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1º Semestre

Campos dos Goytacazes, ______ de __________________ de 2020.


1º Ano Escolar - Ensino Médio Professor (a): Disciplina:
Turma:
Aluno (a):
FORMAÇÃO HUMANA
AULA 01 - Origem do nome “Deus” e origem e sentido das religiões

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”. A língua portuguesa foi a
única que manteve o termo original em latim desta palavra. Originalmente, a palavra latina que deu origem à
“deus”, surgiu a partir do termo Proto-Indo-Europeu diw ou deiwos, que significa “brilhante”, “celeste” ou
“Luz”. A partir desta mesma raiz etimológica, surgiu o nome grego Zeus, considerado o “deus dos deuses”, de
acordo com a mitologia grega. Em algumas religiões monoteístas, como o catolicismo, por exemplo, Deus é
considerado um nome próprio, pois, de acordo com esta doutrina, só existe um único deus no universo.
Já nas religiões politeístas - existência de vários deuses - deus é escrito com letra minúscula, pois
representa apenas uma condição de "entidade ou ser superior aos humanos".
Agora, por que associar Deus à Luz?
Vejamos o significado trazido pelos dicionários de língua portuguesa para refletirmos sobre o assunto e
acharmos uma resposta:

“Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que
existe.”

Portanto, Deus é Luz porque é a fonte e origem da verdade e do bem; e porque é o Criador de tudo.

Origem e sentido da religião

Foi na região do Crescente Fértil (entre o Rio Nilo e a Mesopotâmia), que nasceram as primeiras
civilizações. Já por volta de 5000 a. C. havia nessa região formas evoluídas de religiosidade. Nesse contexto,
surgiu a palavra “Deus” como designação do ente necessário superior.
O Vale do Nilo: no Egito, a religião constituía a base de toda a vida social. Era a principal fonte de onde
surgiram a arte, a administração pública (burocracia) e a política. Os faraós reinaram como deuses encarnados.
Eram os únicos sacerdotes legítimos, embora pudessem delegar a função de sacerdotal a outras pessoas.
A Mesopotâmia: formada por cidades-Estado, cada qual com rei e deuses próprios. O rei estava
submetido a uma hierarquia religiosa e, embora não fosse um deus, tinha de interpretar as vontades divinas a
partir de sinais.
No Vale do rio Indo, desenvolveu-se uma importante civilização que rendia culto à deusa mãe e era
governada por reis sacerdotes. A decadência dessa civilização (2000 a. C.), coincidiu com a chegada dos ários:
povo nômade que professava uma religião centrada no culto à natureza. As duas tradições religiosas fundiram-
se dando origem ao hinduísmo.

O QUE É A RELIGIÃO?

Toda religião é formada por três elementos básicos: a divindade, as mediações e a atitude da pessoa
religiosa.
Deus: é o primeiro elemento que encontramos numa religião, mesmo que cada uma o entende de modo
diverso. Sua presença é sentida por meio de tudo aquilo que consideramos sagrado. Deus não é uma ideia ou
conceito. É uma presença real, mesmo que indemonstrável.
As mediações: são todas as ações que o homem realiza para se colocar em contato com o divino. Cada
religião oferece diferentes mediações para esse encontro: locais sagrados (templos, grutas, etc.), cerimônias
(cultos e festas), conduta segundo a vontade de Deus (vida moral), silêncio interior (meditação, recolhimento,
oração, etc.) e sentir a presença da divindade em alguns fenômenos naturais (sol, lua, vento, etc.).
Atitude da pessoa religiosa: é necessária uma pessoa que aceite a existência de Deus e decida
relacionar-se com ele, ou seja, que tenha uma atitude religiosa positiva.

Leia atentamente a passagem bíblica:

Moisés pastoreava o rebanho de seu sogro Jetro, que era sacerdote de Madiã. Um dia levou o rebanho para o
outro lado do deserto e chegou a Horeb, o monte de Deus.
Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés viu que,
embora a sarça estivesse em chamas, esta não era consumida pelo fogo.
"Que impressionante!", pensou. "Por que a sarça não se queima? Vou ver isso de perto."
O Senhor viu que ele se aproximava para observar. E então, do meio da sarça Deus o chamou: "Moisés,
Moisés!" "Eis-me aqui", respondeu ele.
Então disse Deus: "Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa".
Disse ainda: "Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó". Então Moisés
cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus.
Disse o Senhor: "De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu
clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo.
Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde manam leite
e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.
Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem.
Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas".
Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito? "
Deus afirmou: "Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia: quando você tirar o povo do
Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte".
Moisés perguntou: "Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me
enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? ’ Que lhes direi? "
Disse Deus a Moisés: "Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês".

Êxodo 3,1-14.

CIÊNCIA X RELIGIÃO

Por que o analgésico diminui a dor?


O que é a vida?
Por que sofremos?
O que é a morte? Existe algo depois dela?
Quem sou eu?
Quais são seus dados pessoais?
O que é a beleza?
Qual cromossomo determina a cor dos olhos?

EXERCÍCIO:

Divida as perguntas acima em dois grupos: grupo A (perguntas respondidas pela ciência) e grupo B
(perguntas respondidas pela religião).

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Existem dois tipos diferentes de respostas para as perguntas sobre o sentido da vida:

 Aquelas que renunciam a qualquer realidade superior à vida e são centralizadas nos limites da razão
humana. São os humanismos em suas diferentes versões, dentro do campo da filosofia; e
 Aquelas que aceitam a existência de um ser superior, Deus, sob diferentes nomes (Javé, Alá, Shiva,
Buda, Jesus Cristo). São as religiões.

Então, para que serve a religião?


A religião, diferentemente da ciência, não tem uma utilidade imediata. Entretanto, propõe respostas às
perguntas que chamamos “perguntas sobre o sentido da vida”, com o intuito de nos dar uma direção na nossa
própria vida. Ao longo de sua existência, a pessoa religiosa faz a si mesma uma série de perguntas, para as
quais procura respostas em sua relação com Deus. A religião proporciona elementos e vivências que lhe
permitem dar um sentido global a sua própria vida. Por meio das diversas práticas religiosas, cada uma das
religiões oferece um conjunto de respostas que permite dar sentido integral à vida das pessoas e dos povos.
AULA 02 - As grandes religiões

BUDISMO

O budismo nasceu na Índia com o príncipe hindu Sidhartha Gautama (o iluminado, Buda). A história
conta que ele buscou a sabedoria em várias fontes até que se cansou e, ao encontrar uma figueira, disse que
ficaria ali meditando até alcançar as quatro verdades. Para Buda: (1) a vida é dor; (2) a dor provém do desejo de
experiências do corpo; (3) pode ser anulada, assim como a ilusão que constitui o mundo (nirvana); e o caminho
para anulação da dor é o nobre caminho óctuplo.
Buda é venerado como um guia espiritual, e não como um deus. Essa distinção é importante, pois
permite a seus seguidores conviver com outras crenças e continuar seguindo os preceitos de Buda. Entre todas
as grandes religiões do mundo, a budista é considerada a mais flexível e pacifista, uma vez que jamais recorreu
à força para impor ou conquistar adeptos.
O budismo divide-se em duas grandes linhas filosóficas, a Theravada e a Mahayana. A primeira, mais
antiga, predomina em países do sul da Ásia. Da segunda fazem parte as formas budistas hoje mais divulgadas
no Ocidente: o budismo tibetano e o zen-budismo. No Tibete o Budismo misturou-se com concepções
totêmicas e animistas, o Lamaísmo. Buda é considerado como encarnado numa espécie de papa, Dalai-Lama,
chefe de uma teocracia. Ao chegar ao Japão o Budismo torna-se Zen-Budismo.
Como vivia na índia no século VI a.C., Buda convivia constantemente com as crenças hindus, das quais
criticou os deuses e o sistema de castas. Os ensinamentos têm como base o preceito hinduísta do samsara,
segundo o qual o ser humano está destinado a reencarnar infinitamente após cada morte e a enfrentar os
sofrimentos do mundo. Os atos praticados em cada reencarnação definem a condição de cada pessoa na vida
futura, preceito conhecido como carma.
[...] Insatisfeito com o formalismo da religião Hindu e disposto a encontrar uma explicação para o
sofrimento humano. O sofrimento é causado pelo apego as coisas, e que só pode ser eliminado através da
disciplina mental e de uma correta forma de vida. Buda dizia que o caminho da superação do sofrimento e da
tristeza é o “Caminho do meio”. A existência implica sofrimento.

1 – As quatro verdades do Budismo

Dukkha ariya sacca (o sofrimento)

Dukkha samudaya ariya sacca (origem do sofrimento: desejo)

Dukkha nirodho ariya sacca (compreensão do sofrimento: resultado de desejos e insatisfações)

Dukkha nirodha gamini patipada ariya sacca (cessação do sofrimento: eliminar os desejos)

2 – O Nobre Caminho Óctuplo: é um conjunto de oito práticas que correspondem à quarta Verdade
Nobre do Budismo. Essas oito práticas são:

1. Entendimento correto.
2. Pensamento correto.
3. Linguagem correta.
4. Ação correta.
5. Modo de vida correto.
6. Esforço correto.
7. Atenção plena correta.
8. Concentração correta

As Nobres verdades e o caminho óctuplo do Budismo são aspectos doutrinários chaves dessa religião,
que surge como uma filosofia, não como religião.
3. Escrituras Sagradas:
A filosofia e doutrina budista estão registradas num conjunto de livros denominado Cânone. Escrita no
idioma Pali, essa obra é conhecida como Tripitaka ou “três Cestos”.

4. O ciclo da vida e da morte


A filosofia budista acredita na existência de um ciclo ininterrupto de encarnações e desencarnações. Isso
ocorre aqueles que estão presos às ilusões dos desejos.

HINDUÍSMO

O nome Hinduísmo foi dado no século XIX ao conjunto de religiões existentes na índia. A palavra
provém do persa hindu, em sânscrito, shindhu, significa rio, e se refere às pessoas que viviam no vale do Indo.
Também significa indiano.
Segundo a visão que tem de si, o hinduísmo não possui origem: é o caminho eterno que segue as regras
e exigências básicas da ordem cósmicas à medida que passa por ciclos infinitos. A casta social onde o indivíduo
nasce é, portanto, indicação de seu status espiritual. Almeja-se a libertação do ciclo de reencarnações em várias
formas animais e humanas. Sua posição é determinada pelo carma. O ascetismo e a disciplina da ioga são
praticados com o intuito de atingir essa libertação.
Não existe um cânone definido de livros sagrados. Os quatro Vedas são os mais antigos textos literários
sânscritos conhecidos do período bramânico. São 1200 hinos e magias sacrificiais compilados de uma antiga
tradição oral e dirigidos a várias divindades, como as do fogo e do vento.
Para o homem comum, o hinduísmo significa também a observação cuidadosa de regras quanto ao
casamento, alimentação, peregrinação a rios e lugares sagrados, participação e adoração nos templos sagrados
em cada aldeia.

1 – Deuses e Castas
A sociedade foi dividida em quatro grandes grupos, denominados varnas (castas), com direitos, deveres,
privilégios e práticas religiosas diferenciadas. De acordo com o hinduísmo as castas passaram a existir na
criação do mundo.

Brahma
É o primeiro deus da trindade Hindu. Para os Hindus, o universo vive sendo destruído para ser
reconstruído novamente por Brahma, eternamente. Sem ele nada existiria. É o primeiro deus da Trindade
Hindu: Brahma, Vishnu e Shiva. O hinduísmo é uma religião com milhares de deuses, porque, na verdade,
Brahma é a alma universal. Dele deriva todo o cosmos, bem como todas as divindades – como se fossem
manifestações diversas do seu poder.

Vishnu – O preservador
“Aquele que toma muitas formas”, não era proeminente nos Vedas, mas tornou-se uma importante
divindade e um membro da trindade Hindu. Ele preserva o universo.
Além das divindades principais, Shiva, Brahma e as deusas, há numerosas outras que ocupam
importantes posições no panteão hindu. Surya (o deus do sol), Agni (o deus do fogo), Indra (o deus da guerra),
Vayu (o deus do vento), Duas reencarnações do deus Vishnu (Narasinha, o leão, e Varaha, o javali,
provavelmente remontam sua origem aos cultos locais de animais). Três dos deuses importantes: Hanuman (o
deus macaco) e os dois filhos de Shiva e Parvati: Ganeshi (o deus da cabeça de elefante) e o jovial Kartkeyya.

Shiva – O destruidor
Shiva é o terceiro deus da trindade Hindu ou trimirti, junto com Vishnu e Brahma. Ele é tudo, logo,
aparece de muitas formas diferentes. Tem mais de mil nomes, como Maheshvara, Senhor do conhecimento, e
Mahakala, Senhor do Tempo. Ele é o destruidor e normalmente é retratado em três faces: duas opostas – como
macho e fêmea (grande iogue e chefe de família diligente) ou Bhairava (o destruidor) – e a terceira, serena e
pacífica, as reconcilia.

Ganeshi
Filho de Shiva, com cabeça de elefante, é, talvez, o Deus mais popular. É sábio, ponderado e bem
versado nas escrituras. É invocado pelos crentes antes de qualquer empreendimento para assegurar o seu êxito.
AS RELIGIÕES ABRAÂMICAS (MONOTEÍSTAS)

 INTRODUÇÃO
ORIGEM DO MONOSTEÍSMO NA PÉRSIA NO SÉCULO VI a. C:
O zoroastrismo ou mazdeísmo é uma religião fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem
os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. Para
alguns acadêmicos, os pontos chaves das principais doutrinas do Zoroastrismo sobre
a escatologia e demonologia, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de
um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Admite a existência de duas divindades (dualismo), as quais representam o Bem (Ahura-Mazda) e
o Mal (Arimã). Da luta entre essas divindades, sairia vencedora a divindade do Bem, Ahura-Mazda.

As religiões abraâmicas (alguns conceitos):


RELIGIÃO REVELADA – aquela que prega a iniciativa de Deus em vir ao encontro do homem (religiões
abraâmicas).
RELIGIÃO NATURAL – aquela que representa a tentativa do homem de se elevar até Deus.
RELIGIÃO HISTÓRICA – aquela que prega que Deus se revela/manifesta na história (religiões abraâmicas).

Religiões de salvação – Deus é quem salva o homem.


Religiões de autolibertação – o homem se liberta do mal pelo próprio esforço (orações, caridade, etc.).
Religiões animistas – religiões elementares que atribuem às forças da natureza “certo grau de divindade”.

JUDAÍSMO

É uma religião de salvação que também possui seu Livro Sagrado apresentado pelo próprio Deus a
homens escolhidos por Ele. Os judeus também são descritos como o “povo do Livro”.
Seu livro sagrado é a TORÁ. Ela é, na verdade, “os cinco primeiros livros da Bíblia cristã”. Além de história, a
Torá possui 613 mandamentos fundamentais na vida judaica. Os judeus creem que Deus enviou Moisés como o
profeta que livrou os israelitas da escravidão. Judaísmo (do hebraico, ‫יהדות‬, em português Yehudá) é o nome
dado à religião do povo judeu e é a mais antiga das três principais religiões monoteístas.
Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas
que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes, chamado Adonai, “Meu
Senhor”), como Criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Torá que
seriam os mandamentos deste Deus. Para eles, Deus é um Criador ativo no universo e que influencia a
sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence à uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo ainda que o
judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus – basta ter sangue judeu. Hoje, o judaísmo é
praticado por cerca de quinze milhões de pessoas em todo o mundo (2006). Da mesma forma, o judaísmo não é
uma religião de conversão, efetivamente respeita a pluralidade religiosa desde que tal não venha a ferir os
mandamentos do judaísmo. Alguns ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos
reconhecerão YHWH como único Deus e submeter-se-ão a Torá.
Monoteísmo – O judaísmo baseia-se num monoteísmo unitário estrito, a crença num único Deus. Deus é
unico – A idéia de Deus como uma dualidade ou trindade é herética para os judeus. É encarada como próxima
do politeísmo. Deus é onipotente (todo-poderoso) e onisciente (tudo sabe) e onipresente (está em todo lugar).
Os diversos nomes de Deus são maneiras de expressar diferentes aspectos da presença de Deus no mundo. Deus
é espírito, não-corpóreo e eterno.
A Bíblia hebraica é tida como produto de Revelação divina. As palavras dos profetas são verdadeiras.
Moisés foi o maior de todos os profetas e também o mais humilde. Como um grande professor para o povo
judeu. Os judeus acreditam que foram escolhidos para desempenhar uma missão específica: para servir de luz
para as nações e para ter uma aliança com Deus, tal como descrito na Torá. Quando chegar a era messiânica,
haverá um Mashíach (Messias), o qual libertará o povo judeu de toda forma de escravidão e restabelecerá o
Reino de Israel.
A “profissão de fé” de um judeu é: “Shemá‘ Yisraél Adonay Elohênu Adonay ehad” (“Ouve, Israel, o
Senhor é nosso Deus, o Senhor é único”).

CRISTIANISMO
Para os cristãos, Jesus é esse Messias ainda esperado pelos judeus. Mas um Messias diferente: não um
homem qualquer que seria um guerreiro e líder político. Mas um homem que, ao mesmo tempo, é Deus e que
veio ao mundo como Messias para libertar as pessoas do mal e do pecado para lhes garantir a salvação por meio
do sacrifício de Seu Sangue Redentor e de Sua Ressurreição.
Jesus pregou: a existência de Paraíso e de Inferno; a misericórdia e a justiça; a existência de condenação
e de recompensa eterna; a salvação eterna oferecida aos homens por meio da Sua Graça que opera na vida do
homem, a partir do batismo em nome da Santíssima Trindade, transformando-o num cristão fiel à Lei de Deus e
à prática da caridade; a santificação do Domingo; que Deus é Trindade; a comunhão dos santos, a ressurreição
da carne e a vida eterna.
A Fé Cristã se resume em dois grandes mistérios: a Santíssima Trindade e o mistério de Jesus
Cristo (Encarnação, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão aos Céus). Para uma religião ser
considerada cristã, precisa cumprir todos esses requisitos!!!

ISLAMISMO [ Islam = “submissão (a Deus)” ]

MAOMÉ: Por volta de 610, na caverna de Hira, perto de Meca, terá sido visitado pelo anjo Gabriel, que
lhe ordenou a sua missão e ditou os primeiros versículos do Alcorão. Maomé abandona a sua profissão de
mercador e começou a pregar.
Devido às perseguições que era vítima, em 622, foi obrigado a refugiar-se em Medina. Maomé era então
um famoso chefe religioso, mas também um poderoso chefe político-militar. Em 630, conquista Meca,
tornando-a no centro da nova religião. Quando morre, a 8 de Junho de 632, nos braços da sua mulher preferida,
deixa unificadas política e religiosamente um grande número de tribos árabes, mobilizadas para uma guerra
santa que as levará de conquista em conquista até à Península Ibérica (império muçulmano).

2 – Crenças
O Islã ensina aos seus aderentes um certo número de crenças.

2.1 – Deus
A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita no monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual.
Cada capítulo do Corão (exceto dois capítulos) começa com “Em nome de Deus, o beneficente, o
misericordioso”. Deus descreve-se na Sura al-Ikhlas, (capítulo 112). Diz: “Ele é Deus o único, Deus o eterno.
Ele nunca causou nem foi causado. Não há nenhum que se lhe compare.”

2.2 – Profetas
O Islã ensina que Deus pode revelar a sua vontade à humanidade através de um anjo; esses recipientes
da revelação são os chamados profetas. O Islão faz uma distinção entre “profetas” e “mensageiros”. Apesar de
todos os mensageiros serem profetas, nem todos os profetas são mensageiros.
Para os muçulmanos a lista dos profetas inclui Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé, todos eles
pertencentes a uma sucessão de homens guiados por Deus. Maomé é visto como o ‘Último Mensageiro’,
trazendo a mensagem final de Deus a toda a humanidade sob a forma do Corão. Mensageiros e profetas foram
enviados a todas as nações e civilizações, e a cada mensageiro foi dado um livro para essas pessoas. Estes
indivíduos eram humanos mortais comuns; o Islã exige que o crente aceite todos os profetas, não fazendo
distinção entre eles. No Corão é feita menção a vinte e cinco profetas específicos. Os muçulmanos acreditam
que Maomé foi um homem leal, como todos os profetas, e que os profetas são incapazes de ações erradas (ou
mesmo testemunhar ações erradas sem falar contra elas), por vontade de Alá.

2.3 – O dia do julgamento


Outras crenças chave incluem o Dia do Julgamento, Céu e Inferno, os Anjos, os Jins (uma espécie de
seres invisíveis), a existência de magia (a sua prática é estritamente proibida), o perigo do mau olhado (também
proibido), a misericórdia, a sabedoria e a força do todo-poderoso Deus. Céu, inferno e juízo final: Deus é
soberano juiz, manda os bons para os céus (jardim de delícias, onde há leitos, bebidas que embriagam, carnes
de pássaros, virgens adolescentes apaixonadas…) e os maus para o inferno (onde existe vento que queima,
escuridão e fumaça).

2.4 – Revelações do Corão


Os muçulmanos acreditam que o Corão foi revelado a Maomé quando Alá (Deus) enviou um anjo para
lhe ditar uma série de revelações. Então, Maomé recitou isto aos seus companheiros, muitos dos quais se diz
terem memorizado e escrito no material que tinham à disposição. Conforme a tradição, Maomé era analfabeto,
as revelações a Maomé foram mais tarde reunidas pelos seus companheiros e seguidores em forma de livro.

3- Os cinco deveres de cada muçulmano


Os cinco pilares do Islã são 5 deveres básicos de cada muçulmano:
1 – a recitação e aceitação do credo (Chahada)
2 – Reza diária (Salat ou Salah)
3 – Pagar dádivas rituais e/ou esmolas (Zakat ou Zakah)
4 – Observar o jejum no Ramadã (Saum ou Siyam)
5 – Fazer a peregrinação à Meca ao menos uma vez na vida (Hajj ou Haj)

Pelo menos uma seita de muçulmanos acredita que a Jihad, significando luta interior contra Satanás
(jihad maior) ou luta externa (jihad menor), é o “sexto pilar do Islã”. Outros grupos consideram “A fidelidade
ao Imã” (autoridade religiosa e sucessor do profeta) o chamado sexto pilar do Islã.
AULA O3 - Religiões extintas e movimentos religiosos pouco conhecidos

RELIGIÕES EXTINTAS

Religião asteca

Os deuses e as tradições de vários povos da América Central foram incorporados na religião asteca. Eles
adoravam a vários deuses, em rituais muito elaborados, ao longo do ano. Um elemento essencial da religião era
o sacrifício humano, que servia para apaziguar os deuses e manter a ordem do mundo. As vítimas eram
sacrificadas no alto dos templos, durante grandes festas religiosas. Com as invasões espanholas, a religião
asteca desapareceu.

Religião nórdica

Antes de se tornar um super-herói muito popular, Thor era um deus dos povos do norte da Europa. Ele
fazia parte de um panteão de deuses presididos por Odin. Esta religião envolvia uma árvore mítica, Yggdrasil, a
árvore que unia os nove mundos da mitologia nórdica. Também incluía várias criaturas fantásticas, como elfos,
gigantes e as valquírias, as entidades que escolhiam quais guerreiros mortos iriam viver com o deus Odin em
Valhalla. A religião nórdica desapareceu quando esses povos se converteram ao Cristianismo.

MOVIMENTOS RELIGIOSOS POUCO CONHECIDOS

Caodaísmo

Religião que surgiu no Vietnã, em 1926, o caodaísmo, nome que significa a “terceira grande anistia
religiosa universal”, combina elementos do taoísmo, budismo, confucionismo e catolicismo. Atualmente, tem
cerca de 6 milhões de seguidores. A missão dessa religião é tornar o mundo mais tolerante. Eles acreditam em
um deus único, o Cao Dai, responsável pela criação da vida. Os seguidores dessa fé também acreditam em
reencarnação e karma.

Mandeísmo

O mandeísmo surgiu na região da Mesopotâmia no primeiro século depois de Cristo. Os seguidores da


religião acreditam que Jesus foi um falso messias, que corrompeu os ensinamentos de João Batista. O batismo
de João tem um lugar especial na mitologia da religião, assim como Adão, Abel e Noé. Abraão, Moisés e
Mohamed (Maomé) também são considerados falsos profetas. Existiam cerca de 70 mil seguidores do
mandeísmo em comunidades indígenas no Iraque, antes da guerra em 2003. Com a guerra e perseguições
religiosas, sobraram apenas 5 mil mandeístas.
É considerada a seita gnóstica mais antiga do mundo.

WICCA

É uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental que afirma a


existência do sobrenatural (como a magia) e os princípios físicos e espirituais femininos e masculinos que
interagem com a natureza e que celebra os ciclos da vida e as festividades sazonais, conhecidos como sabás, os
quais ocorrem, normalmente, oito vezes por ano.
Teologia – a grande maioria dos Wiccanos veneram tanto um Deus (Cernuno) quanto uma Deusa
(Deusa-Mãe). Essas duas divindades são entendidas de várias formas através de perspectivas
do panteísmo (como os aspectos duais de uma única divindade), duoteísmo (como dois pólos opostos) ou
o politeísmo (sendo composta por muitas divindades menores). Em algumas concepções panteístas e
duoteísticas, divindades de diferentes culturas podem ser vistas como aspectos da Deusa ou do Deus.
A tradição de Gardner prega que o Deus Cornífero é associado à morte, caça e magia, um deus que reina
sobre um paraíso pós-mundo, enquanto que a Deusa Mãe é associada ao amor pela vida e à regeneração e ao
renascimento das almas dos mortos. Para a visão monoteísta, há apenas uma divindade, que é vista por alguns,
como a Deusa, enquanto que para outros é um ser sem gênero. Há ainda os ateus ou agnósticos, que não
acreditam em qualquer divindade real, mas veem os deuses como arquétipos psicológicos da mente humana que
podem ser evocados. A Wicca está se tornando cada vez mais politeísta, abraçando uma cosmovisão pagã
tradicional.
Escatologia – os wiccanos que creem em reencarnação acreditam que as almas vivem entre o Outro
Mundo e a Terra de Verão, conhecida nas escritas de Gardner como o "êxtase da Deusa". Igualmente, acham
ser possível se comunicar com espíritos que residem no Outro Mundo através da mediunidade ou do tabuleiro
ouija.
Apesar de alguns wiccanos acreditarem na vida após a morte, este não é o principal foco da Wicca. Ela
tende a se concentrar na vida atual porque se alguém faz seu melhor na vida presente, em todos os aspectos, a
vida seguinte vai ser mais ou menos benéfica dentro do processo, então pode-se assim concentrar-se no
presente.
Magia - Boa parte dos Wiccanos crê na magia. Alguns adeptos da Wicca preferem acreditar que a
magia é fazer pleno uso dos cinco sentidos a fim de se obter resultados surpreendentes, ao passo que outros
wiccanos não pretendem saber como ela funciona, apenas acreditando que ela funciona. Geralmente são usadas
para a cura, a proteção, o banimento de influências negativas e, principalmente, a fertilidade. Os wiccanos
entendem a sua prática como “magia branca”.
Moralidade – Não existe nenhum dogma moral universalmente seguido pelos wiccanos. No entanto, a
maioria segue um código conhecido como a Wiccan Rede que afirma "sem ninguém prejudicar faz o que tu
quiseres". Outro elemento típico é a Lei Tríplice que diz que qualquer ação malévola ou benéfica retornará ao
autor três vezes mais forte ou com igual força a nível do corpo, da mente e do espírito. 
AULA 04 – Movimentos religiosos do século XIX e seitas satânicas

NEW AGE

Pode-se dizer que Nova Era é a expressão da insatisfação do homem moderno, que experimenta o vazio
causado pelo materialismo e as rápidas mudanças da sociedade contemporânea. Os adeptos da Nova Era
recusam o que o mundo atual lhes oferece, mas nada têm a pôr no lugar dos valores tradicionais, pois as
mensagens do esoterismo, da ufologia e da gnose são altamente fantasiosas e subjetivas; as emoções e os
sentimentos prevalecem sobre a lógica e o raciocínio. Em outras palavras, é o resultado de um homem moderno
cansado do ateísmo, da perseguição às religiões, bem como da falta de sentido para a vida. Todavia, o
movimento New Age buscou promover um movimento religioso que fosse a “mistura” de todas as grandes
religiões.
Apesar de estar tão em moda, é muito difícil definir a Nova Era, pois suas fronteiras são imprecisas.
Trata-se de um caleidoscópio sempre em mutação de “crenças, hábitos adquiridos e rituais”. O autor assim
esboça o que seja Nova Era: é um amálgama (confluência) de várias correntes de pensamento heterogêneas, que
têm ao menos um fio condutor comum: a recusa, um tanto confusa e irracional, do pensamento e dos valores
convencionais, em favor de certas posturas teóricas e práticas novas (novas, porque “provenientes do além” ou
do aprofundamento de elementos misteriosos). Daí a expressão “Nova Era”. Mais precisamente: estaríamos na
transição da Era de Peixes (era colocada sob o signo de peixes) para a Era de Aquário (jovem que traz um
cântaro de água que ele vai derramar em sinal de bênção, conforme o Zodíaco e a Astrologia).
Os elementos que confluem na Nova Era são seis. Vejamos!

1. O Pensamento Hindu – predomina nas expressões da Nova Era, muito voltado para a mística e o
invisível – o que corresponde a um anseio do homem ocidental; vários mestres budistas e hindus têm feito
escola no Ocidente, como também muitos cidadãos ocidentais têm ido procurar na Índia alguma resposta para
as suas aspirações – daí a expansão do Movimento Transcendental e do Hare Krishna pelo Ocidente.
O hinduísmo tem duas grandes notas características: o panteísmo e o reencarnacionismo. A crença na
reencarnação é corolário lógico do panteísmo: se não há Deus distinto do homem e Salvador, é a própria
criatura que se deve salvar… e ela o faz mediante muitas encarnações, para que se desvincule do apego das
paixões.
2. A Comunicação com os Mortos – chama-se, na Nova Era, “canalização” a comunicação com os
mortos; os médiuns são “canalizadores” ou “canais”. Estes põem-se em transe para poder entrar em contato,
como dizem, “com algum espírito, mestre desencarnado, habitante de outro planeta ou mesmo com alguma
entidade animal altamente evoluída”.
As canalizações incluem a psicografia; poesia e peças musicais são assim captadas do “fundo mental”
dos mestres, como dizem. Por exemplo, nossa Senhora do Rosário estaria falando através de Verônica Leuken,
uma católica ultra tradicionalista. A Virgem Santíssima teria revelado que o Pe. Teilhard de Chardin S. J. (+
1955) se acha no inferno e que o presidente John Kennedy está no purgatório “por não ter manuseado direito a
crise dos mísseis em Cuba”. Para os protestantes conservadores, esses diálogos são feitos com maus espíritos ou
demônios.
3. Objetos Voadores e Inteligências Extra-Terrestres – É parte integrante do amálgama da Nova Era
a aceitação de discos voadores (OVNI) e de seres extra-terrestres (Ets).
Uma pesquisa da Gallup, feita em 1987, mostrou que 50% dos americanos acreditam na existência de
discos voadores e uma em cada dez pessoas disseram ter visto algo que pensavam ser algum OVNI. Nosso
cantor Tim Maia já seguiu uma seita ufo. Quem, aqui, já ouviu a música “Imunização racional”, de Tim Maia?
Alguns grupos protestantes conservadores acreditam que a ufologia é resultado de atividade demoníaca
(a mesma explicação que oferecem quanto às entidades canalizadas). (Youtube)
4. Medicina Alternativa – A Nova Era fala de “saúde holística”, ou seja, a saúde que envolve todo o
homem em seus aspectos físico e espiritual. O pressuposto aquariano do holismo aplica-se também a este setor
e leva a crer que as doenças têm fundo psíquico, devendo-se a falso acúmulo de energias; consequentemente,
podem ser curadas pela sugestão, por placebos e pela emissão de energias saudáveis (medicina oriental).
Além disso, várias outras táticas são aplicadas pela medicina holística:
– a ioga, a massagem do Rolfing pretendem expelir as energias negativas acumuladas no corpo físico;
– a cirurgia psíquica ou por “médicos do espaço!” também é praticada;
– o recurso aos placebos, que sugestionam o paciente para que se sinta melhor ou curado; entre outros.
5. Gnosticismo – é uma corrente filosófico-religiosa que data dos séculos II/III a.C. e que se vem
propagando, sob modalidades diversas, até nossos dias. Tem por base a convicção de que o conhecimento
(gnosis) salva o homem; trata-se, porém, de um conhecimento oculto, reservado aos iniciados; quem o
consegue, faz parte de uma elite, que é muito superior ao comum dos homens:
A premissa da Nova Era é que o conhecimento ou gnosis é a chave para sermos despertos de
nossa ignorância da divindade. O sonolento “eu superior” pode ser despertado. A criação e a humanidade
simplesmente são “elevadas” a um nível divino, através da transformação pessoal. É inequívoca a
influência gnóstica sobre o pensamento da Nova Era. O gnosticismo assevera que os seres humanos estão
destinados à reunião com a essência divina de onde brotaram. A própria morte é uma ilusão! (Chico Xavier)
6. Cristianismo – também aparecem no conjunto das correntes da Nova Era elementos de Cristianismo.
Jesus Cristo, por exemplo, é aí reconhecido como um avatar ou uma especial manifestação da
Divindade; deverá aparecer no mundo com o nome de Maitreya, dando início à Nova Era (Aquário). Os adeptos
desta corrente pretendem criar uma eclética religião mundial, que se assemelhe de perto aos sistemas religiosos
do Oriente – tal como foi o helenismo – e não às crenças monoteístas ocidentais. Este caráter eclético da Nova
Era explica porque tal corrente não tenha uma chefia única, uma organização central e uma sede de governo
permanente.
Concepções Políticas - A Nova Era quer unificar politicamente os povos da terra; consoante esse modo
de ser, “tornar-se-iam obsoletas as fronteiras nacionais. Assim, a agenda da Nova Era requer uma emergente
civilização mundial e um único governo central, incluindo impostos planetários e as Nações Unidas como a
única agência central de governo. Essa unificação é baseada no pressuposto de que os seres humanos estão
ficando cada vez melhores, numa ordem bem mais elevada e interligada. Tudo isso influenciou as diversas
teorias protestantes sobre o Apocalipse ou Armagedón em fins do século XX. (símbolos da Nova Era)
São estes os principais traços de pensamento e ação que convergem para formar o amálgama da Nova
Era. Vê-se que está longe de ser uma mensagem unitária; por ter muitas facetas (nem sempre compatíveis entre
si), pode recrutar adeptos dos mais diversos tipos.

EXERCÍCIO:

Quais movimentos conhece-se, hoje, que são oriundos da New Age ou que foram influenciados por ela?

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SEITAS SATÂNICAS

Origem de Satã - No século VI a.C., o profeta


persa Zoroastro realizou a descrição de um ser chamado Arimã. Ele
era o “príncipe das trevas” e travava uma eterna luta contra Mazda, o
“príncipe da luz”. Segundo historiadores, esse valor da religiosidade
persa acabou sendo incorporado pelos hebreus durante o
famoso Cativeiro da Babilônia. Naquele instante, a interação com a
cultura estrangeira deu origem ao “satã”, termo que em sua tradução
literal significa “acusador” ou “adversário”. Logo, a figura do
adversário é uma herança persa adquirida durante o Exílio em
Babilônia, como também a tradição sobre os anjos.
Em um primeiro momento, o demônio hebraico não assume a postura
estritamente aterrorizante que reconhecemos no cristianismo. Em
várias passagens do Velho Testamento, ele surge como uma espécie
de colaborador que recebe a autoridade divina para punir ou testar os
fiéis seguidores de Javé, ou seja, ele é uma espécie de “promotor celestial”. É com o cristianismo e com as
afirmações de Jesus (Jo 8,44), que o diabo passa a ser reconhecido pela personalidade a qual, hoje, conhecemos.
Na Idade Moderna, o demônio era o maior acusado de conduzir as pessoas a praticar os atos heréticos
combatidos pela Santa Inquisição. Manuais de exorcismo detalhavam ricamente as manifestações e formas de
se expulsar o capeta. Após o Iluminismo, vemos que a preocupação com o demônio ganha uma ênfase menor
mediante a disseminação das explicações científicas, principalmente no campo médico. No século passado, a
relação entre o demônio e o poder de conquistar padrões acabou sendo sistematicamente explorado na criação
de boatos sobre artistas e celebridades do campo musical. Em meio à explosão dos meios de comunicação,
a demonização de certos conjuntos musicais e artistas se transformaram em um caminho certo para a fama, seja
ela positiva ou negativa. (outra influência da New Age)
Atualmente, a descrença no diabo acaba alimentando um interessante debate entre os pensadores da
cultura. Para alguns destes, acreditar no diabo é algo fundamental para que a sociedade reforce os seus limites
éticos e morais – David Hume e Dostoievski já afirmavam isso. Desconstruir uma imagem do mal pode levar as
pessoas a simplesmente ignorarem os comportamentos hediondos. No fim das contas, acreditar nas forças
malignas não deixa de ser uma forma de reforço às qualidades positivas do indivíduo.

Seitas satânicas – Existem diferentes correntes de satanismo, com diferentes crenças e práticas.
Algumas das origens do satanismo podem ter começado com rituais de adoração e em honra ao titã Prometeu,
ao deus egípcio Set, ao deus sumério Enki ou ao deus Moloque, adorado pelos amonitas. No cristianismo,
Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela primeira vez no livro Crônicas,
instigando o rei David a fazer um censo de Israel. Há dois grupos de seitas: a seita de LaVey e as seitas teístas.
O satanismo LaVey é uma filosofia fundada em 1966 por Anton LaVey, considerada religiosa por
conter dogmas e rituais, embora estes sejam focados em psicodramatizações e não em crenças em relação ao
sobrenatural. Seus ensinamentos são baseados no individualismo, hedonismo e na moralidade "olho por olho".
Diferente dos satanistas teístas, os seguidores de LaVey consideram Satanás como um símbolo da natureza
inerente do homem e não como um deus ou ser sobrenatural. O satanismo de LaVey é um pequeno grupo
religioso que não é relacionado a nenhuma outra fé e cujos membros sentem-se livres para satisfazer suas
vontades responsavelmente, exibir simpatia aos seus amigos e atacar seus inimigos. A seita de LaVey possui
práticas e rituais que adotam o uso da magia. A Igreja de Satã defende todos os seus seguidores das falsas
acusações de sacrifícios de crianças e animais, já que tudo isso é proibido pela Bíblia Satânica.
Diferente da crença de LaVey, o satanismo teísta crê em entidades, deuses e demônios como seres ou
inteligências à parte do ser humano. Estas deidades são invocadas e respeitadas como auxiliares da evolução do
adepto e não como ídolos para adoração e submissão, como popularmente se retrata. 
O satanismo foi muito popular e comum nos séculos XVI e XVII nas cortes europeias, mesmo com toda
fiscalização da Igreja Católica. A França, naqueles tempos, tinha um mercado lucrativo, existindo como se
fosse uma máfia, que tinha integrantes até nas mais altas rodas sociais de Paris. Essa máfia, todavia, foi
desarticulada pelas autoridades da cidade, em grande parte graças a Gabriel Nicolas de la Reynie.
Ele começou a desconfiar que existia uma rede alternativa de satanismo em Paris após prender Louis de
Vanens, um notório satanista. Em seguida, ele conseguiu prender uma conhecida cartomante, mais conhecida
como La Voisin. Com ela, ele encontrou objetos pretensamente usados em rituais de magia negra, como
sangue, terra de cemitério, sêmen, entre outras coisas.
Quando foi indagada de suas atividades, La Voisin revelou que, além de poções de amor, ela havia feito
diversos abortos para mulheres da mais alta roda parisiense, sendo que foram encontrados diversos fetos e
bebês enterrados em seu quintal. Umas de suas clientes era Francisca Atenas conhecida como Madame de
Montespan, uma das favoritas do rei Luis XIV, que supostamente estava desesperada para se tornar esposa
deste. Sobre a influência de La Voisin, Montespan fazia poções e as colocava na comida do rei, com testículos
de animais etc.
Todavia, segundo conta, as intenções de Montespan foram mudando, e os rituais, que eram de amor,
foram mudando para ódio e foram se tornando cada vez mais macabros, com a intenção de matar o rei, embora
não tenha havido sucesso. Logo depois de o grupo ser descoberto por La Reine, diversas pessoas foram presas,
inclusive Montespan, tendo sido inocentada e passando o resto de sua vida no interior do país.
O argumento utilizado pela Igreja para consolidar a sua posição contra o satanismo teve uma eficiência
quase completa. Ainda assim, alguns grupos satanistas conseguiram preservar suas práticas. Segundo algumas
fontes, o satanismo perseguido pela Igreja era o filosófico. A vertente religiosa teria surgido alguns anos depois
que a Igreja acusou os satanistas originais de adoração ao diabo. Isso fez com que certos grupos posteriores
pensassem que isso fosse verdade e, devido a uma certa falta de informação e instrução, tais grupos passaram
desde então a pôr em prática os rituais que pensavam constituir as práticas do satanismo. (marcha para Satanás)

MAÇONARIA – A Maçonaria aceita integrantes de várias religiões, tem rituais misteriosos e revela


seus principais segredos apenas aos membros mais importantes da sociedade.
Desenvolvida durante a Idade Média, a Maçonaria surgiu a partir de grupos de
pedreiros que forneciam a matéria-prima e ajudavam a construir catedrais, castelos
e muralhas. Com o declínio da profissão, essas comunidades passaram a aceitar
membros que não eram construtores – o primeiro passo para a fundação da
sociedade. Durante os séculos 17 e 18, os masons começaram a realizar rituais e
criar símbolos que remetiam a ordens religiosas e cavalarias medievais.
A Maçonaria está presente no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Como existem
diversas “lojas”, o lugar onde maçons se reúnem para realizar seus rituais, é difícil
generalizar as regras. Mas os membros costumam ser divididos em três graus
iniciais: aprendiz, companheiro e mestre. Depois desse estágio, o maçom pode
trilhar um caminho por outros 30 graus – quanto maior for a posição dele na
sociedade, mais segredos são revelados. Acredita-se que esses mistérios envolvem
questões internas, da história humana e até assuntos transcendentais.
O QUE O SÍMBOLO SIGNIFICA: Assim como outros elementos da Maçonaria, o compasso e a
esquadra têm sua origem no mundo dos cortadores de pedras e são utilizados em rituais e ensinamentos. Em
algumas lojas, a esquadra representa a ideia de que membros precisam medir suas ações pela régua da virtude,
enquanto o círculo desenhado pelo compasso indica a importância dos limites e do comedimento. Algumas
versões do símbolo mostram um “G”, no centro, que pode fazer referência à palavra inglesa para Deus: “God”.
Também poderia fazer referência à geometria, algo essencial para os construtores.

Pronunciamento da Igreja Católica a respeito da Maçonaria – em 1985, a Congregação para a


Doutrina da Fé publicou uma Declaração sobre as associações maçônicas. Desde que a Igreja começou a
pronunciar-se a esse respeito, o seu juízo negativo foi inspirado por multíplices razões, práticas e doutrinas.
Esse documento responde aos anseios de algumas Conferências Episcopais que, no diálogo com
algumas lojas maçônicas, receberam dessas a afirmação de que não são hostis à Igreja Católica.
A propósito da afirmação sobre a inconciliabilidade dos princípios, todavia, vai-se agora objetando de
alguns lados que o essencial da maçonaria seria precisamente o fato de não impor algum “princípio”. A
maçonaria constituiria um elemento de coesão para todos aqueles que creem no Arquiteto do Universo e se
sentem comprometidos em relação àquelas orientações morais fundamentais que estão definidas por sua
religião. O associar-se na maçonaria vai além desta legítima colaboração e tem um sentido mais determinante
do que este.
O clima de segredo comporta para os inscritos o risco de se tornarem instrumento de estratégias que lhes
são desconhecidas. Neste contexto, as diversas comunidades religiosas, a que pertence cada um dos membros
das Lojas, não podem ser consideradas senão como simples institucionalizações de uma verdade mais ampla e
incompreensível. O valor destas instituições parece, portanto, inevitavelmente relativo, em relação a esta
verdade mais ampla, a qual se manifesta antes na comunidade da boa vontade, isto é, na fraternidade maçônica.
Para um cristão católico, todavia, não é possível viver a sua relação com Deus numa dúplice
modalidade, isto é, dividindo-a numa forma humanitária – super-confessional – e numa forma interior – cristã.
Não pode cultivar relações de duas espécies com Deus, nem exprimir a sua relação com o Criador através de
formas simbólicas de duas espécies. Isto seria algo completamente diverso daquela colaboração, que para ele é
óbvia, com todos aqueles que estão empenhados na prática do bem, embora a partir de princípios diversos. Por
outro lado, um cristão católico não pode participar ao mesmo tempo na plena comunhão da fraternidade cristã
e, por outro lado, olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspectiva maçônica, como para um “profano”.
Esta subversão do ato de fé, realiza-se, além disso, geralmente, de modo suave e sem ser advertida: a
sólida adesão à verdade de Deus, revelada na Igreja, torna-se simples pertença de uma instituição, considerada
como uma forma expressiva particular ao lado de outras formas expressivas, mais ou menos igualmente
possíveis e válidas, do orientar-se do homem para o eterno. Ou seja, seguindo o modismo contemporâneo, a
maçonaria vive como se a verdade não pudesse ser conhecida ou só reconhecida dentro de sua seita!
Resumindo: a advertência contra a maçonaria se dá pelo ocultismo e pelo relativismo!
Precisamente considerando todos estes elementos a Declaração da S. Congregação afirma que a
inscrição nas associações maçônicas “está proibida pela Igreja” e os fiéis que nelas se inscreverem “estão em
estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”.
Só Jesus Cristo é, de fato, o Mestre da Verdade e só n’Ele os cristãos podem encontrar a luz e a força
para viver segundo o desígnio de Deus, trabalhando para o verdadeiro bem dos seus irmãos. (loja maçônica)
AULA 06 – Ocultismo
AULA 08 – Novíssimos
Vida pós-morte noutras religiões
Os principais pontos-de-vista sobre o além provém da religião, esoterismo e metafísica. Céticos, tais
como materialistas-reducionistas, acreditam na impossibilidade da vida após a morte e a declaram como
inexistente, sendo ilógica ou incognoscível.

Tipos de vida após a morte


Existem dois tipos de opinião diferentes sobre a vida após a morte: opinião empírica, baseada em
supostas observações, e opinião religiosa, baseada na fé.
O primeiro tipo baseia-se em supostas observações feitas por humanos ou instrumentos (por exemplo,
um rádio ou um gravador de voz, usados em psicofonia). Tais supostas observações são feitas a partir
de pesquisa de reencarnação, experiências de quase-morte, projeção astral, psicofonia, mediunidade, várias
formas de fotografias etc. 
O segundo tipo baseia-se na fé, usualmente fé nas histórias que são contadas pelos ancestrais ou fé em
livros religiosos como a Bíblia, o Talmude, os Vedas, etc.

Vida após a morte em diferentes modelos metafísicos


Nos modelos metafísicos, teístas geralmente acreditam que algum tipo de ultravida aguarda as pessoas
quando elas morrem. Os ateus geralmente não acreditam que haja uma vida após a morte. Membros de algumas
religiões geralmente não-teístas, como o budismo, tendem a acreditar numa vida após a morte (tal como
na reencarnação dos mortos), mas sem fazer referências a Deus. Muitas religiões acreditam que o status
social de alguém na ultravida é uma recompensa ou punição por sua conduta nesta vida.
Os agnósticos e algumas correntes filosóficas mantém a posição de que, da mesma forma que a
existência de Deus, a existência da alma ou a vida após a morte são inverificáveis e, portanto, permanecerão
desconhecidos.

Vida após a morte em antigas religiões

Egito Antigo
A ultravida desempenhava um importante papel na antiga religião egípcia e seu sistema de crenças é um
dos mais antigos conhecidos.
Após a morte, no Salão das Duas Verdades, o coração do falecido era pesado contra uma pena (Shu) de
verdade e justiça, retirada do toucado da deusa Maet. Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma poderia
continuar, mas, se fosse mais pesado, era devorada pelo demônio Ammit (este juízo pós-morte pesava a culpa e
não os pecados e as obras da pessoa na outra vida).
Os egípcios também acreditavam que ser mumificado era a única forma de garantir a passagem para o
outro mundo. Somente se o corpo fosse devidamente embalsamado e sepultado, poderia viver novamente
nos Campos de Yalu e acompanhar o Sol em sua jornada diária. Devido aos perigos apresentados pela ultravida,
o Livro dos Mortos era colocado na tumba, juntamente com o corpo.

Zoroastrismo
Zaratustra pregava que os mortos serão devorados pelo terror e purificados para viver num mundo
material perfeito no fim dos tempos.
O texto "Decisões Religiosas", datado de cerca de 900 d. C., descreve o julgamento particular da alma
três dias após a morte, sendo cada alma enviada para o paraíso, inferno ou para um lugar neutro para aguardar
pelo Juízo Final.

Religião da Grécia Antiga e romana


Hades e Cérbero, o cão de três cabeças.

Na Odisseia, Homero diz que uma ultravida de eterna bem-aventurança


existe nos Campos Elísios, mas está reservada para os descendentes mortais
de Zeus.
Hades é conhecido na mitologia grega como rei do submundo, um lugar
gélido onde a maior parte das almas reside após a morte. É permitido que
alguns heróis das lendas gregas visitem o submundo. Os romanos tinham
um sistema de crenças similar quanto a vida após a morte, com Hades
sendo denominado Plutão.

Religião nórdica

Barco funerário viking. Esperava-se que pessoas enterradas nestas embarcações fossem


conduzidas em segurança para o Outro Mundo.

Os Eddas em verso e em prosa variam em sua descrição dos vários


reinos que são descritos como fazendo parte deste tópico. Os mais conhecidos são:
Valhala (literalmente, "Salão dos Assassinados", isto é, "os Escolhidos"). Esta moradia celestial, de
alguma forma semelhante aos Campos Elísios gregos, está reservada aos guerreiros valorosos que morreram
heroicamente em batalha.
Helheim ("O Salão Coberto"). Esta moradia assemelha-se ao Hades, onde as pessoas que não se
destacaram, seja por boas ou más ações, podem esperar residir após a morte e onde se reúnem com seus entes
queridos.
Niflheim ("O Escuro"). Este reino é similar ao Tártaro grego. Está situado num nível inferior ao do
Helheim, e aqueles que quebram juramentos, raptam e estupram mulheres e praticam outros atos vis serão
enviados para lá para sofrer punições severas.

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