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São Gabriel
NPJ – Núcleo de Prática Jurídica
Prática Simulada IV – Ações Constitucionais
Prof. Sérgio Timo Alves
Relatório de Audiência
DADOS DO PROCESSO
Relatório:
realidade social, por conseguinte seja alcançada a igualdade material, que por
outro lado o Estado pode atribuir de forma momentâ nea certas vantagens com o
intuito de diminuir a desigualdade.
Assim, no que respeita à s quotas, o ministro disse que a política visa promover a
inclusã o de grupos historicamente desfavorecidos na histó ria do país de forma a
melhorar as oportunidades e a igualdade através da justiça distributiva. Esse
argumento é complementado pela açã o afirmativa, que garante o
desenvolvimento e a proteçã o de pessoas socialmente desfavorecidas por meio
de políticas e açõ es, garantindo condiçõ es mais igualitá rias por meio da açã o
estatal, que sã o essencialmente consistentes com os tratados ratificados pelo Pau-
Brasil na liquidaçã o, discriminaçã o racial e a promoçã o dos direitos e liberdades
fundamentais. Tal argumento foi baseado na singularidade da igualdade de
oportunidades sob a conjectura do prisma de John Rawls, conhecida como justiça
distribuída. Em seu sentido mais sintético, entende-se que a justiça distributiva é
fruto da interferência do Estado na realidade fá tica, buscando corrigi-la por meio
da realocaçã o de bens e oportunidades no contexto coletivo e social.
Além disso, justificou que o termo raça dentro das políticas pú blicas deve existir,
pois inevitavelmente a populaçã o trata seus iguais de forma diferente, sendo
assim, as políticas pú blicas devem tratar os desiguais na medida de sua
desigualdade.
Sendo assim, através das cotas é possível mediar a princípio tal desigualdade, que
por sua vez é sanada parcialmente, pois mesmo com cotas, os negros nã o ocupam
predominantemente as universidades pú blicas de acordo com a porcentagem que
pertencem dentro da sociedade.
Por fim, a decisã o foi proferida entendendo o cará ter constitucional das cotas
raciais, que sã o divididos em atos e normas que por sua vez, asseguram o
ingresso nas Universidade de Brasília. O Ministro Ricardo Lewandowski teve o
entendimento de que as cotas da UnB nã o se mostravam desproporcionais ou
irrazoá veis. Ademais, os ministros incentivaram que outras instituiçõ es de
ensino utilizassem a política de cotas da Universidade de Brasília como modelo,
com o objetivo de superar a desigualdade histó rica entre negros e brancos. Além
disso, a maioria dos outros ministros tiveram o intuito de contribuir para a
fundamentaçã o do voto do ministro relator, seguindo o entendimento da maioria
deles.