescoço ou coluna vertebral se
encaixarem. Então eu fui virada de costas para a frente de
alguém, braços de ferro presos ao meu redor, me segurando
em um cativeiro, meus braços seguraram firme ao meu lado,
inútil.

Mas eu não tentei me mover. Isso aconteceu porque, na


área de estar confortável, vi Nestor, o vampiro que tinha
palavras com Stephanie a minha frente. E ele estava
segurando Edwina como quem estava me segurando, exceto
que ele tinha uma grande mão sobre a boca.

Seus olhos estavam arregalados e cheios de medo.

— Amarre-a a uma cadeira na sala de jantar. — Eu


ouvi atrás de mim e eu sabia de quem era a voz.

O pai de Lucien.

Etienne.

Meu Deus!

O que estava acontecendo?

818
Nestor e Edwina estavam lá em um segundo e eu senti
a rajada de vento que se criou quando eles aceleraram por
Etienne e eu. Em seguida, eles foram embora.

Ouvi movimento na sala de jantar, mas a minha


atenção foi pega em outra coisa.

Minha cabeça balançando em volta, vi Katrina, ex de


Lucien ou a futura ex-companheira e Marcello da noite que O
Conselho enviou vampiros para coletar Lucien. Katrina estava
em pé na minha cozinha lançando punhais com os olhos em
mim. Marcello estava se movendo com velocidade de um
mortal em direção a Etienne e eu. Meu corpo ficou mais firme
apertado, mas ele parou a um metro e meio de distância.

Então, meu corpo apertado ficou tão apertado que eu


pensei que ele iria encaixar no tempo, quando, seus olhos
queimaram em mim com uma luz que eu não gostei, ele
murmurou acaloradamente:

— Deus, eu quero drena-la enquanto eu fodo esse


medo.

— Ela ainda é a concubina de meu filho — declarou


Etienne e os olhos de Marcello empurraram por cima do meu
ombro.

— Ele tomou-a como amante. Todas os acordos estão


fora — ele rosnou.

— Nós cortejaremos sua ira e você sabe disso —


Etienne rebateu. — Não seja tolo.

819
— Concordo, por isso deve valer a pena o meu tempo —
Marcello voltou.

— Meu irmão — disse Etienne em silêncio, — na


próxima guerra, vamos precisar de sua força. Peço-lhe para
conter seus instintos. Logo, todos os mortais serão
novamente presa e você pode ter o que você deseja. Meu filho
cai ou falha em proteger a sua refeição, e você terá o que
deseja.

Seu filho cai?

Meu Deus!

O que estava acontecendo?

Eu respirei forte quanto Marcello segurou os olhos de


Etienne. Eu não senti alívio e menti-me respirando com
dificuldade, quando ele deu um passo para trás.

— Agora, Leah — Etienne murmurou, com a boca no


meu ouvido: — Eu vou deixar você ir e nós vamos conversar.
Se você fizer qualquer coisa imprudente, eu vou deixar
Marcello ter você. Você vai fazer qualquer coisa imprudente?

Porra nenhuma. Estes eram vampiros. De jeito


nenhum eu ia fazer qualquer coisa imprudente.

Eu balancei minha cabeça.

— Excelente — ele murmurou, então deixou-me ir.

820
Dei dois passos rápidos para longe então virei de costas
para o corredor e voltei dois passos mais. Mas foi lá que eu
parei porque eu tinha os olhos de três vampiros em mim e eu
senti Nestor sair da sala de jantar atrás de mim.

Olhei entre eles, sentindo meu peito subir e descer,


meus dedos formigando, minhas pernas tremendas, mas eu
mantive meus ombros em linha reta e em postura.

Em seguida, mudei meus olhos para Etienne.

— O que está acontecendo? — Eu perguntei e fiquei


satisfeita além da razão a minha voz não tremer.

— Nós decidimos que é hora de você saber algumas


coisas — respondeu Etienne.

Eu não queria saber algumas coisas, isso eu tinha


certeza. Eu também tinha certeza de que eu não tinha
escolha.

— Que coisas? — Perguntei.

— As coisas sobre a nossa cultura. Coisas sobre sua


cultura. Coisas sobre o meu filho. E coisas sobre este mundo
e seu lugar nele — Etienne respondeu.

Isso foi muito. Alguns dos quais eu sabia ou pensava


que eu sabia.

Embora, não suas versões dele.

— Ok — eu sussurrei.

821
— Agora seja uma boa menina, Leah, e não fale. Eu
vou te dizer quando e se você está autorizada a fazer
perguntas — declarou Etienne e eu engoli.

Deus, a sério. Ele era um babaca.

Ainda assim, com nenhuma outra escolha, eu assenti.

— Muito bom — ele se inclinou, sua iluminação nos


olhos, assustador, divertido e assustador, antes de ele
terminar — bichinho.

Oh Deus.

— Você sabia — ele começou — que por 500 anos, tem


sido estritamente proibido para um vampiro tomar uma
concubina como amante?

Eu não poderia ajudar. Eu queria, mas eu não podia.


Minha barriga balançava para trás como se ele tivesse me
atingido.

Etienne sorriu.

Eu abri minha boca para dizer não, mas me lembrei de


seu fim e, em vez balancei minha cabeça.

— Eu sabia que não — ele murmurou, então falou mais


alto quando ele me informou: — Mas é verdade. Nenhum
vampiro tomou qualquer coisa, além do sangue de sua
concubina por séculos. Séculos. Mas o meu filho teve seu
contrato alterado. Ele fez isso sem o conhecimento ou o

822
consentimento do Domínio. Eles já descobriram e eles não
estão felizes.

A regra que ele quebrou.

A regra não insignificante ele quebrou.

E ele quebrou para me ter.

Por favor, me diga que isso não estava acontecendo.

Eu fiquei em silêncio.

Etienne continuou falando.

— Os vampiros não vivem com suas concubinas. Eles


não as beijam em festas. E vendo como ele está, obviamente,
te comendo, ele fez a merda que ele queria fazer antes de
receber a permissão do Conselho. Eles não vão levar essa
gentileza.

Eu pressionei meus lábios e assenti com a cabeça para


que ele soubesse que eu o ouvi.

Ele continuou.

— Se deliberadamente ou coincidentemente, isto fez os


outros vampiros questionarem essa lei. Nós — atirou o braço
para indicar Marcello, Katrina e Nestor, — agradecemos isso.
Porque isso significa guerra. E estamos prontos.

Ok. Certo.

Isto não era apenas ruim.

823
Isso não era bom!

— Foi uma longa jornada — Etienne murmurou. —


Vampiros Caçando. Vampiros se alimentando. Imortais
devem governar este planeta não serem governados por
regras.

Eu lutei contra isso, mas eu não conseguia parar de


tremer.

Etienne estava longe de terminar.

— Nós não desejamos ter o seu tipo como


companheiros. — Ele cuspiu a última palavra e se eu não
tivesse uma ideia justa sobre como ele se sentia sobre “o meu
tipo”, eu saberia pelo jeito que ele cuspiu a palavra. — Nós
simplesmente desejamos ter o seu tipo de qualquer maneira
que quisermos, na hora que quisermos. E é assim que vai
ser.

Sim.

Não é bom.

Eu pressionei meus lábios juntos.

Etienne continuou.

— Lucien, consciente ou inconscientemente, começou


esse processo. Todo mundo dentro de nossa cultura se
posicionou. Vampiros que não desejam a mudança e estão
dispostos a lutar por status vs. Concubinas que desejam
manter o seu lugar como os parasitas da nossa cultura.

824
Vampiros que desejam ser livres para encontrar seus
companheiros independentemente da sua forma. E os meus
irmãos — novamente com a varredura de seu braço, — que
pretendem simplesmente ser livres para serem vampiros.

Bem, uma coisa que eu poderia dizer sobre isso. Isso


era por Lucien, fazer o que ele queria fazer, e danem-se as
consequências.

Quando ele parou e não começou de novo, mesmo que


eu não queria que ele continuasse, eu assenti de qualquer
maneira.

Então ele continuou.

— Não se engane em pensar que o meu filho se


preocupa com você. Ele quer que você acredite nisso, é claro,
é a maneira da domesticação. Mas não é real.

Outra oscilação corporal quando o impacto de suas


palavras bateram em mim e ele sorriu. Ele estava amando
cada segundo disso.

O bastardo.

Ele continuou, mas desta vez ele fez isso em silêncio,


devagar, saboreando a dor que ele sabia que ia causar.

— Ele teve a sua companheira mortal. A Maggie


deliciosa.

Deus. Deus! Deus!

825
— Maggie foi capturada, torturada e morta durante a
revolução.

Ah, não.

Oh Deus.

Deus. Deus! Deus!

— Maggie foi o único amor verdadeiro do meu filho, tão


revoltante que isso possa ser, é a verdade. A morte de Maggie
foi a razão de Lucien ser imparável durante aquele conflito. A
morte de Maggie foi a razão pela qual ele estava imparável na
caça de seu próprio povo que iria traçar para ressuscitar o
conflito. Maggie era tudo para ele. Maggie era a sua razão de
ser. Sem Maggie, ele não existia. Ele faz bem, ele gosta de sua
vida e os frutos de seus esforços, mas é simplesmente
existência. Nada mais. Você, deliciosa Leah, ele está usando.
Nossas vidas são longas, temos que ter os nossos desafios e
até mesmo se você estiver simplesmente respirando, você
deve encontrar diversões para quebrar a monotonia. Isso é o
que você é, Leah. Uma diversão. Uma agradável, uma
suculenta, mas simplesmente uma diversão.

O amor é um cobertor que o mantém quente.

Lucien sabia que era verdade, por causa de Maggie.

Nós conversamos muito. Ele passou um tempo me


educando. Ele me contou histórias de sua família.

Mas ele nunca tinha mencionado Maggie.

826
Eu lutei contra as lágrimas que encheram meus olhos.

Eu não consegui.

E eu odiei quando Etienne sorriu um triunfante sorriso


assustador quando as viu deslizar pelo meu rosto.

— Eu vou educá-la sobre a doma — disse ele com falsa


doçura. — Fomos proibidos de fazer isso também, mas todos
nós ansiamos por isso. Nós temos que nos divertir. Mas uma
vez que a domesticação é completa, vamos ter o prazer e os
despojos de nossa vitória e depois vamos recuar. Passar para
a próxima domesticação, a próxima refeição, as próximas
deverão que torna a vida de um vampiro doce.

Cada palavra, cada palavra que ele disse estava me


matando.

Lucien tinha mentido. Ele não tinha apenas promessas


quebradas, ele tinha mentido completamente.

Desde o início. O início.

Ele brincou comigo como um brinquedo.

Tal como o seu bichinho.

Ele tinha jogado comigo.

As lágrimas continuavam a cair.

— Você não é nada, Leah — ele sussurrou, seus olhos


perfurando-me. — Um brinquedo agora e sempre um
parasita. Mas, no final, no curso da vida de um vampiro, há

827
alguns anos passou a desfrutar um bocado, nós liberamos
vocês e em nenhum momento a todos, não lembraram seu
sabor, como você se parece, até mesmo o seu nome.

Mais lágrimas. Isso era tudo que eu tinha para dar ao


que ele estava dizendo a mim e foi tudo o que conseguiu.

Mas ele amava cada gota salgada.

— E agora que você entende o seu lugar, você tem


alguma pergunta? —Perguntou ele.

— Edwina está bem? — Eu perguntei de volta e seus


olhos atrás de mim. Nestor deve ter feito alguma resposta
não-verbal, porque mudou de volta e ele concordou.

Eu balancei a cabeça para trás.

— Isso é tudo que você deseja saber? — Ele perguntou


quando eu não disse mais nada.

— Eu acho que você foi completo — eu sussurrei e ouvi


a risada de Nestor de trás das minhas costas, mas eu não
virei.

Eu mantive meus olhos em Etienne.

— Estou satisfeito que você pensa assim — Etienne


murmurou, sorrindo seu sorriso sádico para mim. — Agora,
vamos sair.

Eu pisquei.

Ele estava drogado?

828
Invadir a casa do Poderoso Lucien e depois é só sair?

Alguém poderia dizer que eu estava emocionada além


da crença que eles estavam indo, mas Lucien ia perder a
cabeça!

Ele deve ter lido meu rosto pois ele continuou.

— Você pode dizer o que quiser. Estamos preparados


para a sua resposta.

Oh merda. Isso não soava bom.

— Sim, Leah, estamos preparados. Você pode dizer ao


meu filho também — Etienne murmurou ameaçadoramente.

Engoli em seco novamente.

Ele continuou.

— E diga a suas tias, suas primas, seus amigos para


desfrutar de suas vidas como elas são na sua plenitude. Os
dias em que uma concubina poderia nos fornece alimento
como um feitiço depois nos sugar pelo o resto de seus dias
estão contados. Você me entende?

Ah, sim. Eu o compreendia. Totalmente.

Ele não gostava de mortais. Mas ele realmente não


gostava de concubinas.

Rapaz, eu o compreendia bem.

Eu balancei a cabeça.

829
— Boa menina — ele murmurou condescendente e bile
deslizou até minha garganta.

Ele me estudou. Fiquei imóvel e deixei-o, apenas feliz


que eu iria parar de chorar.

— Você sabe — ele sussurrou, pensativo, — é quase


triste, vocês mortais entregando seu coração para os
vampiros. Tem sido um longo tempo desde que eu vi aquele
olhar no rosto de um mortal depois que ela soube da
verdadeira natureza de um vampiro. — Ele inclinou a cabeça
para o lado, seus lábios tremeram e ele terminou: —
Obrigado, deliciosa Leah, por me dar isso de volta.

E eu sabia que, em seguida. Ele tinha jogado com


muitas mulheres, dezenas delas, talvez centenas delas. Todas
elas só gostaram que seu filho tivesse me tocado.

Deus, eu o odiava.

Odiava.

Mais do que eu odiava seu filho.

Ele ergueu o queixo, meu corpo balançava e meu


cabelo voou de volta quando tudo se acelerou por mim.

Eu estava dura e olhando para o nada, então me


toquei.

Edwina.

830
Virei-me no meu pé e corri para a sala de jantar. Parei
em uma derrapagem na porta quando eu a vi, os pulsos
presos a uma cadeira, mais fita na boca, lágrimas deslizando
por suas bochechas, terror estampado em seu rosto.

Sacudi-me fora do meu horror e corri para ela.

— Eu sinto muito, me desculpe, me desculpe, Edwina,


— eu sussurrei. — Nos filmes eles fazem isso rapidamente.
Vou fazê-lo rápido. Acabar com isso. Por favor, me perdoe.

Então rasguei a fita fora de sua boca. Ela gritou de dor


e o som cortou através de mim.

— Eu vou tirar esses fora — eu murmurei, sacudindo o


pedaço de fita longe dos meus dedos e fui trabalhar na fita
em seus pulsos. — Você está bem?

— Eu estou... não — respondeu ela com voz trêmula.

Não. Claro que não. Ela não estaria.

— Eu vou.... Eu vou. — Eu parei de falar e minhas


mãos pararam de se mover.

Você não é nada, Leah... um brinquedo... nós não nos


lembraremos seu gosto, como você se parece, até mesmo o
seu nome.

Meus olhos se mudaram para os molhados de Edwina.

Ela leu os meus imediatamente.

— Leah, eu o ouvi. Cada palavra — ela sussurrou.

831
Não se engane em pensar que o meu filho se preocupa
com você. Ele quer que você acredite nisso, é claro, é a forma
da domesticação. Mas não é real.

— Leah, me escute. Não acredite no que ele diz —


Edwina pediu, sua voz insistente.

Isso é o que você é, Leah. Uma diversão. Uma agradável,


uma suculenta, mas simplesmente uma diversão.

— Esses vampiros com ele, eles são poucos — Edwina


continuava a sussurrar com urgência. — Todo mundo sabe
de Etienne, ninguém o respeita. Katrina estava aqui apenas
porque ela está com raiva. Uma semana, um mês, ela vai
repensar e ela vai recuar. Nestor, Marcello, eles têm sido
inimigos de Lucien por anos. Ciúmes de sua fama, suas
habilidades, sua fortuna. Eles se aliaram com Etienne não
por outras razões, a não ser, fazer Lucien sofrer. Não acredite
no que ele diz, Leah. Nem uma palavra dele.

Eu não ouvi nada do que ela disse.

Ouvi Lucien me dizendo, isso ainda vai ser bonito.

Ele disse que ele tinha o meu amor e não ia devolvê-lo.


Ainda assim, ele pensou que poderia me convencer a
continuar a servir-lhe por me convencer o vazio que poderia
dar-me era bonito.

Ele teve o amor de sua vida. Uma merda que ela foi
torturada e morta, mas pelo menos ele teve.

832
Eu não tenho nada.

Nada.

Tudo tinha sido tirado de mim.

Tudo o que eu fui, tudo que eu tinha, tudo o que eu


era.

Tomado por Lucien.

Concentrei-me no rosto de Edwina.

— Por favor, algum dia, entenda o que eu vou fazer


agora e perdoe-me — eu sussurrei.

Então eu endireitei-me longe dela e corri para fora da


sala de jantar no meu, saltos altos.

— Não! — Ela gritou. — Leah! Não! Não dê ouvidos a


ele. Desamarre-me! Devemos chamar Lucien imediatamente!

Corri para os telefones primeiro. Agarrei e arranquei


livre da parede. Com cada um eu corri para a piscina e joguei
dentro. Então eu corri para os ganchos principais pela porta
traseira, peguei as chaves de Edwina, fui para a bolsa, peguei
os celulares e eu levei os para a piscina também e joguei-os.

Eu não tinha muito tempo.

Eu tinha que me apressar.

Eu corri para cima e encontrei as duas malas que eu


trouxe comigo guardadas no armário do corredor. Arrastei-as

833
para o guarda-roupa. Rapidamente, mas com cuidado
arrumei. Nada das coisas que Lucien comprou para mim
(exceto minha calcinha e camisolas desde que eu tinha jogado
todas as minhas velhas longes, vendo que os que Lucien me
deu eram muito mais agradáveis). Maquiagem. Shampoo.
Loção. Jóias. Tudo o que era meu, que eu podia ver.

Enfiei meu telefone na minha bolsa, corri para a mesa


no quarto e peguei meu passaporte.

Então eu arrastei as malas para baixo das escadas e


não olhei para a sala de jantar enquanto passava.

— Leah! Não! Por favor, ligue para Lucien! Não saia!


Não vá, não é seguro! — Edwina me chamou.

Senti-me como uma cadela. Pior do que uma cadela,


deixando-a amarrada lá. Isso foi maldade. Foi egoísta. Foi
feio.

Mas eu não tinha escolha.

Eu tinha que ir embora.

Eu tinha que fugir.

E Lucien poderia estar em casa a qualquer minuto.

Edwina era uma senhora simpática que eu pedia a


Deus que um dia ela fosse me perdoar.

834
Eu saí para o Cayenne e carreguei minhas malas.
Entrei e abri a garagem. Eu afivelei o cinto de segurança e
percebi tardiamente que minhas mãos tremiam.

Esta não era a única coisa tremendo. Meu corpo inteiro


estava.

Saiam lágrimas dos meus olhos.

Eu forcei meus pensamentos sobre o que estava ao


lado. Banco, limpar as contas onde Lucien depositou meu
dinheiro de concubina. Encontre um caixa eletrônico e fazer
uma retirada máxima da minha conta. Sair de Dragon Lake.
Parar na concessionária de carros usados mais próxima,
abandonar o Cayenne e conseguir um outro carro.

Eu fiz meus planos, então eu os executei. Banco.


Graças a Deus, nenhuma fila. Caixa eletrônico no mesmo
lugar. Fácil.

E enquanto eu dirigia para fora do Dragon Lake, peguei


meu celular e liguei para o 911.

— Nove-um-um, qual é a sua emergência? — Eles


responderam.

— Houve um arrombamento... — Eu disse a eles o


endereço de onde encontrar Edwina. Então, eu sussurrei, —
Depressa.

Desliguei a chamada, apertei o botão para rolar para


baixo da minha janela e joguei meu celular.

835
Eu não sabia como funcionava, mas na TV eles podiam
rastrear os telefones.

Não o meu.

Não mais.

Lucien iria me caçar e ele estava dentro de seus


direitos para me matar.

Eu sabia que eu iria vê-lo novamente. Eu sabia que


quando eu fizesse ele estaria furioso. Eu sabia que ia ser
feito, de uma forma ou de outra.

Feito.

Terminado.

E eu gostaria de ser livre.

836
Capítulo Vinte e Dois

O Segredo

Lucien entrou no estacionamento sob o prédio de


escritórios.

Ele estava furioso.

Dirigir para seu escritório levou bem mais de uma


hora. Um engarrafamento de quatro carros causando uma
parada maciça com atrasos subsequentes. Mais vezes do que
podia contar, ele queria se virar e voltar.

De volta para casa.

Voltar para Leah.

Voltar para explicar as coisas para ela, suavizar aquele


olhar medonho fora de suas características, a dor de seus
olhos, injetar a vida de volta para sua voz.

Mas ele não podia. Culpa de Gregor. Gregor era um


membro do Conselho e com a aliança de Gregor ele poderia
ajudar a manter Leah segura. Por duas vezes, ele havia
adiado um encontro e ele tinha feito isso para passar o tempo
com Leah. Ele não podia atrasar novamente. Gregor estava
impaciente, a reunião era importante, mesmo imperativa, ele
disse a Lucien através de Avery.

837
Ele teve que ir a porra do encontro.

Ele guiou o Porsche, seu pensamento na pessoa que o


amava. Sua Leah o amava.

Ele sabia disso. Ele sabia que estava acontecendo. Não


só porque Stephanie avisou, Kate disse a ele, mas porque ele
sentiu.

E foi por isso que ele tinha feito o que tinha feito.
Egoísta ao extremo, mas era muito bonito, o amor de Leah.
Melhor do que a sua beleza. Melhor do que o seu cheiro.
Ainda melhor do que o seu sangue. Era como uma droga. A
sensação de êxtase. Ininterrupto, de acordar até o sono e até
mesmo em seus sonhos, tê-la perto.

Foda-se.

Porra!

Ele deveria ter falado com ela como Kate disse. Como
uma prioridade.

Ele deveria ter falado com ela.

Ele estacionou, fechou o Porsche e saiu do carro sem


demora.

Ele precisava ter este encontro concluído. Ele precisava


voltar para casa.

Voltar para Leah.

838
Eu estou apaixonado por você, poderoso vampiro
Lucien.

As palavras perfuraram seu cérebro enquanto ele


fechava a porta do carro e ele perdeu o controle. A porta
bateu e o carro inteiro estremeceu e deslocou quatro pés para
o próximo, felizmente vago, local.

Ele olhou para o seu veículo, uma vez que continuou a


balançar, então quando ele parou. Ele fechou os olhos,
inclinou-se para os braços no teto do carro e abaixou a
cabeça.

“Querida, olhe para mim. ”

“Por favor, saia de mim. ” Rouca. Agonizante.

“Leah, querida, por favor, olhe para mim. ”

“Eu não deveria ter dito isso. Esqueça que eu disse isso.

“Olhe para mim. ”

“Isso não aconteceu. Apenas limpe-o de sua mente. Vá a


sua reunião. Nós dois vamos esquecer isso e tudo vai ficar
bem. ” Sussurrou. Desesperada.

Agonizante. Desesperada. Ele tinha feito isso. Ele a fez


sentir essas coisas. Ser egoísta. Levando-o a esquecer que ele
não podia dar. Levando-o a esquecer que seu dever era
mantê-la segura. Tomando o que ele não conseguia parar de

839
tomar e esquecer de protegê-la, deixando em sua agonia,
assim como na sua sangria.

Ele nunca esqueceria que ela disse isso. Ele nunca


seria capaz de limpá-lo de sua mente. Ele foi queimado ali,
literalmente por toda a eternidade.

— Foda-se — ele sussurrou.

Seus olhos se abriram, ele levantou a cabeça e olhou


cegamente através do parque de estacionamento.

Então ele pensou em Gregor. Não era na reunião


iminente. A decisão de Gregor 500 anos atrás.

Lucien tinha três opções. Continue a tomar a partir de


Leah. Faça-a sua companheira e coloque-a em perigo ainda
maior, concebivelmente fazer seus pesadelos reais.

Ou, por causa dela, soltá-la.

Não. Ele tinha apenas uma escolha.

A última.

Foda-se.

Ele sugou ar em respiração, endireitou o carro e


desviou-se do elevador, a fim de correr até os quarenta lances
de escada com velocidade de vampiro. Se um mortal o visse e
chamasse a atenção do Conselho, foda-se. Deixe-os multá-lo.
Em poucas horas ele estaria perdendo tudo.

Tudo.

840
Ele diminuiu a velocidade quando chegou no salão e
ficou retardado quando ele abriu a porta e se moveu através
de seus escritórios ocupados. Tirou o celular e desligou-o, em
preparação para a reunião, enquanto os empregados
acenaram para ele, levantou o queixo e devolveu os gestos.

Ele viu Sally atrás de sua mesa através da parede de


vidro que expôs seu escritório. Ela tinha estado a seu serviço
por dez anos. Nesse tempo ela conheceu e se casou com seu
marido, teve dois filhos e perdeu a mãe. Nesse tempo, ele não
tinha envelhecido um dia.

Era hora de seguir em frente. Criar novas empresas,


vender suas vastas explorações para si mesmo, distribuir
pacotes de indenização, referências, deixe sua força de
trabalho ir e mover. Desta vez, ele precisa desaparecer,
contratar alguém jovem e competente para agir em seu lugar
por vinte, trinta anos. Então ele precisa atravessar os
movimentos novamente, conseguindo suas propriedades
como um fantasma. Em sessenta, 70 anos, ele ressurgia ou
talvez continuasse como um fantasma cuidando de sua
fortuna.

Ele estava considerando-o um pouco. Ele mesmo


planejou discutir o destino de sua futura casa com Leah.

Agora, ele decidiu Cingapura. Magdalene tinha se


mudado para lá há três anos. Ela adorou. E ele nunca tinha
vivido lá. Era um lugar tão bom quanto qualquer outro.

841
A fim de proteger o conhecimento que ele era um
vampiro, ele tinha feito isso vezes demasiado numerosas para
contar. Era uma tarefa que nunca foi menos do que tentar. E
cada vez que ele desejava que ele pudesse simplesmente ser
quem ele era porra e não ser forçado a se engajar nesse
agravamento.

Ele empurrou as portas de vidro para escritório externo


de Sally. Sally olhou para cima e sorriu. Em seguida, ela leu
seu rosto e o sorriso morreu.

Por isso, imediatamente, ela relatou:

— Eu dei-lhes café e bagels, disse-lhes que você


chamou e explicou sua demora.

— Obrigado, Sally, — ele murmurou, movendo-se para


os brilhantes, painéis de madeira portas duplas que levaram
ao seu escritório.

— Gostaria de café fresco? — Ela chamou a sua volta.

Ele não tinha nada, mas o sangue de Leah e ele teve


seu sangue sem saber que era o último gosto dela que ele já
teria. Ele sempre saboreou ela. Se ele soubesse, ele teria
tomado o tempo para saborear mais. Não apenas seu sangue,
tudo o que era ela quando ela deu a ele.

— Sem café e sem interrupções — respondeu Lucien,


girando a maçaneta e abrindo a porta.

Ele olhou o quarto antes de fechar a porta atrás de si.

842
Cosmo encostado ao lado de sua mesa, de braços
cruzados, tornozelos cruzados. Stephanie relaxando em uma
poltrona na área de estar ao lado da sala, as pernas
cruzadas, copo de café na mão. Avery e Gregor sentados no
sofá, a postura de Avery relaxada, mas alerta. Gregor, no
entanto, se recostou como Stephanie, as pernas cruzadas,
parecendo entediada.

Lucien caminhou para a área de estar quando Cosmo


empurrou para longe de sua mesa e se aproximou do outro
lado.

— Eu peço desculpas pelo atraso. Transito, — Lucien


murmurou, parando na parte de trás da poltrona vaga em
frente a Stephanie.

— Essas coisas acontecem, — Gregor murmurou,


estudando Lucien.

Lucien cruzou os braços sobre o peito e nivelou os


olhos em Gregor, ignorando os outros. Rude, ele sabia, mas
ele não deu a mínima. Ele precisava conseguir isto terminado
e ele precisava ir para casa e liberar Leah para que ela
pudesse começar a curar das feridas que ele tinha
intencionalmente infligido, curtindo cada segundo dela porra.

— Infelizmente devo pedir desculpas novamente. Eu sei


que meus adiamentos devem ter sido frustrantes assim como
o atraso de hoje mesmo, mas as razões para este encontro
são agora discutíveis. Esta tarde, eu vou estar liberando Leah
de seu contrato.

843
Ele ouviu o silvo de respiração rápida inspirar de
Stephanie, ao mesmo tempo, ouviu a voz sussurrada de
Cosmo,

— Que porra é essa? — Ambos vieram como Avery


crescendo mais alertas e o olhar de Gregor virou afiado.

— Eu sinto muito? — Perguntou Gregor suavemente.

— Estou liberando Leah, — respondeu Lucien.

— Puta que pariu, Lucien! — Stephanie estalou quando


ela disparou para fora de sua cadeira. — O que está
acontecendo?

Lucien olhou para Stephanie.

— Não é da sua conta.

Seus olhos ficaram grandes.

— Não é do minha conta? Você está louco?

Lucien respirou longo, lento e segurou seus olhos, mas


ele não falou.

Stephanie não gostou disso, inclinou-se e perguntou:

— Responda-me! Você está louco?

— Eu vou repetir, Teffie, que não é da sua conta.

— Você está louco — ela sussurrou, seus olhos se


estreitaram.

844
— Lucien, mesmo você não pode pegar uma ponta da
nossa cultura depois de 500 anos de convenção, em seguida,
semanas mais tarde, mudar de ideia por um capricho —
Cosmo colocou, com a voz baixa com raiva.

Os olhos de Lucien moveram-se para Cosmo enquanto


falava, e quando ele terminou, ele declarou:

— Não é um capricho.

— O que é então? — Cosmo retrucou.

— O que é, não é da sua maldita conta — Lucien


rebateu.

— Isso é inacreditável — Stephanie assobiou e Lucien


olhou para ela.

— Teffie, calma, — Avery murmurou.

A cabeça de Stephanie era um borrão quando ela se


virou para Avery e gritou:

— Eu não vou ter calma! Estamos no punho da guerra!

— Você está apaixonado por ela.

A sala ficou parada quando Gregor falou estas palavras


e os olhos de Lucien moveram-se para ele.

— Sim — ele confirmou sem hesitar.

— Oh meu Deus — Stephanie sussurrou.

— Jesus Cristo porra — Cosmo disse suavemente.

845
— Você conhece minhas escolhas Gregor — Lucien
disse calmamente. — Você é a única pessoa nesta sala que
faz. Posso mantê-la segura, mas por quanto tempo? A
alimentação que eu fiz dela, não vai ter a chance de ter muito
efeito, e dar-lhe uma vida mais longa. Ela tem quarenta,
cinquenta anos restantes da vida mortal. Isso é melhor do
que viver qualquer comprimento de tempo que posso mantê-
la viva, fazendo-a correr e acabar com sua vida em um
andaime enquanto ela me assiste queimar. Você sabe disso
melhor do que ninguém nesta sala. Portanto, esta tarde, eu
estou liberando-a.

— Há quanto tempo você sabe? — Perguntou Stephanie


em silêncio e o olhar de Lucien foi até ela.

— No minuto em que a vi, há vinte anos — respondeu


Lucien.

— Por que você não disse nada? — A voz dela estava


subindo.

— Porque eu só admiti isso para mim há dois minutos


— Lucien respondeu.

Stephanie fechou os olhos e baixou a cabeça.

— Por quê? — Perguntou Cosmo e Lucien olhou para


ele.

— Por quê? — Ele repetiu.

846
— Sim, Lucien, por quê? Se você a ama, por que você
está liberando ela?

— Você nunca acasalou. Setecentos e 53 anos, Cosmo,


você esteve nesta terra e não uma mulher, mortal ou imortal,
você já ficou ao lado e trocaram sangue e votos. Quando você
fizer isso, você vai saber por quê — Lucien retornou.

— Nada disso era sobre a domesticação, — Cosmo


acusou. — É besteira que você só descobriu há dois minutos
que você a amava. Você sabia disso o tempo todo.

Lucien inclinou a cabeça.

— Em algum nível, sim. Mas eu estava negando isso


pela segurança de Leah. E besteira que poderia ter sido
Cosmo, mas você sabia também. Assim também Stephanie. E
Isobel. E quem realmente me conhece. Se você for honesto,
você sabia que tudo que eu estava fazendo era por razões
mais do que para domar e foder uma concubina.

— Então, em algum nível, você sabia que não poderia


tê-la e ela não poderia ter você e você fez isso de qualquer
maneira — Cosmo lembrou.

— O que eu sabia era que eu tive com Maggie se fosse


ter com Leah nem que fosse por pouco de tempo era melhor
do que não a ter em tudo. Não só para mim, mas para ela. E
o nosso tempo juntos me provou que eu tinha razão. E eu
sabia que, desta vez, o nosso tempo juntos seria curto. Então,

847
eu sabia que não poderia perder. O que eu fiz não foi calcular
que Leah devolveria meus sentimentos tão rapidamente.

Com isso, a compreensão surgiu. Lucien sabia quando


Cosmo se encolheu e virou a cabeça.

Lucien olhou para Gregor.

— Ela contou que ela estava apaixonada por mim hoje.


Como o Conselho está considerando o meu pedido, eu refleti
sobre isso. Meu primeiro instinto foi falar lógica para ela em
um esforço para prolongar o nosso Acordo. Mas isso é sobre
Leah. Eu a conheço melhor do que isso. Ela consome a vida,
ela é governada pela emoção. Ela não vai gostar do que temos
por um curto período de tempo. E ela não pode saber que eu
retribuo seus sentimentos. Se isso acontecer, ela nunca vai
me deixar ir. E eu não vou querer que ela fique. Pensando
que eu não compartilho seu amor, ela já está acabada para
mim. Ela está recuando em um esforço para controlar a dor
que eu causei. Devo libera-la por causa dela. Portanto, eu
não preciso de permissão do Conselho. Dito isto, se outros
vampiros desejam entrar em uma domesticação, você deve
saber que eu os vencerei.

— Por favor, sente-se, Lucien — Gregor pediu em voz


baixa.

Lucien balançou a cabeça.

— Eu tenho que voltar para Leah.

848
— Por favor, Lucien. Sente-se — disse Gregor com mais
firmeza.

— Isso está terminado. Devo voltar para casa.

Casa.

Casa.

Não mais.

Foda-se.

Porra!

Gregor realizou seus olhos.

Então ele disse:

— O que eu estou prestes a contar é conhecido por


muito poucos. Uma escolha de muitos poucos. Se alguém de
fora do círculo sagrado e os ocupantes dessa sala contarem o
que eu vou dizer a você, não importa qual de vocês
compartilhar o segredo. Todos vocês serão caçados. Todos
vocês serão capturados. Todos vocês serão torturados até que
vocês implorem para serem queimados. Cada membro da sua
família terão o mesmo destino. E todos que você ama,
imortal, — seus olhos apontaram no rosto de Lucien — ou
mortal terão o mesmo destino também.

— Puta merda — Stephanie respirou, sentando-se.

— Fale — Lucien latiu e Gregor ergueu o queixo.

849
Então seu olhar varreu o quarto quando ele anunciou,

— A história Imortal é uma mentira.

Lucien sentiu seus olhos estreitos.

— Eu imploro seu perdão? — Perguntou Cosmo.

— História Imortal é uma mentira, — Gregor repetiu. —


Milênios atrás, uma decisão foi tomada. Havia muita luta.
Sangrenta batalha após batalha sangrenta foi travada.
Imortais torturados, decapitados, queimados. Foi horrível, era
destrutivo e, no final, isso simplesmente dizimou o número de
nossa espécie. Tragicamente. Havia muito poucos de nós
restando. Qualquer um de nós. — Ele ergueu a mão para o
gesto de Avery. — Vampiros. Lobisomens. Espectros.
Phantoms. Golom. The Wee. Assim, os restantes das espécies
chegaram a um acordo e tomaram sua decisão. Muitos de
nossos povos necessitavam dos seres humanos para
sobreviver. Um caminho precisava ser encontrado que
pudéssemos viver em paz entre eles. As batalhas eram em
sua maioria disputas, conflitos sobre dominação. Sendo
muito forte e extremamente difícil de matar, houve imortais
que sentiam que nossa espécie devia governar mortais e
quando digo isso, quero dizer escravizá-los. Os outros
estavam empenhados em uma coexistência mais
democrática, mesmo se eles soubessem que isso significaria
esconder quem somos.

— Isso não é novidade, Gregor. Estas batalhas antigas


são conhecidas entre todos os imortais. Nos dias de hoje é

850
um segredo muito mal guardado que há aqueles que ainda
abrigam essas opiniões políticas diferentes — Lucien o
informou.

— Sim, você sabe disso, é claro — Gregor afirmou,


olhando para Lucien. — O que você não sabe é que as
diferentes espécies não são mutantes do homo sapiens, uma
transmutação de lobo e humano, um processo evolutivo
baseado em geografia ou a metamorfose das forças naturais
em formas humanas nem nós evoluímos para o que somos
hoje do lodo primordial. Fomos feitos de magia.

— Puta merda — Stephanie respirou.

— Isso é ridículo — Cosmo mordeu fora.

Gregor olhou para Cosmo.

— Pode parecer que sim, mas é absolutamente


verdadeiro. Nós somos de outro mundo. Somos
sobrenaturais. Não há explicação para nós. Somos mágicos.

— Explique — Lucien resmungou e os olhos de Gregor


vieram a ele.

— Eu não posso, Lucien. Como eu disse, não há


explicação para nós. Tem havido muita pesquisa sobre o
tema, mas quando e como nós chegamos à existência, nos
tempos antigos não havia registros mantidos. E havia tantas
de nossas espécies mortas nessas batalhas e o segredo foi
mantido por tanto tempo, até mesmo os antigos que fizeram o

851
pacto, expiraram. Se eles soubessem o segredo de nossa
origem, levou eu para o tumulo.

— Isso não pode ser possível, — Stephanie sussurrou.

— Não é — Gregor informou. — Isso é o que torna


mágico.

— Se for esse o caso, explicar como partilhamos a


mesma estrutura corporal exata com os seres humanos. Nós
acasalamos igual. Reproduzimos igual. Respiramos,
dormimos e na maioria das vezes comemos igual. — Lucien
exigiu.

— Eu não sei a resposta para o que quer. Mas pense


nisso, Lucien, — Gregor incentivou suavemente. — Cada
espécie, na verdade, partilham a mesma estrutura corporal
exata com os seres humanos e, no entanto, a menos que
sejam degolados ou queimados, não morrem. Nesta terra,
quase tudo morre eventualmente. Até mesmo os antigos que
fizeram esse pacto não morreram naturalmente. Alguns
foram mortos e outros se mataram.

— Nós consumimos sangue mortal para nos alimentar,


nos mantermos vivos, — Stephanie colocou. — Nós
morreríamos sem ele.

— Você ficaria enfraquecido significativamente. Mas


você não iria morrer. Este não é um fato compreendido por
nossa espécie, porque nenhum de nós testou esta teoria pela
abstenção. Mas não é menos verdade, — afirmou Gregor, os

852
olhos de Stephanie alargaram e Gregor parou. — Mas
espectros e fantasmas consomem energia mortal. Como isso é
possível? Parece natural para nós, desde que nos conhecemos
eles pelo que parece uma eternidade, mas, Stephanie, é....
é.... não. Se você pensar sobre isso, logicamente, você sabe
disso também. Para não mencionar, os lobisomens são
imortais e não consomem nada mortal ou qualquer coisa
diferente do que os mortais fazem. Exceto para dizer que eles
consomem muito deles e metabolizam muito mais rápido.

— Por que os imortais nos disseram que somos seres


humanos? — Perguntou Stephanie. — Mentir para nós sobre
quem somos, não faz sentido.

— Nós já somos diferentes dos seres humanos e,


infelizmente, essa espécie é propensa a temer o desconhecido
e todos nós sabemos que o medo se manifesta muitas vezes
desagradável. Para convencer os imortais que partilham
partes integrantes com os seres humanos mortais deu um
senso de humanidade. A união com os outros seres que
habitam esta terra. Fazê-lo construído em imortais uma
afinidade entre as espécies. Se você sente que evoluiu a partir
de uma espécie que é inferior a você, mas você tem a
capacidade de sentir compaixão, seria ajudar na erradicação
de impulsos para subjugar seus inferiores, porque eles são
uma extensão de si mesmos. E, por milênios, você tem que
admitir, isso tem funcionado muito bem.

— Isto é sangrentamente insano — Cosmo murmurou.

853
— É verdade, mas também é absolutamente verdadeiro,
— Gregor retornou.

— É este o grande segredo, — afirmou Lucien e a


atenção de Gregor voltou para ele, — você está
compartilhando isso com a gente agora, porque...?

— Por causa das Profecias, — respondeu Gregor.

— Oh merda. Aqui vamos nós, — murmurou Stephanie


e Gregor virou-se para ela, as sobrancelhas ficando juntas.

— Você conhece as profecias?

— Não, — ela respondeu. — Mas há dois minutos eu


aprendi que eu sou sobrenatural. E estaria com uma certa
razão de que você iria jorrar algum absurdo sobre profecias.
Foda-se, Gregor, eu tenho centenas de anos de idade. Eu li o
meu quinhão de livros. Com merda sobrenatural, há sempre
algumas porras de profecias.

Stephanie estava chateada, mas ela também era


divertida.

Mesmo assim, Lucien não riu.

Gregor respondeu:

— Bem, o que você vai aprender hoje, todos têm a ver


com os três. Os Três sendo o Sagrado Triunvirato, que inclui
um vampiro cuja força e astúcia sabem não ser igual, mas
que também acrescentou capacidades para além de qualquer
uma compartilhada por sua espécie. Ele vai encontrar sua

854
companheira, uma mulher mortal de grande espírito, que
também tem suas próprias habilidades. Aqueles com que ela
nasceu, uma das quais é a capacidade de absorver os poderes
de seu companheiro através de sua alimentação.

O ar da sala ficou grosso e o intestino de Lucien


arrancou como seu peito apertou.

Gregor não tinha terminado.

— O segundo é o Rei dos lobisomens que vai encontrar


a sua companheira e, também ela, terá poderes
sobrenaturais. E o último é um lobisomem, vampiro híbrido
cuja companheira mortal, também será excepcional.

— Lobisomens e vampiros não podem produzir filhos —


declarou Cosmo.

— Sim, e nem pode vampiros e mortais, mas se as


profecias se tornar realidade, Lucien vai procriar quatro
crianças em Leah nos próximos dez anos — Gregor retornou.

Lucien não poderia ter retido a reação dele nem se ele


tentasse. Mas ele não tentou. Sua mão disparou, seus dedos
enrolando firmemente ao redor do topo da cadeira na frente
dele.

— Meu Deus — Stephanie sussurrou.

Gregor olhou para Lucien.

— Os tempos estão mudando — afirmou suavemente.


— A guerra está quase em cima de nós. E esta não é uma

855
guerra entre vampiros que desejam ser libertados das
constrições do Acordo Imortal e Mortal contra aqueles que
não o fazem. Vai ser uma guerra entre todos os imortais
aliados a mortais que vão lutar contra os imortais que
desejam livrar o planeta de seus irmãos que pensam diferente
do que eles fazem. Irmãos que querem viver entre o que seus
inimigos consideram seus inferiores. E o nosso inimigo quer
escravizar seus inferiores para atendê-los de todas as
maneiras. E, me desculpe dizer, Lucien, como você têm
sofrido muito em seus anos, você e sua Leah fazem parte dos
três. Um trio de companheiros que será fundamental para
parar isso ou o seis de vocês perecerão tentando.

Foda-se.

Porra!

— O que isso significa? — Perguntou Cosmo.

Foi Avery quem respondeu.

— Isso significa que é hora de imortais a fazerem


incursões como imortais para o mundo mortal. E para fazer
isso, significa que o Conselho já alterou o Acordo Mortal e
Imortal. Isso significa que não só os vampiros estariam livres
para domar suas concubinas, eles estarão livres para domar
qualquer mortal que eles desejam. E, por último, — seus
olhos se moveram para Lucien, — eles serão novamente
liberados para copular com os mortais oficialmente. A pena
foi feita a distância. Eles estarão fazendo uma declaração
oficial na segunda-feira.

856
A mão de Lucien lançou a cadeira; ele se virou e
moveu-se rapidamente para a porta.

— Lucien — Gregor chamou, Lucien parou e se virou


para trás.

Mas não por causa do chamado de Gregor.

— Será que essas Profecias estão escritas? —


Perguntou ele.

— Elas estão — Gregor respondeu. — Mas...

Lucien o interrompeu:

— Eu preciso chegar a Leah. Mais tarde, você vai


manda-las para mim lê-las.

— Isso é impossível, — Gregor retornou.

— Torne-o possível, — Lucien cortou.

— Você não entende, — disse Gregor cuidado.

— E você pode explicar isso para mim depois que eu


falar com Leah — Lucien retrucou.

— Eu poderia ser capaz de providenciar para que você


veja algumas delas, mas é muito provável que você só vai
poder ver essas Profecias que não lhe dizem respeito, mas em
vez disso os outros dois conjuntos de companheiras no
triunvirato, — explicou Gregor.

857
— Puxe cordas, unte mãos, peça favores, mas encontre
uma maneira para eu ler essas Profecias — Lucien trincou.

— Luce, você acredita nesse absurdo? — Perguntou


Stephanie em descrença e olhos de Lucien cortaram-na.

— Se minha companheira é Leah? — Perguntou ele,


Stephanie assentiu e Lucien terminou — Absolutamente.

A cabeça de Stephanie empurrou certa diante de seus


olhos e se estreitaram que estava certo antes dela sorrir.

— Ok, então você acredita nas profecias? — Ela


perguntou.

— Se alguma coisa está escrito sobre Leah e eu, eu


quero lê-lo se ele foi escrito ontem ou três mil anos atrás, e
ver se eu acredito ou não — Lucien respondeu.

— Compreensível, — ela murmurou, ainda sorrindo.

— Há muito ainda para falar sobre isso, — Gregor


cortou e os olhos de Lucien foram até ele.

— Nós vamos organizar outra reunião. Duas semanas


— afirmou.

As sobrancelhas de Gregor dispararam.

— Duas semanas?

— Gregor, eu estou prestes a sair deste escritório, ir


para casa e pedir a mulher que eu amo para passar a
eternidade comigo. Sim, fodendo duas semanas e considere-

858
se afortunado que eu não vou arranjar uma merda de reunião
até depois de dois meses.

Os olhos de Gregor mergulharam para baixo, mas não


antes de Lucien visse uma luz.

Jesus, o vampiro não era totalmente frio e insensível.


Isto foi bom saber.

Por esse pensamento, a porta se abriu e Lucien voltou-


se para ele para ver a cabeça de Sally entre a porta.

Em seguida, seu corpo ficou sólido quando ele


registrou sua palidez, os olhos arregalados e cheirava seu
medo.

— Eu sinto muito, Lucien. Eu sei que você disse sem


interrupções, mas Edwina está no telefone e ela disse que é
uma situação de emergência.

Porra, ele desligou o celular para esta reunião. E com


Cosmo, Stephanie e Avery na reunião, tinha feito
necessariamente de má vontade, mas deixou Leah
desprotegida.

Porra!

Ele caminhou rapidamente para sua mesa, obrigando-


se a fazê-lo no ritmo de um mortal, exigindo saber:

— Em que linha?

— Um — Sally respondeu.

859
Ele arrancou o telefone fora do gancho, coloque-o ao
ouvido, uma linha de bater ao mesmo tempo.

— Edwina.

— Lucien, — ela respirou, sua voz engatando. — Oh,


Lucien.

— Fale comigo, — ele ordenou.

— Seu... seu pai, Ka... Katrina, Marcello e hum... eu


não sei seu nome, mas havia quatro vampiros aqui. Eles
entraram através da porta. Eles...

Foda-se. Não. Oh merda, não.

— Leah? — Ele latiu.

— Ela se foi — sussurrou Edwina e o intestino de


Lucien torceu, com a mão livre enrolada em um punho e seu
peito começou a queimar.

— Foi? — Ele sussurrou de volta, espantado com sua


audácia, assim como lívido. — Eles a levaram?

— Não, não... ela deixou. Eles, o seu pai, ou seja, eles


disseram as coisas mais horríveis para ela, Lucien. Você
não... eu não conseguia nem acreditar. Ele disse a ela essas
coisas horríveis. E ele contou a ela sobre uma mulher
chamada Maggie.

Lucien fechou os olhos enquanto seu punho apertou.


Ele colocou-o na sua mesa e inclinou-se para ele.

860
Edwina continuou falando.

— Ele... ele... oh Lucien, me desculpe te dizer isso


sobre o seu próprio pai, mas... ele a tocou.

Lucien abriu os olhos, mas não viu nada, mas


vermelho.

— Ele tocou Leah?

— Oh merda. — Ele ouviu Stephanie sussurrar, mas


Edwina estava novamente falando.

— Ele tocou-lhe e ele falou com ela, essas coisas vis.


Ela era... ela estava chorando, Lucien. Era... oh Deus, o olhar
em seu rosto. Eu nunca vou esquecer isso. Eu tentei explicar,
mas ela.... Sinto muito, ela arrumou suas coisas e saiu. Ela
estava tão desesperada para fugir, ela me deixou amarrada,
mas chamou a polícia para vir me buscar. Eles estão aqui
agora. Eles chegaram aqui a poucos minutos atrás. Liguei
para você assim que eu...

— Não deixe. Não faça uma queixa à polícia, mas


mantenha-os aí até que eu chegue em casa. Vou trazer outros
comigo assim você estará segura.

— Tudo bem, Lucien, — ela sussurrou. — Eu, uh...


você deve saber, o seu pai disse que iria estar preparado para
a sua resposta.

Foda-se.

861
— Será que eles prejudicaram lhe? — Perguntou
tardiamente.

— Eles me assustaram e me colaram a uma cadeira.


Doeu quando arrancaram a fita fora, mas eu estou bem.

Eles iriam queimar pela mágoa que Edwina suportou


quando a fita foi arrancada.

Eles iriam gritar antes de queimar por terem atacado


Leah.

E seu pai iria implorar por sua vida no fim.

E ele faria isso por um longo tempo porra.

— Estarei em casa em 20 minutos — Lucien disse a


ela.

— Tudo certo.

Ele desligou o telefone e se virou para ver Avery e os


três vampiros todos em seus pés.

— O que você precisa de nós? — Cosmo perguntou


imediatamente.

— Você casse Katrina, — Lucien ordenou, o rosto de


Cosmo foi difícil, mas ele balançou a cabeça.

Lucien olhou para Stephanie.

— Você me traz Marcello.

862
Stephanie deu um sorriso sem graça antes que ela
concordou.

Lucien olhou para Gregor.

— Havia um outro vampiro lá. Eu quero saber quem ele


era.

Gregor simplesmente assentiu.

Lucien olhou para Avery.

— Gregor descobre, ele te diz. Você envia Rafe.

Avery inclinou o queixo.

— Eles estão esperando por você — Lucien alertou


todos eles.

— Nós ouvimos, — Cosmo respondeu.

Lucien balançou a cabeça e olhou para Avery.

— Eu preciso de você para me seguir. E guardar


Edwina.

Avery ergueu o queixo.

— Lucien mudou-se para a porta.

— Você vai procurar seu pai? — Perguntou Stephanie


em suas costas.

863
— Não, ele pode esperar, — ele se virou, a mão na
maçaneta da porta e olhou para Stephanie — Eu estou
caçando Leah.

Ouviu-a respirar fundo, mas ele saiu pela porta.

864
Capítulo Vinte e Três

O Voto

Meus olhos sobre a TV, eu puxei os dois travesseiros


amassados que estavam apoiando meu corpo. Eu estava
enrolada em torno deles, meu pescoço inclinado, minha
bochecha descansando sobre o material bruto.

A TV não estava com o volume alto. Isso era porque eu


queria ouvir o que estava acontecendo lá fora. Não que eu
poderia fugir se Lucien me alcançasse. Eu só queria o meio
segundo que eu teria para me preparar para morrer.

Mas minha mente não estava na TV.

Minha mente, estava em tudo a vários dias.

Eu seria capaz de dormir naquela noite, sozinha em


uma cama em um quarto de hotel depois de passar semanas
dormindo todas as noites enrolada em um vampiro?

Onde eu iria amanhã? Norte, sul, leste, oeste? Canadá?


México?

Devo ter a chance de telefonar para minha família? Eu


o tinha deixado há nove dias e era provável que tinham sido
informados que tinha escapado e eles provavelmente estavam
preocupados comigo. Sem falar, que seria minha última

865
chance de falar com eles, se Lucien ficasse furioso quando ele
me alcançasse, segue o caminho do vampiro e tomasse minha
vida. Eu claramente não o conhecia (em tudo), mas o que eu
já sabia dele, eu me convenci de que ele iria pelo caminho dos
vampiros.

E, por último, imaginando quanto tempo eu tinha e se


eu deveria parar de fugir, deixá-lo me pegar e acabar com
isso.

Eu estava pronta para morrer e isso estava mexendo


com a minha cabeça também. Isto era uma doença uma
loucura, e eu estava cansada, com fome, com o coração
partido, na fuga eu sabia que a minha alma meus futuros
estavam fodidos. Eu tinha me apaixonado feio por um
vampiro que passou meses tocando-me contra mim. E só
então terminei com ele.

Mas estranhamente, considerando o que Lucien tinha


feito para mim, eu tinha que admitir que muito do minha
cabeça foi ocupada com preocupação sobre coisas que seu
pai havia dito. Coisas que significavam que Lucien estava em
perigo de várias maneiras. Eu não deveria me importar, eu
sabia disso.

Mas eu fiz.

Eu estava uma bagunça total.

866
E depois havia uma incessante batida. Perguntando-me
por que eu estava sendo tão estúpida. Perguntando-me
quando eu iria aprender.

Tentei me soltar um pouco. Ele era Lucien e não havia


um monte de homens como ele (na verdade, nenhum). Ele
trabalhou duro para isso, jurou me quebrar. E um voto de
um vampiro era uma ligação. Então, obviamente, ele fez de
tudo para ter sucesso.

Mas eu não podia me dar qualquer folga. Minhas


decisões eram minhas. Minha rendição estava em mim. Meu
voo e as consequências disso eram para eu suportar. Eu
sabia que iria machucar minha família, o que tornou mais
difícil para eu não os chamar. Mas eu disse a mim mesmo, se
o que Etienne disse era verdade, talvez seja hora das
mulheres Buchanan saírem do negócio de concubinas.

Olhei sem ver na TV. Este foi o nono quarto de hotel


que eu estive. Eu reservei este tempo. Eu estava ficado em
lugares ruins, fora da trilha batida nas últimas oito noites.
Mas eu estava cansada. Eu tinha poucas horas de sono. Este
lugar não era grande e certamente não era de luxo. Eu tinha
crescido acostumada a isso. Era velho, mas pelo menos era
limpo. Eu precisava de limpeza. Eu precisava dormir.

Dores da fome corroíam meu intestino, mas eu sabia


que eu não podia comer. Eu tentei. O pensamento disso me
deu náuseas e uma vez que eu tentei comer alguma coisa isto
me deixou doente a todo vapor. Então eu parei de tentar.

867
Eu só dirigi onde minhas mãos no volante me levaram.
Eu bebi cargas de café para ficar acordada. Então eu
encontrei um lugar para me instalar e rezar para dormir.

Mas o sono me iludiu.

Eu estava tão malditamente cansada. Eu nunca estive


tão cansada. Que fome.

Eu nunca estive com coração partido.

Eu sentia falta dele. Eu perdi o meu vampiro que


nunca seria meu. Eu sentia falta dele a cada segundo de cada
dia que eu estava longe dele.

E eu me odiava por isso.

Senti as lágrimas se reúnem em meus olhos e eu


pisquei-os, tentando me concentrar na tela da TV.

Isso não funcionou. Eu sabia, mas eu não desisti.


Todas as noites, as lágrimas vieram e não importa o quanto
eu gostaria luta para vencê-las, elas sempre silenciosamente
caiam.

Se este era um romance e ele não fosse Lucien, eu


poderia acreditar que éramos companheiros. Minhas lágrimas
e o coração partido não estavam sabendo que eu estava
fugindo do homem que eu amava, que iria me encontrar e me
matar. Elas eram sobre perder o homem que eu amava (vê?
Confusão!). Eu nunca me senti assim quando terminei a
relação com um dos meus outros namorados. Eu nem sabia

868
que poderia me sentir tão mal. Eu não sabia que esse tipo de
dor existia.

Eu desejaria ainda não souber.

Eu estava com frio. Eu estava vestindo uma camisola


de algodão rosa pálido que caía nos joelhos e tinha um decote
em V e mangas curtas de largura. Eu parei e comprei
algumas roupas íntimas para que eu pudesse jogar fora as
que Lucien me deu. Para tentar me aquecer, eu me enrolei
meus joelhos apertados contra o meu peito. Eu estava
exausta, até mesmo para ficar debaixo das cobertas.

As lágrimas deslizaram pela lateral dos meus olhos que


deixavam a tela da TV embaçada e eu suspirei.

Eu me perguntava se eu realmente conseguiria pegar


no sono, se eu tivesse o pesadelo. Eu não tinha pensado
nisso quando eu tirei e cada noite esse pensamento também
serviu para me manter acordada. Mas, nos trechos de sono
quebrado eu era capaz de conseguir, ele não veio.

Eu sabia o que isso significava. Nós tínhamos estado


ligados, mesmo que fosse de uma forma errada.

Agora nós não estávamos.

Quem diria que iria querer este sonho de volta?

É horrível, mas eu fiz. Eu queria qualquer ligação com


ele. Mesmo uma conexão pudesse bizarramente me matar.

Eita, eu estava confusa. Totalmente.

869
Eu suspirei de novo, as lágrimas diminuíram e minhas
pálpebras começaram a se sentir pesado.

Sim. Sono, por favor. Eu precisava dormir.

As lágrimas pararam e minhas pálpebras caíram.

Sim, o sono.

Pisquei lentamente então fechei os olhos.

Então, felizmente, nada.

Eu acordei e soube imediatamente que ele estava lá


porque eu podia sentir os dedos em volta do meu tornozelo.

Sabendo que eu não teria sucesso, mas eu faria de


qualquer maneira, eu tencionei para a fuga.

Então eu senti meu tornozelo puxado. De repente, eu


estava de costas e o peso de Lucien estava em cima de mim.
Ele tinha seus longos dedos em volta da minha mandíbula,
sua palma da mão quente contra meu pescoço.

Eu tinha dormido com as luzes acesas. Eu podia vê-lo


ali, com o rosto de uma polegada de distância, os olhos
cheios de calor.

Faminto.

870
Eu senti meu coração batendo no meu peito, medo
queimando através de mim, meus dedos e pernas
formigando.

— Leah, — ele sussurrou, áspero meu nome em seus


lábios.

Eu não disse nada. Esperei pelo que iria acontecer. Era


horrível, mas eu estava pronta.

Nove dias. Ele levou nove dias para me encontrar.


Fiquei surpresa e impressionada. Não me impressionou em
uma forma boa, mas ainda que fosse inacreditável.

— Eu não tenho alimentado em nove dias, querida, —


ele murmurou.

Querida.

Ainda persiste nesta farsa quando nós dois sabíamos


que era o fim.

Deus, eu o odiava.

Mas isso me surpreendeu. Eu vagamente me perguntei


por que ele não tinha se alimentado. Então, novamente, se
ele ia drenar meu sangue, ele precisa estar com uma super
fome.

— Querida, eu preciso me alimentar, — ele sussurrou.

Engoli em seco, minha garganta se movendo contra a


palma da mão, minha mente nebulosa de exaustão, me

871
perguntando por que parecia que ele estava pedindo
permissão para me matar.

Talvez fosse alguma tradição louca de vampiro.

Eu fiz a única coisa que eu podia fazer. E de qualquer


maneira, eu poderia muito bem acabar com isso.

Virei a cabeça para o lado, expondo meu pescoço, sua


mão se movendo comigo.

Eu só esperava que ele me anestesiasse. Eu não quero


morrer, mas eu realmente não queria sentir aquela dor
agonizante antes de fazê-lo.

Senti seu mergulho de cabeça, mas eu definitivamente


senti sua língua se mover para cima do meu pescoço.

Lambi meus lábios. Isso foi bom, e eu estava satisfeita,


ele não tinha a intenção de me machucar indevidamente
antes de me matar. Mas tão bom quanto eu sentia (e me senti
muito bem, como sempre, que também fui sugada) eu não me
permitiria reagir.

Então, sua língua se moveu para baixo.

Eu sentia a dormência então o senti alimentar-se.

Meus olhos se fecharam lentamente e eu finalmente


encontrei a sorte que eu estava tão cansada. Eu não tenho
energia ou força para reagir, não importava que eu estivesse
me sentindo tão bem.

872
Sua mão se moveu. Seu polegar carinhosamente
deslizando sobre meus lábios, seus dedos à deriva sobre
minha bochecha, meu queixo para baixo, para baixo para
envolver o lado do meu pescoço e me puxar para cima como
ele aprofundou a sucção.

Deus, eu adorava quando ele fazia isso. E, mesmo


naquele momento, tão esgotada como eu estava, eu senti um
leve formigamento em meus mamilos e entre as minhas
pernas.

Seu polegar se moveu, acariciando minha garganta e


eu pensei, era Lucien. Mesmo me matando, ele estava
jogando o jogo, fingindo gentileza, dando-me algo bonito.

Meus olhos se abriram lentamente e tão lentamente


fecharam novamente. Deus, eu estava tão exausta. Eu não ia
lutar, não importa o quão inútil fosse. Eu não tinha mais
nada em mim. Eu não ia ficar acordada para minha morte.

Isso, eu decidi, foi provavelmente bom.

O peso de Lucien, seu calor, sua alimentação, sua mão


grande e quente no meu pescoço, o polegar acariciando
suavemente, seu outro braço em volta de mim apertado,
minhas pálpebras vibraram uma última vez.

Então, ele me daria uma bela morte.

Isso era Lucien também.

873
Eu deixei, permiti a glória da sua alimentação me
dominar, então eu mergulhei no esquecimento.

— Pode demorar alguns dias. Eu preciso ver a Leah.

Assim que eu me direcionei à consciência, eu ouvi a voz


profunda de Lucien dizendo estas palavras em voz baixa.

Então eu ouvi,

— Eu não sei. O que eu sei é que ela não tem visto a si


mesma. Nove dias e ela perdeu uma quantidade alarmante de
peso. Sua cor não está boa, há sombras sob os olhos e
adormeceu durante a alimentação. — Houve uma pausa e
então: — Sim, Teffie, durante.

Lutei contra o peso do cansaço que ainda me segurava


em suas garras. Este foi ajudado pelo fato de estar realizada e
confortável ao lado de Lucien, parte do meu corpo em cima do
seu, minha bochecha descansando em seu peito. Lucien
continuou falando.

— Eu irei muda-la para um hotel decente, alimenta-la,


fazê-la descansar. Então nós iremos conversar. Eu não quero
começar a viagem de volta até que eu esteja convencido que
ela está pronta para isso. Então segure-os. Eu vou lidar com
eles quando eu voltar. — Outra pausa, então, — Se você
quiser. Jogue com eles tudo o que você quiser.

Sobre o que ele estava falando?

874
E mais importante, por que eu estava viva e sendo
mantida confortável e segura por Lucien?

Meus olhos se abriram, então eu pisquei.

O braço de Lucien em torno das minhas costas se


moveram, com a mão à deriva pela minha espinha, os dedos
enrolados no meu cabelo.

— Ela está acordada, Teffie. Vou telefonar-lhe mais


tarde, quando eu souber mais.

Seus dedos se moviam, girando uma fechadura e meu


coração disparou.

— Certo. Vamos falar em breve.

Então eu ouvi um estalo e eu sabia que ele terminou.

Eu tive um segundo para processar isso antes de


Lucien mudar. Ele acabou ficando de lado, o outro braço indo
ao redor de mim, me puxando para cima assim que minha
cabeça não estava em seu peito, mas no travesseiro e eu
estava olho-no-olho com ele.

Deus, seus olhos eram bonitos. Nove dias e eu pensei


que eu me lembrava de tudo, mas eu esqueci o quão bonito
seus olhos eram.

— Você dormiu profundamente, querida. Como você se


sente? — Ele perguntou suavemente, seus dedos ainda
jogando no meu cabelo, o outro braço segurando-me perto de
seu calor.

875
— Uh... o que está acontecendo? — Eu sussurrei com
cautela.

— Você vai me dizer como você se sente, — ele


respondeu.

— Bem... uh... — Eu parei.

Ele não tinha me matado. Na verdade, olhando para


ele, ele não parecia com raiva de tudo. Ele parecia Lucien,
exceto melhor. Muito melhor. Seus olhos cheios de
preocupação e um calor tão profundo que eu nunca tinha
visto nada parecido. Seu rosto era suave. Sua voz era suave e
silenciosa.

Seria isso parte da domesticação? Sua presa


descoberta, começaria a ir bem e depois você tem que ir atrás
dela e fazer tudo de novo?

Oh Deus, eu esperava que não fosse isso. Tipo, eu


realmente, realmente esperava que não fosse isso. Sério, eu
preferia que ele me matasse.

— Quando foi a última vez que você comeu? — Lucien


perguntou quando eu parei e não comecei de novo.

— Você quer dizer, comeu e manter algo? — Eu


retornei perguntando e vi seu piscar de olhos e sua boca ficar
rígida.

Oh menino.

876
— Sim, a última vez que você comeu e manteve, — ele
respondeu, sua voz agora firme, mas de alguma forma não
ameaçadora.

— Bem, a noite antes de... — Oh merda. Eu não queria


ir para onde eu tinha que ir. Bem, eu tinha que dizer isso,
porque eu sabia que ele não desistiria. — Na noite anterior
que eu saí.

— Dez dias, — ele murmurou, me surpreendendo


quando ele olhou pensativo, não com raiva de minha menção
de fuga, os braços indo apertados, os olhos movendo-se sobre
meu rosto, em seguida, eles fixaram nos meus. — Isso foi
uma tolice, minha querida.

Ok. Agora. Sério.

O que estava acontecendo?

— Nós precisamos buscar comida, — declarou ele. —


Você tem forças para ir comigo a um restaurante ou você
prefere que eu vá buscar? Neste último caso, me diga o que
você gostaria. E eu vou te avisar, você dormiu doze horas
seguidas, sem contar o tempo que você estava dormindo
antes que eu encontrei você. Não é de manhã. É uma da
tarde.

Sabendo disso, eu senti meus olhos se abrirem assim


como os meus lábios. Então eu senti meu estômago vibrar
quando ele acolheu este olhar, seu rosto ficou mole e seus

877
dedos pararam de tocar no meu cabelo e agarraram
suavemente nele.

Ainda assim, ele apenas me perguntou o que eu queria


e eu deduzi que ele sairia e faria o que eu pedi.

Seria está uma nova tática?

— Uh... — Eu murmurei, não alerta o suficiente para


processar, me defender, e descobrir o que estava
acontecendo. Não suficientemente alerta para qualquer coisa.

Ele me rolou então eu estava de costas, ele estava


pairando sobre mim, mas seu tronco estava profundo no meu
e seu rosto estava super perto.

— Leah, meu amor, não podemos demorar para


começar a alimenta-la e descansa-la. Precisamos voltar para
casa. Há muito que precisamos discutir, há muito que
precisa ser feito. Teffie e Cosmo capturaram Katrina e
Marcello. O Conselho sancionou a tortura e queima e eu
preciso voltar e ver isso. Então agora eu preciso encontrar
comida, alimentá-la, levá-la em uma cama decente com
lençóis que não se sentem como papelão, você precisa
descansar, nós precisamos conversar, então temos de ir para
casa.

Ok, não havia muito lá.

Primeiro, ele me chamou de seu “amor”. Ele nunca


tinha feito isso. Nunca, nunca, nunca.

878
Em segundo lugar, o Conselho sancionou a tortura e
queima?

Em terceiro lugar, Lucien ia “ver isso”?

— O que está acontecendo? — Eu repeti.

— Leah...

— Lucien, — eu o cortei. — O que está acontecendo?

— Falaremos sobre isso mais tarde, depois de você ter


comido, você tem que ter um pouco de sua força de volta e
nós mudarmos para um hotel diferente.

— Nós vamos falar sobre isso agora.

— Mais tarde, Leah.

— Agora, Lucien! — Eu bati, ainda cansada,


definitivamente, mas não tão cansada que eu fosse cair em
seus jogos. Não outra vez. E ele precisava saber disso. — Eu
quero saber o que está acontecendo, agora, não mais tarde.
Eu não quero morrer — em casa — como você colocou. Eu
não entendo por que você está adiando isso. Eu não entendo
por que você ainda está me enganando. Apenas faça. Drene-
me e siga em frente com sua vida.

Suas sobrancelhas se ergueram.

— Drenar você?

— Sim, — eu assobiei. — Eu sabia quando eu deixei


você me caçar e eu sabia que deixando você eu te dava o

879
direito de alimentar até que eu estivesse morta. Então, o que
você está esperando?

As sobrancelhas se uniram, seus olhos se estreitaram,


mas contraditório com o olhar ameaçador estampado em seu
rosto, sua mão deixou meu cabelo para enquadrar o lado do
meu rosto.

E aprofundar as suas contradições, sua voz era suave e


doce quando ele respondeu:

— Eu estou irritado com você por tomar uma decisão


muito imprudente para tentar escapar de mim considerando
o perigo que você sabia era inerente em estar longe de mim
quando você pode sonhar. Para não mencionar, você e
Edwina terem sido atacadas por vampiros que declararam
desprezível intenções para que você também sabia que os
perigos não eram poucos, mas muitos. No entanto, seria
irresponsabilidade de minha parte puni-la por tomar esta
decisão precipitada e por matar você, minha querida,
considerando que teria fodido significativamente com os
meus planos para passar a eternidade com você.

Eu parei de respirar.

Sim, parei de respirar.

Totalmente.

Então, ele saiu em uma rajada de ar quando eu forcei


um,

880
— O quê?

Lucien sorriu e usou todo o seu rosto para fazê-lo. Eu


nunca o tinha visto sorrir abertamente e o efeito foi
impressionante.

Em seguida, ele molhou o rosto mais perto do meu e


sussurrou:

— Eu pretendo passar a eternidade com você.

Eu olhei.

Então eu sussurrei de volta:

— Você vai fazer?

Ele acenou com a cabeça.

— Eu vou.

— Eu... eu...

Meu Deus!

Ele estava falando sério? Ou erai outro jogo?

— Como? Por quê? Quando é que você...? Mas você não


pode, — eu gaguejei.

— Eu não posso, — respondeu ele.

— Mas, é contra as regras, — eu o lembrei.

— As regras mudaram, — ele me informou.

881
Oh menino. Aqui vamos nós outra vez. Lucien fazendo
o que ele quer fazer e foda-se as consequências.

— Lucien...

Então ele não estava deitado em cima de mim e eu não


estava na minha volta.

Ele estava em sua bunda na cama e eu estava sentada


sobre ele. Um de seus braços estava apertado em torno de
minhas costas segurando meu corpo perto do dele. Sua outra
mão passava com os dedos no meu cabelo, colocando a parte
de trás da minha cabeça e segurando meu rosto super perto
dele.

No instante em que ele nos colocou nesta posição,


antes que eu processasse eu estava lá, portanto, de nenhuma
forma pronta para o que ele ia dizer a seguir (não que eu
nunca seria), ele declarou:

— Eu estou apaixonado por você, querida.

Meu Deus!

Ele estava...?

Não.

Não!

— Não, — eu sussurrei, dor penetrante através de mim


e eu assisti Lucien piscar.

— Não? — Ele sussurrou de volta.

882
— Não faça isso de novo. Não brinque comigo, — eu
expliquei calmamente e eu assisti a mansidão desvanecer-se
de suas características como fúria infundimo-los.

Eu preparei.

— Eu estou apaixonado por você, — ele repetiu.

— Não, — eu sussurrei, essa palavra quebrava no meio


e seu poder sobre mim apertou fortemente.

— Leah... Eu... estou...apaixonado...por você, — ele


rosnou, eu abri minha boca, mas seus braços apertaram
tornando difícil a respiração. — Ele mentiu para você. Meu
pai mentiu. Eu te disse para não o respeitar e você sabia que
ele não era um homem para ser respeitado. Almoçando com
ele, você descobriu. E na hora do almoço, ele estava em seu
melhor comportamento. Durante o ataque, ele tratou você
exatamente como vampiro que ele realmente é. Ele mentiu,
Leah. Edwina me disse o que ele disse e o que ele disse a você
sobre o que há entre você e eu, cada pedacinho disso, era
uma mentira do caralho.

Eu queria acreditar nisso.

Eu realmente fiz.

Mas...

Antes que eu pudesse sequer pensar pelos, “mas”,


Lucien sentiu que havia um e continuou falando.

883
— Há coisas que eu vou explicar mais detalhadamente
quando eu vir a mulher que eu amo, mas por agora, o
Conselho alterou o Acordo Imortal e Mortal. Os vampiros são
novamente livres para tomar companheiros mortais. E eu
estou levando minha mortal, como companheira. Você me
ama, eu amo você, estamos conectados, o que temos é bonito
e isso é tudo que sempre serei. Para a eternidade. Até o final
do dia. Até o sol cair do céu, tudo o que você e eu vamos
compartilhar é a beleza.

Eu senti meu coração pular, lágrimas encheram meus


olhos e espero inundarem meu sistema.

Mas o que veio da minha boca era simplesmente um


sussurrou, ofegante:

— Por favor.

Eu nem sequer sei por que eu disse isso, mas Lucien


fez.

Então, ele respondeu com uma voz cheia de ternura:

— Sim, meu amor. Eu não estou mentindo. Eu não


estou brincando com você. Juro por Deus, tudo isso é
verdade. — Ele me puxou ainda mais perto. — Eu amo você,
Leah. Eu te amei por 20 anos e eu vou te amar por toda a
eternidade. Minha linda Leah, ouça atentamente. O que eu
digo é a verdade pura. E sobre esta verdade, você tem o meu
voto.

884
As lágrimas deslizaram dos meus olhos, correndo pelo
meu rosto. Eu sabia que Lucien viu-os, mas seus olhos
nunca deixaram os meus.

E o meu não deixou o dele.

Olhei profundo. Senti seus braços em volta de mim,


seu corpo grande, forte e eu paguei muita atenção para a
maravilha do seu voto afundando profundo.

Ele me amava.

O Poderoso Vampiro Lucien me amava.

Oh Deus. Isso me fez sentir muito bem.

Eu empurrei minhas mãos que ficaram presas entre


nós até meus dedos poderem enrolar ao redor de seu pescoço
e sussurrei,

— Você pode ser mandão e chato. Eu posso apenas ser


irritante. Nós vamos lutar. Então, meu palpite é que vamos
entrar em conflito, um monte. Por isso, vai ser incrível, mas
não vai ser uma eternidade de apenas beleza.

Eu mal tenho a última sílaba antes de sua mão em


minha cabeça esmagar minha boca até a dele. Nossos lábios
se abriram, nossas línguas duelaram e então eu estava de
costas dando tudo para o meu vampiro e experimentando a
beleza do fim, finalmente consegui tudo do meu vampiro em
troca.

E, deixe-me dizer, foi incrível.

885
Depois de um longo tempo, ele levantou a cabeça e eu
confusamente abri meus olhos para ver seu aquecido, mas
suave, toque queimando dentro de mim.

— Certo. Está feito, — declarou. — Agora me diga, o


que você porra quer comer?

Olhei para o meu vampiro.

Então comecei a rir.

Num piscar de olhos longe da audição a uma distância


Lucien falando e eu sabia que ele estava novamente no
telefone.

Eu olhei através dos lençóis que não sentiam, de longe,


sinto como papelão.

Lucien tinha me alimentado. Depois do nosso beijo,


repentinamente voraz que não se misturou com náuseas, eu
pedi burritos. Lucien me disse burritos estavam fora de
questão, considerando que eu deveria ter algo bem suave e
cheio de vitaminas e energia no meu estômago depois de não
comer por dez dias. Eu lhe disse que tinha uma vontade de
burritos. Ele me disse que não havia nenhuma maneira no
inferno que eu estaria comendo burritos. Perguntei-lhe por
que ele me perguntou o que eu queria, quando ele ia me
conseguir o que ele achava que eu deveria ter de qualquer
maneira. Ele me beijou até que eu estava atordoada, deixou-

886
me na cama e voltou 15 minutos depois, com um cacho de
bananas e um pote de manteiga de amendoim robusta.

Sentei-me de pernas cruzadas na cama, usando uma


faca de plástico para arrancar manteiga de amendoim e
lambuza-la em minhas duas bananas, comi o tempo todo
olhando para Lucien que estava vendo a tarefa de empacotar
minhas coisas.

Eu não admiti a ele que eu amava o sabor incrível de


bananas e manteiga de amendoim. Eu também não admiti
que me encheu e me fez sentir humana pela primeira vez em
dias.

Vesti-me. Lucian colocou minhas coisas em seu


Porsche. Estávamos dirigindo e levou 45 minutos para
estarmos na próxima cidade. Ao entrar na cidade, como se
tivesse um localizador e Lucien fosse o receptor, ele nos levou
diretamente para o que parecia ser o hotel mais exclusivo da
cidade. Ele estacionou, pegou uma das minhas malas e sua
única mala e nós entramos. Ele solicitou para nós a suíte
presidencial, que tinha o seu próprio mordomo (sem
brincadeira!).

Pegamos o elevador e Lucien nos deixou entrar. Foi


incrível. Eu morava em uma mansão e o homem que me
amava era um bilionário e ainda, eu nunca tinha visto nada
tão opulento.

Lucien me mandou tomar um banho e ficar na cama.


Eu disse a Lucien que eu iria explorar a nossa suntuosa

887
suíte. Ele repetiu que ele me queria no chuveiro, em seguida
na cama. Eu disse a ele que levaria dez minutos inteiros para
olhar ao redor e que ele deveria apenas manter suas calças.
Cerca de três segundos mais tarde ambos Lucien e eu
estávamos nus, no chuveiro e ele estava se movendo na água.

Pelo menos pude ver o banheiro antes que ele me


levasse para o quarto e me desse uma de suas camisetas
mangas longas. Em seguida, ele fez questão de fuçar nas
malas e jogar minhas novas camisolas direito no lixo. Ele
acreditava que camisolas de lojas de departamento não eram
boas o suficiente para a sua Leah. Revirei os olhos, mas eu
não protestei. Eram bonitas e confortáveis. O que elas não
eram da mais fina seda e rendas. Ele então me mandou para
a cama.

Infelizmente, depois de um banho longo e quente com


Lucien, eu não tinha nada na reserva.

Eu coloquei sua camiseta, rastejei na cama e dormi.

Então eu acordei. Estava escuro no quarto, mas havia


luz que vinha da porta que não estava totalmente fechada
para a sala de estar.

Senti-me descansada, mas novamente com fome.


Jogando as cobertas, eu ouvia seus murmúrios como eu bati
o banheiro. Era maior do que a sala de estar no meu antigo
apartamento.

Uau. Realmente, esta era uma suíte. Eu queria viver lá.

888
Eu fiz a minha coisa, vagando para fora do quarto indo
até a porta.

Antes que eu tivesse a porta aberta, eu sabia que os


olhos de Lucien estavam lá. Eu sabia disso porque, quando a
porta estava aberta eles estavam em mim. Ele estava sentado
na cadeira na recepção. Seu celular apoio na orelha, ele
levantou o queixo para mim, então fez um gesto com a mão
para sentar seu colo.

Andei meu caminho, empurrando para cima as mangas


de sua camiseta.

Quando cheguei perto, Lucien me alcançou. Então


minha bunda estava em seu colo e seu braço estava em volta
de mim.

— Não, eu vou fazê-lo, — disse ele ao telefone quando


eu enterrei meu rosto em seu ombro, minha testa
pressionada para seu pescoço. Seu braço ficou mais
apertado. — Eu entendo, — ele continuou. — Mas será que
ele me persegue.

Eu suspirei.

O braço de Lucien ficou mais apertado.

Então, sua voz era calma quando ele continuou,

— Julian, eu sei que este ataque foi perpetrado na


família. E sim, normalmente você estaria correto que cada
membro da família está no seu direito à vingança. E você

889
sabe que eu aprecio a sua demonstração de lealdade e de Bel.
Você tanto pode estar lá quando eu lidar com ele. Mas serei
eu o único a caçar Etienne.

Bem, a parte boa era que Julian e Isobel tinham seu


pai e minhas costas e claramente pensaram em mim como
família.

A parte ruim foi que Lucien tinha a intenção de caçar


seu pai. Eu não estava completamente surpresa com isso. Ele
me amava e eu amava que ele me amasse. Eu estava certa de
que era em parte sobre isso. Mas seu pai tinha me tocado, me
assustou e foi maldoso comigo. Eu conhecia Lucien o
suficiente para saber que ele não iria deixar assim.

Eu não gostava de Etienne. Ele assustou o inferno fora


de mim. Ainda assim, caça-lo, tortura-lo e queima-lo era
bastante extremo.

— Certo, — continuou Lucien. — Leah está acordada,


ela precisa comer, então eu preciso me alimentar. Eu estou
deixando meu celular desligado agora. Não quero mais
interrupções esta noite. Eu vou ligar para você amanhã.

Ele precisava se alimentar e ele não queria mais


interrupções.

Eu gostei dessa ideia.

— Boa noite, Julian. Meu amor de Bel, — ele


murmurou, ouvi um bip vi o barulho do seu telefone sobre a
mesa.

890
Eu levantei minha cabeça para olhar para ele.

— É hora de falar? — Perguntei.

— Não, — respondeu ele, estendeu a mão para o


telefone do hotel em cima da mesa, pegou o telefone e
colocou-o ao ouvido. Então, ele declarou: — Estamos prontos
para pedir o jantar.

Depois, sem dizer uma palavra, ele desligou.

— Isso foi grosseiro, — eu disse a ele.

— Eu não tenho o tempo ou inclinação para fazer


amizade com um homem que eu vou ver ocasionalmente,
durante da nossa estadia aqui e nunca mais ver. Você está
descansada. Sua cor está de volta. Você está sentada no meu
colo, sem roupa de baixo. Estávamos separados por nove dias
e nos reencontramos a um, a maior parte do tempo do qual
você dormiu. Eu quero que você coma e você vai fazer isso
sentada ao meu lado sem usar calcinha. Então eu quero me
alimentar e fazê-lo enquanto eu estou dentro de você. Você
precisa de sua força. Que, no momento, é para isso que eu
tenho tempo.

Eu estava piscando para ele, a metade ligada (ok,


totalmente ligado) quando um homem vestindo um uniforme
bacana do hotel entrou no quarto.

Lucien envolveu-me com força em ambos os braços e


olhou para ele.

891
— O jantar, senhor? — Ele perguntou.

— Obrigado, — Lucien respondeu em seguida, lançou


para ele. — Um bastão francês. Patê foi grãs com trufas. Dois
filés mignon com molho béarnaise raros. Batatas salteadas.
Greens Belas. Rolls. Uma garrafa de vinho tinto, um
Bordeaux. E depois dois cremes brulees de chocolate e uma
garrafa de Moët.

Parecia enquanto eu estava dormindo que Lucien tinha


se familiarizado com o menu e ficou claro que ele estava com
vontade de comida francesa. Essa foi boa, pois tudo parecia
bom.

— Sim, senhor, — o mordomo do hotel murmurou.

— Traga o crème brûlées e Moët meia hora depois de


servir o principal e, em seguida, não os perturbe pelo o resto
da noite.

Ele balançou a cabeça, murmurando,

— Como quiser, — em seguida, mudou-se para fora do


quarto.

Ok, isso ainda era grosseiro, mas não se podia dizer


que este negócio de suíte presidencial não era totalmente
legal.

Meu pensamento foram para longe, eu seguro nos


braços de Lucien e ele caminhando pela sala. Eu mal tive
meus braços ao redor de seus ombros quando estávamos

892
deitando novamente. Eu de costas no sofá, Lucien
parcialmente em mim, em parte com o seu lado no banco.
Sua cabeça foi para cima, seus olhos em mim e ele levantou a
mão, arrastando um dedo para o lado do meu rosto, em
seguida, enrolou todos eles ao redor do meu pescoço.

— Você se lembrou do molho béarnaise, — eu


sussurrei.

— É claro, — ele sussurrou de volta. — Nós temos algo


para comemorar, tardiamente.

Eu senti meu nariz começa a arder.

Então, eu sussurrei,

— Eles provavelmente vão fazer isso melhor do que eu.

— Sem dúvida.

Eu sorri, então ele pediu:

— Diga-me que você me ama.

Sua mão deslizou até meu pescoço, meu queixo e


minha bochecha enquanto sua cabeça mergulhada mais
perto.

— Eu amo você, querida.

Jantar parecia ótimo.

Mas essas palavras soavam melhor do que nada.

893
Eu suspirei, meu braço se movendo em torno dele e
virei-me para o meu lado. Lucien mudou comigo por isso
ficamos cara-a-cara e nos braços um do outro.

— Por que você não disse isso antes? — Perguntei.

— Porque eu não podia, — ele respondeu


imediatamente. — Porque eu não tinha admitido isso para
mim. Não quando deu isso para mim. Não antes. Não há
vinte anos. Se eu admitisse para mim mesmo há vinte anos
atrás, eu não iria permitir-me tê-la, porque eu sabia que se
eu fizesse, eu não iria deixá-la ir. Quando eu tive você, eu não
iria admitir isso de novo, porque eu não iria deixá-la ir. Eu já
estava voando em face das regras do Domínio com o que nos
permitiria ter. Eles estavam indo aceitar isso, eu sabia. Eles
me devem. Mas eles nunca iriam permitir levá-la como
companheira. Nós poderíamos ter feito isso, mas eles iriam
nos caçar, eventualmente, encontrar-nos e a nós seria dada A
Sentença. Eu tinha que protegê-la a partir daí. — Seus olhos
estranharam e eu sabia por que, quando terminou, — Mas
parece que eu falhei em protegê-la de tudo.

— Isso funcionou no final, — eu sussurrei


tranquilizadora sobre um apertado braço.

— Sim, — Lucien respondeu, sem olhar ou soar muito


sossegado.

Eu decidi mudar de assunto para um algo mais alegre.

894
— Por que eles mudaram de ideia tão de repente sobre
imortais junto com mortais?

— Eles tinham as suas razões, — ele respondeu


vagamente.

Tinha de ser dito, eu não estava no clima para dúvidas.


Eu tinha uns montes delas para não falar seriamente vago
(em outras palavras, as coisas escondidas de mim). Portanto,
eu fui tão mais vaga.

— Parece estranho, — eu sondei, — todos os problemas


que eles levaram, todo o desgosto que causaram, 500 anos e
depois, puf, — Eu tremulei uma mão no ar, — o que quer que
seja. Companheiro com os mortais. Nós não nos importamos.

Lucien sorriu então esclareceu:

— Tudo bem, meu amor, e se eles tivessem razões


muito boas.

— Guerra? — Eu sussurrei.

— Sim, entre outras coisas.

— Etienne me contou sobre seus planos e....

— Não se preocupe com isso.

Não se preocupe com isso? Ele era louco?

— Lucien, o que ele me disse foi muito assustador. E


eles não disseram isso diretamente, mas parecia que você é

895
um alvo específico. Como é que eu não deveria me preocupar
com isso?

Seus braços me apertaram. Sua voz era baixa e firme


quando ele repetiu,

— Leah, meu amor, não se preocupe com isso. Você


sabe que eu posso cuidar de mim mesmo. O que devo fazer é
ter certeza de que cuidar melhor de você.

Isso era bom, muito bom. Ainda assim, estudei-o de


perto.

Então eu notei,

— Você não vai compartilhar, não é?

— Não, agora não. Eu preciso ter uma reunião com um


membro do Conselho, discutir as coisas e se for seguro para
você saber, eu vou te dizer.

Eu tive um sentimento que eu não tinha escolha a não


ser deixar por isso mesmo. Então e mudei de assunto
novamente.

— Você não se alimentou, — eu sussurrei e seus


braços me deram um outro aperto.

— Você não gosta de eu tirar de ninguém, além de


você. Eu não gosto de me alimentar de ninguém além de
você. Então eu não me alimentei até que eu encontrei você.

Deus, que era tão doce.

896
— Obrigado, — eu disse baixinho e Lucien se inclinou
para mim para tocar sua boca na minha.

Quando ele se afastou novamente, eu segurei seus


olhos.

Eu não queria ir para onde tínhamos que ir, mas


tivemos que ir para lá. Estávamos começando uma
eternidade juntos. Havia algumas coisas para esclarecer.

— Você escondeu muito de mim, — eu disse


calmamente tentando não fazer um som de acusação.

— Eu fiz, querida, e eu sinto muito, — respondeu ele.

— Por quê? — Perguntei.

Lucien suspirou então me puxou para mais perto.

— Primeiro, eu não disse a você sobre as restrições


contra a intimidade física e viver juntos, porque eu já à
conhecia bem. E conhecendo você, eu sabia que tinha as
mãos cheias. Eu não precisava que você tivesse mais
argumentos para usar para afastar-se de mim.

Isso, eu tinha que admitir, era verdade.

— Em segundo lugar, eu não lhe disse sobre Maggie


porque não servira de nada.

— É uma parte de você, uma parte de sua história, —


eu o lembrei. — E eu estava apaixonada por você. Mas,
mesmo que eu não estivesse, nos partilhávamos nossas vidas

897
juntos e eu gostaria de estar fazendo por um tempo. Você já
sabia tudo sobre mim e você tinha que saber que eu queria
saber tudo sobre você.

— Eu fiz, querida, mas eu vou lembrá-la que nós nos


conhecemos a um tempo muito curto e só uma pequena parte
do que tem sido o tempo que você me deixou entrar. Eu não
posso dizer, se o meu pai não interviesse, se eu teria dito a
você. Mas é provável. Você está certa, eu pretendia que você
fizesse parte da minha vida para os próximos anos o que
significa que você estaria perto de meus amigos e família.
Havia uma alta possibilidade de que alguém deixar escapar
alguma coisa. Segredos acabam se revelado, digo-lhe a
verdade, quando você soube sobre Maggie, eu queria que
tivesse vindo de mim.

— Eu acredito em você, — eu disse baixinho e que me


fez sorrir de Lucien.

Em seguida, ele passou suavemente,

— Edwina comentou o que o meu pai disse. E parte


disso é verdade. Eu a amava. Eu pensei que eu ia passar o
resto da eternidade com ela e eu estava feliz com isso. Nós
ficamos juntos por 75 anos. Eu era um jovem vampiro
quando eu a conheci, mas eu conhecia o lugar dela no meu
coração.

Ok, de repente, eu não quero saber tanto sobre Maggie.

898
Lucien leu meu rosto e me recolheu ainda mais quando
ele se inclinou para mim, me pressionando parcialmente em
volta e ele continuou.

— Mas ela morreu, Leah. A morte dela me revoltou e eu


a vinguei. Levou décadas, o sangue foi derramado, vidas
foram perdidas, mas eu vinguei Maggie. E descobrindo isso
com você, você também precisa saber que até muito
recentemente, eu não havia me recuperado de sua perda. Isso
foi o quanto eu a amava. Ela era uma boa mulher e ela me fez
feliz. — Minha expressão deve ter mudado porque Lucien
chegou mais perto e seus braços ficou mais apertado. — Ela
era uma boa mulher, meu amor, e ela me fez feliz. Eu sentia
falta dela. Eu odeio ter o conhecimento em meu cérebro que
ela sofreu o que ela sofreu antes de sua morte nas mãos de
meu povo, simplesmente porque ela se apaixonou por um
vampiro. E que o amor será sempre verdade. Mas eu não
menti para você as vezes eu disse que nunca tinha tido algo
mais bonito do que o que eu tenho com você. Você é o que eu
estive procurando por 500 anos. Você e eu, nós temos que
ser. Maggie era minha companheira, mas ela se foi. E você é a
minha companheira.

Puxando a respiração como o meu coração virei e


sussurrei:

— Você acredita em companheiros?

899
— Eu não acreditava até o dia em que você me disse
que me amava e eu já não podia negar que eu sentia o
mesmo por você. Então eu acredito. Absolutamente.

Seu tom de voz era firme, seus olhos tinham os meus,


seu olhar era firme e intenso.

Ele quis dizer isso. Absolutamente.

— Mesmo fugindo de você, acreditando em seu pai,


ainda, a dor que eu sentia de perder você, eu sempre pensei
que se estivéssemos em um romance, seríamos
companheiros, — eu admiti.

Os olhos de Lucien ficaram quentes e os braços


relaxados.

— Eu sinto muito que você a perdeu e do jeito que você


perdeu, Lucien, — eu sussurrei.

— Eu também, — Lucien sussurrou de volta.

Eu continuei. — E eu sinto muito, eu acreditei em


Etienne, e fugi sem falar com você.

Seus lábios tremeram e ele repetiu:

— Eu também.

— Ainda assim, — Eu comecei a me defender, — você


escondeu as coisas de mim e....

Sua mão veio até curva em volta da minha mandíbula e


seu polegar deslizou para pressionar contra meus lábios.

900
— Meu pai atacar você foi decisão dele, ele levou a isso
e ele vai arcar com as consequências. — Seu polegar deslizou
do meu lábio e ao longo da minha bochecha. — Mas você está
correto. Eu escondi as coisas de você, mesmo depois da
domesticação estar completa, que deixou em aberto para o
meu pai plantar essas sementes. Esse foi o meu erro de
julgamento. E eu deixei você desprotegida. Eu não achei que
eu iria ficar por muito tempo. Eu não tinha ideia do que
estavam à espreita para instigar o seu plano. E mesmo que
eles fizeram, eu devo admitir que eu estou chocado que
qualquer um deles tocou em você, mesmo o meu pai.
Assustando-a. Avisando. Ameaçando você. Compartilhando
coisas com você que eu estava escondendo de você. Sim.
Tocado você. Não. Não é qualquer um deles e, sobretudo, não
o meu pai.

— Talvez devêssemos falar mais sobre isso, — eu


sugeri. — O que você está planejando?

— Marcello e Katrina foram capturados, como você


sabe. Eles estão detidos aguardando-me. Cosmo e Rafe estão
caçando Nestor. Eles vão segurá-lo também. Vou lidar com
eles, então eu vou caçar meu pai e lidar com ele.

— Lidar com eles como, uh... exatamente?

Sua boca ficou dura, seus olhos começaram a queimar


de uma forma assustadora que (sim, eu sou demente) foi
totalmente fabuloso e ele respondeu imediatamente:

901
— Eu vou torturá-los até que eles gritem seus apelos
para que eu os queime. Então eu vou queimá-los.

Eu não tinha certeza de como eu me sentia sobre isso.

Então me virei, pressionando-me a ele e sussurrei:

— Querido, não é um pouco...?

Ele me interrompeu.

— É a minha cultura, Leah. É a forma como lidamos


com essas coisas. Não é só aceito, é esperado. E isso será
feito.

— Mas você estava casado com Katrina, — eu o


lembrei.

— E ela tentou atacá-la duas vezes antes dos eventos


há dez dias. Isso foi o suficiente para eu pedir autorização do
Conselho para caçá-la e acabar com sua vida. E eles teriam
concedido, Leah. Sem recato. Mas isso era pior. Muito pior.
Eles não só entraram na casa de uma concubina,
maltrataram-na, assustaram-na e deitaram com ela, eles
amarraram seu servo, que também tinha a minha proteção.
Além disso, o que Edwina disse-me que lhes disseram, eles
estão planejando revolução. Assim, não só as suas mortes
são esperadas, elas são necessárias para a segurança de seu
povo e, de certa forma, a minha.

Eu não podia negar isso.

902
Sua mão deixou meu queixo para que o braço pudesse
envolver em torno de mim enquanto ele me lembrou:

— Este é seu mundo agora, bichinho. Você deve


aprender a aceitar essas coisas.

Eu balancei a cabeça, porque ele estava certo. Era


selvagem, era assustador, mas, novamente, eu não tinha
muito tempo para me acostumar com isso.

— Você tem mais alguma pergunta? — Perguntou.

Eu balancei minha cabeça.

— Então, temos de falar sobre a reivindicação, —


afirmou.

Eu pisquei.

— O quê? — Perguntei.

— Se você deseja um casamento de um mortal, eu vou


te dar um. Mas nós também vamos ter uma cerimônia de
Reivindicação.

Oh meu.

Senti minha barriga virar.

— O que é uma Cerimônia de Reivindicação? — Eu


sussurrei, e seu rosto ficou suave no meu tom e,
provavelmente, a expressão no meu rosto e também,
provavelmente, o fato dele ouviu meu coração pular uma
batida.

903
— É a nossa cerimônia, bichinho. As palavras são
ditas, eu tomo de seu sangue, você toma o meu então nós
compartilhamos as palavras de reivindicação. Muito parecido
com o mortal 'Aceito'.

— E o quais são as palavras de reivindicação? — Eu


ainda estava sussurrando.

— Até o sol cair do céu, — ele sussurrou de volta.

Isso foi bom. Ele disse mais cedo para mim. Eu amei o
então e agora eu adorei mais sabendo o seu significado.

— Eu gosto disso, — eu disse-lhe baixinho e ele sorriu.

Então ele falou.

— Para nós, será real e agora, eu preciso saber que


você entenda isso.

— Entender?

— Isso é real.

— Isso o que é real?

— Isso nós vamos estar juntos até que o sol caia do


céu.

Ah, sim. Isso foi bom e eu adorei.

— Eu disse que eu gostei.

— Você me disse, Leah, mas tem 40 anos de idade.


Tenho 822. Eu tenho uma justa compreensão do que significa

904
a imortalidade. Você não tem ideia. Embora fosse
compreensível, foi uma perda para todos nós, quando a mãe
de Isobel tirou sua vida. Viver para sempre pode parecer
sedutor, mas a vida é a mesma se você é mortal ou imortal.
Há altos e baixos, momentos bons e ruins. E, a linha de
fundo, há um monte de tempo. Um monte de tempo para
viajar, ler, fazer amor, comer e muito tempo para discordar,
luta, ficar frustrado com o outro. E haverá muito tempo para
ficar entediado.

— Eu nunca fico entediada, — Eu informei a ele.

— Todo mundo fica entediado, — Lucien me informou.

— Bem, eu não sei se eu não tenho absolutamente


nada a ver como quando você me deixou em casa, sem rodas
e sem livros e que foi uma circunstância extrema. Ainda
assim, eu achei algo para fazer. E, se você está comigo, — Eu
sorri para ele, — você não vai se cansar tanto.

Lucien retornou meu sorriso então se inclinou e tocou-


lhe a boca na minha. Mas quando ele se afastou, seu rosto
era sério.

— Você também vai sobreviver a toda sua família,


querida, — alertou suavemente.

Meu espírito subjugado a um pensamento que eu ainda


não tinha tido. Um pensamento que realmente era horrível.

Mas eu balancei a cabeça e sussurrei:

905
— Sim, mas eu também terei a oportunidade de
conhecer seus filhos. E os filhos dos filhos. Então, eu vou
sempre, de alguma forma, ter família.

— Essa é uma boa maneira de olhar para isso, — ele


murmurou e eu senti meus lábios apontados para cima.

Então eu pressionei ainda mais perto e lhe disse:

— Eu sei o que você está tentando me fazer entender,


querida. E eu não posso dizer o futuro. Mas eu estou ansioso
por isso, desde que parece, na medida em que vai, contanto
que você está nele.

Ele puxou-me com força para ele, a boca descendo para


os meus, sua língua deslizando para dentro enquanto ele
rolou para suas costas, passando por baixo de mim. Minhas
mãos foram para seu cabelo em ambos os lados de sua
cabeça para segurá-lo para mim mesmo que não fosse a lugar
nenhum. Suas mãos foram até a minha camisa para minha
bunda, seus dedos curvando-se para me manter com ele e eu
estava definitivamente indo a lugar nenhum.

Eu tirei minha boca da dele, deslizando para baixo de


seu ouvido e sussurrei:

— Eu poderia estudar para ser médica. — Então eu


deslizei meus lábios para a articulação da mandíbula e
continuava a sussurrar. — E quando eu ficar entediado
disso, eu poderia estudar para ser um escultor. — Meus
lábios se moviam para seu pescoço. — Então eu poderia me

906
tornar uma advogada. — Meus lábios se moviam para a
garganta. — E eu teria séculos para meu perfeito molho
béarnaise.

Senti seu corpo tremer sob os meus, seus dedos


pressionaram para as bochechas de minha bunda e minha
cabeça foi para que eu pudesse sorrir para ele.

Então, o sorriso sumiu do meu rosto e eu sussurrei,

— Eu nunca vou ficar entediada, querido.

Seus olhos aquecidos viraram suaves, de repente, eu


estava em minha volta com Lucien me cobrindo.

Prendi a respiração nesta manobra, mas entendeu-lhe


cinco segundos mais tarde, quando ouvi o tilintar do sino de
um carrinho entrando dentro do quarto.

— Jantar, — o mordomo do hotel chamou. — Eu vou


servir à mesa na sala de estar. Tudo bem com você?

— Perfeito, — Lucien respondeu, com os olhos em mim.

Eu ri.

O mordomo colocou a nossa comida.

Então o olhar de Lucien percorria meu rosto.

— Perfeito, — ele repetiu em um sussurro e meu


estômago caiu

Então sua cabeça desceu e ele retomou a me beijar.

907
Epílogo

O Futuro

Os punhos dela no cabelo dele tornaram-se insistente.

Ele sentiu isso, parou de se alimentar, atacou a língua


ao longo da ferida e deu a sua noiva o que ela queria.

Ele inclinou a cabeça para trás e olhou para ela.

Ela deslizou para baixo, enchendo-se completamente


dele, suas pálpebras pesadas, Cristo, tão bonito.

Mas seu foco era tudo para ele.

— Esta é a nossa eternidade, — ela sussurrou e seus


braços, já envolvidos em torno dela, estavam tão apertados
ele sentiu que o vento suave de sua respiração acariciando
seu rosto.

Tudo o que ele podia ver eram suas belas feições. Tudo
o que podia sentir era o seu corpo em seus braços, seu sexo
envolvido em torno de seu pênis, coxas apertadas nos
quadris, os seios contra o peito, os braços curvados em torno
de seus ombros segurando-o perto. Tudo o que ele podia

908
cheirar era insuportável cheiro de sua excitação. Tudo o que
ele podia degustar em sua língua era o seu sangue misturado
com a sua pele e sua boceta. Tudo o que podia ouvir era o
seu coração batendo, sua respiração excitante.

— Esta é a nossa eternidade, — ele concordou em


silêncio.

Suas pálpebras cresceram mais pesado mesmo


enquanto sorria um sorriso sedutor.

— Dê-me a beleza, meu vampiro, — ela exigiu.

Instantaneamente, ele virou-a de costas e atendeu seu


pedido

*****
Os olhos de Lucien abriram, o sonho ainda sobre ele.
Tão real como isso aconteceu.

No momento em que seus olhos se abriram, ele sentiu


Leah contra ele. Seu braço em torno dela ficou mais apertado.
Seu outro braço mudou-se em volta dela. Ela deslizou para
cima de seu corpo e olhou em seus olhos.

Os dela estavam extraordinários, os lábios


entreabertos.

Puta que pariu, ele amava aquele olhar.

Mas ele sabia.

909
Ele sabia mesmo antes de ela sussurrar:

— Querida, eu só tive o melhor sonho.

— Esta é a nossa eternidade, — afirmou, com a voz


áspera com o sono e seus olhos ficaram mais amplos.

— Você sonhou isso também? — Perguntou ela.

Lucien assentiu.

— Uau. Assombroso, — ela sussurrou.

Ele sorriu pensando, compartilhar sonhos assim com


Leah, a eternidade, já doce, apenas tornou-se mais doce.

Então seus braços apertaram em torno dela, ele rolou


para ela e continuou a viver o sonho.

*****
Seu grito ainda ecoando pela sala, Lucien se afastou
enquanto assistia à queda da cabeça de Katrina.

— Agora, você queima, — disse ele em voz baixa.

Ele observou-a respirar, o esforço visivelmente taxativo


e ele fez isso por algum tempo.

— Você tentou me ensinar, — ela sussurrou,


pendurado em seus pulsos presos à parede, seu corpo inerte,
sem vida, quase sem derramamento de sangue.

910
— É tarde demais para me dizer que você aprendeu,
Rina. — Lucien continuou a falar macio.

Para sua surpresa, seu corpo mole caiu mais profundo.

Deu-lhe tempo e, como ele esperava, ela falou


novamente.

— Eu estou bem com isso, — continuou ela em um


sussurro. — Eu não poderia viver sem você.

— Eu sei, — respondeu ele, observando-a colocar


extremo esforço em levantar os olhos para ele.

— Nem um pouco, — ela admitiu. — Nem por um


segundo.

— Eu sei, — ele repetiu.

— Você a ama? — Perguntou ela, o selo de agonia em


seu rosto com torção nova da dor.

— Sim, — respondeu ele em breve.

Ela tinha sofrido o suficiente. Agora foi a vez de sua dor


final. Mas, assim como Rina, ela implorou por mais.

— Eu queria que você me amasse assim, — ela disse a


ele algo que ele já sabia.

Lucien não respondeu.

— Por que você não poderia me amar assim? —


Perguntou ela.

911
— Rina, deixe Julian levá-la para a fogueira, — Lucien
respondeu suavemente.

— Diga-me isto antes de morrer. Diga-me por quê. Por


que não pode me amar assim?

Lucien suspirou em seguida, lembrou-lhe:

— Eu já lhe disse por quê.

Ela sorriu um sorriso sem graça antes de ela


sussurrar,

— Eu vou ouvir agora.

Ele segurou seus olhos.

Então, ele respondeu:

— Porque você queria isso tanto.

— Isso não é bom? — Ela perguntou, genuinamente


perplexa.

Lucien balançou a cabeça.

— No momento que eu compreendi que o amor de Leah


causou a sua dor, sabia que tinha que deixá-la ir. Mesmo
sabendo que ao perdê-la eu perderia tudo. Eu estava disposto
a sacrificar tudo para aliviar sua dor. E quando eu entendi
que eu a amava, mas se nós ficássemos juntos o tempo seria
curto e terminaria em tragédia, eu entendi isso mais
completamente. E eu estava determinado a deixá-la ir para
prolongar sua vida na esperança, que enquanto vivesse, ela

912
poderia encontrar a felicidade. O que você não aprendeu é
que o verdadeiro amor não é egoísta, Rina. É altruísta.

Ela olhou para ele, mesmo em seu estado doentio,


febril, o amor obsessivo que ela tinha por ele queimou em
seus olhos.

Calmamente, ele terminou:

— Você nunca entendeu isso.

— Não, — ela sussurrou, — e eu ainda não sei. Hoje,


eu morreria por meu amor por você, Lucien.

— Se isso faz você se sentir melhor acreditando, Rina,


então estou feliz que você faz, — Lucien retornou em um
sussurro.

Ela continuou a olhar para ele, ele sabia, era a fim de


roubar mais de seu tempo e atenção.

Mas estava terminado.

Ele afastou-se e empurrou o queixo para o filho.

Julian avançou.

Lucien não viu como seu filho carregou sua ex-


companheira por cima do ombro para fora da sala. Em vez
disso, ele pegou seu celular e fez três chamadas. Duas eram
negócios. Uma delas foi a Leah para dizer a ela que estaria
em casa em breve.

Ela disse que estava fazendo o seu frango frito.

913
Isso foi algo durante a semana passada, uma vez que
retornou do que ele estava ficando acostumado. Uma nova
nuance de sua futura noiva. Ela não perguntou sobre o
negócio desagradável, simplesmente esperou por ele para
contar-lhe se ele assim o desejasse. Mas ela estava em
sintonia com ele. Agora que ele tinha se aberto para ela,
ambos podiam sentir o humor um do outro com uma
acuidade que não tinha nada a ver com a linguagem corporal,
expressões faciais ou tom de voz. Seguiam o outro facilmente.
Então ela sabia quando ele tinha um humor e ela tinha
certeza de que ela fez algo, às vezes grande, às vezes pequeno,
para fazer seus dias desagradáveis acabarem bem.

Ele terminou sua chamada com Leah e saiu. Bel estava


lá. Stephanie. Rafe. Duncan. E Cristiano estava lá para
representar o Conselho.

Quando Lucien chegou, Julian lhe entregou a tocha.


Sem demora, ele jogou a madeira e gravetos aos pés do
Katrina.

E ele deu-lhe uma última coisa. Lucien segurou seus


olhos quando ela queimou.

Quando ela já não era deste mundo, ele saiu, deixando


Cristiano para recolher as cinzas e espalhá-los ao vento.

*****

914
Lucien se sentou e arrancou as luvas brancas que
tinham lhe pedido para usar antes de ele lidar com os
pergaminhos antigos.

Fazia mais de um mês depois que ele tinha encontrado


Leah. Ele estava, na antiga cidade de Speranza em janelas,
controladas por ar, a sala intensamente segura no porão da
sede internacional do Domínio.

Ele levantou a cabeça e olhou através da mesa para


Avery, Gregor e Rudolf.

— Isso não me deixa feliz, — ele murmurou seu


eufemismo.

Ele tinha acabado de ver as profecias ou o que eles lhe


permitiriam ver. Ele não tinha ideia o que mais havia. No
entanto, tinham-lhe mostrado um pouco do que se referia à
Leah e ele próprio.

— Isso é compreensível, — Rudolf respondeu.

— Você agora entende porque nós pedimos que você se


abastece de caçar seu pai? — Perguntou Avery com cuidado.

— Eu entendo isso, mas eu não gosto disso, — Lucien


respondeu firmemente.

— Como você pode ver a partir desses documentos, ele


é certamente o general dos rebeldes famosos neles. Se a sua
morte for precipitada, poderia ter uma guerra e nós não
estamos prontos, — explicou Rudolf.

915
— Eu li os pergaminhos, Rudolf, — Lucien murmurou
com irritação.

— Você terá o seu tempo, — Avery assegurou-lhe em


voz baixa.

Caralho que ele teria.

Lucien assentiu.

— Ela já está exibindo as habilidades, — Gregor


afirmou, olhando-o de perto.

Lucien pesava brevemente a sabedoria de responder,


olhando de relance para Avery que já sabia.

— Ela tem poderes excepcionais em sua mente. Ela


pode me marcar. Acompanha-me. Sentir o meu estado de
espírito e, por isso, quando ela está comigo, sente o perigo
como eu faço. Ela pode falar comigo com sua mente e, com o
passar dos dias, esse poder aumenta significativamente. Na
verdade, se eu quisesse, eu poderia dizer que ela está sentada
em um café do outro lado da rua e ela pode me ouvir. Ela
poderia fazer o mesmo. Nós também começamos a
compartilhar sonhos, tê-los separadamente e, na ocasião, ao
mesmo tempo. — Ele apontou para os papéis sobre a mesa
diante dele. — No entanto, ela não demonstra velocidade ou
força incomum.

— Você é vampiro, ela é mortal, Lucien, você saberia se


ela tivesse a velocidade ou força incomum para um mortal? —
Rudolf pediu uma excelente pergunta.

916
Antes que ele pudesse responder, Gregor falou.

— Nós gostaríamos de pedir-lhe para falar com ela


sobre o envio de si mesma para o teste.

Lucien sentiu seu corpo se preparar para a batalha,


sua adrenalina liberando, seus músculos se expandindo e ele
imediatamente respondeu:

— Absolutamente não.

— Lucien... — Gregor começou, mas Lucien se inclinou


para frente.

— Você chega perto dela sem a minha permissão, eu


vou rasgar você e então você vai queimar, — Lucien
prometeu, sua voz baixa e inconfundível.

Gregor fez um gesto para a mesa.

— Você pode ver do que você leu que é importante


entendermos em que condições estamos diante de uma
ameaça de combate.

— Minha noiva não é um guerreiro mutante nesta


guerra para ser cutucada e pesquisada, — Lucien cortou. —
Há ainda duas outras companheiras para unir. Vamos
permitir que assuntos jogar fora e como eles fazem, eu e ela
vamos decidir como iremos proceder.

— Não temos muito tempo. Callum vai casar com Sonia


antes do Natal neste ano, — Gregor disse a ele e Lucien abriu
seus olhos.

917
Callum era o Rei dos lobisomens. Lucien o conhecia.
Lucien o respeitava.

Sonia, ele sabia, era o nome da mortal de Gregor.

— Sonia? — Perguntou Lucien.

— Sim, Sonia, — Gregor respondeu em seguida,


esclareceu, falando baixinho: — Minha Sonia.

— Então é por isso que a levou em segredo, — Lucien


supôs.

— Isso e eu mantive profundo respeito por seus pais


antes de suas mortes e afeto por ela antes de sua perda, —
Gregor respondeu.

Lucien assentiu, mas ele não pronunciou mais


palavras sobre o tema. As Profecias eram vagas quanto
Profecias tendiam a ser, mas não era vago o que se abateria
sobre Sonia, a mulher que em breve seria a rainha mortal dos
lobisomens. Gregor sabia disso. E Gregor estava escondendo
seu desespero ao saber.

Em vez disso, ele perguntou:

— Será que ela sabe? Callum?

Gregor sacudiu a cabeça.

— Não. E eles não irão. Como isto foi mantido de você e


Leah, também serão mantidos a partir dos outros
companheiros. Enquanto você lê, é essencial que cada

918
imortal demonstre sua capacidade de fazer, um sacrifício
altruísta crucial para sua companheira mortal. E é essencial
que todos os mortais demonstrem sua generosidade ou
proteção dos imortais. Para estabelecer uma eternidade de
paz entre as espécies, os três devem personificar que
possamos viver juntos em diversidade e em harmonia.

Ele havia lido isso em profecias. Era chato, mas era


compreensível.

— E o terceiro companheiros? — Perguntou Lucien.

— Eles não foram localizados, — respondeu Rudolf. —


Acreditamos que o homem está vivendo entre os mortais. A
história deles é a mais vaga nas profecias, mas acreditamos
de estudar os pergaminhos que ele sabe quem ele é, o que ele
é capaz. Ele se alimenta de mortais, ele se transforma em
lobo. Mas ele não sabe da existência de outros de sua
espécie. Ele acha que é uma anomalia, esconde suas
habilidades e vive no subterrâneo. Portanto, é difícil
encontrá-lo.

— Talvez ele ainda não tenha chego à sua existência, —


Lucien sugeriu.

— Não, — Avery sussurrou: — O destino de Sonia vai


acontecer em breve. A Guerra Nobre está chegando. Ele está
lá fora, como ela está, quem quer que seja.

Lucien inclinou o queixo, em seguida, comentou:

919
— Se ele acha que é uma anomalia, ele está correto. Se
não me engano, ele seria o único vampiro, lobisomem híbrido
na história.

— Nos próximos anos, muitas coisas vão mudar,


Lucien, — Avery respondeu. — Muitas. O que era impossível
será excepcional, mas possível. Em seguida, ele vai se tornar
comum.

Como sempre tinha sido. Como, ele esperava em Cristo,


sempre seria um tempo muito longo.

Lucien seguiu em frente.

— Eu vou contar a Leah sobre As Profecias, —


anunciou ele e os outros três homens na sala ficaram tensos.

— Isto é insensato, — Gregor murmurou.

— Por quê? — Lucien revidou e os olhos de Gregor


deslizaram para Avery. — Não é prudente, — afirmou Lucien
e olhar de Gregor voltou. — Você está com a intenção de
impedir que seus segredos sejam revelados. Mas posso
assegurar-lhe que ela não vai falar deles.

— Pode ter certeza? — Perguntou Rudolf.

— Ela é mortal, mas há muitos mortais que estão longe


de serem estúpidos, Rudolf, — Lucien retornou. — Eu vou
explicar-lhe a importância de manter o segredo e ela vai
entender. Eu também vou explicar as consequências de não o
manter e ela vai definitivamente entender isso.

920
— Claro, mas ela é também está viva. Sua família está
viva. O que está por vir, sua parte nela, ela pode ser movida
para avisá-los, — Rudolf respondeu.

— Ela não falará das Profecias, — Lucien repetiu.

— É essencial que ela não faça, — Gregor pressionou,

Lucien olhou para Avery depois de volta para Gregor e


impaciente reiterou:

— Ela não vai falar delas.

Gregor respirou. Então, ele acenou com a cabeça.

Lucien queria voltar para Leah que ele exigiu, na forma


de um pedido:

— Eu gostaria de falar com Avery sozinho.

Olhares foram trocados, mas Rudolf e Gregor


assentiram, se despediram e prepararam para sair do quarto.

Gregor, no entanto, parou na porta.

— O Conselho deseja que você saiba que o acesso a


estes documentos significa que a nossa dívida está paga.

— A revisão do Domínio caçando meu próprio povo e


levando-os para a morte de 50 anos está mal paga por me
proporcionar o acesso aos documentos que descrevem, ainda
que vagamente, que eu e minha noiva enfrentaremos perigos
mortais em uma guerra Nobre, — Lucien retornou. — Essa
certamente me é devido e eu o considero como tal. Diga ao

921
Conselho que considero que eu ainda seguro o marcador e eu
vou chamá-lo quando eu precisar usá-lo.

Gregor abriu seus olhos. Então ele suspirou. Então, ele


inclinou o queixo e saiu da sala.

Lucien não falou até que ele percebeu que eles estavam
bem fora do alcance de audição. Então seus olhos se
moveram pelo quarto. Não encontrando o que ele estava
procurando, ele voltou seu olhar para Avery.

— É este ambiente monitorado? — Perguntou.

— Não, — respondeu Avery.

— O que eu gostaria de discutir, seria insensato a


mentir, — Lucien disse calmamente.

— Como já foi explicado, muito poucos conhecem as


profecias, Lucien. Esta é uma umidade, ar e temperatura
ambiente controlados que contém nada, além das profecias.
O acesso a ele é estritamente limitado. A segurança é o
estado da arte. No entanto, ele não inclui câmaras ou
microfones. Ele não faria por guardas de segurança por ser
capaz de ter um vislumbre dos pergaminhos ou ouvir os
permitidos nesta sala discuti-las.

Lucien assentiu uma vez.

Então, ele cruzou os braços sobre o peito e declarou em


voz baixa:

— Você é um antigo.

922
Avery lentamente fechou os olhos.

Ele era.

Puta que pariu.

— Você conhece a nossa origem? — Perguntou Lucien e


Avery abriu os olhos.

— Eu juro para você, Lucien, que este também é um


mistério para mim, — respondeu Avery.

— Existem outros mais velhos que você? — Lucien


consultou.

— Eu não posso dizer, — Avery hesitou.

— Mas há outros Anciãos, — Lucien continuou.

— Eu não posso dizer, — repetiu Avery.

— Como muitas pessoas sabem que Anciãos ainda


existem? — Lucien empurrou.

— Um, — respondeu Avery. — Você.

Isso era o que ele estava procurando. Uma indicação de


confiança. E ele tinha. Este segredo era mais crucial para
guardar do que as profecias.

Lucien teve um momento.

Então ele lembrou-lhe em voz baixa:

923
— Minha futura noiva e eu arriscamos muito para este
mundo.

Avery estudou.

Em seguida, ele sussurrou,

— Sim. E, por isso vou dar-lhe um outro voto. Haverá


aqueles que irão fazer tudo em seu poder considerável para
manter o Sagrado Triunvirato seguro. Mas agora, isso é tudo
o que posso lhe dar.

— Eu tenho filhos e As Profecias dizem que vou ter


mais quatro. Por razões que, se as profecias são verdadeiras,
já não são precisas, Leah e eu não usamos proteção. Se esta
guerra Nobre significa que minha noiva e eu morreremos e os
nossos filhos vão viver sem os pais ou pior, morrerem, eu
preciso saber o que você poder tomar precauções.

— Você deve descobrir junto comigo, — respondeu


Avery.

— Você sabe que não mais? — Lucien pressionado.

Avery estendeu uma mão para os papéis sobre a mesa.

— Eu escrevi esses pergaminhos. Eu escrevi tudo o que


eu sabia, Lucien, tudo o que veio a mim. Se eu soubesse
mais, eu ficaria feliz em lhe contar. Eu não sei. Portanto, você
deve descobrir junto comigo.

924
Lucien segurou seu olhar e não leu nada. E ele sabia
disso que quando Avery deu o conhecimento que ele era de
fato um ancião, esta era sua intenção.

Ele tentou mais uma vez, lembrando-lhe,

— Eu vivi 822 anos de espera pela mulher que estava


destinado para mim.

— E nós estamos contando, muito mesmo, em seu


desejo de manter a segurança do destino, — Avery voltou.

— Se isso é verdade, Avery, então você tem muita sorte,


— Lucien sussurrou.

Com isso, Avery sorriu.

Lucien não sorriu de volta. Ele levantou a mão em um


breve gesto de despedida e saiu da sala para fazer o seu
caminho para a sua companheira.

— Ok, sério, isso é incrível! — Exclamou Leah.

Ela estava sentada montada nele. Lucien estava de


costas em sua cama, em seu quarto de hotel em Speranza,
Leah abrangendo seus quadris. Ela usava uma camisola
preta de seda enfeitada com bordas grossas de renda creme.
Tinham acabado de fazer amor e seu cabelo estava caindo
selvagem ao redor de seus ombros.

925
Antes de fazerem amor, ele deu a ela um anel de
noivado de diamante negro cortado em esmeralda. Depois,
contou-lhe das profecias.

Como era à sua maneira, sua reação surpreendeu.

— Minha querida, estamos falando de guerra, —


lembrou-o em voz baixa.

Ela se inclinou para ele, colocando as mãos em seu


peito, o rosto chegando perto dele. O dela ainda estava
animado.

— Sim, e você, eu e os outros quatro vamos chutar


traseiros, — declarou ela, em seguida, pulou para trás
sentando-se e gritou: — Eu não posso esperar para chegar a
minhas habilidades sobre-humanas!

Lucien balançou a cabeça, achando que ele não


conseguia parar de sorrir.

Em seguida, ele se sentou, seu sorriso morreu e ele


passou os braços em volta dela vagamente.

— Meu amor, — ele começou com cautela, — tudo pode


acontecer na guerra.

Ela colocou os braços frouxamente ao redor de seus


ombros e inclinou a cabeça para o lado.

Então, ela perguntou:

— Querido, você é o poderoso vampiro Lucien?

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Seus lábios tremeram, mas ele não respondeu.

— Você é, — ela sussurrou, seus braços ficando mais


apertados. — Você é imparável. E você está me dando suas
habilidades. Então, vamos ser imparáveis. — Sua expressão
ficou séria quando ela apertou mais perto. — Antes que você
comece tudo de vampiros maduros e transmitir sabedoria em
mim, eu vou te dizer, eu entendi. Eu nunca estive em uma
guerra, mas todos sabem que as guerras devem ser evitadas.
E eu odeio lembrá-lo de algo que perturba você, mas Edwina
e eu fomos atacadas por quatro vampiros. Eu não tinha
poderes naquela ocasião eu estava apavorada demais. Então,
pode ser que meus poderes não serão semelhantes à de uns
vampiros. Mas pelo menos eu vou ter uma chance de lutar.

Ela estava certa. Ela o fez lembrar-se de algo que o


chateou.

Muito.

Lucien não compartilhou isso e Leah não tinha


acabado.

— Mas eu também sei outra coisa. E eu pensei que isso


por um longo tempo, mesmo antes quando você me disse que
eram em sua maioria como eu. Há mágica trabalhando. E que
a magia, em meu coração, me levou até você. E é com esse
tipo de magia que estamos lidando, então é o tipo bom. E nós
temos isso do nosso lado. E nós temos o amor do nosso lado.
E os outros quatro terão amor ao seu lado também. E quando

927
você tem o nosso tipo de amor, não pode ser batido porque
você não vai permitir-se a ser batido.

— Eu não posso discutir com isso, — ele murmurou e


foi recompensado com o seu sorriso.

Em seguida, os braços deixaram os seus ombros para


os dedos poderem envolver em torno dos lados do pescoço e
ela inclinou o rosto perto.

— Nada vai tirar você de mim, querida, — os dedos


espremeram, — nada.

Lucien olhou fixamente em seus olhos bonitos.

Então seus braços apertaram ao redor dela e torceu-lhe


para as costas dela enquanto sua boca tomou a dela em um
beijo ardente.

Quando ele levantou a cabeça, ela tomou uma


respiração instável. Em seguida, ela terminou a conversa com
um sussurro,

— Eu tenho tudo isso, — seus braços lhe deram um


apertão e seus lábios lhe deram um sorriso, — e, habilidades
sobre-humanas fodonas. Eu... mal posso... esperar.

Lucien sorriu para ela. Em seguida, ele baixou a


cabeça e beijou o sorriso do rosto.

Então tomou a seu tempo fazendo muitas outras


coisas.

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Coisas que ele não podia esperar para fazer.

*****
Foi após a Cerimônia de Reivindicação antiga. Após a
celebração seguinte. Após Nadia atirar de volta no
breakdancing na celebração. Mas antes de embarcarem em
um avião da manhã para viajar para a Itália para a lua de
mel.

Seus punhos em seu cabelo tornaram-se insistentes.

Ele sentiu isso, parou de se alimentar, atacou a língua


ao longo da ferida e deu a sua novíssima noiva o que ela
queria.

Ele inclinou a cabeça para trás e olhou para ela.

Ela deslizou para baixo em seu pênis, enchendo-se


completamente dele, as pálpebras pesadas.

Cristo, ela era linda.

Tão bonita.

Suas pálpebras estavam pesadas, mas seu foco era


todo nele.

— Esta é a nossa eternidade, — ela sussurrou. Seus


braços, já envolvidos em torno dela, estavam tão apertados
que ele sentiu que o vento suave de sua respiração acariciou
seu rosto.

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Tudo o que ele podia ver eram suas belas feições. Tudo
o que podia sentir era o seu corpo em seus braços, seu sexo
envolvido em torno de seu pênis, coxas apertadas nos
quadris, os seios contra o peito, os braços curvados em torno
de seus ombros segurando-o perto. Tudo o que ele podia
sentir o cheiro era insuportável o cheiro de sua excitação.
Tudo o que ele podia sentir o gosto em sua língua era o seu
sangue misturado com a sua pele e sua boceta. Tudo o que
podia ouvir era o seu coração batendo, sua respiração
excitada.

— Esta é a nossa eternidade, — ele concordou em


silêncio.

Suas pálpebras cresceram mais pesadas mesmo


enquanto sorria um sorriso sedutor. Um sorriso por suas
palavras. Um sorriso porque ela, como ele, sabia que eles
estavam vivendo um sonho.

— Dê-me a beleza, meu vampiro, — ela exigiu.

Instantaneamente, ele virou-a para as costas e atendeu


sua demanda.

Foda-se, mas ele adorava quando os seus sonhos se


tornaram realidade.

Literalmente.

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A série “OS Três” vai continuar com a história de
Callum e Sonia.

931
Sobre a autora

Kristen Ashley vive na bela região Oeste da Inglaterra


com seu marido e seu gato. Ela veio para a Inglaterra para o
meio de Denver, onde viveu por 12 anos, mas ela cresceu em
Brownsburg, Indiana. Sua família e amigos estão malucos
(para dizer o mínimo), mas maluco é bom quando você quer
escrever.

A mãe de Kristen se mudou com ela, seu irmão e irmã


com seus avós quando tinha seis anos. Seus avós tinham
uma filha muito mais jovem do que sua mãe, para que todos
eles vivessem juntos em uma pequena fazenda em uma
pequena fazenda no coração da cidade. Ela cresceu com
Glenn Miller, The Everly Brothers, REO Speedwagon e
Whitesnake (e os guarda-roupas que combinavam).
Desnecessário será dizer, que cresceu em uma casa cheia de
música, roupas e amor era uma boa maneira de crescer.

E, como ela continua crescendo, cada vez melhor.

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