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O conto a seguir é apenas uma ficção, qual quer

semelhança com a realidade é apenas uma mera


coincidência, “mas talvez não!”.
Pronto para colheita
- Guarrr! – som de pássaro

Para Moli Endersa não restaria mais nada daquela


noite em claro, se não fosse pelas três horas de sono
que ainda a restava, para que os seus olhos exaustos
repousassem, até que o tempo implacável, na forma
de um despertador analógico, tocasse as oito da
matina daquele dia (data).

- Triinnnnnn – toca o despertador preciso e pontual


como sempre

Depois de tanto ferozmente relutarem, lá estava, os


olhos de Moli abertos, pois já não fazia mais sentido
permanecerem fechados. “Só para variar”, “após
uma boa noite de sono”, havia sobre seu corpo um
peso imensurável, resultante do próprio peso de ser
Depois de tanto ferozmente relutarem, lá estava, os
olhos de Moli abertos, pois já não fazia mais sentido
permanecerem fechados. “Só para variar”, “após
uma boa noite de sono”, havia sobre seu corpo um
peso imensurável, resultante do próprio peso de ser
Moli, e de dias afio, onde as palavras Dormir e Bem,
não existiam em seu dicionário
Alguns chamariam de destino, outros de sorte, mas
independentemente do que fosse, algo chamara sua
atenção, para a foto guardada em seu criado mudo.

- Chuuuu... – o som do chuveiro quebra o silencio


do quarto

Mas uma vez ali estava Moli, em seu lugar sagrado


ou em seu lugar de maior tormenta, o banho.
Rompiam-se as barragens dos rios, segurados pelo
Atlas que morava nas pálpebras de seus olhos, e em
pouco segundos, não sabia-se mais o que era Moli,
o que era rio ou o que era apenas agua de banho.
Assim era a algum Cronos atrás, pobre Moli, nem
consegue mais chorar.

Um sanduiche de pão integral ou algo do tipo,


parecia ser algo como sua comida favorita, e
também era seu cardápio de dias, ou apenas era a
única coisa que ela conseguia engolir. Uma folha em
branco um lápis, e uma folha com um endereço de
uma ponte que ironicamente se chamava Caronte.
Ninguém me gufbkBv

- Biii biii – sobre o transito da Avenida Flores Bela

Para onde estar olhando, sequer estar olhando para


algo?

Algumas semanas atrás...

- Dindon – toca a campainha

- Olá minha querida Li, como você estar? Seu pai e


eu estávamos com saudade – fala Ema mãe de Moli

- Verdade – confirma Cassio pai de Moli

- Já faz um tempo que você não liga para dar noticias


ficamos preocupados

- Você não pode preocupar alguém com mais de


cinquenta anos assim rsrs

- Me desculpem – responde Moli a os seus pais


Vai nos convidar para entra ou vai nos deixar
plantados aqui – exclama Ema

Mas é claro! Podem entra – retruca Moli

Vou preparar um cafezinho para nos tomamos – fala


Ema

Horas depois...

- Sinceramente, hum..., não, não estou bem – fala


Ema

- Deixe disso você sempre foi uma mulher forte, não


vai ser uma tristezinha que vai fazer cair – retruca
Ema.
Ninguém

- Didon – toca a campainha

- Só um momento, estou na cozinha

Abre-se a porta...

- Moli! Mais que visita mais incrível. Mas, o que


você estar fazendo por aqui? – pergunta Marque o
tio de Moli

- Precisava tiver – responde Moli

- Por algum acaso aconteceu alguma coisa com sua


mãe?

- Não tio Marco, na verdade foi com migo

- Vamos entre, vamos conversar.

A conversa...
- Eu não entendo porque ninguém não me entende.
Eu não preciso sair de casa para nem uma festa, e
não, não vai ficar tudo bem como minha mãe diz;

- Escute Moli, eu também já passeia por algo


parecido, e sei como é passar por algo tão horrível
assim, como a depressão, mas escute, ninguém vai
conseguir te ajudar, não da forma como você quer.
Elas não podem sentir a mesma dor que você sente,
e como poderiam? Ela é única, e exclusivamente
sua, só você Moli, vai poder sentir o que você sente.
É como você mesmo diz, elas não te entendem, elas
não podem, elas não conseguem sentir a sua dor por
você. Mas, elas podem te dar uma abraço sem
julgamento, entenderem que sua dor é real por mais
que eles não possam sentir a dor que você estar
sentindo. Não fale apenas que não estar bem, as
pessoas demoram a entender as coisas, conte como
se sente para elas, assim elas vão poder entender
tudo isso que eu te falei, não se deixe levar pelo
sentimento do que isso te causo, mas tente entender
o que isso estar te causando agora, lembre do aqui e
agora, o passado já aconteceu, mas o presente
continua a existir, que dor é essa que você senti aqui
e agora! – termina tio Marque dando um abraço em
sua subrinha Moli

- Obrigado tio Marque. Agora eu preciso ir.

- Biii biii – sobre o transito Avenida Flores Bela -


Ponte Caronte

- Guarrr! – som de pássaro.

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