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APOCALIPSE

O Grande Conflito – Ap 13
Apocalipse ----------------------------------------------------------------------------------------------------- Dr. Vanderlei Dorneles
APOCALIPSE – O GRANDE CONFLITO

11:19: Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos,
vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.
12:1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à
luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.
7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os
seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o
acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a
própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco
tempo lhe resta.
13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos
e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho
de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.
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APOCALIPSE – O GRANDE CONFLITO

12:17: E se pôs em pé sobre a areia do mar.


12:1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.
2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
3 Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;
4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra
ela?
5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;
6 e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.
7 Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;
8 e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo.
9 Se alguém tem ouvidos, ouça.
10 Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos.
11 Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.
12 Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora
curada.
13 Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.
14 Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma
imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
15 e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da
besta.
16 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.
18 Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e
seis.
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A besta de dez chifres

A origem das “águas” sugere a natureza maligna da besta.

Na Bíblia e na literatura do antigo Oriente Médio, o dragão das águas representa os


inimigos do Criador, as nações que assaltam o povo de Deus (ver Is 27:1; Ez 29:3-5,
31, 32; Sl 69:1, 2; 74:12-17; 124:1-5).

As águas representam nações que se unem à besta contra o povo de Deus.

As águas também apontam para a natureza geopolítica da besta, que surge dos povos
organizados, como nações (Ap 17:15).

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A besta de dez chifres

Tem características dos quatro animais de Daniel (Ap 13:2; cf. Dn 7:2, 3), sendo mais
semelhante ao quarto deles (Ap 13:1; cf. Dn 7:7).

Assim como o dragão, ela tem tendências usurpadoras, quer receber adoração (Is
14:13, 14; Ez 28:16-18; Ap 13:4).

A frase “quem é semelhante à besta?” (13:4) é usada para Deus (Êx 15:11; Sl 35:10;
Mq 7:18) e o próprio nome hebraico Mykael significa “quem é semelhante a Deus?”
(Dn 12:1; Ap 12:7; Jd 9).

Jesus só é chamado de “Miguel” quando está em confronto direto com Satanás, que
pretendeu ser igual a Deus (Is 14:14; Dan 10:13, 21; 12:1; Jd 1:9; Ap 12:7).

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A besta de dez chifres

A besta atua por “quarenta e dois meses”:

1) Um tempo, dois tempos e metade de um tempo (Dn 7:25; Ap 12:14).


2) Mil duzentos e sessenta dias (Ap 12:6).
3) Quarenta e dois meses (Ap 13:5).

Período da supremacia papal: de 538 a 1798 d.C.

As ações da besta (Ap 13:5-7) se colocam em paralelo com ações do “chifre pequeno”
(Dn 7:8, 20-21, 24-25; 8:9-12).

Jesus se referiu ao “abominável da desolação” em referência a Roma (Mt 24:15; Lc


21:20) como estando ainda no futuro.
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Daniel 7 Ap 13
4 animais: 4 reinos (v. 17)
Quarto Animal: Roma Besta recebe o trono do dragão
Dez chifres: Dez Povos (v. 20, 24) Dez chifres (v. 20, 24)
3 chifres caem (v. 20)

Chifre Pequeno (v. 8): Roma Papal Besta: Roma Papal


Olhos, boca insolente Boca que blasfema (v. 5)
Persegue os santos (v. 21) Persegue os santos (v. 7)
Muda a lei (v. 25)
Atua por 3,5 anos (v. 25) Atua por 42 meses (v. 5)
1 ano: 360
2 anos: 720 42 x 30
½ ano: 180
Total: 1260 Total 1260 = 3,5 anos (12:14)
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A besta de dois chifres

A segunda besta emerge da “terra” (Ap 13:11), não do meio das nações politizadas. A
“terra” socorreu a “mulher” ao final dos 1.260 dias (Ap 12:16).

Tem dois chifres como cordeiro, mas fala como dragão. Retoma o carneiro de dois
chifres (Dn 8:3, 20), símbolo dos reis da Média e Pérsia. Chifres indicam “poderes” ou
“reis” (Ap 17:12). Esta besta é constituída de dois poderes.

1) Ela “opera” sinais (v. 13), “seduz” as pessoas (v. 14) e comunica “fôlego” (pneuma)
à imagem da besta (v. 15). Esta seria a fase do “falso profeta” (Ap 16:13; 19:20).

2) A imagem “faz” morrer (v. 15), impõe uma marca (v. 16) e controla a economia e o
mercado (v. 17). Esta seria a fase do oitavo rei (Ap 17:11; 19:20).

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A besta de dois chifres

O primeiro poder opera sinais e comunica fôlego “à imagem da besta” (Ap 13:15), o
segundo poder.

Ao dizer que a besta de dois chifres comunica “fôlego” à “imagem da besta”, para que
esta seja “ressuscitada”, João sugere que a besta tem duas fases: (1) como falso
profeta e, então, (2) como “imagem da besta”.

O v. 15 indica que a ressurreição é de uma “imagem da besta”, não da besta em si


mesma. Isso permite dizer que o que revive é o poder da besta em novas
circunstâncias.

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A besta de dois chifres

A segunda é serva da primeira besta. Atua para promover sua adoração (Ap 13:12).
Mas a “imagem da besta” também recebe adoração (Ap 13:15).

A “imagem da besta” é vinculada à economia e à política. Ela determina quem pode


“comprar e vender” (v. 17) e quem pode viver (v. 15).

1) O ato de fazer “fogo do céu” descer à terra (Ap 13:13) lembra o monte Carmelo.
2) A “imagem da besta” lembra a adoração à estátua de Nabucodonosor (Dn 3:5).

Os dois eventos indicam que a crise final será definida pela atitude de adoração.

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A besta de dois chifres

Os dois eventos indicam que a crise final será definida pela atitude de adoração.

Dn 3: A Imagem de Ouro Ap 13: A Imagem da Besta

Rei faz uma “imagem” de 60x6 para ser A besta faz uma “imagem da besta”
“consagrada” e “adorada”. para ser adorada.
Imagem (eikon) 11x (v. 1, 2, 3, 5, 7...) Imagem (eikon) 3x (v. 14, 15).
Verbo adorar 10x (v. 5, 6, 7 ...) Verbo adorar 5x (v. 4, 8, 12, 15).
Chamado para adoração é seguido de Chamado para a adoração à besta é
um decreto de morte (v. 6). seguido de decreto de morte (v. 15).
“Povos, nações e homens de todas as “A terra e os seus habitantes” (v. 12).
línguas” (v. 4).

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A imagem da besta

“Mas o que é a ‘imagem à besta?’ e como será ela formada? A imagem é feita pela besta de
dois chifres, e é uma imagem à primeira besta. É também chamada imagem da besta.
Portanto, para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar as
características da própria besta – o papado. ... A fim de formarem os Estados Unidos uma
imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do
Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins. ... Foi a
apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o
caminho para o desenvolvimento do papado – a besta. ... Assim a apostasia na igreja
preparará o caminho para a imagem da besta.”

“A ‘imagem da besta’ representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá


quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus
dogmas ” (O Grande Conflito, 443, 445).

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A imagem da besta

“No próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas
mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados
Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem”

(O Grande Conflito, 445, 448, 449).

“Pela primeira besta é representada a Igreja de Roma, uma organização eclesiástica revestida
de poder civil, tendo autoridade para punir todos os dissidentes. A imagem da besta representa
outra corporação religiosa revestida de poder semelhante. A formação dessa imagem é obra
dessa besta cujo calmo surgimento e suave profissão de fé traduzem um notável símbolo dos
Estados Unidos” (História da Redenção, 381).

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666

A aplicação do número ao título papal “Vicarivs Filii Dei” foi originalmente proposta por
Andreas Helwig (1572-1643).

Ap 13 retoma Dn 3, e o número seis é um detalhe-chave na edificação da estátua de


Nabucodonosor (Dn 3:1).

Dn 3:1: Estátua tinha 60 côvados de altura e 6 de largura.


Babilônia usava sistema sexagesimal

O número é uma referência à besta de sete cabeças com um todo (Ap 13:18) e não a
uma só de suas cabeças, no caso a sétima, que representa o papado medieval (13:3).

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666

Alan F. Jonhson propõe que o número 666 deve ser visto como a “acumulação ou
repetição do número 6” (1981, 535).

O número 666 pode indicar a tentativa repetitiva e frustrada por parte do diabo e da
besta de ser como o Deus perfeito, referido com o número 7.

Sendo uma Trindade perfeita, Deus pode ser designado com a repetição tríplice do 7.
Por outro lado, a trindade satânica, sendo uma imperfeita contrafação da perfeição
divina, seria designada com a repetição tríplice do 6.

“Serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:13, 14)


“Você será como Deus” (Gn 2:5)

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666

Jacques Doukhan diz que a tradição bíblica associa o número seis ao homem desde
sua criação, no sexto dia. “Número de homem” (Ap 13:18).

“O número 666 representa a recusa humana de se ascender para o sete, de dar glória
ao Deus como criador e redentor. Faz referência à totalidade da criação e todos os
poderes criados. A tríplice tentativa de ser como Deus mostra a criatura desejando
exercer soberania em lugar de Deus.”
Beatrice S. Neall

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Coincidências? V 5 F 0 D 500
Besta é semelhante a: I 1 I 1 E 0
C 100 L 50 I 1
LEÃO A 0 I 1
URSO R 0 I 1 = 666
LEOPARDO I 1
A N I M A L TERRÍVEL E ESPANTOSO U 5
S 0
ELLEN GOULD WHITE

E=0 G=0 W = 5+5 = 10 50 + 50 + 5


L = 50 O=0 H=0 50
L = 50 U=5 I=1 500
E=0 L = 50 T=0 10
N =0 D = 500 E=0 1 = 666

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