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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA


BACHARELADO E LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

LUIZ CARLOS DOS SANTOS BENTO

SUSPEIÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE HOMENS TRABALHADORES


DO MUNÍCIPIO DE BANANAL - SP

NITERÓI
2019
LUIZ CARLOS DOS SANTOS BENTO

SUSPEIÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE HOMENS


TRABALHADORES DO MUNÍCIPIO DE BANANAL - SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Coordenação de Curso de Graduação em
Enfermagem e Licenciatura, como requisito
parcial, para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem e Licenciatura.

Orientador:
Prof. Jorge Luiz Lima da Silva

Niterói, RJ
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
LUIZ CARLOS DOS SANTOS BENTO

SUSPEIÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE HOMENS


TRABALHADORES DO MUNÍCIPIO DE BANANAL - SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Coordenação de Curso de Graduação em
Enfermagem e Licenciatura, como requisito
parcial, para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem e Licenciatura.

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________________________________________
Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva
Presidente (EEAAC – UFF)

__________________________________________________________________________
Profa. Dra. Marilda Andrade
1ª examinadora (EEAAC – UFF)

__________________________________________________________________________
Profa. Dra. Cláudia Maria Messias
2ª examinadora (EEAAC – UFF)

__________________________________________________________________________
Profa. Dra. Marcela Pimenta Muniz
Suplente (EEAAC – UFF)

Niterói, RJ
2019
AGRADECIMENTOS

Incialmente, agradeço aos professores que compuseram minha banca de defesa, por
terem aceito meu convite de forma tão cortês. À professora Marcela que, durante suas aulas,
ampliou minha visão acerca da saúde mental, me levando a descobrir que a loucura nada mais
é que uma forma diferente de enxergar o mundo e que de “enfermeiro” e louco, todo mundo
tem um pouco, felizmente no meu caso tenho bastante de ambos. À professora Cláudia que,
embora eu não tenha sido seu aluno, durante a graduação, e nosso convívio seja recente, se
apresentou sempre disposta a ajudar, dona de uma felicidade radiante, e muito segura de suas
convicções, certamente uma figura a se espelhar.
À professora Marilda, que esteve presente desde o início da minha vida acadêmica,
com quem tive o prazer de trabalhar ao longo de três anos e desenvolver meu lado professor.
Com ela, descobri que a vida no interior da academia precisa ser levada a sério, mas sem perder
o bom humor e a humanidade em nossas ações.
Ao professor Jorge que me apresentou verdadeiramente a universidade pública e o
mundo que a compõe. Responsável por minha inserção na extensão e na iniciação científica.
Ensinou-me a pesquisar, a escrever e a fazer ciência, mesmo que eu não goste muito; me
apresentou ao mundo da saúde coletiva, e a enxergar o mundo através da ótica de um
epidemiologista. Sou grato por todos os ensinamentos, e por todas as conversas terapêuticas
realizadas na praça de alimentação, de um determinado shopping, numa determinada cidade no
estado do Rio de Janeiro (o CEP não autorizaria a utilização dos nomes).
Agradeço ao Felipe que, cordialmente, cedeu os direitos de uso do banco de dados,
possibilitando o desenvolvimento deste estudo.
Agradeço ainda a todos os mestres por quem passei, e todo o conhecimento que adquiri
por meio deles, cada um tem espaço reservado no meu coração.
Agradeço aos diversos amigos que fiz ao longo dessa caminhada e todas as
experiências que tivemos prazer de compartilhar, como: Bianca; Fabi; Angela; Joana; Juliana;
Kevelyn; Clarissa; Camila e tantos outros nomes relevantes que gastaria folhas e mais folhas
escrevendo, mas o importante mesmo é o que cultivamos uns pelos outros, para além de um
nome, em uma seção do trabalho que ninguém lê.
Agradeço aos amigos de fora do mundo acadêmico que me ajudaram a manter a saúde
mental ao longo da graduação, como os “Gabrieis” (Froes e Souza), Ana e em especial o Dudu,
sempre presente nos momentos importantes, sendo mais que um amigo, considero como irmão.
A família que constituí dentro da UFF, com pessoas tão incríveis que não tenho
palavras para expressar. Pessoas como a Larissa, que além de uma boa companheira de copo, e
taça, é uma mulher fora da curva, e dona de uma inteligência fora do comum. O Derek, amigo
de viagem, de monitoria, de almoços, de conversas sérias e festas do DCE. O Matheus, única
pessoa que conheço que conseguiu transcender. Sempre positivo e alto astral, se consagrou
como analista da galera, e era o coordenador das terapias em grupo que realizávamos, regadas
a comidas nada nutritivas e muito refrigerante. Pedro, o missangueiro, que transforma qualquer
coisa em arte e que sempre estava tentando nos colocar para cima. Apesar de estar distante,
conquistando seu sonho, continua sendo um grande amigo. E minhas afilhadas emprestadas,
Mayara, companheira de pesquisa e de “sofrência” com o orientador; Dayane, minha filha mais
velha, a PinkEnf, que me presenteou com as demais; Gabi, companheira de viagens no percurso
Rio-Niterói; e o Gabriel que se tornou companheiro de projetos e das zoações.
Dentre os membros dessa família três são especiais, minhas três espiãs demais, Ana
Beatriz, Angelica e Karine (em ordem alfabética para não ter briga). Ana Beatriz, uma das
mulheres que mais admiro, decidida, sábia, inteligente, rainha das expressões faciais, minha
enfermeira da NASA, e a única mediadora de conflitos que sem dizer uma palavra resolve os
problemas. Angelica, primeiro contato da faculdade, amiga para todas as horas, para os que
ama possui um coração maior que o mundo, e capaz de mover céus e terras para ajudar, nosso
relacionamento é pautado no conceito da Guerra Fria, a qualquer momento podemos explodir
um com o outro, mas quase nunca chegamos lá. Karine, pisciana raiz, good vibes total, o mundo
pode ruir sobre sua cabeça que sua expressão máxima será “ai cara! ”. Minha companheira de
TCC, que utiliza o Word online em cinco computadores diferentes para escrever, e não pense
que eu superei estágio curricular II. Sem esse trio, eu não teria trilhado metade do caminho,
foram muitas noites mal dormidas, dezenas de trabalhos, muitos resfriados compartilhados,
centenas de vitórias, e tantas outras derrotas, que só com apoio mútuo conseguimos superar.
Meu verdadeiro coração dentro da UFF.
Por último, mas não menos importante, na realidade a parte mais importante do todo
o processo, minha família. Todos que sempre se preocuparam em perguntar como as coisas
estavam, mandar mensagem para saber se eu estava bem, após um incidente na Ponte, ou no
meu percurso usual, e tantos outros cuidados. E os mais importantes de todos, meu núcleo,
minha base, minhas referências, meu estímulo estressor e meu melhor mecanismo de
enfrentamento, responsáveis por tudo que sou hoje (eles juram que só ensinaram coisas boas e
que o resto desaprendi com a vida), meu pai, minha mãe e meu irmão, sem esquecer da Diana.
“A vida sem ciência é uma espécie de morte”
Sócrates, 399 a.c.
RESUMO

Introdução: o ambiente ao qual o indivíduo se insere é um importante determinante social e


pode determinar diversos outros fatores. A síndrome de burnout é considerada um fenômeno
de caráter psicossocial, e seu aparecimento está ligado a relações interpessoais estressantes que
se deem de forma duradoura e sejam advindas do ambiente laboral. Objetivo: investigar a
suspeição da prevalência de síndrome de burnout entre o público masculino usuário do SUS de
Bananal - SP. Método: estudo epidemiológico observacional, descritivo seccional. A amostra
totalizou 370 participantes. Utilizou-se questionário autoaplicado, abordando aspectos do
trabalho, de acesso ao sistema de saúde, medidas antropométricas, determinantes de saúde física
e mental e aplicação da escala Maslach Burnout Inventory (MBI) para mensurar a síndrome de
burnout. Foi realizada análise univarida, bivariada e multivariada. Resultados: utilizando como
critério o desequilíbrio em ao menos uma das dimensões da escala, identificou-se a prevalência
global de suspeição para síndrome de 53% (196 indivíduos). Analisou-se ainda a prevalência
global, utilizando critério de outros dois autores, como critério o alto esgotamento emocional,
somado à despersonificação e baixa realização profissional apresentou 12,4% (46 indivíduos)
e apenas alta despersonificação apresentou 22,7% (84 indivíduos) de prevalência. De acordo
com o modelo de regressão utilizado, e após ajustamento pelas potenciais variáveis de
confundimento, mantiveram diferença estatística significativa e risco para a suspeição as
variáveis: possuir companheiro (a) (RP = 1,10, IC95% = 1,053 - 3,658); ser provedor da família
(RP = 9,50, IC95% = 6,431 - 23,452); etilismo regular (RP = 1,40, IC95% = 1,349 - 3,890). E
como fatores de proteção: tabagismo (RP = 0,59, IC95% = 0,228 - 0,782); consumo de outras
drogas (RP = 0,59, IC95% = 0,207 - 0,863); elevado número de refeições ao dia (RP = 0,56,
IC95% = 0,237 - 0,661); e a realização de práticas integrativas e complementares (RP = 0,61,
IC95% = 0,217 - 0,889). Conclusão: a prevalência de suspeição para síndrome encontrada
reflete a vulnerabilidade da população masculina para o desfecho. A adoção de práticas
consideradas de risco, a baixa adesão do grupo a rede básica de saúde e o perfil sociocultural
masculino são fatores envolvidos para a instauração do desfecho. É necessária a adoção de
políticas públicas centradas na saúde do homem, afim de aproximá-lo da rede básica e assim
viabilizar a prática de medidas promotoras de saúde, reduzindo a prevalência do desfecho e
seus agravos associados.

Descritores: Esgotamento Profissional; Saúde Do Homem; População Rural.


ABSTRACT

Introduction: the environment to which the individual is inserted is an important social


determinant and can determine many other factors. Burnout syndrome is considered a
psychosocial phenomenon and its onset is linked to stressful interpersonal relationships that
endure and come from the work environment. Objective: to investigate the suspicion of the
prevalence of burnout syndrome among male users of SUS in Bananal - SP. Method:
observational epidemiological study, sectional descriptive. The sample totaled 370 participants.
A self-administered questionnaire was used, addressing aspects of work, access to the health
system, anthropometric measures, determinants of physical and mental health, and application
of the Maslach Burnout Inventory (MBI) scale to measure Burnout Syndrome. Univariate,
bivariate and multivariate analysis were performed. Results: using as criterion the imbalance in
at least one of the dimensions of the scale, we identified the overall prevalence of suspected
syndrome of 53% (196 individuals). The overall prevalence was also analyzed using the criteria
of two other authors, as the criteria for high emotional exhaustion, added to depersonification
and poor professional performance presented 12.4% (46 individuals) and only high
depersonification presented 22.7% (84 individuals) of prevalence. According to the regression
model used, and after adjusting for the potential confounding variables, the following
statistically significant differences and risk of suspicion remained: having a partner (PR = 1.10,
95% CI = 1.053 - 3.658); being a family provider (PR = 9.50, 95% CI = 6.431 - 23.452); regular
drinking (PR = 1.40, 95% CI = 1.349 - 3.890). And as protective factors: smoking (PR = 0.59,
95% CI = 0.228 - 0.782); use of other drugs (PR = 0.59, 95% CI = 0.207 - 0.863); high number
of meals a day (PR = 0.56, 95% CI = 0.237-0.661); and the performance of integrative and
complementary practices (PR = 0.61, 95% CI = 0.217 - 0.889). Conclusion: the prevalence of
suspicion for the syndrome found, although according to the literature, is considered high,
which reflects the vulnerability of the male population to the outcome. The high adoption of
risky practices, the low adherence of the group to the basic health network and the male socio-
cultural profile are determining factors for the establishment of the outcome. It is necessary to
adopt public policies focused on men's health, in order to bring it closer to the basic network
and thus enable the practice of health-promoting measures, reducing the prevalence of the
outcome and its associated health problems.

Keywords: Burnout, Professional; Men's Health; Rural Population.


APRESENTAÇÃO

O presente trabalho fez parte de projeto maior realizado como pesquisa de mestrado
pelo, agora, mestre em Saúde Coletiva Felipe dos Santos Costa com o trabalho intitulado:
“Determinantes de Saúde e Associação com Transtornos Mentais Comuns entre Homens de
Cidade do Interior de São Paulo – SP” (COSTA, 2018). O projeto foi orientado pelo professor
Jorge Luiz que me apresentou aos dados. Participei da criação do banco de dados utilizado no
trabalho, como digitador, auxiliando na revisão e na posterior análise.
Ao longo do tempo criei gosto pela metodologia utilizada, buscando cada vez mais
conhecimento sobre estudos quantitativos e dados estatísticos.
Com a necessidade de desenvolver trabalho de conclusão de curso surgiu a ideia de
aproveitar os dados já coletados, tendo em vista as características singulares da população
estudada, e a minha aproximação com a área da epidemiologia, decidimos por investigar o
desfecho síndrome de burnout na população abordada.
Cordialmente, o Felipe nos cedeu o direito de uso do banco de dados, viabilizando este
estudo, assim como o desenvolvimento de conhecimentos acerca das características da
população de Bananal, a identificação de fatores associados a síndrome de burnout, e a
propagação de conhecimento, o real motivo pelo qual se faz ciência.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Modelo de Leiter (1993), f.26

Figura 2: Cálculo Amostral, f.28

Figura 3: Fluxograma explicativo do método e critérios envolvidos, f.29

Tabela 1: Pontos de corte das dimensões da síndrome de burnout, f.31

Tabela 2: Prevalência da síndrome de burnout entre homens trabalhadores, de cidade no interior


do estado de São Paulo – SP, estratificada de acordo com as dimensões / N=370, f.35

Tabela 3: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis sociodemográficas, entre


homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370, f.38

Tabela 4: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas aos hábitos de


vida, entre homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370,
f.39

Tabela 5: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas à saúde, entre


homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370, f.40

Tabela 6: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas ao


acompanhamento nas unidades de saúde, entre homens trabalhadores, de cidade no interior do
estado de São Paulo - SP/ N=370, f.41

Tabela 7: Estimativas do modelo selecionado na análise de regressão logística múltipla binária,


entre homens, de cidade no interior do Estado de São Paulo - SP/ N=370, f.42
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, P.12
1.1 OBJETIVO, P.15
1.2 JUSTIFICATIVA, P.15

2 REFERENCIAL TEÓRICO, P.17


2.1 SAÚDE DO TRABALHADOR NA ATUALIDADE, P.17
2.2 SAÚDE DO HOMEM E DO HOMEM DO CAMPO, P.18
2.3 POLÍTICA DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL, P.20
2.4 ESTRESSE NO TRABALHO, P.21
2.5 SÍNDROME DE BURNOUT, P.23

3 MATERIAL E MÉTODO, P.27


3.1 CENÁRIO E POPULAÇÃO DE ESTUDO, P.27
3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS, P.30
3.3 TRABALHO DE CAMPO E COLETA DE DADOS, P.30
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS, P.31
3.4.1 ANÁLISE DA SÍNDROME DE BURNOUT, P.31
3.4.2 TRATAMENTO DAS COVARIÁVEIS E MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO, P.32
3.5 ASPECTOS ÉTICOS, P.34

4 RESULTADOS, P.35
4.1 SÍNDROME DE BURNOUT, P.35
4.2 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, P.35
4.3 HÁBITOS DE VIDA E ASPECTOS DE SAÚDE, P.36
4.4 ASPECTOS RELACIONADOS AO ACOMPANHAMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE, P.37
4.5 ANÁLISE ENTRE A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT E AS VARIÁVEIS DE INTERESSE,
P.38

5 DISCUSSÃO, P.43
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA, P.43
5.2 ESTATÍSTICAS DA SÍNDROME DE BURNOUT FACE À LITERATURA, P.43
5.3 VARIÁVEIS COM EXPRESSIVA SIGNIFICÂNCIA FRENTE AO DESFECHO ESTUDADO, P.45
5.4 LIMITAÇÕES DO ESTUDO, P.50

6 CONCLUSÃO, P.51

7 REFERÊNCIAS, P.53

8 ANEXOS, P.69
8.1 ANEXO 1: QUESTIONÁRIO AUTOAPLICADO, P.69
8.2 ANEXO 2: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO, P.75
8.3 ANEXO 3: PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - HUAP, P.77
8.4 ANEXO 4: CARTA DE CESSÃO DE USO DE BANCO DE DADOS, P.78
12

1 INTRODUÇÃO

Desde a efetiva implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990 a Atenção


Básica tem assumido papel central nas políticas de saúde. Pautada nos princípios da
universalidade, equidade e integralidade e na reorganização do sistema de saúde, a Atenção
Básica, passa a seguir a Estratégia de Saúde da Família e se torna a principal forma de acesso
ao SUS (FELTRIN; CONEGLIAN, 2019).
Devido à abordagem integral que realiza, sua importante inserção local/cultural, as
diversas atribuições que exerce e seu papel descentralizador da rede, a Atenção Básica, pode
ser considerada o nível mais complexo da rede de saúde (LEITE; PEREIRA, 2018).
Relacionado ao modelo de atenção integral estabelecido que segue conceito da
Organização Mundial da Saúde (OMS), onde saúde é definida como um estado completo de
bem-estar físico, mental e social, a atenção a saúde volta seu olhar a determinantes mentais e
sociais com importante inserção na Atenção Básica (PINTO et al, 2011).
Os determinantes sociais da saúde são definidos como fatores que influenciam, afetam
e/ou determinam a saúde da população, ou parte dela, e podem ser analisados individualmente
em relação ao desfecho, mas somente quando analisados de forma conjunta possibilitam
estabelecer o real estado de saúde de um indivíduo ou população. Os determinantes são fatores
com aspectos sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos e comportamentais e
podem ser agrupados, de acordo com alguns autores, de acordo com a forma de influência que
exercem, a exemplo disso temos os determinantes: fixos ou biológicos (idade, sexo, genéticos);
econômicos e sociais (estrato social, emprego, renda, exclusão social); ambientais (qualidade
do ar e da água, ambiente social); estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo,
etilismo, comportamento sexual); e o acesso aos serviços, como educação, saúde, serviços
sociais, transportes e lazer (CARRAPATO; CORREIA; GARCIA, 2017; FIGUEIREDO et al,
2019).
O ambiente ao qual o indivíduo se insere é um importante determinante social e pode
determinar diversos outros fatores. A respeito da população do campo, é possível relacionar o
ambiente com a baixa renda, a ausência de saneamento básico, a inadequação das moradias e
os baixos índices de escolaridade, apresentando-se como alguns dos desafios enfrentados por
essa população, o que os torna ainda mais complexos quando somados a pouca participação
dessa população na construção de políticas públicas. Essa realidade serviu como incentivo para
diversos atores sociais, que trabalharam na construção de estratégias voltadas a valorização da
população rural. A fim de garantir o direito de acesso ao SUS, e respeitando as especificidades
13

dessa população houve a criação de uma política direcionada, a Política Nacional de Saúde
Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas. Dentre os agravos que mais
acometem a população rural as relacionadas ao trabalho são as mais evidentes e possuem
relação com a dificuldade de acesso aos serviços de saúde (RUCKERT; ARANHA, 2018).
Pautados nos determinantes socais da saúde, a Atenção Básica busca identificar e
desenvolver estratégias de saúde próprias a populações vulneráveis, com foco na prevenção e
promoção da saúde. Além do ambiente de inserção o gênero passa a ser importante
determinante, em razão da baixa procura dos serviços ofertados por parte do público masculino,
que passa a ser considerada população vulnerável, expressando-se pela elevada taxa de
mortalidade quando comparado ao público feminino (FIGUEIREDO, 2005).
O público masculino, de maneira geral, não possui o hábito de frequentar as unidades
de saúde, salvo em situações extremas. A resistência pela busca dos serviços pode ser explicada
por meio do papel desempenhado, por ambos os sexos, ao longo da história da sociedade. O
papel do homem sempre foi tido como de provedor da família, e mesmo após a inserção da
mulher no mercado de trabalho a ideia prevalece. Tal cultura propagou a máxima de que os
homens não podem adoecer, ou demonstrar vulnerabilidade, o que acarretou resistência desse
público a frequentar os serviços de saúde (ASSIS et al, 2018).
Recorrentemente, a população masculina, quando busca os serviços de saúde não o faz
por meio da Atenção Básica, se inserindo em níveis mais especializados da rede, devido a
procurar por atendimento apenas em casos instaurados e avançados de morbidade o que gera
elevação nas despesas do SUS. Ao alterar a forma de inserção dessa população, na rede não só
os custos relativos ao processo seriam menores, mas a qualidade de vida seria elevada, por
promover a saúde e prevenir danos evitáveis (ABREU et al, 2018).
Visando alterar esse panorama foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Homem (PNAISH), sendo o Brasil pioneiro dentre os países da América Latina a
adotar política de saúde direcionada a esse público, contemplando indivíduos com idades entre
20 e 59 anos (PEREIRA; KLEIN; MEYER, 2019).
Dentro do exposto foram identificados cinco grandes grupos de enfermidades e
agravos relacionados de forma relevante ao gênero masculino, correspondentes à três quartos
do total de casos, sendo estes achados: cardiológicos; urológicos; gastroenterológicos;
pneumológicos; e de saúde mental (BRASIL, 2009).
Dos grupos citados a saúde mental se destaca como o que tem recebido maior atenção
ao longo das décadas, relacionada à integralidade dos sujeitos e aos diversos determinantes de
14

saúde, dentre os quais o trabalho surge com significativa importância (SELIGMANN-SILVA


et al, 2010).
Os transtornos mentais podem ser caracterizados por alterações mórbidas do
comportamento, do modo de pensar e do humor e afetam de forma negativa a qualidade de vida
do indivíduo e dos que o cercam, gerando elevado custo social e, por vezes, econômico
(FERREIRA et al, 2015).
No mundo os transtornos mentais acometem aproximadamente um terço dos
trabalhadores ao passo que, no Brasil, corresponde a terceira maior causa de concessões
beneficiárias por parte da previdência, que incluem auxílio doença, afastamento do trabalho por
período superior a 15 dias, e até mesmo a aposentadoria por invalidez, aumentando inclusive a
demanda por serviços de saúde (FERREIRA et al, 2015).
Considerado um dos eixos mais importantes da vida humana, o trabalho, assume papel
vital no processo de subjetivação e de reconhecimento social. O contexto social e as diversas
dinâmicas relacionadas ao ambiente laboral, sejam elas envolvidas com o vínculo empregatício,
o relacionamento interpessoal ou a carga e condições de trabalho, são fatores de impacto no que
concerne à saúde do trabalhador, sendo responsáveis por grande sofrimento psíquico
(AMAZARRAY, 2019).
A forma como as relações de trabalho se apresentam na atualidade é o principal fator
indutor de agravos psíquicos entre os trabalhadores, acometendo cerca de 30% dessa população.
Muitas vezes, a relação de trabalho e seus fatores associados levam os trabalhadores ao seu
limite físico e psicológico, acarretando a elevação do número de afastamentos por motivos
psicológicos, e por períodos prolongados (MELO; CAVALCANTE; FACANHA, 2019).
Devido ao impacto gerado pelo trabalho na saúde criou-se o conceito de Saúde do
Trabalhador, pautado nos conceitos de promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde
dessa população estimulando a propagação da informação, vigilância epidemiológica,
capacitação dos profissionais da saúde, pesquisa na área a e educação da população. Para
viabilizar, e estimular tais condutas o Ministério da Saúde lançou, em 2002, portaria que
dispunha sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
(Renast), que articulava e organizava os níveis de atenção à saúde voltadas ao trabalhador (ibid;
BRASIL, 2002).
Os trabalhadores que apresentam certo grau de sofrimento psíquico tendem a
desenvolver uma série de problemas associados, dentre as quais a síndrome de burnout (SB),
definida como uma resposta aos estressores crônicos relacionados ao ambiente laboral
(ESTEVES, 2019).
15

A síndrome de burnout é considerada um fenômeno de caráter psicossocial e seu


aparecimento está ligado a relações interpessoais estressantes que se deem de forma duradoura,
e sejam advindas do ambiente laboral (ZANATTA; LUCCA, 2015), dessa forma, os
profissionais que constantemente lidam com eventos estressores, por longos períodos de tempo,
são mais propensos a desenvolver a síndrome (BAPTISTA et al, 2019).
O burnout difere de outras formas de reação ao estresse por evolver comportamentos
e posturas negativas que interferem diretamente a prática laboral e as relações interpessoais do
profissional acometido, provocando danos práticos e emocionais, tanto para o trabalhador
quanto para a instituição, enquanto os quadros de estresse tradicionais estão mais relacionados
ao esgotamento pessoal, sendo prejudicial ao indivíduo, mas não afetando, de forma direta, sua
relação com o trabalho (BRASIL, 2001).
Nesse contexto, surge a pergunta de pesquisa: existe suspeição da síndrome de burnout
entre homens usuários do SUS em área de interior/rural?

1.1 OBJETIVO

Investigar a suspeição da síndrome de burnout entre o público masculino usuário do


SUS de Bananal - SP.

1.2 JUSTIFICATIVA

O burnout acarreta uma série de consequências negativas ao trabalhador, sejam


socioeconômicas, ou na saúde física e mental. Os fatores associados figuram importante achado
e sua identificação e compreensão são fundamentais, no que tange prevenção e promoção da
saúde da população, possibilitando, para tal, a criação de estratégias por parte dos profissionais
e órgãos de saúde (NOGUEIRA et al, 2018).
Estudos sobre burnout têm sido produzidos com grupos populacionais específicos,
delimitados por áreas de atuação profissional. Dentre os grupos mais estudados encontram-se
os profissionais de saúde; principalmente, os de enfermagem, e docentes. Os estudos apontaram
que a prevalência entre profissionais da saúde estaria situada entre 51% e 82,1% enquanto entre
os docentes apresenta-se na faixa dos 60% (LIMA et al, 2018; LIMA; FARAH; TEIXEIRA,
2018; OLIVEIRA et al, 2018; SILVA et al, 2018).
Ressalta-se que, em tais estudos, as populações investigadas eram mistas. Levando em
consideração o fato das amostras serem majoritariamente femininas, os dados relacionados ao
16

sexo masculino acabam perdendo o foco, o que não permite a análise do comportamento da
síndrome sobre o grupo em questão. Outra variável importante é a inserção local dessa
população, em sua maioria os estudos são referentes a regiões de grandes centros urbano, em
detrimento as populações do meio rural (ibid).
17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção, são apresentados conteúdos relacionados ao objeto de estudo, tendo em


vista a contextualização da temática.

2.1 SAÚDE DO TRABALHADOR NA ATUALIDADE

Etimologicamente, a palavra “trabalho” origina-se do latim, “tripalium”, sendo o nome


utilizado na região europeia durante a antiguidade para definir um instrumento de tortura,
“trabalhar” era entendido então como “ser torturado”. Ao longo dos séculos houve uma
ressignificação do termo, que passou a representar “uma forma de dignificar a alma, sobreviver,
sustentar a família ou uma forma de ocupar o tempo, se sentir útil” (FERNANDES et al, 2018a).
O processo de industrialização ao qual a sociedade foi submetida reinseriu na
população a definição em latim do termo, devido aos diversos fatores que passaram a ser
associados a ele. A elevada competitividade presente no mercado de trabalho, e a possiblidade
do desemprego em decorrência dela são fatores que conduzem o trabalhador a sujeitar-se a
condições de trabalho degradantes, salários indignos, diversas formas de assédio e
discriminação, além do excesso de trabalho (FERNANDES et al, 2018b).
Mesmo sendo considerado uma forma de “tortura moderna”, o trabalho, exerce papel
central no cotidiano da sociedade e é compreendido em alguns casos como importante fator
positivo para saúde, por estar associado à sensação da autorrealização, proporcionar o sustento
e a conquista de bens materiais e por possibilitar diversos tipos de interações sociais
(OLIVEIRA; ALMEIDA; SOUZA, 2019).
Apesar de diversas qualidades serem atribuídas ao fato de trabalhar, pouco se aborda
sobre as consequências negativas oriundas dele, como mal-estar, acidentes no ambiente de
trabalho e diversos acometimentos a saúde física e mental (CARDOSO; MORGADO, 2019).
A relação entre prazer e sofrimento estabelecida, por meio do trabalhador com o
trabalho é estudada pela psicodinâmica do trabalho, que parte do princípio do nexo causal entre
trabalho e saúde psíquica do trabalhador (MAISSIAT et al, 2015; DEJOURS, 1992).
Com isso, prazer e sofrimento são experimentados pelo trabalhador à medida que se
relaciona com seu ambiente de trabalho, estando presente na dinâmica das inter-relações sociais
e na forma como se organiza o ambiente laboral, por predispor o trabalhador a diversos fatores
que influenciam sua saúde psíquica. De acordo com a percepção que o indivíduo expressa
acerca da distribuição e execução das tarefas, intensidade das cobranças, qualidade da
18

comunicação, apoio no ambiente de trabalho e o provimento de recursos para executar suas


funções ele tende ao prazer ou ao sofrimento. O sofrimento, quando em desequilíbrio com o
prazer, tende a favorecer o adoecimento psíquico, por levar ao esgotamento do profissional,
oriundo do estresse, insatisfação e frustração (MAISSIAT et al, 2015).
O trabalho também pode ser considerado fator complicador, quando associado a
integração do indivíduo com a rede de saúde. Devido ao funcionamento dos serviços de atenção
básica coincidir com o horário de trabalho, o trabalhador raramente frequenta esse nível de
atenção, buscando a rede de saúde somente em casos mais graves, esse fator quando somado
ao contexto sociocultural estão mais associados a população masculina (ABREU et al, 2018).

2.2 SAÚDE DO HOMEM E DO HOMEM DO CAMPO

Diante de problemas de saúde e fatores socioambientais que afetam a população, ou


uma parcela dela, o Estado desenvolve políticas públicas com o intuito de alterar as realidades
existentes. Diante disso, criou-se em 2009 uma política, nomeada Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem, voltada a população masculina, que visava identificar os riscos
aos quais estava exposta, em diversos contextos, e traçar soluções e estratégias de saúde
(ARAÚJO et al, 2019).
A criação de política voltada para a saúde do homem estimulou a produção cientifica
na área com a intenção de conhecer as características dessa população específica. Apesar desse
movimento identificou-se que um dos maiores problemas do público masculino estava
relacionado a cultura da baixa adesão aos serviços primários de saúde, além do despreparo dos
profissionais envolvidos para realização de um acolhimento efetivo (GANASSIN et al, 2019).
A adesão deficitária torna-se fator de vulnerabilidade a essa população, assim como,
entre tantos outros, o estilo de vida prevalentemente adotado, onde não há preocupação dos
indivíduos quanto ao estado de saúde, que pode ser explicado pela representação do papel
histórico-social do homem como provedor e por ter, em seu imaginário, que estar apto a sempre
provar sua virilidade. Essa construção sociocultural agrava-se, quando atrelada ao ambiente de
trabalho, devido às relações interpessoais que se estabelecem, promovendo danos ao estado
psíquico e uma consequente elevação de distúrbios psicossomáticos (ibid).
A resistência dos homens em aderir a atenção básica como porta de entrada tem
repercussões em todo o sistema de saúde, tanto financeiras, por conta dos custos com
internações e tratamentos para estágios mais avançados de certos agravos, como para a saúde
do indivíduo, com os diagnósticos tardios (ARAÚJO et al, 2019). Devido à pouca interação
19

com a atenção primária, a presença dessa população na rede de saúde ocorre em outros níveis
da atenção, por meio de emergências ou níveis mais especializados, quando se tratando de
doenças crônicas. A fim de aproximar este grupo da atenção primária, entendida como porta de
entrada da rede de saúde, são necessárias estratégias específicas e preparo dos profissionais para
seu acolhimento, visando não só recuperação de agravos, mas a prevenção e promoção da saúde
(SANTOS; BALDISSERA; TOLEDO, 2019).
No âmbito da atenção primária estão presentes as consultas, o tratamento e o
acompanhamento de certas doenças crônicas, porém, os serviços prestados não são suficientes
quando se entende saúde de forma integral. Há uma necessidade constante da presença do
estado, traçando novas estratégias e políticas públicas voltadas a população, cada vez mais
específicas, de acordo com suas características culturais e territoriais, e incentivando a
participação da sociedade civil nesse processo. (MIRANDA et al, 2019).
As políticas têm cumprido seu objetivo quanto a promoção de ações voltadas para a
realidade da população masculina, entretanto, uma abordagem pautada nos contextos
socioculturais existentes no país identificou o entrelaço com outra população vulnerável, a
população do campo (ARAÚJO et al, 2019).
Uma das marcas do território rural é a baixa densidade populacional e engana-se quem
compreende essa população como extensão da urbana. A forma como se inter-relacionam
socialmente, e as relações econômicas e políticas divergem da organização presente nas grandes
capitais. A organização do trabalhador rural, normalmente, se dá por meio do trabalho com a
terra, própria ou de terceiros, realizada por homens de baixa renda e reflete na organização
social, retomando o conceito do homem como “figura de virilidade e poder” (MIRANDA et al,
2019).
O homem do campo encara diversos desafios em relação a saúde, assim como o
urbano, todavia, o meio rural apresenta ainda outras dificuldades, sendo a maior delas a
descontinuidade ou má-implementação de estratégias e políticas públicas. Uma das grandes
dificuldades encontradas está relacionada as ações propostas pela atenção básica, que
privilegiam a saúde da mulher, materno-infantil e os programas de doenças crônicas não
transmissíveis, abstendo-se da atenção à saúde do homem e do trabalhador (ibid).
Vale ressaltar que o trabalhador rural está sujeito, majoritariamente, a diversos fatores
de risco, e estes não se limitam aos físicos e biológicos, mas também aos psicossociais
(XIMENES NETO; CRISPIM, 2019). Embora viver em lugares mais calmos, longe do ritmo
agitado das grandes cidades, e em comunidades fechadas possam ser fatores positivos para a
saúde mental as condições de vida precária, limitação de recursos socioeconômicos e aspectos
20

demográficos desfavoráveis configuram-se como risco. A ausência de perspectiva para


melhoria das condições de vida e a sobrecarga física do trabalho tronam-se importantes fatores
de adoecimento psíquico, principalmente, quando somados a baixa procura e a dificuldade de
acesso aos serviços de saúde, especialmente de saúde mental (PARREIRA et al, 2017).

2.3 POLÍTICA DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL

Em 2001 o Brasil passa a alterar, efetivamente, o panorama do país em relação ao


cuidado com a saúde mental, em decorrência da Lei da Reforma Psiquiátrica.
Subsequentemente a aprovação dessa lei foram lançadas portarias, responsáveis por viabilizar
a construção de uma rede de serviços que propiciaram a implementação de um modelo voltado
a atenção psicossocial (RIBEIRO, 2015).
A aprovação da lei foi um passo tardio em relação à reforma psiquiátrica realizada no
Brasil, que ocorre ao fim da década de 70, seguindo um caminho trilhado por outra reforma, a
sanitária, e rompendo com o modelo hospitalocêntrico vigente (ESLABÃO et al, 2017).
Ao longo da década de 80 foi possível evidenciar os efeitos gerados, por meio da
reforma sanitária e da posterior implementação do Sistema Único de Saúde, nas políticas
públicas de saúde, proporcionando instrumentos fundamentais para a reforma psiquiátrica e
para área da saúde mental (NOBREGA et al, 2017).
A Reforma Psiquiátrica pode ser definida como um conjunto de transformações nas
formas de trabalhar a saúde mental, englobando questões de práticas, saberes, valores
socioculturais e principalmente no que tange as políticas públicas voltadas a área, fazendo
necessária a reconstrução de processo social e político, realizado por instituições de diversos
níveis hierárquicos da rede de saúde (BAROS; SALLES, 2011).
O maior intuito dessa reforma, caracterizando-se como fator do rompimento com o
modelo até então vigente, foi garantir a cidadania aos indivíduos acometidos psiquicamente,
por meio de uma sociedade mais igualitária e respeitosa para com as diferenças. Nesse contexto,
a atenção básica passou a exercitar importante papel na saúde mental, por possibilitar a não
extração desse público do contexto social onde vivem, sendo atendidos na inserção de seu
território. Entende-se então que a atenção básica deve ser o marco inicial do cuidado em saúde
mental, e posteriormente referenciado a outros níveis da rede, contando com profissionais que
sejam ativos no processo de acolhimento desses usuários (ESLABÃO et al, 2017).
As organizações Mundial e Pan-americana de Saúde salientam a importância da
atenção primária como espaço estratégico para as políticas de saúde mental, dentre as quais
21

evidencia-se a promoção a saúde, por se aproximar da realidade dos sujeitos (MARTINS,


2015).
O Sistema Único de Saúde estabelece também que a recuperação dos agravos não é a
única forma com a qual o sistema deve atuar, nem a prioritária, cabendo também a prevenção
de doenças e a promoção da saúde. Levando isso em consideração, e a concepção da
Organização Mundial de Saúde sobre saúde ser o estado de completo bem-estar físico,
psicológico, social e moral, a promoção da saúde passa a receber maior relevância dentro da
rede de saúde. O processo de promoção da saúde apresenta dois grandes fatores dificultadores:
o paradigma hospitalocêntrico; e a deficiência na democratização da saúde. Ressaltando que
essa democratização se refere não só ao acesso aos serviços, mas ao conhecimento e a
participação dos sujeitos no próprio cuidado, que deve ser estimulada pela atenção básica
(AGUIAR JÚNIOR; OLIVEIRA; ARAÚJO, 2015).
Tendo em vista o papel da atenção básica na promoção a saúde, com ênfase na saúde
mental, os profissionais atuantes nesse setor devem identificar as demandas locais, conhecendo
sua população, a fim de propor intervenções viáveis ou mesmo práticas preventivas/ promotoras
(MARTINS, 2015).
A promoção à saúde deve ser entendida como forma de instrumentalizar a população
a ser sujeito no próprio processo de saúde para melhorar sua qualidade de vida, aprendendo a
reconhecer suas aspirações, satisfazer suas necessidades, e modificar o meio ambiente a seu
favor. As estratégias por parte dos profissionais da atenção básica podem se dar de forma
individual ou com grupos temáticos, desenvolvendo o conhecimento dos sujeitos acerca de suas
demandas de saúde e a busca por soluções (CYPRIANO, 2017).
Nesse sentido entende-se saúde mental como um conceito mais amplo, onde o foco
está no bem-estar, e que diversos determinantes podem influenciar nesse processo. Um dos
indicadores de saúde mental mais relevantes na atualidade é a relação do indivíduo com os
diversos tipos de estresse, por serem preditores de acometimentos mais graves, tanto psíquica
quanto fisicamente (FARO, 2015).

2.4 ESTRESSE NO TRABALHO

O estresse pode ser definido como o desequilíbrio existente entre um estímulo, seja de
origem externa ou interna, com a capacidade que o indivíduo, ou o coletivo social, tem de
responder; ou seja, é a relação entre estímulo disparador que exige resposta adaptativa de quem
22

o recebe. A resposta adaptativa do indivíduo ao agente estressor se trata do chamado


enfrentamento, onde o indivíduo avalia a situação e define estratégias que visam alterar sua
resposta ao estímulo estressor (FRIEDRICH et al, 2019).
Enquanto estímulo, o estresse, tem papel fundamental ao ser humano, pois funciona
como motivador. Quando a resposta do indivíduo é suficiente para se adequar ao estresse, este
assume caráter positivo, sendo enxergado como um desafio a ser transposto, retirando o sujeito
de um estado de acomodação, que poderia inclusive levá-lo a um quadro de depressão. Estresse
inferior ao necessário pode provocar o surgimento de certos acometimentos físico-psíquicos,
no entanto, o estresse em excesso também se apresenta como problema de saúde, visto que,
quando o organismo não consegue se adaptar ao estresse as repercussões também se desdobram
em diversas possibilidades de acometimentos somáticos e mentais. O excesso de estresse é mais
prevalente na sociedade moderna, tendo em vista os diversos estímulos estressores aos quais
está suscetível (PEREIRA et al, 2019).
O estresse pode se apresentar de diversas formas, podendo ser definido por sua origem,
seja: física; psíquica; por sobrecarga; ou por monotonia. E por sua duração: agudo, que tem
curta duração e se dissipa; ou crônico, sendo persistente em decorrência da ineficiência ao
desativá-lo. O estresse pode ser ainda positivo ou negativo, como dito anteriormente (ARALDI-
FAVASSA; ARMILIATO; KALININE, 2005).
O eustresse, considerado o estresse positivo, está relacionado a sensação de realização
pessoal e bem-estar, sendo um esforço sadio. No eustresse, há predomínio de emoções
positivas, que acarretam o aumento da capacidade de concentração e da agilidade mental com
sentimento de revitalização, prazer e autoconfiança, considerado um estresse vital a
manutenção da saúde mental (ibid).
O estresse negativo é chamado distresse, sendo referente ao desgaste do sistema
adaptativo em decorrência da incapacidade do indivíduo de apresentar o enfrentamento
necessário para lidar com o agente estressor, não retornando a homeostase físico-mental. O
distresse, diferente do eustresse, é entendido como sofrimento psíquico e, por tanto, nocivo ao
indivíduo, pois predispõe a acometimentos de saúde derivados do excesso de sobrecarga
adaptativa (FARO, 2015). No distresse há predomínio de sensações como ansiedade destrutiva,
medo, tristeza e raiva, o funcionamento mental se torna confuso, e há aumento da probabilidade
de acidentes (ARALDI-FAVASSA; ARMILIATO; KALININE, 2005).
Estímulos estressores possuem diversas naturezas causais, porém, o que define a
intensidade desse estímulo é a capacidade de resposta de cada pessoa. O estresse em excesso
pode ser oriundo de evento isolado, como trauma, ou pode estar relacionado a cronicidade, onde
23

processos ineficientes de resposta aos estímulos se acumulam (CARVALHO; SANTOS;


VARGAS, 2019).
As novas dinâmicas de trabalho, como relatado anteriormente, são responsáveis por
parte significativa do adoecimento psíquico, dentre as quais o estresse assume relevância
considerável. A conexão entre estresse e ambiente laboral é evidente, uma vez que, inúmeros
estímulos estressores podem emanar desse meio, e serem responsáveis por diversos agravos,
fazendo assim emergir um tema específico de estudo, o estresse ocupacional. O estresse
ocupacional leva em consideração os estímulos oriundos das relações com a instituição e
interpessoais associadas, sendo definido pela Organização Internacional do Trabalho como “um
conjunto de manifestações, no organismo do trabalhador, que têm potencial nocivo à sua saúde”
(RIBEIRO et al, 2018).
Os aspectos relativos ao estresse ocupacional referentes a relação com a instituição
dizem respeito a sua organização, desdobrando-se em inflexibilidade da estrutura hierárquica,
com rigidez de regras e não adaptação de turnos, a falta de recursos humanos e materiais,
sobrecarga de trabalho e elevada responsabilidade do profissional, enquanto os interpessoais se
apresentam nas relações conflituosas com seus pares, superiores e com o público, além do baixo
apoio social. Tais aspectos afetam tanto a instituição, por meio do absenteísmo, presenteísmo e
o afastamento por motivos de saúde, quanto a saúde dos profissionais, com doenças
psicossomáticas, depressão ou mesmo a síndrome de burnout (JACQUES et al, 2108).

2.5 SÍNDROME DE BURNOUT

Em 1974 o psicólogo Herbert Freudenberger descreveu pela primeira vez na história a


síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, após
realizar um estudo com relatos de jovens trabalhadores de uma clínica de dependentes químicos,
definindo-a como “sentimento de exaustão, ou fracasso causado pelo esgotamento de energia,
força e recursos emocionais” (ROCHA; CUNHA, 2014).
Posteriormente identificou-se outras características primordiais para manifestação da
síndrome, passando a ser definida como resposta ao estresse crônico, de caráter emocional e
interpessoal, relacionado ao ambiente de trabalho e que acarreta prejuízos não apenas ao
indivíduo, mas também aos meios onde se insere, profissional, social e familiar (RIBEIRO, et
al, 2019).
O burnout está condicionado ao ambiente de trabalho, e seus prejuízos repercutem não
apenas no sujeito, mas também afeta a instituição onde trabalha e à outros indivíduos. A
24

existência de um único diagnóstico confirmado deve servir como evento sentinela para as
instituições, estimulando a investigação das situações de trabalho, possibilitando a identificação
dos estímulos estressores, evitando o acometimento de outros indivíduos da equipe. É
importante ressaltar que o burnout, enquanto desdobramento do estresse ocupacional difere do
estresse comum, pois, no segundo, as consequências afetam o indivíduo sem interferir
diretamente nas relações de trabalho (ROCHA; CUNHA, 2014).
Alguns autores sugerem que o ambiente não se restringe apenas ao laboral, o meio
social ao qual pertence o indivíduo pode ser importante fator estressor, influenciando no
ambiente laboral e somando-se. O meio social pode ser relevante no processo evolutivo do
burnout, porém, a má-organização do âmbito de trabalho denotou-se como o determinante mais
expressivo, estando relacionada à sobrecarga de tarefas, a falta de suporte e autonomia para
exercê-las (NOGUEIRA et al, 2018).
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde em sua décima versão, o CID-10 (OMS, 2008), não vinculava a síndrome de burnout ao
ambiente de trabalho. Identificada apenas como “esgotamento” a síndrome era definida como
“estado de exaustão vital” (OMS, 2008), entretanto, a décima primeira versão do documento, o
CID-11(OMS, 2018), já apresenta o termo “burn-out” e o define como:

Uma síndrome conceituada como resultado do estresse crônico no local de trabalho


que não foi gerenciado com sucesso. É caracterizada por três dimensões: 1)
sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia; 2) aumento da distância mental
do trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho; e 3)
eficácia profissional reduzida. O esgotamento refere-se especificamente a fenômenos
no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em
outras áreas da vida (OMS, 2018, s/p).

Nota-se que a Organização Mundial de Saúde é enfática no que tange a exclusividade


da aplicação do termo ao contexto laboral.
A suscetibilidade individual também é considerada fator significativo para a síndrome
estando relacionada a forma de enfrentamento realizada. Quando o enfrentamento é ineficiente
e o indivíduo não consegue modular os estímulos estressores de forma a superá-los, os
processos estressores tendem a se acumular aumentando a suscetibilidade ao burnout (CRUZ
et al, 2019).
Atuar diretamente com seres humanos, e de forma constante, foi apontado como fator
estressor significativo para o desenvolvimento da síndrome, sendo ratificado por diversos
estudos sobre atividades laborais distintas possuindo como elemento comum a relação com o
público (MORENO et al, 2018).
25

Diversas são as reações do organismo decorrentes do burnout, e compreendem reações


físicas e psíquicas, podendo apresentar os seguintes sintomas: fadiga constante; distúrbio do
sono; perda de concentração mental; fraqueza; mialgia; cefaleia; irritabilidade; agressividade;
desmotivação; ansiedade; depressão; palpitação cardíaca; suor frio; tontura; vertigem; entre
outros achados. O excesso no consumo de bebidas alcoólicas, ou mesmo o uso de outras drogas
lícitas e ilícitas, também podem entre presentes entre os sinais do burnout, pois são utilizados
pelos indivíduos como forma de aliviar, ou enfrentar, a síndrome (CHAVES; SHIMIZU, 2018).
Compreendida como um modelo psicológico tridimensional, a síndrome de burnout é
composta por três dimensões: exaustão emocional; despersonalização; e baixa realização
profissional. As dimensões ocorrem de forma sucessiva e, embora estejam relacionadas, são
achados independentes (CRUZ et al, 2019).
A exaustão emocional pode ser considerada a sintomatologia mais evidente,
caracterizando-se pela sensação de falta de energia e de recursos emocionais para enfrentar as
situações cotidianas oriundas do ambiente laboral (BAPTISTA et al, 2019; CRUZ et al, 2019;
MORENO et al, 2018).
A despersonalização é resultado da exaustão emocional com baixa realização
profissional, onde prevalecem sentimentos e atitudes negativas, marcada pelo distanciamento
interpessoal e por dissimulação e endurecimento afetivo (BAPTISTA et al, 2019; CRUZ et al,
2019; MORENO et al, 2018).
A baixa realização profissional é caracterizada por uma tendência por parte do
profissional de se avaliar de forma negativa quanto a sua competência e êxito profissional, como
sendo incapaz, e comumente apresentam-se desmotivados e com baixa autoestima (BAPTISTA
et al, 2019; CRUZ et al, 2019; MORENO et al, 2018).
O modelo de Leiter (1993, apud Benevides-Pereira, 2002), exemplifica a relação
existente entre as dimensões do burnout.
26

Figura 2: modelo de Leiter (1993).


Fonte: Leiter (1993) citado por Benevides-Pereira (2002).

Segundo dados da Previdência Social os afastamentos por transtornos mentais e


comportamentais foi a terceira maior causa de incapacidade para o trabalho no Brasil, no
quadriênio 2012/2016, com 668.927 profissionais afastados. Dentre os afastados, 34.511 foram
afastados por “reações ao estresse”, ao qual a síndrome de burnout pertence. Vale ressaltar que
essas informações são referentes aos indivíduos trabalhadores com carteira assinada, sendo
assim, a prevalência real da síndrome é maior, tendo em vista os trabalhadores sem carteira
assinada e os sem diagnóstico fechado ou sem necessidade de afastamento (BRASIL, 2017).
Os acometimentos mentais e comportamentais, responsáveis por afastar 668.927
profissionais, demonstraram maior prevalência entre o gênero masculino, representando
64,79% da amostra, evidenciando maior vulnerabilidade desse grupo (ibid).
27

3 MATERIAL E MÉTODO

O presente trabalho trata-se de estudo epidemiológico observacional, descritivo


seccional. Os estudos dessa natureza têm como objetivo examinar a prevalência de determinado
condicionante em determinado instante, relacionando-o com características pré-determinadas
(LIMA-COSTA; BARRETO, 2003).

3.1 CENÁRIO E POPULAÇÃO DE ESTUDO

A população de estudo é composta de homens residentes no município de Bananal –


SP. Bananal é um município localizado a extremo leste do estado de São Paulo, considerada
parte do interior paulista, é a primeira cidade entre o Rio de Janeiro e o estado. Segundo o IBGE
(2018), conta com uma população estimada de 10.896 pessoas, das quais 5.051 são do sexo
masculino. A área territorial corresponde a 616,429 km², sendo a densidade demográfica 16,58
hab./km², o que a aloca na 363° posição entre as 645 cidades do estado.
Em relação as características profissionais da população, são mais presentes a atuação
no setor de serviços, como o comércio, administrativos, em sua maioria ligados à prefeitura, e
trabalho com a terra, normalmente de maneira informal, sendo o último o mais prevalente
(BANANAL, 2019).
A cidade de Bananal está situada em uma região que, no período pré-colonial, era
ocupada por um grupo indígena conhecido como Puris. Este território indígena era transpassado
por um rio batizado de “Banani” que, traduzido do dialeto indígena, significava “rio sinuoso”,
característica marcante do rio. Com o passar das décadas ocorreu o surgimento da cidade que
foi batizada inicialmente “Bananá” e posteriormente Bananal (BANANAL, 2019).
Segundo dados do IBGE (2018), existem cinco estabelecimentos vinculados ao
Sistema único de saúde (SUS), das quais: quatro pertencem a esfera municipal; e um possui
caráter privado. Devido à escassez de serviços particulares de saúde, a população, apresenta
elevada dependência dos serviços públicos de saúde.
O cálculo amostral realizado para a pesquisa levou em consideração a população do
sexo masculino da cidade, estimada em 5.051 pessoas, e a faixa etária de 18 aos 65 anos, 2.961
pessoas. O nível de confiança utilizado foi de 95%, com erro amostral de 5%, a partir de cálculo
específico para esta estimativa, utilizando-se a fórmula a seguir (figura 1) (VIEIRA, 2016).
28

Figura 2: Cálculo Amostral


Legenda: n - amostra calculada; N - população; Z - variável normal padronizada associada ao nível de
confiança; p - verdadeira probabilidade do evento; e - erro amostral.
Fonte: Vieira (2016).

A coleta de dados ocorreu no primeiro semestre de 2018. O universo do estudo


totalizou 386 sujeitos, onde foram incluídos moradores da cidade de Bananal, do sexo
masculino, entre 18 e 65 anos de idade incompletos, trabalhadores de carteira assinada ou não
e excluídos os indivíduos que se mudaram há menos de seis meses para a cidade e os
desempregados a mais de 6 meses. Houve perda total de 4,32% (16) da amostra, devido aos
critérios de inclusão e exclusão, o que totalizou 370 indivíduos na população final, como
exposto no fluxograma a seguir (figura 2):
29

Figura 3: Fluxograma explicativo do método e critérios envolvidos.


Fonte: o autor (BENTO, 2019).
30

3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Utilizou-se questionário geral autoaplicado para a coleta dos dados. Foram abordados
diversos aspectos no questionário, dentre eles a escala Maslach Burnout Inventory (MBI)
(TAMAYO, 1997. MASLACH; JACKSON, 1981) para mensurar a síndrome de burnout.
Avaliaram-se aspectos sociodemográficos, como: idade; cor autorreferida; situação
conjugal; filhos; renda; escolaridade; situação laboral; atuação profissional; carga horária de
trabalho semanal; situação domiciliar.
Outros aspectos avaliados estavam relacionados a saúde, como: tabagismo; etilismo;
utilização de outras drogas; práticas de hobby e lazer; hábitos alimentares; realização de práticas
integrativas complementar (PIC); utilização de preservativo; histórico de infecções
sexualmente transmissíveis (IST); acompanhamento e acesso nas unidades de saúde do
município; histórico e acompanhamento para hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes;
realização de exame preventivo do câncer de próstata; imunização para febre amarela; pressão
arterial aferida pelo entrevistador realizada por meio de aparelho esfigmomanômetro aneroide;
medidas antropométricas; índice de massa corporal (IMC)(menor que 18,5 - abaixo do peso,
entre 18,5 e 24,9 - peso normal, entre 25,0 e 29,9 - sobrepeso e acima de 30,0 - obesidade); e
Índice Cintura Quadril (ICQ) (≥0,90 - risco cardiovascular).(anexo 1).

3.3 TRABALHO DE CAMPO E COLETA DE DADOS

A coleta dos dados foi realizada por pesquisador coordenador e três colaboradores
treinados previamente. No treinamento, foram abordados os objetivos da pesquisa ressaltando
a importância da participação dos colaboradores.
Os questionários foram aplicados nas dependências das unidades de saúde do
município, e durante as visitas domiciliares realizadas, tanto no perímetro urbano quanto no
meio rural da cidade. Em conjunto com o preenchimento dos questionários, foram aferidas
medidas antropométricas, sendo: peso; altura; cintura; e quadril. Verificou-se, ainda, a pressão
arterial. Os questionários devidamente preenchidos foram numerados, lacrados em envelope e
encaminhados ao responsável da pesquisa, a fim de realizar a codificação, revisão e digitação
dos dados.
O material coletado foi identificado por meio de numeração vinculada ao nome do
participante e de conhecimento exclusivo dos coordenadores da pesquisa. Os dados foram
digitados ao longo da pesquisa, com apoio de dois digitadores independentes. O banco de dados
31

foi construído, utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences versão
21(SPSS®). Erros e inconsistências foram verificados por meio de processo de revisão e
auditoria.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste item, apresentar-se-á o tratamento ao qual as variáveis foram submetidas,


visando análises posteriores, assim como se dará a observação e discussão dos dados obtidos.

3.4.1 Análise da síndrome de burnout

Utilizou-se a escala Maslach Burnout Inventory (MBI), instrumento composto por 22


questões, em sua versão traduzida e validada para o português, a fim de mensurar a síndrome
de burnout (TAMAYO, 1997. MASLACH; JACKSON, 1981). O MBI avalia três dimensões:
exaustão/esgotamento emocional (EE) com nove afirmativas; despersonificação (DP) com
cinco afirmativas; e realização profissional (RP) com oito afirmativas. Cada afirmativa possuiu
escala de frequência de cinco pontos, indo de um a cinco.
Os valores obtidos em cada afirmativa foram somados e estratificados por dimensão,
e posteriormente utilizados para mensuração da SB. Utilizaram-se os pontos de corte, segundo
a literatura, de acordo com cada dimensão. A dimensão exaustão emocional (EE) estratificada
em: alta, igual ou maior que vinte e sete (27); média, entre dezenove (19) e vinte seis (26); e
baixa, valores inferiores a dezenove (19). A dimensão despersonificação (DP) estratificada em:
alta, igual ou superior a dez (10); moderada, entre seis (06) e nove (09); e baixa, valores
inferiores a seis (06). Por último, a dimensão realização profissional (RP), que deve ser
analisada de forma inversa, sendo estratificada em: nível alto, valor menor ou igual a trinta e
três (33); nível médio, entre trinta e quatro (34) e trinta e nove (39); e nível baixo, valores acima
de quarenta (40). Como exposto na tabela 1, abaixo (SILVA; TEIXEIRA, 2015).

Tabela 1: Pontos de corte das dimensões da síndrome de burnout


DIMENSÕES Alto Médio Baixo
Esgotamento emocional ≥27 19-26 <19
Despersonificação ≥10 6-9 <6
Realização profissional ≤33 34-39 ≥40

Fonte: Silva e Teixeira (2015).


32

Existem divergências na literatura científica quanto à interpretação dos dados para


identificar a suspeição do burnout. Ramirez e cols. (1996) consideram suspeitos os casos onde
haja grau elevado nas dimensões exaustão emocional (EE) e despersonificação (DP) e baixo
nível em realização profissional (RP). Para Grunfeld e cols. (2000) o desequilíbrio em apenas
uma das dimensões é suficiente para suspeição. E segundo Golembiewski, Munzenrider e
Carter (1983) o alto grau de despersonificação (DP) é preditor da síndrome. No presente estudo,
utilizou-se o critério considerado mais sensível para análise da suspeição, o de Grunfeld e cols.
(2000).
Utilizou-se o alfa de Cronbach para avaliar a confiabilidade interna da escala, sendo a
geral 0,843. Avaliou-se ainda a confiabilidade interna das dimensões de forma individual, para
o esgotamento emocional o resultado foi 0,918, para despersonificação 0,778 e para realização
profissional 0,743. Levando em consideração as informações anteriores, o instrumento,
demonstrou confiabilidade interna satisfatória para análise da suspeição de burnout.

3.4.2 Tratamento das covariáveis e medidas de associação

As variáveis contínuas foram apresentadas, segundo suas frequências médias (com o


respectivo desvio-padrão) e as variáveis categóricas, segundo seus valores absolutos.
Houve a necessidade de reagrupar as variáveis utilizadas, a fim de possibilitar a análise
dos dados:
 A raça/cor da pele autorreferida (preta; parda; amarela e indígena) foi reagrupada
em branca, parda (amarela, indígena e parda) e preta, para viabilizar a análise univariada
dos dados.
 A idade foi agrupada em quatro estratos: até 30 anos de idade; de 31 a 40 anos;
de 41 a 59 anos; e acima de 60 anos de idade. Para a análise bivariada dos dados.
 O vínculo empregatício foi agrupado nos estratos: com carteira assinada; e sem
carteira assinada.
 A categoria profissional foi dívida em três estratos: trabalho na lavoura;
autônomo; e setor administrativo.
 A carga horária de trabalho semanal foi dívida em quatro estratos: até 30h; entre
30h e 40h; entre 40h e 50h; e mais que 50h.
33

 A escolaridade informada foi agrupada em três estratos: até o ensino


fundamental; até o ensino médio; e maior que ensino médio. Para a análise bivariada dos
dados.
 A renda foi analisada de acordo com o valor per capita, de acordo com o salário
mínimo da época a qual os dados foram coletados (R$ 937,00) e estratificada em dois
níveis: até dois salários mínimos; acima de dois salários mínimos.
 A situação conjugal foi reagrupada em dois estratos: com companheiro (a); sem
companheiro (a).
 Consideraram-se as medias totais das respostas para divisão das variáveis:
número de moradores no domicílio; IMC; ICQ; número de amigos; última ida aos serviços
de saúde (média de tempo da última ida).
 As variáveis consumo de frutas consumo de legumes e verduras, consumo de
industrializados e número de refeições foram reagrupadas, respectivamente, em dois
estratos, sendo: os que consumiam frutas e os que não consumiam; os que consumiam
legumes e verduras e os que não consumiam; de quatro a seis vezes por semana e mais que
quatro a seis vezes por semana; e média de até três refeições por dia e mais que três
refeições por dia.
 A situação do domicílio foi agrupada em próprio ou alugado, e a variável sono
em suficiente e menos que o suficiente.
 As demais variáveis possuíram seus resultados agrupados nos estratos sim e não,
sendo elas: existência de filhos; ser provedor da família; realização de atividades físicas;
possuir atividades de hobby ou lazer; tabagismo; etilismo; consumo de drogas; realização
de práticas integrativas em saúde (PIC); uso de preservativo; histórico para infecções
sexualmente transmissíveis (IST); histórico para hipertensão arterial sistêmica (HAS);
histórico para diabetes; aferição de pressão arterial no último ano; aferição de glicemia
capilar no último ano; realização de acompanhamento e tratamento para HAS e/ou
diabetes; ter contraído arbovirose (dengue, zika ou chikungunya); ter realizado exame para
antígeno prostático específico (PSA); ter sido imunização para febre amarela; realização
de algum tipo de acompanhamento no SUS; dificuldades para ser atendido nos serviços de
saúde.

Durante a análise bivariada, foi utilizado o teste qui-quadrado (x2) para verificar
diferenças entre os grupos analisados, considerando-se na avaliação da significância o valor p≤
34

0,05. Por meio do teste qui-quadrado (x2), buscou-se identificar possíveis variáveis de
confundindo, consideradas como covariáveis que apresentaram significância estatística para a
exposição e desfecho estudado (HOSMER; LEMESHOW, 1989). Analisou-se ainda o peso
individual das variáveis sobre o desfecho, por meio de regressão logística múltipla binária,
identificando, assim, uma função logística que viabiliza estimar a probabilidade de ocorrência
do desfecho estudado e a razão de ocorrência diante das variáveis de confundimento (FÁVERO,
2015).
As variáveis foram reagrupadas de forma que todas apresentassem apenas dois
estratos, viabilizando a aplicação do modelo e do cálculo da razão de prevalência (RP), onde
utilizou-se intervalo de confiança de 95%. Todos os dados foram analisados, utilizando-se o
Statistical Package for the Social Sciences versão 21(SPSS®).

3.5 ASPECTOS ÉTICOS

A aplicação dos questionários seguiu os preceitos da resolução 466 de 2012 do


Conselho Nacional de Saúde em atendimento às questões ético-legais. Todos os participantes
foram informados sobre o propósito da pesquisa, e assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido previamente ao preenchimento do questionário (anexo 1).
O estudo em questão possui projeto de pesquisa aprovado, em março de 2018, pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de medicina do Hospital Universitário Antônio Pedro,
com nº CAEE 85418718.3.0000.5243 e parecer nº 2.617.228 (anexo 2).
A cessão do autor para utilização dos dados ocorreu em julho de 2014, conforme
consta no anexo 4.
35

4 RESULTADOS

Nesta seção, são apresentados os resultados advindos da descrição dos dados referentes
à população investigada para posterior discussão.

4.1 SÍNDROME DE BURNOUT

Utilizando-se dos critérios de Grunfeld e cols. (2000) identificou-se a prevalência


global de 53% (196 indivíduos) para suspeição da síndrome de burnout. Analisou-se ainda a
prevalência segundo Ramirez e cols. (1996), sendo essa de 12,4% (46 indivíduos), e segundo
Golembiewski, Munzenrider e Carter (1983), com prevalência de 22,7% (84 indivíduos) para
suspeição da síndrome.
Valendo-se dos pontos de corte admitidos para cada uma das dimensões, chegou-se ao
resultado que 72 (19,45%) entrevistados apresentavam alto esgotamento emocional (≥27
pontos), 157 (42,43%) apresentavam alta despersonificação (≥ 10 pontos) e 27 (7,29%)
apresentavam baixa realização profissional (≥ 40 pontos) (tabela 2).

Tabela 2: Prevalência da síndrome de burnout entre homens trabalhadores, de cidade no interior


do estado de São Paulo – SP, estratificada de acordo com as dimensões / N=370.
DIMENSÕES Alto n (%) Médio n (%) Baixo n (%)
Esgotamento emocional 072 (19,45%) 044 (11,89%) 254 (68,64%)
Despersonificação 157 (42,43%) 064 (17,29%) 149 (40,27%)
Realização profissional 297 (80,27%) 046 (12,43%) 027 (07,29%)
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

4.2 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO

Após análise dos dados obteve-se o perfil sociodemográfico da amostra. Quanto à cor
da pele/raça, 193 (52,2%) entrevistados se autorreferiram pardos, 124 (33,5%) brancos e 53
(14,3%) negros. A variável idade foi organizada em quatro estratos, sendo os indivíduos com
idades entre: 18 e 30 anos, 160 (43,2%); 31 e 40 anos, 122 (33,0%); 41 e 59 anos ,65 (17,6%);
e mais de 60 anos, 23 (6,2%). Em relação a idade 172 (46,5%) dos indivíduos encontravam-se
acima da média, sendo esta, 37 anos (DP ± 14,53 anos). Em relação à situação conjugal, 220
(59,5%) indivíduos afirmaram não possuir companheira (o). Dentre os entrevistados 200
36

(54,1%) afirmaram não possuir filhos, dentre os que possuiam 47 (12,7%) relataram ter um
filho, 77 (20,8%) dois filhos, 25 (6,8%) três filhos, 10 (2,7%) quatro filhos e 10 (2,7%) cinco
filhos. Dos entrevistados que afirmaram possuir filhos 124 (33,5%) relataram viver em sua
companhia.
Em relação ao trabalho os participantes que afirmaram ser do setor administrativo
totalizaram 226 (61,1%), trabalhadores da lavoura 135 (36,5%) e autônomos 9 (2,4%). Dentre
os entrevistados 259 (70%) exercem atividade laboral com carteira assinada. Quanto a carga
horária, 228 (61,6%) afirmaram trabalhar entre 30h e 40h semanais, 87 (23,5%) afirmaram
trabalhar até 30h, 47 (12,7%) entre 40h e 50 h, e os que afirmaram trabalhar mais que 50h
semanais corresponderam à 8 (2,2%) participantes.
A renda familiar média identificada foi entre dois e três salários mínimos, nessa faixa
encontravam-se 132 (35,7%) dos entrevistados e acima dela 47 (12,8%) dos entrevistados. Dos
participantes 179 (48,4%) afirmaram ser provedores de suas famílias. A maioria dos
entrevistados, 177 (47,8%) dos indivíduos, possuíam escolaridade no estrato “ensino médio
completo” e 38 (10,3%) dos indivíduos estavam acima da média. Dos participantes, 234
(63,2%) relataram residir em domicílio próprio e 136 (36,8%) em domicílio alugado. A média
de moradores por domicílio foi de três habitantes (DP ± 1,31).

4.3 HÁBITOS DE VIDA E ASPECTOS DE SAÚDE

No grupo estudado 286 (77,3%) dos participantes referiram não ser tabagistas,
enquanto 188 (50,8%) referiram ser etilistas e 57 (15,4%) relataram uso regular de outras
drogas, não especificadas. Dos entrevistados, 202 (54,6%) relataram não possuir nenhum hobby
ou atividade de lazer, e 244 (65,9%) informaram não praticar atividade física.
Os hábitos alimentares apresentaram 196 (53,0%) indivíduos informando consumir
mais que três refeições por dia. O consumo de frutas apresentou maior expressão no extrato
“não consumir frutas todos os dias”, com 132 (35,7%) indivíduos, enquanto o consumo de
legumes e verduras foi mais expressivo no extrato “três ou menos porções por dia, 176 (47,6%)
indivíduos, e o consumo de alimentos ultraprocessados foi mais expressivo no extrato “uma a
três vezes por semana”, contando com 117 (31,6%) indivíduos.
Ao analisar o IMC constatou-se que 258 (69,7%) entrevistados apresentaram índice
igual ou superior a 25 e, em relação ao ICQ, 341 (92,2%) entrevistados apresentaram índice
maior que 0,90.
37

Dos participantes, 312 (84,3%) afirmaram não ter buscado por práticas integrativas
completares (PIC), do grupo analisado, 54 (14,6%) dos indivíduos que buscaram alguma prática
afirmaram a utilização chás no cuidado com a própria saúde.
O preservativo foi informado por 186 (50,3%) indivíduos como o método preventivo
utilizado durante as relações sexuais.
A realização da aferição da pressão arterial foi afirmada positivamente por 200
(54,1%) indivíduos, dos quais, 107 (28,9%) possuíam hipertensão arterial sistêmica (HAS),
referida por profissional de saúde, dentre estes 46 (42,9%) afirmaram tratar continuamente.
A realização do exame de glicemia foi afirmada positivamente 196 (53,0%) dos
indivíduos, dos quais, 39 (10,5%) possuíram o diagnóstico de diabetes referido por profissional,
dentre estes 18(46,1%) afirmaram nunca ter realizado tratamento, 10 (25,6%) relataram
cuidados somente com a dieta, e 7(%) medicamento e dieta.
Dos entrevistados 290 (78,4%) afirmaram nunca ter realizado o exame de antígeno
prostático específico (PSA)
A imunização contra febre amarela foi referida como realizada por 313(84,6%) dos
indivíduos, o medo de reações provocadas pelo himunobiológico foi indicado como fator
principal para 44 (11,9%) dos entrevistados não se vacinarem.
O padrão de sono dos entrevistados foi classificado por 172 (46,5%) deles como
suficiente, 87 (23,5%) como mais que o suficiente e 111 (30,0%) como menos que o suficiente.
A média de amigos relatada pelos entrevistados encontrada foi de 3 (DP ± 2,7 amigos).

4.4 ASPECTOS RELACIONADOS AO ACOMPANHAMENTO NOS SERVIÇOS DE


SAÚDE

Dentre os homens entrevistados 267 (72,2%) relataram ter ido ao menos uma vez a
unidade de saúde do município, dos quais 127 (34,3%) afirmaram ir as unidades com a
frequência de uma vez ao ano. Em média, 230 (62,2%) entrevistados relataram frequentar os
serviços de saúde trimestralmente. Os principais motivos referidos, para a utilização do serviço,
foram: consulta de rotina, referida por 81 (21,9%) dos indivíduos; imunização, referida por 58
(15,7%) dos indivíduos; e algum tipo de queixa álgica, referido por 48 (13,0%) dos indivíduos.
Dos entrevistados 304 (82,2%) relataram não possuir dificuldades para acessar os
serviços existentes, dentre os que informaram algum tipo de dificuldade, 38 (10,3%) indivíduos,
apontaram a demora no atendimento como fator causal, sendo esta a razão mais expressiva.
Entre os entrevistados que realizam algum acompanhamento no SUS referiram como motivo
38

principal queixas álgicas e hipertensão, 21 (5,9%) e 15 (4,1%) dos indivíduos, respectivamente.


301 (81,4%) entrevistados disseram não realizar acompanhamentos no SUS.

4.5 ANÁLISE ENTRE A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT E AS


VARIÁVEIS DE INTERESSE

A tabela 3 apresenta informações referentes as variáveis de aspectos


sociodemográficos. A análise bivariada revelou significância estatística entre as variáveis:
“idade”, sendo os indivíduos entre 30 e 41 anos com maior prevalência (65,57%, p=0,007);
“Categoria profissional”, com maior prevalência entre os trabalhadores do setor administrativo
(49,11%, p=0,032); “situação conjugal”, sendo a prevalência entre os sujeitos com companheira
(o) maior (59,33%, p=0,043); “faixa de renda”, com maior prevalência entre quem recebe mais
de dois salários mínimos (60,34%, p=0,006); e “provedor da família”, com maior prevalência
entre os que são provedores (73,18%, p=0,000).

Tabela 3: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis sociodemográficas, entre


homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370.
VARIÁVEIS N n % Valor de p
SOCIODEMOGRÁFICAS
Raça/cor p=0,586
Negro 053 029 54,72
Pardo 193 106 54,92
Branco 124 061 49,19
Idade DP ± 14,53 p=0,007
Até 30 anos 160 072 45,00
30- 41 anos 122 080 65,57
41- 59 anos 065 033 50,77
Acima de 60 anos 023 011 47,83
Categoria profissional p=0,032
Setor administrativo 226 111 49,11
Trabalho na lavoura 135 077 57,03
Autônomo 009 008 88,88
Carga horária semanal p=0,786
Até 30h 087 044 50,57
30h - 40h 228 120 52,63
40h - 50h 047 028 59,57
50h ou mais 008 004 50,00
Escolaridade p=0,385
Até ensino fundamental 119 060 50,42
Até Ensino médio ou mais 213 112 52,58
Ensino superior ou mais 038 024 63,16
Situação conjugal p=0,043
Com companheiro (a) 150 089 59,33
Sem companheiro (a) 220 107 48,64
39

Continuação...
VARIÁVEIS N n % Valor de p
SOCIODEMOGRÁFICAS
Presença de filhos p=0,062
Possui filhos 170 099 58,23
Não possui filhos 200 097 48,50
Mora com os filhos p=0,241
Sim 124 071 57,26
Não 046 020 43,47
Faixa de renda p=0,006
Até 2 SM 191 088 46,07
Acima de 2 SM 179 108 60,34
Número de moradores no domicílio p=0,830
Até 3 moradores 119 064 53,78
Acima de 3 moradores 251 132 52,59
Vínculo empregatício p=0,713
Com carteira assinada 259 235 90,73
Sem carteira assinada 111 102 91,89
Provedor da família p=0,000
É provedor 179 131 73,18
Não é provedor 191 065 34,03
Situação do domicílio p=0,659
Domicílio próprio 136 070 51,47
Domicílio não/próprio 234 126 53,85
Legenda: N= total no estrato. n = número de homens suspeitos. % = prevalência. SM= salários mínimos.
P= Teste do qui-quadrado de Pearson.
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

Entre as variáveis relacionadas aos hábitos de vida verificou-se, na tabela 4, diferença


estatística significativa entre: a prática de atividade física (63,49%, p=0,004); a regularidade no
consumo de bebidas alcoólicas (57,98%, p=0,050); o não tabagismo (56,64%, p=0,009); o não
consumo de drogas (56,87%, p=0,000); e realizar até três refeições diárias (62,64%, p=0,000).

Tabela 4: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas aos hábitos de


vida, entre homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370.
VARIÁVEIS RELACIONADAS N n % Valor de p
AOS HÁBITOS DE VIDA
Atividade física p=0,004
Sim 126 080 63,49
Não 244 116 47,54
Hobby/Lazer p=0,094
Sim 168 081 48,21
Não 202 115 56,93
Etilista regular p=0,050
Sim 188 109 57,98
Não 182 087 47,80
Tabagismo p=0,009
Sim 084 034 40,48
Não 286 162 56,64
40

Continuação...
VARIÁVEIS RELACIONADAS N n % Valor de p
AOS HÁBITOS DE VIDA
Consumo de drogas p=0,000
Sim 057 018 31,58
Não 313 178 56,87
Consumo de frutas p=0,841
Sim 238 127 53,36
Não 132 069 52,27
Consumo de legumes/verduras p=0,620
Sim 244 127 52,05
Não 126 069 54,76
Número de refeições p=0,000
Até 3 refeições por dia 174 109 62,64
Mais que 3 refeições por dia 196 087 44,39
Consumo de industrializados p=0,171
Não consome 115 067 58,26
Consome 255 129 50,59
Legenda: N= total no estrato. n = número de homens suspeitos. % = prevalência.
P=Teste do qui-quadrado de Pearson.
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

A tabela 5, referente as variáveis relacionadas à saúde, pode-se observar diferença


estatística significativa entre quem não realiza PIC (55,77%, p=0,012).

Tabela 5: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas à saúde, entre


homens trabalhadores, de cidade no interior do estado de São Paulo - SP/ N=370.
VARIÁVEIS RELACIONADAS N n % Valor de p
À SAÚDE
IMC p=0,763
Menor que 25 112 058 51,79
Maior ou igual 25 258 138 53,49
ICQ p=0,403
Até 0,90 029 017 58,62
Maior que 0,90 341 179 52,49
Realização de PIC p=0,012
Sim 058 022 37,93
Não 312 174 55,77
Uso do preservativo p=0,415
Sim 186 097 52,15
Não 184 099 53,80
Hipertensão arterial p=0,078
Sim 107 049 45,79
Não 263 147 55,89
Diabetes p=0,574
Sim 039 019 48,72
Não 331 177 53,47
Realização do PSA p=0,507
Sim 080 045 56,25
Não 290 151 52,07
41

Continuação...
VARIÁVEIS RELACIONADAS N n % Valor de p
À SAÚDE
Imunização/febre amarela p=0,527
Sim 313 168 53,67
Não 057 028 49,12
Sono p= 0,187
O suficiente 259 143 55,21
Menos que o suficiente 111 053 47,75
Amigos pela média p= 0,868
Até 3 amigos 228 120 52,63
Mais de 3 amigos 142 076 53,52
Legenda: N= total no estrato. n = número de homens suspeitos. % = prevalência. IMC = Índice de Massa Corporal.
ICQ = Índice Cintura quadril. PIC = Práticas Integrativas e Complementares. P=Teste do qui-quadrado de Pearson.
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

A tabela 6 é referente às variáveis relacionadas ao acompanhamento nas unidades de


saúde, e nenhuma das variáveis apresentou significância estatística.

Tabela 6: Prevalência de suspeição de burnout, segundo variáveis relacionadas ao


acompanhamento nas unidades de saúde, entre homens trabalhadores, de cidade no interior do
estado de São Paulo - SP/ N=370.
VARIÁVEIS RELACIONADAS AO
ACOMPANHAMENTO NAS N n % Valor de p
UNIDADES DE SAÚDE
Acompanhamento no SUS p=0,138
Sim 069 031 44,93
Não 301 165 54,82
Última ida aos serviços pela média p=0,124
Até 3 meses 230 129 56,09
Acima de 3 meses 140 067 47,86
Dificuldades de ir ao serviço p=0,202
Sim 066 033 50,00
Não 304 163 53,62
Legenda: N= total no estrato. n = número de homens suspeitos.
% = prevalência. P=Teste do qui-quadrado de Pearson.
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

De acordo com o modelo de regressão utilizado, e após ajustamento pelas potenciais


variáveis de confundimento, mantiveram diferença estatística significativa e risco para a
síndrome de burnout as variáveis: provedor da família; atividade física; etilista regular;
tabagismo; consumo de drogas; número de refeições; realização de PIC (tabela 7).
42

Tabela 7: Estimativas do modelo selecionado na análise de regressão logística múltipla binária,


entre homens, de cidade no interior do Estado de São Paulo - SP/ N=370.
VARIÁVEIS Valor de p RP IC 95%
Situação conjugal 0,043 1,10 1,053 – 3,658
Provedor da família 0,000 9,50 6,431 – 23,452
Etilista regular 0,050 1,40 1,349 – 3,890
Tabagismo 0,009 0,59 0,228 – 0,782
Consumo de drogas 0,000 0,59 0,207 – 0,863
Número de refeições 0,000 0,56 0,237 – 0,661
Realização de PIC 0,012 0,61 0,217 – 0,889
Legenda: P=Teste do qui-quadrado de Pearson. OR= Odds Ratio ou razão de chances.
IC 95%=Intervalo de Confiança de 95%.
Fonte: Elaboração própria – o autor (BENTO, 2019).

Ser provedor da família apresentou risco aproximadamente dez vezes maior para o
desfecho estudado (RP = 9,50, IC95% = 6,431 - 23,452), sendo a variável com maior impacto,
seguida por consumo regular de bebidas alcoólicas (RP = 1,40, IC95% = 1,349 - 3,890) e
possuir um companheiro (RP = 1,10, IC95% = 1,053 - 3,658).
Aqueles participantes que afirmaram serem tabagistas (RP = 0,59, IC95% = 0,228 -
0,782) e consumirem drogas (RP = 0,59, IC95% = 0,207 - 0,863) mantiveram significância
estatística, após a regressão, assim como o consumo de mais de três refeições diárias (RP =
0,56, IC95% = 0,237 - 0,661), indicando proteção para o desfecho estudado.
Os indivíduos que relataram não realizar nenhum tipo de PIC também mantiveram
significância estatística após aplicação da regressão logística (RP = 0,61, IC95% = 0,217 -
0,889), apresentando risco para o desfecho.
43

5 DISCUSSÃO

Nesta seção são discutidos os resultados obtidos, confrontando-os com a literatura


pertinente ao tema.

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA

O perfil sociodemográfico da amostra é de maioria autorreferida como parda, na faixa


etária situada entre 18 e 30 anos, sem companheira (o), não possuíam filhos, mas os que
possuíam viviam em sua companhia. Com renda familiar de até dois salários mínimos,
apresentavam ensino médio completo, possuíam carteira assinada, eram provedores de suas
famílias e residiam em domicílio próprio.
Quanto a caracterização do trabalho, a maioria se enquadrava como do setor
administrativo cumprindo entre 30 e quarenta horas semanais.
A maioria negava ser tabagista, mas afirmava ser etilista, além do uso regular de outras
drogas não especificadas, não possuía nenhum tipo de hobby ou atividade de lazer, e não
praticava atividade física.
Quanto aos hábitos alimentares prevaleceu o consumo de mais que três refeições ao
dia, o baixo consumo de frutas, o médio consumo diário de legumes e verduras e médio
consumo de alimentos ultraprocessados ao longo da semana.
A maior parte dos entrevistados não realizava nenhum tipo de PIC e, dentre os que
realizavam, o mais comum era o consumo de chás.

5.2 ESTATÍSTICAS DA SÍNDROME DE BURNOUT FACE À LITERATURA

Como relatado anteriormente, os estudos relacionados a síndrome de burnout


apresentam populações com características divergentes a deste estudo. Grande parte dos
trabalhos são referentes a grupos profissionais, majoritariamente a enfermagem e à docência, e
composta por populações de gênero misto. Tais informações não impossibilitam a comparação
do desfecho nos grupos estudados, porém, dificultam o enquadramento em valores de
referência, tendo em vista a disparidade entre populações.
No presente estudo, utilizando-se os critérios estabelecidos por Grunfeld e cols. (2000)
para mensuração da síndrome, identificou-se a prevalência global de 53% de acometimento da
população, correspondente a 196 indivíduos. Estudo realizado com trabalhadores do setor
44

hidroviário, com 83,5% da amostra sendo do sexo masculino, apresentou prevalência global de
78,1% segundo critérios de Grunfeld (SILVA et al, 2018) enquanto estudo com técnicos de
enfermagem de unidade de terapia intensiva, de um hospital do sul do Brasil, apresentou
prevalência de 62,9% (ALVES, 2019), se aproximando do resultado encontrado neste estudo.
O esgotamento emocional classificado como alto apresentou 19,45% de prevalência
na população estudada, em consonância com o encontrado na literatura. Pode-se observar isso
em um estudo realizado com equipe de enfermagem do serviço de atendimento móvel de
urgência, com 61% da amostra composta pelo sexo masculino, que apresentou 14,3% dos
enfermeiros classificados como nível alto de exaustão emocional (SILVA et al, 2019) e em
outro estudo entre enfermeiros e médicos, realizado em cidade do interior de São Paulo, que
apresentou prevalência aproximada de 25% em cada categoria profissional (ZANATTA;
LUCCA, 2015).
A despersonalização classificada como alta no presente estudo, apresentou prevalência
de 42,43%, valor compatível com o encontrado em estudo sobre agentes comunitários de saúde,
de cidades do interior de Minas Gerais, com 41,9% de prevalência (SILVA et al, 2017) e
próximo ao encontrado em estudo sobre médicos intensivistas em Sergipe, com população
estatisticamente equânime em relação ao gênero, apresentando 54,9% de prevalência
(BARROS et al, 2016).
A baixa realização profissional apresentou prevalência de 7,29%, valor inferior ao
encontrado na literatura, de acordo com estudo realizado entre profissionais de educação física
da cidade de Londrina - PR, com amostra populacional sem diferença estatística em relação ao
gênero, sendo a prevalência de 29,9% (GUEDES; GASPAR, 2016) e com o estudo sobre
profissionais da rede de atenção primária à saúde de Aracaju com 32% de prevalência, sendo a
população majoritariamente feminina (84%) (SILVA et al, 2015). O resultado, porém,
apresentou aproximação com a prevalência encontrada em estudo realizado com trabalhadores
de enfermagem atuantes em hospital de grande porte, localizado no sul do Brasil, que
apresentava 10,6% de prevalência no estrato baixa realização profissional (MOREIRA et al,
2009).
Em relação aos estudos apresentados pode-se afirmar que, ainda que ocorra
disparidade entre características das populações analisadas, os resultados obtidos sobre a
prevalência da síndrome de burnout e suas dimensões no presente trabalho são compatíveis com
os encontrados em populações majoritariamente composta pelo sexo masculino ou localizadas
em área rural, ou região interiorana.
45

5.3 VARIÁVEIS COM EXPRESSIVA SIGNIFICÂNCIA FRENTE AO DESFECHO


ESTUDADO

A prevalência das variáveis situação conjugal, provedor da família, etilista regular,


tabagismo, consumo de drogas, número de refeições e realização de PIC apresentou
expressividade quanto ao desfecho estudado.
De acordo com a literatura, indivíduos que possuem uma companheira (o) estão menos
propensos a desenvolver síndrome de burnout. Essa associação pode ser explicada por uma
série de fatores, dentre os quais o fato das pessoas casadas serem psicologicamente mais
maduras e apresentarem mais estabilidade no estilo de vida, a mudança de concepção a respeito
do trabalho e maior habilidade para lidar com situações relativas a conflitos interpessoais, o que
pode ser atribuído as vivências experimentadas no meio familiar, apresentando mais equilíbrio
diante de situações conflituosas (CARLOTTO, 2011).
Não há unanimidade quanto a influência da situação conjugal sobre o desfecho
estudado, pois, mesmo que a maioria dos estudos apontem para associação da síndrome ao fato
de ser solteiro, há alguns que apontam para a maior prevalência da síndrome entre o grupo que
possui companheira (o). A exemplo disso, um estudo realizado com equipe de enfermagem no
sul do país, identificou o grupo de solteiros como o menos propenso ao esgotamento emocional
e consequentemente a síndrome (MOREIRA et al, 2009).
Em consonância com o estudo anterior, o presente trabalho apresentou associação
entre o desfecho e o fato de possuir companheira (o). Dentre os que afirmam viver em
companhia de alguém, independente do estado civil, 59,33% apresentaram suspeição para a
síndrome. Essa associação pode estar relacionada a qualidade do relacionamento existente,
tendo em vista que possuir companhia não significa ter apoio social (RITTER; STUMM;
KIRCHER, 2009).
O presente estudo apresentou, ainda, associação entre a variável ser provedor da
família, onde 73,18% dos entrevistados que afirmaram prover suas famílias apresentaram
suspeição para a síndrome. Não foi possível identificar na literatura associação entre a variável
e o desfecho, entretanto, atribui-se a este achado fatores relacionados com a variável possuir
filhos, pois, possuir uma família provoca maior pressão psicossocial sobre o sujeito, que passa
a ser mais cobrado socialmente e responsável pela manutenção de outra vida, obrigado a adotar
condutas mais seguras em detrimento aos comportamentos tidos como de risco (TRINDADE;
LAUTERT, 2010), mesmo não havendo significância estatística a respeito da variável ter filhos.
46

O consumo de álcool, tabaco e outras drogas pode estar associado a construções


socioculturais ao longo da história, pois o uso de substâncias psicoativas está presente em
práticas milenares, em diferentes contextos sociais e históricos, e para diversas finalidades, seja
como remédio, veneno ou por prazer (DAZIO; ZAGO; FAVA, 2016), entretanto, seu consumo
pode configurar risco para diversos acometimentos da saúde, inclusive ao burnout.
Estudo realizado com jovens do Brasil e de Portugal apontou que aproximadamente
56% dos entrevistados consumiam bebidas alcoólicas no seu tempo livre, valor próximo do
encontrado nesse estudo, onde 50,81% dos entrevistados relataram o consumo (ROMERA et
al, 2018).
O consumo regular de álcool apresentou, aproximadamente, uma vez e meia mais risco
para o desfecho na população estudada. Segundo a literatura, o etilismo pode estar associado
ao estresse advindo do ambiente de trabalho, uma vez que, a manifestação comportamental está
associada ao desvencilhamento do ambiente e esquecimento da prática laboral por promover
efeitos ansiolíticos que levam ao relaxamento e a tranquilidade (FERNANDES; NITSCHE;
GODOY, 2018).
Estudo realizado com médicos militares em um hospital no Rio de Janeiro, apontou a
relação entre a síndrome de burnout e o etilismo, a prevalência do consumo de álcool dentre os
acometidos pela síndrome foi de 28,6% (LIMA et al, 2018), apresentando elevada
expressividade estatística, o que corrobora os achados no presente estudo.
O consumo abusivo de álcool é uma das principais causas de óbito no país, responsável
por 40% dos acidentes que incorrem em óbito e por 54% de acidentes de trabalho que geram
afastamento do serviço, além de provocar elevação do absenteísmo, tais achados podem estão
presentes também em decorrência da síndrome de burnout. A população masculina e jovem é a
que apresenta mais risco para o consumo inadequado do álcool, prática que apresenta estreita
relação com o tabagismo (TIMOSSI et al, 2014).
O tabagismo é um problema de saúde a nível global e, atualmente, apresenta
prevalência de 20,7% na população mundial, enquanto no Brasil a prevalência encontra-se em
14,7% (OLIVEIRA; SANTOS; FUREGATO, 2019). O presente estudo apontou que entre a
população analisada a prevalência foi de 22,7%, em consonância com a média mundial, mas
elevada, quando comparada à média nacional.
Tabagismo e estresse apresentam importante relação de risco, pois o ato de fumar é
considerado uma forma de relaxar, como relatado por tabagistas. O estresse oriundo desse
trabalho é um dos fatores relacionados a elevação do consumo de tabaco e o abandono deste
hábito está associado à redução do estresse, entretanto, em estudo realizado com profissionais
47

da enfermagem não foi possível identificar diferenças significativas no que tange os níveis de
estresse entre grupos tabagistas e não tabagistas (AYOUB; SOUSA, 2019).
O uso do tabaco pode acarretar prejuízos somáticos e psicológicos ao usuário, devido
aos efeitos da nicotina. O ato de fumar é visto pelo tabagista como forma eficaz de controle da
ansiedade e alívio do estresse, contudo, tal prática caracteriza-se como risco para distúrbios de
ansiedade e estresse (SCHERER et al, 2012).
Nesta pesquisa foi possível identificar relação expressiva entre o grupo não tabagista
e a síndrome de burnout, em contraponto ao encontrado na literatura. Essa associação pode ser
explicada pela ação da nicotina no organismo, substancia responsável por causar a dependência
fisiológica do tabagismo. A nicotina estimula o sistema nervoso central, promovendo liberação
de dopamina no sistema mesolímbico de recompensas, levando a sensação de prazer e bem-
estar (ROCHA; GUERRA; MACIEL, 2010). O tabagismo, devido a nicotina, passa a ser um
método de fuga as situações estressoras oriundas do ambiente laboral, por proporcionar redução
da ansiedade e do estresse.
Embora a literatura afirme que o tabagismo é fator de risco para o estresse, e
consequentemente para o burnout, um estudo realizado com equipe de enfermagem de hospital
em São Paulo apontou para a maior incidência da síndrome entre os não fumantes, com 51,2%
de prevalência sobre o grupo, valor próximo ao encontrado neste estudo, 56,64% de prevalência
(FERNANDES; NITSCHE; GODOY, 2018).
O consumo de substâncias psicoativas, ou drogas, tem aumentado ao longo dos anos e
passou a ser encarado como problema de saúde pública, devido ao conjunto de danos associados
(HORTA et al, 2015). A elevação no consumo tem ocorrido principalmente em países em
desenvolvimento e a estimativa mundial é que a cada dez usuários um desenvolva algum tipo
de transtorno mental, ou dependência química relacionada à substância psicoativa (SCHOLZE
et al, 2017).
Assim como o etilismo e o tabagismo, fatores como a excessiva carga de trabalho e o
estresse podem estar associados ao desencadeamento do consumo de drogas, que vão além do
álcool e do tabaco (GABATZ et al, 2013). A sobrecarga de trabalho e o estresse quando
associados ao baixo custo de algumas substâncias podem favorecer o consumo de drogas que
aliados a maior exposição a riscos ocupacionais eleva a possiblidade dos indivíduos recorrerem
ao consumo de forma abusiva, sendo utilizadas como forma de refúgio (MARTINS et al, 2018).
A utilização de drogas é tida como estratégia de defesa por possibilitar a manutenção
das atividades diárias, minimizar o sofrimento e reduzir o desgaste associado ao meio laboral.
O estresse oriundo de um ambiente de trabalho insatisfatório, onde existam problemas de
48

relacionamento, falta de autonomia e pouco suporte organizacional, predispõem ao consumo


de substâncias psicoativas, que atuam como forma de enfrentamento as situações estressoras
(SCHOLZE et al, 2017).
Não se identificou na literatura outros estudos que investigassem a relação entre
burnout e o consumo de drogas, impossibilitando a comparação dos resultados obtidos.
No presente estudo, houve expressiva associação entre burnout e o não consumo de
drogas, onde 56,87% dos que relataram não utilizar outras drogas apresentaram suspeição para
o desfecho, assim como o não uso do tabaco, onde 56,64% dos não tabagistas apresentou
suspeição. Mesmo presente associação entre tais variáveis, não podemos afirmar que uso de
drogas e tabagismo são determinantes de proteção para a síndrome, tendo em vista os efeitos
deletérios relacionados ao consumo dessas substâncias, relacionados a prejuízos à saúde física,
social e psíquica, além da redução do rendimento profissional, alterações no raciocínio que
elevam a suscetibilidade a acidentes no âmbito laboral ou pessoal (SCHOLZE et al, 2017).
O número de refeições também apresentou expressiva significância estatística quando
associado ao burnout. Estudo realizado em Santa Catarina, com trabalhadores de indústria do
ramo alimentício, evidenciou a relação da alteração do padrão do consumo de alimentos, ou
número de refeições, com o estresse de origem ocupacional. Entre os entrevistados, 65,4%
afirmaram apresentarem alterações no padrão de consumo, quando se encontravam estressados,
sendo a perda de apetite significativamente mais prevalente (COSTA; TEO; ALMEIDA, 2015).
O presente estudo apontou relação da síndrome com os participantes que consumiam
menos de três refeições ao dia, apresentando 62,64% de prevalência, possibilitando afirmar que
indivíduos com suspeição de burnout tendem a comer menos quando comparados ao grupo com
alimentação regular, em consonância ao observado no trabalho de Costa, Teo e Almeida (2015),
onde a maioria dos participantes relataram comer menos. O referido trabalho apresentou ainda
relação expressiva entre os entrevistados que afirmaram perceber alterações no padrão
alimentar com maior vulnerabilidade do indivíduo ao estresse, oriundo do ambiente de trabalho,
correspondendo a 23,3% da amostra.
A literatura afirma que, períodos de estresse podem alterar o comportamento
alimentar, no entanto, a resposta ao estimulo pode se dar de forma distinta a depender do
indivíduo. O estudo anterior, assim como o presente estudo, evidenciou a prevalência da perda
de apetite, todavia, o padrão mais comum na literatura é o aumento do apetite como mecanismo
de compensação a situações estressoras, assim como a predileção por alimentos doces e
gordurosos, bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas, como exposto em pesquisa realizada na
Finlândia, onde evidenciou-se a relação do burnout com a alteração do comportamento
49

alimentar. Os entrevistados da pesquisa que possuíam burnout apresentavam prevalência


significativa da alimentação em excesso, incluindo alguns indivíduos que apresentavam
descontrole ao alimentar-se, sugerindo a associação da síndrome com a elevação do consumo
de alimentos como forma de compensação (NEVANPERÄ et al, 2012), em contraponto ao
apresentado neste estudo.
A utilização de práticas integrativas e complementares (PIC) em saúde foi uma das
variáveis que apresentou significância estatística no presente estudo. As PICs podem ser
definidas como conjunto de práticas terapêuticas que, de forma holística, buscam a promoção
e recuperação da saúde utilizando-se de meios naturais (MENDES, 2019).
Atualmente a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC),
criada em 2006, reconhece vinte nove modalidades de práticas integrativas e complementares,
dentre as quais três são relevantes ao presente estudo, por serem as práticas mais relatadas pelos
entrevistados, sendo: a musicoterapia, o uso de plantas medicinais/fitoterapia, e a meditação
(CLIMACO et al, 2019).
As práticas referidas pelos entrevistados eram realizadas por conta própria, e se valiam
de métodos populares, o que não desqualifica os benefícios decorrentes de sua realização. Vale
ressaltar que a PNPIC reforça a incorporação dessas práticas, por meio da atenção básica,
visando não apenas o método terapêutico, mas a promoção da saúde e o favorecimento do
cuidado integral (CARVALHO; NOBREGA, 2017).
Aproximadamente 85% dos entrevistados relataram não fazer uso de nenhum tipo de
PIC, mesmo quando informados sobre as possíveis modalidades. Dentre os indivíduos desse
grupo 55,77% apresentaram suspeição para a síndrome, enquanto no grupo que realizava
alguém tipo de PIC a prevalência era de 37,93%.
Não foi possível encontrar na literatura nenhuma pesquisa onde houvesse relação da
variável com o desfecho, entretanto, a relação entre realização de práticas integrativas e
complementares com a redução dos níveis de estresse, assim como o desenvolvimento da
habilidade de enfrentamento, é evidenciado por diversos estudos (MEDEIROS et al, 2019;
VARGAS et al, 2019; PRADO, 2014). Entendendo o estresse negativo como precursor do
burnout, é possível afirmar que o manejo adequado do estresse reduziria, substancialmente o
risco para a síndrome.
Práticas integrativas distintas foram analisadas por diversos estudos e comprovaram a
efetividade da redução do estresse em sua decorrência. Uma pesquisa apontou a redução do
estresse por 51% dos pacientes, usando-se reflexologia podal e Reik (DACAL; SILVA, 2018)
50

enquanto estudo onde utilizou-se auriculoterapia a redução foi de 43%, avaliado por
questionário de pontos (PRADO; KUREBAYASHI; SILVA, 2018).

5.4 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A principal limitação deste estudo é referente ao desenho utilizado, pois estudos


seccionais se restringem a observação da população em um determinado ponto temporal, onde
exposição e desfecho são analisadas simultaneamente, o que dificulta a delimitação da causa e
efeito. Contudo, estudos dessa natureza não perdem relevância (FÁVERO, 2015).
Em relação a amostra utilizada, destaca-se que para realização do cálculo amostral não
se levou em consideração prevalências identificadas em estudos anteriores, devido a
discrepância existente entre as populações de estudo e ausência de valores sobre a síndrome em
população rural de homens. Nenhum estudo encontrado investigava o desfecho em populações
exclusivamente masculinas, ou com aspectos sociodemográficos próximos ao deste estudo,
entretanto, caso fossem incluídas tais prevalências para efeito do cálculo amostral, alguns
cálculos estatísticos poderiam não demonstrar robustez.
O estado emocional dos participantes no preenchimento do questionário apresenta-se
também como fator limitante ao estudo, pois profissionais submetidos a níveis mais elevados
de estresse, durante a coleta dos dados, poderiam superestimar as respostas, elevando a
probabilidade do desfecho.
Quanto a validação dos dados, diante da coleta e verificação das informações, ressalta-
se que o instrumento utilizado foi validado por estudos internacionais e nacionais, em relação
a versão traduzida (TAMAYO, 1997. MASLACH; JACKSON, 1981). Observa-se ainda a
consistência interna do questionário, validada por meio do alpha de Cronbach.
Poucas foram as variáveis analisadas relacionadas as características laborais, o que
impossibilita a identificação de outros fatores associados ao desfecho na população estudada.
As variáveis de confundimento também se enquadram como fator de limitação do
estudo, entretanto, como relatado anteriormente, a inexistência de estudos com amostra
populacional próxima a apresentada inviabiliza a identificação de tais variáveis, face à
literatura.
51

6 CONCLUSÃO

O presente estudo possibilitou a identificação das principais características


sociodemográficas, dos hábitos de vida e de saúde da população analisada, além da
compreensão de como esta se relaciona com o sistema único de saúde.
Composta majoritariamente por jovens adultos, autorreferidos como pardos, solteiros,
sem filhos, com renda mensal igual ou superior a dois salários mínimos, possuindo ensino
médio completo, moradia própria e trabalho com carteira assinada.
Os hábitos de vida e de saúde mais presentes foram o não tabagismo, o etilismo regular,
o consumo ou experimentação de outras drogas, não possui atividades de hobby ou lazer e não
praticar atividades físicas, mas relatavam sono suficiente. O padrão alimentar incluía a
realização de mais de três refeições ao dia, baixo consumo de frutas, médio consumo diário de
legumes e verduras, e mediano consumo de industrializados ao longo da semana.
Praticamente metade dos entrevistados afirmou não utilizar nenhum tipo de proteção
durante a prática sexual. O grupo apresentou ainda baixa adesão a realização de exames de
rotina, assim como a aferição da pressão arterial e a realização de PSA, entretanto, quase todos
os entrevistados se imunizaram para febre amarela, devido à elevação do número de casos da
doença no período.
A maioria dos participantes relatou frequentar a rede SUS do município, normalmente
por questões pontuais como urgências, questões específicas e para vacinação, e apenas uma
pequena parcela informou realizar acompanhamento contínuo nas unidades de saúde, por já
possuírem alguma doença crônica não transmissível.
As características observadas refletem o perfil do público masculino em relação a
reduzida prática do autocuidado, adoção de hábitos de risco e baixa adesão aos serviços de
saúde a nível de prevenção e promoção de saúde, como descrito em outros estudos.
A prevalência global da suspeição da síndrome de burnout na amostra estuda foi de
53%, ou seja, dos 370 entrevistados, 196 apresentaram suspeição para a síndrome, em
consonância com outros estudos acerca do desfecho. Valendo-se dos pontos de corte admitidos
para cada uma das dimensões, chegou-se ao resultado que 72 (19,45%) entrevistados
apresentavam alto esgotamento emocional, 157 (42,43%) apresentavam alta despersonificação
e 27 (7,29%) apresentavam baixa realização profissional.
Após realização da análise bivariada constatou-se significância estatística nas
variáveis: “idade”; “categoria profissional”; “situação conjugal”; “faixa de renda”; “provedor
da família”; “atividade física”; “etilista regular”; “tabagismo”; “consumo de drogas”; “número
52

de refeições”; e “realização de PIC”. Realizou-se então a regressão logística múltipla binária,


onde mantiveram associação e peso para o desfecho em questão os fatores para risco: possuir
companheira (o), risco 10% maior; ser provedor da família, com aproximadamente de dez vezes
mais risco; ser etilista regular, com 40% de risco. Enquanto apresentaram fator de proteção: não
ser tabagista; não consumir drogas; realizar mais de três refeições diárias; e realizar de PIC.
Os aspectos sociodemográficos identificados nesta pesquisa evidenciam
vulnerabilidades do homem trabalhador bananalense. Os fatores de vulnerabilidade presentes
no estudo alertam sobre o elevado risco ao qual esta população está exposta, propiciando o
desenvolvimento de agravos psicossomáticos, em especial, a síndrome de burnout.
Diversos são os fatores que podem desencadear a síndrome de burnout, como o
ambiente de trabalho, a organização do trabalho, o relacionamento interpessoal, e características
individuais que levam ao esgotamento profissional e a insatisfação com o trabalho. A nível
institucional a síndrome pode induzir a erros, negligência e despreocupação em exercer um
trabalho de qualidade, incorrendo na baixa qualidade do trabalho prestado, enquanto a nível
pessoal há comprometimento da qualidade de vida, por propiciar diversos acometimentos, tais
quais a depressão, distúrbios gastrointestinais e cardiovasculares, assim como cognitivos, entre
outros.
Diante dos agravos oriundos do burnout há a necessidade de traçar estratégias que
visem a prevenção e, principalmente, a promoção da saúde a fim de alterar o panorama
existente. Há demanda de criação e efetiva implementação de políticas públicas voltadas para
a promoção da saúde com foco na saúde do homem, assim como, a do trabalhador.
Levando em consideração o contexto da rede de saúde presente no município, onde o
atendimento é realizado praticamente de forma exclusiva pela rede básica do SUS, cabe aos
entes responsáveis traçar estratégias de aproximação deste público as unidades de saúde,
proporcionando a execução de ações educativas junto a população e a capacitação de
profissionais para atender as especificidades do grupo. As práticas expostas serviriam como
método de promoção e rastreio a saúde física e mental dos usuários.
Diante dos achados fica explícita a necessidade de desenvolvimento de novos estudos
voltados para as populações masculina, do campo, de saúde mental e a inter-relação das
mesmas, além do foco para a síndrome de burnout e seus fatores associados.
53

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67

8 ANEXOS

8.1 ANEXO 1: QUESTIONÁRIO AUTOAPLICADO


QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR DE HOMENS MORADORES DE BANANAL
Pesquisa sobre as condições sociais, econômicas e de saúde do homem

INSTRUÇÕES:
Código do questionário: ___________________ Para completar o questionário, pedimos a você para responder às perguntas
Entrevistador/Pesquisador: ________________ que se seguem.
LOCAL: _______________________________ Responda após ler devagar cada pergunta, até o final, e todas as opções de
resposta. Escreva as respostas nas lacunas ou marque com “X” a resposta
Data: _____/_____/_____ desejada.
Todas as respostas contidas aqui são anônimas e não há como identificar o
autor, por isso sinta-se à vontade para preencher o questionário e
expor sugestões.
Qualquer dúvida consulte o entrevistador.

Obrigado pela colaboração!


BLOCO A - Saúde mental e física

NÓS GOSTARÍAMOS DE SABER MAIS ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE SUA SAÚDE FÍSICA E


EMOCIONAL:

GRUPO DE SINTOMAS Sim Não


Grupo 1
A1 Sente-se nervoso (a), tenso (a) ou preocupado (a) 1[ ] 0[ ]
A2 Assusta-se com facilidade 1[ ] 0[ ]
A3 Tem se sentido triste ultimamente 1[ ] 0[ ]
A4 Tem chorado mais do que de costume 1[ ] 0[ ]
Grupo 2
A5 Tem dores de cabeça frequentes 1[ ] 0[ ]
A6 Dorme mal 1[ ] 0[ ]
A7 Tem sensações desagradáveis no estômago 1[ ] 0[ ]
A8 Tem má-digestão 1[ ] 0[ ]
A9 Tem falta de apetite 1[ ] 0[ ]
A10Tem tremores nas mãos 1[ ] 0[ ]
Grupo 3
A11 Cansa-se com facilidade 1[ ] 0[ ]
A12 Tem dificuldade em tomar decisões 1[ ] 0[ ]
A13 Tem dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias 1[ ] 0[ ]
68

A14 Tem dificuldades no serviço (o trabalho é penoso e causa sofrimento) 1[ ] 0[ ]


A15 Sente-se cansado o tempo todo 1[ ] 0[ ]
A16 Tem dificuldade de pensar com clareza 1[ ] 0[ ]
Grupo 4
A17 É incapaz de desempenhar um papel útil em sua vida 1[ ] 0[ ]
A18 Tem perdido o interesse pelas coisas 1[ ] 0[ ]
A19 Tem tido a ideia de acabar com a vida 1[ ] 0[ ]
A20 Sente-se uma pessoa inútil, sem préstimo 1[ ] 0[ ]

BLOCO B - Antecedentes, saúde e hábitos de vida

NÓS GOSTARÍAMOS DE SABER MAIS ALGUMAS CARACTERÍSTICAS A RESPEITO DE SEUS HÁBITOS DE VIDA

B1. Você é fumante de cigarros? (mínimo 1x/semana)? 1[ ] Sim. 0 [ ] Não.

B2. Você consome bebidas alcoólicas atualmente (mínimo 1x/semana)? 1[ ] Sim. 0[ ] Não.

B3. Você tira tempo para atividades de hobby, lazer (mínimo 1x/semana)? 1 [ ] Sim. 0[ ] Não.

B4. Você pratica atividade física no mínimo de 3x/semana por 30min? 1[ ] Sim. 0[ ] Não.

B5. Já fez ou faz consumo de algum de tipo de droga, sem ser álcool ou tabaco? 1 [ ] Sim. 0[ ] Não.

B6. Qual é, em média, a quantidade de frutas (unidade/ fatia/pedaço/copo de suco natural) que você
consome por dia? (Recomendação 3 ou mais por dia)
1 [ ] Não consumo frutas 2 [ ] 3 ou mais porções por dia
3 [ ] 2 ou mais porções por dia 4 [ ] 1 porção por dia

B7. Qual é, em média, a quantidade de legumes e verduras que você consome por dia? (Recomendação: 3
ou mais por dia)
1 [ ] Não consumo todos os dias 2 [ ] 3 ou menos porções
3 [ ] 4 a 5 porções 4 [ ] 6 a 8 porções
5 [ ] 8 ou mais porções

B8. Quantas refeições você costuma fazer por dia? (Recomendação: 3 ou mais por dia)
1 [ ] Menos 3 refeições por dia. 2 [ ] 3 refeições por dia.
3 [ ] De 3 a 6 refeições por dia. 4 [ ] Mais que 6 refeições por dia.

B9. Com que frequência você costuma ingerir alimentos enlatados, embutidos, (salsicha, linguiça, mortadela,
frios, azeitonas, salgados) fast-food e outros alimentos que contenham muito sal? (Recomenda-se evita-los)
1 [ ] Diariamente 2 [ ] 1 a 3 vezes por semana
3 [ ] 4 a 6 vezes por semana 4 [ ] 1 a 3 vezes por mês
5 [ ] Menos frequentemente que uma vez por mês

B10. Já realizou ou realiza algum tipo de prática alternativa\complementar (uso de chás, acupuntura,
homeopatia, arteterapia, meditação, musicoterapia, Reiki, entre outros?
1 [ ] Sim. 0 [ ] Não.

B10a. Se sim, qual?______________________________________

B11. Nas práticas sexuais, utiliza método preventivo? 1[ ] Sim. 0[ ] Não.

B11a. Se sim, qual?_____________________

B12. Já teve\tem alguma doença sexualmente transmissível? (Ex: HIV\AIDS, Sífilis, Hepatites)
1 [ ] Sim. 0 [ ] Não.

B13. Realizou\realiza tratamento\acompanhamento no sistema de saúde para alguma doença?


1 [ ] Sim. 0 [ ] Não.
B12a) para que?____________________________________________________
69

B14. Já foi a alguma unidade de saúde do município? 1[ ] Sim. 0[ ] Não.

B14a. Se sim, qual o motivo?__________________________________________

B14b. Em caso de sim, para pergunta B14, com que frequência comparece às unidades de saúde do
município?
1 [ ] Uma vez ao ano. 2[ ] Entre 1 e 3 vezes ao ano.
3 [ ] Trimestralmente. 4[ ] Bimestralmente.
5 [ ] Todo mês. 7[ ] Não se aplica a mim.

B15. Encontra ou encontrou dificuldades de acesso aos serviços de saúde do município? 1 [ ] Sim. 0
[ ] Não.

B15a. Se sim, que dificuldade vivenciou? ____________________________________________

B16. Alguma vez, algum profissional da saúde lhe disse que você tem hipertensão/ pressão alta?
1 [ ] Sim, apenas uma vez. 2 [ ] Sim, mais de uma vez em dias diferentes
0 [ ] Não (VÁ PARA B19)

B17. Tratou ou trata sua hipertensão/ pressão alta?


0 [ ] Nunca tratou 1 [ ] Trata continuamente
2 [ ] Tratou mas não trata mais 3 [ ] Trata, apenas se a pressão se eleva
4 [ ] Não sabe/ não lembra 7 [ ] Não se aplica a mim.

B18. Que tipo de tratamento para hipertensão está fazendo?


1 [ ] Só cuidados com a dieta 2 [ ] Só cuidados com a dieta e exercícios 7 [ ] Não se aplica a mim.
3 [ ] Medicamentos e cuidados com a dieta 4 [ ] Medicamentos, cuidados com a dieta e exercícios
5 [ ] Outros. Qual? _______________________________________________________________

B19. Quando você verificou sua pressão pela última vez?


1 [ ] Há ________ anos ________ meses.
7 [ ] Não sabe / não lembra
0 [ ] Nunca mediu

B20. Alguma vez, algum profissional da saúde lhe disse que você está ou esteve com glicose alta no
sangue?
1 [ ] Sim, apenas uma vez. 3 [ ] Sim, mais de uma vez em dias diferentes.
0 [ ] Não (VÁ PARA B22)

B21. Tratou ou trata sua diabetes?


0 [ ] Nunca tratou 1[ ] Trata continuamente
2 [ ] Tratou mas não trata mais 3[ ] Trata, apenas se a glicemia se eleva
4 [ ] Não sabe/ não lembra 7[ ] Não se aplica a mim.

B22. Em caso de ser diabético: faz algum tipo de tratamento?


1 [ ] Só cuidados com a dieta 2 [ ] Só cuidados com a dieta e exercícios 7 [ ] Não se aplica a mim.
3 [ ] Medicamentos e cuidados com a dieta 4 [ ] Medicamentos, cuidados com a dieta e exercícios
5 [ ] Outros. Qual? _______________________________________________________________

B23. Quando foi a última vez que você fez exame para medir o açúcar no sangue?
1 [ ] Há ________ anos ________ meses.
7 [ ] Não sabe / não lembra
0 [ ] Nunca mediu

B24. Já realizou alguma vez exame para prevenção do câncer de próstata (PSA ou exame de toque)?
1 [ ] Sim. 0 [ ] Não.

B25. Vacinou-se para prevenção da Febre Amarela? 1[ ] Sim. 0[ ] Não.

B25a. Caso não, qual o motivo_________________________________________________________


70

BLOCO C - Aspectos relacionados ao trabalho

FAREMOS, A SEGUIR, ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE SEU TRABALHO

Dimensões referentes aos aspectos do seu trabalho


Poucas Poucas
Poucas 1 x por
Nunca vezes ao vezes por Sempre
vezes semana
mês semana
a) Sinto que meu trabalho está me desgastando.
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
(EE)
b) Quando termino minha jornada de trabalho sinto-
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
me esgotado (a).(EE)
c) Quando me levanto pela manhã e me deparo com
outra jornada de trabalho, já me sinto esgotado 0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
(a).(EE)
d) Sinto que estou trabalhando demais.(EE) 0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
e) Sinto-me frustrado(a) com meu trabalho.(EE) 0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
f) Sinto-me como se estivesse no limite de minhas
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
possibilidades.(EE)
g) Sinto-me emocionalmente decepcionado(a) com
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
meu trabalho.(EE)
h) Sinto que trabalhar todo o dia com pessoas me
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
cansa.(EE)
i) Sinto que trabalhar em contato direto com
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
pessoas, todo o dia, me estressa.(EE)
J) Sinto que estou exercendo influência positiva na
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
vida de pessoas através do meu trabalho. (RP)
k) Creio que consigo muitas coisas valiosas nesse
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
trabalho.(RP)
l) Sinto que posso criar, com facilidade, um clima
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
agradável em meu trabalho.(RP)
m) Sinto que, no meu trabalho, os problemas
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
emocionais são tratados de forma adequada. (RP)
n) Sinto-me estimulado depois de haver trabalhado
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
diretamente com quem tenho que atender.(RP)
o) Sinto-me com muita energia no meu trabalho.
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
(RP)
p) Sinto que trato com muita eficiência os problemas
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
das pessoas as quais tenho que atender. (RP)
q) Sinto que posso entender facilmente as pessoas
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
que tenho que atender. (RP)
r) Sinto que me tornei mais duro(a) com as pessoas,
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
desde que comecei este trabalho. (DP)
s) Fico preocupado(a) que este trabalho esteja me
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
enrijecendo emocionalmente.(DP)
t) Sinto que realmente não me importa o que ocorra
com as pessoas as quais tenho que atender 0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
profissionalmente.(DP)
u) Sinto que estou tratando algumas pessoas com
as quais me relaciono no meu trabalho como se 0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
fossem objetos impessoais.(DP)
v) Parece-me que os beneficiados com meu trabalho
0[ ] 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
culpam-me por alguns de seus problemas.(DP)
71

BLOCO D - Apoio social

FAREMOS, A SEGUIR, ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE O APOIOSOCIAL (APOIO QUE VOCÊ RECEBE DA
FAMÍLIA, DOS AMIGOS E DA COMUNIDADE)

D1. Com quantos AMIGOS você se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo? (Não inclua nesta
resposta esposo (a), companheiro (a) ou filhos)
_____________amigos [ ] não tenho nenhum

Se você precisar, com que frequência você conta c/ alguém: Nunca Raramente Às Quase Sempre
Vezes Sempre
D1a) Que o ajude se você ficar de cama? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1b) Para lhe ouvir quando você precisa falar? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1c) Para lhe dar bons conselhos em uma situação de crise? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1d) Para levá-lo ao médico? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1e) Que demonstre amor e afeto por você? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1f) Para divertirem-se juntos? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1g) Para lhe dar informação que o ajuda a compreender
determinada situação? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1h) Em quem confiar ou para falar de você ou sobre seus [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
problemas?
D1i) Que lhe dê um abraço? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1j) Com quem relaxar? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1l) Para preparar suas refeições se você não puder? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1m) De quem realmente quer conselhos? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1n) Com quem distrair a cabeça? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1o) Para ajudá-lo nas tarefas diárias se você ficar doente? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1p) Para compartilhar seus medos e preocupações mais [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
íntimas?
D1q) Para dar sugestão sobre como lidar com um problema [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
pessoal?
D1r) Para fazer coisas agradáveis? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
D1s) Que você ame e faça você se sentir querido? [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

D2 Quantas pessoas moram com você, contando com você na sua casa?
____________________________________

D3 A casa onde você mora é: 1 [ ] própria 2[ ] alugada 3 [ ] mora na casa de parentes própria 4 [ ]
mora na casa de parentes alugada.

BLOCO E - Perfil Sociodemográfico

Para melhor entendermos seu perfil sócio-demográfico, precisamos de alguns dados pessoais para esta
pesquisa. Qualquer informação daqui não terá ligação com sua identidade.

E1. Quantos anos você tem? ________ anos

E2. O censo Brasileiro (IBGE) usa os termos preta, parda, branca, amarela e indígena para classificar a cor
ou raça das pessoas. Como se classificaria a respeito de sua cor ou raça?
1 [ ] Preta/negra 2 [ ] Parda 3 [ ] Branca 4 [ ] Amarela 5 [ ] Indígena

E3. Qual a sua situação conjugal atual?


1 [ ] Casado(a), ou vive em união. 2[ ] Separado(a) ou vive divorciado.
3 [ ] Viúvo(a). 4[ ] Solteiro(a) (nunca se casou ou vive em união)
72

E4. Você tem filhos?


1 [ ] Sim 0[ ] Não E5. Quantos filhos você possui? ________

E6. Seus filhos vivem com você? 1 [ ] Sim 0[ ] Não 7[ ] Não se aplica a mim.

E7. O salário mínimo atual é de R$ 937,00, quantos salários mínimos somam, no total, levando em
consideração todos os ganhos financeiros de sua família?
0 [ ] Menos que 1 SM por mês
1 [ ] Até 1 salário (até R$ 954) 2 [ ] Entre 1 e 2 SM (de R$ 954 a 1908)
3 [ ] Entre 2 e 3 SM (de R$ 1908 a 2862) 4 [ ] Entre 3 e 4 SM (de R$ 2862 a 3816)
5 [ ] Entre 4 e 5 SM (de R$ 3816 a 4770) 6 [ ] Entre 5 e 6 SM (de R$ 4770 a 5724)
7 [ ] Entre 6 e 7 SM (de R$ 5724 a 6678) 8 [ ] Acima de 7 SM (acima de R$ 6678)

E8. Qual é a sua escolaridade? (marque o maior grau de instrução que possuir)
1 [ ] Ensino fundamental incompleto. 2 [ ] Ensino fundamental completo.
3 [ ] Ensino Médio incompleto. 4 [ ] Ensino Médio completo.
5 [ ] Ensino Superior incompleto.
6 [ ] Ensino Superior completo. Qual? __________________________

E9. No momento em questão, encontra-se trabalhando? 1 [ ] Sim 0[ ] Não

E10. Seu emprego é com carteira assinada?1 [ ] Sim 0[ ] Não 7 [ ] Não se aplica a mim.

E11. Você é o provedor dos recursos pra manter sua família? 1[ ] Sim 0[ ] Não

E12. Mais alguém em sua casa trabalha e contribui para o sustento da família? 1 [ ] Sim 0[ ] Não

BLOCO F – Dados clínicos

A SEGUIR IREMOS AFERIR/INVESTIGAR ALGUMAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE SUA SAÚDE:

FATORES INVESTIGADOS VALORES ENCONTRADOS PARÂMETROS DE NORMALIDADE


F1 Minha pressão arterial F1a F1b  120/ 80 mm Hg
F2 Peso Não se aplica
F3 altura Não se aplica
F4 Cintura Até 102 cm (homem), até 88cm (mulher)
F5 Quadril
F6 IMC Entre 18,5 e 24,9
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A seguir iremos aferir/investigar algumas informações importantes sobre sua saúde (Guia a ser destacada
para o entrevistado):

VALORES
FATORES INVESTIGADOS PARÂMETROS DE NORMALIDADE
ENCONTRADOS
F1 Minha pressão arterial  120/ 80 mm Hg
F2 Meu peso Não se aplica
F3 Minha altura Não se aplica
Até 102 cm (homem), até 88cm
F4 Comprimento cintura
(mulher)
F5 Comprimento quadril
F6 Meu índice de massa
Entre 18,5 e 24,9
corpórea
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8.2 ANEXO 2: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Título do Projeto: Transtornos mentais comuns e fatores sociodemográficos associados,
entre homens de cidade no interior de São Paulo – SP.
Pesquisadores Responsáveis:
1) Felipe dos Santos Costa.
Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Federal Fluminense.
Telefones para contato do Pesquisador: (12) 31161288 - (24) 992003028
E-mail: felipedosantoscosta@gmail.com
2) Jorge Luiz Lima da Silva.
Instituição a que pertence: Universidade Federal Fluminense.
Telefones para contato do Pesquisador: (21) 98372-2227
E-mail: jorgeluizlima@gmail.com

Nome do voluntário: __________________________________________________________


Idade: _____________ anos R.G. __________________________Responsável legal (quando
for o caso): _________________________________________________________________

O (A) Sr. (a) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “Transtornos
mentais comuns e fatores sociodemográficos associados, entre homens de cidade no interior de
São Paulo – SP”, de responsabilidade dos pesquisadores Felipe dos Santos Costa e Jorge Luiz
Lima da Silva, por ser do público alvo dessa pesquisa e por pertencer ao município de Bananal.
Esta pesquisa tem como objetivo conhecer fatores sociodemográficos relacionados à população
de homens do município de Bananal, observando se alguém apresenta suspeita de transtornos
mentais, além de outros aspectos relacionados à minha saúde física e mental.
Para coleta dos dados será aplicado um questionário com várias perguntas sobre características
sociodemográficas, do meu trabalho, meu estilo de vida, meus hábitos de vida e também
algumas verificações como: minha pressão arterial; peso; altura; medidas da cintura e do meu
quadril.
A coleta será realizada em cerca de 30 minutos; A pesquisa tem como possíveis riscos:
pequeno desconforto emocional provocado por algum grau de impaciência, durante a entrevista.
A aferição da pressão arterial pode gerar pequeno desconforto no meu braço, assim como a
medição de minha cintura e de seu quadril em meu tronco. Caso isso ocorra, eu poderei pedir
para interromper a entrevista, ou medição em qualquer momento, bem como ser ouvido e
esclarecer qualquer dúvida a respeito da entrevista. O orientador do projeto é enfermeiro e
poderá orientar sobre dúvidas surgidas sobre minha saúde. Além disso, poderei ser
encaminhado ao médico do serviço para avaliação, caso necessário.
A pesquisa trará contribuições importantes para melhorar conhecimento sobre a saúde
da população e poderá indicar se possuo agravos à minha saúde. Fico ciente de que recebi
respostas e esclarecimentos a quaisquer dúvidas acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e
outros assuntos relacionados com a pesquisa; Da minha liberdade de retirar meu consentimento,
a qualquer momento, e de deixar de participar do estudo, sem que isso traga algum prejuízo
para mim; Da mesma maneira fico informado sobre o caráter confidencial das informações
relacionadas com a minha privacidade e que poderei obter informações atualizadas no decorrer
desse estudo.
Fui completamente orientado por Felipe dos Santos Costa e Jorge Luiz Lima da Silva,
que estão realizando o estudo, de acordo com sua natureza, propósito e duração. Eu pude
questioná-los sobre todos os aspectos desse estudo. Além disso, ele me entregou uma via da
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folha de informações para os participantes, a qual li, compreendi, e me deu plena liberdade para
decidir acerca da minha espontânea participação nesse estudo. Após a leitura do termo de
consentimento, concordo em cooperar com esse estudo, e informar a equipe de pesquisa
responsável por mim sobre qualquer anormalidade observada. Estou ciente que sou livre para
sair do estudo a qualquer momento, se assim desejar. Minha identidade jamais será publicada
ou revelada. Os dados colhidos poderão ser examinados por pessoas envolvidas no estudo com
autorização delegada do investigador, e por pessoas delegadas pelos coordenadores da pesquisa.
Estou recebendo a via assinada deste Termo.

Eu, ____________________________________________, RG nº _____________________


declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa
acima descrito. Bananal, ____ de _______ 2018.

Assinatura: _____________________________________

Investigador: Nome: _________________________________________

Assinatura: ______________ _______________________

Os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) são compostos por pessoas que trabalham para que todos os
projetos de pesquisa envolvendo seres humanos sejam aprovados de acordo com as normas éticas
elaboradas pelo Ministério da Saúde. A avaliação dos CEPs leva em consideração os benefícios e riscos,
procurando minimizá-los e busca garantir que os participantes tenham acesso a todos os direitos
assegurados pelas agências regulatórias. Assim, os CEPs procuram defender a dignidade e os interesses
dos participantes, incentivando sua autonomia e participação voluntária. Procure saber se este projeto
foi aprovado pelo CEP desta instituição. Em caso de dúvidas, ou querendo outras informações, entre em
contato com o Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (CEP
FM/UFF), por e-mail ou telefone, de segunda à sexta, das 08:00 às 17:00 horas. E-mail:
etica@vm.uff.br.Tel/fax: (21) 26299189 ou com a Secretaria Municipal de Saúde de Bananal, por e-
mail ou telefone de segunda à sexta, das 8 :00 às 17 :00 horas. E-mail: sms.bananalsp@gmail.com. Tel.:
(12) 3116-1288.
75

8.3 ANEXO 3: PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – HUAP


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8.4 ANEXO 4: CARTA DE CESSÃO DE USO DE BANCO DE DADOS

CARTA DE CESSÃO DE USO DE DADOS ORIUNDO DE BANCO PARTICULAR

Eu, Felipe dos Santos Costa (CPF: 130.602.317-37) cedo ao estudante Luiz Carlos Dos Santos
Bento o uso do banco de dados do projeto de pesquisa: Determinantes de saúde e associação
com transtornos mentais comuns entre homens de cidade do interior de São Paulo – SP,
aprovado, em março de 2018, pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de medicina do
Hospital Universitário Antônio Pedro, com nº CAEE 85418718.3.0000.5243 e parecer nº
2.617.228.

____________________________________
Felipe dos Santos Costa

Niterói, 07 de Julho de 2019.

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